NBR 13896 - Aterros de Residuos Nao Perigosos - Criterios Pa
NBR 13896 - Aterros de Residuos Nao Perigosos - Criterios Pa
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Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA
Procedimento
Origem: Projeto 01:603.06-006/1993
CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente
CE-01:603-06 - Comissão de Estudo de Tratamento de Resíduos Sólidos
Industriais
NBR 13896 - Solid wastes landfill - Project, instalation and operation criteria -
Procedure
Copyright © 1997, Descriptors: Landfill. Solid wastes (non hazardous)
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.07.1997
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Aterro. Resíduo sólido não perigoso 12 páginas
Todos os direitos reservados
SUMÁRIO 3 Definições
1 Objetivo
2 Documentos complementares Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão de-
3 Definições finidos em 3.1 a 3.16 e na NBR 10004.
4 Condições gerais
5 Condições específicas
ANEXO - Tabelas 3.1 Chuva de pico de cinco anos
Plano que define as ações que devem ser tomadas no Solo cujo volume de água intersticial é menor do que o
caso de emergência, como fogo, explosão, derrama- volume de vazios.
mentos e liberação de gases tóxicos, e descreve os equi-
pamentos de segurança a serem instalados, incluindo o 3.15 Núcleos populacionais
nome da pessoa responsável pela coordenação das
ações de emergência na instalação. Localidade sem a categoria de sede administrativa, mas
3.7 Plano de fechamento com moradias, geralmente em torno de igreja ou capela,
com pequeno comércio.
Descrição dos procedimentos a serem realizados por
ocasião do encerramento das atividades da instalação, 3.16 Áreas sensíveis
tais como:
a) medidas que devem promover a desativação; Áreas de recarga de aqüíferos, áreas de proteção de ma-
nanciais, mangues e habitat de espécies protegidas,
b) operações de manutenção que devem ser obser- áreas de preservação permanente conforme declaradas
vadas após o fechamento; pelo Código Florestal, ou áreas de proteção ambiental -
APA’s.
c) estimativas da qualidade e da quantidade dos
resíduos dispostos até a data do fechamento;
4 Condições gerais
d) usos do local após o término das operações.
3.8 Plano de inspeção e manutenção preventiva Para assegurar o projeto, instalação e operação adequa-
dos de um aterro de resíduos não perigosos são estabe-
Descrição das atividades rotineiras necessárias para pro- lecidas exigências relativas à localização, segregação e
mover uma manutenção adequada da instalação. análise de resíduos, monitoramento, inspeção, fecha-
mento da instalação e treinamento de pessoal.
3.9 Rede de drenagem subsuperficial
Sistema de captação e remoção do líquido que percola Notas: a) Os aterros projetados através de métodos diferentes
através do resíduo. dos estabelecidos nesta Norma devem assegurar os
mesmos níveis de proteção, segurança e eficiência.
3.10 Rede de drenagem superficial
Sistema de captação e desvio das águas de escoamento b) Toda a instalação deve ter seu projeto desenvolvido
superficial das áreas externa e interna do aterro. conforme a NBR 8419 e previamente analisado e
aprovado pelo OCA - Órgão de Controle Ambiental.
