Portfólio - 6 Feira - Rosana

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

FORMULÁRIO DE ORGANIZAÇÃO DO PORTFÓLIO


AULAS / SEMINÁRIOS/ VISITAS/TEMAS DISCUTIDOS/TRABALHOS REALIZADOS

Thiago Couto Silva

Sumário

1. ………………….....…………06/02/09 – Apresentação do Curso e Método.

2. …………………..……………13/02/09 – História da Medicina e Portfólios.

3. ……...……………………………………...………………….20/02/09 –
Feriado.

4. ..……………………………………...…………………..27/02/09 – Anamnese
I.

5. …………………...……………………………………...06/03/09 – Anamnese
II.

6. ………………………...………………………………...13/0309 – Anamnese
III.

7. …………………………………………..……………..20/03/09 – Anamnese IV.

8. …………………………………………...…………….27/03/09 – Exame Físico.

9. …………………………………………..……03/04/09 – Pratica Exame


Físico.

10. …………………………………………………………..…….10/04/09 – Feriado.

11. ___________________________________________________________

12. ___________________________________________________________

13. ___________________________________________________________

14. ___________________________________________________________

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

1. No primeiro dia de aula de Habilidades Médicas da turma XI, fomos apresentados à


professora Rosana Gentil, e nos apresentamos individualmente para o resto da sala,
dizendo do que gostávamos. Após isso a professora explicou o sistema de ensino, o
esquema das aulas e o modo de avaliação.

DATA DA ATIVIDADE: 06/02/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/03/2009.

a) O QUE EU APRENDI

Aprendi como vão funcionar as aulas de Habilidades, entendi como a matéria se encaixa
no método PBL, foi explicado como será feita a avaliação e desperta algumas duvidas
enquanto a avaliação e rendimento do aprendizado.

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

O funcionamento do PBL e conhecer melhor os colegas.

c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Ansiedade e medo devido ao método.

d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Sem Sugestões.

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

2. Através de uma apresentação de Power Point, foi falado sobre o OSCE, importância
do portfólio e seus objetivos assim como seus métodos de avaliação. Também foi
abordada a historia da medicina sua origem, mitologia e simbologia.
.
DATA DA ATIVIDADE: 13/02/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/03/2009.

a) O QUE EU APRENDI

Aprendi quais os objetivos a ser alcançados na confecção do portfólio, o método da


avaliação do OSCE. Aprendi também que Asklépios é o Deus da medicina, que seu
símbolo ainda traz muitas origens diferentes, mas que é um bastão (simbolizando a
árvore da vida, o poder e a magia) com uma serpente (simbolizando o bem e o mal,
saúde e doença) em volta, e que ele foi originado da mitologia grega e que Hipócrates é o
Pai da medicina, que deu origem a medicina clínica, tendo como método principal de
avaliação a Observação do paciente como único.

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

Devo procurar saber mais sobre o OSCE e buscar alguns modelos de portfólio para a
confecção do meu, além de tentar encontrar um consenso sobre o símbolo da medicina e
a mitologia sobre o mesmo.

c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Em minha opinião a atividade foi de fundamental importância, pois explicou dois métodos
de avaliação da matéria que sem eles seria difícil entender a dinâmica da didática desta
frente. Estou conseguindo enxergar como o método pode funcionar.

d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Sem sugestões.

Thiago Couto Silva Página 3


ANEXO I

Juramento de Hipócrates
"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas
todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a
promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e,
se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos;
ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e
nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do
ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos
da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca
para causar dano ou mal a alguém.
A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a
perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação
aos práticos que disso cuidam.
Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano
voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou
com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu
tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida
e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou
infringir, o contrário aconteça."

FONTE: http://www.cremesp.com.br/?siteAcao=Historia&esc=3

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ANEXO II

Símbolo da Medicina

O valor de um símbolo não está em seu desenho, mas no que ele representa.
Dois símbolos têm sido usados ultimamente em conexão com a medicina: o
símbolo de Asclépio, representado por um bastão tosco com uma serpente em volta e o
símbolo de Hermes, chamado caduceu, que consiste em um bastão mais bem trabalhado,
com duas serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com
duas asas na sua extremidade superior.
Ambos os símbolos têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da
medicina, é o símbolo da tradição médica; o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes
e das estradas, foi introduzido tardiamente na simbologia médica.

