Adsorção PDF
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ADSORÇÃO
Janaína Teles de Faria
INTRODUÇÃO
Adsorção é um processo de separação no qual um ou mais
componentes presentes em uma fase fluida (líquida ou
gasosa) são adsorvidos seletivamente em uma superfície
sólida.
NOMENCLATURA:
Sílica gel:
Tratamento ácido de silicatos de sódio;
Desidratação de gases e líquidos e fracionamento de
hidrocarbonetos.
Resinas sintéticas:
Polimerização de monômeros como celulose, glicose, estireno,
ésteres acrílicos, acrilamida, etc.;
Diversas aplicações dependendo do tipo de ligante.
ADSORVENTES
Linear
Desfavorável
Concentração de C
adsorbato no fluido
EQUILÍBRIO – Tipos de isotermas
Isoterma Linear: raramente ocorre, mas em condições de
solução diluída, pode-se assumir esta isoterma.
q KC
Assume-se que:
existe um número fixo de sítios de adsorção e a
disponibilidade desses sítios é a mesma;
é formada apenas uma monocamada de solutos
adsorvidos;
a adsorção é reversível.
qmax C 1 1 K 1
q
K C q qmax qmax C
EQUILÍBRIO – Tipos de isotermas
C (moles/L) q(moles/g)
9,03x10-6 6,13x10-3
1,90x10-5 6,76x10-3
3,91x10-5 8,72x10-3
4,00x10-4 1,92x10-2
1,00x10-3 2,11x10-2
EXEMPLO - Equilíbrio
0,0155 C
Langmuir: q R 2 0,8072
1,638 10-5 C
2,5E-02
2,0E-02
1,5E-02
q
1,0E-02
pontos
Freundlich
5,0E-03
Langmuir
0,0E+00
0,0E+00 5,0E-04 1,0E-03 1,5E-03
C
EXERCÍCIO 1
A partir dos dados de equilíbrio da adsorção de uma proteína na
resina Streamline DEAE, determine qual isoterma melhor se
ajusta aos dados e as constantes da equação. (Determinar os
coeficientes das isortemas!)
C (mg.mL-1) q (mg.g-1)
0,05 5,5249
0,2 12,5063
0,3 16,1806
0,6 18,6748
0,9 19,2519
1,2 20,2702
EXERCÍCIO 1
Langmuir:
Freundlich:
25
20
q (mg/g)
15
10
dados
Freundlich
5 Langmuir
0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4
C (mg/mL)
EXERCÍCIO 2
Determine qual isoterma melhor se ajusta aos dados
de adsorção de fenol em carvão ativado granular.
(Determinar os coeficientes da isortema!)
C (Kg.m-3) q (Kg.Kg-1)
0,3220 0,1500
0,1170 0,1220
0,0390 0,0940
0,0061 0,0590
0,0011 0,0450
EXERCÍCIO 2
0,104 ×
Langmuir: = = 0,7841
0,002 ×
Freundlich: = 0,191 × ,
= 0,9941
0.20
0.15
q (mg/g) 0.10
dados
0.05 Langmuir
Freundlinch
0.00
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4
C (mg/mL)
OPERAÇÃO
Na prática, a adsorção pode ser realizada em batelada (modo
descontínuo) e em modos semi-contínuo ou contínuo.
(C 0 C ) S
q q0
M
■ % Extraída: C 0 C 100
C0
EXEMPLO – Adsorção em batelada
Assumindo que:
S = 1 m³, C0 = 0,21 kg fenol/m³, M = 1,4 kg e q0 = 0
E a isoterma é q = 0,199 C 0,229
SOLUÇÃO
BM: q = 0,15 – 0,7143 C 0.16
Isoterma: q = 0,199 C 0,229 0.14
0.12
Resolvendo o sistema, no equilíbrio:
q (kg.kg-1)
0.10
0.06
C = 0,0624 (kg soluto/m³ solução)
0.04 equilíbrio
0.02
ε
0,210-0,0624 100 0.00
0.0 0.1 0.2 0.3
0,210
C (kg.m-3)
ε 70,3%
EXEMPLO – Adsorção em batelada
Exemplo: Extração de fenol de água residuária.
10 0.0
8 0.0
Eficiência(%)
6 0.0
4 0.0
2 0.0
0.0
0 .0 1.0 2 .0 3 .0 4.0 5 .0 6.0
M /S
EXERCÍCIO 3
Numa indústria produtora de pigmento, uma solução aquosa de
volume igual a 7 m3 contendo 2,30 kg/m³ de antocianina será
colocada em contato com 0,098 kg de resina de troca catiônica
Streamline SP. Essa solução será completamente misturada com a
resina em um processo em batelada.
Por meio da linearização do modelo de Langmuir, a seguinte
equação da reta foi obtida: = 0,0306 + 0,0023 ( = 0,98 ).
E a eficiência:
C0 C
100
(2,3 1,86)
100
C0 2,3
ε 19,13%
COLUNAS
Amplamente utilizadas para adsorção de solutos de
fase fluida líquida ou gasosa.
C/C0
Região colorida: zona
Num ponto
da coluna
de transferência de
0,5 t1 t2 t3 t4 massa.
0
0 H1 H2 H3 HT
H
(comprimento da coluna)
C/C0 Geralmente:
Na saída Cb = 0,01 a 0,05 C/C0
do leito
0,5 Representa a quantidade
break point máxima de soluto admitida
para descarte.
