Curvas de Nivel
Curvas de Nivel
Curvas de Nivel
Baitelli / Weschenfelder
C U R V A S
D E
N V E L
Introduo
So
linhas
que
ligam
pontos, na superfcie do
terreno, que tm a mesma
cota (mesma altitude).
Exemplos
Na
figura
direita,
apenas
observando
a
planta, podemos dizer que A
a encosta OB direita
mais ngreme do que a
encosta OA esquerda,
porque
suas
curvas
de
nvel esto mais prximas
A
umas das outras.
253
240
220
200
180
160
e le v a o
140
120
100
B
i
= 2 0 m (in t e r v a lo e n tr e a s c u r v a s d e n v e l)
planta
253
240
220
200
160
140
120
100
17
16
15
30
40
14
i = 1m
13
35
corte AB
12
30
11
10
25
B
plano inclinado
Uniformemente
(i=1m)
terreno em curva
com inclinao uniforme
(i=1m)
As
guas
de
chuva
correm
perpendicularmente s curvas de nvel,
porque
esta
direo
a
de
maior
500
declividade.
550
Divisor de guas de chuva O vrtice do
550
V aponta para as cotas menores.
Vale principal da regio
Intervalo
Baitelli / Weschenfelder
entre
as
curvas
de
nvel
de
interpretao
A
41
nas
curvas
41
41
40
38
37
39
37
39
36
37
36
37
38
36
34
34
nvel
50
39
40
de
41
39
38
grfica
40
37
40
36
35
35
34
34
LADO C
150
200
50
3. Pela figura vemos que
trata-se de um vale. O
que impossvel fundo
do vale coincidir com a
cota
37
em
toda
sua
extenso,
ou
seja,
tratar-se de um vale cujo
fundo
("talveg")
200
C O L E T O R
Garganta
250
250
300
D IV IS O R
250
D IV IS O R
300
C O L E T O R
250
200
200
150
LADO B
UTILIDADE
DAS
CURVAS
DE
NVEL
DO
TERRENO
Baitelli / Weschenfelder
(b) Pelo seu valor unitrio em metros, isto , pelo nmero de centmetros para cada
metro de distncia horizontal. Exemplo: 0,15m (15cm / 100m)
(c) Sob a forma de porcentagem que representa o desnvel existente em 100 metros de
distncia horizontal. Exemplo: 15%
DETERMINAO
DA
INCLINAO
n
m
110
120
x 120
110
M
130
N
d
cat.op.
tg =
tg =
cat.adj.
nx
tg =
Nn Mm
mx
tg =
cota n cota m
MN
A
10m
110
b
c'
120
120
110
130
x'
35m
A'
100m
Aa
ba
cc'
bc'
Aa =
cc'
ba
bc'
g% =
Cota b
Aa
CM Cm
DH
Aa =
10
100
35 Aa = 3,5m
0,1 =
120 110
DH = 100m
DH
Cota A = Cota b + Aa
Cota A = 110 + 3,5
Cota A = 113,5m
3
Baitelli / Weschenfelder
REPRESENTAO DO RELEVO
As curvas de nvel podem ser obtidas diretamente no campo ou por interpolao. Obter as
curvas de nvel diretamente no campo mais trabalhoso, pois cada curva deve ser amarrada
planimetricamente por pontos. A interpolao, embora menos precisa que o mtodo anterior,
menos trabalhosa e mais rpida possuindo assim uma maior aplicao, desde que haja um
rigoroso critrio na escolha dos pontos no terreno.
PLANOS
COTADOS
A forma mais simples de representar a altimetria o plano cotado, no qual a projeo dos
pontos caractersticos do terreno tm a seu lado as respectivas cotas, referidas a um
datum arbitrrio, ou altitudes quando referidas ao nvel do mar. Os planos cotados podem
ser o resultado de um levantamento planialtimtrico ou taqueomtrico.
INTERPOLAO DAS CURVAS POR CLCULO NUMRICO
Seja uma poro do terreno correspondente a uma vertente isolada de um vale da qual foram
determinadas, por nivelamento, as cotas dos pontos A (37m), B (28,5m) e C (26,6m), etc.
Traar, por clculos, as correspondentes curvas de nvel.
Seja o alinhamento AC com 58m de comprimento.
