7 Manuall ANA Conservacao Reuso Agua
7 Manuall ANA Conservacao Reuso Agua
7 Manuall ANA Conservacao Reuso Agua
E
REÚSO DE ÁGUA
Manual de Orientações
para o Setor Industrial
Volume 1
CONSERVAÇÃO
E
REÚSO DE ÁGUA
Manual de Orientações
para o Setor Industrial
Volume 1
5
No que se refere ao uso racional da água nas plantas industriais, será preciso inves-
tir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, na implantação de sistemas de trata-
mento avançado de efluentes, em sistemas de conservação, em redução de perdas e no
reúso da água. Isto levará a significativos ganhos ambientais, sociais e econômicos.
Acreditamos ser este o nosso grande desafio: garantir que a sociedade possa con-
tinuar desfrutando de toda a qualidade de vida que a indústria pode oferecer, pela uti-
lização da melhor tecnologia e pela incorporação dos cuidados necessários para a
preservação do meio ambiente. Esta é mais uma contribuição da Fiesp/Ciesp para o
crescimento sustentado da indústria, em harmonia com o meio ambiente e oferecendo
crescente geração de empregos qualificados.
O novo arcabouço legal, tendo por objetivo garantir água na quantidade e qualida-
de necessárias para a atual e futura gerações, introduziu como um de seus principais ins-
trumentos a cobrança pelo uso da água.
Esta situação tem conduzido muitas indústrias à busca por um novo modelo para o
gerenciamento da água em seus processos, considerando novas opções e soluções que
impliquem em autonomia no abastecimento de água e racionalização no seu consumo,
onde o reúso se torna não apenas uma forma de garantir seu crescimento, mas até
mesmo uma questão de sobrevivência.
Pretende, outrossim, ser apenas a primeira de uma série, cujos volumes futuros de-
verão ser específicos para os principais segmentos industriais que utilizam este precio-
so insumo de forma mais intensiva, tais como o de papel e celulose, siderúrgico, quími-
co, petroquímico, construção civil, alimentos e bebidas, dentre outros.
Jerson Kelman
Diretor-Presidente
Agência Nacional de Águas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................15
2. OBJETIVOS........................................................................................................19
3. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS ......................................................................21
4. IMPORTÂNCIA DA CONSERVAÇÃO E REÚSO DA ÁGUA.............................23
4.1. Os Principais Usos da Água na Indústria........................................23
4.2. Requisitos de Qualidade da Água ...................................................26
4.3. Indicadores de Consumo de Água das Indústrias .........................29
5. PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA ...............................30
5.1. Conceituação .....................................................................................30
5.2. Benefícios Esperados........................................................................31
5.3 Condicionantes ..................................................................................31
5.4. Sistema de Gestão da Água.............................................................32
5.5. Responsabilidades do Gestor da Água ...........................................33
6. ASPECTOS LEGAIS DA CONSERVAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA .....................35
6.1. Introdução ..........................................................................................35
6.2. Outorga pelo Uso da Água...............................................................35
6.3. Cobrança pelo Uso da Água ............................................................36
7. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA
DE CONSERVAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA .......................................................38
7.1. Introdução ..........................................................................................38
7.2. ETAPA 1: Avaliação Técnica Preliminar ............................................39
7.2.1. Análise Documental ..........................................................................39
7.2.2. Levantamento de Campo .................................................................40
7.2.3. Produtos .............................................................................................41
7.3. ETAPA 2: Avaliação da Demanda de Água......................................43
7.3.1. Perdas Físicas ....................................................................................44
7.3.2. Adequação de Processos..................................................................44
7.3.3. Adequação de Equipamentos e Componentes ..............................46
7.3.4. Controle da Pressão do Sistema Hidráulico ...................................46
7.3.5. Avaliação dos Graus de Qualidade da Água ..................................46
7.3.6. Produtos .............................................................................................47
7.4. ETAPA 3: Avaliação da Oferta de Água ...........................................47
7.4.1. Concessionária ..................................................................................48
ANEXOS
Anexo I:Necessidade de Água por Algumas Indústrias no Mundo ..................69
Anexo II:Aspectos Tecnológicos da Conservação e Reúso de Água .................69
15
1. INTRODUÇÃO
No caso do reúso macro interno é preciso ter consciência que ele não substitui inte-
gralmente a necessidade de água de uma planta industrial, pois existem limitações de
ordem técnica, operacional e ambiental que restringem a utilização de sistemas de cir-
cuito fechado.
Além disso, o reúso macro interno deve ser realizado após uma avaliação integrada do
uso da água na fábrica, a qual deve estar contemplada no Programa de Conservação e
Reúso de Água (PCRA). É importante ter em mente que antes de se pensar no reúso de
efluentes da própria empresa, é preciso implantar medidas para a otimização do consumo
e redução de perdas e desperdícios, além de programas de conscientização e treinamento.
