Heráclito e Parmênides
Heráclito e Parmênides
Heráclito e Parmênides
Nesse trabalho discutiremos as diferenas entre Parmnides e Herclito, seus conceitos, suas diferenas, especialmente seus pensamentos mais significativos e populares. Tais como as constantes modificaes de Herclito e o ser perfeito de Parmnides Herclito procura explicar o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento. Ele afirma a estrutura contraditria e dinmica do real. Para ele, tudo est em constante modificao. Da sua frase "No nos banhamos duas vezes no mesmo rio", j que nem o rio nem quem nele se banha so os mesmos em dois momentos diferentes da existncia. Parmnides, ao contrrio, diz que o ser unidade e imobilidade e que a mutao no passa de aparncia. Para Parmnides, o ser ainda completo, eterno e perfeito. Herclito e Parmnides: o surgimento da filosofia entre o ser e o vir-a-ser
PARMNIDES
Conta-se que Parmnides certa vez disse a respeito de Herclito: "Fora com os homens que nada sabem e parecem ter duas cabeas! Junto deles est tudo, tambm seu pensamento, em fluxo. Eles admiram as coisas perenemente mas precisam ser to surdos quanto cegos para misturarem assim os contrrios!". De fato, enquanto um se baseava na lenta e dolorosa escalada da lgica pura, e outro muitas vezes parecia estar guiado pela intuio e at por um misticismo confuso, era natural que no apenas discordassem, mas que se desenvolvessem nimos entre eles. No entanto, esse conflito nos fundamental, pois teria sido o primeiro choque de idias que ainda hoje encontra fora e significado; afastando-se lentamente da Filosofia da Natureza e do misticismo de Pitgoras, Heraclito e Parmnides comeam a desbravar um territrio que ainda hoje nos assombra - o estudo dos seres e dos no - seres. Ao questionar o que eles so, at que ponto eles so vlidos e reais, ponto de divergncia entre os dois, o que , como ocorre e se ocorre o vir -a- ser (isto , no ser ento tornar-se) eles partem para um estudo mais aprofundado da realidade alm de onde a cincia ou qualquer outra rea do conhecimento com a exceo da filosofia alcanam. Parmnides nasceu em Elia na Itlia, por volta de 530 a. c. Sua filosofia, dita Eleata, contrasta-se com a de Herclito, dita Jnica, por seu tom cinza, frio e penetrante, mostrando um processo lgico de passos lentos, porm firmes; a filosofia de Parmnides pode ser dividida em duas fases, que servem inclusive para dividir o pensamento pr- socrtico; em sua primeira fase, o pensamento de Parmnides feito a partir de um sistema fsico- filosfico; quando ele parte, no entanto, para a teoria do Ser, ele marca a diviso entre um pensamento anaximndrico e o pensamento parmendico. Nos interessa, logicamente, apenas a segunda parte, onde se concentra o que h de inovador em sua filosofia;
O primeiro passo tomado por Parmnides tentar ordenar a realidade; para isso, faz uso de duas classes; aquelas que so, e aquelas que no so- ao observar a luz e a escurido, por exemplo, observou que a escurido nada mais era que a negao as luz; como uma qualidade negativa; a partir da partiu para outros pares de opostos, leve e pesado, sutil e denso, passivo e ativo, terra e fogo, frio e quente, etc. Parmnides relacionava uma das caractersticas luz, ou positiva, e a sua oposta, escurido, ou negativa; depois que passou a denomin-las, simplesmente, "ser" (positiva) e no-ser (negativa) , e postula tambm, que "O Ser , e o No-Ser no ". Nessa seleo dos opostos, em vrios momentos evidencia-se a disposio para um pensamento lgico livre de intuies sem fundamentos, uma caracterstica que, alis, marca Parmnides. Parmnides estava, ento, diante de um grande problema; ele precisava explicar como ocorre o movimento, ou o vir-a-ser (ou seja, a mudana; um no- ser que se torna ser, ou um ser que se torna no-ser). Foi ento que Parmnides fez uma constatao sem precedente- ao decidir por seguir a lgica, somente a lgica, Parmnides descobriu que no sabia de nada com certeza- livre de certezas intuitivas, no fosse questionvel, nada que fosse realmente claro e certo. Assim, Parmnides partiu em uma busca por um pensamento fundamental, algo que fosse evidente em si. Em Parmnides, esse pensamento se manifestou como o Princpio da Identidade - "o que , ", ou seja, "n" igual a "n", e somente igual a "n" - se "n" for igual a "a", ento nada mais pode ser do que "n" (voc no pode ser igual e diferente ao mesmo tempo). Isso parecia ser to bvio e to evidente que parecia ilgico que no fosse verdade. Aqui entram as complicaes de Parmnides- diante do Ser e do No-Ser, e da Identidade, ele no podia enxergar um caminho para que ocorresse o vir-a - ser O Ser , e o No- ser no , pensava Parmnides: como pode-se dizer que "algo era", ou "algo ser"? o ser no pode vir do no- ser, pois o no- ser, o nada e nada pode surgir do nada; e se viesse do Ser, o que seria isso seno a criao de si mesmo? O perecimento- o deixar de ser- tambm sofre do mesmo problema. Nesse momento, Parmnides marcha para sua concluso final- no h mudana, e, portanto, no h distino entre seres e no- seres. O homem que criticara Herclito por sua cegueira e surdez agora tinha como palavra de ordem a negao do que os "sentidos mentirosos" lhe mostravam- o Ser Uno, um nico grande Ser eterno que jamais se altera e a qual tudo, Seres e No -Seres, so apenas iluses de si mesmo. possvel observar tocantes semelhantes de Parmnides e outros eleatas como Xenfanes com o Hindusmo, e at mesmo com correntes de pensamentos que florescem em nosso tempo; e, embora vrias crticas possam ser feitas a Parmnides, talvez a mais fundamental seja quanto a seu curso da lgica- hoje pensamos que a razo que deve se adequar realidade, e no o contrrio; assim, se a "lgica pura e bruta" diz que tudo uma iluso, ento a falha deve estar na lgica, e no no mundo. Parmnides desenvolveu tambm um profundo estudo do infinito, juntamente com seu discpulo Zeno (ou Zeno de Elia).
