Lei 12016 - Lei Do Mandado de Segurança
Lei 12016 - Lei Do Mandado de Segurança
Lei 12016 - Lei Do Mandado de Segurança
Disciplina o mandado de
segurana individual e coletivo e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DE REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 6 A petio inicial, que dever preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual,
ser apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instrurem a primeira reproduzidos
na segunda e indicar, alm da autoridade coatora, a pessoa jurdica que esta integra, qual
se acha vinculada ou da qual exerce atribuies.
1 No caso em que o documento necessrio prova do alegado se ache em repartio
ou estabelecimento pblico ou em poder de autoridade que se recuse a fornec-lo por
certido ou de terceiro, o juiz ordenar, preliminarmente, por ofcio, a exibio desse
documento em original ou em cpia autntica e marcar, para o cumprimento da ordem, o
prazo de 10 (dez) dias. O escrivo extrair cpias do documento para junt-las segunda
via da petio.
2 Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a prpria coatora, a ordem far-
se- no prprio instrumento da notificao.
3 Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da
qual emane a ordem para a sua prtica.
4 ( VETADO)
5 Denega-se o mandado de segurana nos casos previstos pelo art. 267 da Lei n
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigo de Processo Civil.
6 O pedido de mandado de segurana poder ser renovado dentro do prazo
decadencial, se a deciso denegatria no lhe houver apreciado o mrito.
Art.10 A inicial ser desde logo indeferida, por deciso motivada, quando no for o caso de
mandado de segurana ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo
legal para a impetrao.
1 Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caber apelao e, quando a
competncia para o julgamento do mandado de segurana couber originariamente a um
dos tribunais, do ato do relator caber agravo para o rgo competente do tribunal que
integre.
2 O ingresso de litisconsorte ativo no ser admitido aps o despacho da petio inicial.
Art. 11. Feitas as notificaes, o serventurio em cujo cartrio corra o feito juntar aos autos
cpia autntica dos ofcios endereados ao coator e ao rgo de representao judicial da
pessoa jurdica interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceit-
los ou dar recibo e, no caso do art. 4 desta Lei, a comprovao da remessa.
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7 desta Lei, o juiz ouvir o
representante do Ministrio Pblico, que opinar, dentro do prazo improrrogvel de 10 (dez)
dias.
Pargrafo nico. Com ou sem o parecer do Ministrio Pblico, os autos sero conclusos ao
juiz, para a deciso, a qual dever ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias.
Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitir em ofcio, por intermdio do oficial do juzo, ou
pelo correio, mediante correspondncia com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentena
autoridade coatora e pessoa jurdica interessada.
Pargrafo nico. Em caso de urgncia, poder o juiz observar o disposto no art. 4 desta
Lei.
Art. 16. Nos casos de competncia originria dos tribunais, caber ao relator a instruo do
processo, sendo assegurada a defesa oral na sesso do julgamento.
Pargrafo nico. Da deciso do relator que conceder ou denegar a medida liminar caber
agravo ao rgo competente do tribunal que integre.
Art. 17. Nas decises proferidas em mandado de segurana e nos respectivos recursos,
quando no publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do julgamento, o acrdo
ser substitudo pelas respectivas notas taquigrficas, independentemente de reviso.
Art. 18. Das decises em mandado de segurana proferidas em nica instncia pelos tribunais
cabe recurso especial e extraordinrio, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinrio,
quando a ordem for denegada.
Art. 19. A sentena ou o acrdo que denegar mandado de segurana, sem decidir o mrito,
no impedir que o requerente, por ao prpria, pleiteie os seus direitos e os respectivos
efeitos patrimoniais.
Art. 21. O mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por partido poltico com
representao no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legtimos relativos a seus
integrantes ou finalidade partidria, ou por organizao sindical, entidade de classe ou
associao legalmente constituda e em funcionamento h, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa
de direitos lquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na
forma dos seus estatutos e desde que pertinentes s suas finalidades, dispensada, para tanto,
autorizao especial.
Pargrafo nico. Os direitos protegidos pelo mandado de segurana coletivo podem ser:
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza
indivisvel, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a
parte contrria por uma relao jurdica bsica;
II - individuais homogneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes
de origem comum e da atividade ou situao especfica da totalidade ou de parte dos
associados ou membros do impetrante.
Art. 22. No mandado de segurana coletivo, a sentena far coisa julgada limitadamente aos
membros do grupo ou categoria substitudos pelo impetrante.
1 O mandado de segurana coletivo no induz litispendncia para as aes individuais,
mas os efeitos da coisa julgada no beneficiaro o impetrante a ttulo individual se no
requerer a desistncia de seu mandado de segurana no prazo de 30 (trinta) dias a contar
da cincia comprovada da impetrao da segurana coletiva.
2 No mandado de segurana coletivo, a liminar s poder ser concedida aps a
audincia do representante judicial da pessoa jurdica de direito pblico, que dever se
pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas.
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurana extinguir-se- decorridos 120 (cento e
vinte) dias, contados da cincia, pelo interessado, do ato impugnado.
Art. 26. Constitui crime de desobedincia, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei n 2.848, de 7
de dezembro de 1940, o no cumprimento das decises proferidas em mandado de segurana,
sem prejuzo das sanes administrativas e da aplicao da Lei n 1.079, de 10 de abril de
1950, quando cabveis.
Art. 27. Os regimentos dos tribunais e, no que couber, as leis de organizao judiciria devero
ser adaptados s disposies desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da sua
publicao.