Apostila de Enfermagem em Saúde Mental (Escolar Técnico)
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Enfermagem
Todas as pessoas estão sujeitas a transtornos psiquiátricos leves durante sua vida,
como ansiedade, depressão, etc.
Sobrecarga de trabalho
Desemprego
Morte de pessoa querida
Doença pessoal
Doença de pessoal querida
Dívidas financeiras
Problemas conjugais
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Enfermagem
A PSICOTERAPIA
A psicoterapia ocupa hoje um lugar fundamental na área da saúde, por trazer uma
visão integrada do homem, considerando as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais
conjuntamente participantes na produção da existência humana e de seus problemas.
"Não é o tempo que modifica as pessoas, mas o modo como o prazer, a felicidade e o
risco se enquadram dentro do tempo." (Ponciano)
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Enfermagem
Ludoterapia
Visto que não se pode exigir de uma criança que faça associações livres, tratou o
brincar como equivalente a expressões verbais, isto é, como expressão simbólica de seus
conflitos inconscientes.
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Enfermagem
Aula 02 – Patologias
Esquizofrenia
É uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos
processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do
pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de
relações interpessoais e familiares.
Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no
entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos
e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da
doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente
10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é
de aproximadamente 1%.
Delírios: o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas
de perseguição, grandeza ou místicos.
Alucinações: O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir
vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador
para o paciente.
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Enfermagem
consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular
o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do
cotidiano.
Diagnóstico
Para fazer o diagnóstico, o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família
visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o
presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames
complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral
demonstrável em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a
tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.
Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico
que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada
pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais
subtipos são:
Tratamento
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Transtorno Esquizofreniforme
A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais
curto for o episódio, melhor é o prognóstico. Prejuízo social ou ocupacional em função de seus
sintomas podem estar presentes ou não. Pacientes que persistirem com os sintomas psicóticos
por um período superior a seis meses podem receber o diagnóstico de Esquizofrenia.
Transtorno Esquizoafetivo
Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução
mais benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor.
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Transtorno Delirante
Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes por
um período maior que um mês. Diferem da Esquizofrenia por esses pacientes não serem tão
gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os pacientes podem
apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros).
Tipo grandioso: Delírios de possuir um grande talento, conhecimento ou ter feito uma
importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode
tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de
uma mensagem divina.
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O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a
Esquizofrenia ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações,
linguagem ou comportamento desorganizado ou com o Transtorno Delirante. Entretanto esses
sintomas deverão estar presentes por um curto espaço de tempo e persistir no mínimo por um
dia, e no máximo por 1 mês, melhorando completamente dentro desse período.
Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas
psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico.
Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou
entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos
sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar
também ajudam no tratamento e prevenção.
Psicose Puerperal
A psicose puerperal (puerpério é a fase que vai até 45 dias após o parto) não é uma
psicose à parte: é uma psicose desencadeada pelo parto, assemelhando-se clinicamente às
psicoses de curta duração. As psicoses iniciadas após essa fase recebem o diagnóstico de acordo
com suas características específicas, não sendo mais classificadas como puerperal.
Generalidades
O pós-parto é uma fase crítica para a mulher por causa das violentas mudanças nas
taxas hormonais, além de todo o estresse que o parto implica. Verifica-se um aumento geral na
incidência de distúrbios mentais nessa fase, principalmente para quem já sofreu algum problema
psiquiátrico antes. A psicose puerperal ocorre na freqüência de um ou dois partos para cada
1000. Ocorrem mais nas primíparas e mães solteiras. Não há relação dessa psicose com a idade
da mãe nem com sua cor. Pacientes com transtorno bipolar ou pacientes que tiveram psicose no
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parto anterior devem tomar medidas preventivas. O início é súbito dando-se em 1/3 dos casos
na primeira semana após o parto e 2/3 no primeiro mês. A principal temática dos delírios da
psicose puerperal está ligado ao bebê. Os temas mais comuns dos delírios são achar que o bebê
não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso. Tentativas de homicídio contra o bebê podem
acontecer. A recuperação da psicose está diretamente ligada a história prévia da paciente.
Sendo ela bipolar a recuperação do transtorno se dará de forma natural ou abreviada pelo
tratamento. Sendo esquizofrênica o curso crônico prosseguirá com a possibilidade de certa
acentuação durante o puerpério. Sem nenhuma história prévia a maior probabilidade é de que a
paciente se recupere completamente. O tratamento realizado é o mesmo para as psicoses em
geral e o aleitamento materno precisa ser suspenso.
