Peripécias de Uma Abelhuda Maluca Puc

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PERIPCIAS DE UMA ABELHUDA MALUCA PEA INFANTIL DE IVANA ANDRS Argumento: Baseado em pesquisas sobre a vida numa colmia, foram imaginadas situaes em que uma personagem, a Abelhuda Maluca vive peripcias e consegue sempre ser bem sucedida devido s suas idias malucas. PERSONAGENS: Abelhuda Maluca Zonzo Zangado Peluda Meluda Cinderel Rapunzel 3 Abelhas operrias 2 Abelhas soldados 2 Abelhas ministros 3 Flores Rainha ( sugesto de boneco) Cenrio com telo no fundo onde est pintada uma paisagem de um campo de flores em dia de sol. Msica pica, semelhante a uma sinfonia. Entram 2 abelhas fazendo juntas uma coreografia vigorosa, com movimentos rpidos e fortes. Cantam e danam. Polinis, polinis, ao De mergulhar em teu corpo Amor- agarradinho Ameixa de Japo Assa peixe, eucalipto, salsa Aroeira brava, dente de leo Cip chuva de ouro Erva de passarinho Bracatinga dos banhados Bico de papagaio Tangerina, Tarum, mulungu bruto E quanta flor houver mais por aqui

2 A querer, a ansiar, a pedir Um gro de plen, um filho, um fruto. Meu corpo est assim banhado em plen Em cada pelo h um filho seu Minha doce flor, nctar do cu Mimosa cor azul, laranja, anil Meu grande amor, flor Brasil Tremendo te peo uma gota de mel. REFRO Solta teu perfume e uma ptala de cor a abelha operria que te chama o amor, o amor! Abelha 1: (Cheirando o ar) Hum, que perfume! Abelha 2: Cambar. Abelha 2: No. Cambarazinho. Abelha 1: (Fareja mais) Tem Cerejeira. Abelha 1: E tem Salsa. Abelha 2: Ou Salssaparrilha? Abelha 1: Vamos, elas j soltaram o perfume. Abelha 2: Esto doidas esperando! Abelha 1: Vamos. Entram duas flores com coroas de flores e vus esvoaantes. Danam um pas- de- deux de amor com as abelhas. Se tocam, se beijam e as flores envolvem as abelhas com seus vus. As flores cantam. REFRO: Vem, me poliniza Vem, me alisa

3 Leva meu plen Ajuda a brisa Me cheira a taa, ventre e corola Me aperta o seio, diz que me adora Que sou tua flor, tua florzinha Pra mim s mais que abelha rainha. s mais que tudo, s instrumento De achar meu par, meu doce amante Meu gro de plen solto ao vento Ou preso ao p de abelha errante. Abelha 1: (Suspirando) Hum, que delcia! Sou toda plen. Abelha2: Aproveita, amiga, que a nossa vida curta! Abelha1: S seis meses, que pena ... pa, j so quase 7 horas. Vamos, que a colmia deve estar fechando! Abelha 2: Essas flores... estou embriagada! Voa, rpido! Saem. Entra correndo uma das flores sem o vu, tentando segurar a coroa de flores. Olha para trs apavorada. Flor: Socorro! Ela doida, s pode ser. Nunca vi abelha assim. Cad meu vu? Ai, estou toda desfolhada. Entra a Abelhuda Maluca completamente envolvida com o vu da flor. Abelhuda Maluca: Iiii... vem c , ful, nega perfumosa. Deixa eu cheirar teu cangote! (Abrindo uma nesga no vu) Pra onde foi a danadinha? Ah, te achei! ( Corre atrs da flor que tenta fugir gritando por socorro) Vem c, florisbela gostosinha! Tropea no vu e a flor consegue fugir. Abelhuda Maluca: Para onde foi? A colmia, que chatice, esqueci do horrio! Ah, se aquelas abelhas soldado pensam que me assustam, esto completamente enganadas! No conhecem ainda a Abelhuda Maluca! Canta

Voc no conhece quem eu sou Sou abelhosa, cor de rosa Abelhuda conta prosa querer que eu v que eu j no vou ter raiva e eu fico dengosa E tem mais Sou boa de passo Num zas trs Eu fao e desfao Quero mais Riscar cho num trao Sem jamais Sair do compasso Eu digo que em mim ningum monta Voc se quiser que agente a mo Pode crer, j vezes sem conta No cho joguei um zango. Jogo sim Sem pena e sem d Sai de mim Quem pensa em dar n Vai assim De leve, um fil Seno, trim Te arrasto no p. Sai o campo de flores e entra o portal da colmia Flor de Ltusguardado por duas abelhas- soldado que empunham lanas. Entram Zonzo e Zangado, dois zanges com olhos enormes, abraados e tremendo de frio. Zangado: Vamos, Zonzo, temos que tentar mais uma vez. J estou ficando irritado. Zonzo: Calma, Zangado, estou de novo com tonturas. Zangado: Elas no podem fazer isso conosco! S porque no podemos trabalhar. Eu, se tivesse um jeito, estaria atrs das flores, como elas! Zonzo: Temos que nos conformar, Zangado. A natureza deu para elas rgos para o trabalho e para ns ... s esses olhos ridculos. Zangado:

5 Para enxergar rainhas virgens! A nossa j est velha e deixou de ser virgem muito tempo. Zonzo: Eu ouvi falar que as floradas esto acabando. Zangado: No me ponha nervoso, Zonzo. Zonzo: Somos bocas inteis, Zangado. Zangado: Temos de entrar! injusto! (para as abelhas-soldado) Ei, voc a, queremos entrar! (Tempo) Ei, voc no ouve? Zonzo: Deixa pra l, no agento discusso. Zangado: (Gritando) A colmia tambm nossa! Zonzo: Deixa, Zangado, melhor morrer aqui fora. Zangado: (Puxando Zonzo e tentando entrar) no peito e na marra! As abelhas-soldado cruzam as lanas. Abelhas-soldados: No! Abelha- soldado 1: Ainda mais zanges. Vocs no trabalham. As provises acabaram. Zangado: (Forando a passagem) Temos que entrar fora! (Recebendo uma punhalada) Aiiii! Zonzo: (Pondo a lngua para as abelhas-soldado) Brutas, cavalas, nojentas! Abelha- soldado 1: Ah, ah, ah, esse a zonzinho. Abelha- soldado 2: E o outro metido a zangadinho. Zonzo: O jeito morrer...

Cantam . Ai, pobre de ns Ui, que vida atroz Pra que ser macho Ter bigode e calo Mil vezes mulher Que vai onde quer Vestida de saia E sem meia no p. Ser macho no d No pode chorar Nem rir nem sonhar De papo pro ar ter de ser galo De um galinheiro No p cria calo Pensando em dinheiro No fundo, no fundo Quero nesse mundo Uma coisa s E digo a voc: Ser digno de d Voltar a beb Por fralda, chupeta Ter bero e bab Birrento e careta Danar a chorar Por a boca no mundo Berrar e gritar Bu bu, bu, bu Entra a Abelhuda Maluca. Abelhuda maluca: Xiii... Mas que lamento lamentoso que nem jumento em piso pedregoso. O que h assim to perigoso? Zangado: Ns, ui, ui. Zonzo: Elas, ai ai... Abelhuda Maluca: Dois zanges, marmanjes e to chores. Agora os senhores do licena para eu marcar presena l dentro da colmia.

Zonzo e Zangado: Voc vai entrar? Abelhuda Maluca: Sim, aqui est frio, no est? Zonzo: J passou das 7. Como voc vai passar por elas? Abelhuda Maluca: No sei. Ainda no tive a idia. Mas a melhor idia a que surge na hora, ainda quentinha, cheia de novidade, no ? Adeus. Zangado: Ei, voc a, vem c. Zonzo: Por que voc... deixa essa doida para l! Zangado: a nossa nica chance. Quem sabe? Ei, voc a Abelhosa doidona? Abelhuda Maluca: Abelhuda maluca, por favor. Nome que fao jus com muita honra. Zangado: Muito bem! Abelhuda maluca. Ser mesmo to maluca ou apenas fazeo de cera? Abelhuda maluca: Olha aqui seu metido a ... Zangado: Calma, dona Abelhuda. Eu estava apenas adivinhando o seu maior desejo nesta vida. Aposto que ... ser ministra da Rainha. Abelhuda maluca: Que nada! Zangado: Ser a princesa Rapumel! Abelhuda maluca: No! Zangado: Ento a outra, Cinderel! Abelhuda Maluca:

8 Voc bobo mesmo. Tchau para vocs. Meu tempo curto. Zangado: O tempo curto... isso o que voc mais quer! Eu sei como aumentar este seu tempo. Voc vai viver 10 vezes mais. Abelhuda Maluca: Verdade? Dez vezes mais flores, amores e ...liberdade? Zangado: O tempo que vive a abelha rainha. Abelhuda maluca: O que voc est querendo, seu zango? Zangado: Entrar. Ponha a gente para dentro que te contamos o segredo. O segredo da longevidade! Abelhuda maluca: Dou minha palavra que vocs entraro comigo. Agora, conta! Que estria essa de prolongar a vida? Zangado: O segredo guardado a 7 chaves chama-se... Gelia Real. Abelhuda maluca: Gelia Real... mais pura que o mel, mais forte que o prpolis. Zangado: Voc sabia que a Gelia Real prolonga a vida de qualquer abelha? Abelhuda Maluca: Sei apenas que a comida exclusiva da rainha. S isso que nos ensinam. Zangado: Por causa da Gelia Real a rainha consegue viver 5 anos. Mas isto pode acontecer com qualquer abelha. At com voc... Abelhuda Maluca: Cinco anos! Nem eu que sou Abelhuda Enxerida Maluca no sabia. E onde fica guardada essa preciosidade? Vocs por acaso sabem? Zonzo: Sabemos onde o favo da Gelia Real e podemos te levar at l. Vivemos zanzando pela colmia atrs de princesas, e acabamos descobrindo novidades. Abelhuda Maluca: Ento vamos, o que estamos esperando?

