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Sem fim à vista

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Prémio Aguastina Bessa-Luís

First published January 1, 2012

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Raquel Ochoa

17 books27 followers
Raquel Ochoa nasceu em 1980, em Lisboa.
Tem dedicado grande parte do seu tempo a viajar e a escrever. Na sequência de uma viagem de vários meses pela América Central e do Sul, editou O Vento dos Outros, em 2008. No mesmo ano publicou Bana – uma Vida a Cantar Cabo Verde, a biografia de um mais populares músicos africanos.
Em 2009 venceu o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o romance A Casa- Comboio, a saga de uma família indo-portuguesa ao longo de quatro gerações.
A Infanta Rebelde, a biografia de D. Maria Adelaide de Bragança, é a sua primeira obra publicada pela Oficina do Livro em 2011.

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1 (2%)
Displaying 1 - 9 of 9 reviews
Profile Image for Sofia Vasconcelos.
6 reviews13 followers
March 31, 2018
Gostei muito deste livro. Fala de um Açoriano que parte numa viagem, sem fim à vista.
“O Oriente e a Oceânia tropeçavam um no outro, e queria acabar com isso, queria distingui-los. Fez uma pequena mala e não teve coragem de se despedir de ninguém.” Adorei as descrições de cada lugar e as conversas com os desconhecidos, que se tornam amigos ou não...Revi-me tanto, nas descrições da Nova Zelândia, recordando a viagem que lá fiz há 13 anos. Para mim este livro fala-nos de uma viagem sem fim à vista, porque viajar é correr contra o tempo, muito mais do que o tempo nos permite ou do que nós nos permitimos.
Recomendo.
Profile Image for Adelaide Silva.
1,214 reviews58 followers
September 20, 2021
Vitor é um doente cardíaco, que é submetido a um transplante e decide fazer uma viagem sem fim à vista .
Pelas partes do coração ( Aorta, VCS, VD, VE e Tronco Pulmonar), a autora leva-nos numa viagem a diferentes sítios.
É uma viagem também a nível interior com aprendizagem e crescimento sobre o valor da vida e como a devemos aproveitar
Profile Image for Célia Gil.
665 reviews34 followers
February 4, 2021
Sem Fim à Vista é um romance de Viagens de Raquel Ochoa. Não é, porém, um simples livro de viagens. O protagonista é uma pessoa doente e as viagens dividem-se de acordo com os seus órgãos doentes: na Veia Cava Superior, a ação inicia-se em Singapura, passa pela Malásia, Indonésia e termina na Austrália. Já na Aorta, temos várias localidades da Nova Zelândia. No ventrículo Direito, Hong Kong; no Ventrículo Esquerdo, Sri Lanka e Japão e no Tronco Pulmonar, regresso aos Açores, São Miguel, terra do protagonista.
É um livro que não se quer parar de ler, porque cada viagem, para além de nos levar a sítios bastante diferentes, é também uma viagem interior, de conhecimento, aprendizagem e crescimento. A cada viagem, apetece-nos largar tudo e acompanhar a personagem na apreciação dos lugares, das pessoas, dos paladares…
O protagonista, Vítor Vidampla, é um açoriano com um historial clínico complicado. Um empresário de sucesso, responsável por fazer vingar um negócio de família, sujeito ao stresse da sua profissão, que passa os dias a trabalhar, sem viver realmente a vida. Quando se vê obrigado a um transplante de coração, a uma medicação severa e a uma esperança de vida limitada, é quando pondera realmente começar a viver. Decide, contra todas as indicações médicas, viajar sozinho e ir até à Nova Zelândia assistir à final do mundial de rugby. Sempre limitado pela doença, tudo é feito muito devagar, consoante as suas capacidades e condição física debilitada. Mas esse vagar tem as suas vantagens, pois permite-lhe apreciar cada lugar, cada pessoa que conhece e cada momento nesta viagem é uma vitória. À medida que a viagem decorre, Vidampla vai-se esquecendo das dores, vai deixando de precisar da medicação e sente-se finalmente livre de todas as suas angústias. De entre as pessoas que conhece nas suas viagens, destaca-se a alucinada Helana, uma força da natureza, que o incita a prosseguir a viagem para o Japão, onde se encontrará com ela.
Podem nem ser reais estas viagens, pode até Vidampla estar apenas em coma, mas esta viagem cumpre os objetivos a que se propôs, desperta Vidampla para a vida.
A forma como Raquel Ochoa escreve prende-nos à narrativa, pois à ação constante se alia uma poeticidade repleta de frases que ficam. Passo a citar algumas das que mais gostei:

"O vento chega e modifica, não deixa a praia igual. Assim são as viagens."