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Aula 03 – Patologias
Alcoolismo
A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua
família, amigos e colegas.
O álcool no organismo :
O álcool é a droga preferida dos brasileiros (68,7% do total), seguido pelo tabaco,
maconha, cola, estimulantes, ansiolíticos, cocaína, xaropes e estimulantes, nesta ordem. No
País, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por dependência de drogas, acontecem
devido ao álcool. Motoristas alcoolizados são responsáveis por 65% dos acidentes fatais em São
Paulo.
• Medula: essa área do cérebro é responsável por funções automáticas como respiração,
consciência e temperatura corporal. Agindo na medula, o álcool induz a insônia. Pode
também diminuir a freqüência respiratória e baixar a temperatura do corpo, levando
a risco de morte.
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Enfermagem
A curto prazo, o álcool pode causar brancos ou lapsos de memória. A longo prazo, os
problemas podem ser ainda mais sérios.
Beber grandes quantidades de álcool pode danificar seriamente sua saúde: seu fígado,
rins, coração, cérebro e sistema nervoso central.
• Fígado: o fígado é particularmente vulnerável aos efeitos do álcool porque é o órgão onde
ele e outras toxinas são metabolizadas, sendo transformadas em substâncias menos
perigosas para serem removidas do corpo. Beber durante um longo período de tempo
pode levar à hepatite alcoólica ou inflamação no fígado. Os sintomas dessa doença
incluem náuseas, vômitos, febre, perda de apetite, dor abdominal e icterícia
(amarelamento da pele). Mais de 70% das pessoas com hepatite alcoólica desenvolvem
cirrose. Com essa doença, o tecido saudável do fígado dá lugar a um tecido cicatricial e o
fígado vai parando de funcionar progressivamente.
• Pâncreas: o pâncreas libera os hormônios insulina e glucagon, que regulam a forma como
a comida é transformada e utilizada como energia pelo corpo. Beber durante muito
tempo pode levar à inflamação no pâncreas (pancreatite).
• Câncer: pesquisas indicam que beber durante muito tempo aumenta os riscos de câncer
na boca, garganta, laringe e esôfago.
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Os efeitos do álcool são ainda mais marcantes em pessoas com mais de 65 anos,
porque seus corpos não metabolizam o álcool tão bem. As mulheres também têm mais
dificuldade de metabolizar o álcool do que os homens, porque são geralmente menores e mais
leves. O álcool pode ainda ser mortal quando combinado com certas medicações como
analgésicos, tranqüilizantes e anti-histamínicos.
ANOREXIA NERVOSA
Sinais e sintomas:
Complicações:
Desnutrição e desidratação.
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Anemia.
Intolerância ao frio.
Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa.
Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos,
psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização
da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente
associada à ocorrência desses quadros.
A preocupação com o peso e a forma corporal leva o adolescente a iniciar uma dieta
progressivamente mais seletiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico. Aparecem
outras estratégias para perda de peso como, por exemplo: exercícios físicos excessivos,
vômitos, jejum absoluto.
O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada por
psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista, em função da complexa interação de
problemas emocionais e fisiológicos nos transtornos alimentares.
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BULIMIA NERVOSA
Sinais e sintomas:
Depressão.
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Complicações
Cáries dentárias.
Desidratação.
Desequilíbrio eletrolítico.
Causas:
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A
característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de
falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito secretamente. Os comportamentos direcionados a
controle de peso incluem jejum, vômitos auto-induzidos, uso de laxantes, enemas, diuréticos, e
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exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma
freqüência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é
o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de
métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária uma vez que a família
desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.
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Aula 04 – Patologias
Transtorno do Pânico
É proveniente do grego "panikon" que tem como significado susto ou pavor repetitivo.
Na mitologia grega o Deus Pã, que possuía chifres e pés de bode, provocava com seu
aparecimento, horror nos pastores e camponeses. Desta forma a palavra tem em nossa língua o
significado de medo ou pavor violento e repetitivo. Em Atenas, teria sido erguido na Acrópole um
templo ao Deus Pã, ao lado da Ágora, praça do mercado onde se reunia a assembléia popular
para discutir os problemas da cidade, sendo daí derivado o termo agorafobia, usado em
psiquiatria e que possui como significado o medo de lugares abertos.
Sinonímia
Introdução
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Enfermagem
Etiologia (causa)
Fatores genéticos
Epidemiologia
Pesquisas realizadas nos EUA demonstram que para cada 1000 indivíduos cerca de 1
a 3 são afetados pelo TP.
