Polixena
Polixena (ou Políxena[1]) na mitologia grega, era uma princesa troiana.
Família
[editar | editar código-fonte]Príamo, rei de Troia, com sua segunda esposa, Hécuba, teve vários filhos, Heitor, o mais velho, seguido de Páris (também chamado de Alexandre), Creúsa, Laódice, Polixena e Cassandra.[2] No texto atribuído a Dares da Frígia, são incluídos outros filhos de Príamo e Hécuba: Deífobo, Heleno e Troilo, mas Laódice não é listada.[3]
Príamo era filho de Laomedonte e sua mãe poderia ser Strymo, filha do Escamandro, Pacia, filha de Otreus ou Leucipe.[4] Hécuba poderia ser filha de Dymas, de Cisseus ou do rio Sangário com Metope.[2]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Polixena era delicada, alta e muito bonita; seu pescoço era fino, seus olhos amáveis e seus cabelos eram louros e longos, seu corpo bem proporcional, suas pernas eram retas e seus pés eram os melhores. Ela superava todas as outras mulheres em beleza, e era engenhosa e de bom coração.[5]
Encontro com Aquiles
[editar | editar código-fonte]No primeiro aniversário da morte de Heitor, quando Príamo, Hécuba, Polixena e outros troianos foram ao túmulo do herói, Aquiles viu a beleza de Polixena, e se apaixonou por ela. Ele propôs a Hécuba que, se ele tivesse Polixena por esposa, levaria de volta para casa seus mirmidões. Hécuba concordou com o plano, mas Príamo não, porque não fazia sentido casar sua filha com um inimigo, e isto não faria os demais gregos terminarem a guerra. Príamo propôs que o casamento seria feito se fosse combinado com um acordo de paz com todos os gregos. Aquiles então lamentou que, por causa de uma mulher (Helena) toda a Europa e a Grécia estavam em guerra, com várias pessoas tendo morrido, e que a liberdade deles estava em perigo, por isso era preciso fazer a paz.[6]
Durante a trégua que se seguiu à morte de Palamedes, Aquiles, que se recusava a lutar e ainda estava apaixonado por Polixena, disse que a guerra começou por causa de uma mulher, e que era preciso fazer uma paz permanente.[7]
Casamento com Aquiles
[editar | editar código-fonte]Após a morte de Heitor e de Troilo, Hécuba, desejando se vingar de Aquiles, fez um plano traiçoeiro com seu filho Alexandre. Eles chamaram Aquiles, em nome de Príamo, para o templo de Apolo, onde Polixena seria dada em casamento a Aquiles. Aquiles foi ao templo acompanhado de Antíloco, filho de Nestor, e foi atacado à traição por Alexandre e os mais bravos troianos, que estavam no templo desde a noite anterior. Aquiles e Antíloco lutaram bravamente, mas terminaram ambos por serem mortos por Alexandre. Alexandre queria entregar os corpos para serem comidos por aves e cães, mas Heleno os tirou do templo e entregou aos gregos.[8]
Morte
[editar | editar código-fonte]Durante o saque de Troia, Hécuba deu Polixena para que Eneas a protegesse.[9] Quando Neoptólemo, filho de Aquiles, não encontrou Polixena, a causa da morte do seu pai, ele enviou Antenor a Eneas, como condição para que os troianos pudessem partir.[10]
Polixena foi entregue a Agamenão, que a entregou a Neoptólemo[10]. Este assassinou-a sobre o túmulo de seu pai Aquiles,[10][11] cortando-lhe o pescoço.[10]
Representações
[editar | editar código-fonte]No santuário de Delfos, Polignoto havia pintado cenas da captura de Troia, em uma delas são representadas as cativas Andrômaca, Medesicaste e Polixena, as duas primeiras com capuzes, mas Polixena com o cabelo amarrado à moda das virgens.[12]
O sacrifício de Polixena estava representado em pintura na Acrópolis de Atenas, entre outras pinturas que o geógrafo Pausânias atribuiu a Polignoto.[13] Além de Atenas, Pausânias também viu este sacrifício representado em Pérgamo.[12]
Referências
- ↑ Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 25
- ↑ a b «Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.12.5» 🔗. Theoi.com
- ↑ «Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 4» 🔗. Theoi.com
- ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.12.3
- ↑ Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 12
- ↑ Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 27
- ↑ Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 30
- ↑ Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 34
- ↑ Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 41
- ↑ a b c d Dares da Frígia, História da Queda de Troia, 43
- ↑ «Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, Epítome, 5.23» 🔗. Theoi.com
- ↑ a b Pausânias, Descrição da Grécia, 10.25.10 [1]
- ↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 1.22.6 [2]