Direito Constitucional - Da Organização Do Estado, Dos Poderes e Histórico Das Constituições
Direito Constitucional - Da Organização Do Estado, Dos Poderes e Histórico Das Constituições
Direito Constitucional - Da Organização Do Estado, Dos Poderes e Histórico Das Constituições
1 – ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
O Brasil adotou a Federação como forma de organização do Estado; a Federação é uma aliança de Estados
para a formação de um Estado único, em que as unidades federadas preservam parte da sua autonomia
política, enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal; dentro da atual organização do Estado
brasileiro, existem as seguintes entidades federativas: a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
2 – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A questão fundamental do federalismo é a repartição de competências entre o governo central e os Estados-
Membros; em uma Federação, a repartição de competência é feita pelas atribuições dadas pela Constituição
a cada uma das entidades federativas; o princípio geral da repartição de competências é o da predominância
de interesses; onde prevalecer o interesse geral e nacional a competência será atribuída à União, onde
preponderar o interesse regional a competência será concedida aos Estados, onde predominar o interesse
local a competência será dada aos Municípios; na repartição das competências materiais (é a prática de atos
de gestão) e legislativas (é a faculdade para a elaboração de leis sobre determinados assuntos), a
Constituição brasileira optou por enumerar as atribuições da União (arts. 21 e 22) e dos Municípios (art. 30)
e reserva o restante, as remanescentes, aos Estados (art. 25, § 1°); não existe qualquer hierarquia entre as
leis editadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em assuntos da competência exclusiva de
cada entidade federativa; considerando o modelo federativo de repartição de competência, existem no Brasil
quatro grandes espécies de leis: a) nacionais (são editadas pela União, aplicando-se a todas as pessoas,
órgãos e instituições no Brasil - legislação penal, civil, comercial, processual etc.), b) federais (são
promulgadas pela União e aplicáveis apenas a ela e a seus agentes, órgãos e instituições - ex.: Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis da União), c) estaduais (são editadas pelas respectivas pessoas jurídicas de
direito público interno no exercício de suas atribuições constitucionais) e d) municipais (são editadas pelas
respectivas pessoas jurídicas de direito público interno no exercício de suas atribuições constitucionais).
3 – INTERVENÇÃO
É a interferência de uma entidade federativa em outra, a invasão da esfera de competências constitucionais
atribuídas aos Estados-Membros ou aos Municípios; a regra geral é a não-intervenção em entidades
federativas, em respeito à autonomia de cada um dos entes componentes do Estado Federal, característica
essencial do próprio federalismo; só se admite a intervenção federal (é a da União nos Estados e nos
Municípios localizados em Territórios Federais) ou estadual (é a dos Estados em seus Municípios; a União
não pode intervir em Municípios situados em Estados-Membros, por falta de previsão constitucional nesse
sentido; somente é possível a intervenção do Estado em Municípios situados em seu território) nas hipóteses
taxativamente previstas na Constituição Federal; a competência para decretar e executar a intervenção é do
Chefe do Poder Executivo.
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Art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35 - O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto
quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
4 – UNIÃO
É a entidade federativa voltada para os assuntos de interesse de todo o Estado brasileiro; a União não se
confunde com o Estado brasileiro que é dotado de soberania, pessoa jurídica reconhecida
internacionalmente, abrangendo tanto a União como as demais entidades federativas; a União é pessoa
jurídica de direito público interno, dotada de autonomia e do poder de agir dentro dos limites traçados pela
Constituição; a União apresenta uma dupla face dentro da organização político-administrativa do Estado
brasileiro: a) entidade federativa dotada de autonomia política, b) órgão de representação da RF do
Brasil.