3.11 Registro das operações
Relato das ocorrências verificadas na instalação, o qual 4.1 Critérios para localização
deve incluir:
Um local para ser utilizado para aterros de resíduos não
a) origem, qualidade, quantidade e localização no perigosos deve ser tal que:
aterro dos resíduos recebidos;
4.1.1 Para a avaliação da adequabilidade de um local 4.1.2 Em qualquer caso, obrigatoriamente, os seguintes
aos critérios descritos em 4.1, diversas considerações critérios devem ser observados:
técnicas devem ser feitas:
a) o aterro não deve ser executado em áreas sujeitas
a inundações, em períodos de recorrência de
a) topografia - esta característica é fator determinante
100 anos;
na escolha do método construtivo e nas obras de
terraplenagem para a construção da instalação. b) entre a superfície inferior do aterro e o mais alto
Recomendam-se locais com declividade superior nível do lençol freático deve haver uma camada
a 1% e inferior a 30%; natural de espessura mínima de 1,50 m de solo
insaturado. O nível do lençol freático deve ser me-
Nota: Locais com declividades maiores que 30% podem dido durante a época de maior precipitação plu-
ser utilizados a critério do OCA. viométrica da região;
b) geologia e tipos de solos existentes - tais indica- c) o aterro deve ser executado em áreas onde haja
ções são importantes na determinação da capa- predominância no subsolo de material com coefi-
cidade de depuração do solo e da velocidade de ciente de permeabilidade inferior a 5 x 10-5 cm/s;
infiltração. Considera-se desejável a existência,
Nota: Um subsolo com coeficiente de permeabilidade
no local, de um depósito natural extenso e homo-
superior a 5 x 10-5 cm/s pode vir a ser aceito pelo
gêneo de materiais com coeficiente de permeabi-
OCA, a seu critério, dependendo do tipo de re-
lidade inferior a 10-6 cm/s e uma zona não saturada
síduo a ser disposto e das demais condições hi-
com espessura superior a 3,0 m;
drogeológicas do local do aterro, desde que este
valor não exceda 10-4 cm/s.
c) recursos hídricos - deve ser avaliada a possível
influência do aterro na qualidade e no uso das d) os aterros só podem ser construídos em áreas de
águas superficiais e subterrâneas próximas. uso conforme legislação local de uso do solo.
O aterro deve ser localizado a uma distância
mínima de 200 m de qualquer coleção hídrica ou 4.2 Isolamento e sinalização
curso de água;
Um aterro que recebe resíduos não perigosos deve
possuir:
Nota: A critério do OCA essa distância pode ser alterada.
a) cerca que circunde completamente a área em
d) vegetação - o estudo macroscópico da vegetação operação, construída de forma a impedir o acesso
é importante, uma vez que ela pode atuar favora- de pessoas estranhas e animais;
velmente na escolha de uma área quanto aos as-
b) portão junto ao qual seja estabelecida uma forma
pectos de redução do fenômeno de erosão, da
de controle de acesso ao local;
formação de poeira e transporte de odores;
c) sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) com
e) acessos - fator de evidente importância em um tabuletas contendo os dizeres “PERIGO - NÃO
projeto de aterro, uma vez que são utilizados du- ENTRE”;
rante toda a sua operação;
d) cerca viva arbustiva ou arbórea ao redor da
instalação, quando os aspectos relativos à vizi-
f) tamanho disponível e vida útil - em um projeto,
nhança, ventos dominantes e estética assim o
estes fatores encontram-se inter-relacionados e
exigirem;
recomenda-se a construção de aterros com vida
útil mínima de 10 anos; e) faixa de proteção sanitária non-aedificant de no
mínimo 10 m de largura.
g) custos - os custos de um aterro têm grande variabi-
lidade conforme o seu tamanho e o seu método 4.3 Acessos
construtivo. A elaboração de um cronograma físico-
financeiro é necessária para permitir a análise de Os acessos internos e externos devem ser protegidos,
viabilidade econômica do empreendimento; executados e mantidos de maneira a permitir sua utili-
zação sob quaisquer condições climáticas.
5.1.1.3 Localização dos poços de monitoramento 5.1.1.5.4 Para se avaliarem possíveis variações nos
valores naturais nos poços a jusante, seguir o critério da
Os poços de monitoramento devem ser em número su- comparação de duas médias (estatística t de Student)
ficiente, instalados adequadamente, de forma que as conforme descrição a seguir:
amostras retiradas representem a qualidade da água
a) a estatística t para todos os parâmetros, com ex-
existente no aqüífero mais alto, na área do aterro,
ceção do pH, é definida por:
devendo ser observados os seguintes itens:
Onde:
b) os poços devem ter diâmetro mínimo de
101,6 mm (4 pol.) e ser revestidos e tampados na
parte superior para evitar contaminação das Xm = média aritmética dos valores do parâmetro
amostras. no poço a ser comparado
O programa de monitoramento do aterro deve atender N b = número de observações dos valores naturais
ao prescrito em 5.1.1.5.1 a 5.1.1.5.6. (obtidos nos poços de montante)
5.1.1.5.5 Prever uma análise de todos os parâmetros a b) ter efluentes monitorados pelo menos qua-
serem monitorados, pelo menos quatro vezes ao ano, tro vezes ao ano.
