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Programa Residência Pedagógica: Interculturalidade e pesquisa colaborativa na interface escola-universidade
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Programa Residência Pedagógica: Interculturalidade e pesquisa colaborativa na interface escola-universidade
E-book252 páginas2 horas

Programa Residência Pedagógica: Interculturalidade e pesquisa colaborativa na interface escola-universidade

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Sobre este e-book

Por compreender que a Educação é um Direito de todos, a Constituição Federativa do Brasil de 1988 estabeleceu em seu Art. 212. que cabe a União aplicar, nunca menos de 18%, "da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino". Já a Lei nº 13.005/2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação, estabeleceu em sua Meta 20: que até o ano de 2019 seriam investidos, pelo menos, 7% e até 2019, pelo menos 10% do PIB em Educação. Paradoxalmente, segundo Auditoria Cidadã da Dívida, distante desses dados, em 2019 foram investidos 3,48% do PIB em Educação e em 2023, 2,73%. É por esperançarmos estatísticas diferentes que, através dos percursos e resultados do Programa de Residência Pedagógica da UFAL, que lhes convidamos a se deleitarem com essas leituras e se inspirarem por mais e melhores movimentos de luta por uma educação de qualidade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mai. de 2024
ISBN9789942625304
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    Pré-visualização do livro

    Programa Residência Pedagógica - Adelmo Fernandes-de-Araújo

    Apresentação da coleção

    Coleção Formação Docente PRP-UFAL 2022-2024 é composta por dois volumes: 1 - Programa Residência Pedagógica: Interculturalidade e Pesquisa Colaborativa na Interface Escola-Universidade e 2 - Formação Docente Crítica e Reflexiva em Alagoas: Programa de Residência Pedagógica e Interface Escola-Universidade.

    A coleção resulta dos esforços coletivos de Docentes Orientadores(as), Residentes e Preceptores(as) do Projeto Institucional do Programa de Residência Pedagógica (PIPRP) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

    O PIPRP-UFAL teve como eixo central a formação teórico- prática e epistêmico-metodológica do(a)s envolvido(a)s em 13 (treze) cursos de licenciatura, dos três campi da UFAL (Campus A.C. Simões, Campus Arapiraca e Campus Sertão). Além disso, também contou com o envolvimento de docentes que atuaram como preceptores do programa nas escolas-campo vinculadas.

    Nesta terceira edição do Programa de Residência Pedagógica da UFAL (PRP-UFAL) 2022-2024, que foi instituída pelo Edital nº 24/2022 – CAPES, estão presentes os cursos de Licenciatura em Biologia, Educação Física, Física, Geografia, História, Música, Matemática, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Pedagogia, Química e Sociologia, que estão estruturados em 18 (dezoito) núcleos de residência pedagógica.

    Assim, esta coleção desponta com textos que abordam aspectos teóricos e ações formativas, relatos de práticas vivenciadas no âmbito do PRP-UFAL 2022-2024; construídos com foco na cooperação e interações dialógicas, apresentando reflexões em torno dos saberes e fazeres docentes, fortalecendo as formações iniciais e em exercício.

    Acreditamos, dessa maneira, assim, entregar aos leitores e às leitoras, lampejos deste nosso percurso formativo de 18 (dezoito) meses, que não se esgotam nos escritos aqui expostos, antes se abrem em possibilidades de construção de outras tantas e infinitas conexões, pontes, redes e alianças.

    Cônscio(a)s de que as ideias veiculadas aqui, são apenas um mote para que novos diálogos e colaborações possam advir, nesse contínuo que é o vir a ser, esperançamos na construção de um mundo mais fraterno, justo e sustentável.

    Prof. Dr. Adelmo Fernandes De Araújo

    Apresentação

    da obra

    Residência Pedagógica (PRP), programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi instituída em 2018 pela Portaria Gab. nº 38.

    Tal programa, tem por finalidade apoiar a implementação de projetos inovadores com foco na articulação teórico-prática no âmbito dos cursos de licenciatura das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, privadas e sem fins lucrativos, em parceria com as redes públicas de educação básica (Silva et al. 2020, p. 131)[1].