- terrestres
- superficial (solo)
- terras devolutas da União
- terrenos de marinha e acrescidos
- sítios arqueológicos e pré-históricos
- terras tradicionalmente de indígenas
- subterrâneo (subsolo)
- recursos minerais
- cavidades naturais
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- hidrícos
- marítimos
- mar territorial
- zona econômica exclusiva
- plataforma continental
- praias marítimas
- fluviais
- rios interestaduais (limítrofes e sucessivos)
- rios internacionais (limítrofes e sucessivos)
- terrenos marginais
- praias fluviais
- lacustres
- lagos interestaduais
- lagos internacionais
- insulares
- externo
- ilhas marítimas – oceânicas e costeiras, excluídas as que já estiverem incorporadas ao
domínio dos Estados, Municípios ou terceiros.
- interno
- ilhas fluviais – limítrofes com outros países.
- ilhas lacustres – limítrofes com outros países.
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f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o
enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
Congresso Nacional;
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais,
agrícolas, industriais e atividades análogas;
c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
Art. 22 - Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como
organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e
corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas
e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
§ único - Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais
notáveis e os sítios arqueológicos;
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IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
§ único - Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em
vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Art. 24 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e
controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
5 – ESTADOS FEDERADOS
Os Estados federados são dotados somente de autonomia política, poder de agir dentro dos limites fixados
pela própria Constituição Federal; não possuem soberania, por isso não lhes são atribuídas competências
internacionais; autonomia política importa em: auto-organização (compete a cada Estado elaborar a sua
própria Constituição Estadual), autolegislação (compete a cada Estado elaborar as leis estaduais dentro de
sua autonomia política, ou seja, nos limites das competências fixadas pela Constituição), autogoverno
(compete a cada Estado a organização de seus próprios Poderes, bem como a escolha de seus integrantes, o
que deve ser feito de acordo com o modelo federal, respeitado o sistema constitucional da separação de
Poderes e o regime presidencialista; o Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado; o Poder
Legislativo Estadual é exercido, de forma unicameral, pela Assembléia Legislativa, composta de Deputados
Estaduais) e auto-administração (compete a cada Estado organizar, manter e prestar os serviços que lhe são
próprios).
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6 – MUNICÍPIOS
Os Municípios são entidades federativas voltadas para assuntos de interesse local, com competências e
rendas próprias; como toda entidade federativa, são dotados de autonomia política, ou seja, do poder de agir
dentro dos limites fixados pela CF, o que importa em auto-organização (os Municípios são regidos por Leis
Orgânicas, votadas em dois turnos, com o intervalo mínimo de 10 dias, e aprovadas por 2/3 dos membros da
Câmara Municipal; Lei Orgânica Municipal é uma espécie de Constituição municipal), autolegislação,
autogoverno (o Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito Municipal; o Poder Legislativo
Municipal é exercido pela Câmara Municipal, composta por Vereadores) e auto-administração.
7 – DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal é uma entidade federativa, dotada de autonomia política, com atribuições e rendas
próprias fixadas na Constituição; como entidade dotada de autonomia política, possui auto-organização (é
regido por Lei Orgânica), autolegislação, autogoverno (o Poder Executivo é exercido pelo Governador do
DF; o Poder Legislativo é exercido por Deputados Distritais) e auto-administração; compete à União
organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Polícia Civil, a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
REGIÕES METROPOLITANAS: são entidades administrativas, instituídas pelos Estados, mediante lei
complementar, envolvendo diversos Municípios, com continuidade urbana em torno de um pólo comum,
visando a integração, a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum;
certos encargos, como água, esgoto e transporte coletivos intermunicipais, por se referirem a problemas
comuns a diversos Municípios, não podem ser resolvidos de forma isolada por um deles, exigindo ação
comum e a fixação de uma política única; possuímos nove regiões metropolitanas: São Paulo, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro.
REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO: são entidades administrativas, instituídas pela União, mediante
lei complementar, abrangendo áreas de diversos Estados situadas em um mesmo complexo geoeconômico e
social, visando ao seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, mediante a composição de
organismos regionais e a concessão de diversos incentivos - ex.: SUDENE, SUDAM.
