Análise Granulométrica
Análise Granulométrica
Análise Granulométrica
ANLISE GRANULOMTRICA
Equipe: Andr V. Livrieri Caroline T. Loureno Dora Novaes Simone Perin Sergio Domenico Vinicius Maeda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS TERMO DE HONESTIDADE E AUTENTICIDADE
Os autores deste relatrio atestam que no houve plgio, fraude e/ou falta de honestidade na confeco deste documento. Os autores confirmam que o contedo deste relatrio (incluindo texto, dados, figuras, tabelas e entre outros) foi resultado de observaes do prprio grupo de autores, excludas as citaes devidamente referenciadas. Os autores tambm atestam que no foram utilizados relatrios de outros grupos como referncia na preparao deste relatrio.
ENSAIO: _____________________________________
DATA: ____/____/_______
AUTORES: (assinatura)
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Sumrio
1. 2. 3. Introduo............................................................................................................................ 1 Objetivo ............................................................................................................................... 2 Metodologia ........................................................................................................................ 2 3.1. 3.2. 4. 5. 6. Materiais ...................................................................................................................... 2 Mtodos ....................................................................................................................... 4
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Lista de Figuras
Figura 1: Agitador eletromagntico. ........................................................................................... 3 Figura 2: Peneiras redondas para anlise granulomtrica. ......................................................... 3 Figura 3: Histograma da anlise granulomtrica. ....................................................................... 6 Figura 4: Frao mssica acumulada em relao ao dimetro mdio das peneiras. ................... 7 Figura 5: Modelo de distribuio de Gates-Gaudin-Schumann (GGS) ...................................... 8 Figura 6: Modelo de distribuio de Rosin-Rammler-Bennet (RRB) ...................................... 10 Figura 7: Modelo de distribuio Log-Normal......................................................................... 11 Figura 8: Modelo de distribuio (RRB) pelo software Rt-Plot............................................... 12
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Lista de Tabelas
Tabela 1: Abertura das peneiras segundo as normas ABNT/ASTM/TYLER/MESH................ 4 Tabela 2: Jogo de Peneiras e Dimetro mdio de abertura......................................................... 5 Tabela 3: Massa de areia retida. ................................................................................................. 5 Tabela 4: Fraes mssicas e Fraes mssicas acumuladas. .................................................... 6 Tabela 5: Planilha de clculo dos parmetros m e K pelo modelo GGS. ................................... 8 Tabela 6: Clculo dos parmetros n e D pelo modelo RRB...................................................... 9 Tabela 7: Clculo dos parmetros e D50 pelo modelo Log-Normal. ..................................... 10 Tabela 8: Parmetros calculados. ............................................................................................. 12 Tabela 9: Parmetro n e D calculado pelo software Rt-Plot. .................................................. 13
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1. Introduo
O ensaio de granulometria utilizado para determinar a distribuio granulomtrica de um p, ou em outras palavras, a porcentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de gros representa na massa seca total utilizada para o ensaio. O mtodo mais comum de exprimir as dimenses das partculas o das peneiras padronizadas. As peneiras so empilhadas de modo que cada peneira tenha aberturas menores que aquela acima. Sob a ltima peneira h uma bandeja cega. As peneiras padronizadas da srie Tyler so as mais utilizadas. (Foust et al., 2008). A amostra colocada sobre a primeira peneira, que tampada, e o conjunto grampeado numa mquina vibratria. A agitao das peneiras deve ser reprodutvel, uma vez que influencia na eficincia do mtodo. Ao sacudir as peneiras, as partculas passam atravs delas at atingir uma que tenha aberturas pequenas para as partculas passarem. Portanto, o tamanho das partculas retidas em determinada peneira corresponde mdia do comprimento das aberturas da peneira em que esto retidas e da precedente (Foust et al., 2008). Para analisar os resultados comum utilizar-se do grfico da funo acumulativa, que plota a quantidade de partculas versus o dimetro das mesmas. Tambm comum fazer-se uso de um histograma da analise granulomtrica, ele indica a distribuio de frequncia de partculas com dimetros determinados. As analises granulomtricas de slidos podem ser ajustadas a modelos de distribuio como o GGS (Gates-Gaudin-Schumann), RRB (Rosin-Rammler-Bennet) e Log-Normal (LN) com dois parmetros e a distribuio de Weibull com trs parmetros.