9 Zangado: Bom, devo dizer apenas que tudo ir depender de voc ser esperta, vivaldina, corajosa e etctera e tal. Abelhuda Maluca: Estou cansada de dizer que sou tudo isso e muito mais. Zangado: OK, lembre-se do que acabou de dizer. Agora me diga: como voc vai passar l? Abelhuda Maluca: Zum, zum tre l l. L vem a fervura na ponta da antena. a idia... Vocs ficam aqui. Zonzo: J vi que vai nos deixar e entrar sozinha. Abelhuda Maluca: Esto pensando que eu sou mentirosa? Eu cumpro a palavra. Se tudo der certo, sero elas que vo chamar vocs! Zangado: Elas? Ficou doida. A Abelhuda Maluca anda cambaleando em direo porta da colmia. Finge um desmaio e socorrida pelas abelhas soldados. Zonzo: Essa histria no est me cheirando bem, Zangado. Ela pode nos colocar numa fria. Zangado: No frio ns j estamos, Zonzo. Zonzo: Voc pretende levar esta sonsa perto da cmara da Gelia Real? E as operrias ministro? E a guarda real ? E se as princesas se soltarem juntas antes da hora? Vai ter briga feia, vai ser um desastre, Zangado, uma catstrofe! Eu nem quero pensar. Prefiro morrer aqui fora. Zangado: E se tudo der certo? Zonzo: A rainha est velha e a fofoca est por todo lado. Lembra daqueles tipos esquisitos que vimos ontem? Devem ter vindo de outra colmia, ou so at... de outra espcie. Zangado: Um todo peludo e o outro... Zonzo:

10 Todo melecado. Eles esto rondando Cinderel feito loucos. Se esta maluca der uma de enxerida, Cinderel pode se soltar e ... bau bau para os nossos planos. Zangado: Agora no adianta mais. Estamos metidos nisso at o pescoo. Torce para dar certo, Zonzo, cruza os dedinhos. Abelha soldado 1: (Enquanto socorre a Abelhuda) Ei, operria, o que h? Abelhuda maluca: Ai, araazinha perfumosa, maria sem vergonha, bracatinga dos banhados. Ai, eucalipto, mulungu bruto. Abelha soldado 2: Ela est delirando. Ei, so nomes de flores de mel! Abelhuda Maluca: Que jardim enorme... Abelha soldado 1: Onde, onde? O nctar est acabando, estamos mngua. Abelhuda maluca: L bem longe... Ai, que cansao. Abelha soldado 2: Ei, segura ela a, no deixa ela morrer. Abelha soldado 1: Pega pelas pernas, vamos levar l para dentro. Tentam sustentar a Abelhuda Maluca, mas a cada tentativa de segurarem o corpo, ela se movimenta deixando cair um brao, uma perna, a cabea, etc, provocando desequilbrios. Abelha soldado 2: Precisamos de ajuda. (Para os zanges) Ei, vocs a! Abelha soldado 1: Vocs mesmos, seus bobes. Venham ajudar. Zangado: Ela conseguiu. Zonzo: Ela fez juz ao nome. Todos carregam a Abelhuda Maluca e passam pela porta da colmia. Interior da colmia. Entram Meluda e Peluda.

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Peluda: Cuidado, Meluda. V se desencosta. Seno j sabe. Voc gruda e arranca os lindos cabelos desta pobre Peluda. Meluda: Quem mandou voc nascer de peruca? A rainha devia estar soltando plumas quando te botou. Ou ento voc grudou no prprio casulo na poca de crislida! Ah, ah, ah! Peluda: Voc est com inveja dessa formosura de cabeleira. Tambm com esse corpo coberto de melado... A rainha quando te botou devia estar de caganeira. Saiu esse bicho a, todo borrado! Ah, ah, ah! Meluda avana para bater em Peluda, mas acabam grudadas. Peluda: Ai, aii...meu cabelo! Meluda: Vamos parar com essa brigalhada, Peluda, temos que nos unir. Escuta s, tenho novidades. Peluda: Qual? sobre a nossa princesinha, ou sobre a velha coroca da rainha? Meluda: Da rainha que o mais importante agora. Peluda: Vamos, diga logo, mas fala baixo! Meluda: o seguinte: no tem mais jeito de esconder de toda a colmia. A rainha no est agentando alcanar os favos mais altos. Peluda: Verdade? Meluda: Arranjei um jeito de passar em frente ao salo Real e observei de perto. A postura est baixssima. No chega a setecentos ovos por dia. Peluda: Oba! a velhice dela, at que enfim! Ser que ela vai dar conta de enxamear? Meluda: Eu acho mesmo que ela vai morrer, ah, ah, ah! Peluda:

