Matemática Essencial2
Matemática Essencial2
Matemática Essencial2
Trigonometria
Trigonometria
Trigonometria
Trigonometria
Pascoal Zita
I
II
III
IV
Trigonometria V
Trigonometria VI
Trigonometria VII
Trigonometria VIII
Trigonometria IX
Exerccios Resolvidos de Trigonometria
Funes Trigonomtricas Inversas
Teorema dos Senos - TS
Teorema dos Cosenos - TC
Teorema das reas - TA
Um Produto de Senos e Cosenos
Dois Problemas de Trigonometria
Trs Exerccios de Trigonometria
Trs crculos tangentes entre si
Uma soma de senos
Equaes Trigonomtricas I
Equaes Trigonomtricas II
Uma torre sob vrios ngulos
Logaritmo
Exerccios de Logaritmo I
Exerccios de Logaritmo II
Exerccios de Logaritmo III
Noo de clculo
Limites
Derivadas I
Derivadas II
Limites de funes - Exerccios I
Enchendo o tanque
Geometria Analtica I
Geometria Analtica II
Geometria Analtica III
Geometria Analtica IV
Geometria Analtica V
Exerccios de Geometria Analtica
Elipse
Hiprbole
Parbola
Hiprbole Equiltera
A excentricidade das cnicas
Sistema de coordenadas polares
Sistema Linear
Sistemas Lineares IV
Polinmios e equaes algbricas
Produto de Stevin
Equaes recprocas
Conjuntos
Pascoal Zita
Pascoal Zita
Pascoal Zita
TIPOS
REPRESENTAO
OBSERVAO
INTERVALO FECHADO
[p;q] = {x R; p x
q}
inclui os limites p e q
INTERVALO ABERTO
(p;q) = { x R; p x
q}
exclui os limites p e q
INTERVALO FECHADO A
ESQUERDA
[p;q) = { x R; p x
q}
inclui p e exclui q
INTERVALO FECHADO
DIREITA
(p;q] = {x R; p x
q}
exclui p e inclui q
INTERVALO SEMI-FECHADO
[p; ) = {x R; x p}
INTERVALO SEMI-FECHADO
(- ; q] = { x R; x
q}
INTERVALO SEMI-ABERTO
(- ; q) = { x R; x
q}
INTERVALO SEMI-ABERTO
(p; ) = { x p }
Nota: fcil observar que o conjunto dos nmeros reais, (o conjunto R) pode ser representado
na forma de intervalo como R = ( - ; + ).
5 - Operaes com conjuntos
5.1 - Unio ( )
Dados os conjuntos A e B , define-se o conjunto unio A B = { x; x A ou x B}.
Exemplo: {0,1,3} { 3,4,5 } = { 0,1,3,4,5}. Percebe-se facilmente que o conjunto unio
contempla todos os elementos do conjunto A ou do conjunto B.
Pascoal Zita
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2) 52 pessoas discutem a preferncia por dois produtos A e B, entre outros e conclui-se que o
nmero de pessoas que gostavam de B era:
I - O qudruplo do nmero de pessoas que gostavam de A e B;
II - O dobro do nmero de pessoas que gostavam de A;
III - A metade do nmero de pessoas que no gostavam de A nem de B.
Nestas condies, o nmero de pessoas que no gostavam dos dois produtos igual a:
*a)48
b)35
c)36
d)47
e)37
3) UFBA - 35 estudantes estrangeiros vieram ao Brasil. 16 visitaram Manaus; 16, S. Paulo e
11, Salvador. Desses estudantes, 5 visitaram Manaus e Salvador e , desses 5, 3 visitaram
tambm So Paulo. O nmero de estudantes que visitaram Manaus ou So Paulo foi:
*a) 29
b) 24
c) 11
d) 8
e) 5
Pascoal Zita
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10
2 Dados dois nmeros naturais m e n, ocorrer uma e somente uma das condies :
m = n : m igual a n (igualdade)
m > n : m maior do que n (desigualdade)
m < n : m menor do que n (desigualdade). Esta propriedade conhecida como Tricotomia.
Nota: s vezes teremos que recorrer aos smbolos ou os quais possuem a seguinte leitura:
a b : a maior do que b ou a = b.
a b : a menor do que b ou a = b
Assim por exemplo, x 3, significa que x poder assumir em N, os valores 3,2,1 ou 0.
J x < 3, teramos que x seria 2, 1 ou 0.
Operaes em N
1 Adio: a + b = a mais b.a + b = a mais b.
Propriedades:
Dados os nmeros naturais a, b, c, em N, so vlidas as seguintes propriedades:
1.1 Fechamento: a soma de dois nmeros naturais sempre um nmero natural. Diz-se ento que o
conjunto N dos nmeros naturais fechado em relao adio.
1.2 Associativa: a + (b + c) = (a + b) + c
1.3 Comutativa: a + b = b + a
1.4 Elemento neutro: a + 0 = 0 + a = a . Zero o elemento neutro da adio.
1.5 Unvoca: o resultado da adio de dois nmeros naturais nico.
1.6 Monotnica: Uma desigualdade no se altera, se somarmos um mesmo nmero natural a
ambos os membros, ou seja, se a > b ento a + c > b + c.
2 Subtrao: Observa-se que a subtrao (diferena) uma operao inversa da adio.
Se a + b = c ento dizemos que a = c b ( c menos b). bvio que o conjunto N no fechado em
relao subtrao, pois a subtrao (diferena) entre dois nmeros naturais, nem sempre um outro
nmero natural. Por exemplo, a operao 3 10 no teria resultado no conjunto N dos nmeros naturais.
Das seis propriedades do item anterior, verifica-se que a operao subtrao possui apenas aquelas dos
sub-itens (1.5) e (1.6).
3 Multiplicao: um caso particular da adio (soma), pois somando-se um nmero natural a si
prprio n vezes, obteremos a + a + a + ... + a = a . n = a x n
Na igualdade a . n = b, dizemos que a e n so os fatores e b o produto.
Propriedades:
Dados os nmeros naturais a, b e c, so vlidas as seguintes propriedades:
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Critrios de divisibilidade em N
J sabemos que se um nmero natural a no nulo, divisor de um nmero natural b, ento a
diviso b:a exata, ou seja, possui resto nulo. Poderemos escrever ento, com base no
teorema de Euclides: b = q . a, onde q um nmero natural denominado quociente.
Diz-se neste caso que o nmero natural b divisvel pelo nmero natural a, ou simplesmente,
b divisvel por a.
Exemplos:
10 divisvel por 5, porque 10:5 = 2 e resto zero 10 = 2.5
81 divisvel por 3, porque 81:3 = 27 e resto zero 81 = 27.3
1220 divisvel por 5, porque 1220:5 = 244 e resto zero 1220 = 244.5, etc
Vamos analisar alguns casos principais de divisibilidade em N - conjunto dos nmeros naturais
- por 2, 3, 4, 5, 9 e 10, apresentando uma justificativa para cada caso.
Divisibilidade por 2
Um nmero natural divisvel por 2 quando par.
Com efeito, seja n um nmero par; como todo nmero par mltiplo de 2, podemos escrever:
n = q.2 com q natural, de onde tiramos n/2 = q, ou seja, n divisvel por 2.
Exemplos:
512 divisvel por 2 pois par.
108 divisvel por 2 pois par.
1234564 divisvel por 2 pois par.
Divisibilidade por 3
Um nmero natural divisvel por 3, quando a soma dos seus algarismos tambm divisvel
por 3.
Com efeito, seja abcd um nmero genrico de 4 algarismos. Usando o princpio do valor
posicional, poderemos escrever:
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Exemplos:
1250 divisvel por 10, pois termina em zero.
134000 divisvel por 10, pois termina em zero.
Exerccio resolvido:
Um nmero de trs algarismos 2b3 adicionado ao nmero 324, obtendo-se 5c7.
Se 5c7 divisvel por 9, o valor de b + c igual a:
(1) 6
(2) 7
(3) 8
(4) 9
(5) 10
Soluo:
Temos a soma:
2b3
324
--------5c7
Da tiramos que b + 2 = c.
Como 5c7 divisvel por 9, teremos que 5 + c + 7 divisvel por 9 e, portanto, c = 6,
pois neste caso, 5 + c + 7 = 5 + 6 + 7 = 18 e 18 divisvel por 9.
Como b + 2 = c, vem que b + 2 = 6, de onde tiramos b = 4.
Logo, b + c = 4 + 6 = 10, que a resposta procurada.
Verificao:
2b3 = 243
5c7 = 563
Realmente, 243 + 324 = 567 e 567 divisvel por 9, pois 5 + 6 + 7 = 18 e 18 divisvel por 9.
Agora resolva este:
Determine os algarismos a e b no nmero 32a471b, de modo que este nmero seja divisvel
por 9 e por 10.
Resposta: a = 1 e b = 0.
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a b = a + (-b)
Exemplos:
10 (-3) = 10 + (+3) = 13
(-5) (- 10) = (-5) + (+10) = +5 = 5
(-3) (+7) = (-3) + (-7) = - 10
3 Multiplicao: um caso particular da adio (soma), pois somando-se um nmero inteiro a
si prprio n vezes, obteremos a + a + a + ... + a = a . n = a x n
Na igualdade a . n = b, dizemos que a e n so os fatores e b o produto.
A multiplicao de nmeros inteiros, dar-se- segundo a seguinte regra de sinais:
(+) x (+) = +
(+) x (-) = (-) x (+) = (-) x (-) = +
Apresentaremos uma justificativa para a regra acima, mais adiante neste captulo, ou
seja, o porqu de MENOS x MENOS ser MAIS!
Exemplos:
(-3) x (-4) = +12 = 12
(-4) x (+3) = -12
Propriedades:
Dados os nmeros inteiros a, b e c, so vlidas as seguintes propriedades:
3.1 Fechamento: a multiplicao de dois nmeros inteiros sempre outro nmero inteiro.
Dizemos ento que o conjunto Z dos nmeros inteiros fechado em relao operao de
multiplicao.
3.2 Associativa: a x (b x c) = (a x b) x c ou a . (b . c) = (a . b) . c
3.3 Comutativa: a x b = b x a
3.4 Elemento neutro: a x 1 = 1 x a = a. O nmero 1 o elemento neutro da multiplicao.
3.5 Unvoca: o resultado da multiplicao de dois nmeros inteiros nico.
3.6 Uma desigualdade no se altera, se multiplicarmos ambos os membros, por um mesmo
nmero inteiro positivo, ou seja, se a > b ento a . c > b . c
3.7 - Uma desigualdade muda de sentido, se multiplicarmos ambos os membros por um
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I Introduo
Sendo a e b dois nmeros inteiros, com a condio de b no nulo, chama-se nmero racional ao
quociente a / b .
Assim, so exemplos de nmeros racionais:
2/3, -3/5, 87/95, ... , etc
O conjunto dos nmeros racionais representado pela letra Q . O uso da letra Q deriva da palavra inglesa
quotient , que significa quociente, j que a forma geral de um nmero racional um quociente de dois
nmeros inteiros.
Como todo nmero inteiro a pode ser escrito na forma a / 1 = a , conclumos que todo nmero inteiro
tambm um nmero racional. Assim, trivial perceber que o conjunto dos nmeros inteiros est contido
ou um subconjunto do conjunto dos nmeros racionais, ou seja: Z Q .
Os nmeros racionais podem tambm ser representados na forma de um nmero decimal, ou seja, na
forma i,d onde i a parte inteira e d a parte decimal.
Por exemplo, 4/5 = 0,8 ; 3/5 = 0,6 ; 2/3 = 0,6666... ; 20/3 = 6,3333... ; etc
Observe que todas as dzimas peridicas (tambm conhecidas como nmeros decimais peridicos) so
nmeros racionais, uma vez que elas podem ser escritas
na forma a / b com b 0.
Exemplos:
1 Escreva na forma a / b o nmero racional r = 1,25252525...
Sendo r = 1,252525... , multiplicando ambos os membros por 100, teremos:
100.r = 125,252525...
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Usando uma terminologia comumente aceita, se a < b, dizemos que a frao prpria e se a > b ,
dizemos que a frao imprpria. Se a for um mltiplo de b, a frao a / b ser um nmero inteiro e a
frao dita aparente.
Assim, por exemplo, 5 / 7 uma frao prpria, 9 / 5 uma frao imprpria e
10 / 5 = 2 uma frao aparente. Saliente-se que trata-se apenas de uma terminologia consagrada pelo
uso, sem nenhum sentido prtico e, eu diria, talvez at intil.
importante acrescentar que o conjuntos dos nmeros racionais denso e infinito, ou seja, dados dois
nmeros racionais r1 e r2, sempre existir um nmero racional r
tal que r1 < r < r2 .
Por exemplo, entre os nmeros inteiros 7 e 8 no existe nenhum outro nmero inteiro, porm existe um
nmero infinito de nmeros racionais entre eles. 7,1; 7,9; 7,0045; 7,999; .. etc so apenas alguns dos
infinitos exemplos possveis.
II Operaes com nmeros racionais
a) Adio e subtrao
Sejam os nmeros racionais a / b e c / d onde a, b, c e d so nmeros inteiros com b e d diferentes
de zero.
A soma e a subtrao destes nmeros racionais, obedecem seguinte regra:
(a / b) (c / d) = (ad bc) / (bd)
Observe que se os denominadores b e d forem iguais, a igualdade acima
se reduz a:
(a / b) (c / b) = (a c) / b
que um caso particular da expresso geral.
Ou seja: para somar duas fraes de mesmo denominador, adicionam-se os numeradores e mantm-se o
denominador comum.
