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Ferramentas para automação de pipelines de desenvolvimento e entregas: Jenkins, GitHub Actions, GitLab CI, CircleCI ou Travis CI: diferenças entre revisões

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Ao inicializar pela primeira vez, haverá um instalador para a inserção de configurações básicas e download de plugins iniciais. No Jenkins, grande parte das funcionalidades são implementados em plugins desenvolvidos pela comunidade, que devem ser instalados separadamente.
Ao inicializar pela primeira vez, haverá um instalador para a inserção de configurações básicas e download de plugins iniciais. No Jenkins, grande parte das funcionalidades são implementados em plugins desenvolvidos pela comunidade, que devem ser instalados separadamente.

No final do processo, a dashboard do Jenkins será apresentada.


=== Configuração de agentes ===
=== Configuração de agentes ===
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=== Configurando uma pipeline simples ===
=== Configurando uma pipeline simples ===
Crie um freestyle job para o Jenkins. Esse tipo de job é o mais simples e sua definição pode ser escrita pela própria interface web do Jenkins, ao invés de um arquivo Jenkinsfile.

A pipeline usa a sintaxe da linguagem Groovy e o job e um template básico do job pode ser visto abaixo:

====== ================================================================================ ======
pipeline {

         agent {

             docker {

                 image 'ubuntu:latest'

             }

         }

         stages {

             stage('Install dependencies'){

                 steps {

                     sh 'apt update -y'

                     sh 'apt install -y b4 git bc binutils bison dwarves flex gcc git gnupg2 gzip libelf-dev libncurses5-dev libssl-dev make openssl pahole perl-base rsync tar xz-utils'

                 }

             }

             stage('Setup git configs'){

                 steps{

                     sh 'git config --global user.email "jenkins@ci.com"'

                     sh 'git config --global user.name "jenkins"'

                 }

             }

             stage('Test tinyconfig Compilation'){

                 steps {

                     sh 'rm -rf linux'

                     sh 'git clone --depth 1 "<nowiki>https://gitlab.freedesktop.org/agd5f/linux.git</nowiki>" linux'

                     dir("linux"){

                         sh "b4 shazam https://lore.kernel.org/amd-gfx/20241121131055.535-1-shashank.sharma@amd.com/T/#t"

                         sh 'make tinyconfig'

                         sh 'make'

                     }

                 }

             }

             stage('Cleanup'){

                 steps {

                     sh 'rm -rf linux'

                 }

             }

         }

     }

====== ================================================================================ ======
Percebe-se que a pipeline define, primeiramente o agente. Como o plugin da Docker Pipeline está sendo utilizado, basta definir a imagem do container. Para agentes estáticos (nodes), seria necessário definir a tag do job que poderia rodar a pipeline.

O segundo passo é a definição dos estágios da pipeline. Cada estágio é definido em passos sequenciais. No exemplo acima, cada passo é uma execução de comando shell (Usando o comando <code>sh '<comando a ser utilizado>'</code>). Existem outros tipos de comandos de pipeline, como o <code>echo</code> que imprime um valor ou outros comandos exclusivos implementados por plugins. O Jenkins contém um [https://www.jenkins.io/doc/book/pipeline/getting-started/#snippet-generator Snippet Generator que auxilia a encontrar a sequência desejada de comandos.] Também é possível ver toda a [https://www.jenkins.io/doc/book/pipeline/syntax/ documentação de sintaxe], que contém tópicos mais avançados não citados aqui, como paralelismo, pipelines parametrizadas, etc.

A pipeline de exemplo acima é simples:

# Instala dependências para compilação do kernel
# Configura o git
# Clona o repositório do Kernel Linux para o subsistema amd-gfx.
# Aplica um patch do kernel ao repositório
# Configura uma compilação minimal do kernel (tinyconfig)
# Compila o kernel
# Faz a limpeza do ambiente pós-validação, removendo artefatos gerados

A pipeline pode ser manualmente ativada pela dashboard. Certifique-se de que esteja logado na interface web com o usuário com privilégios necessários (configurado na primeira vez que o Jenkins foi acessado).

Revisão das 17h31min de 21 de novembro de 2024

Ferramentas para automação de pipelines de desenvolvimento e entregas: Jenkins, GitHub Actions, GitLab CI, CircleCI ou Travis CI

Introdução a Integração Contínua e automação

Nos processos modernos de desenvolvimento de software, tornou-se comum a prática da Integração Contínua (CI), que determina um modo de desenvolver software em que desenvolvedores são encorajados a integrar o código desenvolvido à versão principal com maior frequência e o processo de integração do código deve ser elaborado de forma automatizada e eficiente. A fim de contemplar o segundo ponto, existem diversos serviços de CI consolidados no mercado, sendo os principais: Jenkins, GitHub Actions, GitLab CI, CircleCI e Travis CI. Este tutorial abordará a implantação de um servidor Jenkins para ilustrar o workflow básico de configuração de pipelines de CI.

Configuração Inicial do Jenkins

O Jenkins, diferente de outros serviços populares de CI, é oferecido exclusivamente como um servidor a ser inteiramente configurado e gerenciado pelo usuário.

O Jenkins pode ser localmente instalado na máquina, mas é recomendável utilizá-lo como container Docker. Rode o container oficial com docker run -p 8080:8080 -v /var/run/docker.sock:/var/run/docker.sock jenkins/jenkins:lts-jdk17 e acesse sua interface web pelo localhost:8080.

