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  • Review | Dragon Quest XI

    Review | Dragon Quest XI

    Dragon Quest tem marcado presença forte ultimamente. Nos últimos anos, diversos títulos spin-offs foram lançados e bem recebidos. Neste caso, estamos falando das séries estilo Minecraft, Dragon Quest Builders, e dos títulos em estilo musou Dragon Quest Heroes (confira os nossos reviews do primeiro e segundo jogos). Em meio aos spin-offs, finalmente a Square-Enix lançou um novo título da franquia principal: Dragon Quest XI. E desde o início, tiveram uma decisão interessante.

    O jogo foi produzido no estilo de Dragon Quest VIII, tanto visual quanto de jogabilidade, e foi lançado para o Playstation 4 em 2017 no Japão. Também foi produzida uma versão de Nintendo 3DS, com gráficos mais simples. A versão portátil conta com dois estilos gráficos simultâneos: o 3D, em estilo “cabeçudinho”, e 2D, remetendo aos primeiros jogos da franquia, cada um em uma tela do console. Um ano depois, apenas a versão do Playstation 4 foi lançada no ocidente, também disponível no PC. Portanto, este review é voltado para a versão de PS4 e PC.

    Sabemos que Dragon Quest não costuma se destacar por histórias complexas e elaboradas, apesar de sobrar carisma e atmosfera de grande aventura. Porém, este jogo conseguiu fazer uma trama com momentos que esbanjam drama e maturidade, o que pode surpreender os fãs da franquia. Iniciamos a jornada controlando apenas o herói, e ao longo da aventura, novos amigos se juntam ao grupo, claro. Cada personagem já possui uma classe definida, cabendo ao jogador decidir qual formação é melhor em cada situação.

    O sistema de batalhas continua basicamente o mesmo, mas com uma sutil novidade: agora é possível se movimentar na tela de batalha. No início parece interessante, mas com poucos minutos percebemos que é um elemento inútil, então acabei voltando para o formato clássico. Existe um sistema parecido com a Tension de DQVIII, onde é possível desferir ataques e habilidades potentes, inclusive com a ajuda dos outros integrantes do grupo.

    Outra novidade (quase) inútil é o pulo. Não fez mal, mas também não acrescentou muita coisa ao jogo. Só vale destacar que é o primeiro título da série principal com pulo.

    Um dos maiores acertos foi eliminar as batalhas aleatórias. Ao andar pelo mundo, é possível visualizar o inimigo, que correrá atrás de você caso se aproxime muito. Este elemento, inclusive, foi implementado no remake de DQVIII para o 3DS, apesar de já existir em jogos anteriores da franquia, como Dragon Quest Joker do Nintendo DS. Eliminar as batalhas aleatórias permite ao jogador escolher o momento de batalhar e o momento de simplesmente explorar o mundo. E, comparando aos outros títulos da franquia (inclusive ao DQVIII do 3DS), Dragon Quest XI não possui um grinding tão forçado. Ao longo das 60 horas até o último chefe, não foi necessário parar muitas vezes pra subir o nível dos personagens.

    Prepare-se para uma longa jornada em um mundo gigantesco. A sensação de grandiosidade e aventura épica está ainda maior que DQVIII. Sem dúvidas, Dragon Quest XI é o melhor título da franquia e uma maravilhosa porta de entrada para quem quer conhecê-la. Um JRPG nos moldes clássicos, mas que eliminou diversos elementos enfadonhos.

  • Crítica | Dragon Quest: Your Story

    Crítica | Dragon Quest: Your Story

    Em termos de história, Dragon Quest V é um dos jogos mais elogiados da franquia. Enquanto que seu antecessor, Dragon Quest IV, trazia vários núcleos de personagens que se encontram, no V a história se desenvolve ao longo das gerações de uma família. Outro diferencial foi trazer os monstros para seu lado da batalha. Feito o mini review do jogo, vamos ao filme.

    O longa de animação faz uma adaptação interessante da história em pouco mais de 100 minutos. Optaram pela arte em 3D, seguindo a linha visual dos jogos VIII e XI. Apesar disso, os traços possuem alguns detalhes diferentes do estilo consagrado de Akira Toriyama, o que não chega a ser um problema.

    A história começa de uma forma bem inusitada e interessante: o protagonista é filho de um grande herói, mas uma tragédia faz com que ele se torne um escravo do vilão por anos. É claro que nosso protagonista conseguirá escapar (mesmo demorando anos, o que é deveras interessante), e entrará em uma grande jornada para derrotar o maligno vilão. Mais Dragon Quest que isso, impossível.

    É claro que um jogo com dezenas de horas não poderá ser condensado em 100 minutos de filme, então sim, a história é bem corrida e sem grandes detalhes. Infelizmente alguns momentos dramáticos e fortes, como o próprio início, perdem um pouco do impacto devido ao escasso tempo de tela.

