Estética 02 A Universidade Do Gosto
Estética 02 A Universidade Do Gosto
Estética 02 A Universidade Do Gosto
288 Estética
Filosofia
A UNIVERSALIDADE
DO GOSTO <Luciano Ezequiel Kaminski1
Afinal, gosto se discute?
< www.josephhaworth.com
< www.hf.ntnu.no
z O mercado do gosto
Além da busca de uma definição sobre o que é beleza, a discussão
sobre os juízos de gosto fez a estética voltar seu olhar para as artes. Os
objetos artísticos estão mais propícios à avaliação do gosto e, com eles,
podemos ter uma dimensão mais clara, tanto da diversidade de gostos,
como da possibilidade de formarmos um juízo universal. Atualmente,
entretanto, temos a agravante dos interesses comerciais em relação à
arte. Esses interesses devem ser levados em conta na discussão da for-
mação de gosto, pois a arte volta-se não apenas para conteúdos ou for-
mas abstratas, restritos à compreensão e à contemplação de um gru-
po seleto de acadêmicos, historiadores, críticos e filósofos, mas para a
< www.wikipedia.org
DEBATE
290 Estética
Filosofia
< www.sociology.villanova
texto social e político determinado, também é possível pensar a ques-
tão da beleza como um fato social. Fato social é um conceito da socio-
logia, proposto por Émile Durkheim, um dos fundadores dessa ciência.
Segundo ele os fatos sociais são imposições que a sociedade faz aos in-
divíduos e que os obrigam a seguir. São os fatos sociais que fornecem o
< Durkheim, Émile.
objeto de estudo específico da Sociologia e são caracterizados pela: ge- (1858-1917)
neralidade, fatos comuns aos indivíduos de determinada sociedade; ex-
terioridade, exteriores ao indivíduo, pois não dependem dele; e coerci-
tividade, obrigam-no a agir dessa ou daquela maneira.
O gosto vai se formando a partir de hábitos, de valores e atitudes
que são comumente aceitos. Eles passam a vigorar como corretos e
devem ser seguidos por todos. Mesmo que possam provocar reações
negativas por parte daqueles que representam e defendam as normas
tradicionais, as alterações desses parâmetros são inevitáveis. Com o
tempo, as mudanças de hábitos, as novas perspectivas e necessidades
acabam por introduzir novos modelos a serem seguidos.
Isso faz pensar que os padrões de gosto são construídos social e
culturalmente. As mesmas roupas que se vestem aqui no Brasil não se-
riam consideradas bonitas ou até moralmente aceitas em países como
a Índia, por exemplo. As argolas no pescoço que as mulheres usam
em algumas tribos africanas como adereços para embelezar seus cor-
pos, não seriam aceitas da mesma forma aqui. Entretanto, não se po-
de julgar outros padrões de beleza como melhores ou piores do que
o nosso.
Os padrões culturais, portanto, não são estáticos. Nem tudo aquilo
que era moda nos anos 40 é aceito mais hoje em dia. Nesse sentido é
interessante notar que embora haja essa determinação histórica do gos-
to, isto é, que ele marca um determinado momento, percebe-se que ele
também muda conforme a época. Não é raro, em geral, a moda, por
exemplo, voltar de tempos em tempos. Ou ainda, que padrões de uma
cultura, mesmo que sejam do passado, possam ser resgatados em ou-
tras épocas. Muitos traços dos padrões antigos não são completamen-
te esquecidos no passado. Muitos permanecem presentes e servem, in-
ATIVIDADE
292 Estética
Filosofia
outro referente senão ele mesmo, e é sempre real, quando alguém tem
consciência dele”, afirma Hume (Idem, p. 57-58).
Com o entendimento ocorre o inverso. Ele sempre precisa de uma
referência, de algo em particular, concreto, a que ele se destine. Pode-
mos ter opiniões diferentes sobre um mesmo objeto, mas uma apenas
A virgem dos rochedos será a verdadeira. Mas posso ter uma infinidade de sentimentos sobre
(1506-1508), óleo so- o mesmo objeto e todos serem corretos pois “...nenhum sentimento re-
bre madeira de Leonardo presenta o que realmente está no objeto” (Idem, p. 58). O sentimento assi-
da Vinci. Galeria Nacional, nala apenas uma conformidade entre o objeto e as faculdades do espí-
Londres. rito, e essas estão no indivíduo. Por isso a beleza, segundo Hume, “...
não é uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que
as contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente” (Ibidem).
