O complexo de Édipo
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Pré-visualização do livro
O complexo de Édipo - Ivan Ramos Estevão
©2021 Aller Editora
O complexo de Édipo
Série Fundamentos da Psicanálise
1ª edição: outubro de 2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Ficha catalográfica elaborada por Angélica Ilacqua CRB-8/7057
E83c
Estevão, Ivan Ramos
O complexo de Édipo / Ivan Ramos Estevão. — São Paulo: Aller, 2021. 112 p. (Fundamentos da Psicanálise)
ISBN: 978-65-87399-29-4
ISBN e-book: 978-65-87399-30-0
1. Complexo de Édipo 2. Psicanálise 3. Psicologia clínica I. Título II. Série
Índice para catálogo sistemático:
1. Complexo de Édipo
Publicado com a devida autorização e com
todos os direitos reservados por
ALLER EDITORA
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Fundamentos da Psicanálise
A Aller Editora nasceu da necessidade de fazer frente à escassez de publicações psicanalíticas em nosso país. A acessibilidade às obras é uma das condições para que o psicanalista possa seguir continuamente sua formação, e isso marca fortemente o nosso catálogo.
Aos poucos, emergiu outra faceta do percurso do psicanalista: o início. Com um vocabulário específico, assim como todas as demais áreas de conhecimento, a psicanálise pode parecer um território difícil de desbravar.
Surge, então, a série Fundamentos da Psicanálise. Destinada aos leitores que dão seus primeiros passos no campo, ela aborda e media temas estruturais da teoria psicanalítica.
A insistência na transmissão da psicanálise recebe, a cada livro, a alegria da publicação, do fazer público esse saber que impulsiona. Apresentamos, portanto, O complexo de Édipo, o segundo volume da série, escrito pelo analista Ivan Ramos Estevão, reconhecido pesquisador do tema.
Sigamos!
Fernanda Zacharewicz
Editora
Sumário
Apresentação
Introdução
COMPLEXO DE ÉDIPO EM FREUD
Por que o complexo de Édipo?
O estabelecimento do complexo de Édipo
O complexo de Édipo constitutivo
• Sexualidade infantil (e humana)
• Narcisismo
• Complexo de castração
• Édipo feminino
• As quatro instâncias da identificação: Eu Ideal, Ideal de Eu, Eu e Supereu
• Questões que restam
COMPLEXO DE ÉDIPO EM LACAN
Revisitando o Édipo com outros fundamentos
• A negatividade constitutiva
• A concepção estrutural
• Os três registros
Os três tempos do Édipo
• Primeiro tempo
• Segundo tempo
• Terceiro tempo
Mais além do complexo de Édipo
• Nó borromeano e as amarrações
Considerações finais
Apresentação
Complexo de Édipo é um conceito criado por Freud, mas que, mesmo em sua obra, durante um bom tempo, foi um conceito marginal, só assumindo força depois de mais de vinte anos de conceituação. Todo o processo de criação e de desenvolvimento do conceito de complexo de Édipo em Freud está descrito no meu livro A teoria freudiana do complexo de Édipo¹, mas esse pode ser um trabalho maçante para quem está iniciando os estudos psicanalíticos, ainda mais por todo o seu linguajar acadêmico, prolixo e repetitivo, recheado de longas citações.
Afirmo isso pois esse foi um dos desafios que me impus ao escrever o livro você lê agora, isto é, escrever uma introdução ao conceito de complexo de Édipo, passando resumidamente pelos dois grandes autores da psicanálise, Sigmund Freud e Jacques Lacan. Tentei evitar as citações, ser menos acadêmico, não entrei em certas polêmicas e fui mais assertivo, o que implica o risco de, eventualmente, ser dogmático. Não é uma leitura isenta de interpretação (como se isso fosse possível...) ou completa: é uma introdução não toda ao complexo de Édipo.
Assim, suspeito que o leitor que está começando a estudar psicanálise ficará mais satisfeito do que o leitor já com certa trajetória em Freud e Lacan, que poderá detectar as diversas questões não abordadas. Isso fica ainda mais forte na medida em que o complexo de Édipo é um conceito polêmico, irritante para alguns, normativo para outros. É uma das fontes de constantes acusações à psicanálise, o que torna o seu tratamento de modo rápido, como faço aqui, ainda mais delicado.
Contudo, assumi o risco. Levei em conta principalmente os mais de quinze anos lecionando em universidades e cursos, falando com grande frequência sobre o Édipo e percebendo como ele comumente é mal-interpretado, sobretudo o Édipo pensado por Freud. Há aqueles que se esforçam para pensar uma psicanálise sem Édipo
, algo que considero difícil; mas há também aqueles com uma leitura fechada do conceito, desconsiderando que se trata de uma resposta a um sistema teórico-clínico.
Optei por focalizar os campos teórico e clínico², dando um panorama das construções de Freud e Lacan sobre o Édipo e apresentando-o de modo quase cronológico. Quase, pois em alguns momentos renunciei a isso e elaborei um panorama mais geral; por exemplo, quando apresento o Édipo constitutivo de Freud ou quando falo do mais além do Édipo em Lacan.
Fora isso, o texto comporta duas partes: o Édipo em Freud e o Édipo em Lacan. Na primeira, abordo como Freud chega a esse conceito e, em seguida, o caminho que leva ao seu avanço. Já com Lacan, que tinha em mãos o caminho trilhado por Freud, apresento quais são as bases para sua releitura do Édipo freudiano e, na sequência, sua proposta. A parte seguinte traz as consequências e as novas possibilidades de se pensar o Édipo, no que chamei, a partir de Lacan, de Mais além do complexo de Édipo
. Essa parte exigirá do leitor um esforço extra, um estudo posterior e mais aprofundado de determinados conceitos. Tal arquitetura permite vislumbrar os problemas que levaram a se pensar o Édipo, o modo como ele é tratado e, por fim, suas consequências e seus impasses atuais. Enfim, caro leitor, que a presente obra sirva para produzir indagação e talvez instigar a investigação mais profunda, detalhada. Se assim for, este livro funcionou.
1ESTEVÃO, I. R. A teoria freudiana do complexo de Édipo. São Paulo: Pulsional, 2017.
2Em psicanálise, seguindo a construção lacaniana, teoria e clínica são uma mesma coisa, tornando impossível falar de uma sem remeter à outra.
Introdução
Freud definiu a psicanálise em três níveis: uma teoria sobre o funcionamento psíquico, uma técnica de tratamento e um método de pesquisa. Dada a natureza do objeto central da psicanálise, o inconsciente, todos esses níveis costumam causar estranheza para seus estudiosos, principalmente no início, pois a psicanálise é um saber estranho, incômodo. Isso Freud também havia notado quando a equiparou a uma ferida narcísica: a psicanálise incomoda.
Tal incômodo afeta as pessoas de modos diferentes. Muitos se afetam com o campo da teoria: as ideias ali propostas e certos conceitos se prestam a uma estranheza maior, tais como a pulsão de morte, a sexualidade infantil, a originalidade da concepção de desejo freudiano e daí sua teoria dos sonhos e dos atos falhos. Mas nos arriscamos a dizer que complexo de Édipo é um dos conceitos mais incômodos. Assim o era quando foi proposto, em 1900, no texto sobre a interpretação dos sonhos, mas aparentemente continua produzindo efeitos na atualidade.
Os próprios