HERCLITO
Parmnides cai no repouso universal; j um fragmento dos escritos de Herclito diz: "Tudo flui e nada permanece; tudo se afasta e nada fica parado... Voc no
consegue se banhar duas vezes no mesmo rio, pois outras guas e ainda outras sempre vo fluindo... na mudana que as coisas acham repouso..." De fato, enquanto Parmnides duvida do vir-a-ser, Herclito faz deles um dos seus pontos de partida; dessa maneira, afirma que nada permanente, que tudo est em constante mutao, incessantemente; nesse ponto enxerga-se um paralelo curioso com o pensamento oriental, embora as civilizaes de onde surgiram conceitos to semelhantes ainda no tivessem entrado em contato com umas com as outras; a respeito de sua vida, Herclito nasceu em Efsios; conhecido por desprezar quase todos, seno todos, os pensadores e poetas da sua poca, no teve mestre, dizendo na adolescncia que "no sabia nada", e, na idade adulta, que "sabia tudo". Herclito, em seu comportamento anti-social, resolveu se afastar da cidade e habitar os campos, se alimentando apenas de ervas, o que lhe trouxe hidropisia, que acabou lhe matando. Conta-se que teria retornado a Efsios e perguntado se seria possvel cur-lo esvaziando seus intestinos; como diziam que no, dizem que deitou em praa pblica e deu o comando que lhe cobrissem de esterco, para que o calor fizesse evaporar a gua que tanto lhe atormentava; tendo ento morrido por sob uma pilha de esterco, alguns dizem que teria sido sepultado na prpria praa pblica, enquanto outros dizem que ele teria sido devorado pelos cachorros que ali passavam. Herclito foi tambm conhecido por Skoteins, que quer dizer "O Obscuro"- de fato, seus pensamentos muitas vezes parecem contraditrios e sem sentido, e apesar de seu amor declarado por Lgos (a lgica, a razo) ele no parece disposto a se utilizar to exclusivamente dela, como Parmnides, mesmo que seus pensamentos a respeito da lgica tenham sido de fundamental importncia para grandes pensadores como Aristteles e Hegel. Herclito declara que tudo est em mutao, mas apenas o que permanece - e o que permanece, seno a prpria mudana? Assim, ele denomina como Lgos essa lei universal da mudana- o modo com que as coisas mudam- e ainda: "Todos fazemos e dizemos segundo a participao do Lgos. Por isso devemos seguir apenas a este entendimento universal. Muitos, porm, vivem como se tivessem um entendimento prprio; o entendimento, porm, no outra coisa que a interpretao (o tomar conscincia, a exposio, a convico) dos modos da ordenao do todo. Por isso, na medida em que tomamos no saber dele, estamos na verdade; mas, na medida em que temos coisas particulares (prprias) , estamos na iluso" Herclito tambm parte da diviso do universo entre dois plos, "Seres" e "No-Seres", e, tambm, enxerga a unidade entre eles. No entanto, enquanto a unidade de Parmnides idntica e imutvel, a de Herclito "tensionada entre dois plos"; assim, mesmo que o Ser e o No- Ser sejam parte e coabitem o mesmo, e, como diz em suas obscuras palavras, "O ser to pouco como o no- ser; o devir e tambm no ", mesmo apesar de tudo isso, no quer dizer que voc possa descart-los como simples iluso. Dessa maneira, enquanto os eleatas mergulham fundo em busca da essncia verdadeira, daquilo que factualmente existe, Herclito faz uso de uma representao, o que, no se pode negar, um avano considervel. A partir dessa nova viso dos pares de opostos Herclito cria idias interessantes a partir de pares como "o todo e a parte", "o que se une e o que se ope"; dessa idia de que os plos sejam simples abstraes e habitem o mesmo, conclui que, em suas prprias palavras, "O Um, diferenciado de si mesmo, unese consigo mesmo, como a harmonia do arco e da lira". Essa harmonia seria Lgos, a razo, que une os opostos em sons consoantes; como a composio grega horizontal e