35
26,6 m
30
Clculo do declive entre A e C:
C 25
20
b
58 m
n=
A
37 m
Cota A Cota C
100 n =
Distncia AC
37 26,6
58
64 m
B
28,5 m
37,0
C'
n1 = 37 35
n1 = 2m
x1 =
n1
n1
n2
26,6
cota 35
x1
n2 = 37 30
cota 30
x1 = 11,1 m
x2 = 38,9 m
0,18
n2 = 7m
x2 =
n2
x2
n
A1
a'
b'
7
0,18
C1
Logo, x1 localiza-se a 11,1m do ponto A e, desta forma, temos o ponto de cota igual a
35m. E, x2, localiza-se a 38,9m do ponto A, determinando-se assim o ponto de cota 30m.
Interpolando do mesmo modo para todos os alinhamentos, com a ligao dos pontos mais
prximos e, unindo por curva todos os pontos de igual cota, determina-se o relevo do
terreno.
INTERPOLAO
GRFICA
(com
diagrama
de
paralelas)
Baitelli / Weschenfelder
47
B (46,6)
46,6
46
46
45
45
44
44
43
43
42
42
41
41
40
40
39
39
38
4. Rotacionando-se
o
papel
transparente,
procura-se
coincidir o ponto B (46,6 m) com sua paralela
correspondente. Fixa-se o papel.
5. Ao longo da linha que agora une os pontos C e B,
marca-se (furando com um alfinete, por exemplo) as
paralelas de cotas inteiras que cruzam com esta linha.
Observao: Entre dois pontos cotados, onde se quer
interpolar os valores de cotas inteiras, no
pode haver mais nenhum outro ponto cotado ao
longo desta linha.
Sugesto: Na folha transparente traar as cotas, com
nmeros inteiros, dentro do intervalo de cotas
mxima e mnima encontradas, e tambm, traar
as paralelas com os nmeros fracionrios
determinados em campo.
INTERPOLAO
38
REGRA
DE
TRS
SIMPLES
37,8
C (37,8)
POR
54,9m
37
50m
45m
42,7m
7,07 m
14,28 m
17,60 cm
(37,3)
40
45
38
39
40
43
42
41
44
45
46
(46,6)
(37,8)
40
45
54,945=9,9m
INTERPOLAO
x1
CM
UTILIZANDO
17,6m
x
12,2m
4,9m
17,6m
x
12,2
9,9
x = 14,28m de A
TANGENTE
tg =
x2
CM Cm
DH
DH
tg =
CM - Cm
C1
x = 7,07m de A
CM C1
x1 =
x2 =
x1
C2
tg =
Cm
CM C2
x2
CM C1
tg
CM C2
tg
CM Cm
tg =
CM C1
tg
tg = 0,693181818
17,6
DH
x1 =
54,9 42,7
x1 =
54,9 50
x1 = 7,07 m
0,693181818
DH AC1 = 7,07m
DEMARCAO
DE
CURVAS
x2 =
CM C2
tg
x2 =
54,9 45
x2 = 14, 28m
0,693181818
DH AC2 = 14,28m
DE
NVEL
5
Baitelli / Weschenfelder
Na Planta
As curvas de nvel s podem ser demarcadas em uma planta planialtimtrica aps a execuo
de um levantamento altimtrico.
Diretamente no Campo
Neste caso, o objetivo principal a conservao do solo, sendo que os parmetros
considerados so o tipo de solo e a declividade do terreno. Para cada cultura, em funo
do tipo de solo e relevo, existem opes no que diz respeito ao tratamento
conservacionista adequado. Algumas secretarias da agricultura possuem tabelas de
espaamento para terraos nivelados e com gradiente, faixas de reteno, etc. Estas
prticas fundamentais baseiam-se no seccionamento do declive ou, em outras palavras, na
diviso da encosta em pequenas parcelas. O objetivo destas medidas a quebra da
velocidade das enxurradas, ou a sua reteno total, com a finalidade de diminuir a fora
erosiva, atravs do uso de espcies vegetais de grande densidade vegetativa ou que tenham
sistema radicular bem desenvolvido, tornando-se travadoras do solo, ou ainda, atravs da
utilizao de estruturas construdas mecanicamente. Ao observarmos tais tabelas, percebese que, para um mesmo tipo de solo, quanto maior a declividade, menor ser a distncia
entre uma curva e outra. Tambm observa-se que, para uma mesma declividade, diminui o
espaamento horizontal entre um cordo de contorno e outro, medida que o solo vai
ficando mais arenoso. Os cordes de contorno constituem-se, neste caso, nas Niveladas
Bsicas (NB). Entre as niveladas bsicas que so demarcadas as linhas
de plantio, em nvel, segundo o espaamento da cultura. As linhas de
plantio em nvel so demarcadas de modo grosseiro, atravs de uma vara
ou corda contendo marcas eqidistantes. Quanto mais estas linhas se
afastam das niveladas bsicas, menor a preciso, aparecendo inclusive
linhas mortas (cruzamento das curvas de nvel). um mtodo de pouca
preciso, mas muito prtico em termos culturais, servindo para
satisfazer o espaamento da cultura aproximadamente em nvel. Os
aparelhos utilizados so os mais variados, desde o mais rstico de
construo caseira at o nvel de preciso. Tm-se assim por ordem de
preciso: esquadros, nvel de borracha, nvel de mo e clinmetro,
aparelho provido de luneta auto-niveladora e nvel de preciso.
