Exploração-O Veado Florido
Exploração-O Veado Florido
Exploração-O Veado Florido
O Veado Florido
O Veado Florido
António Torrado
A história que vou contar passou-se há muito tempo, numa terra que muitos arados
revolveram, muitos pés pisaram, muitos rios sulcaram, muitas árvores cobriram, muitas
secas secaram.
É uma história muito antiga, passada numa terra ainda mais antiga.
Nessa terra havia um senhor muito rico. Tão rico ele era que possuía nos jardins do
seu palácio uma colecção singular de animais nunca vistos.
Os amigos e as visitas desse senhor muito rico embasbacavam-se diante das jaulas
doiradas, que encerravam animais fantásticos, ali colocados para que as visitas e os amigos
do senhor muito rico abrissem a boca e ficassem sem fala, cheios de espanto.
Havia crocodilos voadores, leões emplumados, borboletas gigantes, serpentes
luminosas, girafas listadas, cisnes transparentes.
Esse senhor muito rico espalhara pelos quatro cantos do mundo criados seus,
encarregados de descobrir novos bichos esquisitos que depois eram aprisionados em jaulas
douradas. Uma vez presos, os bichos rapidamente morriam e, logo, os exploradores do
senhor rico corriam mundo à procura de outros.
Foi numa floresta silenciosa que um velho explorador descobriu um veado. Mas, nas
longas e recortadas hastes tinha flores brancas e folhas de um verde luzidio e quase
transparentes que lhe ornavam a cabeça. Era um veado florido.
O veado estacou e o homem foi ter com ele que não fugiu, pois queria que lhe
fizessem festas. O homem prendeu o veado com uma rede, amarrou-o bem e levou-o
consigo. Nunca caçara presa tão valiosa. Que bela recompensa iria receber!
Mas, pelo caminho, notou que as hastes do veado se despiam de folhas. As flores
caíam. Quis guardar uma, mas ela desfez-se-lhe nas mãos. Olhou para as árvores em volta,
também não tinham folhas. Então pensou que era por ser Outono que ele perdia as flores. O
criado prosseguiu, satisfeito da vida, em direcção do palácio do senhor muito rico.
- Trazes-me um veado insignificante. Não tenho cá lugar para tais bichos - disse o
senhor muito rico.
- Espere Vossa Senhoria pela Primavera e verá como das hastes hão-de nascer
flores mais catitas do que as rosas dos seus canteiros.
Veio a Primavera e as hastes do veado florido continuaram secas como as raízes
arrancadas da areia. O veado mal comia. Nas outras jaulas, os outros bichos também não
tocavam na comida. Foram morrendo, até que só ficou o veado vulgar que o senhor muito
rico nunca vira florir.
Aborrecido com aquilo tudo, o senhor muito rico ordenou a destruição das jaulas, a
libertação do veado e a expansão dos roseirais.
O criado abriu a porta da jaula e afugentou-o para fora dos muros do jardim.
O Veado correu até à orla da floresta e as hastes de novo elas se cobriram de folhas
luzidias, quase transparentes, e de flores muito brancas.
O criado viu e gritou pelo senhor muito rico. Mas, quando ele chegou ao portão, já o
veado tinha desaparecido.
O Veado Florido
O Veado Florido
António Torrado
O Veado Florido
O Veado Florido
António Torrado
O Veado Florido
António Torrado
3. Depois de ordenares as frases, reescreve-as com uma caligrafia bonita e sem erros
ortográficos. Os adjectivos sublinhados escreve-os a verde.
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Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio
Nome: __________________________________________ Data: ____/____/____
O Veado Florido
O Veado Florido
António Torrado
circund
1. Identifica e a as palavras ortograficamente incorrectas (caça ao erro).
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flores bramcas.
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2. Completa o quadro.