    Tendo esse objetivo como pedra angular, o PRP se instituiu a partir da parceria entre escolas e IES com vistas à elevação da qualidade das aulas no contexto da educação básica, bem como a melhoria dos processos de formação docente.

    As IES que desejassem participar do PRP precisariam apresentar um Projeto Institucional no qual delineassem núcleos de residência e subprojetos.

    Cada área do conhecimento, com inserção no currículo oficial da educação básica, definido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em sendo representada por um curso de licenciatura na IES, poderia, através de docente responsável indicado pelo colegiado do respectivo curso, apresentar proposta para um subprojeto. Por exemplo: um curso de Licenciatura em Matemática poderia, através de docente responsável, apresentar uma proposta de subprojeto.

    Um núcleo de residência é o conjunto de recursos humanos diretamente ligados ao curso em tela e que dará materialidade ao que foi preconizado no subprojeto. Na primeira edição do PRP, cada núcleo de residência deveria conter 30 residentes, sendo 24 bolsistas e 6 voluntários (estudantes dos cursos de licenciatura com, pelo menos, 50% do curso concluído), para cada 3 preceptores (docentes da escolas nas quais a residência pedagógica seria implementada) e 1 docente orientador (professor da universidade que faria a coordenação dos trabalhos nas escolas). Nas edições posteriores da Residência Pedagógica, o número de residentes por preceptor foi reduzido de 10/1 para 6/1. Desta forma, o quantitativo de cada núcleo foi redefinido para 18 residentes (15 bolsistas e 3 voluntários), 3 preceptores e 1 docente orientador.

    Caso a universidade tivesse dois cursos de Licenciatura em Matemática, por exemplo, e tivesse recursos humanos suficientes, ela poderia, num mesmo subprojeto apresentar a proposta de dois ou mais núcleos de residência.

    A primeira edição do PRP foi instituída nacionalmente pelo Edital nº 06/2018 – Capes. Em face deste edital, o Projeto Institucional do Programa de Residência Pedagógica da Ufal (PIPRP/Ufal) foi estruturado em 13 subprojetos: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Artes, Educação Física, Pedagogia, Filosofia, Sociologia, História, Geografia, Química, Física e Matemática. Esses por sua vez foram estruturados a partir de 18 núcleos de residência.

    A segunda edição do PRP foi instituída nacionalmente a partir do Edital nº 01/2020 – Capes. Em face deste edital o PIPRP/Ufal foi estruturado em 15 (quinze) subprojetos: Ciências Biológicas, Letras – Língua Portuguesa, Matemática, Pedagogia, Química, Ciências Sociais/Sociologia, Educação Física, Geografia, História e Letras – Espanhol. Esses por sua vez foram estruturados a partir de 15 núcleos de residência.

    A terceira edição do PRP foi instituída nacionalmente a partir do Edital nº 24/2022 – Capes. Em face deste edital, o PIPRP/Ufal, foi estruturado em 13 (treze) subprojetos: Biologia, Educação Física, Física, Geografia, História, Música, Matemática, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Pedagogia, Química e Sociologia. Esses por sua vez foram estruturados a partir de 19 núcleos de residência.

    Os sujeitos envolvidos nos núcleos de residência pedagógica desta terceira edição foram desafiados a relatarem, dentre as múltiplas experiências vividas no PRP, aquela que mais expressasse o potencial deste programa para as escolas e para suas formações enquanto futuros docentes. Assim, movidos pelo espírito da pesquisa colaborativa e instigados à produção acadêmica, esses sujeitos tomaram por base as suas experiências vivenciadas em sala de aula e apresentaram os capítulos que compõem a coletânea Formação docente crítica e reflexiva em Alagoas: articulações teórico-práticas, interculturalidade e pesquisa colaborativa na interface escola-universidade.