12 Psiu, fala baixo, Meluda! Diga, voc passou na realeira de Cinderel? Meluda: Passei, ela est bem, at impaciente para sair! Peluda: Eu nem consigo imaginar, ns como primeira e segunda ministros, hein? Cantam e danam uma coreografia cheia de reverncias. Majestade O que , o que Tem bicho no teu p da ral, da ral Ce t botando ovo Pra fazer povo, fazer povo Toma teu nctar, plen, mel Hum, t do cu, t do cu Majestade Diga l o que h Quero uma coisa s, por favor um pouco de nctar de flor por acaso, mel, plen, sal? No, o desejo de todos, geral Que a todos faz bem, no faz mal Gelia Real, Gelia Real Gelia Real? Pois no se s fiel Ministra primeira de Cinderel S uma de vocs no vai tomar mel Porm vejo duas ministras agora Por isso escolham j sem demora Quem vai tomar a Gelia Real E quem vai beber apenas mingau. Sou eu a primeira, falei primeiro Voc to peluda, to cabeuda? Te dou um sopapo, sua peituda! Pois vem que eu te corto, sua Meluda! Te fao em pedao mida e grada Mingau se parece com gente que gruda Pois toma ossuda, ai barriguda Te esborracho embaixo, borrachuda E arranco os cabelos da cabeluda! Saem brigando e grudadas. Entram a Abelhuda Maluca, Zonzo e Zangado. Zangado: Voc foi estupenda, Abelhuda maluca.

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Zonzo: Fiquei tan tan de felicidade. Abelhuda Maluca: Agora o que interessa: onde fica o favo da Gelia Real? Zonzo: , , ... logo ali, atrs do Salo Real. Bom, verdade que ...bom guardado por ...bom, por abelhas soldado. Zangado: Voc sabe como , seno qualquer abelha acaba entrando e comendo tudo. Abelhuda Maluca: Quer dizer que vocs me trouxeram aqui para eu no entrar? Zonzo: Na, na, no... dona abelhuda! Abelhuda Maluca: Ficaram sabendo do que eu mais desejo para me passarem mel na boca e depois me enganarem assim? Pois vo ganhar uns sopapos! Zonzo: Na, na, no... dona abelhuda! Zangado: Espera a. Lembra quando eu te disse l fora, que tudo dependia de voc ser esperta, corajosa... Zangado e Abelhuda Maluca: Vivaldina e etctera e tal? Abelhuda Maluca: Est bem, estou me lembrando. Quer dizer que eu tenho que resolver este problema com alguma idia genial, no ? S que no me vem idia nenhuma. Idias no aparecem sem mais nem menos, tenho que esperar. Vamos caminhar e... ouvidos atentos! Entra a Abelha Rainha com seu ventre descomunal, cercada por duas abelhas ministros. Rainha: Ai... meu ventre! Ministra 1: Cuidado, majestade, vire s um pouquinho para esse lado. A, a, pronto. Agora a senhora j pode descansar. Rainha:

14 Todos j foram embora? Ministra 2: Sim, majestade, pode relaxar. Olha aqui a almofada, recosta o abdmen. Rainha: Quantos ovos botei hoje? Ministra 1: Deixa ver a contabilidade. Pega l, companheira, desenrola o papiro. Ministra 2: Um, dois, trs, ta, ta, ta, ta,, setenta e dois, ta, ta, ta, ta , duzentos e oitenta e sete de manh. tarde vamos ver: duzentos e oitenta e oito, ta, ta , ta , seissentos e setenta e sete. O total de hoje este: seiscentos e setenta e sete. Rainha: No est pouco? Ai, que sono... Ministra 1: Est timo majestade, o desempenho est estupendo! Durma, querida, durma. A rainha cai num sono cheio de roncos. Ministra 2: Voc no devia dizer que o desempenho est estupendo. Ministra 1: O que eu podia dizer ento? Ministra 2: No sei, mas que seiscentos pouco, l isto . Ministra 1: Estou preocupadssima. Ela no est alcanando os favos mais altos. So quase mil favos que deixam de receber ovos. Eu no sei o que fazer, a catstrofe chegando, companheira. Ministra 2: E a nossa catstrofe tambm. Vamos passar a po e mel, ou melhor, a plen e mel no lugar de gelia real. Ministra 1: Vamos continuar divulgando os dados errados, algum vai aparecer com uma soluo. Se ao menos ela continuasse a alcanar os favos do alto... Abelhuda Maluca: (Baixo para os zanges) Favos mais altos! Minhas antenas esto comeando a esquentar, esto quentes, fervendo! Eureka! Zum, zum, tre l l! Um elevador, isso,