no vertical, por harmonia entende-se a maneira como sons tocados em sequncia equilibram-se entre si; da a metfora torna-se perfeita, como mudana. Herclito tambm teve uma participao marcante juntamente dos jnicos, voltando-se novamente aos modelos fsico- filosficos; e nesse ponto a partir de diferentes fontes encontra-se diferentes vises a respeito de qual seria a essncia ontolgica; essas aparentes contradies parecem ruir, pelo outro lado, quando se lembra que nada era permanente para Herclito (seno Lgos, a mudana em si) , e que ele parece estar mais preocupado com determinar o ciclo de mudanas e a maneira como esta ocorre- e da a indicao do tempo como uma das essncias ontolgicas. Mesmo assim, ele acende e se apaga. De um lado, um mundo em repouso, onde tudo que se movimenta iluso, nascida da lgica; pelo outro lado, um mundo onde tudo movimentado, onde as coisas nascem mas, nas palavras de Buda, "Voc deveria saber que todas as coisas nesse mundo so efmeras- unir-se significa inevitavelmente separar-se. No se entristea, pois tal a natureza da vida", uma viso gerada pela razo, mas tambm por um recm-nascido mtodo especulativo, baseado em como Lgos alcana a mente humana, e, no fundo, muitos traos se intuio e misticismo, condenveis no ao pensador, mas ao ser humano por trs dele. E assim nascia a Filosofia.
Livro II A antinomia ser-devir de Herclito e os eleatas Resumo 31/01/2009
Livro II A antinomia ser-devir de Herclito e os eleatas (550 a 450 AC) 1 Explicao dinmica: Os princpios do movimento so intrnsecos as coisas; existncia de elementos qualitativamente diferentes. 1.a Herclito de feso (535 a 465 AC): O princpio o fogo, vivo, inteligente e divino (Logos); panta rhei tudo corre, tudo flui- ; polemos pater panton o conflito o pai de todas as coisas. 2 Explicao esttica e unitria: Princpio meramente formal; racionalismo extremo; monismo abstrato: 2.a Xenfanes (570 a 480 AC): o telogo da escola; ensina um monismo incompleto porque admite algum devir e multiplicidade e imutabilidade de Deus. Rechaa a transmigrao das almas. 2.b Parmnides (540 AC): o metafsico da escola; ensina um monismo rigoroso pois nega todo devir e multiplicidade; formula o princpio do racionalismo ser e pensar o mesmo. 2.c Zeno (520 AC): o dialtico da escola; estabelece as aporias dialticas dificuldade ou dvida racional decorrente de uma impossibilidade objetiva na obteno de uma resposta ou concluso para uma determinada indagao filosfica; Paradoxos de Zeno. Ser e devir: as diferenas entre Herclito e Parmnides
Devir ( Herclito de Efeso) e Ser (Parmnides), so conceitos distintos e opostos que desafiam a sntese da verdade, pois para Herclito o devir constante a realidade, a harmonia que nasce dos opostos em equilbrio, origina o Ser. Parmnides defende a idia de que o Ser, a nica realidade,usando o princpio da no contradio, onde ele imutvel, imvel, e fixo. Herclito com seu pensamento lgico, chegou a concluso que, do dinamismo do movimento, surge atravs da fora dos contrrios que em si mesmo: "transmudando repousa" ( frag.84). Para ele o universo est sempre em movimento, nada permanece, tudo muda, tudo flui. Com esta afirmao ele torna impossvel o conhecimento, pois o objeto e sujeito deixam de existir, o ser no existe, mas vem a ser, quando encontra o seu contrrio: "O contrrio convergente e do divergente nasce a mais bela harmonia, e tudo segundo a discrdia" (frag 8) Sua teoria,dos contrrios, a primeira vista parece conflitante, mas so partes fundamentais de um contexto, e ele expressa isto magnificamente, quando afirma que "o bem e o mal so uma nica coisa. Com Herclito,pela primeira vez a pesquisa filosfica alcana a clareza da sua natureza e de seus pressupostos, ele verdadeiramente o filsofo da pesquisa. Parmnides foi o primeiro a expor suas ideias em forma de poema, Da Natureza, a primeira parte " O caminho da Verdade",( altheia) contm a lgica de sua doutrina, onde ele afirma" que ," pois o que no , no pode nem mesmo ser imaginado ,pois no pode se imaginar o nada"(frag.8) E a segunda parte ele trata da doxa," uma vez que os sentidos, ao contrrio, se detm na aparncia e pretendem testemunhar-nos o nascer, o perecer, o mudar das coisas, ou seja ao mesmo tempo o seu ser e o seu noser. - Na via da aparncia como se os homens tivessem duas cabeas," Para Parmenides um caminho que o homem no deve seguir, pois no o caminho da razo, o caminho da opinio,caminho da iluso. Parmnides e Herclito, foram grandes filsofos da era pr-socrtica, e antagnicos em suas doutrinas, deixaram um grande legado para a humanidade. Parmnides classificava as qualidades em duplas, luz e escurido, positiva e negativa, (ser e no ser) onde sempre a primeira era a