ATIVIDADE
294 Estética
Filosofia
Parece que as artes, em suas regras gerais, isto é, nas suas caracte-
rísticas específicas e próprias que as diferenciam de outras atividades
humanas, como a ciência, por exemplo, apontam para “...sentimen-
tos comuns da natureza humana...” (Idem, p. 60), ou seja, aquilo que qual-
quer ser humano poderia sentir diante de tal objeto. Ainda assim, Hu-
me afirma “...não devemos supor que, em todos os casos, os homens
sintam de maneira conforme essas regras” (Ibidem). < Picasso, Pablo. Pequeno almo-
Hume, porém, reconhece que o ser humano possui uma tendência ço na relva.
ATIVIDADE
Identifique os conceitos que Hume usa para justificar sua opinião sobre os juízos de gosto e compa-
re-os aos conceitos de beleza trabalhados anteriormente. Produza um texto apresentando sua con-
cepção pessoal de beleza. Até onde ela poderia valer para todos?
DEBATE
z A universalização do gosto
É nesse sentimento desinteressado que encontramos uma possibili-
dade de universalização sobre o julgamento do belo. Na verdade não
estamos tratando de gosto ou preferências, simplesmente, como fala-
va Hume. Quanto a isso, todos os homens têm seu direito e liberda-
de individual que garantem essa diversidade de gosto. Não é a razão e
o entendimento que garantem essa universalidade para o sentimento
do belo, mas a imaginação ligada ao entendimento e ao sentimento de
prazer ou desprazer. A imaginação, pelo seu jogo intuitivo, é que tem
a capacidade de unir o sensível ao entendimento, o material ao ideal.
Para Kant, assim como para Baumgarten, o responsável pelo sur-
gimento da Estética no século XVIII, o terreno em que se pode es-
tabelecer a discussão estética é o da representação. Aquilo que não
é puramente sensível, nem totalmente intelectual, mas que pode ser
compreendido e comunicável. Representações não de idéias, portanto,
mas da vida sensível do sujeito. Logo o fundamento desse juízo esté-
tico está no indivíduo e não nas coisas. Esse indivíduo quando se vol-
ta ao objeto, deve sentí-lo como interessante, mas não pode voltar-se
A universalidade do gosto 297
Ensino Médio
a ele com interesses. Quando estamos presos aos objetos pelos inte-
resses particulares de uso, ligados a alguma função ou ganho que eles
podem representar, o juízo estético não encontra seu espaço. Esse jo-
go da imaginação é difícil – tente imaginar algo que admiramos e que
não tenhamos interesse! – mas, para Kant, fundamental: assim como
< http://nscontact.com em suas idéias sobre moral, os interesses deturpam a qualidade ética
das nossas ações (isso quer dizer que uma ação só é moralmente lou-
vável quando é desinteressada), na estética o juízo interesseiro impos-
sibilita o livre acesso ao objeto.
Esse objeto – objeto belo, ou estético – guarda consigo a promes-
sa de um deleite, um prazer que não é apenas sensual, físico, como o
prazer de comer exageradamente, por exemplo. Nem mesmo um pra-
zer intelectual de se ler um bom livro. Esse prazer, que é compartilha-
do, se fundamenta na “...universal capacidade de comunicação do es-
tado de ânimo na representação dada que, como condição subjetiva
do juízo de gosto, tem de jazer como fundamento do mesmo e ter co-
mo conseqüência o prazer no objeto” (Idem, p. 103-104). É um prazer fruto
de uma atividade mental, na relação sensível com um objeto, do qual
estou livre, isto é, sem interesses práticos e com o qual não me volto
para compreendê-lo intelectualmente. Esse prazer, embora seja subje-
tivo é também comungado pela sociedade. É um prazer em comum,
uma complacência.
Esse juízo de beleza, além de ser desinteressado, não é representa-
do por um conceito (racional, intelectual). “O belo é o que apraz uni-
versalmente sem conceito” (Idem, p. 104), afirma Kant. Como esse sentimen-
to não está atrelado a um juízo de conhecimento ele também não tem
conceito que o expresse. O juízo de gosto, oriundo de sentimento do
belo não pode sofrer as pressões da sistematização e teorização da ra-
zão. Elas deturpam e nos fazem desviar do prazer, que é próprio da
sensibilidade, e não da inteligência. Essa unanimidade do juízo de gos-
to não está, portanto, num acordo de pensamento ou num debate teó-
rico sobre a beleza, mas por um juízo de gosto, isto é, pelo sentimen-
to que, ao se dar, pode se intuir que qualquer outro o teria da mesma
forma. O sentimento estético é como comum a todos, pode ser com-
partilhado e comungado com humanidade. Deve ser oriundo de um
prazer sensível, desinteressado e sem conceito racional que lhe sirva
de explicação.
Essa universalidade não é fruto, portanto, do pensamento. Ela é
sentida. Ela não está na lógica, onde todos teriam ou poderiam che-
gar ao consenso através de longas exposições ou demonstrações ar-
gumentativas, mas na intuição de que o mesmo sentimento que tenho
diante de uma obra, qualquer outro também o teria. Essa universalida-
de está na subjetividade, porém, sem cair em qualquer subjetivismo,
isto é, essa subjetividade não se reduz aos gostos individuais, particu-
lares, mas a um sentimento que, quando acontece, pressupõe-se que
todos teriam.
