A Cigarra e A Formiga

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A cigarra e a

formiga
La Fontaine
Era uma vez uma cigarra. Era
uma vez uma formiga. As duas
eram boas vizinhas, viviam
mesmo ao lado uma da outra
e, sempre que podiam, davam
dois dedos de conversa.
A formiga era muito trabalhadora, andava
sempre atarefada e não queria perder o
seu tempo em conversas. Achava-o
precioso e não estava disposta a
desperdiçar nem um minuto.
É que o Verão era a altura ideal para amealhar tudo quanto
podia e arrecadar na sua casinha, pois num instante estaria
aí o Inverno.
O frio, a neve e a chuva iam chegar e não seria possível
andar cá por fora à procura de comida.
Por isso, dizia à cigarra:
- Deixe-se de conversas,
comadre cigarra,
aproveite para procurar
alguma comidinha. Olhe
que o frio pode tardar,
mas não falta! Disso
tenho eu a certeza!
Mas a cigarra não ligava ao que a formiga dizia.
Gostava da sua vida bem calma e descontraída e
não conseguia entender por que razão a sua
amiga formiga andava sempre de um lado para o
outro a carregar às costas tudo quanto encontrava
por detrás de alguma pedra ou por baixo das
folhas espalhadas pelo chão.
- Ora, vizinha formiga, descanse
um pouco, não seja tonta! Afinal
ainda é Verão e antes de chegar
o Inverno ainda vamos ter o
Outono! Sente-se aqui, cante
comigo e vai ver que não quer
outra vidinha…
Mas a formiga não queria saber do que a cigarra lhe
dizia. Continuava com o seu trabalho. Em breve, viria o
tempo frio.

E realmente o Verão chegou ao fim. Veio o Outono e,


logo a seguir, o Inverno.
A cigarra continuava a cantar e a tocar no seu belo
violino, enquanto que a formiga estava agora recolhida
na sua casinha, sentada ao quente da sua lareira,
tranquilamente a fazer o seu tricô.
Lá fora, o frio era muito e os campos
já estavam cobertos de neve. Agora a
cigarra tinha deixado de se ouvir e a
sua preocupação era encontrar
alguma coisa para comer. Andou por
montes e vales e nada havia, nada
encontrava.
Desesperada, não viu outra solução
a não ser ir à casa da formiga.
-Amiga formiga, estou mortinha de
fome…
Arranje-me nem que seja uma côdea
de pão seco para matar a minha fome!
É tudo quanto lhe peço…
Mas agora foi a vez da formiga troçar
da sua vizinha cigarra:
- Enquanto eu, preocupada, só em
trabalho pensava, estava a cigarra,
contente, pois só tocava e cantava.
Agora que estou ao quente, em
casa, a descansar, anda a amiga
cigarra, desesperada, a pedinchar…
P. B. – 2009/2010
Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio

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