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EDUCAO FSICA NO ENSINO MDIO: REFLEXES E AES


Suraya Cristina Darido1 Zenaide Galvo2 Lilian Aparecida Ferreira3 Giovanna Fiorin4
RESUMO
O presente estudo procurou analisar alguns aspectos concernentes ao ensino da Educao Fsica no ensino mdio; o horrio da disciplina dentro do currculo da escola, as dificuldades enfrentadas pelos professores e os pedidos de dispensas das aulas. Para atingir tais propsitos, 30 professores do interior do Estado de So Paulo foram consultados atravs de um questionrio. Os resultados deste estudo mostraram que os professores entendem que a Educao Fsica deva ser conduzida no mesmo perodo das demais disciplinas, pois facilita a democratizao do acesso dos alunos, que as maiores dificuldades dos professores residem na falta de interesse dos alunos do ensino mdio e da falta de habilidade dos mesmos e, quanto ao nmero de pedidos de dispensa, com a disciplina no mesmo horrio das demais, este nmero gira em torno de 6% dos alunos matriculados no ensino mdio. UNITERMOS: Educao Fsica escolar e ensino mdio Dois aspectos marcam decisivamente, a participao e a implementao de propostas para a Educao Fsica no ensino mdio. O primeiro mostra que a grande maioria dos alunos do ensino mdio estudam no perodo noturno, em torno de 70% dos alunos. At a vigncia da LDB anterior de 1971, os alunos do curso noturno, composta por uma maioria de alunos trabalhadores, tinham a disposio legal os pedidos de dispensa. Se no o faziam, em muitos casos, as direes das escolas incentivavam tal prtica. Atualmente, com a aprovao da nova LDB 9394/1996, o ensino da Educao Fsica para o ensino noturno passa a ser facultativo para os alunos cursarem, s escolas oferecerem, e caso elas ofeream a disciplina, as horas aulas no so contabilizadas na carga horria da escola. O que nos permite antever, sem muitas dificuldades, que a Educao Fsica no ensino noturno continuar no acontecendo e assim, estaro excludos do processo cerca de 70 % dos alunos do ensino mdio, provavelmente os maiores beneficiados com a prtica regular de atividade fsica. Alm disso, as escolas impem aulas de Educao Fsica, mesmo para os alunos do perodo diurno, em perodo contrrio ao das demais disciplinas. Para o aluno retornar a escola, muitas vezes distante de sua casa, ou para o aluno trabalhador a Educao Fsica fora do perodo sempre se constituiu num estorvo, e como consequncia, novamente, tnhamos um aumento do nmero de alunos dispensados (trabalho ou mdico). 1.1 O ENSINO MDIO NO BRASIL O ensino mdio no Brasil est vivendo uma exploso de crescimento. De 1987 a 1997 o nmero de alunos matriculados no ensino mdio dobrou, passando de 3,2 milhes para 6,4 milhes. Dois fatores, de acordo com o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), explicam este crescimento; - a maior exigncia do mercado de trabalho, porque sem este nvel de ensino mais difcil conseguir o emprego; - e a melhoria (ainda que em escala reduzida), do sistema pblico Brasileiro (Folha de so Paulo, 1998). Ao lado disso, o ensino mdio vem passando por mudanas profundas no que diz respeito a discusso sobre as suas funes, embora ainda estejamos sob o impacto da reforma ocorrida na dcada de 60 que atribua ao ensino mdio um carter terminal, diretamente voltado ou, para a formao de tcnicos de nvel mdio ou, para o ensino preparatrio para a Universidade.

1 - O ENSINO MDIO E A EDUCAO FSICA ESCOLAR


O ensino fundamental (antigo 1o grau) tem sido o centro das atenes de grande parte dos professores e pesquisadores, quer do ponto de vista da educao, quer da Educao Fsica. Isto ocorre na medida em que entendemos o ensino fundamental como a porta de entrada para qualquer proposta mais ampla de democratizao do acesso ao ensino, e que muitos problemas e questes esto encravadas neste nvel de ensino, que embora sejam amplamente denunciadas, esto longe de serem solucionadas. No entanto, os males estruturais que afetam a sociedade Brasileira e o ensino fundamental, tambm atingem o ensino mdio (antigo 2o grau) com tanta ou maior intensidade, o que no pouco e merece uma reflexo mais aprofundada.