    O grande barato desta história é mostrar o enorme lapso temporal. Acompanhamos o protagonista desde o nascimento, inclusive é mostrada a cena do jogo original, o que a princípio parece apenas um fan service. A narrativa atravessa muitos e muitos anos, literalmente mostrando as gerações futuras de nosso herói. Isso traz um tom ainda mais épico à jornada, fazendo-a grandiosa.

    Não espere um filme extremamente profundo, complexo e sem clichês. É Dragon Quest, ora bolas!  É claro que existem momentos inusitados, mas o cerne é a típica aventura do herói contra o grande vilão. Todos os elementos carismáticos da franquia estão aqui: os monstros criados por Toriyama, as memoráveis músicas de Koichi Sugiyama, os sons corriqueiros das magias e os personagens mais importantes do jogo. O ritmo é muito bom, não há muito espaço para enrolações, e os 100 minutos passarão muito rápido. A grande sacada foi a mensagem final do filme, que é bem inusitada, mas acaba trazendo uma reflexão interessante para todos nós. Se eu falar mais do que isso, vou acabar estragando a surpresa. Não é algo transcendental que mudará a sua vida, ok? Então pode baixar as expectativas para não se frustrar.

    Não é necessário jogar Dragon Quest V para aproveitar este filme, mas talvez te anime para conhecer os jogos. A dublagem brasileira é razoável.

  • Review | Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King

    Review | Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King

    Três anos após o lançamento de Dragon Quest VII em 2001, no Playstation, a franquia embarcaria agora no Playstation 2, trazendo um dos jogos mais queridos pelos fãs. A primeira diferença drástica está no visual, agora totalmente em 3D, com personagens e cenários modelados em cel shading, fazendo com que você se sinta jogando um belo anime.

    Até poucos anos atrás, o jogo ficou restrito aos donos do Playstation 2. Felizmente, o título foi lançado para dispositivos móveis Android e iOS, apesar dessas versões não terem as vozes dos personagens e rodarem abaixo dos 30 frames por segundo. Em 2017, Dragon Quest VIII ganharia uma excelente versão no portátil Nintendo 3DS, inclusive com novidades. Este review tomará como base a versão do 3DS.

    A versão lançada no portátil da Nintendo possui  elementos diferentes. Alguns exemplos mais notórios:

    • As batalhas não são aleatórias. Você pode ver o monstro e só entrará em batalha se encostar nele, possibilitando uma exploração mais rápida dos cenários e a possibilidade de escolher os momentos em que irá se dedicar ao necessário grinding de experiência;
    • aumentar velocidade da batalha (a velocidade original é leeeeeenta de dor);
    • existem dois novos personagens jogáveis(não direi quem são para evitar spoilers);
    • é possível tirar fotos, cuja principal utilidade é ganhar alguns benefícios no jogo, como se fossem achievments;

    A história é simples e não tem ligação direta com os jogos anteriores. A jornada é muito longa, mais de 60 horas, e seria ainda maior caso o sistema de encontros aleatórios com inimigos tivesse sido mantido.

    Diversos elementos da franquia estão de volta, tais como monstros clássicos, mini medals escondidas pelo mundo, batalhas em turnos, efeitos sonoros clássicos e enorme variedade de equipamentos. Não há grandes novidades neste ponto. Uma pequena diferença está no sistema de classes. Criado em Dragon Quest III e utilizado inclusive no jogo anterior, Dragon Quest VII, aqui temos um sistema mais brando. A classe de seu personagem já está definida. Cabe a você escolher apenas as habilidades relacionadas a determinado tipo de arma. Por exemplo, se você quiser que Yangus seja mais eficaz ao utilizar machados, evolua a skill de machado, garantindo maior dano e habilidades exclusivas ao utilizar esse tipo de arma.

    A progressão da jornada é bem lenta, podendo incomodar quem não está acostumado aos JRPG mais clássicos. Diversas missões se desenrolam em outras menores, e no final das contas, para adquirir um item que dará acesso ao local X, será necessário ir ao local Y para conseguir um item Z que dará acesso ao local M para adquirir o item B que, aí sim, permitirá conseguir o item para acessar o local X. A estrutura do jogo é bem simples, mas esta é uma das características mais agradáveis da franquia. História simples, objetivos simples, tudo se juntando numa grande aventura. E neste jogo, a sensação de “grande aventura” é constante. O mundo é gigantesco, com inúmeras cidades e locais interessantes a serem visitados.

    Um dos problemas do jogo é justamente a longa duração. Apesar de eu ter me divertido ao longo das mais de 60 horas, em alguns momentos você deseja apenas que a história ande um pouco mais rápido. Algumas missões são menos divertidas, e as horas finais do jogo realmente incomodam. Não é apenas uma reta final extremamente difícil como Dragon Quest II, é simplesmente chato… e difícil também.

