Pobreza Urbana. PDF Final

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Por Orlando Penicela Jnior1 Introduo A taxa de incidncia da pobreza manteve-se estagnada nos 54.

7% entre 2003 e 2009, ou seja dos 21.5 milhes de habitantes em Moambique, cerca de 11.8 milhes viviam abaixo da linha da pobreza em 2008/09 (MPD, 2010)2. No mesmo perodo, a pobreza urbana reduziu de 51.5% para 49.6% (uma variao igualmente insignificante estatisticamente). Entretanto, as tenses sociais que tendem a prevalecer nos grandes centros urbanos do Pas, chamaram a ateno do governo para esta questo no s premente mas tambm to velha quanto as nossas cidades (embora tenda a se agudizar nos ltimos anos) a pobreza urbana. A crescente emergncia do fenmeno pobreza urbana no debate pblico moambicano, veio demonstrar que as cidades no so de forma alguma enclaves alheios a pobreza vivida por cerca de 55% dos moambicanos e que os esforos de reduo da pobreza devem ser articulados e balanceados no meio rural e urbano. O posicionamento aqui vincado quanto a questo claro: mais do que um problema, o fenmeno da pobreza urbana uma oportunidade. Uma oportunidade de se redefinir as prioridades do Pas, de reformular o papel da agricultura e de reestruturar as relaes campo cidade h muito desarticuladas. O presente trabalho afirma-se logo a priori como uma crtica abordagem da pobreza subjacente ao Programa Estratgico de Reduo da Pobreza Urbana (PERPU, 2010 2014)3 essencialmente por uma razo: uma abordagem isolacionista na medida em que ela ignora a necessidade de complementaridade entre os espaos rurais e urbanos como condio de sucesso dos programas e projectos de reduo da pobreza. A ttulo de exemplo, o PERPU
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Estudante do 3 ano do Curso de Administraao Pblica pela Universidade Eduardo Mondlane. importante notar que houve um aumento (embora no estatisticamente significante) da taxa de incidncia da pobreza em 0.6% (o mesmo que dizer que cerca de 129.000 moambicanos tornaram-se pobres). 3 Repblica de Moambique: MPD et al (2010).

peca em no estabelecer mecanismos que permitam que os Distritos (atravs dos projectos do FDD) tirem maiores ganhos dos mercados urbanos4.

Perfil da Pobreza Urbana: Uma vista Panormica A populao urbana em Moambique estimada em cerca de 30% e a taxa de urbanizao projectada sugere que em 2025, 50% da populao viver em cidades (MPD, 2010; CMI, 2008). Esta previso justifica a pertinncia do presente estudo na medida em que, se a actual tendncia de estagnao das taxas de reduo da pobreza prevalecer, o aumento da taxa de urbanizao poder se traduzir simplesmente no aumento das vtimas da armadilha da pobreza urbana e consequente

recrudescimento da ruralizao e esgotamento das cidades existentes. Conforme supramencionado, cerca de 50% da populao urbana moambicana pobre. Gollin (2009), observa que os pobres tanto em reas urbanas como em reas rurais gastam grande parte dos seus rendimentos em alimentos. Schultz (1953)5 j avanava que os pases pobres deparam-se com o problema alimentar ou seja os seus nveis de renda so to baixos de tal forma que uma grande proporo dela deve ser aplicada nos alimentos. Como que a evidenciar essa realidade, baseando-se no inqurito de linha de base do INAS (2004), Soares et al (2010), afirmam que 62% dos gastos dos agregados familiares pobres em Moambique, so destinados para a aquisio de alimentos bsicos. No mesmo prisma, o MPD (2010:53) conclui que 75% da cesta de consumo dos pobres composta de bens alimentares bsicos. Entretanto, o facto de a maioria da populao (70%) viver no campo, onde retira cerca de 90%6 do seu consumo alimentar da produo prpria (Oppenheimer, 2001) faz com

Ao longo do texto procurarei elucidar as vantagens dessa interaco. Apud Gollin (2009:7) 6 Dados do Plano de Aco de Reduo da Pobreza (2000-2009) p.29

que as medidas de pobreza baseadas no rendimento e no consumo apresentem uma margem de erro relativamente maior no campo do que nas cidades. A ttulo ilustrativo, dos 1,3 milhes de habitantes da cidade de Maputo, 53% so considerados pobres e alocam 80% da renda familiar na compra de alimentos (Chavana, 2009). Note que o desvio entre a proporo de renda gasta em consumo alimentar em Maputo (80%) e a mdia nacional de proporo de renda gasta em consumo alimentar (62%) considervel e evidncia as margens de erro supramencionadas. Porm estes dados so suficientes para ilustrar o padro de despesa familiar nos agregados pobres das zonas urbanas de Moambique.