1 Profa. Dra. do Departamento de Educao Fsica - UNESP - Campus Rio Claro, coordenadora do Laboratrio de Estudos e Trabalhos Pedaggicos Educao Fsica / Esporte. 2 Profa. Mestre, membro do Laboratrio de Estudos e Trabalhos Pedaggicos - Educao Fsica / Esporte Escolar e Profa. da Unicastelo/SP. 3 Mestranda do Curso de Cincias da Motricidade Humana - UNESP - Rio Claro e membro do Laboratrio de Estudos e Trabalhos Pedaggicos Educao Fsica / Esportes. Profa. da Unirp/RP. 4 Professora de Educao Fsica da rede pblica da cidade de Americana e membro do Laboratrio de Estudos e Trabalhos Pedaggicos - Educao Fsica / Esportes.

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139 ________________________________________________________________________________________________________ Franco (1994) sugere que a escola esteja relacionada ao mundo do trabalho mas no numa relao linear. Nas suas palavras ...o que seria limitar o papel da escola concebendo-a apenas como uma agncia de adestramento em que o domnio de tcnicas ganharia primazia sobre as atividades voltadas para a formao integral do aluno. (p.20)...Por outro lado, no implica fazer o raciocnio inverso e eximir a educao de qualquer responsabilidade pela formao profissional(p.21). Concordamos com a autora quando ela ressalta que uma das possibilidades do ensino mdio fornecer oportunidades para a capacitar o aluno a compreender o trabalho como categoria social- e histrica, desde que exista nessa escola a preocupao de lev-lo a entender as formas diferenciadas de vivenciar as relaes de produo e as desigualdades delas decorrentes. Com a aprovao da nova LDB (9394/1996) devolve-se ao ensino mdio o carter de formao geral, exigindo menos conhecimentos especficos e mais conhecimentos interdisciplinares. O currculo ser dividido em trs reas: cdigos de linguagem, cincia e tecnologia e sociedade e cultura, todas com igual peso. Alm disso, com as mudanas em andamento, ser oferecido uma certa autonomia as escolas que podem propor at 25% da grade curricular com disciplinas complementares e procuram desvincular o ensino tcnico do ensino mdio (dois cursos separados). No mbito da Educao Fsica ainda no presenciamos uma discusso aprofundada a respeito das interfaces da disciplina em as grandes reas; cdigos e linguagem, cincia e tecnologia e sociedade e cultura. Entendemos que a disciplina tm interfaces acentuadas tanto no que diz respeito aos cdigos de linguagem quanto a rea de sociedade e cultura. Porm, estas questes fogem do escopo de anlise deste trabalho, mas reconhecemos que esforos devam ser envidados para a discusso desta importante questo. 1.2 EDUCAO FSICA NO ENSINO MDIO: ALGUNS ESTUDOS A seguir, apresentaremos os principais trabalhos realizados considerando o ensino mdio e a Educao Fsica, que no so muitos. Dalio (1986) discutiu a importncia da Educao Fsica para o aluno trabalhador. Em outra linha de estudos, temos os trabalhos realizados por rgos pblicos, como a CENP ( Coordenadoria de Estudos Pedaggicos) e pelo CEE/SP (Conselho Estadual de Educao - So Paulo), ambos elaborados por professores da rea e que procuraram apresentar algumas propostas para este grau de ensino. Do mesmo modo, Correia (1996), De vila (1995) e Melo (1997) apresentam diferentes propostas. No primeiro caso, utilizando a concepo de planejamento participativo e nos dois ltimos implementando propostas para alm dos esportes tradicionais. Verenguer (1995), por outro lado, procurou abordar a formao do professor de Educao Fsica que trabalha no ensino mdio. E mais recentemente, Nahas (1997), Tedeschi (1997) e Costa (1997) apresentaram sugestes diferentes para o ensino da Educao Fsica. Em estudo bastante interessante, um dos primeiros da rea, Dalio (1986) procurou levantar a importncia da Educao Fsica para o adolescente que trabalha numa perspectiva psicolgica. Embora no tenha se referido ao ensino mdio especificamente o seu trabalho permite discutilo uma vez que, como j foi apresentado, a maioria dos alunos do ensino mdio so trabalhadores. O autor prope que as aulas de Educao Fsica para o aluno/trabalhador oferea uma oportunidade para uma atividade pessoal, em