Figura 1: A esquerda o símbolo de Asclépio e


a direita símbolo de Hermes.

Na mitologia grega, Asclépio é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Foi criado pelo
centauro Quiron, que lhe ensinou o uso de plantas medicinais. Tornou-se um médico
famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam, passou a
ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da medicina. Foi por
isso fulminado com um raio por Zeus. Após a sua morte, foi cultuado como deus da
medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano
Em várias esculturas procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus
da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o
qual se tornou o símbolo da medicina.

Thiago Couto Silva Página 5


Não é nosso objetivo discutir o significado do bastão e da serpente em qualquer
dos símbolos e sim analisar as razões pelas quais o caduceu de Hermes tem sido usado
como um segundo símbolo da medicina.
Hermes, na mitologia grega, é considerado um deus desonesto e trapaceiro,
astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões. Seu primeiro ato, logo após o
seu nascimento, foi roubar parte do gado de seu irmão Apolo, negando a autoria do furto.

Foi preciso a intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo. Para se


reconciliar com Apolo, Hermes presenteou-o com a lira, que havia inventado, esticando
sobre o casco de uma tartaruga, cordas fabricadas com tripas de boi. Inventou a seguir a
flauta que também deu de presente a Apolo. Apolo, em retribuição, deu-lhe o caduceu.

Caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão dos arautos, que


servia de salvo-conduto, conferindo imunidade ao seu portador quando em missão de
paz. O primitivo caduceu não tinha asas na extremidade superior, as quais foram
acrescentadas posteriormente.
Hermes tinha a capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por
isso tornou-se o mensageiro dos deuses do Olimpo e o deus dos viajantes e das
estradas. Como o comércio na antigüidade era do tipo ambulante e se fazia
especialmente através dos viajantes, Hermes foi consagrado como o deus do comércio.
Outra tarefa a ele atribuída foi a de transportar os mortos à sua morada subterrânea
(Hades).
Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os deuses da
mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Asclépio passou a chamar-se Esculápio e
Hermes, Mercúrio.
Segundo os filólogos, a denominação de Mercúrio dada a Hermes pelos romanos
provém de merx, mercadoria, negócio. O metal hydrárgyros dos gregos passou a chamar-
se mercúrio por sua mobilidade, que o torna escorregadio e de difícil preensão. O planeta
Mercúrio, por sua vez, deve seu nome ao fato de ser o mais veloz do sistema planetário.
O caduceu é, de longa data, o símbolo do comércio e dos viajantes, sendo por isso
utilizado em emblemas de associações comerciais, escolas de comércio, escritórios de
contabilidade e estações de estradas de ferro.
Surge, então, a questão principal do tema que estamos abordando. Por que o símbolo
do deus do comércio passou a ser usado também como símbolo da medicina?
Mais de um fato histórico concorreu para que tal ocorresse.

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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA


3. FERIADO

DATA DA ATIVIDADE: 20/02/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/03/2009.

1) O QUE EU APRENDI

2) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

3) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

4) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Thiago Couto Silva Página 7


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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

4. Através de uma encenação de duas alunas (Mariana e Marcela), foi simulada uma
situação de consulta médica com ênfase na anamnese, durante a apresentação a
professora explicava os itens da anamnese dando exemplos de diversas situações.
Foram apresentados, exemplificados e explicados pela professora os itens
identificação, Queixa e Duração (QD) e História da Moléstia Atual (HMA).

DATA DA ATIVIDADE: 27/02/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/03/2009.

a) O QUE EU APRENDI
Aprendi as três primeiras etapas da anamnese:

• Identificação: É composta por nome, idade, sexo, raça, estado civil, profissão,
local de trabalho, naturalidade, residência, e etc.. Pode não parecer, mas pode ser
de fundamental importância para fechar o quadro diagnóstico do paciente.
• QD (Queixa principal e duração): Como já se se subentende é a razão, motivo
principal que levaram o paciente a procurar atendimento médico. A descrição da
QD deve conter, a principal queixa do paciente e a quanto tempo esses sintomas
vem acometendo o paciente, e descrito da mesma forma que o paciente relatou ao
médico com as palavras (linguajar) do paciente.
• HPMA (História Pregressa da Moléstia Atual): Descreve a cronologia desde o
aparecimento dos primeiros sintomas e o desenvolvimento da doença atual. Essa
descrição deve conter uma linguagem médica para a descrição dos sintomas e
sua cronologia.