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS:
• Redução do lançamento de efluentes industriais em cursos d´água, possibilitando
melhorar a qualidade das águas interiores das regiões mais industrializadas do Estado
de São Paulo.
• Redução da captação de águas superficiais e subterrâneas, possibilitando uma situação
ecológica mais equilibrada.
• Aumento da disponibilidade de água para usos mais exigentes, como abastecimento
público, hospitalar, etc.
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS:
• Conformidade ambiental em relação a padrões e normas ambientais estabelecidos, pos-
sibilitando melhor inserção dos produtos brasileiros nos mercados internacionais;
• Mudanças nos padrões de produção e consumo;
• Redução dos custos de produção;
• Aumento da competitividade do setor;
• Habilitação para receber incentivos e coeficientes redutores dos fatores da cobrança
pelo uso da água.
BENEFÍCIOS SOCIAIS:
• Ampliação da oportunidade de negócios para as empresas fornecedoras de serviços e
equipamentos, e em toda a cadeia produtiva;
• Ampliação na geração de empregos diretos e indiretos;
• Melhoria da imagem do setor produtivo junto à sociedade, com reconhecimento de
empresas socialmente responsáveis.
2. OBJETIVOS
A Conservação de Água (uso racional) pode ser definida como as práticas, técnicas
e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiência do seu uso. Conservar água signifi-
ca atuar de maneira sistêmica na demanda e na oferta de água.Ampliar a eficiência do uso
da água representa, de forma direta, aumento da disponibilidade para os demais usuários,
flexibilizando os suprimentos existentes para outros fins, bem como atendendo ao cres-
cimento populacional, à implantação de novas indústrias e à preservação e conservação
do meio ambiente.Assim sendo, as iniciativas de racionalização do uso e de reúso de água
se constituem em elementos fundamentais em qualquer iniciativa de conservação.
A série Conservação e Reúso de Água objetiva constituir-se em base referencial
sobre a conservação e o reúso de água, sendo que este primeiro volume da série, abor-
da informações básicas e de caráter geral para o setor industrial, devendo serem desen-
volvidos manuais específicos para os diferentes segmentos do setor.
É neste contexto que se insere o presente Manual, desenvolvido para orientar a
implantação de Programas de Conservação e Reúso de Água na indústria por meio da sis-
tematização de um plano de ações e estabelecimento de um Sistema de Gestão da Água.
O desenvolvimento efetivo de um Programa de Conservação e Reúso de Água exige
que sejam considerados os aspectos legais, institucionais, técnicos e econômicos, relati-
vos ao consumo de água e lançamento de efluentes, às técnicas de tratamento disponí-
veis e ao potencial de reúso dos efluentes, além do aproveitamento de fontes alternati-
vas de abastecimento de água.
O principal objetivo deste Manual é apresentar as etapas envolvidas na implantação
de um Programa de Conservação e Reúso de Água. Cada solução, entretanto, é específi-
ca e exclusiva em função das diversas atividades consumidoras, processos e procedimen-
tos envolvidos, sistema hidráulico instalado, arranjo arquitetônico, localização do
empreendimento e outros fatores intervenientes. Em cada caso deverão ser avaliados os
equipamentos e tecnologias mais apropriados, dentre as diversas opções existentes, res-
saltando- se que uma determinada configuração tecnológica pode ser excelente para
uma implantação específica e totalmente inadequada para outra.
Este Manual foi elaborado principalmente para as unidades industriais já implanta-
das e em operação. No caso de novas indústrias ou até mesmo a expansão das existen-
tes, recomenda-se fortemente que os vários projetos já sejam concebidos sob a ótica da
Conservação e do Reúso.
3. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
Definições:
Para as finalidades deste Manual, consideram-se as seguintes definições:
- Água de reúso: é a água residuária que se encontra dentro dos padrões exigidos para
sua utilização;
- Água residuária: é o esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indús-
trias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não;
- Água de qualidade inferior: águas não caracterizadas como água residuária, inade-
quadas para usos mais exigentes;
- Desperdício: utilização da água em quantidade superior à necessária para o desempe-
nho adequado da atividade consumidora;
- Esgoto ou efluente doméstico: despejo líquido resultante do uso da água para pre-
paração de alimentos, operações de lavagem e para satisfação de necessidades higiêni-
cas e fisiológicas;
- Esgoto ou efluente industrial: despejo líquido resultante da atividade industrial;
- Macro fluxo da água: diagrama orientativo que apresenta o caminhamento da água
e efluentes na planta industrial desde a captação até o lançamento final dos efluentes,
sem detalhamento dos usos que ocorrem ao longo do percurso;
- Micro fluxo da água: diagrama orientativo que detalha o caminhamento da água e
efluentes gerados em cada setor, equipamento ou processo de uma indústria,
- Otimização do consumo de água: realização das atividades consumidoras com o
menor consumo possível de água, garantida a qualidade dos resultados obtidos;
- Perdas físicas: água que escapa do sistema antes de ser utilizada para uma atividade fim;
- Perdas físicas dificilmente detectáveis: constatadas através de indícios como man-
chas de umidade em paredes/pisos, sons de escoamento de água, sistemas de recalque
continuamente ligados, constante saída de água em reservatórios, entre outros;
- Perdas físicas facilmente detectáveis: perceptíveis a olho nu, caracterizadas por
escoamento ou gotejamento de água;
- Reúso: uso de água residuária ou água de qualidade inferior tratados ou não;
- Reúso indireto de água: uso de água residuária ou água de qualidade inferior, em sua
forma diluída, após lançamento em corpos hídricos superficiais ou subterrâneos;
- Reúso direto de água: é o uso planejado de água de reúso, conduzido ao local de utili-
zação, sem lançamento ou diluição prévia em corpos hídricos superficiais ou subterrâ-
neos;
- Reúso em cascata: uso de efluente industrial originado em um determinado proces-
so que é diretamente utilizado em um processo subseqüente;
- Reúso de efluentes tratados: é a utilização de efluentes que foram submetidos a tra-
tamento;
- Reúso de efluentes após tratamento adicional: alternativa de reúso direto de
efluentes tratados que necessitam de sistemas complementares de tratamento para
reduzir a concentração de algum contaminante específico;
- Reúso de efluentes não tratados: utilização de efluentes não submetidos a tratamen-
to, mas enquadrados qualitativamente para a finalidade ou processo a que se destina;
- Reúso macro externo: reúso de efluentes provenientes de estações de tratamento
Abreviaturas:
- CIP – "Cleaning in Place";
- DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio;
- DQO – Demanda Química de Oxigênio;
- ETA – Estação de Tratamento de Água;
- ETE – Estação de Tratamento de Efluentes;
- PCRA – Programa de Conservação e Reúso de Água;
- ST - Sólidos Totais;
- SST - Sólidos Suspensos Totais;
- SSV - Sólidos Suspensos Voláteis;
- SDT - Sólidos Dissolvidos Totais;
- SDV - Sólidos Dissolvidos Voláteis.
Cabe ressaltar que os dados apresentados nas tabelas anteriores são valores indica-
tivos, pois muitos se referem a indústrias de outros países, mas que podem ser úteis para
uma avaliação inicial.
Outra observação a ser feita é que o grau de qualidade da água requerido para um
determinado uso hoje, pode ser muito diferente do grau de qualidade da água que tenha
sido utilizada por muitos anos no passado ou que venha a ser utilizado no futuro, pois
com o desenvolvimento tecnológico, problemas associados à escassez de recursos natu-
rais e poluição, podem surgir restrições com relação ao uso da água com o grau de qua-
lidade até então considerado adequado.
5.1. Conceituação
A Conservação de Água pode ser compreendida como as práticas, técnicas e tecnologias
que aperfeiçoam a eficiência do uso da água, podendo ainda ser definida como qualquer
ação que:
- Reduz a quantidade de água extraída das fontes de suprimento;
- Reduz o consumo de água;
- Reduz o desperdício de água;
5.3. Condicionantes
Para a viabilidade de um PCRA é importante o entendimento desta ação como a adoção
de uma Política de Economia de Água. No caso da indústria, é fundamental a participa-
ção da alta direção, a qual deverá estar comprometida com o Programa, direcionando e
apoiando a implementação das ações necessárias.
De maneira resumida, o sucesso de um PCRA depende de:
- estabelecer as ações de base educacional a serem desenvolvidas junto aos demais usuários;
- estabelecer ações de base institucional para a divulgação do programa;
- estabelecer ações de base operacional, desenvolvendo critérios de medição como
forma de subsídio constante para a melhoria contínua dos resultados obtidos;
- reportar constantemente o andamento e resultados obtidos aos responsáveis;
- abertura e divulgação na mídia;
- transparência de ações e resultados.
6.1. Introdução
A criação de normas relacionadas à utilização dos recursos hídricos para qualquer fina-
lidade tem como principal objetivo garantir uma relação harmônica entre as atividades
humanas e o meio ambiente, além de permitir um melhor equilíbrio de forças entre os
vários segmentos da sociedade ou setores econômicos.