    A última “dungeon” é longa com mapeamento complexo, e neste ponto o desejo de terminar o jogo já estava gigantesco. Nela, já temos a impressão de que a aventura está caminhando para os finalmentes. Porém, ao vencer os chefes dela e sair, ainda temos uma outra missão chatíssima para, aí sim, enfrentar o último chefe que traz um salto de dificuldade muito grande. Enquanto que o penúltimo chefe não traz dificuldade alguma, o último é extremamente forte, te mata com um ou dois golpes e não tem um padrão de ordem de ataque (não sabemos se ele, no próximo turno, vai atacar primeiro ou depois de você, dificultando muito a estratégia a ser aplicada).

    O fato de terem eliminado os encontros aleatórios com inimigos (exceto quando você está andando de barco), o jogo poderia ter diminuido a necessidade do grinding. Ou adaptar o nível dos inimigos ao seu nível atual. Mas este é um elemento já clássico em JRPG. Aparentemente é algo que os jogadores japoneses realmente gostam, só que ao meu ver é uma forma preguiçosa de inflar a duração do jogo.

    Após terminar o jogo, existem algumas coisas que podem ser feitas, ampliando ainda mais a duração do jogo. Sinceramente, não senti vontade alguma de prosseguir. O jogo é demasiado longo, e na reta final já não estava com muita vontade de jogar mais. O trecho pós-último chefe vai exigir muito mais grinding. Boa sorte para quem se dispuser a isso.

    Dragon Quest VIII pode ser recomendado para os fãs da franquia ou para adoradores de JRPG clássicos. Quem detesta esse tipo de jogo vai continuar detestando após jogá-lo. Não deixa de ser uma ótima porta de entrada aos que desejam conhecer esta série que é tão amada no Japão. A identidade trazida por Yuji Horii (criador), Akira Toriyama (design dos personagens, criador de Dragon Ball) e Koichi Sugiyama (música) criam aquela “atmosfera mágica” que é difícil explicar, e é justamente isso que me faz gostar tanto da franquia. Apesar da reta final ter sido mais chata e cansativa, isso não exclui a diversão das dezenas de horas anteriores. Vale a pena conferir, será um bom aquecimento antes de Dragon Quest XI ser lançado no ocidente.

  • Review | Dragon Quest Heroes II

    Review | Dragon Quest Heroes II

    Recentemente, a clássica série de RPG Dragon Quest se aventurou no estilo musou, onde toneladas de inimigos aparecem na tela para você vencê-los com golpes e magias mirabolantes em combates rápidos e frenéticos. A fórmula deu certo e resultou em um bom jogo, Dragon Quest Heroes. Neste segundo jogo, eles mantiveram a essência do anterior e trouxeram boas novidades.

    O visual continua simples e estilizado, o que não tira a beleza do jogo. Preferiram manter o visual mais cartunesco, um enorme acerto. Os cenários também são muito bonitos e bem elaborados, melhor que o jogo anterior. A história mantém a simplicidade habitual da série: não se destaca, mas não ofende.

    Aliás, vale mencionar desde já a grande mudança: agora o jogo é um gigantesco mundo aberto. Sim, as “arenas” não estão mais isoladas. Temos uma cidade central e, a partir dela, podemos ir andando para todos os lugares. No caminho, há dezenas de monstros que podem ser facilmente ignorados, o que é bom para quem quiser ir mais rápido para seu destino. Os ambientes são bem variados e trazem aquela atmosfera de “estou em uma grande aventura” dos jogos clássicos. A magia de teleporte Zoom ainda existe, possibilitando viajar instantaneamente para os locais já visitados.

    O combate se manteve praticamente o mesmo. Toneladas de inimigos, chefes bem fortes, magias exageradas. Porém, tive a impressão de que a esquiva ganhou maior importância. Também foram adicionadas diversas magias, possibilitando combinações variadas para serem usadas nas batalhas. É possível selecionar quatro magias por vez, então escolha a combinação que melhor lhe atenda.

    Os personagens também são bem variados, cada um com sua classe e habilidades específicas. Agora é possível mudar a classe de seu herói, possibilitando variações de jogabilidade. Porém, tal como em Dragon Quest III, ao mudar a classe do personagem, seu nível voltará ao 1. Só é possível utilizar 4 personagens por vez, então será difícil usufruir de todos, e certamente você terá dúvidas de quais personagens utilizar. Felizmente, todos os personagens recebem experiência, permitindo troca constantemente de grupo sem haver diferenças grandes de níveis entre eles.

    Outra novidade são as “moedas de monstros”. No primeiro jogo, você coletava algumas moedas durante a batalha que permitia invocar o monstro para te ajudar. Foram adicionados outros dois tipos de moeda: uma que invoca o monstro para um ataque único (geralmente uma magia ou golpe poderoso) e outro tipo que transforma você no monstro! Isso traz ainda mais dinâmica e estratégia às batalhas.