Exemplos:
a) (2 / 5) - (1 / 5) = (2 - 1) / 5 = 1 / 5
b) (4 / 3) + (8 / 3) = (4 + 8) / 3 = 12 / 3 = 4
c) (2 / 5) + (3 / 4) = (2 . 4 + 5 . 3) / (5 . 4) = 23 / 20
d) (5 / 3) (3 / 4) = (5 . 4 3 . 3) / (3 . 4) = 11 / 12
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1 Introduo
Vimos na aula anterior , os nmeros racionais, aqueles que podem ser escritos na forma de uma fraco
a / b onde a e b so dois nmeros inteiros, com a condio de que b seja diferente de zero, uma vez que
sabemos da impossibilidade matemtica da diviso por zero.
Vimos tambm, que todo nmero racional pode ser escrito na forma de um nmero decimal peridico,
tambm conhecido como dzima peridica.
Vejam os exemplos de nmeros racionais a seguir:
3 / 4 = 0,75 = 0,750000...
- 2 / 3 = - 0,666666...
1 / 3 = 0,333333...
2 / 1 = 2 = 2,0000...
4 / 3 = 1,333333...
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1,50000...
0 = 0,000... etc
Existe entretanto, uma outra classe de nmeros que no podem ser escritos na forma de frao
a / b , conhecidos como nmeros irracionais , os quais sero abordados de uma forma elementar neste
captulo.
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etc
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Soluo:
A raiz quadrada no denominador do primeiro membro nos indica claramente que x
um nmero real positivo, pois no existe raiz quadrada real de nmero negativo e o
denominador de uma expresso no pode ser nulo, pois no existe diviso por
zero.
A equao acima dita irracional porque contm uma incgnita sob radical, no caso
o x .
Posto isto, faamos x = y , de onde tiramos x = y2 .
Substituindo na equao dada fica:
50y2 / y = (y2 / 2) + 500
Simplificando, lembrando que y > 0, pois y = x , vem:
50y = y2 / 2 + 500
Multiplicando ambos os membros por 2, teremos:
100y = y2 + 1000
Arrumando convenientemente, vem:
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y2 100y + 1000 = 0
Trata-se de uma equao do segundo grau em y , do tipo ay2 + by + c = 0, cuja
resoluo pode ser feita pela aplicao da frmula de Bhaskara:
y = (-b a onde b2 4ac, termo conhecido como discriminante.
No nosso caso temos: a = 1, b = -100 e c = 1000.
Aplicando a frmula acima teremos ento:
y = (100 2015) / 2 = 50 1015
Lembrando que y > 0, observe que ambas razes servem ao problema, j que
tanto 50 + 1015 como 50 - 1015 so nmeros positivos.
Lembrando que x = y2 vem, substituindo:
x = (50 1015)2 = 502 2.50.1015 + (1015)2 = 4000 100015
Portanto, as razes procuradas so:
x = 4000 + 100015 OU x = 4000 - 100015
Portanto, as razes da equao dada so dois nmeros irracionais, cujos valores
aproximados so :
x1 = 4000 + 100015 7872,9833
x2 = 4000 - 100015 127,0167
Por simples substituio dos valores na equao original, confirmamos que os
valores acima so realmente as solues da equao proposta.
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O Princpio da Induo
I Introduo
Consultando um Dicionrio voc encontrar a seguinte definio para Induo : ato ou efeito de induzir ;
raciocnio em que de casos particulares se tira uma concluso genrica .
O Princpio da Induo PI , nos fornecer um mtodo seguro para comprovar propriedades envolvendo
nmeros naturais, obtidas pela observao de casos particulares.
Este tpico, infelizmente, no abordado na maioria dos livros de Matemtica do segundo grau, o que
uma pena, pois ele uma tima oportunidade de familiarizar o aluno desde o incio, com as
demonstraes de propriedades, que geralmente so aceitas sem nenhum tipo de prova. A simples
apresentao de frmulas aos alunos, sem demonstrar a sua origem, pode inclusive ser a responsvel pela
quase ojeriza e at averso que muitos estudantes tem em relao Matemtica.
Ainda que o Princpio de Induo se aplique to somente s demonstraes de propriedades envolvendo
nmeros naturais, ainda assim um bom como.
II O Princpio da Induo
Seja N = {1 , 2 , 3 , 4 , 5 , ... , n , ... } o conjunto dos nmeros naturais.
Seja P(n) uma determinada propriedade relativa aos nmeros naturais.
O Princpio da Induo PI afirma que:
Se P(1) for verdadeira e o fato de P(n) ser verdadeira implicar em P(n + 1) tambm ser verdadeira ento a
propriedade P(n) verdadeira para todo nmero natural n.
Em resumo e simbolicamente:
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(b) Vamos agora supor a veracidade de S(n) e concluir pela veracidade de S(n + 1).
Com efeito,
S(n+1) = 1.2 + 2.3 + 3.4 + n (n+1) + (n+1) (n+2)
Usando a hiptese de induo e substituindo o valor conhecido de S(n) vem:
S(n+1) = [n (n +1) (n + 2) / 3] + (n+1) (n +2)
Desenvolvendo e simplificando a expresso acima fica:
S(n+1) = [n (n+1) (n+2) + 3(n+1) (n +2)] / 3
Colocando (n+2) em evidencia, fica:
S(n + 1) = [(n+2) [n (n + 1) + 3(n + 1)]] / 3
Colocando agora (n + 1) em evidencia, vem finalmente:
S(n+1) = [(n+1) (n +2) (n +3) ] / 3 que a mesma frmula para (n +1). Logo, fica provada a veracidade
da frmula dada para todo n natural.
III Princpio da Induo Generalizado
O Princpio da Induo pode ser tambm enunciado de uma forma generalizada como segue:
Se P(k) com k N , n N e k < n , for verdadeira e o fato de P(n) ser verdadeira implicar em P(n + 1)
tambm ser verdadeira ento a propriedade P(n) verdadeira para todo nmero natural n.
Em resumo e simbolicamente:
(a) P(k) verdadeiro
(b) P(n) verdadeiro P(n + 1) verdadeiro
Ou simplificadamente,
P(n) P(n + 1)
P verdadeira para todo nmero natural maior ou igual a k.
P(k) conhecido como Condio Inicial .
P(n) conhecida como Hiptese de Induo .
Observe que a nica diferena em relao ao pargrafo ( I ) acima que consideramos na condio
inicial um valor k no necessariamente igual a 1 embora k possa assumir tambm este valor unitrio.
Vamos a seguir dar exemplos simples de uso do Princpio da Induo Generalizado:
1 Prove por induo que 3n2 n > 23 para todo n > 2.
(a) P(3) = 3.32 3 = 24 > 23 e portanto P(3) verdadeira.
(b) Admitindo a validade de 3n2 n > 23 para todo n > 2 (hiptese de induo) , vamos provar que ela
tambm vlida para (n +1).
Com efeito,
3(n +1)2 (n + 1) = 3 (n2 + 2n + 1) n 1 = 3n2 + 6n + 3 n 1 = (3n2 n ) + 6n + 2
Usando a hiptese de induo 3n2 n > 23 para todo n > 2 e substituindo na expresso acima, vem:
3(n +1)2 (n + 1) = (3n2 n ) + 6n + 2 > 23 + 6n + 2 = 25 + 6n > 23
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Como q2 um nmero inteiro, a expresso entre parntesis deve tambm ser um nmero inteiro, que
chamaremos de k.
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Uma potncia de potncia e uma venda com lucro: dois exerccios simples
Nota: os enunciados dos dois problemas a seguir, foram enviados a mim atravs e-mail de dois
visitantes do site. Como nem sempre tenho tempo de responder a todos os e-mails que recebo,
normalmente publico as solues solicitadas na forma de arquivo. Tenho procedido assim j h
muito tempo pois, entendo que universalizando as solues no site, estarei ajudando a um
nmero maior de pessoas. Este o 320 arquivo publicado no site, que este ano estar
completando 10 anos! Sim, os primeiros arquivos foram publicados em 1995, embora em outro
provedor! Lembrem-se que em 1995 a INTERNET estava apenas comeando no BRASIL.
1 - O nmero N o nmero 1 seguido de 100 zeros. Nestas condies, o nmero N N o nmero
1 seguido de:
a) 100 N zeros
b) N2 zeros
c) 102N zeros
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d) NN zeros
e) 110N zeros
Soluo:
O nmero 10m , com m inteiro positivo, um nmero formado por 1 seguido de m zeros.
Exemplos:
101 = 10
102 = 100
103 = 1 000
104 = 10 000
105 = 100 000
...................................
1010 = 10 000 000 000
e assim sucessivamente.
Aproveitando a oportunidade, relembramos que o nmero 10 m , com m inteiro positivo, um nmero
formado por 1 precedido de m zeros.
Exemplos:
10 1 = 0,1
10 2 = 0,01
10 3 = 0,001
10 4 = 0,0001
.............................
10 8 = 0,00000001
e assim sucessivamente.
Voltando questo proposta:
Sabemos que o nmero 1 seguido de 100 zeros igual a 10100 , ou seja, N = 10 100 .
Portanto, como 10100 = N, o nmero N N ser igual a:
A concluso acima baseia-se na seguinte propriedade das potncias: (a m)n = a m.n , conhecida com potncia
de potncia.
Ora, sabemos que o nmero 10 m com m inteiro positivo um nmero formado por 1 seguido de m zeros.
Logo, 10100N ser um nmero formado por 1 seguido por 100N zeros, o que nos leva tranqilamente
alternativa A.
Agora resolva este:
O nmero M o nmero 1 seguido de 1000 zeros. Nestas condies, o nmero M M o nmero 1 seguido
de:
a) 100 M zeros
b)1000M zeros
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56
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60
G1
X1
X2
X3
X4
...
Xn
G2
W1
W2
W3
W4
...
Wn
Quantidade
Pascoal Zita
10
20
30
50
100
61
Preo total ( $)
1,60
4,00
6,40
8,00
16,00
24,00
40,00
80,00
G1
X1
X2
X3
X4
...
Xn
G2
W1
W2
W3
W4
...
Wn
Pascoal Zita
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Velocidade (km/h)
20
40
50
80
100
125
200
240
12
4,8
2,4
1,92
1,2
Pascoal Zita
63
Pascoal Zita
64
Pascoal Zita
65
1 Introduo
No captulo sobre Proporcionalidade entre grandezas, introduzimos um
tratamento mais tcnico questo. Aqui, entretanto, daremos um
enfoque mais prtico, apresentando um mtodo infalvel, para resolver
qualquer problema de regra de trs composta que possa aparecer na sua
vida!.
Recomendo enfaticamente, que voc revise o arquivo Proporcionalidade
entre grandezas, clicando no link acima.
O Mtodo Prtico consiste em:
a) escrever em coluna as variveis do mesmo tipo, ou seja, aquelas
expressas na mesma unidade de medida.
b) Identificar aquelas que variam num mesmo sentido (grandezas
diretamente proporcionais) e aquelas que variam em sentidos opostos
(grandezas inversamente proporcionais), marcando-as com setas no mesmo
sentido ou sentidos opostos, conforme o caso.
c) A incgnita x ser obtida da forma sugerida no esquema abaixo,
dada como exemplo de carter geral.
Sejam as grandezas A, B, C e D, que assumem os valores indicados
abaixo, e supondo-se, por exemplo, que a grandeza A seja diretamente
proporcional grandeza B, inversamente proporcional grandeza C e
inversamente proporcional grandeza D, podemos montar o esquema a
seguir:
Pascoal Zita
66
Pascoal Zita
67
Resp: 1944 m
2.2 Em uma fbrica, vinte e cinco mquinas produzem 15000 peas de
automvel em doze dias, trabalhando 10 horas por dia.
Quantas horas por dia, devero trabalhar 30 mquinas, para produzirem
18000 peas em 15 dias?
Soluo:
Observe que:
Aumentando o nmero de horas/dia, aumenta o nmero de peas, diminui o
nmero de dias necessrios e diminui o nmero de mquinas necessrias.
Portanto:
Resp: 8 h
2.3 Certo trabalho executado por 15 mquinas iguais, em 12 dias de
10 horas. Havendo defeito em trs das mquinas, quantos dias de 8
horas devero trabalhar as demais, para realizar o dobro do trabalho
anterior?
Soluo:
Aumentando o nmero de dias, diminui o nmero de horas/dia necessrios
e diminui o nmero de mquinas necessrias.
Podemos tambm dizer que para realizar o dobro do trabalho, o nmero
de dias deve aumentar.
Portanto, podemos montar o seguinte esquema:
Pascoal Zita
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Pascoal Zita
69
PREO ($)
10
x
Pascoal Zita
70
Pascoal Zita
71
MDC e MMC
Pascoal Zita
72
|
2
|
2
|
60 2
|
30 2
|
15 3
|
55
1
|3
|
17 17
1
Pascoal Zita
73
168
72| 24|
|
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75
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76
77
Exemplos:
Sistema de base 10: so usados os algarismos 0,1,2,3,...,9.
Sistema de base 8: so usados os algarismos 0,1,2,3,..7. Este sistema
tambm conhecido como sistema octal.
Sistema de base 2: so usados os algarismos 0 e 1.
Este sistema tambm conhecido como sistema binrio.
Sistema de base 16: so usados os algarismos 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 e os
smbolos A,b,C,d,E,F para representar os numerais 10,11,12,13,14 e 15,
respectivamente.
Como este sistema utiliza as letras A,b,C,d,E,F para representar os numerais 10,11,12,13,14 e 15
respectivamente, alguns numerais escritos na base 16 podem possuir somente letras.
Exemplos:
O numeral 64218 escrito na base 16 fica: FAdA
O numeral 12237514 escrito na base 16 fica: bAbACA
O numeral 186 escrito na base 16 fica: bA
Convido o leitor a comprovar os exemplos acima, aps a leitura integral deste texto.
Este sistema tambm conhecido como sistema hexadecimal.