contrapartida ao trabalho; uma Educao Fsica que permita ao adolescente um relaxamento, com a inteno de faz-lo perceber seu corpo e capacit-lo a controlar esse corpo, em oposio ao automatismo que o trabalho muitas vezes exige; uma Educao Fsica que permita ao aluno a prtica de atividades prazerosas, em oposio rigidez e ao carter repressivo de muitos trabalhos; aulas que permitam aos alunos convivncia e relacionamento em grupo, j que o trabalho muitas vezes, no permite estas possibilidades; e tambm aulas que permitam uma aprendizagem globalizante, que aliem o cognitivo ao afetivo-vivencial. O mesmo autor em conjunto com Medina (1993) apresenta uma proposta para a Educao Fsica no ensino mdio atravs da Coordenadoria de normas pedaggicas (CENP). Neste documento levantam as caractersticas do desenvolvimento dos adolescentes sob o enfoque cultural, cognitivo, afetivo e fsico. Em seguida, apresentam uma proposta metodolgica em que os desafios sejam sempre provocados, como exemplo citam as tticas esportivas que podem ser colocados em forma de problema para os alunos responderem. Em termos de contedos para o ensino mdio sugerem que a Educao Fsica valorize a contextualizao histrica dos esportes em nvel terico e a aprendizagem para alm do esporte, como por exemplo a dana. Assim como no documento elaborado pela CENP (1993), o documento elaborado por uma comisso do Conselho Estadual de Educao ressalta que o ensino mdio no pode ser concebido como uma repetio, um pouco mais aprofundada, do programa de Educao Fsica do ensino fundamental, mas deve apresentar caractersticas prprias, que considerem o contexto scio-histrico destes alunos. Mas qual esta Educao Fsica? Correia (1993) em discusso desta questo observa que o ensino mdio deve e pode partir da idia de um planejamento participativo. Neste sentido, apresenta as vantagens e desvantagens deste trabalho a partir de um relato de sua experincia numa escola pblica paulista de ensino mdio. O autor considera que as principais vantagens so: os nveis de participao e motivao dos alunos nas atividades propostas; a valorizao da disciplina pelos alunos; a repercusso da proposta perante outros grupos no engajados e menor despersonalizao dos educandos, face ao carter participativo da proposta.

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140 _________________________________________________________________________________________________________ Enquanto desvantagem o autor informa que h um desgaste maior do professor no sentido de providenciar recursos materiais, tericos, frente a necessidade de coordenar diferentes programaes em diferentes turmas; as prprias limitaes de formao profissional do professor; e dificuldades em encontrar subsdios tericos para desenvolver discusses sobre as implicaes do movimento nos nveis scio-cultural, ou seja a inexistncia de material didtico para o ensino mdio. De vila (1995) implementou uma proposta de atividades rtmicas e expressivas para alunas do curso de magistrio, nvel mdio. Interessantemente, alunas que antes no participavam das aulas, passam a realiz-la, com argumentos de que agora no precisam jogar bola (em referncia aos esportes coletivos) e no necessitam competir e ser melhor que ningum (em referncia a competio dos esportes). O trabalho de Melo (1997) tambm indica a importncia de um trabalho onde seja oferecida uma ampla gama de atividades aos alunos, para alm dos esportes tradicionais. O autor implementou um programa de Educao Fsica para o ensino mdio utilizando jogos. Entre eles; diferentes tipos de queimadas, hand sabonete, pic bandeira, quatro cantos, e outros. Ao fim do programa os alunos avaliaram positivamente o programa e ressaltaram que estes contedos devem estar disponveis tambm nas aulas regulares de Educao Fsica. Alm destes estudos, algumas escolas tm oferecido opes de prticas corporais para o ensino mdio. Em uma das escolas de vanguarda da cidade de So Paulo, o aluno pode optar entre as seguintes prticas corporais: esportes coletivos, dana, jogos e ginstica, lutas, capoeira e circo. Em outra escola, soubemos atravs de conversas informais com a Professora de Educao