Pode-se calcular os dimetros das partculas de trs maneiras: - quando o volume igual ao volume mdio de todas as partculas; - quando a rea superficial iguala media das reas superficiais de todas as partculas; - quando a relao superfcie/volume a mesma para todas as partculas;
O mtodo mais comum pelo dimetro mdio de Sauter, pois ele uns dos mtodos em que obtm-se resultados melhores para sistemas particulados, cintica e catalise. 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS 2. Objetivo
O procedimento e a anlise experimental descrito nesse relatrio tm como fim estudar e discutir a distribuio do tamanho de amostras slidas, no caso a areia, atravs do peneiramento (mtodo direto), alm disso, testar os modelos de distribuio granulomtricas existentes tais como, GGS, RRB e log normal e calcular o dimetro mdio de Sauter.
3. Metodologia
3.1. Materiais Os materiais e equipamentos utilizados no experimento foram: Areia; Agitador eletromagntico (Figura 1); Peneiras granulomtricas (Figura 2).
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As peneiras utilizadas para a anlise granulomtrica possuem abertura das malhas segundo a Tabela 1.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS Tabela 1: Abertura das peneiras segundo as normas ABNT/ASTM/TYLER/MESH. Abertura (m) Peneira 1 Peneira 2 Peneira 3 Peneira 4 Peneira 5 Peneira 6 2000 1000 500 250 125 63 ABNT/ASTM 10 18 35 60 120 230 TYLER/MESH 0 16 32 60 115 250
3.2. Mtodos Primeiramente, a areia que se utilizou no experimento foi pesada e sua massa respectivamente anotada. Logo na seqncia, pesaram-se as cinco peneiras utilizadas e o fundo falso e registraram-se as massas. Prosseguindo-se, as peneiras foram empilhadas em ordem decrescente de abertura dos orifcios, sendo o fundo posicionado na base, e colocadas no vibrador, onde foram corretamente fixadas e posicionadas. Posteriormente, a amostra de areia foi transferida para a peneira superior. E o vibrador foi ligado com o tempo desejado de quinze minutos. Com a finalizao desse tempo, o equipamento foi desligado automaticamente e o conjunto foi retirado para pesagem. 4. Resultados e Discusses
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS Tabela 2: Jogo de Peneiras e Dimetro mdio de abertura. Intervalo de Dimetros (Tyler) <9 16 32 60 115 250 Fundo Abertura (mm) 2 1 0,5 0,25 0,125 0,063 Dimetro mdio (Di) (mm) --1,5 0,75 0,375 0,1875 0,094 0,0315
O valor do dimetro mdio foi obtido pela mdia entre o dimetro da peneira anterior e da peneira a qual ficou retida partculas de areia. A massa retida no experimento em cada peneira aps a agitao est representada na Tabela 3.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS Tabela 4: Fraes mssicas e Fraes mssicas acumuladas.
Intervalo de Dimetros (Tyler) <9 16 32 60 115 250 Fundo <2 1,5 0,75 0,375 0,1875 0,094 0,0315 Di (mm) Fraes mssicas (x) 0,01831 0,07099 0,23964 0,40379 0,23803 0,02891 0,00032 x Acumulada Retida 0,0183 0,0893 0,3289 0,7327 0,9708 0,9997 1,0000 x Acumulada Passam 0,9817 0,9107 0,6711 0,2673 0,0292 0,0003 0,0000
Com esses valores foi possvel determinar o dimetro mdio de Sauter para as partculas, utilizando a Equao X, obtendo-se = 0,330 mm. A Figura 3 representa o histograma da anlise granulomtrica que relaciona a frao mssica com os dimetros mdios das peneiras, de acordo com a Tabela 4.