Nesse sentido, a Constituição de 1988 estabelece a dominialidade dos recursos
hídricos, que podem ser federais, no caso de corpos d’água transfronteiriços, interesta-
duais ou que façam divisa entre dois ou mais estados, ou estaduais, se contidos inteira-
mente em um único estado da federação. A Lei nº 9.433/97 cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos e estabelece os seguintes instrumentos de geren-
ciamento:
- Outorga pelo direito de uso de recursos hídricos;
- Cobrança pelo uso da água;
- Enquadramento dos corpos d’água em classes de uso;
- Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos;
- Planos de Recursos Hídricos.
No presente capítulo, serão apresentados os principais aspectos legais que interfe-
rem na gestão do uso da água, procurando ressaltar os itens que possam se relacionar
com a prática de reúso.
tão dos recursos hídricos e a Lei nº 9.984/2000, que instituiu a Agência Nacional de
Águas – ANA, atribuiu a esta Agência, a competência para implementar, em articulação
com os Comitês de Bacia Hidrográfica, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos de
domínio da União.
O instrumento da cobrança pelo uso de recursos hídricos constitui-se num incenti-
vador ao reúso da água. O usuário que reutiliza suas águas reduz as vazões de captação
e lançamento e conseqüentemente tem sua cobrança reduzida.Assim, quanto maior for
o reúso, menor será a utilização de água e menor a cobrança.
Dependendo das vazões utilizadas, o montante de recursos economizados com a
redução da cobrança em função do reúso pode cobrir os custos de instalação de um sis-
tema de reúso da água na unidade industrial.
7.1. Introdução
A implantação de um PCRA requer o conhecimento pleno do uso da água (quantitativo
e qualitativo) em todas as edificações, áreas externas e processos, de maneira a identifi-
car os maiores consumidores e as melhores ações de caráter tecnológico a serem reali-
zadas, bem como os mecanismos de controle que serão incorporados ao Sistema de
Gestão da Água estabelecido.
Um PCRA se inicia com a implantação de ações para a otimização do consumo de
água, em busca do menor consumo possível para a realização das mesmas atividades,
garantindo-se a qualidade da água fornecida e o bom desempenho destas atividades. Uma
vez minimizado o consumo devem ser avaliadas as possibilidades de utilização de fontes
alternativas de abastecimento de água.
Após a avaliação e implantação das ações que compõem o PCRA, deverá ser imple-
mentado um Sistema de Gestão permanente, para garantia de manutenção dos índices
de consumo obtidos e da qualidade da água fornecida. Esta tarefa deverá ser absorvida
por um Gestor da Água, responsável pelo monitoramento contínuo do consumo e pelo
gerenciamento das ações de manutenção preventiva e corretiva ao longo do tempo.
• Especificações técnicas;
5 Detalhamento Técnico • Projeto executivo
• Detalhes técnicos
• Plano de monitoramento de
consumo de água
6 • Plano de capacitação dos
Sistema de Gestão • Sistema de gestão da água
gestores e usuários
• Rotinas de manutenção
• Procedimentos específicos
belecer uma relação lógica entre todas as etapas associadas às mesmas, possibilitando
vincular o consumo de água em cada etapa, grau de qualidade exigido, além da geração
e composição dos efluentes.
Muitas vezes, pela análise dos documentos relacionados aos processos produtivos,
por exemplo, é possível identificar algumas oportunidades associadas à racionalização
do uso dos recursos naturais e outros insumos, devendo-se, desta forma, manter um regis-
tro destas oportunidades, com o objetivo de analisá-las detalhadamente quando do
desenvolvimento das estratégias de gerenciamento de águas e efluentes, ou então, para
a implantação de um programa de prevenção à poluição.
7.2.3. Produtos
Com os dados obtidos é realizada uma primeira avaliação do uso da água na indústria em
questão, tendo como principais produtos o macro e o micro fluxos da água e o Plano de
Setorização do Consumo da Água.
- Macro fluxo da água
A macro-avaliação do fluxo de água busca compreender o caminhamento da água
desde das fontes abastecedoras para atendimento da demanda existente até o destino
final dos efluentes gerados, sem detalhamento dos usos internos. Com esta avaliação é
gerado o macro fluxo de água.
É importante identificar a quantidade de água utilizada no processo produtivo, o
qual muitas vezes é subdividido conforme a variedade de produtos envolvidos. É impor-
tante também identificar os quantitativos envolvidos para resfriamento/aquecimento
(torres de resfriamento, condensadores e caldeiras), bem como por atividades consumi-
doras de água, como lavagem de áreas externas e internas, por exemplo.
