Curso Mediunidade e Espiritualidade (Maísa Intelisano)
Curso Mediunidade e Espiritualidade (Maísa Intelisano)
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7. Aura, pensene ou psicosfera a) Definio b) Caractersticas c) A aura e as cores d) Leitura e interpretao da aura
C. DESENVOLVENDO A MEDIUNIDADE 1. Percebendo o duplo, a aura e os chacras 2. Trabalhando a aura e os chacras 3. Identificando e modificando energias 4. Usando o pensamento e os sentimentos 5. Manipulando energias 6. Mtodo das cinco fases Edgard Armond a) Primeira fase percepo de fluidos b) Segunda fase aproximao c) Terceira fase contato d) Quarta fase envolvimento e) Quinta fase manifestao D. EXERCENDO A MEDIUNIDADE 1. Harmonizao inicial, limpeza e encerramento a) Preparao b) Limpeza c) Encerramento 2. Acoplando com espritos elevados 3. Conversando Conversando com espritos elevados 4. Acoplando com espritos perturbados 5. Conversando com espritos perturbados 6. Cura espiritual ou energtica 7. Assistncia a distncia 8. Analisando e interpretando mensagens medinicas medinicas escritas e faladas E. MEDIUNIDADE NA PRTICA 1. Estudo a) Necessidade e importncia de estudo contnuo b) Amor ao estudo, sem apego ao que estudado c) A leitura como um dos principais meio de estudo d) Cursos complementares e) Estudo e universalismo f) Aplicao prtica do estudo 2. Mediunidade e compromissos a) Compromisso espiritual b) Compromisso medinico c) Compromisso com a instituio e o grupo medinico d) Compromisso com amparadores e) Compromisso com necessitados encarnados e desencarnados f) Compromisso consigo mesmo g) Compromisso com o estudo e o autoaperfeioamento h) Parceria espiritual e parceria medinica i) Esprito de equipe e equipe de espritos 3. Disciplina a) Disciplina exterior e disciplina interior
Consideraes Iniciais
Embora seja um trabalho de intensa pesquisa e prtica, este no um trabalho cientfico. muito mais um trabalho de compilao e organizao de vrios conceitos, vivncias, hipteses e fatos, estudados ou trazidos no s por mim, mas tambm por vrios outros autores, pesquisadores, estudiosos da rea espiritual e medinica. O projeto que deu origem a este material , por isto e de muitas maneiras, um trabalho indito. Indito pela proposta que no , como na maioria dos casos, de formar mdiuns, mas de esclarecer pessoas sobre a mediunidade em si mesma e sobre a mediunidade de cada um. Indito pelo ambiente em que foi conduzido: universalista, livre de preconceitos, dogmas, fanatismos, radicalismos e ranos de qualquer tipo, e distante das sesses em terreiros, centros, tendas e mesas que tanto se popularizaram no Brasil. Indito pelo contedo amplo, diversificado e abrangente, que se permitiu buscar referncias nas mais diferentes correntes, doutrinas, tcnicas e filosofias, inclusive as mais tradicionais, tentando ser o mais completo e livre possvel, sem deixar de estar comprometido com a responsabilidade, o discernimento e o esclarecimento do maior nmero possvel de pessoas. Indito por vrios conceitos nele contemplados, que ainda no constam da literatura considerada oficial sobre o assunto, mas, nem por isso, menos vlidos, uma vez que so vivenciados por muitos mdiuns, em diversos lugares e situaes. Indito pela abordagem bem humorada, leve e despojada com que foi tratado, desmistificando mdiuns e desmistificando a mediunidade. Indito pela linguagem simples, popular e didtica com que os temas foram tratados, permitindo que todas as pessoas pudessem compreend-los sem rodeios, sem receios e sem meias palavras. Indito pela pessoa que o idealizou, montou e concretizou, sendo eu mesma mdium h tanto tempo e poucas vezes tendo visto os prprios mdiuns falarem e esclarecerem sobre mediunidade. Indito para mim que, mesmo estando em contato com a mediunidade h mais de 25 anos e envolvida com cursos medinicos h alguns anos, nunca tive a oportunidade de tratar do assunto de forma to aberta e abrangente, para um pblico to ecltico. justamente por seu carter inusitado que este trabalho no tem, como nunca teve, a pretenso de ser definitivo ou de fechar questo em qualquer dos temas e conceitos que explora. Muito pelo contrrio, por saber-se inusitado que, acima de tudo, pretende ser apenas mais uma contribuio que merea ser modificada, aperfeioada, complementada, enriquecida, criticada, analisada e posta prova por aqueles que realmente se interessam pelo assunto, estudando e observando os mdiuns e os fenmenos medinicos. Se alcanarmos este merecimento da anlise sria e da crtica construtiva e responsvel, j nos daremos por felizes, pois teremos, com certeza, cumprido o papel original a que nos propusemos: promover o conhecimento da mediunidade por meio de dilogo franco, aberto e universalista.