em cada poço, durante o período de vida ativa da ins-
talação. Nota: O proprietário da instalação pode ser dispensado da
construção das obras referidas em 5.2.1 a 5.2.3, caso
5.1.1.5.6 Registrar o nível do lençol freático a cada coleta apresente um projeto alternativo e demonstre para o OCA
realizada e determinar a velocidade e a direção do que este projeto, aliado às características locais, propicia
escoamento do lençol freático. uma contenção, reação ou diluição do líquido percolado,
de forma que não haja liberação de constituintes perigosos
para as águas subterrâneas ou corpos d’água próximos,
5.2 Impermeabilização do aterro, drenagem e atingindo níveis acima do aceitável, em qualquer época
tratamento do líquido percolado ou tempo futuro. Para tanto, o OCA deve considerar:
5.2.1 Sempre que as condições hidrogeológicas do local a) a natureza e a quantidade dos resíduos;
escolhido para a implantação do aterro não atenderem
às especificações de 4.1.1-b) deve ser implantada uma
camada impermeabilizante da superfície inferior con- b) a hidrogeologia do local, incluindo a capacidade de
forme: atenuação e a espessura das camadas do solo presen-
te entre o aterro e o aqüífero ou corpos d’água super-
ficiais;
a) ser construída com materiais de propriedades
químicas compatíveis com o resíduo, com sufi-
ciente espessura e resistência, de modo a evitar c) o projeto alternativo proposto.
rupturas devido a pressões hidrostáticas e
hidrogeológicas, contato físico com o líquido per- 5.2.4 O responsável pelo aterro deve projetar, construir,
colado ou resíduo, condições climáticas e tensões operar e manter um sistema de desvio de águas su-
da instalação da impermeabilização ou aquelas perficiais da área do aterro capaz de suportar uma chuva
originárias da operação diária; de pico de cinco anos.
a) ser projetado, construído e operado de forma que Todo aterro deve ser projetado de maneira a minimizar
seus efluentes atendam aos padrões de emissão as emissões gasosas e promover a captação e tratamento
e garantam a qualidade do corpo receptor; adequado das eventuais emanações.
Cópia não autorizada
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c) lista de todo equipamento de segurança existente, 5.4.5.3 Coordenadores em casos de emergência (listar
incluindo localização, descrição do tipo e capa- todos os indivíduos qualificados a atuar nesta posição
cidade. em ordem de prioridade):
- explosão;
A instalação deve ser equipada e manter adequadamente
todos os equipamentos de segurança necessários aos
tipos de emergências possíveis de ocorrer (por exemplo: - liberação de gases;
equipamentos de combate a incêndio onde houver possi-
bilidade de fogo). Além disso, um sistema de comunicação - vazamentos de líquidos;
com a polícia e/ou corpo de bombeiros deve obriga-
toriamente existir na instalação. - outros;
A instalação deve manter uma cópia do plano de emer- O registro deve conter as seguintes informações:
gência em local de fácil acesso e garantir que todos os
seus funcionários tenham conhecimento do seu conteúdo.