negao da segunda. Ser e no ser, com esta teoria ele deu incio ao pensamento metafsico. Para Herclito, tudo estava em constante mudana,Parmnides ao contrrio afirmava toda a imobilidade do Ser. Do movimento constante de Herclito e das particulas imutveis de Parmnides, Plato e os atomistas, desenvolvera uma sintese desses dois pontos de vista. Hegel iniciou sua a dialtica a partir desses pensamentos. Por: Neusa Maria da Silva - Professora de Filosofia Biliografia: Abbaganano, Nicola. Histria da Filosfia Vol. 1, 2 ed., So Paulo editora Presena Bertand,Russell. Histria do Pensamento Ocidental 5 ed. Rio de Janeiro,Editora Ediouro Os Pr Socrticos: fragmentos , doxografia e comentrios. 2ed. So Paulo:Abril Cultural,1978 - Coleo Os Pensadores Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/ser-e-devir-as-diferencas-entreheraclito-e-parmenides/91830/#ixzz2JqIW5S5d
Herclito
Herclito nasceu em feso, cidade da Jnia, de famlia nobre. Desprezava a plebe. Recusou-se intervir na poltica. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filsofos de seu tempo e at contra a religio. Herclito escreveu um livro Sobre a Natureza, ele recebeu o nome de "o obscuro". E considerado o mais eminente pensador pr-socrtico. O principio universal de Herclito que: tudo se move e que nada permanece esttico. Panta Rhei, sua "mxima", significa " tudo flui" , tudo se move, exceto o prprio movimento. A designao mais exata que podemos usar o devir. Ele exemplifica dizendo que, no podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque ao entrarmos pela segunda vez, no sero as mesmas guas que l estaro, e a prpria pessoa j ser diferente. Mas a doutrina de Herclito vai alm. O devir, a mudana que acontece em todas as coisas, sempre uma alternncia entre os contrrios: coisas quentes esfriam e coisas frias esquentam, etc. A realidade acontece ento, no em uma das alternativas, que so apenas partes da realidade, e sim mudanas, ou como ele chama, guerra dos opostos. Tal guerra que permite a harmonia e mesmo a paz, j que assim os contrrios passam a existir: a doena faz da sade algo agradvel e bom, ou seja, se no existisse a doena no teria porque valorizar a sade. Herclito como um dos pr-socrticos definiu uma arch, um principio de todas as coisas: o fogo. Para ele "todas as coisas so uma troca de fogo, e o fogo uma troca de todas as coisas", ou seja, todas as coisas se transformam em fogo, e o fogo se transforma em todas as coisas.Para Parmnides o fogo definitivamente o elemento primordial.
Parmnides
Parmnides de Elia (530-460 a.C.), deixou suas idias em um poema Sobre a Natureza. Existem trs vias de investigao que Parmnides nos apresenta, as quais so: Caminho da Verdade, Caminho da Opinio e o Caminho da Opinio Plausvel. Primeiramente iremos estudar a filosofia de Parmnides de maneira geral, e em seguida, estudaremos separadamente os trs caminhos de investigao apresentados por Parmnides. Parmnides ele afirma que o ser ; e de maneira muito simples ele justifica essa afirmao.Ele diz que "tudo aquilo que algum pensa e diz . No se pode pensar seno pensando aquilo que . Pensar o nada significa no pensar absolutamente, e o dizer o nada significa no dizer nada. Portanto o nada impensvel e indizvel". (REALE, 1990, 51). Parmnides tambm atribui ao ser algumas caractersticas: ele eterno, imutvel, uno incorruptvel, incorruptvel e indivisvel. Parmnides afirma que o ser no
pode ser gerado, nem corrompido, pois se ele for gerado, existir dois seres, o que impossvel para Parmnides pois, ele diz que o ser , logo no pode ser criado. Ele tambm afirma que o ser no poder se corruptvel, pois se o ser se corromper significa que ele finito, logo ele morrer. Com isso o ser ter que nascer , contradizendo assim a afirmao anterior. Parmnides tem como principio de sua filosofia a ontologia, que o estudo do ser enquanto ser. A partir do momento que Parmnides deixa de estudar a phsis, enquanto uma causa de origem, e passa a estudar o ser enquanto ser, ele rompe com os demais pr-socrticos, e passa de cosmologia para a ontologia. Parmnides tambm enfrentou um grande problema, os mortais no conseguiram compreender a sua filosofia; no compreenderam que os opostos deveriam ser pensados e includos como unidade superior do ser.