A figura abaixo exemplifica parte do macro-fluxo da água em uma indústria de
laticínios:
Córrego
R1*
ETA
1000 m3 Planta Antiga
R2*
210 m3
Poços 1 Planta Nova
Poços 2
Efluente
Poços 3 doméstico
Poços 4 Efluente
Poços 5 industrial
ETE
Poços 6
Poços 7
Córrego
*Reservatórios de Água
Atividade A1
Evaporação
Água Bruta (m3/h)
Água (m3/h)
Atividade A2
Água (m3/h)
Efluente (m3/h)
Atividade B1 Atividade C
Atividade A3
Atividade B2
Efluente (m3/h)
Atividade A4
Água de Lavagem
(m3/h)
Água Uso Estação de Efluente Tratado (m3/h) Meio
(m3/h) Doméstico Tratamento Ambiente
A partir desta avaliação, são gerados diversos micro-fluxos de água que detalham o
uso interno em cada um dos setores.
Devem ainda ser identificados os indicadores de consumo mais apropriados a cada
setor e tipo de utilização da água, por exemplo:
- quantidade de água por unidade produzida;
- quantidade de água por refeição preparada (cozinha industrial);
- quantidade de água por funcionário; etc.
Além do diagrama que apresenta os fluxos de água e efluentes em uma unidade
industrial, para que seja possível desenvolver alternativas para a otimização do uso da
água é importante obter as demandas por categorias de uso, o que será então desenvol-
vido na etapa de avaliação de demanda da água.
Setor F
Aéreo
Setor E
Setor G
Setor E: Preparo de bebida láctea; Setor F: Laboratório e sanitários; Setor G: Recebimento de leite
As categorias de uso podem variar em função do tipo de indústria que está sendo
avaliada e podem ser classificadas como melhor convier ao responsável pela avaliação.
Pode-se utilizar uma classificação que considere o uso que está sendo dado para a água,
ou então, o processo no qual esta sendo utilizada, relacionando-se o volume ou vazão de
água utilizado em cada categoria identificada. Na tabela a seguir é apresentado um exem-
plo de distribuição de consumo de água por categoria de uso:
50 Consumo Humano
420 400
CIP
30 Insumo
200
Torres/Condensadores
Caldeiras
Perdas Físicas
900
As áreas e atividades com maior potencial para a redução do consumo de água são
as que apresentam as maiores demandas por categoria de uso, de maneira que os esfor-
7.3.6. Produtos
O produto desta etapa é a análise quantitativa e qualitativa do consumo atual de água,
com diagnóstico das perdas e usos excessivos e das ações tecnológicas possíveis para a
otimização do consumo.
Ao final desta avaliação são obtidas as seguintes informações:
- Distribuição atual do consumo de água;
- Distribuição histórica do consumo de água;
- Distribuição do consumo de água pelos maiores consumidores;
- Geração de efluentes atual do empreendimento.
Com a avaliação da demanda e com a possibilidade de se adequar componentes
hidráulicos, processos que utilizam água, controle de vazão e pressão e minimização das
perdas físicas, obtém-se um diagnóstico do uso da água na planta industrial, sendo então
possível determinar:
- Consumo otimizado após intervenções;
- Impacto gerado com a minimização de perdas;
- Impacto gerado com o controle de pressão e vazão do sistema hidráulico;
- Impacto gerado com a adequação dos componentes hidráulicos;
- Impacto da economia de água gerado por cada uma das intervenções;
- Investimentos necessários;
- Período de retorno para cada uma das ações.
7.4.1. Concessionária
Uma das grandes responsabilidades das concessionárias de água, refere-se à qualidade da
água fornecida. Para tornar a água de distribuição potável, a concessionária deve utilizar
a tecnologia de tratamento mais indicada para eliminar todos os poluentes e agentes
ameaçadores à saúde, atendendo aos parâmetros de potabilidade fixados pela Portaria nº
518, de 25 de março de 2004, do Ministério da Saúde.
Além da eficácia do tratamento, a concessionária é responsável por um programa
de pesquisa e monitoramento na rede de água distribuída, coletando amostras e realizan-
do análises sistemáticas.Como exemplo, somente na Região Metropolitana de São Paulo,
a concessionária realiza mais de 20.000 ensaios mensais.
Os parâmetros atualmente avaliados são coliformes, bactérias heterotróficas, cloro,
cor, turbidez, pH, ferro total, alumínio, flúor, cromo total, cádmio, chumbo e trihalometa-
nos (THM), entre outros.
Na prática a maioria dos usuários não têm a preocupação necessária de avaliar, pre-
liminarmente, se os graus de qualidade da água recebida apresentam compatibilidade
com suas necessidades de consumo, seja para consumo sanitário ou industrial.
