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Pavilhão Philips

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Pavilhão Philips, Expo 58, Bruxelas

Pavilhão Philips é um edifício projetado por Le Corbusier e Iannis Xenakis, localizado em Bruxelas, Bélgica. A construção foi executada para a Expo 58. Sua concepção baseia-se em superfícies derivadas de uma mesma linha parabólica. Os princípios da arquitetura do edifício foram os mesmos utilizados nas peças musicais "Metastasis" e "Concret PH", de Xenakis.

Le Poème Électronique. Le Corbusier. 1958.

Um dos primeiros e mais significativos exemplos da colaboração entre música eletrônica e arquitetura, são encontradas nas obras "Concret PH" (Iannis Xenakis, 1958) e "Poème Èlectronique" (Edgar Varèse, 1958)[1] escritas para serem executadas especificamente no Pavilhão da Philips por ocasião da Feira Mundial de Bruxelas de 1958. As músicas foram criadas com a preocupação de destacar a dimensão espacial do som quando executadas dentro do pavilhão[2].

Em Concret PH, Xenakis utilizou como única fonte sonora, samplers de sons oriundos de uma usina de beneficiamento de carvão, aplicando princípios matemáticos e arquitetônicos, redundando em lentas alterações na densidade das massas sonoras e criando grandes fluxos de curvas frequenciais (ou seja, faz uma referência direta ao significado das letras "PH" - parabolóide e hiperbólica) referidas no título da composição. Este trabalho de Xenakis demonstra a dimensão espacial da composição e execução musicais[2].

A peça "Poème électronique", de Edgar Varèse utiliza uma extensa gama de sons como material básico, apresenta também um conciso senso de estrutura (conceito derivado da arquitetura), de 'som organizado', como a qualificou o próprio compositor, que a caracterizou como sendo mais do que uma simples colagem de sons[3].

Mais tarde, Le Corbusier concebeu a escultura "Le Poème Électronique", inspirada na estrutura da composição de Varèse[3].

No caso do Pavilhão da Philips, foram instalados 350 alto-falantes individuais o que, tendo sido o edifício projetado por Le Corbusier e Xenakis, possibilitou uma relação íntima entre música e espaço arquitetônico. O uso de alto-falantes posicionados em volta da audiência e o uso intensivo de efeitos em estéreo nas gravações serviu para demonstrar que um som relativamente insignificante pode assumir uma grande proporção quando experienciado em um espaço projetado tridimensionalmente para a sua execução, uma concepção já utilizada anteriormente por construtores de templos e catedrais, por exemplo[2].

Ligações externas

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Referências