Fsica da escola, que o nmero de alunas que pediam dispensa das aulas de Educao Fsica foi reduzido pela metade, quando alm do voleibol e basquetebol, podiam optar pelas aulas de ginstica aerbica e step. Nestes trabalhos ficou evidenciado que podem ser experimentados outros contedos com o ensino mdio, para alm do basquetebol, voleibol e futebol, principalmente quando o aluno j experimentou no ensino fundamental diferentes modalidades ele tm condies de optar por aquilo que lhe d prazer e conhecimento. Alis, conhecimento tambm bastante citado enquanto funo da Educao Fsica para o ensino mdio (Verenguer, 1995; Darido et alli, 1995; CENP/1993, CEE/SP, 1997). Parece haver um certo consenso entre os pesquisadores de que a Educao Fsica no ensino mdio deveria privilegiar o conhecimento terico, no sentido de fornecer elementos para garantir a autonomia e reflexo do aluno quanto a cultura corporal de movimentos, embora na prtica concreta isto no ocorra com frequncia (Darido, 1999). A Educao Fsica no 2o grau deve proporcionar ao aluno conhecimento sobre a cultura corporal de movimentos, que implicam compreenso, reflexo, anlise crtica, etc. A aquisio de tal corpo de conhecimentos dever ocorrer em relao as vivncias das atividades corporais com objetivos vinculados ao lazer, sade/bem estar e expresso de sentimentos. Este objetivo precisa ser garantido a todos os alunos, pois permitir uma plena autonomia no usufruto das formas culturais do movimento. A Educao Fsica como disciplina implica na promoo da reflexo atravs do conhecimento sistematizado, h um corpo de conhecimento, um conjunto de prticas corporais e uma srie de conceitos desenvolvidos pela Educao Fsica que devem ser assegurados. No segundo grau, promovendo discusses sobre as manifestaes dessas prticas corporais como reflexos da sociedade em que vive, pensando criticamente seus valores, o que levar os alunos a compreenderem as possibilidades e necessidades de transformar ou no esses valores(C.E.E., p.16). Verenguer (1995), em um dos poucos estudos dirigidos a formao do professor que trabalha com ensino mdio, entende que o papel da Educao Fsica valorizar os contedos que propiciem aos alunos pensar suas possibilidades motoras e a influncia que recebem do contexto social, ampliando seu repertrio cultural sem deixar de lado, naturalmente, experincias motoras que propiciem sua melhora e/ou refinamento. (p.73). A autora continua e argumenta que neste contexto o desafio dos docentes dos cursos de Licenciatura desenvolver conhecimentos que possam servir para discusses nas aulas regulares de Educao Fsica na escola. Mais recentemente, foi realizado um Seminrio para discutir especificamente a Educao Fsica no ensino mdio, e mais uma vez ficou evidenciado a existncia de mltiplas propostas e abordagens implcitas para a Educao Fsica na escola. Seno, vejamos. Nahas (1997), por exemplo sugere que a funo da Educao Fsica para o ensino mdio deve ser a educao para um estilo de vida ativo. O objetivo ensinar os conceitos bsicos da relao atividade fsica, aptido fsica e sade, alm de proporcionar vivncias diversificadas, levando os alunos a escolherem um estilo de vida mais ativo. O autor ainda observa que esta perspectiva procura atender a todos os alunos, principalmente aos que mais necessitam; sedentrios, baixa aptido fsica, obesos e portadores de deficincias. Neste sentido, foge do modelo tradicional que privilegiava apenas os mais aptos e que no atendia s diferenas individuais. Ao contrrio desta proposta, Tedeschi (1997) apresenta um relato de experincia de uma escola particular de So Paulo baseada na proposta crtico-superadora (Coletivo de Autores, 1992). A autora lembra que o ensino mdio sempre privilegiou a prtica dos esportes no considerando os demais componentes da cultura corporal, o que precisa ser realizado. Costa (1997), por outro lado, acredita que os alunos nesta faixa etria (ensino mdio), possuem uma opinio

