E.M. Pinto e Paulo Diniz
Ao longo da história militar, a constante busca por formas eficazes de enfrentar ameaças tanque tem levado ao desenvolvimento de armas anti-tanque cada vez mais avançadas. Neste artigo, exploraremos a evolução dessas armas desde os primeiros modelos utilizados durante a Segunda Guerra Mundial até os mísseis de primeira geração, que transformaram o campo de batalha moderno.
Nesse artigo abordaremos os primórdios e a evolução das armas anti Tanque, na sequência, nos demais artigos, serão abordadas as gerações de armas posteriores até os dias atuais.
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Os Primórdios: 2ª Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, as forças armadas perceberam a necessidade urgente de combater os avanços dos temíveis tanques inimigos. Surgiram então as primeiras armas anti-tanque, como os famosos Bazookas e os Panzerschrecks. Essas armas, embora eficazes em curta distância, exigiam uma proximidade considerável com o alvo, aumentando significativamente o risco para os soldados.
Durante a Segunda Guerra Mundial, vários fuzis antitanque foram utilizados pelas diferentes nações envolvidas no conflito. Estes fuzis ou como por vezes são reportados, “Rifles” antitanque, foram extensamente utilizados durante o conflito e eram armas projetadas para penetrar a blindagem dos tanques inimigos.
Eles desempenharam um papel crucial nas táticas antitanque, especialmente em fases iniciais da guerra, quando os tanques eram menos protegidos contra armas portáteis.
De um modo geral estas armas possuiam calibres maiores do que os fuzis de infantaria padrão. Isso era necessário para garantir a penetração da blindagem dos tanques. Para tal faziam uso d emunições perfurantes , projetadas para penetrar a espessura da blindagem. Esses projéteis podiam ter núcleos de aço endurecido para aumentar a capacidade de perfuração.
Estas armas compartilhavam algumas características como design especializado, que ioncluia cano longo e bipés para estabilidade durante o disparo e, em alguns casos, escudos para proteger o atirador contra os efeitos colaterais do campo de batalha. Essas armas eram destinadas a deter ou destruir tanques inimigos, desempenhando um papel crucial nas táticas antitanque das forças terrestres.
Alguns fuzis antitanque eram relativamente portáteis, permitindo que os soldados se movessem rapidamente no campo de batalha. No entanto, alguns modelos eram pesados e exigiam equipes para transportá-los efetivamente.
Exemplos desses fuzis antitanque incluem “Boys Anti-Tank Rifle” britânico, o “PTRD-41” e “PTRS-41” soviéticos, o “PzB 39” alemão, entre outros. É importante notar que, à medida que a guerra progredia, os tanques se tornavam mais bem protegidos, e armas mais especializadas, como canhões antitanque e lança-foguetes, tornaram-se mais proeminentes no arsenal antitanque.
Modelo | ||||
PzB 39 |
Boys | PTRD-41 |
PTRS-41 |
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Origem | Alemanha | Reino Unido
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União Soviética | União Soviética |
Características | O PzB 39 era um fuzil antitanque alemão que utilizava um cartucho de 7,92 mm. Era eficaz contra tanques leves e médios. Seu design incluía um bipé e um escudo para proteção do atirador. | Produzido pelo Reino Unido, o Boys Anti-Tank Rifle tinha um calibre de 13,9 mm. Era um fuzil pesado e difícil de manusear, mas foi usado pelas forças aliadas no início da guerra.
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Este fuzil antitanque soviético utilizava um cartucho de 14,5 mm. Era leve e portátil, permitindo uma mobilidade relativa. Foi eficaz contra tanques leves e médios.
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Similar ao PTRD-41, o PTRS-41 era um fuzil antitanque soviético. Também usava um cartucho de 14,5 mm e era capaz de penetrar a blindagem de tanques inimigos. |
A boa e velha Bazooka
A Bazooka, uma das primeiras armas anti-tanque desenvolvidas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, foi projetada para enfrentar os avanços dos tanques inimigos. Este dispositivo portátil consistia em um tubo lançador de foguetes, operado por uma equipe de dois homens. A principal característica distintiva da Bazooka era seu funcionamento simples e eficaz.