Masa Intelisano
Outubro de 2004
A. Introduo
1. ENERGIAS e BIOENERGIAS
a) Definio
A palavra energia vem do grego ENRGEIA e significa atividade ou movimento. O prefixo bio tambm vem do grego BIOS e significa vida. Assim, energia movimento ou atividade, e bioenergia o movimento ou atividade da vida ou de tudo o que vivo; ou o movimento/atividade que caracteriza tudo o que tem vida. Hoje a Fsica j reconhece que tudo no universo energia, em variados graus de condensao. Assim, at a matria mais grosseira de que feito o nosso corpo fsico energia e, portanto, movimento.
As energias que os seres vivos absorvem e metabolizam so oriundas de fontes variadas, tais como o Sol, o espao infinito, o prprio planeta, a gua, os outros astros do universo, e outras fontes bsicas como: ar atmosfrico, atravs do aparelho respiratrio e da pele; alimentao com slidos e lquidos, atravs do aparelho digestrio; absoro de energia pelos chacras; sono, atravs da descoincidncia dos veculos de manifestao da conscincia; projeo da conscincia, atravs da absoro energtica no plano astral. Os ocultistas orientais dividiram essas energias em trs grupos principais distintos: Fohat (eletricidade): energia conversvel em calor, luz, som, movimento, etc.; Prana (vitalidade): energia integrante que coordena as molculas e clulas fsicas e as rene num organismo definido. O prana, por sua vez, divide-se em cinco tipos: Prana - concentra-se no crebro e move-se para baixo governando a respirao. Est ligado inteligncia, sensibilidade, s funes motoras principais. Penetra no corpo sutil pelo chacra da coroa ou coronrio, situado no alto da cabea, e pela inspirao do ar passando pelas narinas. o principal tipo de energia csmica. Vyana - concentra-se no corao. Age no corpo inteiro governando o sistema circulatrio, as articulaes e os msculos. captado do ar inspirado nos pulmes e da energia dos alimentos. Samana - concentra-se no intestino delgado, governa o aparelho digestivo e captado principalmente pela energia vital doa alimentos vivos (sementes, frutas, etc.). Udhana - concentra-se na regio da garganta e governa a fala, o teor da voz, a fora vital, a fora de vontade, o esforo, a memria e a exalao do ar. captado sobretudo da energia que advm do chacra da garganta. Apana - concentra-se no baixo ventre, governa a evacuao e a mico, a potncia sexual, o fluxo menstrual e o processo de parto. captado pelo chacra localizado na base da coluna, bsico, e pelo dos rgos genitais (chacra sexual ou gensico).
Kundalini (fogo serpentino): energia primria, violenta, estruturadora das formas. oriunda do centro do planeta, tambm captada pelo chacra bsico.
d) Energias e alimentao
Assim como as pessoas, os alimentos tambm tm energias e caractersticas prprias. H os mais densos e os mais leves, os mais excitantes e os mais calmantes, os mais e os menos gordurosos, os de mais difcil digesto, os mais ricos em vitaminas, em protenas, em gua, etc. Cada uma dessas caractersticas fsicas tem o seu correspondente energtico, ou seja, de acordo com as caractersticas materiais de um determinado alimento possvel determinar algumas de suas caractersticas bioenergticas. E essas caractersticas devem ser sempre consideradas pela pessoa em sua alimentao, de acordo com suas prprias caractersticas, necessidades e atividades, fsicas ou espirituais. No entanto, no h receita, no h regra, no h certo e errado, no h melhor ou pior, pois as qualidades morais/espirituais/energticas de uma conscincia s so determinadas por seus pensamentos e sentimentos, no por sua alimentao, muito embora os alimentos possam INTERFERIR em suas energias. Assim, RECOMENDA-SE, SUGERE-SE, que o consumo excessivo de determinados alimentos seja EVITADO por mdiuns e pessoas com atividades espirituais e energticas regulares, especialmente nos dias de trabalho. Com base nas caractersticas materiais, fica fcil determinar quais so alguns destes alimentos: carnes, principalmente as vermelhas, por serem de mais difcil digesto, sobrecarregando o sistema digestrio, alm de, muitas vezes, estarem carregadas das energias de medo e angstia porque passou o animal no momento do abate. Os animais de carne vermelha, em geral, so mamferos e tm j uma conscincia primitiva mais individualizada que lhes permite imprimir em seu corpo fsico as energias dessas emoes mais densas. J os animais de carne branca tm um nvel de conscincia mais primitivo e mais grupal, e no conseguem ter essa percepo de si mesmos e do momento do abate.