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141 ________________________________________________________________________________________________________ formada sobre a Educao Fsica baseado em suas experincias pessoais anteriores. Se elas foram marcadas por sucesso e prazer, o aluno ter uma opinio favorvel quanto a freqentar as aulas. Ao contrrio, quando o aluno registrou vrias situaes de insucesso, e de alguma forma se excluiu ou foi excludo, sua opo ser pela dispensa das aulas, com um primeiro discurso pautado em no gostar da atividade, e transformar estas opinies se constitui no maior desafio para os professores do ensino mdio. 2 - OBJETIVO E METODOLOGIA O objetivo do presente estudo desvelar algumas questes fundamentais do ensino mdio: - A Educao Fsica deve ocorrer no mesmo perodo das demais disciplinas? Quais as consequncias? Qual a viso do professor a respeito? - Quais so as maiores dificultadas enfrentadas pelos professores que trabalham com este nvel de ensino? O que eles gostariam de ver modificado no seu cotidiano? - Quantos alunos so dispensados com a Educao Fsica no mesmo horrio das demais disciplinas? Qual a porcentagem de alunos que requisitam a dispensa? Para poder compreender melhor cada uma destas questes, 30 professores da rede pblica estadual de ensino, que trabalham nas cidades de Americana, Campinas, Rio Claro, Piracicaba, Jundia e Limeira, responderam a um questionrio contendo as seguintes questes: - A Educao Fsica na sua escola dentro ou fora do perodo? - Quais as vantagens e desvantagens da Educao Fsica estar dentro ou fora do perodo? - Quais so as suas maiores dificuldades no seu dia a dia? Nas suas aulas? Alm do questionrio houve consultas aos arquivos das secretarias e dos professores no sentido de verificar o nmero total de alunos dispensados e o total de alunos da escola. As principais razes pelas quais os professores se mostraram a favor da realizao das aulas no mesmo perodo das demais disciplinas foram as seguintes: - 20 Professores indicaram a facilitao do acesso escola, - 20 Professores relataram a diminuio do nmero de dispensas e das faltas das aulas, - 9 Professores ressaltaram que houve uma valorizao e integrao da disciplina na escola; - 4 Professores lembraram que houve um aumento no nmero de aulas para os professores da rea; Quanto as vantagens das aulas no mesmo perodo o depoimento da prof. 13 interessante: bastante gratificante para a Educao Fsica estar junto com as outras disciplinas porque os outros professores comeam a entender o valor e a importncia da disciplina. O mesmo professor ainda completa: um espao que surgiu para mostrarmos e nos posicionarmos perante a instituio. O Prof. 5 tambm apresenta uma srie de vantagens, vejamos: Tivemos oportunidades de conscientizar os demais colegas da importncia da Educao Fsica. Garantiu o acesso a todos os alunos prtica. Ampliou o campo de atuao do professor. O Prof. 29, com outros argumentos, assim entende a Educao Fsica no mesmo perodo: Ao nvel da comunidade possibilitou a tranqilidade para os pais, especialmente nos grandes centros urbanos. Quanto as razes pelas quais os professores so desfavorveis a Educao Fsica dentro do horrio, houve uma disperso maior nas respostas: - 11 Professores responderam que os interesses dos alunos so muito diversificados e eles tm dificuldades para trabalhar com turmas mistas; - 11 Professores lembraram que muitos alunos vem para as aulas com roupas inadequadas; - 10 Professores relataram que muitos alunos que antes pediam dispensa freqentam agora as aulas, mas so extremamente desinteressados; - 10 Professores observaram que os alunos ficam muito suados para as demais disciplinas; - 8 Professores relataram que h nas escolas muitos alunos e pouco espao; - 6 Professores indicaram a falta de infra estrutura da escola para atender os alunos no mesmo perodo das demais disciplinas.

3 - RESULTADOS E DISCUSSO
3.1 EDUCAO FSICA NO MESMO DO PERODO DAS DEMAIS DISCIPLINAS OU NO? Quando questionados sobre como entendiam a questo da Educao Fsica; no mesmo ou no outro perodo das demais disciplinas, - a grande maioria dos professores optou pelo mesmo horrio das demais disciplinas. Dos 30 professores consultados 22 afirmaram preferir as aulas no mesmo perodo das demais disciplinas, 6 professores em horrio contrrio e dois se mostraram indiferentes.