    Neste volume da obra, socializamos as experiências compartilhadas pelos sujeitos envolvidos nos subprojetos de Biologia, Física, Geografia, História, Matemática e Pedagogia. Assim, esta obra disponibiliza 10 capítulos nos quais são compartilhadas experiências e reflexões emergentes das trajetórias dos núcleos de residência pedagógica da Ufal, a partir da terceira edição do PRP, notadamente as experiências ocorridas no ano letivo de 2023.

    No capítulo 1, os autores e as autoras do estudo intitulado Construção da identidade docente: reflexões sobre ações didáticas do professor-pesquisador de Biologia na Residência Pedagógica, trazem elementos para pensar sobre a construção da identidade do profissional professor pesquisador. Tais reflexões tomam como mote os momentos vivenciados pelos residentes do subprojeto de Biologia no contexto da imersão nas escolas-campo. O texto concentra suas argumentações em torno de três categorias: a) Formação Inicial Docente; b) Formação Continuada; e c) Novo Ensino Médio. As interlocuções gravitam em torno das experiências vividas nas escolas campo e das contribuições do Programa de Residência Pedagógica na construção da identidade do profissional professor.

    No capítulo 2, intitulado Esforços de descolonização do currículo de Física no Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas – Campus Arapiraca, os autores explicitam quatro relatos de experiências de ensino a partir das quais buscam tensionar a hegemonia da cosmovisão europeia sobre a emergência dos saberes físicos. A narrativa se concentra na exposição das vivências dos residentes no desenvolvimento dessas ações de intervenção didática dentro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Alagoas, Campus Arapiraca. A primeira delas consiste numa atividade com foco na Astronomia do Antigo Egito, notadamente na reprodução de constelações egípcias que possuem suas correspondentes gregas vigentes internacionalmente até hoje. A segunda experiência aborda uma atividade na qual os estudantes foram desafiados a analisar as estruturas das construções indígenas tais como ocas, canoas, pontes, etc. A terceira experiência traz à baila um projeto de ensino, baseado em estudos teórico-bibliográficos e documentação, que teve como foco dar visibilidade as contribuições de pessoas negras para as ciências. A última experiência relatada por esses sujeitos apresenta uma atividade de produção de histórias em quadrinhos na qual os estudantes realizaram aproximações entre o ensino de Física e a educação para as relações étnico-raciais.

    No capítulo 3, são trazidas à baila "Escrevivências sobre percursos de tensionamento do currículo oficial em favor de um Ensino de Física decolonial". Os autores e as autoras deste material partem da premissa de que, ao conhecermos a grandeza de obras colossais como Machu Piccho, o complexo arqueológico de Teotihuacán, as pirâmides da Planície de Gizé no Egito, Göbekli Tepe na Turquia e Angkor Wat no Camboja, não se pode conceber que os saberes de Física tenham emergido apenas da Grécia ou de homens brancos e com nacionalidade em países imperialistas. Neste sentido este estudo socializou relatos de esforços didáticos desenvolvidos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Alagoas, Campus Arapiraca, e que visaram tensionar a hegemonia europeia dos saberes físicos no Ensino Médio brasileiro. Tais esforços se concentraram em três ações.

    Foram elas: uma experiência didática com a Astronomia Tupi-Guarani e a representação da constelação do Homem-Velho; um projeto de construção de histórias em quadrinhos que produz diálogos entre Física e Cultura; e, por fim, um projeto de construção e reflexão sobre as origens africanas da bússola.

    O capítulo 4, recebeu como título: Estratégias didáticas de tensionamento das normativas de Gênero e Raça no currículo de Física do Ensino Médio. Neste trabalho os autores e as autoras se concentram na descrição de três projetos desenvolvidos na Escola Estadual de Ensino Médio Integral Professora Izaura Antônia de Lisboa (Epial) e que tiveram como foco dar visibilidade à mulheres, pessoas latinas e pessoas negras que produziram elaborações teóricas e /ou produtos científicos e que, por força do racismo, são eclipsados. A primeira experiência relatada emergiu do incômodo com o apagamento das contribuições das mulheres na história das ciências. Os livros didáticos de Física quase nunca trazem mulheres como cientistas. Movidos por estes incômodos, os autores relatam a organização de uma intervenção didática que favoreceu a visibilidade dessas cientistas. O segundo relato descreve duas experiências didáticas: um projeto sobre a visibilidade de povos latino-americanos nas ciências e um projeto sobre a visibilidade de povos africanos/afrodescendentes nas ciências.