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FUNÇÕES ESTATAIS BÁSICAS:
- legislativa – elaboração de leis, de normas gerais e abstratas, impostas coativamente a todos.
- executiva – administração do Estado, de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
- judiciária – atividade jurisdicional do Estado, de distribuição da justiça e aplicação da lei ao caso
concreto, em situações de litígio, envolvendo conflitos de interesses qualificados pela pretensão
resistida.
- cada função estatal básica é atribuída a um órgão independente e especializado, com a mesma denominação,
respectivamente, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS: a separação de Poderes não é rígida, pois existe um sistema
de interferências recíprocas, em que cada Poder exerce suas competências e também controla o exercício
dos outros; a separação de Poderes não é absoluta; nenhum Poder exercita apenas suas funções típicas; o
Poder Executivo edita medidas provisórias com força de lei e participa do processo legislativo, tendo
matérias de iniciativa legislativa privativa e amplo poder de veto; todavia, esse veto não é absoluto, pois
pode ser derrubado pelo Poder Legislativo; os Tribunais, por sua vez, podem declarar a
inconstitucionalidade de leis elaboradas pelo Poder Legislativo e de atos administrativos editados pelo
Poder Executivo; o Chefe do Poder Executivo escolhe e nomeia os Ministros dos Tribunais Superiores, após
prévia aprovação pelo Senado Federal; se o Presidente da República e outras altas autoridades federais
cometerem crime de responsabilidade, o processo de “impeachment” será julgado pelo Senado Federal sob a
presidência do Presidente do STF.
10 – PODER LEGISLATIVO
INTRODUÇÃO: tem como função típica a elaboração de leis, de normas gerais e abstratas a serem
seguidas por todos; além do exercício de sua função legislativa do Estado, compete-lhe a importante
atribuição de fiscalizar financeira e administrativamente os atos do Executivo.
COMPOSIÇÃO: na esfera federal, é exercido, no Brasil, pelo Congresso Nacional, que é composto por
duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
CÂMARA DOS DEPUTADOS: é composto de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional,
sendo assegurado a cada Estado o número mínimo de 8 e o máximo de 70 Deputados Federais, bem como o
fixo de 4 para cada Território; os Deputados Federais são eleitos para mandatos de 4 anos; número máximo
de 513 representantes.
SENADO FEDERAL: é composto de 3 representantes dos Estados e do DF, eleitos pelo princípio
majoritário; os Senadores (81) são eleitos para mandatos de 8 anos, com 2 suplentes; a renovação desse
órgão legislativo é feita de forma alternada, de 4 em 4 anos, por 1/3 e 2/3.
SISTEMAS ELEITORAIS:
- majoritário – a representação cabe ao candidato que obtiver o maior número de votos.
- simples – a eleição realiza-se em um único turno, bastando a maioria relativa para a escolha do
representante da vontade popular; no Brasil é adotado para a eleição de Senadores e Prefeitos e
Vice-Prefeitos nos Municípios com 200.000 ou menos eleitores.
- qualificada absoluta – exige-se a realização de um segundo turno com os 2 candidatos mais
votados, caso nenhum dos concorrentes tenha obtido a maioria absoluta já no primeiro turno de
votação; no Brasil é utilizado para a eleição do Presidente e Vice-Presidente da República, dos
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Governadores e Vice-Governadores dos Estados e dos Prefeitos e Vice-Prefeitos nos Municípios
com mais de 200.000 eleitores.
- proporcional – a representação no órgão colegiado varia de acordo com a quantidade de votos
obtidos pelo partido ou coligação partidária; é o sistema geralmente adotado para a representação no
Poder Legislativo, por possibilitar a expressão política das minorias; é utilizado no Brasil para a
eleição de Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores.
LEGISLATURA: é o período legislativo de 4 anos que corresponde ao mandato dos Deputados Federais;
Senadores são eleitos por 2 legislaturas; cada legislatura é dividida em 4 sessões legislativas ordinárias;
estas, por sua vez, são subdivididas em 2 períodos legislativos, o primeiro de 15.02 a 30.06 e o segundo de
01.08 a 15.12.