15 um elevador para a rainha. a grande idia para a gente se aproximar dela! Vamos, temos de nos fantasiar. Zangado: Ai, ai, cuidado! Abelhuda Maluca: Vamos, antes que a idia v embora! Saem, voltam camuflados e cheios de maletas. Mudam a voz. Abelhuda Maluca: Boa tarde, senhoritas. Tenho a honra de apresentar meus humildes servios, atendendo ao apelo de to augusta rainha que me foi feito a lguas e lguas de distancia. Ministra 1: Mas como? Onde? Quem? Abelhuda Maluca: Na verdade eu estava justamente estudando a lei da gravitao, ou da gravidade... ou ser da gravidez?No importa, aquela que Isaac Newton ps e Galileu disps. Ou ser o tal Einstein? No importa, importa que estou aqui sem dor, para mostrar meu valor, para mostrar pros senhores um senhor elevador. Ministra 2: Elevador? Afinal quem o senhor? Abelhuda Maluca: (Fazendo uma reverncia) Felisberto Galilei Hexgono Perfeito, doutor em engenharia pela Raravard Iuniverste. Mas podem me chamar de Dr Perfeito. Ministra 1: Perfeitamente. Abelhuda Maluca: Ou S Feliz para os ntimos. Ministra 2: Felicidades. Abelhuda Maluca: E estes so meus fiis ajudantes Zangide e Zonzide. Zonzo: (Para zangado) O que isto? Haplide? Zangado: (Para Zonzo) Cheira mais a debilide. Abelhuda maluca:

16 E estamos s ordens de Sua Majestade para pormos mos obra imediatamente. Ministra 1: Obra? Que obra? Abelhuda Maluca: O elevador, ora bolas. Ministra 1: Elevador? Abelhuda Maluca: Sim, para ela alcanar os favos mais altos. Segui direitinho a encomenda. E ainda inventei um sistema de roldanas que trar luz o primeiro elevador giratrio do mundo. Mostre a elas o esquema, Zonzide. Zonzo: H? Onde? Abelhuda Maluca: Anda, seu mongolide! Zangado: (Para Zonzo) No te falei? Zonzo tira da maleta um papel comprido com um esquema desenhado no qual aparecem roldanas, cordas e uma rede. Tudo envolvido por nmeros, frmulas e equaes. Abelhuda maluca: Como vocs podem ver, foram meses e meses de trabalho. Com esta maravilha voadora a rainha poder tranquilamente subir e descer em qualquer favo, recostadinha na rede, enquanto um leque lhe abana o rosto e outro o ventre. Ministra 2: No estou entendendo nada. Acho melhor falar com a rainha. De dentro a rainha d um gemido. Rainha: Ai, que calor. Est na hora de botar? Ministra 1: Majestade... Rainha: H? Ministra 2: H a um tal senhor que chama a si mesmo doutor. Mas parece mais um vendedor.

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Rainha: Vendedor? De que? S se for de ventilador. Ministra 1: Diz ele que tem dois leques, um no rosto, o outro na barriga. Rainha: Leques? pouco. Mas o qu que se pode fazer? Compra, compra. Ministra 2: No s dois leques, majestade. Tem mais coisa junto. Rainha: Vai, rpido! Ai, que calor... Zonzo e Zangado cumprimentam a Abelhuda Maluca. Zonzo: Voc a maior! Zangado: Viva! Vamos j construir o elevador Mudana de cenrio. Portal escrito Realeiras com duas janelas altas onde esto escritas Princesa Rapumel e Princesa Cinderel. Embaixo circulam zanges com olhos enormes, usando culos, pince-nez, lupas, lunetas, etc. Levam presentes como buques de flores, caixas com jias ou doces, violas, etc. Cantam, enquanto contracenam diante das realeiras, tentando conquistar as princesas que, por sua vez, aparecem nas janelas, suspiram e jogam beijos. Entre eles esto Zonzo e Zangado que cortejam Rapumel. Zum, zum, zum, zum Zazoeira, zam, zum Assim zazoamos sem fim Zim, zim, zim, zim, Zinzerera, zim, zim Princesinha, zoa, diga sim Diga sim a ns zanges valentes Pobres maches a mostrar os dentes A quem quer que ouse ser seu pretendente Diga sim tambm para esse lado V como jogo no cho o coitado Que quase vira zango assado No, princesinha no gosta de fora Pois mais frgil que a mais fina loua Aceite essas flores to formosa moa

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Flores qualquer um colhe e d Princesa inteligente e vai apreciar Zango que artista a serestiar Zum, zum, zum, zum... Entram Meluda e Peluda com uma coroa de noiva. Zangado e Zonzo levam flores. Meluda: Psiiiu... linda Cinderel, minha Cinderela. Peluda: Abra a janela! Zonzo: Rapumel, Rapumel, doce criana... Zangado: Joga as tranas, joga as tranas! Peluda: Olha a surpresa, Cinderel! Meluda: Que beleza, que beleza! Zonzo: Se no aparecer, Rapumel, te jogo uma flor. Zangado: Subimos a at de elevador. Cinderel e Rapumel aparecem nas janelas. Cinderel: Surpresa? Ai, que lindo! Rapumel: Elevador? Onde, onde? As duas princesas trocam olhares de dio. Cinderel: Fedorenta! Rapumel: Nojenta! Cinderel:

19 Serei eu a rainha! Rapumel: S se for de outra colmeia. Esta ser minha! Comeam a querer brigar, mas no alcanam uma outra. Cinderel: Ah, se me deixam sair! Rapumel: Eu te mato, te pico... Cinderel: Te ponho no pinico! Meluda: Calma, princesinha, na hora H te libertaremos. Peluda: Voc ser a rainha. Zangado: Pacincia Rapumel, pacincia. Ns, Zangado e Zonzo j estamos tomando providncia. Zangado: Na hora de te libertar, amor, nada ser mais rpido do que o nosso elevador. Cinderel e Rapumel: (Pondo a lngua uma para a outra) A rainha vai ser eu!! Cinderel e Rapumel entram nas realeiras e saem Zonzo e Zangado. Entra a Abelhuda Maluca empurrando uma maquete do elevador com roldanas carregando a rainha. A Abelhuda Maluca, enquanto manipula o elevador canta. No final sai de cena. Meluda e Peluda assistem de longe. Eleva, leve e leva Leva a dor, elevador Leva a dor desta abelhinha Enxerida a inventor Diga l para a rainha Que no fim da tua linha Lhe mandamos uma flor Leva os sonhos da colmeia Seja como a salvao Seja a luz, a grande idia De se elevar do cho Pairar no ar sem esforo Depois fazer um esboo

20 Desenhar um corao Peluda: Voc viu s? Meluda: Que enxerida, que abelhuda, que maluca... (Meio inebriada) Que arte, que cincia, que gnio... Peluda: (Sacudindo Meluda) Ela vai estragar nossos planos! O que fazemos? Meluda: Eu no sei! Peluda: Logo agora que a Cinderel est no ponto! O que fazemos? Meluda: Eu no sei! Peluda: Logo agora que a postura da rainha est caindo vertiginosamente. O que fazemos? Meluda: Eu no..... Ei, e se ela cair vertiginosamente... Peluda: L de cima? Ah, ah, ah! Meluda, voc um gnio! s, ... e ela fiuuuu.... vai pro belelu! Meluda: Acabamos com ela e tambm com essa enxerida! Cantam. Ela no abelha abelhuda Bisbilhoteira cabeuda Sem eira ou beira Em tudo muda Queira ou no queira Ela peituda O jeito ento por fim nela Jog-la ao cho Por na panela Seu corao

21 De Gabriela Cortar cordo Do elevador dela Mudana de cenrio. Volta o Salo Real com a rainha deitada no elevador e a Abelhuda Maluca pronta para dirigir a engenhoca. Ao som de uma valsa e sob aplausos e vivas, o elevador passeia pelo espao levando a rainha que, animada, bota ovos e mais ovos. Entram Meluda e Peluda com lenos tapando os rostos. Meluda tapa por detrs os olhos da Abelhuda Maluca e Peluda corta o fio do elevador. A rainha despenca para a morte. Rainha: Aiii.... Pnico e correria em toda a colmeia. Em meio gritaria possvel distinguir frases. Socorro, acudam a rainha! Ela est morrendo! Meu Deus, o que vai ser de ns? Quem foi o culpado? Prendam o Dr Perfeito! Prendam a Abelhuda maluca!

A Abelhuda Maluca agarrada por duas abelhas e levada para fora. Continua o corre corre geral. Uma voz grita mais alto. E as realeiras? Corram!! E as vigias das realeiras? As abelhas-vigia estavam assistindo inaugurao do elevador. a desgraa, a desgraa. Acudam, no deixem as duas princesas sarem!

Intil. De cada lado do palco entram Rapumel e Cinderel com suas caudas compridas e murchas. Cinderel: At que enfim estou livre! Sou eu a rainha da colmeia Flor de Ltus! Rapumel: Pronto, acabou-se a priso!! Sou livre, rica e majestade! As abelhas tentam acalmar as princesas. Abelha 1: (Para Cinderel) Por favor princesa, no hora ainda. Espere um pouco mais na realeira. Cinderel: Como no hora?

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Abelha 2 : (Para Rapumel) Volta princesinha, descansa mais l dentro. Rapumel: Eu? Depois de estar livre? Nunca! De repente uma princesa v a outra, sua rival. Cinderel: Ah, isto ento! voc que est querendo o meu lugar! Rapumel: Por isso as outras queriam me desviar. Pode deixar que eu te corto, te pico, te ponho no pinico! Cinderel: Sua rabugenta! Venha se tiver coragem! Rapumel: Sua fedorenta! Te atravesso num minuto! As duas princesas tiram espadas e comeam uma luta de esgrima. Ouvem-se exclamaes como as abaixo. Voc no de nada! Toma, toma! Aiii... Rabugenta! Fedorenta! Nojenta!