A concessionária deve garantir, ainda, o fornecimento contínuo de água, salvo casos
de força maior. No entanto, como precaução, é fundamental que todo empreendimento
tenha seu sistema independente de reserva de água para garantir o seu pleno funciona-
mento mesmo no caso de eventual interrupção.
Além do fornecimento de água potável, existem atualmente concessionárias que
fornecem água de reúso, o qual deve ser considerado também como fonte alternativa de
água para usos específicos. A análise de aplicação da água de reúso deve considerar
aspectos técnicos da qualidade da água, logística de distribuição da mesma, gestão da
qualidade da água fornecida e avaliação econômica, considerando além da tarifa de for-
necimento, custos de transporte.
Atualmente, na maioria dos casos, a existência de rede de distribuição de água de
reúso é praticamente nula, sendo, normalmente, a mesma transportada por caminhões
pipa.Além disto, muitas vezes as necessidades de qualidade específicas da indústria dife-
rem da qualidade desta água, sendo necessário um tratamento adicional.
Cabe ressaltar que, mesmo quando a fonte de abastecimento for a rede pública, o
usuário deve ter um Sistema de Gestão da Água, pois embora a concessionária forneça
água potável, a mesma pode ser contaminada em reservatórios ou tubulações da própria
indústria que não recebam a manutenção adequada.
Os gráficos que se seguem apresentam a variação das tarifas de água e esgoto apli-
cadas pelas principais concessionárias de saneamento do Estado de São Paulo,em fun-
ção das faixas de consumo (maio/2004):
Cabe ressaltar, apenas, que para cada caso devem ser desenvolvidos diagramas espe-
cíficos para a obtenção das equações que serão utilizadas no balanço de massa, no entan-
to, tais diagramas serão uma variante dos exemplos mostrados na figura a seguir.
Q ;C Q ;C
EVAP EVAP (Perda por (Perda de Água PERDA PERDA
Evaporação) Industrial)
Carga de
Processo Irriga o de
Sais
Produtivo reas Verdes
Sistema de
Q ;C
a A Resfriamento
Alimentação de Água
Gera o de
Usos Vapor Esta o de
Diversos Tratamento
de Efluentes
Sistema a Ser
Avaliado Q ;C Q ;C
INC INC EFLUENTE EFLUENTE
(Água Incorporada ao Produto)
* Q – Vazão; C=Carga.
Q ;C Q ;C
EVAP EVAP (Perda por (Perda de Água PERDA PERDA
Evaporação) Industrial)
Carga de
Processo
Sais
Q ;C Produtivo
A A
Alimentação de Água Estação de
Usos
Tratamento
Diversos
de Efluentes
C EFLUENTE
Q
Q ;
EFLUENTE
Q ;C C REÚSO
A1 A REÚSO Usos não
Alimentação de Água Potáveis Q ;C
;
RECICLO EFLUENTE
Sistema a Ser
Avaliado QPERDA1 ; C PERDA1 Q
INC
;C
INC
Q
EFLUENTE
;C
EFLUENTE
(Perda de Água de Reúso) (Água incorporada ao Produto)
7.4.6 Produtos
O resultado da Etapa 3,Avaliação da Oferta, é a análise quantitativa e qualitativa das
possibilidades de oferta de água, da qual resultam os seguintes parâmetros:
• possibilidade de abastecimento através de concessionária (água potável e água de
reúso);
• possibilidade de captação direta e tratamento necessário;
• possibilidade do uso de águas subterrâneas;
• volume de reservação de águas pluviais e possíveis aplicações;
• formas de segregação dos efluentes gerados;
• possibilidades de reúso, aplicações e tecnologias necessárias;
• redução do volume de efluentes após a incorporação de cada uma das ações;
• investimentos necessários;
• períodos de retorno estimados.
Com a avaliação das ofertas de água são consolidados os dados e análises técnicas
para a montagem de configurações possíveis de serem implementadas.
Custos Prováveis
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOCUMENTO TÉCNICO DE APOIO A4 - BIBLIOGRAFIA ANOTADA (revisão e
aperfeiçoamento) - através do site www.pncda.gov.br .
DOCUMENTO TÉCNICO DE APOIO F2 – PRODUTOS ECONOMIZADORES DE ÁGUA
NOS SISTEMAS PREDIAIS - através do site www.pncda.gov.br .
DOCUMENTO TÉCNICO DE APOIO F3 – CÓDIGO DE PRÁTICA DE PROJETO E
EXECUÇÃO DE SISTEMAS PREDIAIS DE ÁGUA – CONSERVAÇÃO DE ÁGUA EM
EDIFICAÇÕES - através do site www.pncda.gov.br .
COMPASS RESOURCE MANAGEMENT. Total Cost Assessment Guidelines (Draft).