Critérios Diagnósticos do TP
Sudorese
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tremores ou abalos
Sensação de asfixia
Medo de morrer
Pelo menos um dos ataques ter sido seguido por 1 mês ou mais de uma ou mais das
seguintes condições:
Agarofobia
Características
A relação entre a agora fobia e o pânico é muito próxima. Existe transtorno do pânico
sem agora fobia, mas a agora fobia sem pânico é rara, havendo até mesmo quem afirme que
não existe agora fobia isoladamente. De 1/3 a 1/2 dos pacientes com pânico apresentam agora
fobia. As crises de pânico são bastante desagradáveis, mas não afetam o ritmo de vida como a
agorafobia faz: torna os pacientes dependentes de outras pessoas para sair de casa e fazer as
coisas mais elementares como comprar um pão na padaria. Toda essa dificuldade sempre é
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superada pela companhia de alguém: às vezes basta uma criança como companhia para o
agorafóbico sentir-se tranqüilo. Por causa da necessidade de companhia, a agorafobia interfere
na dinâmica da família. Há pacientes que não toleram ficar sozinhos em casa, precisando ou
exigindo a presença de alguém. Este tipo de problema provoca irritação nos parentes que
quando não conhecem o problema passam a hostilizar ou ridicularizar o paciente que sofre com
sua ansiedade e com a incompreensão. Quando o tratamento não é feito ou não é conhecido, o
paciente realmente depende da presença de outras pessoas, e surge com isso um sentimento de
culpa por estar interferindo na vida dos outros e ao mesmo tempo uma inconformidade com
essa situação incontrolável é incompreensível para o próprio paciente. A impossibilidade de
solucionar o problema leva o paciente a pensar em suicídio e a desenvolver um quadro
depressivo.
Diagnóstico
Tratamento
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Aula 05 – Patologias
Clicotimia
Hipomamia
Cleptomania
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Tratamento
Não há tratamento eficaz até o momento aceito, tentativas estão sendo feitas com
terapia orientada ao insight nos EUA, terapia cognitivo comportamental e medicações, apenas
com resultados parciais, algumas pessoas melhoram outras não. Também não se tem certeza se
a melhora observada foi devido à atenção dada ou se foi pelo tratamento especificamente.
Distimia
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Insônia ou hipersonia
Baixa da auto-estima
O fato de uma pessoa ter distimia não impede que ela desenvolva depressão: nesses
casos denominamos a ocorrência de depressão dupla e quando acontece o paciente procura
muitas vezes pela primeira vez o psiquiatra. Como a distimia não é suficiente para impedir o
rendimento, apenas prejudicando-o, as pessoas não costumam ir ao médico, mas quando não
conseguem fazer mais nada direito, vão ao médico e descobrem que têm distimia também.
Os pacientes que sofreram de distimia desde a infância ou adolescência tendem a acreditar que
esse estado de humor é natural deles, faz parte do seu jeito de ser e por isso não procuram um
médico, afinal, conseguem viver quase normalmente.
O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal.
O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre
rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A
distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade
e partia após isso. Os estudos até o momento mostram que o tipo precoce é mais freqüente que
o tardio. Por outro lado estudos com pessoas acima de 60 anos de idade mostram que a
prevalência da distimia nessa faixa etária é alta, sendo maior nas mulheres. Os homens
apresentam uma freqüência de 17,2% de distimia enquanto as mulheres apresentam uma
prevalência de 22,9%. Outro estudo também com pessoas acima de 60 anos de idade mostrou
que a idade média de início da distimia foi de 55,4 anos de idade e o tempo médio de duração
da distimia de 12,5 anos.
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A distimia começa sempre de forma muito gradual, nem um psiquiatra poderá ter
certeza se um paciente está ou não adquirindo distimia. O diagnóstico preciso só pode ser feito
depois que o problema está instalado. O próprio paciente tem dificuldade para determinar
quando seu problema começou, a imprecisão gira em torno de meses a anos. Como na maioria
das vezes a distimia começa no início da idade adulta a maioria dos pacientes tende a julgar que
seu problema é constitucional, ou seja, faz parte do seu ser e não que possa ser um transtorno
mental, tratável. Os estudos e os livros não falam a respeito de remissão espontânea. Isso tanto
é devido a poucas pesquisas na área, como a provável não remissão. Por enquanto as
informações nos levam a crer que a distimia tenda a permanecer indefinidamente nos pacientes
quando não tratada.
Tratamento
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Aula 06 – Patologias
Diagnóstico
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Enfermagem
afetos. Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a
viver como se fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso.