0.4500 0.4000 0.3500 Frao Mssica (x) 0.3000 0.2500 0.2000 0.1500 0.1000 0.0500 0.0000 0.0315 0.094
Histograma
1.5
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Com os mesmo dados da Tabela 4 foi possvel traar o grfico que relaciona a frao mssica acumulada com os dimetros mdios das peneiras ( Figura 4).
Distribuio Acumulativa
1.2000 Frao Mssica Acumulada (x) 1.0000 0.8000 0.6000 0.4000 0.2000 0.0000 0 -0.2000 Dimetro mdio (Di ), mm 0.5 1 1.5 2 2.5 Frao Acumulada
Figura 4: Frao mssica acumulada em relao ao dimetro mdio das peneiras. A anlise granulomtrica realizada foi ajustada a modelos de distribuio. Foram usados os modelos de dois parmetros de Gates-Gaudin-Schumann (GGS), Rosin-RammlerBennet (RRB) e Log-Normal (LN). Utilizando a Equao (X) e o dimetro mdio das partculas experimentais calculou-se a frao acumulada terica pelo modelo GGS. Com cada frao determinada, foram calculados os quadrados das diferenas entre estas fraes e as de referncia. Com o auxlio da ferramenta Solver do Excel a funo dos mnimos quadrados foi minimizada, encontrando-se o valor de m e K. Segue na Tabela 5 os valores referentes ao clculo pelo modelo GGS.
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(x exp - xterica) :
0,072287
A representao grfica da frao mssica acumulada e experimental em funo do dimetro para o modelo GGS foi feito na Figura 5.
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1.2000
Distribuio GGS
1.0000
0.8000
0.6000
Experimental GGS
0.4000
0.2000
Figura 5: Modelo de distribuio de Gates-Gaudin-Schumann (GGS) Para o modelo (GGS) analisando a tabela (4), percebe-se uma diferena considervel da frao acumulada experimental (xExp) com a frao acumulada terica (xte), que refletida na somatria dos mnimos quadrados. A essa diferena entre a analise real e a terica ocasionada pela presena de partculas grossas que passam pelo dimetro de corte se incorporando as partculas, finas e outras partculas finas que ficam retidas nas grossas. A presena de partculas finas nos grossos pode ocorrer devido a vrios fatores, como a aglomerao de varias partculas pequenas por fora de coeso causando o entupimento de uma malha, a aderncia das partculas finas nas partculas grossas e as imperfeies das malhas. H tambm problemas relacionados a mecnica de operao de uma peneira, causadas por uma velocidade muita rpida de operao ou por fios de malhas muitos grossos. Nessas condies, as partculas finas podem movimentar-se paralelamente ao plano das aberturas, saltando de um fio para outro da malha, sem jamais alcanar a abertura. J a presena de grossos nas partculas finas pode ser ocasionada por irregularidades das malhas, ao fato do dimetro de corte no ser muito diferente do dimetro menor das partculas grossas e a carga excessiva que pode for-las a passar pelas aberturas de malhas. Os dados da tabela(4) quando plotados na figura (3), refletem bem a discrepncia dos valores encontrados experimentalmente em relao aos valores experimentais.
Utilizando a Equao (Y) e os dimetros mdios das partculas que passaram pela peneira calculou-se a frao acumulada terica pelo modelo RRB. Com o auxlio da ferramenta 9
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS Solver do Excel a funo dos mnimos quadrados foi minimizada, encontrando-se o valor de n e D. Segue na Tabela 6 os valores referentes ao clculo pelo modelo RRB.