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

Os termos médicos que devem ser usados na HPMA, assim como a sua importância e a
correlação clínica entre os três itens apresentados nesta aula. Aprender com a
experiência dos professores e colegas como dados que possam passar despercebidos
podem ajudar no diagnóstico de uma doença.

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c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Gostei muito da dinâmica da aula, foi muito esclarecedor por que a professora apontava
os pontos importantes de cada item da anamnese durante a representação. Ficou bem
claro a importância de construir uma história clínica bem detalhada. Uma boa anamnese
pode apontar todos os caminhos a serem seguidos para se fechar um diagnóstico.

d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

• A apresentação de situações que professores possam ter vivenciado para que


aprendamos com essas experiências.
• Dinâmicas de aula semelhantes, com encenação e explicação da situação pelo
professor simultaneamente.

Thiago Couto Silva Página 9


ANEXO I

Anamnese

Marco A. R. Oliveira

É na entrevista com o paciente que se põe em ação um dos melhores instrumentos


diagnósticos e terapêuticos de que nossos pacientes podem dispor: o médico. A
anamnese é o centro a partir do qual se desenvolve e desenrola a relação médico-
paciente; é o espaço em que é construída a aliança terapêutica que vai ser determinante
tanto na adesão e no devido cumprimento da terapêutica prescrita como também o modo
como o paciente vai encarar sua recuperação.
Numa época em que as folhas de pedidos de exames laboratoriais contam com
nada mais nada menos que 121 nomes exóticos, entender a moléstia pela entrevista pode
parecer tão pretensioso quanto dissecar um cadáver com uma faca de rocambole. Nada
mais distante da verdade. Com tantas variações em torno da normalidade, resultados de
exames sem contexto são muito mais fator de confusão do que de diagnóstico. Escolher o
exame adequado e interpretar corretamente os resultados só é possível tendo por alicerce
os dados colhidos numa história bem tirada; estima-se que ao fim da anamnese 56% dos
profissionais já chegaram ao diagnóstico correto. Igualmente, a escolha da melhor
terapêutica para aquele paciente depende de um feeling sobre aquela pessoa que só a
entrevista pode dar. Por fim, doenças de alta prevalência e gravidade podem ser
surpreendentemente pobres em Exame Clínico, deixando unicamente sob
responsabilidade da entrevista o devido diagnóstico.
Do mesmo modo, dificilmente uma penca de exames laboratoriais e radiológicos
preencherá as lacunas deixadas por uma história mal tirada.
A anamnese é estruturada de modo a destacar ao médico os principais sintomas
do quadro do paciente (o que constitui uma síndrome) e, mais profundamente, levantar
dados que possam esclarecer a etiologia do problema. Mas é lógico que o paciente não
leu os livros de semiologia e não vai dar o caso de bandeja; não senhor, alguns pacientes
possuem um dom tal em complicar a entrevista que às vezes a gente sai da consulta sem
saber direito o que dizer ao médico. Outros simplesmente se calam, são muito vagos, dão
duas ou mais versões para o mesmo fato, respondem com monossílabos... Não é à toa
que a entrevista é de longe a parte mais difícil da consulta.
O modo como esses problemas são solucionados varia de pessoa para pessoa,
não posso ser enfático o bastante ao afirmar que a melhor solução é a sua. Há,
entretanto, algumas saídas clássicas para ajudar a levantar informações relevantes ao
esclarecimento da queixa e driblar o caos em que elas se apresentam (ou não... estou
meio confuso).