"Nunca imaginamos o que está por detrás dos olhos de uma pessoa."

"Em todas as grandes viagens chega um momento de ruptura, em que o passado passa a ser o passado e o futuro um mar de promessas. É neste ponto que o viajante sente, de modo abrupto e precipitado, que não voltará a ser o mesmo. Partem-se pratos num chão de mármore que ninguém ouve, ninguém compreende. É subtil. Uma aragem. "

"De vez em quando um desafio é necessário para nos testarmos, cria uma sinergia para as habilidades da mente e alma.”

"Estive drogado com a minha vida."

"O dia mais importante de uma relação não é o dia em que conhecemos a cara-metade, mas o dia em que essa pessoa passa a existir dentro de nós."

"Hoje sou a pessoa mais calma do mundo. Hoje sim, por todas as inúmeras vezes que ao longo da vida já perdera a cabeça. O desgaste vem da consciência de que se perdeu a razão, é um dos mais debilitantes estados, porque os nervos impedem a aparição de quaisquer argumentos. Como se os houvesse. No fundo, todos os que são muito competentes têm dificuldade em aceitar erros crassos e comportamentos preguiçosos."

"As montanhas foram a maior criação de Deus, não foi a mulher, muito menos o homem. No dia em que as criou estava inspirado. Deus pôs todo o seu esforço nas montanhas e depois o Homem foi só para criar alguém que as pudesse apreciar. Deus só criou os homens para contemplarem as montanhas. E o mar? O mar é outra história. O mar serve para separar e ligar. O mar é veículo. As montanhas são imóveis, intransponíveis. Um monumento. Tal como o mar, são inclementes, mas o mar limpa o homem, as montanhas levantam-no."
Profile Image for Margaret.
715 reviews14 followers
August 5, 2018
Será que os problemas de saúde devem acabar com os nossos sonhos? Será que nos devemos resignar perante a adversidade e ajustar as nossas expetativas àquilo que os outros dizem que devemos, ou não, fazer?

“Sem Fim à Vista” é um livro original pois trata de um tema que nunca vi abordado – um doente crónico que não deixa de viajar por causa das suas limitações físicas. Vítor Vidampla tinha uma vida intensa, de sucesso, mas, um dia, o coração atraiçoa-o e ele vê a sua existência modificar-se de forma radical – a sua locomoção é limitada, tem de ter imenso cuidado com a alimentação e ai se esquece de tomar a medicação. Mesmo assim, quer concretizar um grande sonho – ir à Nova Zelândia ver o mundial de râguebi. Começa, então, uma viagem um tanto ou quanto atribulada por meio mundo, passando por diversos países como Malásia, Austrália, Indonésia ou China.

O livro é interessante porque abre-nos a mente para as dificuldades que as pessoas doentes ou com mobilidade condicionada sentem para realizar as mais simples tarefas. Mesmo assim não desistem e encontram soluções alternativas para atingir os seus objetivos.

Foi uma experiência curiosa acompanhar Vítor Vidampla na sua viagem, embora às vezes fosse uma companhia irritante. No meio do livro, no percurso pela Nova Zelândia, penso que a autora deixou-se levar por demasiados pormenores de “roteiro turístico”, o que quebrou um pouco o ritmo da leitura, e fez-me ficar desejosa de partir para outro destino. Ou seja, com uns capítulos a menos, a coisa tinha sido melhor.

27 reviews
July 15, 2023
O livro prendeu a minha atenção desde o início! Gostei muito!
8 reviews1 follower
August 31, 2015
Um dos melhores livros/viagens que li/fiz até hoje. Esta história transportou-me literalmente para o outro lado do mundo e fez-me re-perspectivar aquilo a que realmente devemos dar valor na vida e a forma como a devemos aproveitar.
Adorei.
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