O Caminho da Verdade: O ser
Parmnides indica que na via da verdade, o homem se deixa conduzir apenas pela razo. Nessa primeira via, ele afirma o principio ontolgico da identidade. Este princpio pode assumir a formulao: o ser , e o no ser no . S por meio da razo, possvel desvelar a verdade e a certeza. Atravs desta afirmao o homem pode evidenciar que: o que ; e o que no pode deixar de ser. Na segunda afirmao, o principio evidenciado o da imutabilidade. O ser demonstrado com todo rigor lgico: o que , sendo o que , tem que ser nico, "alm do que" s existiria, se fosse possvel o diferente dele: o que no . O qual seria absurdo afirmarmos, pois assim estaramos atribuindo a existncia do no-ser. Parmnides diz que, ao se comprometer com a via da verdade, o homem sbio perceber que h indcios sobre o que o ser. O ser , portanto, alheio a todo devir, est alm de toda gerao e corrupo, uno e continuo, indivisvel, igual ao todo, no pode ser mais o menos que ele mesmo. O ser imvel; o ser perfeito. Em Parmnides, o um o todo, e o todo um. Se existissem dois todos, um limitaria a abrangncia do outro. Como o ser infinito, ilimitado, s pode ser um. Historicamente, Parmnides extraiu a noo de unidade das cosmogonias precedentes, tanto mtica quanto filosfica, mas elaborou sua maneira. Parmnides tirou desses princpios cosmognicos seu rigor lgico que centraliza na noo de unidade. Diante de tudo, Parmnides optou pela unidade, pelo absoluto, pelo ser, rejeitando tudo que se pudesse se contrapor. O Caminho da Opinio: Pensar x Perceber Percebe-se que, para Parmnides no existe ilimitada possibilidade de investigao, h poucos requisitos a se levar em conta que para o conhecimento da verdade. Alm desse caminho apenas resta a via da opinio, e a via do engano, da qual ele nos manda afastar o pensamento, pois no se chega verdade permanente no nvel da opinio.
Parmnides foi o primeiro filsofo a afirmar que o mundo percebido por nossos sentidos um mundo ilusrio, de aparncias. Ele tambm foi o primeiro a contrapor a esse mundo mutvel. A aparncia sensvel das coisas da natureza no possui a realidade. Parmnides foi o primeiro a contrapor o ser ao no ser, concluindo que o no-ser no . Parmnides afirmava era a diferena entre pensar e perceber. Perceber ver as aparncias. Pensar contemplar o ser. Assim, multiplicidade, mudana, nascimento e perecimento so aparncias, iluses de sentido. O poema de Parmnides declara que: ser, pensar e dizer so uma coisa s. Essa a via da verdade "alethia". J a via da opinio no pode ser percorrida, porque no pode ser pensada e nem dita. Parmnides estabelece a identificao entre o que o ser,o que o pensar, e o que o dizer, de modo que, "o que ", o que pode ser pensado e dito; enquanto que o "que no ", no pode ser pensado e nem dito. O ser pode ser pensado e dito; o no-ser no pode ser pensado e nem dito. Nesse sentido o pensamento de Parmnides tornou a cosmologia impossvel, pois ao afirmar que o pensamento verdadeiro exige uma identidade a no-transformao e a no-contradio. Ele afirma que o ser no muda e no tem o que mudar, porque se mudasse deixaria de ser o que , tornando-se oposto a si mesmo - o no-ser. Mostrou que o ser uno e que o pensamento verdadeiro no admite a multiplicidade ou a pluralidade, no admitindo, portanto a cosmologia. Ao abandonar as idias de multiplicidade, de mudanas, de vir a ser e perecimento, sua filosofia deu uma virada radical, passando da cosmologia antologia. Caminho da Opinio Plausvel Este caminho - da opinio plausvel - deve dar conta do aspecto positivo, das aparncias sem contradizer o principio fundamental, de que o ser e o no-ser no podem ser admitidos juntos. A soluo seria a de que o mundo fsico o que se apresenta como noser nunca no-ser em absoluto, mas permeado pelo ser. Segundo Parmnides possvel ter a opinio plausvel, porque os opostos do ser e do no-ser no mundo visvel podem ser pensados como estando includos na unidade do ser -ambos so seres. Vamos tomar como exemplo a luz e a noite; com nenhum dos dois, segundo Parmnides est o nada. O mesmo acontece com a vida e a morte, pois tambm o cadver para Parmnides, vive. Essa tentativa foi feita por Parmnides para salvar os fenmenos. Se luz e noite; vida e morte; so ser, e o ser idntico, como considera Parmnides, ento elas devem ser idnticas, o mesmo se sucede com todos os opostos. Os fenmenos, assumidos no ser, precisavam ser igualados e imobilizados, como que petrificados pela fixidez do ser. Parmnides salva assim o ser, mas no parece ter tido a mesma sorte no esforo d salvar os fenmenos. Concluso Diante no que nos foi apresentado podemos concluir que, para Herclito tudo est em constante devir, ou seja, em constante movimento. E em Parmnides, temos a ontologia; o ser . Parmnides nos diz que o ser imutvel, no pode ser gerado; sendo assim, ele tambm afirma que no pode existir o vir-a-ser.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS CHAU, Marilena. Introduo histria da filosofia: dos pr-socrtico a Aristteles. Vol. I 2 ed.- So Paulo: Companhia das Letras, 2002. Pr-socrticos. Seleo de textos. Trad. Jos Cavalcante de Souza e outros. So Paulo: Nova Cultura, 2000. - (Col. Os Pensadores) REALE, Giovanni / ANTISERI, Dario. Histria da Filosofia: antiguidade e idade media. Vol. I. So Paulo: Paulus, 1990. LUCE, John Victor. Curso de Filosofia Grega. Trad. Mrio da Gama Kury. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,1994.