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É sempre importante deixar o paciente falar, motivá-lo com perguntas abertas: o
médico só pode saber da doença através do relato de uma experiência pessoal, portanto
induzir o paciente a enquadrá-la nas primeiras impressões do entrevistador pode ser
desastroso.
No entanto, esse estilo aberto não funciona com todo mundo: o paciente pode
simplesmente dizer uma ou duas frases e então se calar. Nessas horas, uma postura
encorajadora por parte do médico pode ajudar. Demonstre interesse e compreensão pelo
que o paciente diz, com gestos ou com palavras. Se necessário, repita as partes que
considera mais relevantes e pergunte se o paciente está de acordo com essa síntese.

Pode ocorrer de o discurso do paciente não ser claro o bastante para o médico, ou
pelas dificuldades de organização temporal do paciente ou por diferenças culturais (esteja
preparado para termos como gastura, dor doída, coceira quando o sangue passa...). Não
deixe isso passar em branco, procure esclarecer-se junto ao paciente.
Não se esqueça de que a entrevista também é espaço essencial do
estabelecimento da relação médico-paciente. Tente prestar atenção ao que não vem das
palavras de seu cliente: aparência e cuidados com ela, humor (deprimido, ansioso, irado,
culpado, perplexo, eufórico... a lista é imensa), fala (lenta ou explosiva, monótona, alta,
tagarela...)... Quando alterações nesses aspectos não são os próprios sintomas da
doença, eles podem fornecer indícios da situação emocional do paciente – um dos
determinantes da vivência da doença. Dê retorno ao paciente a respeito dessas
impressões, mesmo que isso implique confrontá-lo (“é claro que isso deve ser importante
para a senhora, a senhora está com os olhos cheios d’água”).
Principalmente, tenha em mente que a maior parte desses conselhos é uma
formalização daquilo que já acontece espontaneamente se você realmente estiver
interessado em conhecer o seu paciente.
Vamos então tentar descobrir o que se passa com este ser que nos procurou. Se
alguém está se sentindo mal, ele tem uma queixa, certo? Uma alteração no seu estado
que está produzindo desconforto somático ou psíquico. Com o tempo você aprenderá a
maioria das possíveis causas que levam uma pessoa a sentir dado sintoma, e irá querer
separar o joio do trigo: isso é feito conseguindo maiores dados sobre a evolução do
sintoma e fatores associados, ou seja, traçando a história da moléstia.
Se ainda parecer vago demais e você resolver insistir em não saber o que o
paciente tem, não se preocupe: você pode conseguir uma série de dicas. Afinal de contas,
como você vai se cansar de ouvir na faculdade, não existem doenças, existem doentes: o
médico está tentando elucidar um fenômeno que ocorre dentro de um organismo com
uma história pessoal, história genética e ambiental e exposta habitualmente a fatores
predisponentes de doenças. Por fim, não seja presunçoso achando que já sabe tudo e
procure mais detalhadamente por outros sintomas associados – a lapidagem da
entrevista, por assim dizer.
Esses são os passos que você vai seguir na hora de preencher o prontuário
médico. Neste ponto, cabe lembrar que o prontuário é um documento e que de sua boa
interpretação por parte dos outros voluntários vai depender o bom atendimento do
paciente. Seja claro, capriche na letra e não faça porquices. Seja também direto:
prontuários muito grandes desestimulam a leitura.
Pois bem: detalhando melhor o que foi dito acima, sua anamnese vai seguir a
seguinte estrutura:
• Identificação: o mínimo é saber quem seu paciente é. Além disso, são
informações que nos ajudam a pensar a respeito da queixa e das doenças a que

Thiago Couto Silva Página 11


ele pode estar exposto. Levante as seguintes informações: nome, sexo, idade,
raça, estado civil, profissão, data do nascimento, religião, procedência remota
(quanto tempo ele viveu por lá?) e atual (há quantos anos o paciente mora na
atual cidade?). Não deixe de indicar em seguida a data da consulta.
• Fonte da História e Confiabilidade: nem sempre é o próprio paciente que vai
responder às suas perguntas. Crianças menores de 10 anos e idosos com algum
grau de demência, além de outras condições especiais, requerem alguém que
complete a história clínica por eles. Indique quem está fazendo esse papel e se
você julga a fonte confiável.