11 – PROCESSO LEGISLATIVO
CONCEITO: é o conjunto de atos realizados para a elaboração de um ato legislativo.
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- o projeto de lei é aprovado com emendas pela Casa revisora; nesta hipótese, deve retornar à Casa iniciadora
unicamente para apreciação das emendas aprovadas; se elas forem também aprovadas o projeto será encaminhado
para sanção ou veto do Presidente da República, com as nova proposições; se as emendas forem rejeitadas pela Casa
iniciadora, prevalece o projeto de lei original, sem as modificações introduzidas pela Casa revisora; a CF acaba por
estabelecer, dessa forma, para a Câmara dos Deputados, no processo legislativo, uma certa prevalência, pois os
projetos de iniciativa do Presidente da República e dos Tribunais Superiores, assim como os de iniciativa popular,
dever ter início nessa Casa legislativa.
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- procedimento legislativo sumário (abreviado ou em regime de urgência): o Presidente da República poderá solicitar
urgência na apreciação dos projetos de sua iniciativa; trata-se de uma forma de evitar a obstrução do Poder Executivo pelo
Legislativo; é certo que o Presidente da República não se tem utilizado dessa prerrogativa, preferindo utilizar a estratégia
da reedição de sucessivas medidas provisórias nos assuntos de seu interesse; a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
devem manifestar-se, sucessivamente, em até 45 dias sobre a proposição apresentada pelo Poder Executivo; caso não o
façam nesse prazo, a proposição será incluída na ordem do dia de votação da Casa Legislativa onde o projeto de lei se
encontra, sobrestando a deliberação sobre qualquer outro assunto até que se conclua o processo de votação.
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- sanção ou veto – são atos de competência do Presidente da República; sanção é a aquiescência do
Presidente da República ao projeto de lei elaborado pelo Congresso Nacional e encaminhado para sua
apreciação; veto é a discordância do Presidente da República com o projeto de lei aprovado pelo
Poder Legislativo e encaminhado para sua apreciação.
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- características do veto: é sempre fundamentado; é relativo, limitado ou condicional, pois pode vir a ser derrubado
pelo Poder Legislativo; é suspensivo ou superável, pois impede a entrada em vigor da norma vetada, impondo uma nova
apreciação pelo Congresso Nacional, podendo ser rejeitado pela maioria absoluta dos parlamentares; é irretratável.
- quanto a amplitude, o veto pode ser: total (incide sobre a integralidade do projeto de lei) ou parcial (recai sobre parte
dele, mas deve incidir sobre texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea).
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- promulgação – é o ato pelo qual se atesta a existência de uma lei.
- publicação – é a comunicação feita a todos, pelo Diário Oficial, da existência de uma nova lei,
assim como de seu conteúdo; uma lei começa a vigorar em todo o território nacional 45 dias após a
sua publicação, salvo disposição em contrário.
ATOS LEGISLATIVOS:
- emendas à Constituição:
- conceito – são alterações do próprio Texto Constitucional; trata-se de uma manifestação do poder constituinte
derivado de reforma; essa função, no Brasil, foi atribuída pelo poder constituinte originário ao Poder Legislativo; a
Constituição brasileira é classificada como rígida, quanto à estabilidade, pois é possível a modificação de normas
constitucionais, desde que observado um procedimento mais rigoroso do que o previsto para as demais normas
infraconstitucionais.
- iniciativa – podem apresentar propostas de emendas constitucionais (as denominadas PEC): 1/3, no mínimo, dos
Deputados ou Senadores; o Presidente da República; e mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades
da Federação, manifestando-se, cada uma delas, por maioria simples.