Retornando questo do sistema binrio objetivo deste arquivo - e,
sem maiores delongas, usando uma analogia com o sistema de base 10,
poderemos escrever o numeral de um nmero de base 2 na base 10, da
seguinte forma:
Dado o nmero de numeral (abcd...j) composto por n algarismos (todos
iguais a 0 ou 1), escrito na base 2, ou seja, utilizando apenas os
algarismos ou dgitos 0 e 1, poderemos convert-lo para a base 10, da
seguinte forma:
(abcd...j)(2 = (a.2n-1 + b.2n-2 + ... + j.20) na base 10.
Nota: (abcd...j)(2 representa um numeral escrito na base 2, onde
a,b,c,d, ...,j so iguais a 0 ou 1.
Exemplos:
101(2 = 101 na base 2 = 1.22 + 0.21 + 1.20 = 5 (5 escrito na base 10).
111(2 = 111 na base 2 = 1.22 + 1.21 + 1.20 = 7 (7 escrito na base 10).
1010(2 = 1.23 + 0.22 + 1.21 + 0.20 = 10 (10 escrito na base 10).
10001(2 = 1.24 + 0.23 + 0.22 + 0.21 + 1.20 = 17 (17 escrito na base 10).
Pascoal Zita
78
10 + 8
10 + 4
10 + 2
algarismos de baixo para cima: 248
Pascoal Zita
79
80
Valor absoluto
1
5
10
50
100
500
1000
etc.
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81
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82
72 = 7.7 = 49
25 = 2.2.2.2.2 = 32
63 = 6.6.6 = 216
107 = 10.10.10.10.10.10.10 = 10000000 (dez milhes)
106 = 10.10.10.10.10.10 = 1000000 (um milho)
Nota:
Observe que a potncia 10n igual a 1 seguido de n zeros.
Assim, por exemplo, 1010 = 10000000000 (dez bilhes).
1.1 Convenes:
a) potncia de expoente zero
Pascoal Zita
83
Pascoal Zita
84
Desenvolvimento:
A = {[(27 : (22)3)]5}-2 = {[27 : 26]5}-2 = {[21]5}-2 = 2-10 = 1/210 = 1/1024
2 - Radicais
A forma mais genrica de um radical :
que lido com 5 raiz cbica de 25, onde 5 o coeficiente, 3 o ndice e 25, o
radicando.
310 que lido como 3 raiz quadrada de 10, onde 3 o coeficiente, 2 (no
indicado, por conveno) o ndice e 10, o radicando.
2.1 - Potncia de expoente fracionrio
Exemplo:
Pascoal Zita
85
Exemplo:
Portanto, para introduzir um coeficiente num radical, basta elevar este coeficiente a
um expoente igual ao seu ndice.
Esta propriedade bastante til tambm, para a simplificao de radicais, pois s
vezes, a depender do tipo de problema que est sendo abordado, pode tornar-se
necessrio percorrer o caminho inverso. Assim, por exemplo,
Exemplo:
Pascoal Zita
86
Exemplos:
Como 2 elevado a 4 igual a 16, dizemos que 2 uma raiz quarta de 16.
Como 3 elevado a 2 igual a 9, dizemos que 3 uma raiz quadrada de 9.
Como 5 elevado a 3 igual a 125, dizemos que 5 uma raiz cbica de 125, etc
Pascoal Zita
87
2 Racionalizao de denominadores
Como regra geral, para racionalizar o denominador de uma frao, basta multiplicar
o numerador e denominador desta, por um termo conveniente denominado Fator
Racionalizante.
Saber escolher o fator racionalizante corretamente caracteriza-se como a parte
mais importante da soluo do problema. Vejamos alguns exemplos elucidativos:
a)
c)
Resposta:
Pascoal Zita
88
Lgica Matemtica I
1 - INTRODUO
89
no
ou
se ... ento
se e somente se
tal que
implica
equivalente
existe
existe um e somente
um
3 - O Modificador Negao
Dada a proposio p , indicaremos a sua negao por ~p . (L-se " no p " ).
Ex.: p: Trs pontos determinam um nico plano ( V )
~p: Trs pontos no determinam um nico plano ( F )
Obs.: duas negaes eqivalem a uma afirmao ou seja, em termos simblicos: ~(~p) = p .
Pascoal Zita
90
pq
pq
p q
pq
91
Lgica Matemtica II
Vimos no texto anterior, a tabela verdade - reproduzida abaixo - que permite determinar o valor
lgico de uma proposio composta, conhecendo-se os valores lgicos das proposies
simples que a compem.
p
p q
p q
p q
p q
Pascoal Zita
92
p q
Pascoal Zita
93
p q
p q
(p q) (p q)
Pascoal Zita
94
Observe que quaisquer que sejam os valores lgicos das proposies simples p e q, a
proposio composta s sempre logicamente verdadeira. Dizemos ento que s uma
TAUTOLOGIA.
Trazendo isto para a linguagem comum, considere as proposies: p: O Sol um planeta
(valor lgico falso - F) e q: A Terra um planeta plano (valor lgico falso - F), podemos concluir
que a proposio composta "Se o Sol um planeta e a Terra um planeta plano ento o Sol
um planeta ou a Terra um planeta plano" uma proposio logicamente verdadeira.
Opostamente, se ao construirmos uma tabela verdade para uma proposio composta,
verificarmos que ela sempre falsa, diremos que ela uma CONTRADIO.
Ex.: A proposio composta t: p ~p uma contradio, seno vejamos:
~p
p ~p
NOTA: Se uma proposio composta formada por n proposies simples, a sua tabela
verdade possuir 2n linhas.
Ex.: Construa a tabela verdade da proposio composta t: (p q) r
Teremos:
(p q)
(p q) r
Pascoal Zita
95
Pascoal Zita
96
p q
~(p q)
Pascoal Zita
97
~q
p ~q
Tabela 2:
Observando as ltimas colunas das tabelas verdades 1 e 2 , percebemos que elas so iguais,
ou seja, ambas apresentam a seqncia F V F F , o que significa que ~(p q) = p ~q .
Exs.:
1) Qual a negao da proposio composta: "Eu estudo e aprendo"?
Do item (g) acima, conclumos que a negao procurada : "Eu no estudo ou no aprendo".
2) Qual a negao da proposio "O Brasil um pas ou a Bahia um estado" ?
Do item (g) acima, conclumos que a negao : "O Brasil no um pas e a Bahia no um
estado".
3) Qual a negao da proposio: "Se eu estudo ento eu aprendo" ?
Conforme a propriedade do item (h) acima, conclumos facilmente que a negao procurada :
"Eu estudo e no aprendo"
Pascoal Zita
98
Relaes Binrias
INTRODUO
Neste captulo, vamos estudar apenas os tpicos necessrios para um perfeito entendimento
do assunto que ser abordado no captulo seguinte: Funes.
PAR ORDENADO : conjunto ordenado de dois elementos, representado pelo smbolo (x;y)
onde x e y so nmeros reais, denominados respectivamente de abcissa e ordenada.
Ex: Par ordenado (6; -3) : abcissa = 6 e ordenada = -3.
Propriedade: dois pares ordenados so iguais , quando so respectivamente iguais as
abcissas e as ordenadas. Em termos simblicos:
(x;y) = (w;z) x = w e y = z
Ex: (2x - 4; y) = (- x; 7) 2x - 4 = - x e y = 7 x = 4/3 e y = 7.
PLANO CARTESIANO : tambm conhecido como sistema de coordenadas retangulares ;
Trata-se de um conceito introduzido no sculo XVII pelo matemtico e filsofo francs Ren
Descartes, para representar graficamente o par ordenado (xo;yo). Consiste basicamente de dois
eixos orientados que se interceptam segundo um angulo reto, num ponto denominado origem.
O eixo horizontal denominado eixo das abcissas e o eixo vertical denominado eixo das
ordenadas. Denominamos o ponto O de origem do plano cartesiano, sendo nulas a sua abcissa
e a sua ordenada, ou seja, O(0;0).
Observe que o plano cartesiano pode ser subdividido em quatro regies , que so
denominadas Quadrantes. Temos ento o seguinte quadro resumo:
QUADRANTE
ABCISSA
ORDENADA
1 quadrante
2 quadrante
3 quadrante
4 quadrante
Pascoal Zita
99
Pascoal Zita
100
Pascoal Zita
101
Funes I
1 - Definio
Dados dois conjuntos A e B no vazios , chama-se funo (ou aplicao) de A em B,
representada por
f : A B ; y = f(x) , a qualquer relao binria que associa a cada elemento de A , um nico
elemento de B .
Veja o captulo Relaes Binrias nesta pgina clicando AQUI.
Portanto , para que uma relao de A em B seja uma funo , exige-se que a cada x A
esteja associado um nico y B , podendo entretanto existir y B que no esteja associado a
nenhum elemento pertencente ao conjunto A.
Pascoal Zita
102
Pascoal Zita
103
Exerccios resolvidos:
Pascoal Zita
104
Pascoal Zita
105
Pascoal Zita
106
Nota: se uma funo y = f(x) no par nem mpar, dizemos que ela no possui paridade.
Exemplo:
O grfico abaixo, representa uma funo que no possui paridade, pois a curva no simtrica
em relao ao eixo dos x e, no simtrica em relao origem.
Pascoal Zita
107
Funes II
1 - FUNO INVERSA
Dada uma funo f : A B , se f bijetora , ento define-se a funo inversa f -1 como sendo a
funo de B em A , tal que f -1 (y) = x .
Veja a representao a seguir:
Pascoal Zita
108
Exerccio resolvido:
A funo f: R R , definida por f(x) = x2 :
a) inversvel e sua inversa f -1 (x) = x
b) inversvel e sua inversa f -1(x) = - x
c) no inversvel
d) injetora
e) bijetora
SOLUO:
J sabemos que somente as funes bijetoras so inversveis, ou seja, admitem funo
inversa. Ora, a funo f(x) = x2, definida em R - conjunto dos nmeros reais - no injetora,
pois elementos distintos possuem a mesma imagem. Por exemplo,
f(3) = f(-3) = 9. Somente por este motivo, a funo no bijetora e, em conseqncia, no
inversvel.
Observe tambm que a funo dada no sobrejetora, pois o conjunto imagem da funo f(x)
= x2 o conjunto R + dos nmeros reais no negativos, o qual no coincide com o
contradomnio dado que
igual a R. A alternativa correta a letra C.
2 - FUNO COMPOSTA
Chama-se funo composta ( ou funo de funo ) funo obtida substituindo-se a varivel
independente x , por uma funo.
Simbologia : fog (x) = f(g(x)) ou gof (x) = g(f(x)) .
Veja o esquema a seguir:
Pascoal Zita
109
Obs : atente para o fato de que fog gof , ou seja, a operao " composio de funes " no
comutativa .
Exemplo:
Dadas as funes f(x) = 2x + 3 e g(x) = 5x, pede-se determinar gof(x) e fog(x).
Teremos:
gof(x) = g[f(x)] = g(2x + 3) = 5(2x + 3) = 10x + 15
fog(x) = f[g(x)] = f(5x) = 2(5x) + 3 = 10x + 3
Observe que fog gof .
Exerccios resolvidos:
1 - Sendo f e g duas funes tais que: f(x) = ax + b e g(x) = cx + d . Podemos afirmar que a
igualdade gof(x) = fog(x) ocorrer se e somente se:
a) b(1 - c) = d(1 - a)
b) a(1 - b) = d(1 - c)
c) ab = cd
d) ad = bc
e) a = bc
SOLUO:
Teremos:
fog(x) = f[g(x)] = f(cx + d) = a(cx + d) + b fog(x) = acx + ad + b
gof(x) = g[f(x)] = g(ax + b) = c(ax + b) + d gof(x) = cax + cb + d
Como o problema exige que gof = fog, fica:
acx + ad + b = cax + cb + d
Simplificando, vem:
ad + b = cb + d
ad - d = cb - b d(a - 1) = b(c - 1), que equivalente a d(a - 1) = b(c - 1), o que nos leva a
concluir que a alternativa correta a letra A. .
2 - Sendo f e g duas funes tais que fog(x) = 2x + 1 e g(x) = 2 - x ento f(x) :
a) 2 - 2x
b) 3 - 3x
c) 2x - 5
*d) 5 - 2x
e) uma funo par.
Pascoal Zita
110
Funes III
Pascoal Zita
111
2 FUNO DO 1 GRAU
Uma funo dita do 1 grau , quando do tipo y = ax + b , onde a 0 .
Exemplos :
f(x) = 3x + 12 ( a = 3 ; b = 12 )
f(x) = -3x + 1 (a = -3; b = 1).
Propriedades da funo do 1 grau :
1) o grfico de uma funo do 1 grau sempre uma reta .
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Funes IV
Exerccios resolvidos e propostos
1 - Se f(x) = 1/[x(x+1)] com x 0 e x -1, ento o valor de S = f(1) + f(2) + f(3) + ... + f(100) :
a)100
b) 101
c) 100/101
d) 101/100
e) 1
SOLUO:
Temos:
Portanto,
f(1) = 1/1 - 1/2
f(2) = 1/2 - 1/3
f(3) = 1/3 - 1/4
f(4) = 1/4 - 1/5
f(5) = 1/5 - 1/6
.........................
..........................
...........................
f(99) = 1/99 - 1/100
f(100) = 1/100 - 1/101
Somando membro a membro as igualdades acima (observe que os termos simtricos se
anulam entre si), vem:
f(1) + f(2) + f(3) + ... + f(100) = 1 - 1/101 = 100/101, o que nos leva alternativa C.
2 - UCSal - Sejam f e g funes de R em R, sendo R o conjunto dos nmeros reais, dadas por
f(x) = 2x - 3 e f(g(x)) = -4x + 1. Nestas condies, g(-1) igual a:
a) -5
b) -4
c) 0
*d) 4
e) 5
SOLUO:
Como f(x) = 2x -3, podemos escrever: f[g(x)] = 2.g(x) - 3 = - 4x + 1
Logo, 2.g(x) = - 4x +4 g(x) = -2x + 2
Assim, g(-1) = -2(-1) + 2 = 4.