A Bazooka era composta por um tubo de lançamento, uma ogiva explosiva, uma carga propulsora e um gatilho. O tubo tinha um formato tubular, sendo aberto na extremidade traseira para a inserção do foguete.
O operador inseria o foguete na extremidade aberta do tubo e, em seguida, apontava o dispositivo na direção do alvo. Ao acionar o gatilho, a carga propulsora era ativada, lançando o foguete em direção ao tanque. O foguete continha um sistema de propulsão que impulsionava o projétil em alta velocidade em direção ao alvo.
Ao atingir o tanque inimigo, a ogiva explosiva da Bazooka detonava, penetrando a blindagem e causando danos significativos ao veículo. A Bazooka, embora eficaz em sua época, tinha limitações em termos de alcance e poder de penetração contra blindagens mais avançadas.
Panzerschreck
O Panzerschreck foi uma arma anti-tanque desenvolvida pela Alemanha nazista como resposta aos tanques aliados. Lançado em 1943, este lançador de foguetes portátil era uma evolução das primeiras tentativas alemãs de criar armas anti-tanque mais eficazes.
O Panzerschreck apresentava um design semelhante ao da Bazooka, com um tubo de lançamento e uma ogiva explosiva. Era mais pesado que a Bazooka, mas oferecia melhor desempenho contra tanques mais blindados.
Assim como a Bazooka, o operador carregava o foguete no tubo e apontava o dispositivo para o alvo. O lançamento era feito ao acionar o gatilho, ativando a carga propulsora que impulsionava o foguete em direção ao tanque inimigo.
O Panzerschreck possuía uma ogiva mais poderosa em comparação com a Bazooka, proporcionando maior capacidade de penetração contra blindagens mais espessas. Sua eficácia contra tanques aliados foi notável, tornando-se uma arma temida no campo de batalha.
Ambas as Bazooka e o Panzerschreck representaram avanços significativos na guerra anti-tanque durante a Segunda Guerra Mundial, embora tenham sido subsequentemente substituídas por tecnologias mais avançadas, como os mísseis guiados por rádio nas décadas seguintes.
Revolução com o Panzerfaust
No pós-guerra, a Alemanha introduziu uma inovação revolucionária – o Panzerfaust. Este lançador de foguetes portátil permitia que um único soldado atingisse um tanque a uma distância segura. Seu sucesso inspirou o desenvolvimento de armas anti-tanque mais avançadas, culminando nas décadas seguintes.
O Panzerfaust foi uma arma anti-tanque inovadora desenvolvida pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Diferentemente de lançadores de foguetes como a Bazooka ou o Panzerschreck, o Panzerfaust operava de maneira mais simples e tinha a vantagem de ser descartável.
O Panzerfaust tinha um design compacto e leve. Consistia em um tubo cilíndrico com uma ogiva e um mecanismo de disparo integrados. Sua simplicidade permitia que fosse produzido em larga escala a um custo relativamente baixo.
O operador apontava o Panzerfaust na direção do tanque inimigo, ajustando uma mira simples na extremidade.
O disparo era realizado pressionando um gatilho localizado na parte traseira do tubo. O Panzerfaust utilizava um sistema de propulsão traseira, expelindo gases gerados pela combustão da carga propulsora. Isso impulsionava a ogiva em direção ao tanque.
Ao atingir o alvo, a ogiva do Panzerfaust penetrava na blindagem do tanque antes de detonar. O impacto explosivo causava danos significativos, sendo capaz de incapacitar ou destruir tanques inimigos. Uma característica única do Panzerfaust era sua natureza descartável. Após o disparo, o tubo vazio não precisava ser recarregado, tornando-o ideal para distribuição em larga escala e para unidades de infantaria móveis.