    Apesar das possibilidades de estratégias, este jogo não exige tanta habilidade. É aquele tipo de jogo que não traz um enorme desafio, mas que também não subestima o jogador. É necessário um mínimo de estratégia, sendo algumas poucas fases bem difíceis.

    Finalmente implementaram um multiplayer online. É possível chamar pessoas para te ajudar nas missões, algo parecido com as invicações de Dark Souls. Experimentei esse modo de jogo pouquíssimas vezes, mas pareceu funcionar bem. Eu e meu companheiro, nas duas vezes em que joguei cooperativo online, utilizamos a heroína principal. Devido à dificuldade de encontrar pessoas online, não pude explorar o modo online com muitos detalhes, então, ficarei devendo maiores informações.

    Desde já, preciso elogiar a versão de PC, que se mostrou melhor otimizada que o primeiro jogo. Mesmo assim, para conseguir fazer o jogo rodar satisfatoriamente, precisei fazer algumas configurações meio avançadas na placa de vídeo. Então, se você tem um PC com as configurações necessárias, porém o jogo está rodando lento, busque informações na internet para configurar sua máquina.

    De resto, temos todos aqueles elementos que agradarão os fãs de Dragon Quest: as músicas fantásticas de Koichi Sugiyama, os monstros e personagens carismáticos de Akira Toriyama e, claro, a mente criativa de Yujii Horii. O fan service está explodindo neste jogo, é um prato cheio pra quem gosta do universo da franquia, em especial do Dragon Quest IV.

    Temos aqui um bom jogo, divertido, bem feito, ótimo para passar o tempo. Quem gostou do primeiro vai adorar o segundo. Dragon Quest Heroes II melhorou bastante a proposta do primeiro, aumentou o escopo e conseguiu trazer algumas inovações. Temos um “mais do mesmo” com pitadas de novidade. Recomendado para os fãs da franquia clássica, para quem gostou do primeiro Heroes e para quem quer fugir de jogos mais exigentes e frenéticos como Dark Souls e Bayonetta. Disponível para PC, PSVita, Playstation 3Playstation 4 Nintendo Switch.

  • Review | Dragon Quest IV

    Review | Dragon Quest IV

    Dragon Quest IV inaugura uma nova saga na franquia. Nos três primeiros jogos, vivenciamos a história do lendário herói Erdrick/Roto e de seus descendentes. Agora, iremos acompanhar a história de vários personagens que, de início, não têm ligação alguma. Ao longo da narrativa, seus caminhos irão se encontrar.

    A estrutura do jogo é muito interessante. Ele é dividido em capítulos, cada um focando em um personagem distinto. Em cada um, existem particularidades no estilo em que a narrativa se desenrola, dando bastante personalidade a cada um. Apesar das histórias seguirem a simplicidade costumeira da franquia, é suficientemente interessante para gerar muito carisma.

    O jogo foi originalmente lançado no NES. Posteriormente, ganhou remakes no Playstation e Nintendo DS. Esta versão do DS foi adaptada para dispositivos móveis iOS e Android. Este review terá como base a versão para Android.

    O sistema de batalha tem a mesma base dos jogos anteriores, desenvolvendo-se em turnos. Os personagens já possuem classes definidas, cada um evoluindo de maneira diferente seus atributos e habilidades. Há uma enorme variedade de equipamentos, sendo estes tão importantes quanto subir de nível. Os inimigos possuem diversas animações de ataque, o que enriquece bastante a experiência.

    A parte visual deste remake é parecida com aquela adotada em Dragon Quest VII: personagens em 2D, cenários em 3D, sendo possível girar a câmera em 360º na maioria dos lugares. Apesar da baixa resolução, o jogo é bonito. A versão original de NES se manteve praticamente igual aos três jogos anteriores.

    Só é possível utilizar 4 personagens nas batalhas. Porém, em momentos específicos, você poderá alterná-los durante a batalha, facilitando bastante algumas lutas. Mas não se iluda, o maldito grinding continua necessário, tanto quanto buscar armas e armaduras de qualidade.

    O novo formato narrativo permitiu criar personagens únicos e muito mais carismáticos, o que se manterá nos títulos futuros. Isso enriquece bastante a mitologia da série e dá ainda mais identidade. Tanto que será um dos maiores fan services dos Dragon Quest Heroes. Durante a jornada, é possível conversar com os personagens do grupo para saber o que estão pensando e, eventualmente, receber alguma dica sobre o que fazer a seguir.

    O mundo é bem vasto, com muitas cidades e locais para se aventurar. Não existe uma linearidade grande, é possível explorar o mundo com bastante liberdade. O ciclo de dia e noite se manteve, e determinados eventos só acontecem em determinado horário.