Ao inicializar pela primeira vez, haverá um instalador para a inserção de configurações básicas e download de plugins iniciais. No Jenkins, grande parte das funcionalidades são implementados em plugins desenvolvidos pela comunidade, que devem ser instalados separadamente.

No final do processo, a dashboard do Jenkins será apresentada.

Configuração de agentes

O Jenkins segue uma arquitetura distribuída para computação das pipelines de CI. Isso significa que o servidor que roda no device controlador (servidor) delega a execução das pipelines de CI a outros devices da rede e previamente configurados como agentes.

A configuração de um agente é relativamente complexa, pois vários tipos de agentes podem ser configurados, geralmente divididos em duas categorias:

  • Cloud: Uma cloud no Jenkins é um serviço externo que provê agentes para execução de pipelines dinamicamente conforme a demanda. Exemplos incluem:
    • Cluster Kubernetes que fornece pods como agentes
    • Serviço de Cloud (AWS, Azure, GCP) que fornece recursos de cloud para execução de automações do Jenkins
    • Daemon do Docker que provê containers específicos para cada pipeline a ser executada
  • Node: Um node é uma instância de agente fixa. Geralmente representam máquinas físicas, containers e VMs estáticos conectados à rede e que executam as pipelines a partir da conexão SSH entre o controlador e o agente (mas outros tipos de conexões podem ser usados)

A maior dificuldade de configurar um agente no Jenkins consiste no fato de que cada tipo de agente diferente tem sua implementação em um plugin específico, que deve ser acoplado ao Jenkins e configurado de acordo com a documentação própria do plugin.

Para facilitar o tutorial, configuraremos nosso agente usando um plugin simples do Jenkins, que permite a definição do agente como container Docker, pela própria definição da pipeline a ser executada. Note que esse plugin não é igual ao plugin que permite configurar uma Docker Cloud, pois este requer a configuração fora da pipeline, mas pelo próprio Jenkins.

A única exigência para usar o plugin de Docker Pipeline é garantir que o controlador possui acesso ao Docker local. Para o nosso contexto em que o Jenkins já está em um container docker, é necessário montar o socket do docker no container. Isso é feito pela flag -v no comando de execução do container previamente fornecido.

Configurando uma pipeline simples

Crie um freestyle job para o Jenkins. Esse tipo de job é o mais simples e sua definição pode ser escrita pela própria interface web do Jenkins, ao invés de um arquivo Jenkinsfile.

A pipeline usa a sintaxe da linguagem Groovy e o job e um template básico do job pode ser visto abaixo:

================================================================================

pipeline {

         agent {

             docker {

                 image 'ubuntu:latest'

             }

         }

         stages {

             stage('Install dependencies'){

                 steps {

                     sh 'apt update -y'

                     sh 'apt install -y b4 git bc binutils bison dwarves flex gcc git gnupg2 gzip libelf-dev libncurses5-dev libssl-dev make openssl pahole perl-base rsync tar xz-utils'

                 }

             }

             stage('Setup git configs'){

                 steps{

                     sh 'git config --global user.email "jenkins@ci.com"'

                     sh 'git config --global user.name "jenkins"'

                 }

             }

             stage('Test tinyconfig Compilation'){

                 steps {

                     sh 'rm -rf linux'

                     sh 'git clone --depth 1 "https://gitlab.freedesktop.org/agd5f/linux.git" linux'

                     dir("linux"){

                         sh "b4 shazam https://lore.kernel.org/amd-gfx/20241121131055.535-1-shashank.sharma@amd.com/T/#t"

                         sh 'make tinyconfig'

                         sh 'make'

                     }

                 }

             }

             stage('Cleanup'){

                 steps {

                     sh 'rm -rf linux'

                 }

             }

         }

     }

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Percebe-se que a pipeline define, primeiramente o agente. Como o plugin da Docker Pipeline está sendo utilizado, basta definir a imagem do container. Para agentes estáticos (nodes), seria necessário definir a tag do job que poderia rodar a pipeline.

O segundo passo é a definição dos estágios da pipeline. Cada estágio é definido em passos sequenciais. No exemplo acima, cada passo é uma execução de comando shell (Usando o comando sh '<comando a ser utilizado>'). Existem outros tipos de comandos de pipeline, como o echo que imprime um valor ou outros comandos exclusivos implementados por plugins. O Jenkins contém um Snippet Generator que auxilia a encontrar a sequência desejada de comandos. Também é possível ver toda a documentação de sintaxe, que contém tópicos mais avançados não citados aqui, como paralelismo, pipelines parametrizadas, etc.

A pipeline de exemplo acima é simples:

  1. Instala dependências para compilação do kernel
  2. Configura o git
  3. Clona o repositório do Kernel Linux para o subsistema amd-gfx.
  4. Aplica um patch do kernel ao repositório
  5. Configura uma compilação minimal do kernel (tinyconfig)
  6. Compila o kernel
  7. Faz a limpeza do ambiente pós-validação, removendo artefatos gerados

A pipeline pode ser manualmente ativada pela dashboard. Certifique-se de que esteja logado na interface web com o usuário com privilégios necessários (configurado na primeira vez que o Jenkins foi acessado).