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Mata-mata

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(Redirecionado de Matá-matá)
Nota: Se procura pela planta, veja Matamatá; se procura pelo jogo de bilhar de mesmo nome, veja Mata-mata (jogo); se procura pelo modo de jogo multijogador, veja Mata-mata (jogos eletrônicos); se procura pela brincadeira infantil, veja Queimada (jogo); se procura por uma forma de competição esportiva, veja Sistema eliminatório

Mata-mata
Intervalo temporal:
PliocenoPresente
5,333–0 Ma
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Subordem: Pleurodira
Família: Chelidae
Gênero: Chelus
Espécies:
C. fimbriata
Nome binomial
Chelus fimbriata
(Schneider, 1783)[2]
Sinónimos[1][5]
Sinônimo de espécies
  • Testudo terrestris Fermin, 1765 Nomen rejectum[3]
  • Testudo fimbriata Schneider, 1783[2]
  • Testudo fimbria Gmelin, 1789 nomen novum
  • Testudo matamata Bruguière, 1792 nomen novum
  • Testudo bispinosa Daudin, 1801 nomen novum
  • Emydes matamata Brongniart, 1805
  • Chelus fimbriata (Schneider, 1783) recombinação[4]
  • Testudo rapara Gray, 1831 nomen novum
  • Testudo raparara Gray, 1844 nomen novum
  • Testudo raxarara Gray, 1856 nomen novum
  • Chelys boulengerii Baur, 1890 nomen novum
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Tartaruga Mata Mata

A mata-mata (Chelus fimbriata), também escrito mata mata, ou matamatá, é uma espécie de cágado de água doce pertencente à família Chelidae. Encontrada predominantemente nas águas doces da América do Sul, na bacia do Amazonas e do Orinoco, é um animal carnívoro que se alimenta de invertebrados aquáticos e peixes.

Close-up da cabeça de uma mata-mata.

A mata-mata tem uma aparência bem diferente dos demais cágados. Tem uma carapaça marrom (castanha) ou preta e pode medir até 44.9 cm. A couraça é reduzida, estreita, sem articulações, encurtada na frente e reta atrás.

A cabeça também é bastante distinta, triangular, grande, extremamente achatada. Tem numerosas abas de pele. Tem dois barbilhos no queixo e dois adicionais barbilhos filamentosos na mandíbula. O focinho é longo e tubiforme. A mandíbula superior não é nem curva nem chanfrada.

Cabeça, pescoço, rabo e membros são marrons acinzentados nos adultos. O pescoço é bastante longo, maior que a vértebra dentro da carapaça, e é franjado com pequenas abas de pele ao longo dos dois lados, assemelhando-se a um galho de árvore.

Cada pata dianteira tem cinco garras com membranas natatórias. Machos têm couraças côncavas e rabos compridos e longos.

Não é classificado no CITES.o.

Habitat e Ecologia

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O C. fimbriata é uma espécie tropical de várzea altamente aquática, igualmente em áreas florestais e em habitats de savana fluvial, ocorrendo em muitos rios da Amazônia e no Rio Orinoco, prefere rios lentos, lagos calmos, pântanos e brejos. Seu habitat compreende o norte da Bolívia, leste do Peru, Equador, leste da Colômbia, Venezuela, as Guianas e o norte e centro do Brasil.

Alimenta-se por sucção, é considerada uma espécie preferencialmente piscívora, havendo também registros de consumo de pequenos roedores, aves, sapos e girinos, mas as mandíbulas são incapazes de mastigar e a presa é engolida inteira.

Comportamento

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Prefere águas rasas onde possa alcançar a superfície para respirar. Pode segurar a respiração por muito tempo, ficando imóvel no fundo. Prefere rastejar no fundo a nadar e, sempre que possível, evita expor-se à luz do sol. Caso perceba um predador à espreita, ela fica submersa e imóvel, com suas abas esquisitas ajudando-a a se camuflar na vegetação cercante, até que um peixe chegue perto. Então a mata-mata impulsiona sua cabeça para fora e abre sua enorme boca o máximo que puder, criando uma pressão que suga a presa para dentro da boca. Ao fechar a boca, a água é expelida lentamente, e o peixe é engolido inteiro. A presa precisa ser do tamanho apropriado para a tartaruga; mata-matas não conseguem mastigar muito bem devido à anatomia de sua boca.

Os machos exibem-se para as fêmeas estendendo seus membros, baforando a cabeça em direção à fêmea com a boca semiaberta, e movendo as abas laterais da cabeça. A ninhada ocorre de Outubro até Dezembro na Amazônia superior. De 12 a 28 ovos de 35 mm de diâmetro, frágeis e esféricos, são depositadas num ninho. Os animais recém-nascidos são mais coloridos que os adultos, com tons de rosa e vermelho na cara e no casco.

Distribuição Geográfica[6]

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Países de sua distribuição: Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia, Equador, Guiana Francesa, Guiana e Trinidade e Tobago. Alguns autores relatam que a espécie ocorre no Suriname, entretanto, não encontramos registros de ocorrência para este país.

Distribuição no Brasil: espécie Amazônica que tem distribuição nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Acre, Mato Grosso, Amapá, Maranhão, Tocantins e divisa oeste do estado de Goiás.

Referências

  1. a b Rhodin, Anders G.J.; Inverson, John B.; Roger, Bour; Fritz, Uwe; Georges, Arthur; Shaffer, H. Bradley; van Dijk, Peter Paul; et al. (Turtle Taxonomy Working Group) (3 de agosto de 2017). Rhodin A. G.J.; Iverson J.B.; van Dijk P.P.; Saumure R.A.; Buhlmann K.A.; Pritchard P.C.H.; Mittermeier R.A., eds. «Turtles of the world, 2017 update: Annotated checklist and atlas of taxonomy, synonymy, distribution, and conservation status(8th Ed.)» 8 ed. Chelonian Research Monographs. Conservation Biology of Freshwater Turtles and Tortoises: A Compilation Project of the IUCN/SSC Tortoise and Freshwater Turtle Specialist Group. 7: 1–292. ISBN 978-1-5323-5026-9. doi:10.3854/crm.7.checklist.atlas.v8.2017 
  2. a b Schneider, J.G. 1783. Allgemeine Naturgeschichte der Schildkröten, nebst einem Systematischen Verseichnisse der einzelnen Arten. Müller, Leipzig. xlviii + 364 p.
  3. ICZN. 1963. Opinion 660. Suppression under the plenary powers of seven specific names of turtles (Reptilia: Testudines). Bulletin of Zoological Nomenclature 20:187-190.
  4. Duméril, A.M.C. 1806. Zoologie Analytique, ou Méthode Naturelle de Classification des Animaux. Paris: Perronneau, 344 pp.
  5. Fritz Uwe; Peter Havaš (2007). «Checklist of Chelonians of the World» (PDF). Vertebrate Zoology. 57 (2): 327. ISSN 1864-5755. Consultado em 29 de maio de 2012. Arquivado do original (PDF) em 1 de maio de 2011 
  6. FERRARA, Camila Rudge (2017). [FERRARA, C. R.; FAGUNDES, C. K.; MORCATTY, T. Q.; VOGT, R. C.. Quelônios Amazônicos Guia de identificação e distribuição. Manaus: Wildlife Conservation Society, 2017. «Quelônios Amazônicos Guia de identificação e distribuição»] Verifique valor |url= (ajuda): 62. Consultado em 11 de abril de 2022