- procedimento – uma emenda constitucional para ser promulgada precisa ser discutida, votada e aprovada em
ambas as Casas do Congresso Nacional em dois turnos, exigindo-se maioria qualificada de 3/5; no procedimento de
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aprovação de emendas constitucionais, há possibilidade de membros do Congresso Nacional apresentarem emendas,
proposições feitas para alteração da proposta original, que serão posteriormente votadas em conjunto.
- promulgação – as emendas constitucionais aprovadas são promulgadas conjuntamente pelas Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal; em razão do elevado quorum exigido para aprovação de emendas à
Constituição, não estão sujeitas à sanção ou veto do Presidente da República.
- publicação – promulgada a emenda constitucional, a nova norma constitucional deverá ser publicada no Diário
Oficial para chegar ao conhecimento de todos.
- cláusulas pétreas, cerne fixo ou partes imutáveis da Constituição – a forma federativa de Estado; o voto direto,
secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; os direitos e garantias individuais.
- leis complementares:
- conceito – são leis aprovadas por maioria absoluta em hipóteses especialmente exigidas pela CF.
- procedimento – seguem o mesmo procedimento das leis ordinárias para serem aprovadas, inclusive com a fase de
sanção ou veto do Presidente da República, mas com a exigência de aprovação por maioria absoluta.
- leis ordinárias: é o ato legislativo típico; é aprovado por maioria simples; pode dispor sobre toda e qualquer matéria,
vedadas as reservadas à lei complementar e as de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de suas Casas
Legislativas, que são tratadas por decretos legislativos e resoluções; é considerada lei ordinária toda aquela que não for
apresentada como “complementar” ou “delegada”.
- leis delegadas:
- conceito – são leis elaboradas pelo Presidente da República, em virtude de autorização concedida pelo Poder
Legislativo.
- procedimento – as leis delegadas dispensam a sanção presidencial, pois o Presidente da República já recebeu
autorização do Congresso Nacional para legislar sobre determinada matéria; contudo, o Congresso pode determinar
a sujeição do projeto de lei delegada elaborado pelo Presidente da República à aprovação pelo Poder Legislativo, em
votação única, vedada qualquer emenda.
- medidas provisórias:
- conceito – são atos editados pelo Presidente da República, com força de lei, em situações de relevância e urgência,
devendo ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional, sob pena de perda de eficácia, se não forem aprovadas
no prazo de 30 dias.
- medidas provisórias e decretos-leis – a medida provisória veio substituir o antigo decreto-lei, que era aprovado
por decurso de prazo, caso não apreciado no período de 45 dias.
- eficácia derrogatória – as medidas provisórias são atos editados pelo Presidente da República com força de lei;
como é do conhecimento de todos, uma lei somente é revogada por outra; a medida provisória apenas suspende a
eficácia de lei anterior que disponha sobre o mesmo tema; caso aprovada, com a conversão da medida provisória em
lei, ocorrerá a revogação da lei anterior.
- vedações de medidas provisórias – em matéria penal; em matéria sujeita a lei complementar; regulamentação de
emendas constitucionais e matérias que não possam ser objeto de delegação.
- decretos legislativos: são os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, não sujeitos à sanção ou veto
do Presidente da República, geralmente com efeitos externos, utilizados nas hipóteses previstas no art. 49 da CF; não
devem ser confundidos com os antigos decretos-leis, nem com os decretos expedidos pelo Poder Executivo.
- resoluções: são os atos de competência privativa do Congresso Nacional, do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados, geralmente com efeitos internos, utilizados nos demais casos previstos na CF e nos Regimentos Internos
respectivos.
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12 – PODER EXECUTIVO
INTRODUÇÃO: a função tradicional é administrar o Estado de acordo com as leis elaboradas pelo Poder
Legislativo.
DATA DAS ELEIÇÕES: no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
presidencial vigente, em primeiro turno; caso haja necessidade de um segundo turno entre os dois
candidatos mais votados, as eleições serão realizadas no último domingo de outubro.
REQUISITOS: ser brasileiro nato; estar no pleno gozo de direitos políticos; possuir mais de 35 anos de
idade.