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142 _________________________________________________________________________________________________________ A Profa. 15 bastante incisiva quanto as crticas da aulas de Educao Fsica serem realizadas no mesmo perodo e afirma que: Para a Secretaria de Educao nenhuma disciplina tem importncia, quanto mais, Educao Fsica. uma aberrao a Educao Fsica ser junto com as demais disciplinas, o que os alunos vo fazer no outro perodo?. Ficar na rua? Por que no vir para a escola e fazer as aulas? Piorou, alunos obrigados a fazer aulas aumentou, s vejo desvantagens, pois antes s os interessados vinham aula, os que no tinham interesse logo arrumavam um atestado. Hoje aparece um nmero maior de alunos, mas muitos deles s querem ficar sentados durante a aula. O Prof. 6 tambm observa aspectos negativos quando a questo a Educao Fsica no mesmo perodo das demais disciplinas: Primeiramente ns professores no fomos consultados, prejudicou quem gostava no sentido de que esse aluno podia se dedicar mais. As escolas do estado no tm meios e espao fsico para fazer com que essa mudana d certo. Este tipo de horrio funciona em escolas particulares que tem espao, ento naqueles 50 minutos de aula o aluno se desloca para determinada quadra e ser atendido nas suas aspiraes e no jogado numa quadra com 45 alunos de ambos os sexos. Os resultados desta questo mostram que na opinio dos professores a Educao Fsica no mesmo horrio das demais disciplinas tm papel importante na questo da democratizao do acesso dos alunos s aulas de Educao Fsica, diminuindo o nmero de alunos faltosos e dispensados. Alm disso, consideram que desta forma h uma maior chance da Educao Fsica estar integrada a proposta pedaggica da escola, tal como prope a nova LDB/96. Por outro lado, os resultados mostraram que ao mesmo tempo que h uma incluso maior dos alunos quando a disciplina ocorre no mesmo perodo das demais, ocasiona tambm uma srie de dificuldades extras para o professor de Educao Fsica. Eles entendem que com o aumento do nmero de alunos nas aulas h tambm interesses e habilidades mais diversificadas, o que impede a conduo de um ensino de maior qualidade. Isto de fato acontece porque muitos alunos que antes eram dispensados (disciplina era fora do horrio), agora participam das aulas, mas com muito menos conhecimentos prvios. O mesmo ocorre em relao as turmas mistas, pois quando a disciplina acontecia fora do horrio muitos professores dividiam as turmas em funo do sexo. No mesmo horrio trabalham com turmas mistas. Assim, alm dos problemas salariais, de infra estrutura, o professor reclama da diversidade de interesses e habilidades dos alunos do ensino mdio. Tal fato nos remete a anlise das concepes destes professores, baseadas indubitavelmente na perspectiva esportivista ou mecanicista. Ou seja, estes professores aprenderam ao longo da sua histria de vida que inclui a experincia como aluno, atleta, e estudante da graduao, a trabalhar com modelos prontos e alunos com pouca ou nenhuma diferena individual. 3.2 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE EDUCAO FSICA Muitas pesquisas realizadas em Educao Fsica escolar, referentes ao professor, tm se preocupado em comparar a sua atuao com uma situao ideal de ensino, desconsiderando, na maioria das vezes o que acontece na sua realidade. Essa evidncia bastante clara na fala de um dos professores entrevistados por Dalio (1995): Os pesquisadores vo para escola, usam os professores e depois os criticam em suas anlises (p.58). Ao invs desta postura de distanciamento, precisamos considerar as limitaes e possibilidades que caracterizam o contexto do ensino aprendizagem da cultura corporal de movimento, surgindo da uma interveno significativa e real. Desta maneira, a teoria deixa de apresentar um carter supremo e impositivo, passando a ser formulada a partir das necessidades concretas da realidade educacional (Candau & Lelis, citadas por Resende, 1995). justamente dentro desta perspectiva que buscamos analisar as dificuldades que os professores afirmam enfrentar no seu cotidiano. Os resultados mostraram que dos 30 professores, 25 revelaram que a falta de interesse dos alunos aliadas a falta de habilidade dos mesmos as suas maiores dificuldades. Parece que essa realidade demonstra a restrita vivncia motora adicionada s experincias negativas anteriores na prtica da cultura corporal de movimento desses alunos na escola. Alm disso, no ensino mdio, os alunos apresentam vergonha de se exporem e rejeio as novidades. Tudo isso associado ao medo de errar, acaba por distanciar ainda mais os alunos das aulas de Educao Fsica. Outra caracterstica do ensino mdio, que acaba competindo com a Educao Fsica, diz respeito a busca por uma definio profissional. A preocupao em investir no futuro, muitas vezes representado pelo vestibular, vai se tornando uma exigncia cada vez maior pela sociedade. Por isso, as expectativas acerca da Educao Fsica, quando existentes, ficam em segundo plano. Outro ponto que tambm pode contribuir para acentuar a falta de interesse desses alunos, diz respeito ao aumento das diferenas individuais neste nvel de ensino. Essa preocupao explcita na fala de um dos professores pesquisados: Minha maior dificuldade que os alunos chegam de muitas escolas diferentes uma das outras e trazem consigo conceitos e contedos diversos. Os que j sabem e conhecem o contedo proposto no querem voltar e os que no sabem sentem envergonhados.