As abelhas acompanham a luta torcendo para uma ou outra princesa.Entra uma abelha carregando um vu de noiva e coloca na cabea de Rapumel. Logo entra outra com outro vu para Cinderel. As duas noivas se degladiam sem chegarem a um desenlace. As abelhas comeam a agitar violentamente e a gritarem juntas. Abelhas: Enxamear, enxamear, enxamear! Cinderel: V embora! Rapumel: V voc! Uma das abelhas salta frente e puxa Cinderel. Abelha 1: Vamos embora fazer nova colmeia!

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Abelha 2: Vamos construir uma casa novinha! Cinderel: (Pondo a lngua para Rapumel) Fica com esta colmeia velha, horrorosa! Rapumel: Para fora, despeitada! Cinderel parte seguida pelas abelhas que enxamearam. Depois que o enxame sai, as abelhas que ficaram rodeiam Rapumel. Abelha 1: E agora? Abelha 2: Fomos reduzidas metade. Abelha 1: As provises esto acabando! Abelha 2: E os gastos com as npcias? Abelha 1: Com o banquete e a coroao? Rapumel: Silncio! Ordem na casa! Abelhas campeiras para o campo, atrs das flores! Faxineiras para a limpeza! Nutrizes para alimentarem as larvas! (Baixo) Ai, que complicado ser rainha! As abelhas se movimentam obedecendo as ordens de Rapumel. Cantam uma msica de trabalho, enquanto Rapumel, se maquiando, faz o contracanto. Abelhas Vamos luta abelha campeira Zango, faxineira Construir cada favo engenheira Limpar, colher, campear Pega l o esfrego A vassoura, o pote de mel V se t pronto o zango Que vai fecundar Rapumel V se nos favos depsitos Tem plen, nctar e mel necessrio um banquete Melhor do que manjar do cu Rapumel At que enfim Posso cuidar de mim Ai, ai, que bom Ser de bom tom? Cad meu baton? Meu Deus quem viu Meu perfume francs Meu p de arroz Sumiu outra vez Ai, que alegria o grande dia Me libertar

24 At que enfim vida nova Com jovem rainha guerreira Vamos torcer pra que prove Ser tambm boa botadeira Ser tambm boa botadeira Entra Zonzo. Zonzo: Rapumel, Rapumel! Rapumel: Zonzinho, voc sumiu! J est pronto para a corrida? Zonzo: No, que Zangado est precisando de ajuda. Ele agarrou dois tipos esquisitos e mascarados tentando passar pelo porto da colmia. Rapumel: Ai, mais problemas! Que chatice! Zonzo: Por favor, princesinha, importante. Rapumel: Est bem, mandem reforos e tragam os bandidos. Abelha 1: Princesa Rapumel, as provises acabaram. Abelha 2: Princesa, as flores de perto acabaram. No conseguimos dizer umas s outras o lugar exato das floradas que esto longe. Abelha 3: Precisamos de reformar uma poro de favos. Abelha 1: Princesa, o que fazemos para o seu banquete de npcias? Rapumel: Chega, chega! Quero voltar para a realeira. Zonzo: Calma Rapumel, eu vejo uma sada. Rapumel: Qual? Zonzo: Da tal realeira Enfim casar No ser mais solteira Me coroar Rainha primeira

25 Chamar a Abelhuda Maluca. Rapumel: Abelhuda maluca? Abelha 1: verdade. Ela tem idias. Abelha 2: Ela inventou o elevador. Poder ajudar agora. Rapumel: Onde est a tal Abelhuda? Abelha 1: Presa. Rapumel: Presa? Soltem a tal maluca. Entra Zangado arrastando Meluda e Peluda. Pelo outro lado entra a Abelhuda Maluca. Abelha 1: Ei, foram essas a que cortaram o elevador da rainha. Abelha 2: Eu tambm vi. Rapumel: So elas as capangas da minha rival. Zangado: O que fazemos com elas? Abelha 1: Matar, matar! Meluda: (Atacando Peluda) Droga, a culpa sua! Peluda: sua! Meluda: sua! Brigam ficando completamente grudadas. Abelha 1:

26 Separem as duas. Elas devem morrer. Abelhuda Maluca: Ei, esperem. Por que no deixar as duas assim? J vi que elas brigam toa. Grudadas e amarradas vo ter de se aturar pelo resto da vida. Rapumel: Gostei, Abelhuda. A idia genial, para l de maluca. Vamos, amarrem as duas. (Meluda e Peluda so amarradas) Ah, ah, ah, parecem gmeas! Abelha 1: O que fazemos com elas? Abelhuda Maluca: Expulsar da colmia! Abelha 2: Bravo Abelhuda, voc acertou de novo! Rapumel: Para fora, dupla de bobocas! Rua! Meluda e Peluda so empurradas e saem xingando e tentando em vo se separarem. Rapumel: Ai, ai, meus sais.E agora, j posso casar? Abelha 1: S mais um problema, princesinha. E o que pior, ele o maior. Rapumel: Qual problema? Abelha 1: As flores esto poucas e muito distantes. Como fazer o banquete para as suas npcias? Rapumel e todas as abelhas se assentam desanimadas, inclusive a Abelhuda Maluca. De repente ela d um pinote agitando as antenas. Abelhuda Maluca: Zum, zum, tre l l! Ei, minhas antenas esto esquentando, esquentando... esto fervendo! O problema a abelha que chegar, dizer o lugar certinho das flores para as outras abelhas? Abelhas: Sim. Abelhuda Maluca: J sei! s inventar a dana das abelhas!