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Parmnides Vs Herclito Herclito reflete sobre a existncia do mundo e o sentido da vida humana, para ele a guerra a origem de tudo, o estado de natureza do mundo, a partir de tenses criadas pelos extremos, pelos contrrios que se gera a harmonia criadora de todas as coisas (Herclito com esse pensamento demonstra um principio dialtico). Em seu fragmento ele explicita isso: "De todas as coisas a guerra o pai, de todas as coisas senhor; a uns mostrou deuses, a outros, homens, de uns fez escravos, de outros livres". Para Herclito o ser esta sempre em transformao, o ser mutvel, ilimitado, mvel, criado. "Para os ventos, morte vem a ser gua, para a gua, morte vem a ser terra, mas da terra nasce gua, da gua, vento". Parmnides afirma que a experincia direta das coisas, sua separao, suas posies no levam a lugar algum, ele acredita que atravs do raciocnio uma coisa que no pode ser outra, o sol o sol, a terra a terra, logo Parmnides acredita que tudo que existe o ser. A concluso lgica disso que tudo que no existe o no-ser. Para Parmnides o ser imutvel, imvel, limitado, indestrutvel, esfrica, ou seja, livre de transformaes, diferentemente de Herclito que acreditava na transformao do ser. "O Ser que nem foi, nem ser, mas que , ao mesmo tempo, sem descontinuidade. Pois, que origem queres buscar-lhes? Como e de que teria crescido? Eu no te deixaria nem dizer ou pensar que do no-ser tenha surgido". Parmnides. Nesse fragmento Parmnides se ope as idias de Herclito afirmando que o ser no pode se transformar em outro ser, para ele um ser no poderia vir de outro, o no-ser nunca poderia se transformar em ser. "No mesmo rio entramos e no entramos, somos e no somos". Herclito. Herclito nesse fragmento demonstra sua idia de transformao, no apenas das coisas materiais, como as guas, mas do prprio homem, como um processo de evoluo.
Parmnides no partilha do mesmo pensamento, o homem nunca poder no ser (somos e no somos), o homem como nica realidade imutvel, perfeito, incriado. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/parmenides-vsheraclito/38176/#ixzz2JqJ1XZNc Doutrinas de Herclito e Parmnides Na Grcia, por volta dos sculos IV e V a.C surgem dois filsofos que chocam idias entre si. Diante de um contexto histrico, social e econmico, eles so fundadores de pensamentos que at hoje perduram na sociedade. Esses dois filsofos so Herclito e Parmnides. Herclito que nasceu em Samos teve o pensamento de que tudo que existe se transforma (devir) em algo. Partindo desse pressuposto, possvel concluir que Herclito acredita que o mundo est em constante transformao, pois para ele o Ser (o que existe) mvel (no est fixo). Existe um fragmento que sintetiza bem o seu pensamento: "Este mundo igual para todos, sempre ser um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagando-se constantemente". Essa idia de transformao tem grandes repercusses ao longo da histria (por seu carter revolucionrio), pois na primeira parte do fragmento ele cita que o mundo igual para todos, isso implica dizer que no mundo no pode haver nenhuma classe social submetida por outra. J Parmnides, pensador da escola Eletica, pensa no Ser enquanto Ser, negando que o Ser se transforma em outro Ser. Ele diz que o movimento de Herclito acredita impossvel, pois implicaria na passagem do No-Ser para o Ser. Parmnides tambm fala dos caminhos que o filosofo tem pra seguir: o da opinio e o da verdade. O caminho da opinio que se confunde com o da verdade e o da experincia sensvel das coisas o caminho do No-Ser, dominado pelo movimento. Esse caminho deve ser deixado de lado por no considerar o Ser enquanto Ser e sim o No-Ser pelo Ser. Para Parmnides o caminho que o filosofo deve seguir o da verdade, imutvel e perfeito. O caminho do Inteligvel, do Ser. atribudo a Parmnides o seguinte fragmento: "Nada nasce do nada, e nada do que existe se transforma em nada". D pra perceber nitidamente que ele nega a idia do movimento de Herclito. H a pregao do Ser como Uno. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/doutrinas-de-heraclito-eparmenides/38192/#ixzz2JqJjMoGX A aporia sobre o ser e o no-ser nos filsofos Herclito e Parmnides, e a soluo Aristotlica segundo o conceito de ato e potncia. Herclito e a filosofia do devir. O filsofo pr-socrtico Herclito descendeu de Androcles, fundador de feso, recusando posteriormente o governo da cidade para dedicar-se exclusivamente reflexo filosfica. Herclito caracterizava-se por seu temperamento altivo e solitrio, e desprezo em relao religio do vulgo. Herclito considerado o pai de todos os filsofos do devir, ou da mudana. Segundo Herclito, o que existe no o ser, mas o no-ser, ou o devir, pois nenhuma
realidade h, a no ser a mudana. Este princpio do no-ser , que evidencia-se pelos dados imediatos dos sentidos, consagrado pelo pensamento heraclitiano, pelas expresses: "tudo marcha", "tudo flui", "no h nada fixo". O universo, nas palavras atribudas Herclito, como um grande rio, no qual ningum pode banhar-se duas vezes neste mesmo rio, pois todas as coisas esto sob constante mutao. Diante deste princpio da filosofia de Herclito, surge o dilema, segundo o qual, admitir o ser, tornar impossvel a mudana, porque o que est sujeito a mudana, no poder vir nem do no-ser, tampouco do ser, o que leva Herclito a posicionar em favor dos dados dos sentidos, rejeitando a idia de ser, admitindo somente a mudana. Se todas as coisas esto sob transformao, ento, todas as coisas, no obstante a aparente diversidade dos fenmenos so estruturalmente idnticas, o que leva a implicao do monismo na filosofia de Herclito. Semelhantemente a todos os chamados prsocrticos, Herclito defendia como elemento primordial do cosmos, o fogo, elemento ao mesmo tempo mais sutil e mais ativo, caracterizado pela sua mobilidade incessante. Por mediao do fogo primordial, Herclito pretende explicar todas as coisas. Por uma espcie de evoluo, o fogo se transformava em ar, o ar em gua, a gua em terra, e ao mesmo tempo por um movimento inverso, a terra se transformava em gua, a gua em ar, e o ar em fogo. Todas as coisas do universo, tanto os seres individuais, como os diversos mundos, esto sujeitos a esta lei determinada, as quais reduzem-se a unidade para se expandirem na multiplicidade, que a evoluo levar novamente unidade. Esta evoluo reporta-se a todos os acontecimentos, no somente do mundo da natureza, mas tambm na vida humana e social; esta guerra cria a prpria sociedade pela sua oposio. A sucesso indefinida de mortes aparentes as quais so outros nascimentos, movimentos para cima e para baixo, segundo um logos interior feito de equivalncia e de compensaes. O logos , ou princpio racional do cosmos, na natureza, ou no devir, considerado por Herclito, o fogo divino vivo e primordial. o princpio soberano, impessoal e imanente do mundo, e uma fonte que sempre jorra a vida. Todas as coisas que se manifestam no mundo tm carter divino, constituindo o prprio mundo, uma pequena parcela deste fogo divino. No tocante a alma humana, a qual centelha do fogo primordial universal, possui apenas uma imortalidade impessoal, a qual emana do logos e para o logos tornar. Tal concepo Herclitiana parece implicar na primeira forma de pantesmo na histria da filosofia ocidental. Herclito, ao levar s ultimas conseqncias o princpio da mudana, afirma que o que , enquanto que , no , pelo motivo do devir, o que o faz negar o principio de identidade e, por conseguinte o intelecto. O logos, a prpria contradio, e identidade dos contrrios, cuja representao a imagem da guerra. Para Herclito, mergulha-se e no se mergulha no mesmo rio; existe-se e no se existe; a gua do mar a mais salobra e a mais pura; o bem e mal so o mesmo. Neste sentido Herclito nega a existncia de substncia , e concebe sua evoluo das coisas sob a cega direo do acaso, sem finalidade nem propsito.