O Panzerfaust passou por várias alterações e melhorias ao longo da guerra. Versões posteriores incluíam melhorias na mira, alcance e capacidade de penetração de blindagem.
O Panzerfaust foi uma arma eficaz e inovadora, sendo amplamente utilizada pelas forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Sua simplicidade, descartabilidade e capacidade de infligir danos significativos aos tanques inimigos o tornaram uma peça crucial no arsenal antitanque alemão.
Vantagens |
Desvantagens |
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Bazooka | Portabilidade e Manuseio: A Bazooka era relativamente leve e portátil, permitindo que a infantaria a carregasse com facilidade.
Simplicidade de Operação: Seu design simples facilitava o treinamento de soldados para seu uso. Produção em Massa: Sua produção em massa era possível devido à simplicidade do design. |
Alcance Limitado: A Bazooka tinha um alcance limitado em comparação com armas mais avançadas.
Penetração de Blindagem Limitada: Contra tanques mais pesadamente blindados, a eficácia da Bazooka era reduzida. Proximidade com o Alvo: O operador precisava se aproximar significativamente do tanque inimigo para ter sucesso, aumentando o risco. |
Panzerschreck | Maior Poder de Penetração: O Panzerschreck tinha uma ogiva mais poderosa, oferecendo maior capacidade de penetração contra blindagens mais espessas.
Eficácia a Distância: Comparado com a Bazooka, o Panzerschreck tinha um alcance ligeiramente superior. Impacto Psicológico: Tornou-se temido no campo de batalha, influenciando táticas inimigas. |
Peso e Tamanho: Era mais pesado e volumoso do que a Bazooka, dificultando o transporte e manuseio.
Complexidade Relativa: Embora menos complexo do que algumas outras armas, o Panzerschreck ainda era mais complicado de operar do que a Bazooka. Custo de Produção: Sua produção era mais cara em comparação com armas mais simples. |
Panzerfaust | Descartabilidade: Sua natureza descartável tornava o Panzerfaust conveniente para as unidades de infantaria.
Simplicidade: Era extremamente simples de usar, exigindo pouco treinamento. Custo Baixo de Produção: Sua produção era econômica devido à sua simplicidade. |
Alcance Limitado: Assim como a Bazooka, o alcance do Panzerfaust era limitado.
Menor Poder de Penetração: Em comparação com o Panzerschreck, o Panzerfaust tinha menos capacidade de penetrar blindagens espessas. Fragilidade: Sua construção descartável poderia torná-lo mais frágil do que armas mais robustas e reutilizáveis. |
O X-7 Rotkäppchen
O X-7 Rotkäppchen (Chapeuzinho Vermelho) era um míssil antitanque. Projetado e desenvolvido pela Ruhrstahl AG em 1943. Algumas centenas de X-7 Rotkäppchen foram produzidos na fábrica da Ruhrstahl AG em Brackwede. Houve relatos não confirmados de que o X-7 estava sendo usado operacionalmente na frente oriental e de que era um míssil extremamente eficaz.
A arma foi projetada para ser usada contra tanques e veículos blindados. Tinha um corpo em forma de concha com duas asas na extremidade traseira com bordos de ataque e de fuga parabólicos. Havia dois pequenos pods para os carretéis de arame presos às pontas das asas, o controle do spoiler foi simplificado no X-7 Rotkäppchen pela instalação de apenas um spoiler em um braço curvo estendido.
As melhorias do X-7 Rotkäppchen foram o Steinbock , que usava transmissão infravermelha do comando de orientação e, portanto, não exigia fios. Um dispositivo de rastreamento automatizado foi o projeto Pfeifenkopf ou Pinsel . Utilizou uma máquina que computava as mudanças no ângulo dos dois dispositivos de mira – um deveria ser apontado para o alvo e o outro para o míssil – em comandos para o míssil. Este mecanismo foi ainda atomizado no Zielsuchgerät (“dispositivo de aquisição de alvo”). Ao usar um dispositivo de reconhecimento de imagem chamado Ikonoskop, o míssil deveria procurar seu alvo através de seu próprio sensor óptico que comparava os dados de imagem do dispositivo de mira com os dados recebidos de seu próprio sensor óptico.
