Manual de Morcego Atualizado
Manual de Morcego Atualizado
Manual de Morcego Atualizado
APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO
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MORCEGOS
• MEGACHIROPTERA – 1 família
• MICROCHIROPTERA – 17 famílias
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Os morcegos não são cegos como muitos pensam, possuem excelente
visão. Para auxiliá-lo na sua localização, utiliza além da visão um sistema
chamado ecolocalização, que consiste em emitir ultra-sons, ecoando no que
estiver a sua frente. Este eco é captado pelos seus ouvidos que são muitos
sensíveis. Desta forma, calculam a que distâncias estão os obstáculos e seus
alimentos. Podem voar em locais completamente escuros. Só os morcegos da
subordem microchiroptera têm o sistema de ecolocalização.
Fonte: Embrapa
Alimentação
Os morcegos são os mamíferos mais versáteis quanto ao tipo de
alimentação. Cerca de 70% das espécies alimentam-se de insetos, são os
morcegos insetívoros. São úteis ao Homem por eliminar insetos que lhe são
nocivos e representam uma praga para a agricultura, assim esses morcegos
permitem a utilização de menos inseticida.
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Poucas espécies são carnívoras, alimentam-se de anfíbios, lagartos, ratos e
camundongos, podendo ainda complementar sua dieta com insetos e frutas.
Nesta categoria podemos incluir os morcegos pescadores.
F o n t e : www.bdt.fat.org.br F o n t e : www.flickr.com
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A espécie frugívora alimenta-se de frutas, espalhando assim as sementes
por onde passa. O frugívoro contribui de forma direta no reflorestamento de
áreas atingidas por queimadas e destruídas pelo Homem. Podem espalhar
milhares de sementes em uma só noite.
Fonte: www.Geocites.com
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MORCEGO HEMATÓFAGO
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Das três espécies de morcegos hematófagos, só o Desmodus rotundus
alimenta-se de sangue de mamíferos. O Diphylla ecaudata e o Diaemus youngi
alimentam-se de sangue de aves, e raramente completam sua dieta com
mamíferos.
Os dois últimos não devem sofrer controle dos órgãos oficiais, pois por se
alimentarem quase que exclusivamente de sangue de aves que repousam em
árvores, não tem importância epidemiológica. Para evitar que causem
problemas, basta prender as aves em galinheiro fechado, caso contrário às aves
podem morrer de anemia.
Instituto Pasteur
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O morcego hematófago faz uma pequena incisão na pele do animal e
lambe o sangue que vai escorrer (conforme foto acima). Como ele possui uma
substância anticoagulante na saliva, o sangue flui do ferimento por mais tempo.
A característica de um animal mordido pelo morcego hematófago é a marca de
sangue escorrido que fica evidente no animal. Se o morcego estiver infectado
por vírus da Raiva, vai transmitir pela saliva, por onde os vírus são eliminados.
O morcego faz a incisão no animal, localizando um vaso capilar através do calor
que é detectado por sensores localizados no nariz (termorecepção). Não morde
em qualquer lugar, vai ao local certo. A mordida nas aves não tem importância
epidemiológica na transmissão da Raiva, porque as aves não são suscetíveis à
virose, porém a perda constante de sangue pode levá-las á morte por anemia.
Hábitos
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Fonte: Instituto Pasteur
Abrigos
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Fonte: Instituto Pasteur
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Em casas que tenham forros ou não, as entradas de ar não podem ficar sem
tela. No caso de haver morcego, deve-se expulsar a colônia, sem mortes
(conforme orientação técnica) para não haver desequilíbrio ecológico. O
morcego, quando acometido de Raiva na fase paralítica, não obrigatoriamente
perde a capacidade de morder, já que a paralisia nem sempre atinge a sua
mandíbula.
Métodos de Captura
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Captura com redes-de-espera (tipo mist-met): Esse método é utilizado
para capturar morcegos em frente a Abrigos (cavernas, edificações, bueiros,
etc), junto de fontes de alimentação (currais, casas, chiqueiros, galinheiros,
árvores, cursos de água, etc.) e rotas de vôo (clareiras, trilhas, estradas, cursos
de água, etc.).
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RAIVA
RAIVA HUMANA
• Cab e ça ± 30 d ias
Nervo motor
Replicação viral
Glândula salivar
Saliva de animal
contendo vírus rábico
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Encefa lo mielite Aguda
I n f l a ma ç ão g en er a l i zada n o c ér eb r o
N ervos per if ér icos – Nervo s d a mu sc u la tur a
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A RAIVA CANINA
Cérebro
Medula
Saliva
Infectada
Glândula
Salivar
Replicação Viral
Nervo Motor
Replicação
Viral Músculo
www.jilo.turmadobar www.unimedara
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A RAIVA BOVINA
Nos bovinos, a Raiva assume a forma paralítica, sendo extremamente rara
ou acidental a contaminação direta do Homem. Nos herbívoros a fase excitativa
geralmente é curta ou ausente, passando da fase prodrômica para a paralítica.
Instituto Pasteur
CICLOS DE TRANSMISSÃO
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FASES
Instituto Pasteur
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SINAIS
A infecção do sistema nervoso central pelos vírus rábicos manifesta-se
no Homem e nos animais por alterações de comportamento, agitação intensa e
falta de coordenação motora, resultante da paralisia progressiva da
musculatura do corpo. Com a paralisia dos músculos da mandíbula, não se
consegue ingerir alimentos, beber água ou engolir a própria saliva, por isso o
indivíduo baba. Quando o paciente tenta beber água, ocorrem contrações
intensas na musculatura da garganta, acompanhadas de dor. Por isso se fala
em “hidrofobia”, medo ao ver ou ouvir o ruído de líquido escoando. Pequenas
correntes de ar causam dor, espasmos, e ele desenvolve “aerofobia”. Ocorrem
convulsões e a morte se dá por parada respiratória.
MATERIAL GENÉTICO
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Prevenção
A prevenção da ocorrência de casos de Raiva se dá com a vacinação de
todo animal doméstico susceptível à Raiva e com o combate ao morcego
hematófago, quer seja na cidade ou no meio rural. A vacinação deve ser da
seguinte forma:
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
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5. Culturalmente nenhum outro grupo de mamífero parece estar tão
envolvido em mistérios, mitos, folclore e desinformação. Para uns representa
o mal, como chupadores de sangue, para outros o bem, como nos manuscritos
dos povos astecas, onde eram considerados deuses e estavam associados à
cultura do milho e aos rituais de fertilidade. Quanto à desinformação, fica por
conta de que muitos acham que o morcego é o rato velho que voa, pelo fato de
os morcegos insetívoros da espécie Molossus molossus ter a cauda semelhante
à do rato e habitar os cantos de forros e telhados.
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ELABORAÇÃO
APOIO ADMINISTRATIVO
Agradecimento especial
Ao Dr. Clayton Bernardelli Gitti, Médico Veterinário, Professor de Doença
Infecto-contagiosas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que
muito colaborou na nossa formação além de nos fornecer vasto material
didático.
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Referências Bibliográficas
3. Sites da internet:
3.1 www.batcon.org;
3.3 www.morcegolivre.com.br;
3.4 www.embrapa.com;
3.5 www.flickr.com;
3.6 www.fts.com.br;
3.7 www.library.thinkquest.org;
3.8 www.icb.ufmg.br;
3.9 www.geocites.com;
3.10 www.universe-review.ca;
3.11 www.bdt.fat.org.br;
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