(x Exp - x Teor)2 0,0055 0,0061 0,0064 0,0087 0,0292 0,0112 0,0014 0,06842031
Figura 7 mostra a distribuio granulomtrica pelo modelo RRB em confronto com a distribuio experimental.
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1.2000
Distribuio RRB
1.0000
0.8000
0.2000
Com a Equao (Z) e os dimetros mdios das partculas que passaram pela peneira calculou-se a frao acumulada terica pelo modelo Log-Normal. Com a ferramenta Solver do Excel a funo dos mnimos quadrados foi minimizada, encontrando-se o valor de e D50. Segue na Tabela 7 os valores referentes ao clculo. Tabela 7: Clculo dos parmetros e D50 pelo modelo Log-Normal.
Dimetro mdio (mm) <2 1,5 0,75 0,375 0,1875 0,094 0,0315 Frao acumulada (xExp) 0,9817 0,9107 0,6711 0,2673 0,0292 0,0003 0,0000 Frao acumulada terica (xTeor) (Log-Normal) 0,97267 0,93090 0,66447 0,26333 0,04542 0,00303 0,00001 (x exp - xterica)2 (x Exp - x Teor)2 8,14E-05 0,000408 4,34E-05 1,55E-05 0,000262 7,33E-06 2,59E-11 0,000818
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS A Figura 7 mostra a distribuio granulomtrica pelo modelo Log-Normal em comparao com a distribuio experimental.
1.20000 Frao massica acumulada (x) 1.00000 0.80000 0.60000 0.40000 0.20000 0.00000 0 -0.20000
Log-normal Experimental
0.5
1.5
2.5
Em relao ao modelo Log-Normal, os valores das fraes acumuladas encontrados experimentalmente no diferem muito dos valores tericos, o que pode ser verificado analisando a somatria dos mnimos quadrados da tabela (6) e visualizando-se a curva experimental e terica das fraes acumuladas em relao ao Di(mm), constata-se que a diferena das curvas imperceptvel. Com o auxlio do Solver, foi possvel calcular os valores dos parmetros, representados na Tabela 8:
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS m = 0,7862 GGS K = 1,8329 mm n = 1,0 RRB D' = 0,8394 mm = 1,925 Log-Normal D50 = 0,568 mm D15,9 = 0,295 mm
Com as informaes do dimetro mdio das partculas foi feita uma regresso no linear utilizando o software Rt-Plot, estimando assim os parmetros do modelo RRB dado pela Equao (Y), segundo a Figura 8.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS Na Tabela 9 esto representados os parmetros estimados pelo software Rt-Plot. Tabela 9: Parmetro n e D calculado pelo software Rt-Plot. n = 1,477 RRB D' = 0,757 mm
5. Concluso Com acima exposto se pede aferir que experimento foi plenamente satisfatrio havendo aproximaes coerentes entre o terico e o experimental para os trs modelos desenvolvidos GGS, RRB e principalmente para o parmetro Log-Normal para o qual o erro, estimado por mnimos quadrados em relao aos dados experimentais, foi inferior 10-3, estando curva do modelo praticamente coincidente com os pontos experimentais, sendo este o melhor modelo para representar a distribuio granulomtrica obtida no ensaio. Como sugesto pertinente para o aprimoramento do experimento fica aumento do gama de modelos de distribuio granulomtrica disponveis para confrontar com os dados experimentais podendo-se haver uma minimizao ainda maior dos erros.
6. Bibliografia
[1] FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B. Princpios das Operaes Unitrias. Traduo: Horacio Macedo. Ed. LTC, 2008. Pg. 579580, 590-594.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS DIADEMA LABORATRIO DE OPERAES UNITRIAS [2] Anlise Granulomtrica Roteiro de Laboratrio, Professora Patrcia Fazzio Martins Unifesp, 2012. [3] TAMOUS, K.; ROCHA, S. C. S. Referncias bibliogrficas de documentos eletrnicos. Disponvel em: < Acesso
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