• Queixa principal e duração: o motivo mais imediato que levou o paciente a


procurar o sistema de saúde. Você pode usar as próprias palavras do paciente,
mas a QD deve se resumir a apenas uma frase: “inchaço nas pernas há 2
semanas”, “dor de barriga há 3 dias”. Alguns pacientes vão querer descarregar
suas lamentações sobre você: “estou com dor de barriga, mas também tenho
pressão alta – que nunca medi – e também uma unha encravada além é claro de
coceira no olho direito”. Nessas horas pergunte simplesmente o quê está
incomodando mais; as outras queixas podem estar relacionadas à principal ou
serão resolvidas futuramente. Não se esqueça de incluir a duração da queixa.
• História da Moléstia Atual: agora é hora de detalhar aquele sintoma e tentar
excluir alguns outros diagnósticos. É também a parte mais difícil da entrevista.
Tente estabelecer precisamente a temporalidade das afirmações do paciente,
delimitando relações causa e efeito; comece por perguntas abertas para depois,
de acordo com suas hipóteses, fazer perguntas mais específicas; na hora de
preencher o prontuário, seja sintético e evite descrever toda a via crucies médica
do sujeito.
Como esta é a hora de começar a excluir alguns diagnósticos, é fácil compreender
por que cada queixa tem uma série de perguntas a serem feitas na HMA. Mas isso é
assunto para o final do segundo ano; de modo geral, as informações mínimas que você
deve levantar para qualquer sintoma são:
Início, se possível mesmo a data, e o modo de início – súbito ou gradativo.
Pesquise fatores médicos ou sociais que possam ter funcionado como desencadeante.
Duração e freqüência: se o mal for contínuo, a duração é o tempo decorrido do
início do sintoma ao dia da consulta; mas em queixas que desaparecem e voltam,
determine a duração de cada surto e a freqüência com que ocorrem (“episódios de dor de
cabeça diários, de duração de 3 horas, há quatro dias”).
Características do sintoma quando começou: defina localização e intensidade.
Evolução: que modificações a queixa sofreu desde então?

FONTE: http://www.geocities.com/emafmusp/anamnese

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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

5. A sala foi dividida em duplas ou trios nas salas que simulam os consultórios médicos.
As duplas se revezaram no papel de paciente e médico com o objetivo de cada um ter
a oportunidade de realizar os três primeiros passos da anamnese; Identificação, QD
até a HMA. A QD foi determinada pela professora como “diarréia há quatro horas”.

DATA DA ATIVIDADE: 06/03/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/03/2009.

a) O QUE EU APRENDI

Aprendi a por em prática os conhecimentos obtidos na segunda aula sobre os três


primeiros itens da anamnese e como conduzi-los durante a anamnese.

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

• Descrever melhor minha HPMA;


• Como se chama na linguagem médica fezes com sangue e vômito com sangue é
chamada e quais são suas características.
• Os subitens das etapas.

c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Muito boa aula, onde treinamos os primeiros passos da anamnese e conseguimos ver
nossas duvidas e dificuldades sobre o conteúdo apresentado. A importância da anamnese
fica cada vez maior, uma anamnese mal feita ou uma má relação médico-paciente pode
dificultar o esclarecimento da moléstia.

Thiago Couto Silva Página 13


d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Aulas praticas ajudam muito a aflorar as duvidas da teoria

ANEXO I
Anamnese Feita em Aula

Data da Observação: 06/03/2009

Identificação

Nome: Alex Jody Messias Fukusato


Sexo: Masculino Raça: Japones Estado Civil: Solteiro
Data de Nascimento: 20/06/1991 Idade: 17 anos
Endereço: Eng. Rama Macarem, 231.
Bairro: Alto do Ipiranga Cidade / Estado:Mogi das Cruzes, SP Telefone: 4722-2783
Profissão:Estudante Religião: Católico
Naturalidade:Brasileiro.

QD (Queixa e Duração)
Paciente refere: “Fortes dores na barriga” e “com muita diarréia há 4 horas”.

HPMA (História Pregressa da Moléstia Atual)


Diarréia há 4 horas, com fezes de aspecto liquido - pastoso, com dor abdominal e diz ter
comido fora de casa.