Para se fazer o diagnóstico é preciso que esses sintomas estejam presentes por no
mínimo um mês. Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só
não se pode dar esse diagnóstico.
Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos
paciente com estresse pós-traumático como dor de cabeça, problemas gastrintestinais,
problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito, desconfortos.
Considerações
Quando surgirá o transtorno não podemos saber, o fato de uma pessoa ter passado
por um trauma não significa necessariamente que ela terá estresse pós-traumático. Observa-se
que num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não.
Essas variações nos levam a julgar que existem também predisposições pessoais a este
problema, o que de fato tem sido constatado. Pessoas com outros problemas de ansiedade
prévios apresentam maior susceptibilidade a desenvolverem o estresse pós-traumático.
Qualquer pessoa pode desenvolver estresse pós-traumático, desde uma criança até
um ancião. Os sintomas não surgem necessariamente logo após o evento, podem levar meses.
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O intervalo mais comum entre evento traumatizante e o início dos sintomas são três
meses. Muitas pessoas se recuperam dos sintomas em seis meses aproximadamente, outras
podem ficar com os sintomas durante anos.
Tratamento
Piromania
O indivíduo com piromania experimenta uma forte excitação nos momentos que
antecedem o ato de incendiar um objeto, demonstra uma fascinação pelo fogo, curiosidade e
atração pelas circunstâncias relacionadas ao fogo. Para realizar esse diagnóstico devem ser
descartados outros motivos de incêndio como motivações monetárias, político-ideológicas,
expressão de raiva. Ao contrário a motivação deve ser prazer e busca de gratificação.
O curso dessa patologia é crônico-episódico, ou seja, o ato de incendiar não tem uma
freqüência determinada como com a tricotilomania ou o jogo patológico, o indivíduo pode passar
longos períodos sem atear fogo, mas predisposição estará sempre presente e eventualmente
incontrolável. As pessoas com piromania geralmente são encontradas primeiro pelos bombeiros
e autoridades oficiais, pois dificilmente procuram atendimento médico.
Tratamento
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Transtornos Somatoformes
Transtorno de Somatização
O começo de qualquer queixa não pode ser ignorado porque essas pessoas, como
quaisquer outras, podem vir a ter problemas físicos potencialmente graves. É de nossa
experiência um caso semelhante: felizmente a doença foi detectada a tempo (tratava-se de um
câncer benigno) e a paciente operada com sucesso. Contudo ficou por mais de dez anos tendo
sintomas correlatos à queixa inicial sem que nada houvesse clinicamente.
Hipocondria
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A queixa predominante é de dor persistente, grave e angustiante, a qual não pode ser
plenamente explicada por nenhum processo fisiológico ou por um transtorno físico. Geralmente
existe um fator psicológico associado. Depois de descartada a possibilidade de uma causa física,
a investigação das circunstâncias de vida da pessoa pode revelar ganhos que o paciente obtém
com a queixa persistente de dor. Ao se fazer este diagnóstico os familiares não devem tomar
uma postura de indiferença ou desprezo pelo paciente: isso só faz piorar as coisas. Também não
se deve submeter aos exageros do paciente, nem às tentativas de manipulação por sua dor. O
transtorno doloroso não é uma invenção, existe, não como uma origem inflamatória, mas por
algum mecanismo ainda pouco conhecido que opera na mente destas pessoas. Deve-se,
portanto viver a solidariedade distante, ou seja, estar do lado do paciente sempre, mas sabendo
que ele pode usar de suas queixas para obter ganhos e manipular quem está próximo. Esta
atitude não é simples de entender nem de exercer, mas é o melhor que se pode fazer além do
suporte psicoterapêutico.
Tricotilomania
tendência a puxar ou arrancar os próprios cabelos. Tem sido caracterizada como um transtorno
do espectro do transtorno obsessivo compulsivo. O alvo é direcionado para qualquer tipo de pêlo
do corpo e geralmente há mais de um foco, como por exemplo, cabelos e sobrancelhas. O início
pode ocorrer na infância ou adolescência e continuar ao longo da vida. Ansiedade e depressão
frequentemente acompanham o quadro.
Tratamento
Transtornos do sono
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Generalidades
Pesquisas feitas nos EUA mostraram que aproximadamente 1/3 da população tem
algum problema com o sono. Essa prevalência tão alta mostra como a fisiologia do sono é
sensível, alterando-se mesmo com preocupações ou tensão do dia-a-dia. A insônia é a forma
mais comum dos transtornos do sono, mas dependendo da pessoa, de suas predisposições
naturais, as tensões podem se manifestar de outras maneiras, até como enurese noturna, o que
não é comum. Os transtornos primários do sono costumam ser tratados com medicações, além
de uma série de procedimentos de acordo com cada caso. Já nos tipos 2, 3 e 4 deve-se tratar
primeiro a causa; não havendo sucesso pode-se recorrer à medicação indutora do sono.