Além destes equipamentos aviônicos e eletrônicos, outros ATGMs de longo alcance foram o Rochen-600 , Rochen-1000 e Rochen-2000 para alcances de 500m, 1500m e 3000m respectivamente. Outro projeto chamado Flunder utilizou muitas partes do Panzerfaust, incluindo sua ogiva e seu tubo de lançamento para o motor do foguete. Nenhum desses projetos foi concluído.
O Salto Tecnológico com os Mísseis Guiados por Rádio
A Guerra Fria impulsionou avanços significativos nas armas anti-tanque. Mísseis guiados por rádio, como o AT-1 Snapper soviético (3M6 Shmel), marcaram uma nova era. Operadores podiam guiar o míssil até o alvo, melhorando a precisão e permitindo ataques a longas distâncias. Essa tecnologia representou um divisor de águas, inaugurando uma era de mísseis inteligentes.
O AT-1míssil foi originalmente desenvolvido para a função antitanque, projetado para destruir veículos blindados, incluindo tanques. O míssil é impulsionado por um motor de foguete sólido, fornecendo a energia cinética necessária para atingir velocidades significativas durante o voo.
O alcance efetivo do 3M6 Shmel é de aproximadamente 3 a 4km, o que o torna eficaz em distâncias médias. O míssil utilizava um sistema de guiagem por fio, onde o operador controla manualmente o míssil através de um cabo conectado durante todo o voo conferindo a capacidade de ajustar o curso do míssil durante o trajeto.
O 3M6 Shmel foi equipado com uma ogiva de alto explosivo projetada para penetrar a blindagem do alvo antes de detonar, aumentando sua eficácia contra veículos blindados de sua época e podia ser lançado de várias plataformas, incluindo veículos terrestres e helicópteros de asa fixa.
O 3M6 Shmel foi desenvolvido nos anos da década de 1960 e, portanto, possui um design mais antigo em comparação com os mísseis antitanque mais modernos. No entanto, esta arma ainda está em operação em alguns arsenais e é utilizado em algumas regiões do mundo.
Mísseis e suas gerações
Geração | Período | Características | Exemplos |
1ª | Década 1950 | Guiados manualmente por meio de comandos de fio ou controle remoto.
Alcance e precisão limitados. |
AT-1 Snapper |
2ª | Década 1960 | Introdução de sistemas de orientação sem fio, como feixe de comando sem fio.
Melhoria no alcance e na precisão em comparação com a primeira geração. |
BGM-71
TOW |
3ª | Década 1970 | Introdução de sistemas de orientação sem fio mais avançados, como infravermelho ou laser.
Maior capacidade de evasão de contramedidas. |
MILAN |
4ª | Década 1980 | Introdução de sistemas de orientação completamente autônomos, como os mísseis “dispare e esqueça”.
Maior precisão, alcance e capacidade de penetração. |
Spike |
5ª | A partir da década de 2000 | Melhorias significativas na furtividade, capacidade de evasão de contramedidas e precisão.
Integração de tecnologias avançadas, como inteligência artificial |
Kornet-D |
Os mísseis anticarro utilizam diversos sistemas de guiagem para atingir seus alvos com precisão. O tipo de sistema de guiagem escolhido pode variar de acordo com a finalidade do míssil, as condições do terreno e os requisitos operacionais.