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ANEXO II
MELENA
Eliminação de fezes de cor negra que indica presença de sangue digerido no conteúdo
fecal. Oriundo de hemorragia digestiva alta.

HEMATÊMESE
Presença de sangue eliminado através dos vômitos.

FONTE: http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_08879.php

Thiago Couto Silva Página 15


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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

6. Através da encenação de dois alunos (Felipe e Bruno) onde um era o médico e o


outro o paciente, foi apresentado com a mesma dinâmica da outra aula. Nesse dia foi
concluída a entrevista com os itens que faltavam como Antecedentes pessoais,
Hábitos e vícios, Antecedentes familiares, Relacionamento social e ISDA
(Interrogatório Sobre os Diversos Aparelhos). A entrevista foi novamente
acompanhada pela professora que interrompeu para explicar os pontos mais
importantes.

DATA DA ATIVIDADE: 13/02/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/03/2009.

1. O QUE EU APRENDI

Aprendi a parte final da anamnese:


• Antecedentes pessoais: saber do pacientes sobre as doenças que já teve ou
tem; perguntar para o paciente se ele já operou ou e se já tomou ou toma algum
tipo de remédio.
• Hábitos e vícios: investigar o paciente para saber quais são os hábitos dele
como, por exemplo, como é o seu ritimo de vida ou se pratica algum exercício e se
ele tem algum vicio como o de fumar, ingerir bebidas alcoólicas ou drogas.
• Antecedentes familiares: saber do paciente quais foram as doenças mais
constantes em sua família como obesidade, AVC, infarto e doenças genéticas.
• Relacionamento social: perguntar como é o relacionamento com os amigos e
famílias do paciente.
• ISDA (Interrogatório Sobre Diversos Aparelhos): o médico pergunta
diretamente quais as queixas, diferente da história da doença atual que são feitas
perguntas abertas não sugestivas, ela é feita seguindo um roteiro crânio-caudal
(da cabeça aos pés) e do exterior para o interior.

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 16


2. O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

• Aprimorar o roteiro de ISDA.


• Criar maneiras para melhorar minha relação com o paciente.

3. MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Entendi que alguns sinais que possam ser esquecidos ou de menor importância para o
paciente podem ser descritos, e assim, correlacionados com outros sintomas mais
evidentes coma a ISDA. Agora com o roteiro de anamnese completo fica mais fácil de
enxergar causas ou sintomas que possam esclarecer o diagnóstico.

4. SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Poderíamos praticar mais a anamnese completa.

Thiago Couto Silva Página 17


ANEXO I

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 18


Thiago Couto Silva Página 19
Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 20
Thiago Couto Silva Página 21
Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 22
FONTE: SEMIOLOGIA CLÍNICA Isabela M. Bensenor & Jose Antonio Atta & Milton de Arruda
Martins.

Thiago Couto Silva Página 23


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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

7. A turma foi dividida em duplas ou trios e fomos as salas que simulam os consultórios
para inventar uma amnamese completa com identificação, queixa e duração, história
pregressa da moléstia atual, antecedentes pessoais, hábitos e vícios, antecedentes
familiares, relacionamento social e ISDA.

DATA DA ATIVIDADE: 20/03/2009. DATA DA REFLEXÃO: 03/04/2009.

a) O QUE EU APRENDI

Aprendi que:
• Na ISDA se deve descrever não apenas os sintomas presente, mas também os
ausentes no sentido crânio-caudal e do exterior para o interior.
• Se seguirmos o roteiro padrão fica mais fácil a condução e entendimento da
anamnese.

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

Qual a melhor maneira pra transcrever a anamnese.

c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Muito boa a aula, deu para colocar em pratica toda a anamnese e tirar as duvidas desse
processo de fundamental importância para traçar o diagnóstico.

d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Aulas como essa e o esclarecimento dos professores aos grupos formados são
suficientes para o entendimento do conteúdo, como, em minha opinião essa é a melhor
maneira de entender o conteúdo deveria haver mais aulas assim.