27 Abelhas: Dana das abelhas?! Abelhuda Maluca: fcil, tragam papel e lpis. (Desenhando) Aqui est o sol, aqui a colmia. Se as flores esto a 100 metros, danamos em crculo, se esto mais longe, fazemos a dana em oito. Se esto na direo do sol, danamos para esse lado, se esto do outro lado, s danar afastando do sol. Se as flores estiverem num ponto qualquer, a dana vai seguir um traado assim, vejam s: um V onde a colmia estar sempre aqui no vrtice, entenderam? Todo mundo sabe onde est a colmia e onde est o sol, no ? Pronto! Achamos logo o lugar exato das flores. Lio de geometria elementar. Rapumel: Entendi. fcil e bem bolado. Abelhuda Maluca: E se quiser sofisticar mais, podemos danar devagarinho se a florada pequena e mais reboladinho se o campo tem mais flores. Querem ver? Vamos danar? Abelhas: Oba! Vamos! Todas cantam e danam. V se te bole, bole, mole, enrole e rebole Num passo de xote, marcha brava que nem trote Apontando certo lugarejo longe ou perto De florada nova, dance e passe nessa prova rebolinha, enroladinha Dana leve, bem mansinha Se perto o campo E a florada miudinha rebolio, num chourio rebolada, embolada Se ela est longe E h muita flor nessa florada V se te bole, bole... Abelha 1: Vou correndo achar um campo de flores bem longe. Depois eu dano para vocs. Abelha 2: E eu vou para o outro lado, procurar uma estufa. Abelha 3: Eu tentarei achar um pomar.

28 Todas partem. A Abelhuda Maluca vai saindo tambm. Rapumel: Ei, Abelhuda, volta por favor. Abelhuda Maluca: O que? Rapumel: Voc nos salvou duas vezes. Pea o que quiser, que eu te darei. Quer ser primeira ministro, quer ser professora da dana das abelhas, quer ser o que? Abelhuda maluca: Uma coisa eu quero, uma s. Rapumel: Diz, que eu te darei. Abelhuda maluca: Eu sei que a gelia real poder prolongar minha vida, e eu amo viver, adoro esta vida. Rapumel: Pois voc ter quanta Gelia Real quiser. Ainda mais agora que as provises vo aumentar com inveno da dana das abelhas. Abelhuda maluca: Obrigada, princesa, estou feliz, muito feliz. Rapumel: Voc no quer mais nada, uma posio importante na colmia, honras, glrias? Abelhuda Maluca: No, deixo para outros isso tudo, quem sabe para os amigos Zonzo e Zangado? Rapumel: tima idia . (Zonzo e Zangado gritam de felicidade) mas, e voc? Abelhuda Maluca: Eu adoro sair em campo, amar as flores, sentir seu perfume, suas ptalas macias, suas cores. Sou uma abelha eternamente enamorada das flores. Rapumel: Est bem. Faa o que quiser. A porta da colmia Flor de Ltus estar sempre aberta para voc. As abelhas voltam carregadas de flores. Zonzo: E agora, a grande corrida nupcial e enfim a coroao!

29 Zangado: Viva a rainha Rapumel! Ao som de uma marcha nupcial, ocorre a corrida dos zanges atrs de Rapumel. Um deles acasala e fecunda a princesa, que aparece com o ventre cheio de ovos. Em seguida colocado um trono e um tapete desenrolado. Com toda a pompa a princesa Rapumel coroada. Desce o telo do campo de flores. Entram as abelhas, entre elas a Abelhuda Maluca. Danam e cantam. Polinis, polinis, ao De mergulhar em teu corpo Amor- agarradinho Ameixa de Japo Assa peixe, eucalipto, salsa Aroeira brava, dente de leo Cip chuva de ouro Erva de passarinho Bracatinga dos banhados Bico de papagaio Tangerina, Tarum, mulungu bruto E quanta flor houver mais por aqui A querer, a ansiar, a pedir Um gro de plen, um filho, um fruto. Meu corpo est assim banhado em plen Em cada pelo h um filho seu Minha doce flor, nctar do cu Mimosa cor azul, laranja, anil Meu grande amor, flor Brasil Tremendo te peo uma gota de mel. REFRO Solta teu perfume e uma ptala de cor a abelha operria que te chama o amor, o amor! FIM

IVANA ANDRS END: RUA SAGARANA 102, APTO 102, SANTO ANTNIO, BH, MG

30 TEL: (31) 99673108 EMAIL: [email protected]

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