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143 ________________________________________________________________________________________________________ Mas, como afirma Franco (1997), o professor no pode se eximir de motivar o aluno, alm disso, preciso que a escola crie uma cultura que valorize a Educao Fsica. Embora, solues paream complexas neste nvel de ensino, Melo (1997) demostrou que nem sempre so as habilidades complexas, envolvendo os esportes, que motivam os alunos, mas os jogos, havendo a incluso dos habilidosos e no habilidosos, promovendo um engajamento dos alunos s aulas. Dez professores referem-se a falta de infra estrutura como um das suas dificuldades. A falta de disciplina dos alunos tambm citada enquanto dificuldades do professor, ameaando, na maioria das vezes, o papel do professor, que somente com as normas e regras da escola no consegue mais conter o aluno. E como afirma Taille (1996) o aluno no tem mais vergonha de ser ignorante, isso tornou-se sinnimo de poder na sociedade atual, alis, eles reinam na mdia fazendo sucesso e conquistando fs. Deste modo, fundamental repensar os valores que regem na sociedade atual. O problema da indisciplina, no um problema fcil que a escola pode resolver, nem so ainda na proposio de Taille (1996) falhas pedaggicas, pois est em jogo o lugar que a escola ocupa hoje na sociedade, o lugar que a criana e o jovem ocupam, o lugar que a moral ocupa. As roupas imprprias para a prtica da aula, tambm foram citadas pelos professores como dificuldade. Nos sugerindo dois pontos de anlise. O primeiro refere-se as experincias negativas anteriores, que como apontado por Costa (1997), demostra uma postura de no querer assumir publicamente uma dificuldade pessoal, deste modo a roupa se torna um escudo protetor, livrando o aluno das possveis chacotas dos amigos. O segundo parece retornar a questo da indisciplina, problema muito maior, ultrapassando os limites da escola, mas que no pode nos isentar do papel de professores e que portanto, responsveis para preparar nossos alunos para o exerccio da cidadania. 3.3 A DISPENSA DAS AULAS DE EDUCAO FSICA Apesar da obrigatoriedade da Educao Fsica em todos os nveis de ensino, ao longo da sua histria foram abertas algumas excees que acabaram por influenciar enormemente a prtica da Educao Fsica na escola. De acordo com estas leis: Art. 1- facultativa a prtica da Educao Fsica em todos os graus de ensino: a) ao aluno do curso noturno ou diurno que comprove exercer atividade profissional remunerada ou jornada superior a 6 horas, mediante a apresentao de carteira profissional ou funcional devidamente assinada ou atestados de trabalho com firma reconhecida em cartrio; b) ao aluno maior de 30 anos; c) ao aluno que esteja prestando servio militar; d) aos alunos doentes, mediante laudo do mdico; e) ao aluno do curso de ps graduao; f) a aluna que tenha prole. E o Decreto-Lei n 1044/69 estabelece os casos em que podem ser dispensados os alunos portadores de deficincia e que necessitam de tratamento especial. A legislao federal que promovia a dispensa dos alunos que trabalham seis horas dirias ou mais praticamente esvaziou a Educao Fsica no noturno. Seus pressupostos so questionveis porque vinculam a rea a um suposto gasto energtico que os alunos, j exaustos pelo trabalho, no teriam condies de suportar. Tal concluso reflete uma concepo ultrapassada de Educao Fsica, baseada em parmetros energticos e fisiolgicos, e desconhece a possibilidade da adequao de contedos e estratgias s caractersticas e necessidades dos alunos dos cursos noturnos que trabalham, bem como a incluso de contedos especficos (por exemplo, aspectos ergonmicos dos movimentos e posturas de trabalho, exerccios de relaxamento e compensao muscular, etc.), (CEE/97). O trabalho conduzido por Galvo (1993) procurou analisar a opinio apenas dos alunos do ensino fundamental que haviam solicitado dispensa (trabalho e sade) das aulas de Educao Fsica. Das trs escolas consultadas no ano de 1992, n=935 alunos, 140 solicitaram dispensa, perfazendo um total de 17%. Os resultados indicaram que a maioria dos alunos (78%) entrevistados acreditam que a Educao Fsica na escola no cumpre o seu papel porque transmite pouco ou nenhum conhecimento, o que estimulava os alunos a requisitarem dispensa. Alm disso, 42% dos alunos afirmaram que se afastavam das aulas porque elas eram sempre iguais, sem continuidade, e 50% dos alunos reclamaram que os seus professores privilegiavam os alunos mais habilidosos. Gambini (1995) tambm procurou verificar a opinio dos alunos dispensados, s que dos alunos do ensino mdio sobre a prtica da Educao Fsica na escola. Os resultados mostraram que a maioria dos alunos no participa das aulas e pede dispensa por motivos de trabalho; em seguida, os alunos apontam para a falta de material e o desinteresse dos professores; a minoria afirma se afastar das aulas por problemas de sade. Entre estes alunos (dispensados) 37,5% realizam atividade fsica em clubes ou academias. Um outro resultado desta pesquisa chama ateno. 93% dos alunos dispensados afirmaram que retornariam as aulas caso elas fossem realizadas no mesmo perodo das demais disciplinas. Santos (1996) tambm procurou conhecer as razes pelas quais alguns alunos do curso de graduao em Educao Fsica, paradoxalmente, pediram dispensa das aulas de Educao Fsica durante o ensino mdio. Os resultados mostraram que estes alunos requisitavam dispensa por diferentes razes; participavam de equipes de