    Dragon Quest IV se mostrou um jogo mais equilibrado, um pouco mais fácil que os anteriores e mais divertido. Há poucos trechos frustrantes, permitindo que o jogador se mantenha interessado até finalizar a aventura. O final é muito simples, nada mirabolante, tal como os jogos anteriores, porém a sensação de “dever cumprido” é satisfatória e faz tudo valer a pena. São dezenas de horas bem divertidas, especialmente aos fãs de RPGs mais tradicionais. Jogar em plataformas móveis pode melhorar ainda mais a experiência, a versão de Android permite salvar o jogo em praticamente qualquer lugar, tornando possível jogatinas rápidas. Mais um excelente Dragon Quest.

  • Review | Dragon Quest III

    Review | Dragon Quest III

    Dragon Quest III é um dos jogos mais queridos pelos fãs da série. Seu lançamento no Japão foi um evento, tanto que, a partir daí, ficou proibido de lançarem um Dragon Quest em dias letivos, evitando caos e pessoas matando aula/trabalho para comprarem o jogo. Sim, Dragon Quest é fortíssimo em terras nipônicas.

    O jogo traz diversas novidades em relação aos títulos anteriores, mostrando uma evolução bem natural. Lembram que no primeiro jogo você controlava apenas um herói e, no segundo, já eram três? Agora, seu grupo poderá ter até quatro heróis de classes variadas: guerreiro, mago, clérigo etc. Cada classe terá certos atributos melhores e piores em relação às outras. Com o passar dos níveis, o personagem adquire habilidades relativas àquela classe, dando uma boa diversidade ao jogo. Por se tratarem de personagem completamente genéricos, não há muito o que falar deles, apesar de enriquecerem a experiência de jogabilidade.

    Versão de NES

    Paralelo às classes foi implementado um sistema de personalidade, que poderá mudar durante a aventura. De acordo com a personalidade, seu herói evoluirá mais rápido em alguns atributos. Por ter um grupo maior de heróis, o desafio também aumentou: a quantidade de inimigos por batalha cresceu. O sistema continua o mesmo, com batalhas em turnos, mantendo a tradição clássica dos RPG.

    Precisamos destacar o tamanho do mundo neste jogo. É algo impressionante, o mapa é gigantesco e se tornou ainda mais fácil você se perder e não saber para onde ir. Inclusive o jogo se torna um pouco em alguns trechos. Agora temos o ciclo de dia e noite, melhorando a sensação de passagem do tempo e adicionando eventos que só acontecem em determinado horário.

    Versão de Gameboy

    Este review tomou como referência principal a versão de Super Nintendo. O original saiu no NES com praticamente os mesmos gráficos dos jogos anteriores. Também existe uma versão para Game Boy. Neste remake, temos um dos jogos mais bonitos do Super Nintendo, com direito a ótimas animações dos inimigos durante a batalha. Esta versão foi portada para os dispositivos móveis iOS e Android, mas infelizmente tiraram as animações dos inimigos durante a batalha. Posteriormente, o jogo ganha uma versão para Nintendo Wii.

    Dragon Quest III manteve o espírito da série e melhorou a parte técnica drasticamente. As novas mecânicas, conteúdos e classes enriqueceram bastante o título. A história continua bem simples, mas há aquela magia inexplicável que envolve a série. Cronologicamente, este é o primeiro jogo da série, vindo em seguida Dragon Quest I e Dragon Quest II. O jogo seguinte iniciará outra história.

    O aumento na quantidade de heróis jogáveis foi um grande acerto, mesmo se tratando de personagens genéricos. O jogo seguinte vai aproveitar essa ideia para criar uma história mais elaborada e personagens mais desenvolvidos, porém deixaremos para um review futuro.

    Versão de SNES

    Não podemos deixar de mencionar a santíssima trindade que permeia a franquia: Akira Toriyama, o mestre do design de personagens; Koichi Sujiyama, o maestro da trilha sonora, e Yuji Horii, o gênio por trás das ideias. A qualidade e identidade da série se deve muito a essas três pessoas.

    É compreensível que este seja um dos títulos mais queridos pelos fãs da série. O jogo trouxe muitas inovações e ditou regras para RPGs futuros, além de contar a origem de um dos personagens mais importantes da série. Aquela atmosfera de aventura se intensificou com o tamanho do mundo e da falta de linearidade da história. Os jogos seguintes iniciarão um novo arco narrativo aproveitando e evoluindo diversas mecânicas de jogo nascidas aqui. Dragon Quest III é um excelente jogo para conhecer a franquia e entender por que ela é tão querida, principalmente no Japão. Mas esteja preparado para se perder no vasto mundo e passar grandes dificuldades nas batalhas.

  • Review | Dragon Quest Heroes

    Review | Dragon Quest Heroes

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    Humanos e monstros conviviam em paz e harmonia. Porém, algo estranho acontece e os monstros se tornam agressivos e caóticos, tornando-se verdadeiras ameaças. Os jovens heróis Luceus e Aurora, ao lado do rei Doric, iniciarão uma jornada para descobrir a causa dessa mudança de comportamento dos monstros, e ao longo do caminho se unirão a destemidos heróis para ajudá-los nesta missão.