Insônia
Generalidades
Tratamento
O primeiro passo para se tratar a insônia é pôr ordem na própria vida, não dormindo
durante o dia, mesmo que tenha acordado cedo demais, praticando esportes regularmente, não
tomando mais do que cinco xícaras de café ao dia, não tomando café após as 16:00h (bem
como as demais substâncias que contêm cafeína). Evitando atividades excitantes antes de
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Terror noturno
Assim como o sonambulismo, o terror noturno é comum nas crianças e costuma ceder
espontaneamente até os vinte anos de idade. Geralmente nessa faixa etária não é necessária a
intervenção medicamentosa que fica reservada para os adultos. As medicações empregadas
costumam ser as mesmas do sonambulismo: benzodiazepínicos e antidepressivos tricíclicos.
Sonambulismo
É a alteração, numa determinada fase do sono, que permite a pessoa realizar atos
num estado intermediário entre o sono e a vigília (estar plenamente despertado). Ao ser
interceptada num episódio de sonambulismo, a pessoa claramente mostra não estar consciente
de tudo que se passa a seu redor, apesar de realizar pequenas tarefas como andar, vestir-se,
sentar-se, olhar.
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Usualmente ocorre nas primeiras horas de sono podendo durar de alguns segundos a
poucos minutos. Durante o episódio o paciente mostra-se apático, estabelecendo pouco contato
com o meio, parecendo não reconhecer as pessoas familiares. Sendo questionada verbalmente
as respostas são desconexas e murmuradas. Raramente realiza um procedimento mais
elaborado como trocar de roupas ou urinar no local adequado. Como a atenção não está em seu
nível normal, o sonâmbulo pode ferir-se com objetos em seu caminho.Quando está em ambiente
familiar poderá andar, descer escadas e até pular janelas sem machucar-se. O despertar é difícil
nesse momento e quando gentilmente encaminhado de volta para a cama costuma obedecer. Os
adultos podem ter reações mais violentas quando abordados, tentando escapar do que julgam
ser ameaçador. Na manhã seguinte, usualmente não há recordação do episódio. Não há
constatações de que o sonâmbulo quando despertado durante o sonambulismo possa vir a sofrer
algum dano.
Grupo de risco
Autista
Características comuns
Parece surdo
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Ataca e fere outras pessoas mesmo que não exista motivos para isso
Manifestações sociais
Muitas vezes o início é normal, quando bebê estabelece contato visual, agarra um
dedo, olha na direção de onde vem uma voz e até sorri. Contudo, outras crianças apresentam
desde o início as manifestações do autismo. A mais simples troca de afeto é muito difícil, como,
por exemplo, o próprio olhar nos olhos que é uma das primeiras formas de estabelecimento de
contato afetivo. Toda manifestação de afeto é ignorada, os abraços são simplesmente permitidos
mas não correspondidos. Não há manifestações de desagrado quando os pais saem ou alegria
quando volta para casa.
As crianças com autismo levam mais tempo para aprenderem o que os outros sentem
ou pensam, como, por exemplo, saber que a outra pessoa está satisfeita porque deu um sorriso
ou pela sua expressão ou gesticulação.
Diagnóstico
Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças com autismo. O bebê
desde o nascimento pode mostrar-se indiferente a estimulação por pessoas ou brinquedos,
focando sua atenção prolongadamente por determinados itens. Por outro lado certas crianças
começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para repentinamente
transformar o comportamento em isolado. Contudo, podem se passar anos antes que a família
perceba que há algo errado. Nessas ocasiões os parentes e amigos muitas vezes reforçam a
idéia de que não há nada errado, dizendo que cada criança tem seu próprio jeito. Infelizmente
isso atrasa o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é
o resultado.
Dentre vários critérios de diagnóstico três não podem faltar: poucas ou limitadas
manifestações sociais, habilidades de comunicação não desenvolvidas, comportamentos,
interesses e atividades repetitivos. Esses sintomas devem aparecer antes dos três anos de
idade.
Tratamento
Não há medicações que tratem o autismo, mas muitas vezes elas são usadas para
combater efeitos específicos como agressividade ou os comportamentos repetitivos por exemplo.
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Aula 07 – Vídeo
Aula 08 – Avaliação
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