22.º governo da Monarquia Constitucional
Aspeto
O 22.º governo da Monarquia Constitucional, ou 2.º governo da Regeneração, nomeado a 6 de junho de 1856 e exonerado a 16 de março de 1859, foi presidido pelo marquês de Loulé.
Logo na sua estreia parlamentar, o governo tido como de Esquerda, declarou a intenção de prosseguir a mesma política do seu antecessor Regenerador, elegendo como principal prioridade do seu programa os melhoramentos técnicos e materiais do país.[1] Este estado de coisas pôs a descoberto uma fractura dentro do Partido Histórico, entre uma tendência inclinada à colaboração com a Direita (a "unha branca") e uma tendência mais radical que insistia na afirmação da autonomia da Esquerda (a "unha negra").[1]
Composição
[editar | editar código-fonte]A sua constituição era a seguinte:[2][3][4]
Cargo | Detentor | Período | |
---|---|---|---|
Presidente do Conselho de Ministros | Marquês de Loulé (1804–1875) |
6 de junho de 1856 a 16 de março de 1859 | |
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino |
Júlio Gomes da Silva Sanches (1803–1866) |
6 de junho de 1856 a 14 de março de 1857 | |
Marquês de Loulé (interino) (1804–1875) |
6 de junho de 1856 a 25 de junho de 1856 | ||
Marquês de Loulé (1804–1875) |
14 de março de 1857 a 16 de março de 1859 | ||
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça |
Elias da Cunha Pessoa (1801–1860) |
6 de junho de 1856 a 14 de março de 1857 | |
Vicente Ferrer (1798–1886) |
14 de março de 1857 a 4 de maio de 1857 | ||
António José de Ávila (interino) (1807–1891) |
4 de maio de 1857 a 7 de dezembro de 1857 | ||
José Silvestre Ribeiro (1807–1891) |
7 de dezembro de 1857 a 31 de março de 1858 | ||
António José de Ávila (interino) (1807–1881) |
31 de março de 1858 a 16 de março de 1859 | ||
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda |
José Jorge Loureiro (interino) (1791–1860) |
6 de junho de 1856 a 23 de janeiro de 1857 | |
Júlio Gomes da Silva Sanches (interino) (1803–1866) |
23 de janeiro de 1857 a 14 de março de 1857 | ||
António José de Ávila (1807–1881) |
14 de março de 1857 a 16 de março de 1859 | ||
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra |
José Jorge Loureiro (1791–1860) |
6 de junho de 1856 a 23 de janeiro de 1857 | |
Visconde de Sá da Bandeira (interino) (1795–1876) |
23 de janeiro de 1857 a 8 de setembro de 1857 | ||
António Rogério Gromicho Couceiro (1807–1862) |
8 de setembro de 1857 a 16 de março de 1859 | ||
Visconde de Sá da Bandeira (interino) (1795–1876) |
16 de dezembro de 1858 a 16 de março de 1859 | ||
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar |
Visconde de Sá da Bandeira (1795–1876) |
6 de junho de 1856 a 16 de março de 1859 | |
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros |
Marquês de Loulé (1804–1875) |
6 de junho de 1856 a 16 de março de 1859 | |
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios das Obras Públicas, Comércio e Indústria |
Visconde de Sá da Bandeira (interino) (1795–1876) |
6 de junho de 1856 a 25 de junho de 1856 | |
Marquês de Loulé (1804–1875) |
25 de junho de 1856 a 14 de março de 1857 | ||
Carlos Bento da Silva (1812–1891) |
14 de março de 1857 a 16 de março de 1859 |
Referências
- ↑ a b Bonifácio, Maria de Fátima (2010). «IV – A Falsa Pax Regeneradora (1851-1868)». A Monarquia Constitucional: 1807-1910 3.ª ed. Alfragide: Texto Editora. p. 68. ISBN 978-972-47-4110-9
- ↑ Maltez, José Adelino. «Governo de Loulé (1856–1859)». Politipédia — Repertório Português de Ciência Política. Observatório Político. Consultado em 26 de agosto de 2013
- ↑ Imprensa Nacional (1871). «Noticia dos ministros e secretarios d'estado do regimen constitucional nos 41 annos decorridos desde a regencia installada na ilha terceira em 15 de março de 1830 até 15 de março de 1871». Consultado em 26 de agosto de 2013
- ↑ Santos, Manuel Pinto dos (1986). «I Parte – Organização do poder governamental; 3. Do poder executivo – 3.2. Elencos ministeriais». Monarquia constitucional: organização e relações do poder governamental com a Câmara dos Deputados, 1834–1910. [S.l.]: Assembleia da República, Divisão de Edições