Logo, a alternativa correta a letra D.
3 - O conjunto imagem da funo y = 1 / (x - 1) o conjunto:
a) R - { 1 }
b) [0,2]
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117
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120
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121
Vem,
f(x) = x + 1
f(x2) = x2 + 1
y = f(x) y2 = [f(x)]2 = (x + 1)2
f(y2) = y2 + 1 = (x +1)2 + 1
f(x + y) = f[x + (x +1)] = f(2x + 1) = (2x + 1) + 1 = 2x + 2
f(x y) = f[x (x + 1)] = f(-1) = -1 + 1 = 0
Substituindo, vem:
x2 + 1 [(x +1)2 + 1]+ 2x + 1 = (2x + 1).0
x2 + 1 (x2 + 2x + 1 + 1)+ 2x + 1 = 0
x2 + 1 x2 2x 2 + 2x + 1 = 0
Simplificando, vem 0 = 0, e, portanto, a funo y = f(x) = x + 1, satisfaz ao problema.
Por extenso, sabendo que f uma funo, razovel supor que o valor de f(0) (que deve ser
nico, pelo conceito de funo ) igual a f(0) = 1 e que o resultado f(0) = -1, no serve.
Deixamos como exerccio para o visitante, verificar que f(x) = - (x+1), no satisfaz ao problema
proposto. Isto fcil; basta seguir os passos indicados acima para f(x) = y = x + 1.
Portanto, a nica funo que obedece ao critrio do enunciado do problema proposto, a
funo y = x + 1.
Resp: S existe uma funo que satisfaz condio dada no enunciado e esta funo y = f(x)
= x + 1.
Pascoal Zita
122
Soluo:
Teremos, fazendo n = 1, 2, 3, 4, ... na expresso f(n+1) = [(2.f(n) + 1) / 2:
n = 1 f(1 + 1) = f(2) = [2.f(1) + 1] / 2 = [2.2 + 1] / 2 = 5 / 2
n = 2 f(2 + 1) = f(3) = [2.f(2) + 1] / 2 = [2.(5 / 2) + 1] / 2 = 3
n = 3 f(3 + 1) = f(4) = [2.f(3) + 1] / 2 = [2.3 + 1] / 2 = 7 / 2
n = 4 f(4 + 1) = f(5) = [2.f(4) + 1] / 2 = [2.(7 / 2) + 1] / 2 = 4
...........................................................................................................
...........................................................................................................
Vamos resumir os valores obtidos acima:
f(1) = 2 = 4 / 2
f(2) = 5 / 2
f(3) = 3 = 6 / 2
f(4) = 7 / 2
f(5) = 4 = 8 / 2
........................
........................
Observe que o denominador sempre 2 e o numerador o valor de n acrescido de 3 unidades,
pois:
f(1) = 4 / 2
f(2) = 5 / 2
f(3) = 6 / 2
f(4) = 7 / 2
f(5) = 8 / 2
e
e
e
e
e
Pascoal Zita
4=1+3
5=2+3
6=3+3
7=4+3
8=5+3
123
Mdulo I
Module or absolute value (Mdulo ou valor absoluto)
"The positive value for a real number, disregarding the sign". Writen x . For example:
3 =3; -4 =4, and 0 =0.
Mdulo ou valor absoluto
"O valor positivo do nmero real, desprezando-se o sinal. Escreve-se x . Por exemplo: 3 = 3;
-4 = 4,
e 0 = 0".
1 - INTRODUO
Genericamente, podemos dizer que o mdulo de um nmero real, o nmero sem o seu sinal.
Assim, o mdulo de -7 7, o mdulo de -5 5, ... , etc.
Para representar o mdulo de um nmero real a , usamos a notao a , que l-se mdulo de
a.
Podemos dizer que mdulo a operao de apagar o sinal, conforme pode-se perceber nos
exemplos acima.
2 - GENERALIDADES
2.1 - Seja x um nmero real qualquer. Das consideraes do item (1)
acima, seria correto dizer que x = x ?. Claro que no! Seno vejamos:
Suponha x = -3; teremos: -3 = 3 = -(-3) = - x. Portanto para x negativo, vale a igualdade x =
-x. No se esquea do fato que se x negativo, ento -x positivo.
Somente para x positivo ou nulo que vale a igualdade x = x.
Das consideraes acima podemos concluir que o mdulo ou valor absoluto de um nmero real
qualquer sempre positivo ou nulo. Lembre-se que 0 = 0.
Pascoal Zita
124
Pascoal Zita
125
Mdulo II
1 Definio
Das consideraes da aula anterior, sabemos que o mdulo de um nmero real sempre
positivo ou nulo.
Exemplos:
-6 = 6 , 3 = 3 , 0 = 0 , etc.
Considere x = -10. Sabemos que x = -10 = 10.
Observe que sendo x = -10 um nmero negativo, o mdulo igual a 10, que exatamente o
simtrico de 10, ou seja -10 = -(-10) = 10.
Pascoal Zita
126
SOLUO:
Pela definio vem: 2x-6 = 12 2x-6=12 ou 2x-6= -12
Portanto, x = 9 ou x = -3.
Agora tente resolver as duas questes a seguir:
Pascoal Zita
127
Pascoal Zita
128
2 - Exerccios resolvidos
Resolva em R - conjunto dos nmeros reais - as seguintes inequaes modulares:
|2x + 5| 11
SOLUO:
Vem imediatamente que: -11 2x + 5 11
Somando -5 a todos os membros, fica: -16 2x 6
Da, ento, dividindo tudo por 2, conclumos finalmente: -8 x 3.
Logo, o conjunto soluo da inequao dada ser o conjunto S dado por:
S = {x R; -8 x 3} , que, representado na forma de um intervalo real, seria indicado por S =
[-8, 3].
Graficamente, teramos:
Pascoal Zita
129
Observe que no conjunto R dos nmeros reais, o conjunto soluo da inequao dada um
conjunto infinito formado por todos os nmeros reais a partir de - 8 at +3.
Se, por exemplo, fosse pedido o conjunto soluo da mesma inequao no conjunto Z dos
nmeros inteiros, o conjunto soluo seria FINITO, e igual a:
S = {-8, -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3}.
Se, por exemplo, fosse pedido o conjunto soluo da mesma inequao no conjunto N dos
nmeros naturais, o conjunto soluo seria FINITO, e igual a:
S = {0, 1, 2, 3}.
muito importante estar atento ao conjunto universo adotado na questo proposta.
Caso no seja feita nenhuma referencia, deveremos considerar que o conjunto universo
adotado sempre R - conjunto dos nmeros reais.
|x - 1| 5
SOLUO:
Teremos: x - 1 5 OU x - 1 - 5
Portanto, x 6 OU x - 4.
O conjunto soluo em R, ser ento: S = {x R; x 6 ou x - 4} .
Na forma de intervalo, teremos: S = (- , -4) (6, ).
Graficamente, teramos:
SOLUO:
Como no podemos somar diretamente os mdulos, vamos considerar o que segue:
Observe que as expresses entre mdulo, se anulam para x = -3 e x = 4.
Temos tres casos a considerar:
1 caso: x -3
Neste caso, teremos:
x + 3 0 |x + 3| = - (x + 3)
2x - 8 0 |2x - 8| = - (2x - 8)
Assim, a inequao dada ser equivalente a:
Pascoal Zita
130
Pascoal Zita
131
SOLUO:
Observando que x2 - 10x + 25 = (x - 5)2 e lembrando que a2 = |a|, vem:
Para revisar mdulo, CLIQUE AQUI. Para retornar, clique em VOLTAR no seu browser.
Portanto, |x - 5|
1 -1 x - 5 1 -1 + 5 x - 5 + 5 1 + 5 4 x 6.
Logo, o conjunto soluo da inequao dada, ser o intervalo real:
S = [4, 6].
|3x - 9| 2x
SOLUO:
Observe que a expresso entre mdulo, se anula para x = 3.
Teremos ento dois casos a considerar:
1 caso: x 3 3x - 9 0 |3x - 9| = -(3x - 9) = - 3x + 9
Portanto, a inequao fica: -3x + 9 2x
Teremos ento de resolver a dupla desigualdade:
x 3 e -3x + 9 2x
Vem, x 3 e 9 5x x 3 e 9 /5 x 9 /5 x 3
Portanto, para o primeiro caso, teremos o conjunto soluo parcial
S1 = [9/5, 3)
2 caso: x 3 3x - 9 0 |3x - 9| = 3x - 9
Portanto, a inequao fica: 3x - 9 2x
Teremos ento de resolver a dupla desigualdade:
x 3 e 3x - 9 2x
Vem, x 3 e - 9 - x 3 x e 9 x 3 x e x 9 3 x 9
Portanto, para o segundo caso, teremos o conjunto soluo parcial
S2 = [3, 9]
A soluo geral da inequao proposta ser ento:
S = S1 S2 = [9/5, 3) [3, 9] = [9/5, 9].
S = [9/5, 9].
Graficamente, teramos na reta real:
Pascoal Zita
132
Nmeros Congruentes
1 - Introduo
O conceito de nmeros inteiros congruentes devido a Gauss - Karl Friedrick Gauss - fsico,
matemtico e astrnomo alemo (1777 - 1855), um dos estudiosos da Teoria dos Nmeros.
A Teoria dos Nmeros estuda as propriedades dos nmeros inteiros, usando mtodos
avanados. uma disciplina obrigatria nos cursos regulares de Matemtica, na Universidade.
Entre outros precursores dos estudos da Teoria dos Nmeros, podemos citar:
Diophantus - 210 d.C./290 d.C. - matemtico grego
Pierre de Fermat - 1601/1665 - matemtico francs
Leonhard Euler - 1707/1783 - matemtico suio
Adrien Marie Legendre - 1752/1833 - matemtico francs
A Teoria dos Nmeros, entretanto, tem os seus primrdios no mundo antigo. Por exemplo,
Erathostenes (276 a.C./194 a.C - matemtico norte africano - nascido em Cyrene, uma colnia
grega do norte da frica na poca) e Euclides (325 a.C./265 a.C. - matemtico grego, autor da
clebre obra "Os elementos"), j tinham desenvolvido estudos sobre os nmeros primos,
assunto que objeto da ateno especial dos matemticos, at os dias de hoje.
2 - Definio
Sejam a e b dois nmeros inteiros. Diremos que o nmero a congruente ao nmero b mdulo
m , onde m um nmero inteiro no nulo, se e somente se, a diferena
a - b for divisvel por m 0.
A congruncia dos nmeros a e b mdulo m, ser indicada pelo smbolo
a b (mod m) .
Teremos, pela definio:
a b (mod m) a - b = k . m , onde k e m so nmeros inteiros, com m no nulo.
Podemos dizer que os nmeros a e b so cngruos ou congruentes segundo o mdulo m, ou
simplesmente congruentes mdulo m.
Exemplos:
a) 10 2 (mod 4) porque 10 - 2 = 8, e 8 divisvel por 4.
Pascoal Zita
133
Pascoal Zita
134
D S T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 31
Observe que em cada coluna, esto dispostos nmeros que so congruentes,
segundo o mdulo 7.
No Domingo, esto os nmeros congruentes com 2, mdulo 7.
Na Segunda, esto os nmeros congruentes com 3, mdulo 7.
Na Tera, esto os nmeros congruentes com 4, mdulo 7.
Na Quarta, esto os nmeros congruentes com 5, mdulo 7.
Na Quinta, esto os nmeros congruentes com 6, mdulo 7.
Na Sexta, esto os nmeros congruentes com 7, mdulo 7.
No Sbado, esto os nmeros congruentes com 1, mdulo 7
Por exemplo, em que dia da semana vai cair o dia 25/01/2000, sem consultar o calendrio
acima?
Basta procurarmos um nmero congruente com 25, mdulo 7.
Dividindo 25 por 7 d 3 e resto 4.
Logo, 25 4(mod 7) e como 4 corresponde a uma Tera-feira, conclumos que o dia
25/01/2000 cair numa Tera-feira.
Exerccio Resolvido
Resolva a seguinte equao de congruncia em Z.
Obs.: Z = conjunto dos nmeros inteiros.
5x 4 (mod 3)
Pascoal Zita
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136
Nestas condies, determine o domnio e o conjunto imagem das seguintes funes reais de varivel real:
Pascoal Zita
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139
Trigonometria I
1 - Introduo
Trigonometria: vocbulo criado em 1595 pelo matemtico alemo
Bartholomaus
Pitiscus (1561-1613), do grego trigonon (tringulo) e
metron (medida).
claro que Hiparco (astrnomo e matemtico grego (190 a.C. - 125 a. C.),
considerado o pai da Trigonometria, ainda no usava esta terminologia.
A Astronomia foi a grande impulsionadora da Trigonometria.
O desconhecimento dos nmeros negativos, que se popularizou apenas no
sculo XVII, dificultou o desenvolvimento da Trigonometria.
O documento mais antigo conhecido sobre o assunto, data-se do sculo II
d.C. e denominou-se Almagesto, de autoria de Ptolomeu. (Cludius
Ptolemaeus astrnomo grego (90 - 168).
Afirma-se que Ptolomeu deixou o planeta Terra aos 78 anos.
Este grande astrnomo grego acreditava que a Terra era o centro do
Universo, ao redor da qual giravam Mercrio, Lua, Vnus, Sol, Marte, Jpiter
e Saturno, em rbitas que seriam crculos perfeitos! Sua concepo foi
considerada como vlida at o sculo XVI, quando Nicolau Coprnico
(astrnomo polons - 1473/1543) a substituiu pela teoria heliocntrica
(vlida at hoje) e confirmada por Galileo Galilei (fsico e astrnomo italiano
- 1564/1642).