    No capítulo 5, intitulado Utilizando a gamificação como instrumento pedagógico na educação matemática: uma experiência no Programa de Residência Pedagógica enfoca o relato de três experiências didáticas que estiveram ancoradas na gamificação. Foram elas: a) Atividade do "Caça ao Qr Code", que foi aplicada na Escola Municipal de Educação Básica Prefeito Benício Ferreira Reis, na turma de 9º ano, durante a aula de Matemática, e abordou os conteúdos de Frações e Dízimas Periódicas; b) o Jogo Batalha Naval criado na plataforma Wordwall que foi aplicado durante o Projeto de Intervenção na Escola Estadual de Ensino Médio Integral Integrado à Educação Profissional Professora Izaura Antônia de Lisboa (Epial), na turma de 3ª série do Ensino Médio, na qual explorou o conteúdo Probabilidade; e

    c) o Jogo Plano dos Descritores, que foi aplicado com 136 estudantes, sendo 49 do 9º ano do Ensino Fundamental e 87 da 3ª série do Ensino Médio, durante o Projeto de Intervenção na Escola Estadual de Educação Básica Arthur Ramos.

    O capítulo 6, intitulado SINPETE – Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica 2023: relato da participação do Núcleo de Matemática – A. C. Simões do Programa Residência Pedagógica da UFAL, detalha o SINPETE que ocorreu dentro da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) com ênfase nas atividades desenvolvidas pelos residentes do núcleo de Matemática. A programação da Sinpete incluiu concursos, maratonas, oficinas, palestras e outras atividades, dentre as quais a Arena Matemática que enfocou atividades baseadas em Origamis e Tangram e que é o objeto de discussão dos autores e autoras deste capítulo.

    O capítulo 7, intitulado Maratona alagoana de raciocínio lógico: um relato de experiência sobre a organização do evento traz o relato de atividades desenvolvidas durante a XIV Maratona Alagoana de Raciocínio Lógico, realizada em 2023, no Campus A.C. Simões da Ufal, em Maceió, destacando o impacto da atuação dos residentes.

    O capítulo 8, Identidade docente, aprendizagem histórica e as relações com a consciência histórica: desafios, limites e possibilidades, socializa relatos de experiências desenvolvidas em três escolas: Escola Estadual Prof. Edmilson de Vasconcelos Pontes; Escola Estadual Dr. Rodriguez de Melo e Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, todas localizadas em Maceió-AL. O foco dos relatos de experiências foram a Consciência Histórica atuando como orientação temporal, contradições históricas da produção do Açúcar Colonial e a Ditadura Civil-Militar no Brasil, respectivamente. Ao longo deste capítulo os autores e as autoras apontam alternativas para a superação de abordagens rasas, generalistas e mecanizadas de saberes teóricos, distante das carências de aprendizagem dos estudantes e das reais necessidades da sociedade. Além disso, contribui também para a formação da consciência histórica dos diferentes sujeitos históricos e para que os(as) professores(as) adotem uma identidade docente autônoma e de análise crítica da realidade social.

    O capítulo 9 intitulado Projeto Fake News: uma ação do PRP Geografia com alunos do Ensino Médio, os autores e as autoras argumentam que a disseminação de notícias falsas gera impactos em todos os setores da sociedade, não estando a educação imune a esse processo. Em face desse fenômeno, a escola, pode e deve contribuir no combate à desinformação através da formação de alunos críticos, reflexivos e questionadores, pois esse processo formativo é a base para conter a desinformação. Para sustentar tais argumentos, os autores e as autoras partem da definição de Fake News, situam o contexto no qual esse conceito se populariza em função das eleições presidenciais norte- americanas que elegeram Donald Trump; localizam como o conceito reverbera no Brasil nos anos seguintes, seja do ponto de

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