Material das Sessões de Treinamento Pós-Conferência. Conferência das Américas
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MIERZWA, J.C. et. al. Tratamento de Rejeitos Gerados em Processos de
Descontaminação que utilizam o Ácido Cítrico como Descontaminante.
Symposium of Nuclear Energy and the Environment, Rio de Janeiro - Brasil, 27/06 -
01/07 de 1993.
MIERZWA, J.C. Estudo Sobre Tratamento Integrado de Efluentes Químicos e
Radioativos, Introduzindo-se o Conceito de Descarga Zero, São Paulo:
1996 Tese (Mestrado), IPEN/CNEN-SP - Universidade de São Paulo, 1996. 171p.
MIERZWA, J.C. e HESPANHOL, I. Programa para Gerenciamento de Águas e
Efluentes nas Indústrias, Visando ao Uso Racional e à Reutilização,
Revista Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES,Vol. 4, no 1 e 2 Jan/Mar. e Abr/Jun.,
2000, p. 11 - 15.
ANEXOS
ANEXO I
Tabela 5 - Necessidade de Água por Algumas Indústrias no Mundo
ANEXO II
Aspectos Tecnológicos da Conservação e Reúso de Água
ANEXO I
TABELA 5: Necessidade de Água por algumas indústrias no mundo
Indústria, Produto e País Unidade de Produção Necessidade de Água por
(Tonelada, exceto quando Unidade de Produção (Litros)
especificado)
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Pães ou Massas, Bélgica 1.100
Pães, Estados Unidos 2.100 – 4.200
Pães, Chipre 600
COMIDA ENLATADA
Bélgica:
Peixe, enlatado 400
Peixe, em conserva 1.500
Frutas 15.000
Vegetais 8.000 – 80.000
Chipre:
Suco de tomate e cítricos 2.800
Grapefruit, pedaços 16.000
Pêssegos e pêras 10.000
Uvas 30.000
Tomates inteiros 2.000
Extrato de tomate 21.000
Ervilhas 10.000
Cenouras 16.000
Espinafre 30.000
Israel:
Frutas cítricas tonelada de cítricos no estado 4.000
natural
Vegetais 10.000 – 15.000
Estados Unidos
Damasco 21.200
Aspargos 20.500
Beterrabas, milho e ervilhas 7.000
Suco de grapefruit 2.800
Grapefruit, pedaços 15.600
Pêssegos e pêras 18.100
Abóboras 7.000
Espinafre 49.400
Derivados do tomate 20.500
Tomates inteiros 2.200
CARNE
Carne congelada, Chipre tonelada de carcaça 500
Carne congelada, Nova Zelândia 3.000 – 8.600
Carne embalada, Estados Unidos tonelada de carne preparada 23.000
Carne embalada. Canadá tonelada de carcaça 8.800 – 34.000
Derivados de carne, Bélgica tonelada de carne preparada 200
Fábrica de salsicha, Finlândia 20.000 – 35.000
Fábrica de salsicha, Chipre 25.000
Matadouro, Finlândia tonelada do animal vivo 4.000 –9.000
Matadouro, Chipre tonelada de carcaça 10.000
Carne conservada, Israel tonelada de carne preparada 10.000
(Continua)
ANEXO II
ASPECTOS TECNOLÓGICOS DA CONSERVAÇÃO
E REÚSO DE ÁGUA
acionamento do botão. Para que seja liberado um novo fluxo, o botão deve ser
novamente acionado.
Válvulas de descarga Outros tipos de dispositivo de descarga embutidos na parede são as válvulas
embutida com acionamento por sensor de presença. A alimentação elétrica deste siste-
ma pode ser feita com o uso de baterias alcalinas ou por rede elétrica, 127/220V.
para bacias sanitárias
Economia
Economia (6L)
(dual flush)
12L 9L 6L "dual flush" 12L 9L 12L 9L
volume por descarga (L/descarga) 12 9 6 6 ou 3 6 3 6 3
uso percapita diário (L) 48 36 24 15 24 12 33 21
50.0% 33.3% 68,8% 58,3%
Economia
Descarga Acionamento Sensor Sem Acionamento Sensor Sem
manual e hidromecânico água hidromecânico água
fluxível
Volume (L/descarga) 3.8 1.8 1 0 2 2.8 3.8
52.6% 73.7% 100.0%
2. Tratamento de Água
Como a água pode ser utilizada para as mais variadas finalidades na indústria,a
mesma deverá apresentar padrões de qualidade que sejam compatíveis com os usos pre-
tendidos. Normalmente, a água disponível nos rios, lagos, lençóis subterrâneos, ou qual-
quer outra fonte, pode apresentar em sua composição uma ampla variedade de compos-
tos ou substâncias químicas, organismos vivos e outros materiais, os quais, para muitas
aplicações industriais podem ser considerados contaminantes.