    A história é básica, tal como os primeiros jogos da série clássica. E mais, é um tremendo fan service aos amantes da franquia. Dragon Quest Heroes trouxe o universo do renomado JRPG (RPG japonês) para o estilo musou, uma espécie de hack’n slash com elementos de RPG, golpes exagerados e toneladas de inimigos simultâneos. Dinasty Warriors e Samurai Warriors são representantes famosos desse estilo.

    A jogabilidade é bem intuitiva e relativamente simples, não exigindo tremenda destreza para vencer as fases e chefes. Combine golpes, magias e invocação de monstros para vencer os desafios. Execute combos para encher a barra de tension e liberar um grande poder do heróiAlgumas fases exigirão uma certa estratégia ao invés de esmagar os botões do seu controle para bater freneticamente nos inimigos. Certos monstros são bem fortes, impedindo mutos ataques diretos. No geral, o nível de desafio é OK, havendo poucos momentos que realmente irão frustrar o jogador.

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    Luceus, após completar a barra de tension, executará seu golpe mais forte

    Os personagens iniciais (Luceus, Aurora, Isla e Doric) são inéditos na franquia, enquanto que todos os outros fazem parte dos jogos clássicos da série, especialmente do Dragon Quest IV ao VIII. Até o final do jogo, será recrutado um bom número de heróis para montar o seu grupo, cada um com poderes e golpes próprios, dando uma variedade bacana na jogabilidade (apesar de que, na essência, os controles são os mesmos). E claro, devemos ressaltar a habilidade incontestável de Akira Toriyama em criar personagens carismáticos. Todos são dublados e possuem personalidades bem distintas uns dos outros. As cutscenes são totalmente dubladas, enquanto que as falas durante o jogo só possuem algumas poucas palavras “genéricas” no início, dando o tom da frase, um recurso bem interessante.

    Os monstros, trilha sonora, sons, itens, tudo é derivado de algum jogo clássico e vai aquecer o coração dos fãs. É muito divertido ouvir aquele som característico de magia em meio à batalha frenética, dentre outros elementos. Sem dúvidas, isso deixará os fãs mais interessados no jogo. Mesmo quem não conhece os jogos clássicos vai conseguir aproveitar, pois o design dos monstros é bem legal, os sons são divertidos e a trilha sonora é assinada pelo grande mestre Koichi Sugiyama. Para fechar a santíssima trindade de Dragon Quest, a mente de Yuji Horii está mais uma vez por trás das ideias.

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    A estrutura do jogo é basicamente de arenas. As fases são completamente separadas umas das outras e entre elas você estará na sua “base” para comprar itens, distribuir pontos de habilidades (que são adquiridos ao subir de nível), fazer itens, aceitar pequenas missões para ganhar recompensas, conversar com os personagens, dentre outras coisas. Os personagens falam bastante, havendo bastante conteúdo para quem quiser se aprofundar na história e personalidade de cada um (apenas de não ser algo tão interessante a ponto de incentivar o jogador a ler tanta coisa).

    Um defeito grave é a ausência de um modo cooperativo. A quantidade de personagens disponíveis possibilitaria uma jogatina divertidíssima com amigos. O número limitado de personagens do grupo (apenas quatro) também é um ponto fraco, pois dá vontade de jogar com diversos heróis, mas aí será necessário fazer um pouco de grinding para deixar todos em um nível compatível para não haver grandes dificuldades nas fases e chefes. Os heróis que não estão no grupo também recebem experiência, mas em quantidade menor. Durante a batalha, você controla um herói por vez, enquanto que os outros três são controlados pelo computador. Você poderá assumir o controle de qualquer um no momento que quiser, basta apertar um botão.

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    Alguns podem achar a jogabilidade repetitiva e maçante. Não há grandes variedades no combate e missões, mas o level design das fases possibilita uma diversidade dentro da mesmice. Há uma curva de aprendizado bem suave que ao decorrer do jogo te obriga a adotar posturas diferentes e utilizar outros recursos. A melhor saída para não enjoar é fazer poucas missões paralelas e seguir reto na história. Com isso, o jogo tem uma duração bem razoável (em torno de 20 horas), tempo suficiente para divertir sem enjoar.

    É bom alertar que a versão de PC tem alguns problemas de compatibilidade e otimização. Existem algumas opções que melhoram a compatibilidade, mas talvez você precise jogar em modo janela ao invés de tela cheia, ou ter dores de cabeça para fazer o jogo funcionar adequadamente. A sincronização das falas nas cutscenes, no meu caso, também apresentou falhas. Faltou um cuidado maior da Koei Tecmo nesta versão de PC, que prejudicou a experiência de muitos jogadores.