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144 _________________________________________________________________________________________________________ treinamento, no gostavam da aula e do professor, pela distncia da escola e outros.5 So dados alarmantes que mostram a ineficincia do ensino formal em manter a motivao dos alunos. O descontentamento pelas aulas ocorre na opinio dos alunos porque as aulas deveriam ser diferentes e necessitam de variaes (msica, outros esportes, etc.). No presente estudo foram levantados dados em 20 escolas do ensino mdio, da regio de Campinas. Os resultados mostraram que h um total de 6% de alunos dispensados. Os dados foram coletados no ano de 1997, logo aps a Secretaria Estadual de Educao apoiar o retorno da Educao Fsica para o mesmo perodo das demais disciplinas. Ao invs de apresentarmos concluses, ou consideraes finais, gostaramos de elencar algumas caractersticas e sugestes resultantes dos apontamentos que realizamos no decorrer deste estudo para o trabalho sistematizado da Educao Fsica no ensino mdio: - Expressiva evaso dos alunos do diurno e do noturno amparados pelas leis federais que, baseada no princpio de adequar estudo e trabalho permitiu ao estudante trabalhador a dispensa das aulas; - Desvalorizao do componente curricular perante as demais disciplinas, principalmente, em face ao vestibular e a facilidade dos pedidos de dispensa; - A colocao freqente da Educao Fsica fora do perodo das demais disciplinas, dificultando a frequncia dos alunos s aulas; - As aulas no ensino mdio so quase sempre uma repetio mecnica dos programas de Educao Fsica do ensino fundamental. Em geral no apresentam caractersticas prprias e inovadoras, que considerem a nova fase vivenciada pelos alunos. - Os alunos, na sua grande maioria, tiveram poucas experincias em relao prtica da Educao Fsica, e estas experincias em geral, no foram marcadas pelo sucesso e prazer, e assim quando requisitado para a prtica o discurso do aluno do no gostar, ou ela no ser importante. - As propostas apresentadas perpassam as diferentes tendncias pedaggicas da Educao Fsica Brasileira; esportivista, desenvolvimentista, construtivista, crticosuperadora e biolgica. - Uma das propostas possveis para este nvel de ensino refere-se a concepo de planejamento participativo e a implementao de propostas que abordem tambm as danas, os jogos, as ginsticas, sempre procurando ampliar o leque de opes com a inteno de incluir o maior nmero de alunos. - H como proposta a incluso de conhecimentos tericos, porm, os professores ressentem-se de material didtico disponvel na rea para atender tal objetivo. - Deficincia na formao inicial e continuada dos professores que trabalham com este nvel de ensino.

ABSTRACT PHYSICAL EDUCATION IN HIGH SCHOOL TEACHING: REFLECTIONS AND ACTIONS


The present study tried to analyze some aspects concerning the teaching of Physical Education in secondary schools; the schedule of the discipline in the curriculum of the school, the difficulties faced by the teachers and the requests of dismissals of the classes. To reach such purposes, 30 teachers of the interior of the State of So Paulo were consulted through a questionnaire. The results of this study showed that the teachers understand that Physical Education should be conducted in the same period as the other disciplines because it facilitates the democratization of the students' access and that the teachers' largest difficulties reside in the lack of interest and skill of high school students for the discipline. These results allow the conclusion that the teachers of Physical Education still reflect the point of view that the maximum development of the discipline is linked to sports. UNITERMS: Teacher's difficulties, school, Adherence of physical education classes.

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5 Com a aprovao da nova LDB (9394/96) ficam revogadas as disposies anteriores, inclusive os casos de dispensas. Ainda no h uma regulamentao especfica a este respeito.

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