Por enquanto, vamos ver apenas a definio de crculo trigonomtrico, aps
o resumo histrico supra. Nos prximos textos, cuidaremos de desenvolver
o resumo da teoria. Chama-se Crculo Trigonomtrico, ao crculo orientado
de raio unitrio, cujo centro a origem do sistema de coordenadas
cartesianas, conforme figura a seguir.
O crculo trigonomtrico orientado positivamente no
sentido
ABABA. O sentido ABABA considerado
negativo. Assim, o arco AB (ngulo reto) mede 90 e o
arco AB mede -90 . O arco ABA (ngulo raso) mede
180 ( ou p radianos) e o arco ABA mede (-180).
O arco de uma volta completa (ABABA) mede 360 ;
Pascoal Zita
140
Pascoal Zita
141
Gabarito:
1-V
2-V
3-F
4-V
Trigonometria II
1 - Funes trigonomtricas: seno, cosseno , tangente, cotangente,
secante e cossecante.
Considere a figura abaixo, onde est representado um crculo trigonomtrico (centro
na origem e raio unitrio).
Da simples observao da figura, temos os seguintes pontos notveis:
A(1;0) , B(0;1) , A(-1;0) e B(0;-1).
Definiremos os seguintes eixos:
AA = eixo dos cossenos (variando no intervalo real de -1 a +1)
BB = eixo dos senos (variando no intervalo real de -1 a +1)
AT = eixo das tangentes variando no intervalo real (- , + ).
Pascoal Zita
142
Pascoal Zita
143
;
mas como y0 = sen a, x0 = cos a, AT = tg a e OA = 1, vem:
para cos a 0.
Nota: para saber o sinal da tangente nos 4 quadrantes, basta usar a regra de sinais
da diviso, j que a tangente simplesmente o quociente do seno pelo cosseno,
cujos sinais nos quadrantes j conhecemos.
Somente como exemplo, como o seno e o cosseno so negativos no 3 quadrante,
sendo a tangente o quociente entre eles, conclumos que neste quadrante, a
tangente ser positiva, pois menos dividido por menos d mais!
Os inversos multiplicativos do seno, cosseno e tangente, recebem designaes
particulares a saber:
1 - inverso do seno = cossecante (smbolo: cossec)
2 - inverso do cosseno = secante (smbolo: sec)
3 - inverso da tangente = cotangente (smbolo: cotg )
Assim, sendo a um arco trigonomtrico, poderemos escrever:
para sen a 0.
para cos a 0.
para sen a 0.
Exerccios Resolvidos
Pascoal Zita
144
Soluo:
A funo ter valor mximo, quando o denominador tiver valor mnimo. Para que o
denominador seja mnimo, deveremos ter cos 20x = 1
y = 10 / (6 - 2.1) = 10 / 4 = 5/2.
Portanto, o valor mximo da funo 5/2.
Qual seria o valor mnimo da mesma funo?
Resposta: 5/4
4. Para que valores de m a equao sen 30x = m - 1 tem soluo?
Soluo:
Ora, o seno de qualquer arco, sempre um nmero real pertencente ao intervalo
fechado [-1,1]. Logo, deveremos ter: -1 m -1 1 0 m 2.
Agora calcule:
a) o valor mnimo da funo y = 2 + 9sen4x.
b) o valor mximo da funo y = 10 - cosx .
c) o valor de y = sen 180 - cos270
d) o valor de y = cos 180 - sen 270
e) o valor de y = cos(360.k) + sen(360.k), para k inteiro.
Respostas: a) - 7 b) 11 c) 0 d) 0 e) 1
Trigonometria III
Pascoal Zita
145
Frmula V: Cossecante.
Pascoal Zita
146
Trigonometria IV
1 - Simplifique a expresso a seguir:
Soluo:
Das aulas anteriores, poderemos escrever:
Pascoal Zita
147
Como y = senx, somos tentados a dizer que existem dois valores para senx, dados
pela igualdade acima. Lembre-se porm que o seno de um arco um nmero que
pode variar
de -1 a +1. Portanto, somente um dos valores acima satisfaz o problema ou seja:
Soluo:
Podemos escrever:
y = (m - 1)[(sen2x - cos2x)(sen2x + cos2x)] + 2cos2x + mcosx - 2cosx + 1
Como sen2x + cos2x = 1, substituindo, fica:
y = (m - 1)(sen2x - cos2x) + 2cos2x + mcosx - 2cosx + 1
y = msen2x - mcos2x - sen2x + cos2x + 2cos2x + mcosx - 2cosx + 1
Escrevendo tudo em funo de cosx, lembrando que sen 2x = 1 - cos2x, vem:
y = m(1 - cos2x) - mcos2x - (1 - cos2x) + cos2x + 2cos2x + mcosx - 2cosx + 1
y = m - mcos2x - mcos2x - 1 + cos2x + cos2x + 2cos2x + mcosx - 2cosx + 1
Simplificando os termos semelhantes, fica:
y = m + (4 - 2m)cos2x + (m - 2)cosx
Para que a expresso acima seja independente de x, deveremos ter
necessariamente 4 - 2m = 0 e m - 2 = 0
m = 2, que a resposta procurada.
4 - Agora resolva voc mesmo:
Para que valor de m a expresso
y = m(sen4x - cos4x) + 2cos2x - 1 + m independente de x?
Resposta: m = 1
5 - Sabendo que senx + cosx = m, calcule (m 2 - 1)y
expresso:
Pascoal Zita
148
Trigonometria V
Cosseno da diferena de arcos
Deduo da frmula
Considere a figura abaixo que representa uma circunferncia trigonomtrica (centro
na origem O(0,0) e raio unitrio). Sejam a e b dois arcos trigonomtricos com a b.
149
Trigonometria VI
Adio e subtrao de arcos
1. Vimos em Trigonometria V, a deduo da frmula do cosseno da diferena de
dois arcos. Apresentaremos a seguir, as demais frmulas da adio e subtrao de
arcos sem as dedues, lembrando que essas dedues seriam similares quela
desenvolvida para cos(a b), com certas peculiaridades inerentes a cada caso.
2. Sejam a e b dois arcos trigonomtricos.
So vlidas as seguintes frmulas, que devem ser memorizadas! Repito aqui, que
uma das aparentes dificuldades da Trigonometria essa necessidade imperiosa de
memorizao de frmulas. Entretanto, a no memorizao levaria a perda de tempo
para deduzi-las durante as provas, o que tornaria a situao impraticvel. Talvez, a
Pascoal Zita
150
Trigonometria VII
1 - Multiplicao de arcos
Problema: Conhecendo-se as funes trigonomtricas de um arco a , determinar as
funes trigonomtricas do arco n.a onde n um nmero inteiro maior ou igual a
2.
Usaremos as frmulas das funes trigonomtricas da soma de arcos para deduzilas.
1.1 - Seno e cosseno do dobro de um arco
Sabemos das aulas anteriores que sen(a + b) = sen a .cos b + sen b. cos a. Logo,
fazendo a = b, obteremos a frmula do seno do dobro do arco ou do arco duplo:
sen 2a = 2 . sen a . cos a
Pascoal Zita
151
A frmula acima somente vlida para tga 1 e tga -1, j que nestes casos o
denominador seria nulo! Lembre-se do 11 mandamento! NO DIVIDIRS POR
ZERO! Sabemos que a diviso por zero no possvel. Imagine dividir 2 chocolates
por zero pessoas!!!
Exemplos:
sen4x = 2.sen2x.cos2x
senx = 2.sen(x/2).cos(x/2)
cosx = cos2(x/2) - sen2(x/2)
cos4x = cos22x - sen22x, ... , etc.
2 - Diviso de arcos
Vamos agora achar as funes trigonomtricas da metade de um arco, partindo das
anteriores.
2.1 - Cosseno do arco metade
Ora, sabemos que cos2a = cos2a - sen2a
Substituindo sen2a, por 1 - cos2a, j que sen2a + cos2a = 1, vem:
cos2a = 2.cos2a - 1. Da, vem:
cos2a = (1+cos2a) / 2
Fazendo a = x/2, vem, cos2(x/2) = [1+cosx]/2.
Podemos escrever ento a frmula do cosseno do arco metade como:
Obs: o sinal algbrico vai depender do quadrante ao qual pertence o arco x/2.
2.2 - Seno do arco metade
Podemos escrever: cos2a = (1-sen2a) - sen2a = 1 - 2sen2a
Da vem: sen2a = (1 - cos2a)/2
Fazendo a = x/2 , vem: sen2(x/2) = (1 - cosx) / 2.
Podemos escrever ento, a frmula do seno do arco metade como segue:
Pascoal Zita
152
Obs: o sinal algbrico vai depender do quadrante ao qual pertence o arco x/2.
2.3 - Tangente do arco metade
Dividindo membro a membro as equaes 2.1 e 2.2 anteriores, lembrando que
tg(x/2) = sen(x/2) / cos(x/2), vem:
Obs: o sinal algbrico vai depender do quadrante ao qual pertence o arco x/2.
Exerccio resolvido
Simplifique a expresso y = cossec2a - cotg2a
Soluo:
Sabemos que cossec2a = 1 / sen2a e cotg2a = cos2a / sen2a . Logo,
y = (1/sen2a) - (cos2a/sen2a)
Simplificando, vem: y = (1 - cos2a) / sen2a . Portanto,
Pascoal Zita
153
Exemplos:
cos 30 + cos 10 = 2.cos20.cos10
cos 60 - cos 40 = -2.sen50.sen10
sen 70 - sen 30 = 2.sen20.cos50.
Trigonometria VIII
Exerccios Resolvidos
1) Se sen3x + senx = cos3x + cosx, ento:
a) senx = 0
b) cosx = 0
c) tgx = 1
d) sen2x = 1
e) tg2x = 1
Pascoal Zita
154
Simplificando, vem:
2.sen2x.cosx = 2.cos2x.cosx. Ora, da vem, simplificando:
sen2x = cos2x e, portanto, sen2x / cos2x = 1 tg2x =1.
Portanto a igualdade dada equivale igualdade tg2x = 1. Logo, letra E.
Nota: Lembre-se que sen h / cos h = tg h.
2) Determine o perodo da funo y = sen20x.cos10x + sen10x.cos20x.
Soluo:
Sabemos que sena.cosb+senb.cosa = sen(a+b).
Logo,
sen20x.cos10x+sen10x.cos20x = sen(20x+10x) = sen30x
Portanto, a funo dada equivalente a y = sen30x.
Mas, o perodo de uma funo da forma y = senbx dado por T = 2 / b.
Logo, o perodo da funo dada ser: T = 2 / 30 = /15 radianos.
Resposta: o perodo da funo igual /15 rad.
3) Qual o valor mximo da funo y = f(x) definida por:
Soluo:
Sabemos que cosx.cos4x - senx.sen4x = cos(x+4x) = cos5x
Para concluir isto, basta lembrar da frmula do cosseno da soma!
Portanto, podemos escrever:
Pascoal Zita
155
Soluo:
Vamos transformar em produto o denominador da funo:
Trigonometria IX
Perodo das funes trigonomtricas
Considere uma funo y = f(x) de domnio D. Seja x D um elemento do domnio da funo f.
Consideremos um elemento p D.
Se f(x+p) = f(x) para todo x D, dizemos que a funo f peridica.
Ao menor valor positivo de p , denominamos perodo da funo f.
Complicado? No!
Veja o exemplo abaixo:
Seja y = f(x) = senx
Temos que f(x+2 ) = sen(x+2 ) = senx.cos2 + sen2 .cosx =senx .1 + 0.cosx = senx
ou seja, f(x+2 ) = f(x).
Portanto, sen(x+2 ) = senx
Pascoal Zita
156
Observe que somente o coeficiente de x tem influencia para o clculo do perodo da funo.
A frmula acima aplica-se tambm para o caso da funo y = a + b.cos(rx+q).
No caso das funes y = a + b.tg(rx+q) ou y = a + b.cotg(rx+q) a frmula a ser aplicada para o
clculo do perodo T :
Exemplos:
Determine o perodo das seguintes funes trigonomtricas:
a) y = sen(2x - 45)
Resposta: T = 2 /2 = radianos
b) y = 2.cos(3x+45)
Resposta: T = 2 /3 rad = 120 . (Lembre-se que rad = 180).
c) y = 5 + 10.cos( x + 2)
Resposta: T = 2 / = 2 rad
d) y = tg(2x - )
Resposta: T = /2 rad
Pascoal Zita
157
y = senx + sen(90 - x)
Observe que sen(90-x) = sen90.cosx - senx.cos90 = cosx.
Logo, a funo dada poder ser escrita como, usando a frmula de transformao da soma de
senos em produto.
Pascoal Zita
158
Pascoal Zita
159
:
a) 2(m2 - 1) / m(4 - m2)
b) 2(m2 + 1) / m(4 + m2)
c) 2(m2 - 1) / m(3 - m2)
d) 2(m2 - 1) / m(3 + m2)
e) 2(m2 + 1) / (3 - m2)
Soluo:
Quadrando ambos os membros da expresso dada, vem:
(sen + cos )2 = m2 . Desenvolvendo, fica:
sen2 + 2 . sen . cos + cos2 = m2
Simplificando, vem: 1 + 2 . sen . cos = m2 1 + sen 2 = m2 e, portanto,
sen 2 = m2 - 1
Seguindo o mesmo raciocnio, vamos elevar ambos os membros da expresso dada ao cubo:
Lembrete: (a + b)3 = a3 + b3 + 3(a +b) . ab
Logo:
(sen + cos )3 = m3 . Desenvolvendo, vem:
sen3 + cos3 + 3 (sen + cos ) (sen . cos ) = m3
Lembrando que sen + cos = m e sen . cos = sen 2 / 2, e substituindo, fica:
sen3 + cos3 = m3 - 3 (m) . (m2 - 1) / 2
Substituindo esses valores encontrados na expresso dada, teremos ento:
Pascoal Zita
160
Exerccios Resolvidos:
1. Calcule y = tg(arcsen 2/3)
Pascoal Zita
161
2) x = 3/2.