SICA
B
DA
LA
VE
NI
Linha Morta
Linha Mor ta
NIVELADA BSICA
rta
Linha Mo
Linha Morta
NIVELA
DA B
SICA
4,00 m
1,20m
Nvel de Bolha
0,80m
0,80m
Nvel de Bolha
Fio de Pr umo
2,00m
Tanto o nvel de bolha como o fio de prumo mostram quando as extremidades do esquadro
ocupam pontos de mesma cota. O trabalho se inicia calculando-se a declividade do terreno.
De posse da declividade, encontra-se o espaamento entre as niveladas com o auxlio da
tabela. A demarcao comea de preferncia na parte superior do terreno, e consiste na
alternncia de posies do esquadro no sentido transversal ao declive, procurando pontos
de mesma cota.
Su p
e r f c i e d o Te r r e n o
Cur va de Nvel
(nivelada bsica)
Baitelli / Weschenfelder
declive, as niveladas devem ter incio sempre do mesmo lado. A cada 4 ou 5 posies do
esquadro, finca-se no solo, uma vara de 1 metro para orientar o tratorista. A partir
destas niveladas bsicas so demarcadas as linhas de plantio, conforme j comentado.
Demarcao com Nvel de Borracha
O nvel de borracha consiste em duas
rguas graduadas de 2 metros, unidas por
uma mangueira plstica transparente de
comprimento variado. O mtodo baseia-se
L
na
superfcie
livre
da
gua
nas
h
extremidades da mangueira, fixas na
rgua graduada. Quando o nvel de
DN = L - h
borracha instalado no terreno apresentar
a superfcie da gua nas extremidades da
mangueira,
ocupando
mesma
posio
relativa, significa que os dois pontos
no terreno (bases das rguas) possuem a
mesma cota. A primeira providncia o
DN
clculo da declividade, e isto feito
DH
esticando-se a mangueira horizontalmente
no sentido do declive. Obtm-se assim a
diferena de nvel que, relacionada com a distncia horizontal (prprio comprimento da
mangueira), fornece a declividade. De posse da declividade, obtm-se pela tabela o
espaamento entre niveladas bsicas. O trabalho se inicia pela parte superior do terreno,
com metade do espaamento recomendado. O processo consiste na alternncia das rguas
graduadas (com a mangueira esticada) procurando pontos de mesma cota. Em pontos de mesma
cota regularmente espaados, colocam-se varas que orientaro tratorista.
Demarcao
com
Nvel
de
Preciso
Baitelli / Weschenfelder
Reservatr io
100
50m
O
LC
SU
G
RI
IR
98
2 %
0,02
DE
50m
99
d =
DH =
DH
50m
DN
DN
DH =
DH = 50m
0,02
97
DN = 20 0,02
DN = 0,40 m
A partir do ponto inicial com uma determinada leitura da mira, marcam-se 20m e procura-se
um ponto sobre este raio que fornea uma leitura 0,40m maior, uma vez que o terreno
encontra-se em declive. Isto feito at que se atinja o ponto final. Quando uma leitura
no pode ser feita por ultrapassar a altura da mira, muda-se o aparelho de lugar,
recomeando-se do ltimo ponto lido.
1,45
20m
100
1,85
20m
2,25
20m
99
2,65
98
20m
3,05
97
20m
Nvel
3,45
96
B
8