PERDA DO CARGO: condenação proferida pelo Senado Federal, por 2/3 de votos, em processo de
“impeachment”, pela prática de crime de responsabilidade, após ter sido admitida a acusação pela Câmara
dos Deputados, também pelo mesmo quorum qualificado; condenação proferida pelo STF pela prática de
crime comum, após ter sido admitida a acusação, por 2/3 dos votos, pela Câmara dos Deputados; declaração
da vacância do cargo por não tomarem posse dos cargos para os quais foram eleitos no prazo de 10 dias;
ausência do País por período superior a 15 dias sem licença do Congresso Nacional.
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PRERROGATIVAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: na vigência de seu mandato, não poderá ser
preso antes do trânsito em julgado de sentença condenatória, nem responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções; não se trata de irresponsabilidade penal absoluta; por crimes cometidos em razão
do exercício de suas funções o Presidente da República poderá vir a ser processado criminalmente perante o
STF, desde que obtida a indispensável licença da Câmara dos Deputados, por 2/3 dos votos; somente não
poderá ser processado, durante seu mandato, por crimes cometidos antes da investidura no cargo, bem como
por delitos praticados na sua vigência, mas estranhos à função presidencial.
13 – PODER JUDICIÁRIO
INTRODUÇÃO: compete ao Poder Judiciário a função jurisdicional do Estado, ou seja, de distribuição de
justiça, de aplicação da lei em caso de conflito de interesses.
SELEÇÃO DOS MEMBROS: a regra de ingresso dos membros do Poder Judiciário de primeira instância,
no Brasil, é o concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as suas fases,
obedecendo-se nas nomeações a ordem de classificações; para os tribunais, a nossa CF estabelece a
nomeação de alguns cargos pelo Chefe do Poder Executivo; 1/5 dos Tribunais Regionais Federais e dos
Tribunais Estaduais (Tribunais de Justiça, Tribunais de Alçada e Tribunais da Justiça Militar) é composto de
membros do MP, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e ilibada
reputação, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados por lista sêxtupla da respectiva
classe.
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JUSTIÇA COMUM ESTADUAL JUSTIÇA COMUM FEDERAL
JUSTIÇA ESTADUAL: sua competência é residual; o que não couber à Justiça Federal Comum, às
Justiças Federais Especializadas (trabalhista, eleitoral e militar) e à Justiça Militar Estadual será de sua
competência.
JUSTIÇA FEDERAL: tem como competência julgar as causas em que houver interesse da União ou de
suas entidades descentralizadas, como autoras, assistentes ou oponentes, com exceção das de falência,
acidentes do trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
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JUSTIÇA DO TRABALHO: tem como competência conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos,
bem como outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho entre patrões e empregados.
STF
↑
TST
↑
TRT
↑
Juízes do Trabalho
(Varas do Trabalho)
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JUSTIÇA ELEITORAL: tem com finalidade cuidar da lisura de todo o processo eleitoral.
STF
↑
TSE
↑
TRE
↑
Juízes Eleitorais
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JUSTIÇA ELEITORAL: tem como competência julgar os crimes militares definidos em lei.
STF
↑
STM
↑
Juízes Auditores
↑
Juízes Militares
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF): trata-se de órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro,
com a função principal de “guarda da Constituição”; compete-lhe a relevante atribuição de julgar as
questões constitucionais, assegurando a supremacia da CF em todo o território nacional; todavia, o STF não
é uma Corte exclusivamente constitucional, pois diversas outras atribuições foram-lhe conferidas pela CF;
observa-se, ainda, que a defesa da Carta Política não é tarefa exclusiva sua; compete a todos os poderes
constituídos assegurar a supremacia da CF, e o Poder Judiciário pode exercer o controle da
constitucionalidade de forma concentrada e em abstrato ou difusa e em concreto; é composto de 11
Ministros nomeados pelo Presidente da República, após prévia aprovação pela maioria absoluta do Senado
Federal; são cidadãos com mais de 35 e menos de 75 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação
ilibada; só brasileiros natos podem integrar a Suprema Corte do Brasil.