Tipo de guiagem |
Descrição |
Exemplo |
Por Fio (Wire-guided) | O míssil é conectado à estação de lançamento por um cabo, permitindo que o operador controle o míssil durante o voo. Isso oferece controle em tempo real e a capacidade de corrigir a trajetória. | TOW |
Infravermelho (IR) | O míssil é equipado com sensores infravermelhos que detectam o calor emitido pelo alvo. Essa assinatura térmica é usada para rastrear e atingir o alvo. | FGM-148 Javelin |
Laser | Um feixe de laser é apontado para o alvo, e o míssil é guiado pelo reflexo do laser no alvo. Pode ser laser designador ou laser semi-ativo | MS 1.2 |
Radar | O míssil é guiado por sinais de radar emitidos pela estação de controle. Pode operar em diferentes frequências, como RF (Radar Frequency) | BGM-71 TOW |
GPS/INS | Usa sistemas de posicionamento global (GPS) e sensores inerciais (INS) para calcular a posição e orientação do míssil durante o voo. | Spike NLOS |
Comando e Controle (C2) | O operador envia comandos contínuos ao míssil para ajustar sua trajetória. Geralmente, isso é feito por meio de comunicação de rádio. | AGM-114R9X Hellfire |
Câmera de TV | Utiliza câmeras ou sensores ópticos a bordo do míssil para adquirir e rastrear o alvo com base em características visuais. | AGM-65 Maverick |
A Ascensão dos Mísseis de Primeira Geração
Desde os primórdios das armas anti-tanque na Segunda Guerra Mundial até os avançados mísseis de primeira geração da Guerra Fria, testemunhamos uma evolução notável.
Essas armas desempenharam um papel crucial na guerra moderna, moldando estratégias e transformando o modo como as forças armadas enfrentam a ameaça dos tanques.
Os anos seguintes testemunharam o desenvolvimento de mísseis anti-tanque de primeira geração, como o TOW americano e o Fagot soviético. Esses mísseis combinavam orientação por fio com ogivas explosivas poderosas, proporcionando maior eficácia contra veículos blindados.
Sua capacidade de atingir alvos a distâncias consideráveis ofereceu uma vantagem estratégica significativa.
BGM-71 TOW
O BGM-71, TOW (Tube-launched, Optically tracked, Wire-guided ou Lançado por Tubo, Rastreado Ópticamente, Guiado por Fio) é um sistema de mísseis antitanque desenvolvido pelos Estados Unidos. como um míssil antitanque, sendo capaz de penetrar a blindagem o qual é impulsionado por um motor de foguete sólido, com alcance máximo de 4,2km, variando entre dependentemente da versão específica do míssil. As versões mais modernas têm alcances superiores.
O TOW utiliza um sistema de guiagem por fio, semelhante ao Míssil 3M6 Shmel. Isso significa que o operador controla manualmente o míssil através de um fio durante todo o voo, permitindo correções de trajetória em tempo real. O míssil é equipado com uma ogiva de carga oca projetada para penetrar a blindagem do alvo antes de detonar, maximizando os danos.
Além de ser lançado a partir de veículos terrestres, o sistema TOW pode ser montado em uma variedade de plataformas, incluindo veículos, helicópteros e até mesmo tripés.
Ao longo dos anos, várias versões modernizadas do TOW foram desenvolvidas, incorporando melhorias na tecnologia de guiagem, alcance e capacidade de penetração de blindagem.O míssil foi amplamente utilizado por diversas forças armadas ao redor do mundo.
O desenvolvimento do TOW começou na década de 1960, e desde então, várias versões foram produzidas, mantendo a relevância do sistema ao longo das décadas. Versões mais modernas do TOW incluem melhorias eletrônicas, como sistemas de visão noturna e capacidades de guerra eletrônica, aumentando sua eficácia em uma variedade de cenários de combate.