Quais as implicaes desse padro de despesa familiar? primeira vista este cenrio sugere que a oferta estrutural de bens alimentares e as condies de procura como reflectidas no preo tendem a ter fortes implicaes na pobreza (MPD, 2010), da que a ausncia de avanos na reduo dos ndices de pobreza urbana entre 2003 e 2009, traduz em grande medida a degradao dos salrios reais como resultado da inflao dos preos dos produtos alimentares. razovel concluir que, as taxas de pobreza nas zonas urbanas esto positivamente relacionadas com os preos relativos dos alimentos. Portanto, fica claro que a despesa pblica em programas de reduo da pobreza tanto urbana como rural, ter mais eficcia na agricultura uma vez que a elasticidade do padro de vida (rural e urbano) com relao a produtividade agrcola presumivelmente maior comparativamente a outras possveis opes de despesa pblica. Seria sem dvida interessante a demonstrao emprica deste argumento com base num trabalho de campo. Entretanto, ainda assim, o mesmo no perde a sua relevncia uma vez se basear no s em construes tericas derivadas de constataes feitas em vrios pases do terceiro mundo (cujas estruturas econmicas muito se assemelham a nossa)

mas tambm nas condies actuais de Moambique evidenciadas pelos dados que venho apresentando.

Qual deve ser a principal frente de combate pobreza: o Campo ou a cidade?

a estratgia de desenvolvimento nacional deve ser uma estratgia de desenvolvimento rural. (Castel-Branco et al: 2010) Os pontos retromencionados serviram para demonstrar o quanto a agricultura e o meio rural podem determinar decisivamente as dinmicas de pobreza tanto urbana como rural e fundamentam a constatao de que a pobreza urbana est associada s dinmicas de desenvolvimento rural e a relao entre o desenvolvimento rural e urbano (Castel-Branco et al: 2010). O desenvolvimento rural e urbano so processos interdependentes, pois se reforam em interaco (Val, 2008). De facto, o encarecimento da vida urbana (principalmente para os pobres cuja renda maioritariamente orientada para os alimentos) e consequente estagnao das taxas de pobreza, no de todo surpreendente. Esta situao reflecte sobremaneira o flagelo da pauperizao do espao rural moambicano na primeira dcada do sculo XXI7 Hanlon (2009) avana que a mdia anual de rendimentos nas zonas rurais de 30 US$ por pessoa. Este todo o dinheiro disponvel para tudo o que deve ser comprado incluindo insumos agrcolas (sementes melhoradas e fertilizantes). interessante notar que o aumento da taxa de incidncia da pobreza rural de renda em 16 pontos percentuais (de 70% para 86%) entre 2002 e 2008 (Francisco & Muhorro, 2011), coincidiu com o decrscimo no mesmo perodo da proporo de famlias a receber informao sobre extenso de 13.5% para 8.3% e, uma diminuio no uso de pesticidas de 6.8% para 3.8% (MPD, 2010).

Ver Francisco & Muhorro (2011).