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ): tem como finalidade julgar as questões federais da Justiça
Comum no Brasil, assegurando a supremacia da legislação federal em todo o País, bem como a
uniformidade de interpretação entre os tribunais das normas emanadas da União; é composto, no mínimo,
de 33 Ministros; compete principalmente apreciar “questões federais”, julgando os recursos especiais
interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais Federais e de Tribunais Estaduais, quando a decisão
recorrida: contrariar ou negar a vigência de lei federal, julgar válido ato do governo local contestado em
face de lei federal ou der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
14 – MINISTÉRIO PÚBLICO
INTRODUÇÃO: é instituição permanente, essencial á função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa
da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis; compete à
instituição atuar:
a) como órgão de defesa dos interesses sociais (p. ex., combate à criminalidade, controle externo da
atividade policial, defesa do patrimônio público e social e defesa dos interesses difusos);
b) como fiscal do rigoroso cumprimento da lei em uma sociedade democrática (p.ex., “custos legis” em
processos de controle da constitucionalidade e nos mandados de segurança); e
c) como defensor de interesses individuais indisponíveis (p. ex., tutela de interesses de menores,
incapazes e acidentados).
NATUREZA JURÍDICA: não faz parte da estrutura de nenhum dos poderes políticos, devendo ser tratado
como uma instituição à parte, com autonomia financeira e administrativa.
ATRIBUIÇÕES: estão enumeradas, de forma não taxativa, no art. 129 da CF; algumas merecem ser
destacadas:
1ª) cabe à instituição promover, de forma privativa, a ação penal púbica (caso não cumpra seu dever no
prazo previsto em lei, há possibilidade de oferecimento de uma ação penal privada subsidiária da
pública);
2ª) função de “ombusdsman”, de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública aos direitos assegurados nesta CF, promovendo as medidas necessárias a sua
garantia;
3ª) promover, de forma não privativa, a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (p. ex., defesa dos consumidores,
das crianças e adolescentes, dos deficientes físicos, dos idosos, dos investidores no mercado
imobiliário);
4ª) promover ação de inconstitucionalidade de lei ou representação para fins de intervenção;
5ª) controle externo da atividade policial;
6ª) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade.
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VEDAÇÕES: a) receber honorários, percentagens ou custas processuais; exercer a advocacia; participar de
sociedade comercial, na forma da lei; exercer qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas em lei.
15 – ADVOCACIA
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO: é a instituição que representa a União, judicial e extrajudicialmente,
além de exercer as atividades de consultoria e assessoramento.
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17 – HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1ª Constituição – 1824 (1888 – Independência do Brasil)
2ª Constituição – 1891 (1889 – proclamação da República)
3ª Constituição – 1934 (1930 – Revolução de 30)
4ª Constituição – 1937 (1937 – Estado Novo)
5ª Constituição – 1946 (1945 – redemocratização)
6ª Constituição – 1967 (1964 – Golpe de 64)
7ª Constituição – 1969 (1968 – AI-5)
8ª Constituição – 1988 (1988 – redemocratização)
- sempre que ocorreu uma alteração fundamental na estrutura do poder político na história brasileira uma
Constituição, uma nova lei básica de organização e delimitação dos poderes do Estado, foi editada pra dar a
formulação jurídica em conformidade com a ordem surgida.
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ELABORADA POR ROBERTO CESCHIN, BACHAREL EM “DIREITO” PELA “FUNDAÇÃO DE ENSINO
OCTÁVIO BASTOS” E “ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS” PELA “FAE”, AMBAS SITUADAS NA
CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA-SP, COM BASE NA COLEÇÃO SINOPSES JURÍDICAS DA
EDITORA SARAIVA.
E-MAIL: [email protected] / [email protected] / [email protected]
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