162
Esta expresso mostra que as medidas dos lados de um tringulo qualquer so proporcionais
aos senos dos ngulos opostos a estes lados, sendo a constante de proporcionalidade igual a
2R, onde R o raio da circunferncia circunscrita ao tringulo ABC.
Este o teorema dos senos TS.
O teorema dos senos visto acima, permite a deduo de uma importante frmula para o clculo
da rea de um tringulo qualquer. Seja o tringulo ABC da figura abaixo, de altura h.
163
Pascoal Zita
164
Pascoal Zita
165
R = raio do crculo.
Sabemos que um hexgono regular possui 6 lados de medidas congruentes, ou seja de
medidas iguais. Observe que o angulo A igual a 60. Logo, o lado PQ do hexgono regular
ser dado pelo teorema dos cosenos por:
PQ2 = R2 + R2 2.R.R.cos60 = 2R2 R2 (Obs: cos60 = 1/2)
PQ2 = R2, de onde conclui-se: PQ = R.
CONCLUSO:
A medida do lado de um hexgono regular inscrito num crculo de raio R igual a R. Esta uma
propriedade importantssima dos hexgonos regulares.
Vale a pena memorizar esta propriedade dos hexgonos regulares.
Pascoal Zita
166
Repetindo: a rea de qualquer tringulo igual a metade do produto de dois lados pelo seno do
angulo que eles formam.
Pascoal Zita
167
Pascoal Zita
168
Pascoal Zita
169
.
Soluo:
Vamos inicialmente, simplificar a expresso que define a funo dada. Temos:
f(x) = sen6x + cos6x 2sen4 x cos4 x + sen2x
Arrumando convenientemente, vem:
f(x) = sen6x 2sen4x + sen2x + cos6x cos4x
Fatorando a expresso convenientemente em relao a senx e cosx, vem:
f(x) = sen2x (sen4x 2sen2x + 1) + cos4x(cos2x 1)
Observe que:
sen4x 2sen2x + 1 igual a: (sen2x 1)2.
Nota: Lembre-se que p2 2pq + q2 = (p q)2 [produto notvel].
Da, substituindo, vem:
f(x) = sen2x(sen2x 1)2 + cos4x(cos2x - 1)
Mas, sabemos da Trigonometria, que:
sen2x + cos2x = 1 (Relao Fundamental)
Portanto:
sen2x = 1 cos2x = - (cos2x 1) \ cos2x 1 = - sen2x
cos2x = 1 sen2x = - (sen2x 1) sen2x 1 = - cos2x
Pascoal Zita
170
Resposta: 0
2 Calcule o triplo do quadrado do coseno de um arco cujo quadrado da tangente vale 2.
Soluo:
Seja x o arco. Teremos:
tg2x = 2
Desejamos calcular 3.cos2x, ou seja, o triplo do quadrado do coseno do arco.
Sabemos da Trigonometria que: 1 + tg2x = sec2x
Portanto, substituindo, vem: 1 + 2 = sec2x = 3
Como sabemos que:
secx = 1/cosx , quadrando ambos os membros vem:
sec2x = 1/ cos2x cos2x = 1/sec2x = 1/3 3cos2x = 3(1/3) = 1
Portanto, o triplo do quadrado do coseno do arco cuja tangente vale 2, igual unidade.
Resposta: 1
Agora resolva este:
Se a . senx cosx = 1 e b . senx + cosx = 1, calcule o produto a.b
Resposta: 1
Pascoal Zita
171
Soluo:
Observando atentamente a figura abaixo, podemos escrever:
Pascoal Zita
172
Pascoal Zita
173
Soluo:
Lembrando da frmula de transformao de soma em produto vista em Trigonometria, vem:
sen p + sen q = 2.sen [(p + q)/2] . cos [(p - q) / 2]
Fazendo p = x / 423 e q = 2x / 423 e substituindo na frmula acima, obteremos:
sen(x / 423) + sen(2x / 423) = 2.sen[3x / 423)/2].cos[(x / 423)/2]
Voltando expresso dada, substituindo fica:
Pascoal Zita
174
Equaes Trigonomtricas I
1 Introduo: as equaes elementares
Equao trigonomtrica elementar, qualquer equao da forma
sen x = sen a, cos x = cos a e tg x = tg a, onde x um arco trigonomtrico incgnita a ser determinado
e a um arco trigonomtrico qualquer.
Via de regra, qualquer equao trigonomtrica no elementar, pode ser transformada numa equao
elementar, atravs do uso das relaes trigonomtricas usuais.
Nota: os arcos a e a + k.2 onde k um nmero inteiro, possuem as mesmas extremidades inicial e final,
pois diferem entre si, por um nmero inteiro de voltas, ou seja:
a + k.2a = k.2
Este resultado importante e, ser utilizado para desenvolvimento do item 1.1 a seguir.
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176
O uso das igualdades acima, permite resolver qualquer equao trigonomtrica elementar que possa ser
apresentada.
Como qualquer equao trigonomtrica pode ser reduzida a uma equao elementar atravs de
transformaes trigonomtricas convenientes, as igualdades acima so bsicas para a resoluo de
qualquer equao trigonomtrica. Este um aspecto muito importante.
2 Equaes trigonomtricas resolvidas
Resolva as seguintes equaes trigonomtricas:
a) 2cosx 3secx = 5
Soluo:
Lembrando que secx = 1/cosx, vem, por substituio:
2.cosx 3.(1/cosx) 5 = 0
2.cosx 3/cosx 5 = 0
Multiplicando ambos os membros por cosx 0, fica:
Pascoal Zita
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Soluo:
Teremos: 3.senx = 3.cosx
Dividindo ambos os membros por cosx 0, fica:
3.senx/cosx = 3.cosx/cosx = 3.
3.tgx = 3
tgx = 3/3 = tg30 = tg(/6)
Vamos ento resolver a equao elementar
tgx = tg(/6)
Do exposto no item 1.3 acima, vem imediatamente que:
x = k + /6.
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Equaes Trigonomtricas II
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<>
Observe inicialmente o tringulo ABE. Como o ngulo externo <CBE mede 2x, pelo teorema
do
ngulo externo - TAE os ngulos no adjacentes devem somar 2x. Isto justifica o fato dos
ngulos <BAE e <BEA serem congruentes e iguais a x. Ento, como os ngulos da base
possuem a mesma medida, o tringulo issceles, o que justifica o fato de que BE = AB =
110. Observe que o problema s fornece a distncia AB. A distncia BE foi obtida usando o
raciocnio acima.
Pela mesma razo, observando o ngulo externo <DCE de medida 3x, conclumos facilmente
que o ngulo <BEC deve medir x, pois 3x = 2x + x.
S relembrando: o teorema do ngulo externo TAE - afirma que num tringulo qualquer,
cada ngulo externo igual soma dos ngulos internos no adjacentes.
Pela simples observao do tringulo retngulo BDE, poderemos escrever:
sen 2x = DE / BE = h / 110 h = 110.sen 2x onde h a altura procurada.
Vamos agora aplicar a lei dos senos ao tringulo BCE. Antes, observe que a medida do
ngulo <BCE igual a 180 - 3x , ou seja, o ngulo oposto ao lado BE igual a 180 - 3x.
Aplicando a lei dos senos: 50 / sen x = 110 / sen(180 3x)
Lembrando que sen(180 a) = sen a, conclumos que sen(180 3x) = sen3x
Logo, a igualdade anterior fica: 50 / senx = 110 / sen3x o que equivalente a:
50.sen3x = 110.senx
J sabemos da Trigonometria que sen3x = 3senx 4sen3x
Substituindo na expresso anterior, vem:
50(3senx 4sen3x) = 110senx
150senx 200sen3x = 110senx
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Logaritmo
1 - INTRODUO
O conceito de logaritmo foi introduzido pelo matemtico escocs John Napier (15501617) e aperfeioado pelo ingls Henry Briggs (1561-1630). A descoberta dos
logaritmos deveu-se sobretudo grande necessidade de simplificar os clculos
excessivamente trabalhosos para a poca, principalmente na rea da astronomia,
entre outras. Atravs dos logaritmos, pode-se transformar as operaes de
multiplicao em soma, de diviso em subtrao, entre outras transformaes
possveis, facilitando sobremaneira os clculos. Na verdade, a idia de logaritmo
muito simples, e pode-se dizer que o nome logaritmo uma nova denominao
para expoente, conforme veremos a seguir.
Assim, por exemplo, como sabemos que 42 = 16 , onde 4 a base, 2 o expoente e
16 a potncia, na linguagem dos logaritmos, diremos que 2 o logaritmo de 16 na
base 4. Simples, no ?
Nestas condies, escrevemos simbolicamente: log 416 = 2.
Outros exemplos:
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Exemplos:
a) log416 = log216 / log24 (2 = 4:2)
b) log864 = log264 / log28 (2 = 6:3)
c) log25125 = log5125 / log525 = 3 / 2 = 1,5. Temos ento que 251,5 = 125.
Notas:
1 - na resoluo de problemas, sempre muito mais conveniente mudar um log de
uma base maior para uma base menor, pois isto simplifica os clculos.
2 - Duas conseqncias importantes da frmula de mudana de base so as
seguintes:
a) logbN = logN / logb (usando a base comum 10, que no precisa ser indicada).
b) logba . logab = 1
Exemplos:
a) log37 . log73 = 1
b) log23 = log3 / log2 = 0,4771 / 0,3010 = 1,5850
4 - A FUNO LOGARTIMICA
Considere a funo y = ax , denominada funo exponencial, onde a base a um nmero positivo e
diferente de 1, definida para todo x real.
Observe que nestas condies, ax um nmero positivo, para todo x R, onde R o conjunto dos
nmeros reais.
Denotando o conjunto dos nmeros reais positivos por R+* , poderemos escrever a funo exponencial
como segue:
f: R R+* ; y = ax , 0 < a 1
Esta funo bijetora, pois:
a) injetora, ou seja: elementos distintos possuem imagens distintas.
b) sobrejetora, pois o conjunto imagem coincide com o seu contradomnio.
Assim sendo, a funo exponencial BIJETORA e, portanto, uma funo inversvel,
OU SEJA, admite uma funo inversa.
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, ento o logx :
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a) 1/4
b) 2
c) 3
d) 4
e) 10
SOLUO:
Do grfico acima, imediato que: logb 0,25 = -1 b 1 = 0,25 1/b = 0,25
Portanto, b = 1/0,25 = 4. Logo a alternativa correta a da letra D.
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9 = 32
Vem imediatamente:
n = log11 log(3.5) + log(2.5.72) log(33.11) 2.log7 + 2.log32
Desenvolvendo, fica:
n = log11 (log5 + log3) + (log2 + log5 + log7 2) (log33 + log11) 2.log7
+ 4.log3)
Eliminando os parnteses e simplificando, vem:
n = log11 log5 log3 + log 2 + log5 + 2.log7 3.log3 log11 2.log7 +
4.log3
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Limites
A Teoria dos Limites, tpico introdutrio e fundamental da Matemtica Superior,
ser vista aqui, de uma forma simplificada, sem aprofundamentos, at porque, o
nosso objetivo nesta pgina, abordar os tpicos ao nvel do segundo grau, voltado
essencialmente para os exames vestibulares.
Portanto, o que veremos a seguir, ser uma introduo Teoria dos Limites, dando
nfase principalmente ao clculo de limites de funes, com base nas propriedades
pertinentes.
O estudo terico e avanado, vocs vero na Universidade, no devido tempo.
Outro aspecto importante a ser comentado, que este captulo de LIMITES abordar
o estritamente necessrio para o estudo do prximo tpico: DERIVADAS.
O matemtico francs - Augustin Louis CAUCHY - 1789/1857 , foi, entre outros, um
grande estudioso da TEORIA DOS LIMITES. Antes dele, Isaac NEWTON - ingls - 1642
/1727 e Gottfried Wilhelm LEIBNIZ - alemo - 1646 /1716 , j haviam desenvolvido o
Clculo Infinitesimal.
DEFINIO
Dada a funo y = f(x), definida no intervalo real (a, b), dizemos que esta funo f
possui um limite finito L quando x tende para um valor x 0, se para cada nmero
positivo , por menor que seja, existe em correspondncia um nmero positivo ,
tal que para
| x - x0 | , se tenha |f(x) - L | , para todo x x0 .
Indicamos que L o limite de uma funo f( x ) quando x tende a x 0 , atravs da
simbologia abaixo:
lim f(x) = L
x x0
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202
Exerccio:
Observe o clculo do limite abaixo:
Exerccio:
Observe o clculo do limite abaixo.
lim (1 + x)5/x = lim [(1 + x)1/x]5 = e5
x 0 ................x 0
Quarto limite fundamental : outro limite exponencial
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203
Para a 0.
Quinto limite fundamental
EXERCCIOS PROPOSTOS
Determine os seguintes limites:
a) lim (2 senx - cos2x + cotgx)
.....x /2
Resp: 3
b) lim (5 - 1/x + 3/x2)
.....x
Resp: 5
c) lim (4x3 - 2x2 + 1) / (3x3 - 5)
.....x
Sugesto: divida numerador e denominador por x 3.
Resp: 4/3
d) lim (senx / tgx)
.....x 0
Resp: 1
e) lim (sen4x) / x
.....x 0
Resp: 4
f) lim [(1 + 1/x)x + 3
....x
Resp: e
g) lim [(1 + x)m - 1] / mx
.....x 0
Resp: 1
Pascoal Zita
204
Derivadas I
Derivada de uma funo y = f(x) num ponto x = x0
Considere a figura abaixo, que representa o grfico de uma funo y = f(x), definida
num intervalo de nmeros reais.