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 24


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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

8. Neste dia estive ausente, porém levantei informações com meus colegas sobre o que
havia sido feito na aula. Em sala e a professora ensinou como deve ser feito e quais
devem ser os processos de um exame físico geral, pegando uma aluna como exemplo
e fazendo o exame dela junto com o resto do grupo.
Foi feito seguinte exame físico:
Paciente consciente cooperante, orientado no tempo e no espaço, BEG, hidratado,
corado, acianótico, anictérico, bom estado nutricional, brevelínea e com gânglios.

DATA DA ATIVIDADE: 27/03/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/04/2009.

a) O QUE EU APRENDI

Aprendi que:
• Após a anamnese deve-se pedir para o paciente deitar-se na maca informando-o
que irá fazer o exame fisco nele, depois o médico deve lavar a mão seguindo
esses passos: tirar os acessórios como anéis, pulseiras e relógio, passar um
pouco de água na mão, colocar por volta de 5 mL de sabonete, esfregar a palma,
o dorso, entre os dedos, as pontas dos dedos e os dedos e depois com o pé ou
com o cotovelo dependendo da pia, abrir a torneira e enxaguar as mãos com elas
voltadas para cima e secar a mão.
• O exame físico geral, também conhecido como ectoscopia seguindo esses
passos:
o Inspeção: o médico olha para o paciente vendo se ele esta emagrecido,
corado, hidratado e se há manchas;
o Palpação;
o Estado Geral: BEG(bom estado geral), REG(regular estado geral)e
MEG(mau estado geral);
o Nível de consciência: consciente/inconsciente; cooperante/não cooperante;
orientado no tempo e no espaço ou não.
o Altura;
o Peso;
o Nutrição;
o Paniculo adiposo;
o Biótipo (tipo físico): longilíneo/ normolíneo/ brevelíneo;
o Fâmeros

Thiago Couto Silva Página 25


o Gânglios;
o IMC [Peso (kg) ÷ Altura(m) 2]

• A graduação são contadas por cruz, tendo o referencial Maximo de 4+

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

• Qual o melhor roteiro de exame físico a ser conduzido;


• Preciso aprender mais sobre palpação.

c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Não deveria ter faltado

d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Sem sugestões.

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 26


Thiago Couto Silva Página 27
ANEXO I

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 28


Thiago Couto Silva Página 29
FONTE: SEMIOLOGIA CLÍNICA Isabela M. Bensenor & Jose Antonio Atta & Milton de Arruda
Martins.

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 30


UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADE

CONTEÚDO ABORDADO/ATIVIDADE REALIZADA

9. Novamente nos dividimos em duplas e trios para fazermos um exame físico geral, com
ajuda dos professores, com os itens:
-inspeção
-estado geral
-nível de consciência
-biótipo
-IMC

DATA DA ATIVIDADE: 10/04/2009. DATA DA REFLEXÃO: 14/04/2009.

a) O QUE EU APRENDI

• Aprendi na pratica como é realizado o exame físico;


• Como transcrever o exame físico;
• Como avaliar o biótipo pelo ângulo de Chapier.

b) O QUE PRECISO ENTENDER / APRENDER MELHOR

• Preciso aprender melhor sobre a seqüência a ser seguida durante um exame


físico.

c) MINHA OPINIÃO / REFLEXÃO

Gosto muito das aulas prática por dão uma melhor noção do andamento da investigação
médica.

d) SUGESTÕES PARA MELHORAR O APRENDIZADO DO CONTEÚDO

Atividades práticas e teóricas com as outras etapas do exame físico.

Thiago Couto Silva Página 31


ANEXO I

Paciente: Thiago Couto, 24 anos


BEG (bom estado geral), consciente, cooperativo, situado no tempo e no espaço,
hidratado, corado, anictérico, asianótico, afebril, longilíneo (calculado pelo ângulo de
Chapier), não retem liquido, IMC = 27,68

Cálculo do IMC:
IMC: peso = 80 = 27,68
(altura) ² (1,70)²

X--------------25--------------30--------------35--------------Y

Magreza Normal Obeso Obesidade


Mórbida

Grupo: Marcela Magri, Mariana Pscheidt e Thiago Couto

Portfólio – Habilidades Médicas 1º etapa – 2009. Página 32

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