298 Estética
Filosofia
O belo não está, portanto, nos objetos, como uma característica que
lhes seria própria, nem puramente no sujeito, sem que ele precisas-
se do mundo. O sentimento se dá na relação sujeito e objeto. Um ob-
jeto que não pode ser pensado separadamente do sujeito. Sujeito que
precisa deixar gradativamente os seus interesses e gostos pessoais, pa-
ra estar aberto ao sentimento do belo. Por isso o juízo estético não se
definha num subjetivismo exacerbado. O sujeito deve estar distante de
suas afinidades pessoais. Um sujeito, portanto, ilustrado, sensível, so-
fisticado e refinado que sente, diante das formas peculiares presentes
no objeto, um belo universal. Um acordo harmonioso entre o pensa-
< Magritte, René: “Il figlio
mento e o sentimento diante do objeto em suas determinadas formas. dell’uomo”. www.fakemaster.it
Para Kant as condições de universalidade do sentimento do belo
se dão na sua complacência (prazer que se sente junto, comum) neces-
sária, isto é, uma satisfação desinteressada e que agrada os sentidos.
Kant afirma sobre a complacência:
Pois, visto que não se funda sobre qualquer inclinação do sujeito (nem sobre qualquer outro interes-
se deliberado), mas, visto que o julgante sente-se inteiramente livre com respeito à complacência que
ele dedica ao objeto; assim, ele não pode descobrir nenhuma condição privada como fundamento da
complacência à qual, unicamente, seu sujeito se afeiçoasse, e por isso tem que considerá-lo como fun-
dado naquilo que ele também pode pressupor em todo outro; conseqüentemente, ele tem de crer que
possui razão para pretender de qualquer um uma complacência semelhante.” (Idem, p. 98).
DEBATE
Discuta, em duplas, a real possibilidade da comunicação, proposta por Kant, de juízos de gosto, ou
seja, a possibilidade de que, universalmente, se possa ter o mesmo julgamento diante de uma obra.
Apresente as respostas à turma para debate.
As regras para o debate encontram-se na introdução deste livro.
ATIVIDADE
300 Estética
Filosofia
5. O contexto de diversidade de gostos e diferenças culturais ou sociais não seria um empecilho para
essa percepção estética proposta por Kant?
6. O que há em comum nas idéias de Hume, Baumgarten e Kant?
7. Identifique os principais conceitos elencados nesse texto e reconstrua-os num texto próprio.
z O materialismo histórico
e a arte interessada
Foi Kant quem nos deixou a possibilidade,
por meio da experiência estética, desinteres-
sada e sem conceitos, de nos relacionarmos
universalmente com a beleza. O belo ganhou
aí sua autonomia. Não precisa estar associado
a nenhum conceito, idéias, teorias, nem de-
ve estar relacionado a nenhuma finalidade ou
valor fora de si mesmo.
Num outro ponto dessa discussão se en-
contra a proposta inspirada no materialismo
histórico, enraizado na teoria marxista sobre a < Giuseppe Pellizza da Volpedo, O Quarto Estado (1901), Representado uma gre-
sociedade, história e filosofia. Para alguns te- ve. Milão, Galeria Cívica de Arte Moderna - Itália.
óricos marxistas, a arte deve ser um meio pa-
ra a superação das diferenças sociais e do sistema capitalista. Defende-
se por esse caminho a idéia da arte militante, da arte como forma de
conscientização política, como uma forma de luta social.
Para o Materialismo Histórico, que surgiu em meados do século
XIX, fundado por Karl Marx (1818 -1883) e Friedrich Engels (1820-1895),
o ser humano é determinado social e historicamente. Isso quer dizer
que não se pode pensar o homem fora de seu contexto histórico e so-
cial. O homem está limitado a esse contexto pelos problemas, inte-
resses, dificuldades, evolução tecnológica, ou seja, determinado pelas
condições materiais de seu tempo e pelas condições sociais em que vi-
ve. O ser humano se desenvolve e evolui a partir das suas condições
de vida, de trabalho, de produção material. E é a partir de suas neces-
sidades materiais que as transformações sociais acontecem. Não é a
consciência, nem os ideais ou as teorias que determinam essas trans-
formações, como pensavam os idealistas.
Segundo Marx, essa visão de mundo idealista mistificou a realida-
de e acabou por invertê-la, isto é, desconsiderou que as necessidades
materiais da vida, de subsistência, é que determinam as mudanças so-
ciais e históricas. Mudanças essas que ocorrem no modo de produção
da subsistência, no relacionamento social dentro dessa produção e nas
instituições sociais que, segundo o materialismo histórico, constituem
uma outra dimensão da realidade.