Estes dados confirmam as concluses dos estudos de Ravallion e Datt (1996) apud Sarris (2001:15) segundo as quais, a pobreza absoluta rural est negativamente relacionada com o salrio rural real e produo agrcola mdia. Ainda para evidenciar naturalidade8 do encarecimento da vida e a estagnao das taxas de pobreza em Moambique, pertinente uma anlise da estrutura de crescimento da economia. Teoricamente, o padro histrico sugere que no curso do desenvolvimento, a parcela da agricultura na produo e na mo-de-obra reduz em resultado das disparidades iniciais entre a produtividade da mo-de-obra entre a agricultura e os sectores modernos, que leva os recursos especialmente a mo-de-obra a abandonar a agricultura (Sarris, 2001). Para Moambique, estimativas e projeces indicam que entre 2004 e 2011, a contribuio mdia sectorial para o PIB foi de 22,9% da agricultura, 32,3% da Industria e 44,9% dos Servios (Banco Mundial, 2007). Aparentemente, esta estrutura de crescimento per si no ilustra inconvenientes, at porque mais uma evidencia do j comprovado facto de que, normalmente a taxa de crescimento da agricultura menor que a do sector no agrcola9. Entretanto, no nosso caso, longe de significar uma relativa robustez da economia, esta estrutura de crescimento (dominada pelo sector moderno no agrcola), revela a fragilidade estrutural da economia e justifica o aumento das taxas de pobreza (de consumo e de renda) na medida em que esta transferncia de recursos do sector agrcola para o no agrcola no foi e no acompanhada pelo necessrio aumento da produtividade agrcola. Um elemento decisivo que deve orientar a reflexo em torno das dinmicas de pobreza urbana e rural bem como suas estratgias de soluo a noo de elasticidade. Estudos de Ravallion e Datt (1996) apud Sarris (2001:15) revelam que embora o crescimento da renda urbana contribua para a diminuio da pobreza urbana, ele no

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Entenda-se no surpreendente. Estudos de Krishna (1982) apud Sarris (2001)

contribuiu para a diminuio da pobreza rural, nem para a reduo da pobreza nacional em geral. Por outro lado, o crescimento da renda rural contribui tanto para a diminuio da pobreza urbana e rural, assim como a diminuio da pobreza nacional em geral. Esse estudo unnime com vrios outros em concluir que o crescimento rural mais favorvel aos pobres do que o crescimento urbano10. Por exemplo, 85% da grande reduo de pobreza ocorrida na ndia ao longo dos anos 80 e 90 foi devido ao crescimento agrcola nas zonas rurais (Sarris, 2001).

Afinal, quem o inimigo: Crise agrria ou Crise de Demanda? Toda discusso que se pretenda pragmtica em relao ao crescimento econmico e a reduo da pobreza em frica, deve ter em ateno o papel da agricultura cuja compreenso se traduz em importantes implicaes para as polticas pblicas (Gollin, 2009:1). Entretanto, os dados e a realidade no terreno revelam que os golpes pobreza em Moambique continuam a ser ineficazmente direccionados e articulados. Ora vejamos. O impacto que os 7 milhes tem sobre o emprego e sobre a produo continua a ser isolado e desarticulado (Castel-Branco et al: 2010); A crescente produo rural deteriora-se nas zonas de produo ou comercializada nos pases vizinhos com enormes perdas para a economia nacional; Desemprego ou sub-emprego dos factores de produo j disponveis (infraestruturas e terras arveis), Portanto, os ltimos anos vm revelando que mais do que um dfice de produtividade, a crise agrria (responsvel pelo recrudescimento da pobreza das famlias pobres rurais e urbanas) uma crise de demanda dado que as zonas potenciais produtoras deparamse com enormes dificuldades de acesso aos grandes mercados de tal forma que
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Os estudos de Ravallion e Datt (1996) so particularmente referentes aos pases de baixa renda e com partes significativas da sua populao na agricultura.

quantidades significativas de produtos perdem-se no danoso comrcio transfronteirio ou nas zonas de produo. Por exemplo, Hanlon (2009), observa que um dos principais factores por detrs dos no-reembolsos dos 7 milhes a dificuldade de comercializao (e no propriamente a produo). aqui que aparece o famigerado drama da baixa produtividade em resultado do desstimulo, como bem denuncia (Val, 2008:351): Alternativas como o Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) servem de plataformas de acesso a recursos que dinamizem a capacidade produtiva dos produtores rurais e estimulem a oferta de produtos alimentares. Ora, em alguns distritos, as fracas ligaes de mercado desincentivam os produtores a aumentar a produo e a produtividade. Em suma, a crise agrria que hoje vivemos manifesta-se de duas formas igualmente prejudiciais para a economia: No campo (zonas de produo) fraca demanda efectiva e consequente fragilizao da cadeia de valor; Na cidade insignificante oferta interna de produtos e consequente exposio dos grandes mercados a inflao. Portanto, o agente desta crise no nada mais do que a deficincia de ligaes entre mercados bem como entre estes e as zonas de produo.