Cb
0
0 t1 t2 t3 t4 t5 t6
Tempo ,t
COLUNAS
CURVA DE RUPTURA (breakthrough)
Após o ponto de ruptura ser atingido, a [ ] do fluido na saída da
coluna aumenta muito rapidamente com o tempo, até atingir a
razão C/C0 = 1, no final da curva de ruptura, onde a coluna tornou-
se completamente saturada, perdendo assim sua efetividade.
1,0
C/C0
0,5
break point
Cb
0
0 t1 t2 t3 t4 t5 t6
Tempo ,t
COLUNAS
CURVA DE RUPTURA (breakthrough)
O tempo correspondente ao ponto de ruptura é denominado
tempo de ruptura. Após atingido o tempo de ruptura, o processo é
interrompido para regeneração da coluna (dessorção do soluto por
variação da T e/ou mudança da composição da fase líquida).
1,0
C/C0
0,5
break point
Cb
0
0 t1 t2 t3 t4 t5 t6
Tempo ,t
COLUNAS
CURVA DE RUPTURA (breakthrough)
1,0
C td C
tt 1 dt 1 dt
0
C0 0
C0
tt é o tempo equivalente à capacidade total da coluna e é
proporcional à área sobre a curva de ruptura.
tt corresponde à
área listrada!
COLUNAS
Tempo equivalente à capacidade total da coluna.
td C
tt 1 dt
0
C0
COLUNAS
CAPACIDADE ÚTIL
A capacidade útil do leito até o tempo do ponto de ruptura
(tb) é dada por:
tb C
tu 1 dt
0
C0
tu corresponde à
área quadriculada!
COLUNAS
Tempo equivalente à capacidade útil da coluna.
tb C
tu 1 dt
0
C0
Corresponde ao tempo
no qual a concentração
de saída do fluido atinge
seu valor máximo
permitido.
Normalmente o valor de
tu é muito próximo ao
valor de tb.
COLUNAS
A fração da capacidade total (ou comprimento) da coluna utilizada até o
tempo de ruptura (tb) é dada pela relação entre o tempo equivalente à
capacidade total (tt) e o tempo equivalente à capacidade útil da coluna (tu):
tu
f
tt
Considerando:
HB = comprimento do leito utilizado até o ponto de ruptura;
HT = comprimento total da coluna;
HUNB = comprimento não utilizado da coluna.
HB tu
f H B HT
HT tt
H T H UNB H B tu
H UNB H T H B H UNB 1 H T
tt
COLUNAS
O comprimento não utilizado da coluna (HUNB) não é de fato
utilizado a nível industrial, já que o processo é interrompido ao
atingir o ponto de ruptura.
HUNB depende da velocidade do fluido e independe do
comprimento total da coluna. Assim, o valor de HUNB pode ser
determinado experimentalmente em laboratório, utilizando
coluna com pequeno diâmetro, empacotada com o mesmo
adsorvente e empregando um fluxo (velocidade do fluido) igual
ao projetado.
HUNB é constante em ambas as escalas! Assim, considerando
condições de similaridade em ambas as escalas do projeto,
então:
0,6
=
c/c0
( )
0,4 1+
0,2
onde a = 1,0184 , b = 0,4118 e t0 = 5,2138
0,0
0 2 4 6
t (h)
0.10
0.08
0.06
c/c0
0.04
0.02
0.00
0 2 4 6
ponto de ruptura igual a C/C0 = 0,01 tb = 3,65 h TEMPO
t (h) DE RUPTURA
EXEMPLO – Adsorção em coluna
1,0
0,8
0,6
= ( )
c/c0
0,4 1+
0,2
onde a = 1,0184 , b = 0,4118 e t0 = 5,2138
0,0
0 2 4 6
t (h)
Para calcular a fração da capacidade utilizada até o ponto de ruptura, preciso dos
tempos equivalentes às capacidades total (tt) e útil (tu):
=
Tempo equivalente à capacidade útil da coluna:
, = ,
= 1− = 1− = 3,61 ℎ
fração da capacidade total
utilizada até o ponto de ruptura
EXEMPLO – Adsorção em coluna
Comprimento não utilizado da coluna:
H T H UNB H B tu
H UNB H T H B H UNB 1 H T
tt
= 1 − 0,697 × 14
= ,
EXEMPLO – Adsorção em coluna
á ³
= × 754 × 3600 × 0,00115 × 5,176 ℎ
³
= , á
= × = 0,697 × 14 = 9,77
,
= = × = × 6 = 16,24
,
= + = 16,24 + 4,23 = ,
EXERCÍCIO 4
Butano é separado do ar por adsorção em uma coluna (7 cm de diâmetro e 25
cm de comprimento) empacotada com carvão ativo (50 g). A concentração de
butano no ar de entrada é 0,0005 g de butano/g de ar e a densidade é 0,00115
g/cm³. O ar entra na coluna a uma vazão volumétrica de 500 cm³/s.
Sendo...
= 1− = = 3,7 ℎ
Logo...
3,7
= = = ,
5,2
EXERCÍCIO 4
comprimento utilizado da coluna
tu
HB H T 0,712 25 cm 17,8 cm
tt
tu
H UNB 1 H T (1 0,712) 25 cm 7,2 cm
tt
EXERCÍCIO 4
comprimento total da coluna nova, cujo tb é de 10 h
= × = × 17,8 = 48,1
,
= + = 48,1 + 7,2 = ,