Pascoal Zita
205
Nota: a derivada de uma funo y = f(x), pode ser representada tambm pelos
smbolos
y ' ou dy/dx, notao introduzida por Wilhelm Gottfried Leibniz - matemtico
alemo (1646 - 1716), contemporneo do fsico e matemtico ingls Isaac Newton
((1642-1727). As proezas dos dois gnios no Clculo Infinitesimal, voc poder ler
no livro e: A HISTRIA DE UM NMERO, de autoria de Eli Maor - Editora
RECORD , traduzido para o portugus.
Observe que quando x0 0 , o ponto Q no grfico acima, tende a coincidir com o
ponto P da mesma figura., definindo a reta r , que forma um ngulo com o eixo
horizontal (eixo das abcissas), e, neste caso, o ngulo SPQ = .tende ao valor do
ngulo .
Ora, quando x0 0 , j vimos que o quociente y0 / x0 representa a derivada da
funo
y = f(x) no ponto x0. Mas, o quociente y0 / x0 representa , como sabemos da
Pascoal Zita
206
f '(x0) = tg
Guarde ento a seguinte concluso importante:
A derivada de uma funo y = f(x) num ponto x = x 0 , coincide numericamente com
o valor da tangente trigonomtrica do ngulo formado pela tangente geomtrica
curva representativa de y = f(x), no ponto
x = x0.
Estou falando h muito tempo em DERIVADAS, e ainda no calculei
nenhuma!
Vamos l!
Existem frmulas para o clculo das derivadas das funes - as quais sero
mostradas no decorrer deste curso - mas, por enquanto, vamos calcular a derivada
de uma funo simples, usando a definio. Isto servir como um timo exerccio
introdutrio, que auxiliar no entendimento pleno da definio acima.
Calcule a derivada da funo y = x2 , no ponto x
= 10.
Temos neste caso:
y = f(x) = x2
f(x + x) = (x + x)2 = x2 + 2x. x + ( x)2
f(x + x) - f(x) = x2 + 2x. x + ( x)2 - x2 = 2x. x + ( x)2
y = f(x + x) - f(x) = x2 + 2x. x + ( x)2 - x2 = 2x. x + ( x)2
Portanto,
Pascoal Zita
207
Onde:
A rigor, para o clculo da derivada de uma funo, teremos que calcular o limite
acima, para cada funo dada. entretanto, de bom alvitre, conhecer de memria
as derivadas das principais funes. No estamos aqui, a fazer a apologia do
"decoreba" , termo vulgarmente utilizado para a necessidade de memorizao de
uma frmula. Achamos entretanto, que, por aspectos de praticidade, o
conhecimento das frmulas de derivao de funes, seja de extrema importncia,
sem, entretanto, eliminar a necessidade de saber
deduzi-las, quando necessrio.
Assim, lembrando que a derivada de uma funo y = f(x) pode ser indicada pelos
smbolos
y ' , f ' (x) ou dy/dx , apresentaremos a seguir, uma tabela contendo as derivadas
de algumas das principais funes elementares, restringindo nesta primeira
abordagem, a oito funes elementares bsicas, alm das derivadas da soma,
produto e quociente de duas funes.
Pascoal Zita
208
FUNO
DERIVADA
y = k , k = constante
y'=0
y = k.x
y'=k
y=x
y' = 1
y = xn
y ' = n.x
y=a
,1a>0
y=e
y'=a
n-1
. ln a
y'=e
y = sen(x)
y ' = cos(x)
y = cos(x)
y ' = - sen(x)
y = tg(x)
y=u+v
y = u.v
y=u/v,v0
y = log a x
y =(1/x).logae
y = ln x
y = 1/x
Notas:
a) e = base do sistema de logaritmos neperianos, um nmero irracional
de valor aproximado e 2, 72
b) u = u(x) e v = v(x) so funes derivveis no ponto x.
Exemplos:
Pascoal Zita
209
a) y = 1000 y ' = 0
b) y = 200x y ' = 200
c) y = x5 y ' = 5x4
d) y = x + sen(x) y ' = x ' + (senx) ' = 1 + cos(x)
e) y = x3 + x2 y ' = 3x2 + 2x
f) y = sen(x) + cos(x) y ' = cos(x) - sen(x)
g) y = 1 / x y ' = (1'.x - 1. x') / x2 = - 1 / x2
h) y = x.sen(x) y ' = x'. sen(x) + x . (senx)' = sen(x) + x.cos(x)
i) y = x + tg(x) y ' = 1 + sec2 (x)
Agora determine a derivada da funo y = x 2.tg(x).
Resposta: y ' = 2.x.tg(x) + [x.sec(x)]2
2 - Equao da reta tangente curva representativa da funo y = f(x) no ponto x
= x0
Considere a figura abaixo:
Pascoal Zita
210
Exemplo:
Qual a equao da reta tangente curva representativa
da funo
y = f(x) = 4x3 + 3x2 + x + 5, no ponto de abcissa x = 0 ?
Ora, f '(x) = 12x2 + 6x + 1.
Portanto, a derivada no ponto de abcissa x = 0, ser: f '(0) = 12.0 2 + 6.0 + 1 = 1
Logo, f ' (0) = 1.
Portanto, para achar a equao da reta tangente no ponto de abcissa x = 0, basta
agora, determinar o valor correspondente de y da funo, para x = 0.
Teremos: x = 0 y = f(0) = 4.03 + 3.02 + 6.0 + 5 = 5
Ento, o ponto de tangncia o ponto P(0, 5). Da, vem finalmente que:
y - 5 = 1 . (x - 0) y - 5 = x y = x + 5 .
Resposta: a equao da reta tangente curva y = 4x 3 + 3x2 + 6x + 5 , no ponto
P(0,5) ,
y = x + 5.
Agora resolva este:
Determinar a equao da reta tangente curva representativa da
funo y = x3 ,
no ponto P de abcissa x = 2.
Resposta: y = 12x - 16.
Calcular o limite seguinte:
Soluo:
Observe que substituindo x por 4, obteremos a indeterminao 0/0. Temos que
levantar esta indeterminao, usando certos critrios algbricos.
Multipliquemos numerador e denominador pelos fatores racionalizantes do
denominador e do numerador.
Teremos ento:
Simplificando, obteremos:
Pascoal Zita
211
Comentrios adicionais:
1)Lembre que o fator racionalizante de (a - b) (a + b).
2)0/0 um smbolo de indeterminao; neste problema, obtemos o
valor 22/3 para o limite da funo dada; outros problemas levaro a outros valores,
da, a designao de indeterminao. O problema proposto a seguir, um exemplo
disto.
Calcule o seguinte limite:
Nota: observe que substituindo x por zero (conforme indicado no limite), obteremos
a indeterminao 0/0.
Resposta: 5/4 = 1,25.
NOTA: a resoluo desta questo requer noes de derivadas
Um tanque tem a forma de um cilindro circular reto de raio da base
r = 5m e altura h = 10m. No tempo t = 0, o tanque comea a ser enchido com
gua, que entra no tanque com uma vazo de 25 m 3/h. Com qual velocidade o nvel
da gua sobe? Depois de quanto tempo o tanque estar cheio?
SOLUO:
Veja a figura abaixo:
Pascoal Zita
212
Ora, a velocidade v com que o nvel da gua sobe , exatamente dx/dt. Substituindo
os valores conhecidos, vem finalmente:
25 = 25 .v, de onde tiramos v = 1/ m/h ou aproximadamente,
v = 0,318 m/h.
Portanto, o nvel da gua sobe uma razo de 0,318 metros por hora.
O tempo que levar para encher o tanque ser ento:
T = 10m / 0,318 m/h = 31,4h = 31h + 0,4h = 31h + 0,4.60min
T = 31 horas e 24 minutos.
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213
Geometria Analtica I
1 - Introduo
A Geometria Analtica uma parte da Matemtica , que atravs de processos
particulares , estabelece as relaes existentes entre a lgebra e a Geometria.
Desse modo , uma reta , uma circunferncia ou uma figura podem ter suas
propriedades estudadas atravs de mtodos algbricos .
Os estudos iniciais da Geometria Analtica se deram no sculo XVII , e devem-se ao
filsofo e matemtico francs Ren Descartes (1596 - 1650), inventor das
coordenadas cartesianas (assim chamadas em sua homenagem), que permitiram a
representao numrica de propriedades geomtricas. No seu livro Discurso sobre o
Mtodo, escrito em 1637, aparece a clebre frase em latim "Cogito ergo sum" , ou
seja: "Penso, logo existo".
1.1 - Coordenadas cartesianas na reta
Seja a reta r na Fig. abaixo e sobre ela tomemos um ponto O chamado origem.
Adotemos uma unidade de medida e suponhamos que os comprimentos medidos a
partir de O, sejam positivos direita e negativos esquerda.
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214
Pascoal Zita
215
a) 200
b) 196
c) 144
d) 36
e) 0
Soluo:
Fazendo x = k e y = -2 na relao dada, vem: k + 2(-2) - 10 = 0.
Logo, k = 14 e portanto k2 = 142 = 196.
Logo, a alternativa correta a letra B.
2 - Frmula da distncia entre dois pontos do plano cartesiano
Dados dois pontos do plano A(Xa,Ya) e B(Xb,Yb) , deduz-se facilmente usando o
teorema de Pitgoras a seguinte frmula da distancia entre os pontos A e B:
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216
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217
Exerccio Resolvido
Sendo W o comprimento da mediana relativa ao lado BC do tringulo ABC onde
A(0,0), B(4,6) e C(2,4) , ento W2 igual a:
a) 25
b) 32
c) 34
d) 44
e) 16
Soluo:
Chama-se mediana de um tringulo relativa a um lado, ao segmento de reta que
une um vrtice ao ponto mdio do lado oposto. Assim, a mediana relativa ao lado
BC ser o segmento que une o ponto A ao ponto mdio de BC. Das frmulas de
ponto mdio anteriores, conclumos que o ponto mdio de BC ser o ponto M( 3, 5).
Portanto, o comprimento da mediana procurado ser a distncia entre os pontos A e
M. Usando a frmula de distncia encontramos AM = 34 ou seja raiz quadrada de
34. Logo, W = 34 e portanto W2 = 34, o que nos leva a concluir que a resposta
correta est na alternativa C.
4 - Baricentro de um tringulo
Sabemos da Geometria plana , que o baricentro de um tringulo ABC o ponto de
encontro das 3 medianas . Sendo G o baricentro , temos que AG = 2 . GM onde M
o ponto mdio do lado oposto ao vrtice A (AM uma das 3 medianas do
tringulo).
Nestas condies , as coordenadas do baricentro G(x g , yg) do tringulo ABC onde
A(xa , ya) , B(xb , yb) e C(xc , yc) dado por :
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220
as retas so coincidentes .
as retas so paralelas .
as retas so
concorrente
s.
Exerccios resolvidos
1 - OSEC-SP - Qual a posio relativa das retas r : x + 2y + 3 = 0 e s: 4x + 8y +
10 = 0 ?
Soluo:
Temos que: 1 / 4 = 2 / 8 3 / 10 (segundo caso acima) e, portanto as retas so
paralelas.
2 - Dadas as retas r : 3x + 2y - 15 = 0 ; s : 9x + 6y - 45 = 0 e t : 12x + 8y - 60
= 0 , podemos afirmar:
a) elas so paralelas
b) elas so concorrentes
c) r t s = R
d) r s t = R2
e) as trs equaes representam uma mesma reta .
Soluo:
Primeiro vamos verificar as retas r e s: 3 / 9 = 2 / 6 = -15 / -45 (primeiro caso
acima) e portanto as
retas r e s so coincidentes.
Comparando agora, por exemplo a reta r com a reta t , teremos:
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221
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222
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Verificamos que a reta corta os eixos coordenados nos pontos (p,0) e (0,q).
Sendo G(x,y) um ponto genrico ou seja um ponto qualquer da reta, atravs da
condio de alinhamento de 3 pontos, chegamos facilmente equao segmentria
da reta:
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Notas:
1 - ngulo agudo: ngulo cuja medida est entre 0 e 90.
2 - Observe dois casos particulares da frmula anterior, que merecem ser
mencionados:
a) se as retas r e s, ao invs de serem concorrentes, fossem paralelas, o ngulo
seria nulo e portanto tg = 0 (pois tg 0 = 0). Nestas condies, o denominador da
frmula teria que ser nulo, o que resultaria em m r = ms , ou seja, os coeficientes
angulares teriam que ser iguais. J vimos isto num texto anterior, mas bom
repetir: RETAS PARALELAS POSSUEM COEFICIENTES ANGULARES IGUAIS.
b) se as retas r e s fossem alm de concorrentes, PERPENDICULARES, teramos =
90 . Neste caso a tangente no existe ( no existe tg 90 , sabemos da
Trigonometria); mas se considerarmos uma situao limite de um ngulo to
prximo de 90 quanto se queira, sem entretanto nunca se igualar a 90 , a
tangente do ngulo ser um nmero cada vez maior, tendendo ao infinito. Ora, para
que o valor de uma frao seja um nmero cada vez maior, tendendo ao infinito, o
seu denominador deve ser um nmero infinitamente pequeno, tendendo a zero.
Nestas condies, o denominador da frmula anterior 1+m r . ms seria um nmero
to prximo de zero quanto quisssemos e no limite teramos 1 + m r . ms = 0.
Ora, se 1 + mr . ms = 0, podemos escrever que mr . ms = -1, que a condio
necessria e suficiente para que as retas sejam perpendiculares, conforme j vimos
num texto anterior publicado nesta pgina. Assim, sempre bom lembrar: RETAS
PERPENDICULARES POSSUEM COEFICIENTES ANGULARES QUE MULTIPLICADOS
IGUAL A MENOS UM.