Parmnides e a filosofia do ser Parmnides de Elia, (530 - 444), semelhantemente a Herclito, mas na essncia de seu pensamento, posicionando de forma diametralmente oposta, fixa seu princpio fundamental, e desenvolve todas as suas conseqncias. Para Parmnides a realidade o ser e somente o ser. Tudo depende do ser ou no- ser. O
no-ser no existe e de forma alguma pode vir a existir, logo, s o ser pode existir. O princpio fundamental para Parmnides a afirmao do objeto prprio do intelecto e da objetividade do seu valor, este princpio o princpio maior que orienta todo o conhecimento possvel, a saber, o de identidade e de no-contradio. Diferentemente do anti-intelectualismo de Herclito, o qual nega a inteligncia em favor dos dados dos sentidos, Parmnides afirma que o ser existe, e o no-ser no existe, e tal pensamento to necessrio que no se pode sair dele. Parmnides entra para a histria da filosofia como o filsofo relacionado ao mtodo a priori, o qual simplesmente intelectual, e ao desprezar o valor dos dados dos sentidos, deduz cinco conseqncias principais. A primeira o absoluto. O ser eterno, imvel, sem principio nem fim. De outra forma, caso tivesse um princpio, viria ou do ser ou do no-ser, e como do no-ser nada pode vir, da mesma forma que e o que existe no pode vir do que j existe. Logo a mudana constada por nossos sentidos impossvel e o ser tem de existir de forma absoluta e eterna. A segunda conseqncia a unidade. Para Parmnides, o ser ou a realidade nica, indivisvel e tambm homognea. Pela necessidade lgica de no existir fora do ser coisa alguma, que no pertena a realidade, no possvel encontrar meio algum, para que haja a multiplicao dos seres, ou mesmo a distino entre os seres, portanto para Parmnides o ser igual e nico em todos os seus aspectos. A terceira conseqncia a verdade. Para Parmnides o ser verdade e pensamento, pois o pensamento o mesmo que o ser. O pensamento, portanto, identifica-se com o prprio objeto do pensamento. E no possvel pensar de forma diferente, pelo que fora do ser nada existe que possa ser chamado de real. Segundo Parmnides, se o pensamento e a verdade so coisas reais, partindo-se da premissa de que o no-ser no , mas tudo ser, portanto, verdade e pensamento so o mesmo que o ser. Finalmente o ser ou a realidade em sua natureza plenamente perfeito. O ser possui em si de forma imutvel e indestrutvel todas as coisas da realidade, e se assim, possui todas as perfeies. O cosmos para Parmnides material, extenso, e o ser nico , eterno e tambm imvel. O ser uno e o todo, no qual no possvel gerao, nem movimento algum tampouco multiplicidade. Os dados dos sentidos so meras iluses sob a perspectiva da cincia, no obstante ser til na vida cotidiana. A soluo Aristotlica para a aporia de Herclito e Parmnides Para Aristteles, todas as coisas so em potncia e ato. Alguma coisa em potncia , sempre tende a ser outra, como a semente que potencialmente, uma rvore. Quando alguma coisa est em ato, est realizada em sua natureza, como por exemplo, a rvore que semente no estado de potncia. Escreve Aristteles no livro V da Metafsica : " Potncia significa o principio do movimento ou da mudana existente em alguma coisa existente em alguma coisa distinta da coisa mudada, ou nela enquanto outra. Por exemplo, a arte da construo uma potncia que esta ausente na coisa construda...Desta maneira,(entende-se que), potencia significa o princpio em geral da mudana e do movimento numa outra coisa, ou na mesma coisa enquanto outra;" Aristteles com a as concepo de ato e potncia deu cabo ao problema gerado pela anttese entre o ser , e o no-ser . Apesar as filosofias de Herclito e Parmnides
serem diferentes, ambos concebem o devir da mesma maneira, pois julgam que o fluxo dos seres, ou o movimento, se realiza como passagem de um ato a outro ato. A forma atual, para Aristteles a essncia de um ser, portanto, supor que o devir seja mudana de ato em ato, o mesmo que afirmar que a essncia muda, tornando-se outra coisa, ou que o ser se torne o que ele no , logo, o movimento, ou o devir, a mudana de um ser no seu no-ser, ou a passagem do ser ao no-ser e do no-ser ao ser. Segundo Aristteles, se um ato se transformasse noutro ato, ou uma forma se transformasse noutra forma, haveria uma contradio, o que seria o mesmo que afirmar que A A e NO-A, o que um absurdo. A passagem, portanto, de forma alguma feita de ato a ato ou de forma a forma, mas de potncia a ato, sendo a potncia aquilo que pertence forma por sua relao com a matria, comparvel com ela e no a destri, mas a concretiza. Para o Areopagita, o devir racional, pelo fato de seu ncleo, que a potncia e no a forma, como de maneira equivocada acreditaram e defenderam os filsofos pr-socrticos Herclito e Parmnides. O devir, portanto, causado pela matria como potencialidade ou possibilidade de formas que se desenvolvem e se manifestam no tempo. A forma materializada ato que conserva potncia em seu interior. Bibliografia: Thonnard, F.J. Compendio de histria da filosofia. Sociedade So Joo Evangelista, 1953. Chaui, Marilena.Introduo a histria da filosofia, dos pr-socrticos Aristteles. Companhia das Letras, 2004. Maritain, Jaques. Elementos de filosofia - introduo geral filosofia. Agir,1994 Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/a-aporia-sobre-o-ser-e-o-nao-ser-nosfilosofos-heraclito-e-parmenides-e-a-solucao-aristotelica-segundo-o-conceito-de-ato-epotencia/55340/#ixzz2JqK5FU4z