BGM-71A | BGM-71B | BGM-71C | BGM-71D | BGM-71E | BGM-71F | |
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Comprimento | Todos os modelos (sem sonda): 1,17 m (3 pés 10 pol.) BGM-71C (sonda estendida): 1,45 m (4 pés 9 pol.) BGM-71D/E (sonda estendida): 1,53 m (5 pés 0,2 pol.) ) |
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Envergadura | 45 cm (17,7 pol.) | |||||
Finspan | 34,3 cm (13,5 pol.) | |||||
Diâmetro | 15,2 cm (6 pol.) | |||||
Peso | 18,9kg (41,7lb) | 19,1 kg (42,2 libras) | 21,5kg (47,5) | 22,6 kg (50 libras) | ||
Velocidade | 300 m/s (1000 fps) | |||||
Faixa | 3.000 m (9.840 pés) | 3.750 m (12.300 pés) | ||||
Propulsão | Foguete de combustível sólido Hercules M114 | |||||
Ogiva | Carga moldada de 3,9 kg (8,6 lb) | Carga moldada de 5,9 kg (13 lb) | EFP duplo de 6,1 kg (13,5 lb) |
AT-4 SPIGOT (FAGOT)
O míssil antitanque “Fagot”, também conhecido como AT-4 Spigot (9K111 Fagot), é um sistema desenvolvido pela União Soviética durante a Guerra Fria. O qual é impulsionado por um motor de foguete sólido, proporcionando a velocidade necessária para atingir seus alvos.
O alcance efetivo do míssil é de no máximo 2,5 km, o míssil utiliza um sistema de guiagem por fio, onde o operador controla manualmente o míssil por meio de um cabo conectado durante todo o voo. O míssil é equipado com uma ogiva de alto explosivo projetada para penetrar a blindagem do alvo antes de detonar e pode ser lançado a partir de várias plataformas, incluindo tripés, veículos terrestres e até mesmo helicópteros.
Assim como o 3M6 Shmel, o Fagot foi desenvolvido na década de 1960, e seu design reflete tecnologias mais antigas em comparação com mísseis antitanque mais modernos.
O Fagot foi exportado para vários países durante a Guerra Fria e ainda pode ser encontrado em alguns arsenais ao redor do mundo.
Algumas versões modernizadas do Fagot foram desenvolvidas ao longo dos anos, incorporando melhorias na eletrônica e desempenho e seu alcance aumentou de 2,2 para 2,5km.
Assista também:
A short history of antitank missiles (1950 – 2018)
https://www.youtube.com/watch?v=t3XTpIHwG68&ab_channel=VictorAguilarChangHistory
Fontes
AL FADLI, Muhammad Hanifudin et al. Design and Implementation of Anti-Tank Guieded-Missile (ATGM) Control System Using Semi-Automatic Command Line of Sight (SACLOS) Method Based on Digital Image Processing-1. 2021.
ALMEIDA, Túlio Ribeiro de. O emprego de mísseis anticarro no esquadrão anticarro mecanizado. 2020.
CAGLE, Mary T. History of the TOW Missile System. US Army Missile Materiel Readiness Command, 1977.
DE CARVALHO ALVARENGA, Paulo Sérgio. Sistemas de Controle para Mísseis Táticos do IME. A Defesa Nacional, n. 753, 1991.
FIGUEIRA, Tadeu Machado; SIQUEIRA, André Cezar. A influência do emprego de mísseis anticarro nas técnicas, táticas e procedimentos da força-tarefa esquadrão de carros de combate em operações desenvolvidas em áreas humanizadas. Giro do Horizonte, v. 8, n. 3, p. 61-74, 2019.
KARBER, Phillip A. The Soviet anti‐tank debate. Survival, v. 18, n. 3, p. 105-111, 1976.
LAZIĆ, Goran M.; ŠILJAK, Zdenko D.; JOVANDIĆ, Stevo B. Anti-tank guided missiles of western Europe, Israel and India. Vojnotehnički glasnik, v. 58, n. 4, p. 155-171, 2010.
RAMSEY, Syed. Tools of War: History of Weapons in Modern Times. Vij Books India Pvt Ltd, 2016.
YEVDOKIMOV, B. I. Antitank Rocket Missiles. Foreign Technology Division, 1965.
Espetacular. Parabéns pelo excelente conteúdo!
Excelente trabalho, Edilson! Parabéns!
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poderia atualizar o video do ant tank guided missle – a history, pois foi removido .-.