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1 E.E. Lins/1968
Dados os vrtices P(1,1) , Q(3,- 4) e R(- 5,2) de um tringulo, o comprimento da
mediana que tem extremidade no vrtice Q :
a) 12,32
b) 10,16
c) 15,08
d) 7,43
e) 4,65
Soluo:
Seja o tringulo PQR abaixo:
Sendo M o ponto mdio do lado PR, o segmento de reta QM ser a mediana relativa
ao lado PR.
Sendo os pontos P(1,1) e R(-5,2), o ponto mdio M ser: M(-2, 3/2).
Observe que:
-2 = [1 + (- 5)]/2 e 3/2 = (1 + 2)/2.
Em caso de dvida, reveja Geometria Analtica clicando AQUI.
O comprimento da mediana procurado, ser obtido calculando-se a distancia entre
os pontos Q e M.
Usando a frmula da distancia entre dois pontos, vem:
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Elipse
1 Definio:
Dados dois pontos fixos F1 e F2 de um plano, tais que a distancia entre estes pontos
seja igual a 2c 0, denomina-se elipse, curva plana cuja soma das distancias de
cada um de seus pontos P estes pontos fixos F 1 e F2 igual a um valor constante
2a , onde a c.
Assim que temos por definio:
PF1 + PF2 = 2 a
Os pontos F1 e F2 so denominados focos e a distancia F1F2 conhecida com
distancia focal da elipse.
O quociente c/a conhecido como excentricidade da elipse.
Como, por definio, a c, podemos afirmar que a excentricidade de uma elipse
um nmero positivo menor que a unidade.
onde o eixo A1A2 de medida 2a, denominado eixo maior da elipse e o eixo B1B2
de medida 2b, denominado eixo menor da elipse.
Usando a frmula da distancia entre dois pontos, poderemos escrever:
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Hiprbole
1 Definio:
Dados dois pontos fixos F1 e F2 de um plano, tais que a distancia entre estes pontos
seja igual a 2c 0, denomina-se hiprbole, curva plana cujo mdulo da diferena
das distancias de cada um de seus pontos P estes pontos fixos F 1 e F2 igual a um
valor constante 2a , onde a c.
Assim que temos por definio:
PF1 - PF2 = 2 a
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235
Da, vem que: a2=9 e b2=25, de onde vem imediatamente: a=3 e b=5.
Portanto, c2 = a2 + b2 = 9 + 25 = 34 e ento c = 34.
Logo, a distancia focal da hiprbole sendo igual a 2c , ser igual a 2 34.
3 Determine as equaes das assntotas da hiprbole do exerccio 1.
Resposta: y = (5/4).x ou y = (-5/4).x
NOTA: entende-se por assntotas de uma hiprbole de centro na origem, como as
retas que passam na origem (0,0) e tangenciam os dois ramos da hiprbole num
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Parbola
1 - Introduo
Se voc consultar o Novo Dicionrio Brasileiro Melhoramentos - 7 edio, obter a
seguinte definio para a parbola:
"Curva plana, cujos pontos so eqidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta
fixa (diretriz) ou curva resultante de uma seco feita num cone por um plano
paralelo geratriz. Curva que um projtil descreve."
Esta definio no est distante da realidade do rigor matemtico. (Os dicionrios,
so, via de regra, uma boa fonte de consulta tambm para conceitos matemticos,
embora no se consiga neles - claro - a perfeio absoluta, o que, de uma certa
forma, bastante compreensvel, uma vez que a eles, no cabe a responsabilidade
pela preciso dos conceitos e definies matemticas).
2 - Definio
Considere no plano cartesiano xOy, uma reta d (diretriz) e um ponto fixo F (foco)
pertencente ao eixo das abcissas (eixo dos x), conforme figura abaixo:
Denominaremos PARBOLA, curva plana formada pelos pontos P(x,y) do plano
cartesiano, tais que
PF = Pd onde:
PF = distncia entre os pontos P e F
PP' = distncia entre o ponto P e a reta d (diretriz).
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Hiprbole Equiltera
1 INTRODUO
Vimos no captulo anterior a equao da hiprbole cujo grfico reproduzimos
abaixo:
onde:
F1 e F2 = focos da hiprbole.
F1F2 = distncia focal da hiprbole
A1 e A2 = vrtices da hiprbole
A1A2 = eixo real ou eixo transverso da hiprbole
B1B2 = eixo no transverso ou eixo conjugado da hiprbole
Sendo P um ponto qualquer da hiprbole, vimos que a relao bsica que a define
dada por:
PF1 - PF2 = 2a , onde 2a a distncia entre os seus vrtices.
Da relao anterior, chegamos equao reduzida da hiprbole, reproduzida a
seguir:
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241
2 DEFINIO
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242
respectivamen
te.
Observe que os numeradores acima devem ser tomados em mdulo, uma vez que
referem-se a distncias.
Se considerarmos dois novos eixos coordenados X e Y, coincidentes com as
assntotas x y = 0 e x + y = 0, as coordenadas do ponto P(x, y), passaro a ser
P(X, Y), com:
e
Voltando equao reduzida da hiprbole equiltera, dada por x 2 y2 = a2 (referida
aos eixos coordenados Ox e Oy) e fatorando o primeiro membro, vem: (x y) . ( x +
y) = a2 .
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Cnica
Circunferncia
Elipse
0<e<1
Hiprbole
e>1
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Temos ento, pela condio dada, PF = e.Pd, onde e uma constante real.
Usando a frmula de distancia entre dois pontos, fica:
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247
Observe que o ponto P de coordenadas cartesianas P(x,y), pode ser tambm ser
expresso pelas suas coordenadas polares correspondentes P(,), onde, pela figura
acima, pode-se escrever:
x = .cos
y = .sen
A distancia OP = denominada raio vetor e o ngulo denominado
ngulo polar.
Quadrando as duas expresses acima e somando membro a membro, vem:
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0
0
0
0
30
/6
/3
1,05
45
/4
/2
1,57
60
/3
2/3
2,10
90
/2
3,14
135
3/4
3/2
4,71
180
2
6,28
270
3/2
3
9,42
360
2
4
12,56
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5 Esboce a curva = 4.
Verifique voc mesmo, que teremos neste caso, uma circunferncia de raio 4.
Nota: as figuras acima foram executadas pelo meu filho Rafael Marques,14.
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1 - Sistema linear
um conjunto de m equaes lineares de n incgnitas (x1, x2, x3, ... , xn) do tipo:
a11x1 + a12x2 + a13x3 + ... + a1nxn = b1
a21x1 + a22x2 + a23x3 + ... + a2nxn = b2
a31x1 + a32x2 + a33x3 + ... + a3nxn = b3
.................................................................
.................................................................
am1x1 + am2x2 + am3x3 + ... + amnxn = bn
Exemplo:
3x + 2y - 5z = -8
4x - 3y + 2z = 4
7x + 2y - 3z = 2
0x + 0y + z = 3
Temos acima um sistema de 4 equaes e 3 incgnitas (ou variveis).
Os termos a11, a12, ... , a1n, ... , am1, am2, ..., amn so denominados coeficientes e b1,
b2, ... , bn so os
termos independentes.
A nupla ( 1, 2 , 3 , ... , n) ser soluo do sistema linear se e somente se
satisfizer simultaneamente a todas as m equaes.
Exemplo: O terno ordenado (2, 3, 1) soluo do sistema:
x + y + 2z = 7
3x + 2y - z = 11
x + 2z = 4
3x - y - z = 2
pois todas as equaes so satisfeitas para x=2, y=3 e z=1.
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x+y=1
x - 2y = -5
S2:
ax - by = 5
ay - bx = -1
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Sistemas Lineares IV
Regra de Cramer para a soluo de um sistema de equaes lineares com n
equaes e n incgnitas.
Gabriel Cramer - matemtico suo - 1704/1752.
Consideremos um sistema de equaes lineares com n equaes e n incgnitas, na
sua forma genrica:
a11x1 + a12x2 + a13x3 + ... + a1nxn = b1
a21x1 + a22x2 + a23x3 + ... + a2nxn = b2
a31x1 + a32x2 + a33x3 + ... + a3nxn = b3
....................................................= ...
....................................................= ...
an1x1 + an2x2 + an3x3 + ... + annxn = bn
onde os coeficientes a11, a12, ..., ann so nmeros reais ou complexos, os termos
independentes
b1, b2, ... , bn , so nmeros reais ou complexos e x1, x2, ... , xn so as incgnitas do
sistema nxn.
Seja o determinante da matriz formada pelos coeficientes das incgnitas.
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260
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Exemplos:
a) P(x) = 2x4 + 3x2 - 7x + 10 S = P(1) = 2 + 3 - 7 + 10 = 8.
b) Qual a soma dos coeficientes de S(x) = x 156 + x?
Ora, substituindo x por 1, encontramos S = 2. (Lembre-se que 1 156 = 1).
IMPORTANTE: s vezes, um polinmio pode vir expresso como uma potncia do
tipo (x + a)n , denominado binmio de Newton (Isaac Newton - fsico, astrnomo e
matemtico ingls, 1642 - 1727) . Ainda assim, a propriedade anterior vlida.
Por exemplo, qual a soma dos coeficientes do polinmio P(x) = ( 2x - 3) 102 ?
Ora, substituindo x por 1, vem: S = (2.1 - 3)102 = (2-3)102 = (-1)102 = 1 (lembre-se
que toda potncia de expoente par positiva).
Outro exemplo:
Qual a soma dos coeficientes do polinmio T(x) = (5x + 1) 4 ?
Ora, temos para x = 1 : S = T(1) = (5.1 + 1)4 = 64 = 6.6.6.6 = 1296
2 - Identidade de polinmios
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Exerccio resolvido:
Sendo P(x) = Q(x) + x2 + x + 1 e sabendo que 2 raiz de P(x) e 1 raiz de Q(x) ,
calcule o valor de P(1) - Q(2) .
Soluo:
Ora, se 2 raiz de P(x), ento sabemos que P(2) = 0 e se 1 raiz de Q(x) ento
Q(1) = 0. Temos ento substituindo x por 1 na expresso dada : P(1) = Q(1) + 1 2 +
1+1
P(1) = 0 + 1 + 1+ 1 = 3. Ento P(1) = 3. Analogamente , poderemos escrever :
P(2) = Q(2) + 22 + 2 + 1 0 = Q(2) + 7 , logo Q(2) = -7. Logo P(1) - Q(2) = 3 - (-7)
= 3 + 7 = 10.
Resp: 10
3 - Diviso de polinmios
Efetuar a diviso de um polinmio P(x) por outro polinmio D(x) no nulo , significa
determinar um nico par de polinmios Q(x) e R(x) que satisfazem s condies:
1) P(x) = D(x) . Q(x) + R(x) . (Analogia 46:6 = 7 e resto 4 46 = 6.7 + 4) .
2) gr R(x) gr D(x), onde gr indica o grau do polinmio.
Notas:
1) se R(x) = 0 , ento dizemos que P(x) divisvel por D(x) .
2) se gr P gr D ento gr (P : D) = gr P - gr D .
3) no se esquea que o grau do resto sempre menor que o grau do divisor .
4) se gr P(x) gr D(x) ento Q(x) = 0 e R(x) = P(x) .
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II - Equaes Algbricas
Sendo P(x) um polinmio em C , chama-se equao algbrica igualdade P(x) = 0 .
Portanto , as razes da equao algbrica , so as mesmas do polinmio P(x) . O
grau do polinmio , ser tambm o grau da equao .
Exemplo: 3x4 - 2x3 + x + 1 = 0 uma equao do 4 grau .
Propriedades importantes :
P1 - Toda equao algbrica de grau n possui exatamente n razes .
Exemplo: a equao x3 - x = 0 possui 3 razes a saber: x = 0 ou x = 1 ou x = -1.
Dizemos ento que o conjunto verdade ou conjunto soluo da equao dada S =
{0, 1, -1}.
P2 - Se b for raiz de P(x) = 0 , ento P(x) divisvel por x - b .
Esta propriedade muito importante para abaixar o grau de uma equao , o que
se consegue dividindo P(x) por x - b , aplicando Briot-Ruffini.
Briot - matemtico ingls - 1817/1882 e Ruffini - matemtico italiano 1765/1822.
P3 - Se o nmero complexo a + bi for raiz de P(x) = 0 , ento o conjugado
a - bi tambm ser
raiz .
Exemplo: qual o grau mnimo da equao P(x) = 0, sabendo-se que trs de suas
razes so os
nmeros 5, 3 + 2i e 4 - 3i.
Ora, pela propriedade P3, os complexos conjugados 3 - 2i e 4 + 3i so tambm
razes. Logo, por P1, conclumos que o grau mnimo de P(x) igual a 5, ou seja, P(x)
possui no mnimo 5 razes.
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Produto de Stevin
Produto de Stevin
o produto de qualquer nmero de binmios do 1 grau, da forma
(x+ a), onde a um nmero real ou complexo.
Para dois binmios, teremos:
(x + a)(x + b) = x2 + (a + b) x + ab
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Exerccios propostos:
Calcule os seguintes produtos de Stevin:
a) (x+10)(x-90)
b) (x+2)(x-15)(x+6)
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Equaes recprocas
Seja a equao racional inteira a0.x n + a1.x n-1 + a2.x n-2 + ... + an = 0,
ordenada segundo as potncias decrescentes de x , com a 0 , a1 , ... , an nmeros
reais sendo a0 0 e n inteiro positivo.
Diz-se que esta equao recproca se e somente se os termos eqidistantes dos
extremos, forem iguais ou simtricos. Sendo iguais, teremos uma equao
recproca de 1 espcie e, sendo opostos, teremos uma equao recproca de
2 espcie.
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