SOLUES Desenvolvimento via Investimento na Agricultura: dois coelhos numa nica cajada. A que concluses nos levam estas constataes? Mais do que alargar para zonas urbanas a estratgia de desenvolvimento que se pretende imprimir nos Distritos, o PERPU devia se orientar para a criao de condies que permitam o alargamento dos mercados rurais nas cidades porque desta forma iria se estimular a produtividade e a oferta rural ao mesmo tempo que se responde a crescente demanda urbana de alimentos. O Programa de Apoio aos Mercados Agrcolas
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(PAMA 2001-2008) deixou lies prticas a este respeito, ao evidenciar que o sucesso da iniciativa, derivou do foco na cadeia de valor com o tratamento/divulgao de informao de mercados e preos, reabilitao/abertura de vias de acesso ligando zonas de produo e pontos de comercializao, comerciantes e unidades de agroprocessamento (Val, 2008). As ligaes produtivas entre o campo e a cidade trariam ganhos enormes para a economia pois: No campo: o estmulo da procura (nas cidades) e o consequente aumento da renda rural abriria espao para o aumento da produtividade agrcola e introduo de unidades agro-industriais de escala bem como PMEs como resultado do despertar da capacidade produtiva e criadora local. Na cidade: a oferta interna iria reduzir a vulnerabilidade dos grandes mercados nacionais ao efeito da inflao (amide importada) dos produtos (alimentares) estrangeiros. Mais do que isso, a demanda interna tem sido responsvel pela maior contribuio para o crescimento econmico em quase todos os pases subdesenvolvidos. Moambique continua a preferir confiar no excludente crescimento via investimento e exportaes estrangeiras (Hanlon, 2009). Entretanto, um modelo de crescimento baseado na demanda interna vai permitir que todos os moambicanos se beneficiem do boom da economia.

Exemplos: Lies da ndia e da China11 A India e a China so pases que conseguiram nos ltimos 30 anos do sculo XX reduzir drasticamente as taxas de pobreza e posicionar-se entre as naes que Goldman Sachs

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Estrias de sucesso tambm esto a ocorrer em outros pases como Malsia, Qunia, Indonsia, Bangladesh e Taiwan. interessante sublinhar o quanto Moambique pode aprender destes pases dadas as notveis aproximaes agro-ecolgicas.

apelidou por BRICS (Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul as cinco maiores economias emergentes do mundo). Conforme retromencionado, 85% da grande reduo de pobreza ocorrida na ndia ao longo dos anos 80 e 90 foi devido ao crescimento agrcola nas zonas rurais. A China e a ndia so exemplos de pases que por via da aposta na agricultura, conseguiram aumentar o emprego entre os pobres na agricultura, incrementar as rendas agrcolas e estimular a demanda rural de bens e servios. Mas qual foi o segredo destas estrias de sucesso na agricultura e na economia? As decisivas transformaes nas economias do sudeste Asitico foram no seu estgio inicial estimuladas e sustentadas por transformaes nas estruturas de oferta e demanda por produtos agrcolas (principalmente alimentares). Com base numa srie de estudos dos TPF (Total Productivity Factors), Sarris (2001), conclui que o crescimento agrcola da ndia e da China foram possveis graas a orientao da despesa pblica para: Investigao e extenso com enfoque para os pequenos proprietrios rurais; Investimento em infra-estruturas rurais (estradas, electricidade,

telecomunicaes, irrigao) Se de facto o governo moambicano assumir o desafio de tornar o desenvolvimento rural em estratgia de desenvolvimento do pas, ento o crescente fluxo de investimentos que Moambique vm recebendo dever imperiosamente se traduzir numa capacidade crescente do Estado para orientar a despesa pblica em infraestruturas que estimulem as ligaes de mercado entre o campo e a cidade. Por via do efeito crowding in da despesa pblica, esta opo do Estado se converteria quase que automaticamente num valioso estmulo capacidade produtiva rural ora ociosa (pelas causas retromencionadas).

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