Casamento imprevisto
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Sobre este e-book
Eloisa abandonara Jonah Landis no dia seguinte a terem contraído matrimónio… e ele nunca lho perdoaria. Sem perder tempo, Jonah pediu o divórcio e jurou que apagaria da sua mente todas as lembranças daquela mulher.
Mas um ano depois, Jonah descobriu que, devido a um pormenor técnico, ainda era um homem casado. Eloisa tinha mentido sobre muitas coisas e, agora, ele finalmente contava com tudo o que necessitava para desmascará-la. Se a sua "mulher" queria esquivar-se ao casamento, teria de lhe dar as respostas que ele pretendia… e a lua-de-mel que ainda desejava.
Catherine Mann
USA TODAY bestselling author Catherine Mann has books in print in more than 20 countries with Harlequin Desire, Harlequin Romantic Suspense, HQN and other imprints. A six-time RITA finalist, she has won both a RITA and Romantic Times Reviewer's Choice Award. Mother of four, Catherine lives in South Carolina where she enjoys kayaking, hiking with her dog and volunteering in animal rescue. FMI, visit: catherinemann.com.
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Casamento imprevisto - Catherine Mann
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2010 Catherine Mann
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Casamento imprevisto, n.º 999 - julho 2017
Título original: The Tycoon Takes a Wife
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-284-9
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Epílogo
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Prólogo
Madrid, Espanha. Há um ano atrás
Queria cobri-la de jóias.
Jonah Landis deslizou os dedos pelo braço nu da mulher que dormia ao seu lado e imaginou as jóias de família que ficariam melhor com o seu cabelo preto. Os rubis? As esmeraldas? Ou talvez as pérolas?
Normalmente não costumava recorrer ao tesouro familiar. Preferia viver do dinheiro que ganhava com os seus próprios investimentos. Mas estava disposto a fazer uma excepção por Eloisa.
A luz do amanhecer entrava pelos janelões da casa do século dezassete que alugara para o Verão. Uma ligeira brisa agitou as cortinas.
Eloisa parecia tão confortável a caminhar entre as ruínas do castelo espanhol que, ao princípio, nem se apercebera que era dos Estados Unidos. E muito exótica. E ardente. Enquanto ela caminhava tirando apontamentos por entre os andaimes, ele perdia o fio à meada na conversa com os investidores.
A maioria considerava-o o impulsivo da família, embora lhe fosse indiferente o que pensavam. Não tinha dúvida de que corria riscos nos negócios e na vida privada, mas tinha sempre algum plano. E funcionava sempre.
Ao menos até agora.
Na noite anterior, pela primeira vez, não planeara nada. Simplesmente tinha-se lançado em cheio àquela intrigante mulher. Não sabia que aconteceria depois, mas tinha a certeza que iam gozar de um Verão fantástico.
– Hum – Eloisa virou-se na cama e apoiou uma mão na anca de Jonah. – Dormi demasiado?
Ainda tinha os olhos fechados, mas Jonah recordava perfeitamente o seu intenso tom escuro, que encobria a altivez de uma imperatriz otomana. Olhou para o relógio da mesa-de-cabeceira.
– São só seis da manhã. Ainda temos algumas horas antes do pequeno-almoço.
Eloisa enterrou o rosto no travesseiro.
– Ainda estou tão ensonada…
Não era de estranhar. Tinham estado acordados quase toda a noite, entregues aos prazeres do sexo, passando pelas brasas, tomando duche… e acabando novamente nos braços um do outro. Não ajudou terem bebido um pouco.
Jonah tinha-se limitado a dois copos, como Eloisa, embora parecessem tê-la afectado mais a ela. Acariciou o seu longo cabelo preto, tão suave que deslizou pelos seus dedos como fizera quando a tivera em cima, em baixo…
Jonah saiu da cama.
– Vou dizer à cozinha que nos tragam aqui o pequeno-almoço. Se te apetecer algo especial, diz.
Eloisa deitou-se de costas na cama com os olhos ainda fechados e espreguiçou-se. Os seus seios arredondados e perfeitos chamaram de imediato a atenção de Jonah.
– Hum… tanto faz – murmurou ela, ensonada. – Estou a ter um sonho maravilhoso… – fez uma pausa, franziu a testa e entreabriu ligeiramente os olhos. – Jonah?
– Sim, sou eu – disse Jonah enquanto punha os boxers e pegava no telefone.
Eloisa olhou rapidamente em redor, tentando orientar-se. Agarrou no edredão e puxou-o para cima para se tapar. De repente ficou paralisada.
– Que foi? – perguntou Jonah, estranhado. Não era possível que Eloisa fosse mostrar-se repentinamente tímida após uma noite daquelas.
– Jonah…? – repetiu ela, claramente aturdida.
Jonah sentou-se na beira da cama e esperou, pensando em várias formas de entretê-la ao longo do Verão.
Eloisa estendeu o braço e abriu os dedos das mãos. A luz que entrava pela janela cintilou no anel de casada que Jonah pusera no seu dedo anelar na noite anterior. Pestanejou depressa, obviamente horrorizada.
– Céu santíssimo! – exclamou. – O que fizemos?
Capítulo Um
Pensacola, Florida. Na actualidade
– Muitas felicidades para a futura esposa, para a minha princesinha!
O brinde do pai da noiva chegou do convés do barco até ao sítio em que se encontrava Eloisa Taylor. Estava sentada na borda, molhando os pés nas águas do golfo da Florida, cansada depois de ter ajudado a sua meia-irmã a organizar a festa de noivado. O seu padrasto fazia tudo por Audrey, excedendo as possibilidades que um cobrador de impostos se podia permitir, mas nada chegava para a sua «princesinha».