Assim sendo, para que a água disponível possa ser utilizada, é necessário adequar as
suas características aos padrões de qualidade exigidos para o uso, o que é feito por meio
da utilização de operações e processos unitários de tratamento que sejam capazes de
remover os contaminantes presentes. A tabela abaixo relaciona os potenciais contami-
nantes presentes na água em função de sua origem.
Classes de Compostos
Técnica de Sólidos Gases Compostos Bactérias Endo-
Tratamento Dissolvidos Dissolvidos Orgânicos Particulados e Vírus toxinas
Ionizáveis Ionizáveis Dissolvidos
Evaporação E / Ba NE B E E E
Deionização, Eletrodiálise
e Eletrodeionização E E NE NE NE NE
Osmose Reversa B b
NE B E E E
Carvão Ativado NE NEc E / Bd NE NE NE
Desinfecção com radiação
ultravioleta NE NE NEe NE Bf NE
Filtração em meio granular
ou poroso NE NE NE E NE NE
Microfiltração NE NE NE E NE NE
Ultrafiltração NE NE NE E E NE
Oxidação ou Redução
Química g e h B B B NE B Ei
Abrandamento Bj NE NE B NE NE
Coagulação, floculação
e sedimentação NE NE NE E NE NE
E = Eficaz (Remoção completa ou quase total)
B = Bom (Remoção de grandes porcentagens)
NE = Não eficaz (Baixa remoção ou ineficaz)
a) A resistividade da água produzida por destilação é menor que aquela obtida pelo processo de deionização, prin-
cipalmente devido à presença de CO2.
b) A concentração residual de sólidos dissolvidos ionizáveis depende da concentração na água de alimentação.
c) O carvão ativado irá remover cloro residual.
d) Alguns tipos de carvão apresentam capacidade para remover traços de compostos orgânicos.
e) Alguns sistemas por radiação ultravioleta são especificamente projetados para a remoção de compostos orgâni-
cos.
f) Os sistemas de radiação por ultravioleta, embora não removam fisicamente as bactérias e vírus, apresentam
capacidade para a inativação de vários microrganismos.
g) Uso de variados agentes químicos.
h) Pode transformar o contaminante em uma espécie menos tóxica.
i) Através do uso de agentes oxidantes específicos.
j) Possibilita a remoção de íons responsáveis pela dureza da água.
Geralmente, para que seja possível obter água no grau de qualidade exigido para um
determinado uso é necessário combinar duas ou mais técnicas de tratamento, o que só
poderá ser definido com base nas características da água disponível e dos requisitos de
qualidade exigidos para uso.
No caso do uso da água para fins industriais, já existe uma base de dados bastante
extensa relacionada às principais tecnologias de tratamento disponíveis, assim como já
existe no mercado uma ampla variedade de equipamentos e sistemas de tratamento de
água, os quais são capazes de produzir água com os diversos níveis de qualidade exigidos.
Desta forma, verifica-se que a questão relacionada ao tratamento de água para uso
industrial não é uma condição limitante para o desenvolvimento de iniciativas que visem
promover o uso racional deste recurso.
A principal preocupação com relação ao tratamento de água para uso industrial
recai sobre a estratégia a ser desenvolvida para a obtenção dos melhores resultados para
o atendimento das demandas de água nos vários níveis de qualidade exigidos.
Em um Programa de Conservação e Reúso de Água, a estratégia mais adequada para
3. Tratamento de Efluentes
Autoria
1.CIRRA – Centro Internacional de Referência em Reúso de Água / FCTH –
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica
2. DTC Engenharia
Coordenadores
Ivanildo Hespanhol
Orestes Marracini Gonçalves
Autores
Carla Araújo Sautchúk
Fernando Del Nero Landi
José Carlos Mierzwa
Maria Carolina Rivoir Vivacqua
Maurício Costa Cabral da Silva
Paula Del Nero Landi
William Schmidt
Colaboradores
Lia de Sousa
Luana Di Bea Rodrigues
Márcio Mineo Kato
Priscila Mercaldi Oliveira
Ricardo Nagamine Costanzi
Silvia Zonkowski
Apoio
Agência Nacional de Águas – ANA
Equipe de Reúso
Felipe Jucá Maciel
Claudio Ritti Itaborahy
Ulysses Gusman Junior
Paulo Breno de Morais Silveira
Patrick Thadeu Thomas
Matheus Marinho de Faria
Eduardo Felipe Cavalcante de Correa
Presidente Fiesp/Ciesp
Diretor Executivo