O Exército de Israel disse neste domingo (15) ser "muito provável" que três reféns do país tenham sido mortos em novembro devido a um bombardeio na Faixa de Gaza. A conclusão é resultado de uma investigação interna.
Em dezembro, o mês seguinte ao bombardeio, o Exército recuperou em Gaza os restos mortais de Elia Toledano, 28, e dos soldados Nik Beizer, 19, e Ron Scherman, 19, que tinham sido sequestrados por terroristas do Hamas e mantidos em cativeiro.
O Exército afirmou que eles morreram durante a operação que tinha como alvo Ahmed Ghandour, o comandante de uma brigada do Hamas, e que desconhecia informações sobre os reféns estarem na mesma instalação.
"A investigação indica que os três reféns estavam detidos em um complexo subterrâneo de onde Ghandour operava", afirmou o comunicado divulgado pelas autoridades israelenses.
Uma pessoa próxima da família de um dos reféns disse à agência de notícias AFP ter sido informada dos resultados da investigação horas antes da publicação do comunicado.
Também neste domingo, o papa Francisco manifestou solidariedade aos familiares de outros seis reféns israelenses cujos corpos foram encontrados em Gaza no começo deste mês. O pontífice afirmou ter conhecido a mãe de um deles.
As vítimas também estavam entre os 251 sequestrados pelo Hamas em Israel no mega-ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra atual. Segundo informações da inteligência israelense, 97 reféns permanecem detidos na Faixa de Gaza.
"Penso em Hersh Goldberg-Polin, encontrado morto em setembro, junto com outros cinco reféns, em Gaza. Em novembro do ano passado, conheci sua mãe, Rachel, que me impressionou com sua humanidade. Rezo pelas vítimas e permaneço próximo de todas as famílias dos reféns", afirmou o papa.
Goldberg-Polin tinha 23 anos quando foi sequestrado em um festival de música eletrônica. Ele enviou uma mensagem para sua mãe Rachel dizendo "eu te amo", seguida de outra dizendo "sinto muito". Um vídeo divulgado pelo Hamas naquele dia mostrou o jovem sendo colocado em uma caminhonete sem parte do braço esquerdo.
Em 11 meses de guerra, mais de 41 mil palestinos foram mortos em ataques de Israel contra Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
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