O som dos copos misturou-se com o da água que acariciava os pés de Eloisa. A comida terminara e toda a gente ficara tão satisfeita que ninguém sentiu a falta dela. Gostava de ajudar as pessoas e de se manter em segundo plano.
Organizar aquela festa de noivado tinha sido uma actividade agridoce, pois tinha-a feito pensar no seu próprio casamento. Casamento do qual a sua família não sabia nada. Felizmente, um divórcio efectivo tinha-a livrado rapidamente de um casamento impulsivo, celebrado de forma totalmente improvisada à meia-noite.
Normalmente, conseguia afastar as lembranças, mas a organização da festa de noivado de Audrey tinha-a feito revivê-las com especial intensidade. Para não mencionar a críptica mensagem telefónica que recebera naquela manhã de Jonah. Já passara um ano, mas ainda podia reconhecer a sua voz profunda e sensual.
«Eloisa, sou eu. Temos de falar».
Eloisa afastou o rabo-de-cavalo que a brisa se empenhava em levar para o seu rosto. Há um ano atrás decidira ir conhecer a herança cultural do seu pai verdadeiro. Aquilo tinha-a conduzido ao homem errado, um homem com um intenso perfil vital que supunha uma ameaça para o seu cuidadosamente protegido mundo. E também para os segredos que tão zelosamente guardava.
Pestanejou para afastar as lembranças de Jonah, demasiadas, tendo em conta o pouco tempo que passaram juntos. Deveria ignorar o seu telefonema e bloquear o seu número. Ou pelo menos esperar que a sua irmã estivesse casada antes de entrar em contacto com ele.
O relaxante som da água que acariciava a parte lateral do barco foi interrompido pelo som do motor de um veículo que se aproximava.
Eloisa olhou por cima do ombro. Uma limusina aproximava-se. Tratar-se-ia de algum convidado atrasado? Se assim fosse, chegava realmente tarde.
Pegou nas sandálias enquanto contemplava o elegante e exclusivo Rolls Royce de vidros fumados. A zona privada em que se encontravam era completamente segura… mas haveria realmente algum sítio seguro, especialmente na escuridão?
Eloisa sentiu que ficava com pele de galinha e a boca seca. Calçou as sandálias, repreendendo-se por ser tão tonta. Mas a verdade era que o noivo de Audrey era conhecido por ter alguns contactos suspeitos. O seu padrasto só era capaz de ver dinheiro e poder, e não parecia estar preocupado com o caminho pelo qual costumavam circular os seus contactos.
Embora nenhum daqueles contactos questionáveis tivesse motivos para lhe querer fazer mal a ela. Em qualquer caso, convinha voltar à festa. Pôs-se de pé.
A limusina acelerou.
Eloisa engoliu em seco, lamentando não ter tido umas aulas de autodefesa, enquanto terminava os seus estudos de bibliotecária.
Mas não tinha por que ficar paranóica. Começou a caminhar. Assim que avançasse trinta metros poderia avisar o homem que vigiava o acesso ao barco.
O som da limusina aumentou nas suas costas. Caminhou mais depressa. O salto baixo dos seus sapatos ficou preso entre as ripas. Acabara de libertá-lo quando o veículo se deteve diante dela.
Abriu-se uma das portas traseiras, bloqueando-lhe a passagem. Eloisa só podia contornar o carro ou lançar-se à água. Frenética, olhou em redor à procura de ajuda, mas nenhum dos setenta e cinco convidados que havia no iate parecia ter dado conta da sua situação.
Uma perna vestida de preto assomou pela porta do carro. O sapato Ferragamo que Eloisa reconheceu imediatamente pôs-lhe o coração na boca. Só conhecia um homem que os usasse.
Deu um passo atrás, enquanto o homem saía do carro. Conteve a respiração, na esperança de ver assomar um cabelo grisalho ou uma boa barriga…
Qualquer pessoa… menos Jonah!
Mas não teve sorte. O homem alto e forte que saiu do carro vestia de preto e tinha o botão superior da camisa aberto. O seu cabelo castanho chegava-lhe quase até aos ombros e usava-o afastado do rosto, o que realçava a força do seu maxilar quadrado. Os óculos de sol ocultavam os seus olhos.
Eloisa sentiu que os nervos lhe espicaçavam o estômago.
Obviamente, o seu ex-marido não se tinha conformado em fazer um telefonema e deixar recado. O poderoso empresário internacional de quem se tinha divorciado há um ano regressava.
Jonah Landis tirou os óculos, olhou para o relógio e sorriu.
– Desculpa ter chegado tarde. Perdi a festa?
Mas Jonah não estava nada interessado na festa. O que queria averiguar era porque Eloisa não lhe dissera toda a verdade quando lhe pediu o divórcio. Também queria saber porque a sua amante apaixonada se tinha afastado tão desapaixonadamente dele.
Desfrutaria ao contemplar a expressão abananada de Eloisa ao vê-lo, não fosse o aborrecimento que sentia por causa do segredo que lhe ocultara, segredo que estava a estragar tudo na sentença de divórcio.
Há um ano atrás, quando a conhecera em Madrid, a espantosa e instantânea química surgida entre eles impediu-o de pensar noutra coisa. E vendo-a agora de novo, não estranhou que lhe tivessem escapado alguns detalhes… como, por exemplo, o bem adaptada que parecia ao meio espanhol em que se encontrava.
Eloisa era uma distracção andante.
A brisa moldou-lhe o vestido de seda em torno do corpo. A semi-penumbra reinante fez com que Jonah