302 Estética
Filosofia
Assim é que podemos compreender outro conceito importante den- Guernica. Painel pintado a
tro do materialismo histórico: a ideologia. Num sentido amplo podería- óleo por Pablo Picasso, me-
mos entender apenas como um conjunto de idéias sobre determinado dindo 350 X 782 cm., repre-
assunto, como uma teoria, por exemplo. Noutro sentido, mais especí- senta o ataque sofrido pela ci-
fico, pode-se entendê-la como um conjunto de idéias que representam dade espanhola de Guernica
os interesses de determinadas classes sociais. Mas, no sentido empre- em 26 de abril de 1937 re-
gado por Marx, ideologia é um conjunto de idéias, que nem sempre se alizado por bombardeiros ale-
apresentam bem estruturadas – como uma teoria científica, por exem- mães.
plo – mas que representam os interesses da classe dominante. Essas Atualmente está no Centro
idéias têm como objetivo principal camuflar, esconder e justificar toda Nacional de Arte Rainha So-
a exploração e desigualdades sociais inerentes ao processo produtivo fia, em Madrid.
capitalista. Essa ideologia se encontra disseminada nas instituições so-
ciais, nas leis e geralmente não são percebidas pela classe dominada,
pela própria condição de alienação em que se encontram.
A arte não escapa desse jogo de interesses e de ideologia. Muitas
vezes ela está a serviço ideológico, inverte, camufla e distorce a reali-
dade, não apenas com fins artísticos ou estéticos, mas com fins ideoló-
gicos. A arte acaba por servir aos interesses de uma classe. A burgue-
sia, por exemplo, no decorrer do processo de dominação econômica, < www.abcgallery.com
no sistema capitalista, também acabou por determinar o que deve ser
ou não deve ser visto como arte. Até como uma forma de completar e
fortalecer essa prática de dominação, a cultura também foi alvo de seus
interesses. Muitas vezes essa classe apropriou-se de elementos e inicia-
tivas da cultura popular e histórica como sendo suas, limitando, poste-
riormente, o acesso a essas formas de arte.
Mas a arte também pode ser o caminho para a aquisição da autono-
mia, da consciência crítica e da transformação social à medida em que
ela também pode refletir, criticar e denunciar as desigualdades e dos
abusos do capital. De uma forma geral os teóricos do materialismo his-
tórico defendem que a arte deve desviar-se dos interesses da burguesia
para não se desumanizar. Deve desvelar os interesses das elites, mo-
bilizar os trabalhadores para a transformação social. Por outro lado, o
caráter universal de algumas obras de arte se verifica quando elas con-
seguem abarcar valores universais e, por isso, passam a ser reconheci-
das pela grande maioria como sendo belas.
ATIVIDADE
3. A arte e beleza estão completamente condicionadas pelo tempo (história) e pela cultura (contexto)
da qual fazem parte? Há a possibilidade de existir uma beleza ideal, como na proposta de Platão,
por exemplo?
304 Estética
Filosofia
z Referências
BAUMGARTEN, Alexandre G. Estética. A lógica da arte e do poema. Tradução de Miriam Sut-
ter Medeiros. In: O Belo Autônomo. Organização e seleção de Rodrigo Duarte. Belo Horizonte: Edito-
ra UFMG, 1997.
DUFRENNE, Mikel. Estética e Filosofia. Tradução de Roberto Figurelli. São Paulo: Perspectiva,
1998.
DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. Tradução de Maria Isaura Pereira de Quei-
roz. 3.ed. São Paulo: Editora Nacional, 1963.
EAGLETON, T. A ideologia da Estética. Tradução de Mauro Sá Rego Costa. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 1993.
HUME, David. Do padrão do gosto. Tradução de João Paulo Gomes Monteiro. In: O Belo Autônomo.
Organização e seleção de Rodrigo Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.
KANT, Emmanuel. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as
doenças mentais. 2.ed.Tradução de Vinicius de Figueiredo. Campinas: Papirus, 1993.
_____. Crítica da Faculdade do Juízo. Tradução de Valério Rohden. In: O Belo Autônomo. Organi-
zação e seleção de Rodrigo Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.
MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Tradução de José Carlos Bruni. In: O Belo Autô-
nomo. Organização e seleção de Rodrigo Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.
_____. Para a crítica da Economia Política. Tradução de José Arthur Gianotti e Edgar Malagodi.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997. In: O Belo Autônomo. Organização e seleção de Rodrigo Duarte.
MONTERADO, Lucas. História da Arte. 2.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.
SÁNCHEZ VÁZQUES, Adolfo. Convite à Estética. Tradução de Gilson Baptista Soares. Rio de Janei-
ro: Civilização Brasileira, 1999.