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Carlos Fico

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Carlos Fico
Nascimento 1959 (65 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Historiador
Professor
Prêmios Prêmio Sergio Buarque de Holanda de Ensaio Social
Principais interesses
Instituições

Carlos Fico da Silva Júnior[1] é um historiador brasileiro, especialista em História do Brasil República e Teoria da história, com ênfase em temas como ditadura civil-militar (Brasil e Argentina), historiografia brasileira, golpe de 1964, memória, violência.

Em 2008 recebeu o Prêmio Sergio Buarque de Holanda de Ensaio Social da Biblioteca Nacional.[2]

Foi o coordenador da Área de História junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre 2011 e 2018, presidindo as avaliações dos programas de pós-graduação em História brasileiros.[3]

Trajetória acadêmica

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É formado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo defendido seu doutorado na mesma área pela Universidade de São Paulo (1996).[4] Sua tese abordou a propaganda política produzida pelo próprio regime militar entre 1964-1977 buscando compreender as representações que se buscava construir no Brasil por parte do próprio governo no contexto.[5] É Professor Titular de História do Brasil na Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de pesquisador de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.[4]

Reconhecimento internacional

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Além de amplo reconhecimento nacional,[6][7][8][9] o historiador é conhecido e citado internacionalmente: no jornal alemão Deutsche Welle (DW) foi citado em artigo que versa sobre o então chamado "fim da impunidade", referindo-se a impunidade dos torturadores da ditadura civil-militar brasileira,[10] além de outros sítios virtuais de língua alemã de menor importância.[11][12] Também é comentado em língua francesa na revista canadense Mondialisation (Globalisação) em artigo sobre a participação dos EUA na instauração da ditadura civil-militar brasileira.[13] Em língua inglesa foi convidado como palestrante principal em universidades como Universidade Brown.[14]

Em suas pesquisas atuais Fico vem discutindo a construção de diferentes aparatos repressivos e/ou de controle da população no Brasil durante a ditadura civil-militar perpassando temas como a censura, informação e "segurança". Nessa área vem desenvolvido também estudos comparados com outros países latino-americanos, como a Argentina, e também perspectivas conectadas buscando verificar a influência estadunidense durante nas ditaduras no Cone Sul.[15] Recentemente vem articulando essas pesquisas a discussão acerca da ideia de "Utopia Autoritária". Suas pesquisas também são marcadas pelo trabalho com documentos produzidos pelo próprio governo durante a ditadura civil-militar, com especial atenção ao acervo do Departamento de Ordem Política e Social. Desenvolve também pesquisas a respeito destes acervos do período,[4] assim como as diferentes abordagens historiográficas sobre a ditadura civil-militar.[16] Nesse sentido destacam-se também suas reflexões acerca da História do Tempo Presente, ou como ele procura nomear em vários de seus textos "a história que temos vivido",[17] partindo das permanências da ditadura civil-militar no Brasil para promover discussões sobre memória, trauma e reparação na contemporaneidade.

Principais livros

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  • 1997: Reinventando o otimismo: ditadura, propaganda e imaginário social no Brasil (1969-1977)
  • 2001: Como eles agiam. Os subterrâneos da Ditadura Militar: espionagem e polícia política
  • 2008: O grande irmão: da Operação Brother Sam aos anos de chumbo. O governo dos Estados Unidos e a ditadura militar brasileira
  • 2014: O golpe de 1964: momentos decisivos

Referências

Ligações externas

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