a) descrição e quantidade de cada resíduo recebido
5.5 Inspeção e manutenção e a data de sua disposição;
5.5.1 Obrigação da inspeção, manutenção e correção de b) indicação do local onde o resíduo foi disposto,
eventual problema bem como sua quantidade e o respectivo número
de manifesto, se houver;
O proprietário ou encarregado da operação deve ins-
pecionar a instalação de modo a identificar e corrigir
c) registro das análises efetuadas nos resíduos;
eventuais problemas, que possam provocar a ocorrência
de acidentes prejudiciais ao meio ambiente ou à saúde
humana. d) registro das inspeções realizadas e dos incidentes
ocorridos e respectivas datas;
5.5.2 Plano de inspeção e manutenção
e) dados referentes ao monitoramento das águas
A instalação deve possuir um plano de inspeção para superficiais e subterrâneas e, se for o caso, de
verificar a integridade de seus componentes, tais como efluentes gasosos gerados.
de monitoramento das águas superficiais e subterrâneas,
de segurança e daqueles responsáveis pela operação e
Nota: Qualquer que seja a utilização da área do aterro e mesmo
estrutura do aterro (drenos, diques, bermas e bombas). no caso de qualquer transação (venda total ou parcial da
Este plano deve incluir: área) o proprietário ou responsável pela área deve manter
este registro.
a) problemas que devem ser observados durante a
inspeção, tais como bombas inoperantes ou va-
5.6.3 Relatório anual
zando, erosão nos diques, drenos entupidos, etc.;
b) freqüência da inspeção, que deve levar em conta Deve ser preparado um relatório anual contendo:
a probabilidade de falha do equipamento;
a) a descrição do tipo e da quantidade recebida (no
c) revisar o plano de emergência. ano e acumulada) de cada resíduo não perigoso,
por gerador;
Exemplo de apresentação de um plano de inspeção.
b) os dados relativos ao monitoramento das águas
Componente superficiais e subterrâneas e, se for o caso, de
e/ou estrutura efluentes gasosos gerados.
Possível Sugestões
da instalação, Freqüência para ações
sistema ou falha ou
de inspeção corretivas
peça de deterioração 5.7 Condições gerais de operação
equipamento
5.7.1 Recebimento de resíduos no aterro
A instalação deve possuir um registro de sua operação, Em locais onde existe a possibilidade de carreamento
que deve ser mantido até o fim de sua vida útil, incluindo de materiais pelo vento, o aterro deve possuir dispositivos
o período de pós-fechamento. e ser operado de forma a eliminar este tipo de problema.
Cópia não autorizada
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5.8 Plano de encerramento e cuidados para f) monitoramento das águas após o término das
fechamento do aterro operações;
Por ocasião do encerramento da operação do aterro, h) provisão dos recursos financeiros necessários
devem ser tomadas medidas de forma a: para a execução das tarefas previstas neste plano.
/ANEXO
Cópia não autorizada
10 NBR 13896/1997
ANEXO - Tabelas
ρ
0,10 0,45 0,025 0,01 0,005
γ
Efeitos de mistura de resíduos do Grupo 1-A com os do Grupo 1-B - Geração de calor, reação violenta
Efeitos da mistura de resíduos do Grupo 2-A com os do Grupo 2-B - Geração de substâncias tóxicas em caso de fogo ou
explosão
Efeitos da mistura de resíduos do Grupo 3-A com os do Grupo 3-B - Fogo ou explosão, geração de hidrogênio gasoso
inflamável
/continua
Cópia não autorizada
12 NBR 13896/1997
/continuação
- Lítio
- Hidretos metálicos
- Potássio
- Sódio
Efeitos da mistura de resíduos do Grupo 4-A com os do Grupo 4-B - Fogo, explosão ou geração de calor, geração de
gases inflamáveis ou tóxicos
Efeitos da mistura de resíduos do Grupo 5-A com os do Grupo 5-B - Fogo, explosão ou reação violenta
Efeitos da mistura de resíduos do Grupo 6-A com os do Grupo 6-B - Geração de gás cianídrico ou gás sulfídrico
Efeitos da mistura de resíduos do Grupo 7-A com os do Grupo 7-B - Fogo, explosão ou reação violenta
Nota: Fonte - U.S. Environmental Protection Agency, Federal Register Vol. 43 nº 243, pág. 59018, U.S.A. monday, december 18, 1978.