    Dragon Quest Heroes foi uma proposta diferente dentro da clássica franquia de JRPG. Não é um jogo excepcional, mas é competente e diverte. O ponto forte são as referências ao universo Dragon Quest, que esbanja carisma. Os fãs do JRPG vão aproveitar mais o jogo, contudo não impedirá o entretenimento de quem não conhece a série. Para quem procura um jogo mais casual com dificuldade moderada,  Dragon Quest Heroes está mais que recomendado. Disponível para Playstation 3, Playstation 4 e PC.

  • Review | Dragon Quest II

    Review | Dragon Quest II

    dqiitop

    Muitos anos atrás, um jovem guerreiro descendente do grande Erdrick derrotou o temível Rei Dragão e restaurou a paz no reino de Alefgard. Durante muitas gerações, os descendentes do herói governaram Alefgard e as províncias vizinhas, inclusive o Reino de Moonbrooke, que fica do outro lado do mar. Subitamente, o mago Hargon aparece trazendo o caos novamente ao reino. Caberá aos heróis da linhagem de Erdrick derrotarem o vilão.

    Dragon Quest II continua a história de seu antecessor (leia nossa resenha de Dragon Quest) e evolui diversos aspectos de jogabilidade. A primeira e notável mudança está nas batalhas: agora, você poderá enfrentar grupos de monstros ao invés de apenas um. Para equilibrar este aumento de dificuldade, seu herói não é mais solitário. Ele terá ajuda de mais dois companheiros, cada um com habilidades diferenciadas. Os inimigos, geralmente, não estão individualizados, mas sim em grupos. Com isso, você não poderá atacar um inimigo em específico, mas sim algum deles dentro do grupo, de forma aleatória. Isso traz algumas dificuldades para eliminar aquele monstro que já está quase morto, porém obriga o jogador a ter estratégias variadas ao invés de simplesmente atacar qualquer um. Neste contexto, foram implementadas armas que atacam grupos de monstros ao invés de apenas um, uma adição importante para melhorar o combate.

    dqii1Versão clássica para NES

    A santíssima trindade da franquia está de volta: Akira Toriyama (criador de Dragon Ball) na parte artística, Koichi Sugiyama na excelente trilha sonora e Yuji Horii na parte criativa e conceitual. Vale destacar que Sugiyama nos brindou com novos e excelentes temas musicais que mantiveram a identidade da série e se tornaram verdadeiros clássicos da franquia. Outros elementos se mantiveram, tais como os inconfundíveis efeitos sonoros das magias, menus, alguns monstros e… puff-puff?

    Não houve evolução na parte gráfica. Aparentemente, foi utilizada a mesma engine para construir o jogo, tanto na versão clássica do NES quanto no remake de Super Nintendo. Este review, novamente, irá focar na versão de Super Nintendo, que é muito mais bonita e amigável. Só para não passar batido, vamos lembrar que os menus TERRÍVEIS se mantiveram na versão de NES, sendo necessário acessar os itens para selecionar a chave que destrancará a porta. Pelo menos eliminaram a opção STAIRS, necessária para utilizar as escadas (agora, basta encostar na bendita).

    dqii2Versão de SNES

    Este segundo título da série manteve todas as características do anterior, com história bem simples e foco na aventura para chegar ao grande “chefão final”. O mundo está bem maior, implementando a possibilidade de viajar em um simpático navio. A sensação de estar numa grande jornada aumentou bastante, a necessidade de explorar o mundo também. Em alguns momentos será necessária uma observação bem atenta dos cenários, o que, sinceramente, não é muito atrativo em um jogo com gráficos tão simples. Há uma brincadeira com o menu de compra e venda em determinado momento que é muito interessante, principalmente em um jogo tão antigo. Existem ótimas ideias novas que demonstram a evolução natural da franquia.

    dqii3

    Por mais que o jogo seja bem divertido, sempre teremos alguns pontos negativos comuns aos RPGs japoneses (JRPG), a começar pelo famoso grinding (a necessidade de parar a aventura e batalhar incessantemente para subir de nível). É quase redundante falar de grinding nos JRPG, mas é um ponto que se torna um problema sério em determinados momentos. A reta final do jogo, por exemplo, é extremamente cruel, pois o lugar da batalha final está no fim de um caminho lotado de monstros fortíssimos e será necessário um grinding bem árduo para alcançar um bom nível e conseguir passar sem morrer continuamente.

    A ampliação do mundo também dificultou bastante alguns pontos do jogo. Não raro, você ficará perdido, sem saber para onde ir ou ficar em dúvida de como retornar a determinado local. O problema aumenta quando, ao caminhar de forma errante pelo mundo, as batalhas aleatórias estarão lá para te atormentar, tirar sua energia e seu tempo. É a velha maneira irritante de prolongar artificialmente o tempo de jogo. Existem magias e itens que ajudam a evitar as batalhas aleatórias, porém são limitados e precisam ser usados a todo momento.

    De qualquer forma, Dragon Quest II trouxe boas evoluções à franquia. É um jogo que agradará quem gostou do primeiro, mas prepare-se para muitas horas de jogatina e alguns momentos frustrantes. Quem gosta de JRPG estará em casa, mergulhe de cabeça neste clássico que envelheceu de forma decente e merece a atenção dos fãs do gênero. Disponível para NES, SNES, Gameboy e dispositivos móveis.

