Renan Araujo Aula 02
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TJDFT (Analista Judiciário - Sem Especialidade) Direito Processual Penal - 2022 (Pós-Edital) 20
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Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de
todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos
autores do crime, a todos se estenderá.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por
seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver
completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a
renúncia do último excluirá o direito do primeiro.
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão
poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão
concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito.
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a
aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe nomear.
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-á, quanto à aceitação
do perdão, o disposto no art. 52.
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o disposto no art. 50.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova.
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o
querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de declaração assinada
pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes
especiais.
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
⮲ Art. 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no que tange à ação penal
pública:
⮲ Art. 5°, LIX da CRFB/88 – Estabelece o cabimento da ação penal privada subsidiária da pública,
nos casos de inércia do MP:
Art. 5º (...) LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta
não for intentada no prazo legal;
SÚMULAS PERTINENTES
Súmulas do STF
⮲ Súmula 524 do STF: Estabelece a impossibilidade de ajuizamento da ação penal quando houve
arquivamento por falta de provas, salvo se surgirem novas provas, em consonância com o art. 18
do CPP:
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⮲ Súmula 594 do STF: A súmula foi elaborada quando a maioridade civil era atingida aos 21 anos,
enquanto a maioridade penal era atingida aos 18 anos. Hoje, com o Código Civil de 2002, o
ofendido que possui mais de 18 anos é pessoa plenamente capaz, não havendo que se falar em
representante legal. Contudo, a súmula permanece vigorando, mas hoje dever ser interpretada
como autonomia do representante legal e do ofendido para oferecerem queixa ou
representação. Isso terá aplicação prática quando o ofendido for menor de 18 anos na época do
fato e, posteriormente, completar 18 anos (passará a ter o prazo de seis meses para oferecer
queixa ou representação, a contar da data em que completou 18 anos). Isso não impede, todavia,
que seu representante legal ofereça queixa ou representação antes disso (antes de o ofendido
completar 18 anos):
⮲ Súmula 609 do STF: Consolida entendimento no sentido de que o crime de sonegação fiscal é
persequível mediante ação penal pública incondicionada:
Súmulas do STJ
⮲ Súmula 542 do STJ: Seguindo entendimento do STF sobre o tema, o STJ sumulou
entendimento no sentido de que a ação penal referente ao crime de lesão corporal, quando
praticado no contexto de violência doméstica contra a mulher, é pública incondicionada:
Súmula 542 do STJ - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante
de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
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