  • Review | Dragon Quest

    Review | Dragon Quest

    O Rei Dragão trouxe caos ao mundo após roubar a Esfera de Luz que selava as energias malignas. Como se não bastasse, o vilão sequestrou a princesa. Cabe a você, descendente do lendário herói Erdrick, salvar a princesa e derrotar o temível Rei Dragão. “Mas que historinha de m…, hein? Clichê supremo”. Certamente, é um tremendo clichê. Porém, devemos lembrar que Dragon Quest (ou Dragon Warrior, como ficou conhecido no Ocidente) foi quem praticamente inventou esse clichê nos videogames, por isso merece os maiores louros possíveis.

    Dragon Quest foi originalmente lançado em 1986 no saudoso Nintendinho (NES) e ditou as regras do gênero que hoje conhecemos como JRPG – os RPG japoneses. Ainda hoje esta pérola surpreende pela simplicidade da narrativa aliada ao game design competente. A jogabilidade é bem simples, sendo combates em turnos e encontros aleatórios com inimigos. É possível comprar e equipar diversas armas e armaduras, usar itens de cura e suporte, explorar um mundo relativamente grande de forma não linear, conversar com inúmeros personagens e, claro, suar a camisa para subir de nível. Esta é a fórmula quase padrão de qualquer JRPG, e foi consolidada por este pequeno grande jogo.

    Uma ressalva importante sobre a jogabilidade: a versão original de NES é pouco amistosa neste quesito. Para subir ou descer uma escada, é necessário levar o personagem até ela, abrir o menu e – pasmem – escolher a opção STAIRS. Para executar qualquer outra ação, desde conversar até abrir portas, é necessário acessar o menu. Isso torna a versão original praticamente não-jogável, por isso este review fará referência ao remake do Super Nintendo (SNES), que torna possível todas essas ações com um único apertar de botão, além de ser visualmente mais bonito. A versão de GameBoy segue esta mesma linha. O nome do herói lendário Erdrick poderá variar entre Loto ou Roto.

    DQ1

    À esquerda, a versão de NES. À direita, o remake de SNES

    Falando em visual, é o primeiro ponto que chama a atenção. Toda a arte foi feita pelo mestre Akira Toriyama, criador de Dragon Ball. A excelente trilha sonora é de Koichi Sugiyama. E, claro, a mente criativa por trás de todo o conceito da franquia: Yuji Horii. Esta é a santíssima trindade que estará presente em todos os títulos principais da série.

    Graficamente falando, o jogo não é um primor devido às limitações técnicas da época. A versão do Super Nintendo melhorou bastante o visual, mas ainda é bem simples, porém simpático e carismático. Somente os monstros possuem um detalhamento maior devido às suas imagens na tela de batalha, pois os demais personagens são limitados aos poucos pixels dos bonequinhos no cenário. Sobre a batalha, ela se inicia, geralmente, de forma aleatória quando você está andando pelo mundo ou em alguma dungeon.  Ao encontrar o monstro, um quadro aparece no meio da tela com o monstro e um cenário mais bem desenhado. Um ponto interessante é que, neste primeiro jogo da série, as batalhas sempre ocorrem contra um único monstro. Você não tem aliados, terá de lutar sozinho. Seu personagem é um guerreiro que pode usar magias adquiridas ao atingir determinados níveis de experiência. É bom dizer que os equipamentos são quase tão importantes quanto os níveis de experiência. Busque sempre por equipamentos bons, e sempre carregue uma tocha para iluminar as cavernas escuras.

    Seu objetivo é chegar ao castelo do grande vilão e derrotá-lo. Desde o início do jogo é possível ver o castelo, mas ele apenas se tornará acessível depois de muito suor. Isso é muito interessante, mostra que, apesar de próximo, o objetivo é inalcançável num primeiro momento, sendo necessário vencer diversas intempéries até chegar ao destino final.

    Dragon Quest é um clássico absoluto e continua muito bom de se jogar. É claro, existem algumas ressalvas, como o grinding necessário para atingir níveis altos de experiência, alguns equipamentos essenciais para vencer o jogo são bem difíceis de se descobrir onde ficam, a história é muito simplória, não há desenvolvimento de personagens… mas tudo isso cria uma magia inexplicável em torno do jogo. O foco de Dragon Quest é a aventura em si, e não o enredo. Para fazer este review, joguei a versão de Super Nintendo e me vi completamente fisgado por dois dias até finalizar. Para quem gosta de JRPG, jogar Dragon Quest é uma obrigação moral. A Square/Enix lançou o jogo para dispositivos Android e iOS, uma excelente oportunidade de curtir este clássico a qualquer hora e em qualquer lugar com gráficos um pouco melhorados.