Sobre o efeito da carne vermelha para o mdium, vejamos tambm o que diz o Dr. Ricardo Di Bernardi em sua coluna: Os amigos espirituais nos falam que bom evitar carne vermelha nos dias de sesso medinica. Dizem eles que a carne dos mamferos possui energia vital de densidade muito semelhante nossa, o que leva a uma aderncia maior desta energia ("fluido vital) ao nosso campo de energia vital. Vamos emitir uma hiptese como exerccio de raciocnio, e no como verdade doutrinria. Lembramos que o mamfero foi morto precocemente, portanto cheio de vida, ou seja, de energia vital em seus tecidos para uma encarnao de muitos anos ainda. Sua carne, portanto, encontrava-se plena de energia vital ("fluido vital"). Parte deste fluido vital permanece nos matadouros e costuma ser vampirizada pelos espritos enfermos e desequilibrados que tenham o corpo astral (perisprito) muito denso. Outra parte desta energia vital, no sendo vampirizada, e no retornando massa de energia do universo, como ocorre nas mortes naturais, fica impregnada na carne. Ao ingerirmos a carne (nos referimos, em especial, aos mamferos), h uma decomposio ou fragmentao de seus subcomponentes (aminocidos, etc.), os quais sero absorvidos pelo nosso sangue. A energia vital tambm absorvida, encaminhando-se para o nosso corpo vital (denominao de Kardec), ou corpo etrico, que o campo de energia fixadora do perisprito ao corpo biolgico. Este cor-
Estas so apenas SUGESTES bsicas e cada um deve adapt-las s suas prprias necessidades e caractersticas, acrescentando ou retirando itens desta lista, sempre que julgar conveniente. Alm destes alimentos, citaramos tambm as drogas, em geral, inclusive o fumo, de qualquer tipo, e os medicamentos que atuam diretamente sobre o sistema nervoso, como que interferem na qualidade de nossas energias vitais e, consequentemente, na qualidade do nosso trabalho espiritual.
b) Caractersticas
Em seu livro Viagem Espiritual II, Wagner Borges diz que o duplo etrico observado pelos clarividentes como uma distinta massa de neblina cinza-violeta, debilmente luminosa, que interpenetra a parte densa do corpo fsico e se estende um pouco mais alm deste. Segundo o parapsiclogo brasileiro Hernani G. Andrade, o duplo etrico parece ser mais uma matriz energtica do que propriamente um corpo. um campo de fora vital que permeia cada parte do corpo fsico. Ele o pano de fundo, a verdadeira substncia de base para a matria fsica. constitudo de uma trama, ou rede, de ndis de energia, os quais, em suas dezenas de milhares, so entrelaados e formam, em certas localizaes, vrios pontos focais, dos quais os mais importantes receberam dos hindus o nome de "chacras". J Barbara Ann Brennan, em seu livro Mos de Luz, diz que o corpo etrico (a palavra vem de ter, estado intermedirio entre a energia e a matria), se compe de minsculas linhas de energia, qual teia fulgurante de luz, parecidas com as linhas numa tela de televiso. Tem a mesma estrutura do corpo fsico e inclui todas as partes anatmicas e todos os rgos.
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c) Cordo de prata
Tambm chamado de cordo astral, cordo fludico, fio de prata, teia de prata, cordo luminoso, cordo vital, cordo energtico, cabo astral, lao aeriforme, etc., o cordo de prata uma extenso do duplo etrico, formando um conduto energtico que liga o conjunto composto de corpo fsico e duplo etrico ao psicossoma, quando este est projetado, e espelha o grau de desenvolvimento do esprito, H muitas verses sobre onde o cordo de prata estaria ligado ao corpo fsico e ao perisprito. No entanto, como diz Ricardo Di Bernardi, na realidade, a ligao com todo o organismo, de todas as clulas fsicas com todas as clulas do corpo astral (perisprito). Estes minicordes se unem em cordes maiores, regionais, que se unem em um cordo ainda maior. Visto de longe, parece sair do peito ou de outra regio, mas iluso, pois se voc unir trilhes de cordes, que formam outros maiores, at formar um nico quando o corpo astral estiver desdobrado (projetado), ter a impresso de que sai de um ponto s. Sua cor pode variar do prateado brilhante para o cinza chumbo, passando por graus intermedirios. Assim como a densidade que varia proporcionalmente ao desenvolvimento do esprito, ou seja, de acordo com o seu grau de amor, sabedoria e elevao. Sendo de natureza energtica, no pode ser cortado, embaraado, torcido, enroscado, confundido, trocado, amarrado, arrebentado, etc., como temem alguns, e s ser rompido quando o corpo fsico, deixando de funcionar, ou seja, deixando de ter vitalidade, ejetar o psicossoma definitivamente, no processo que chamamos, inadequadamente, de morte. Ou seja, no o rompimento do cordo astral que causa a morte fsica, mas a morte fsica que causa o rompimento do cordo astral.
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Chacra fundamental ou bsico localizado na base da coluna, entre as pernas, sobre o perneo, est ligado s glndulas suprarrenais e se relaciona aos instintos. Controla tambm as funes vegetativas do corpo humano e responsvel pela captao de kundalini, a energia magntica da Terra. Sua cor principal o vermelho e os clarividentes o descrevem com 4 ptalas. Chacra gensico ou sexual localizado no baixo ventre, est ligado s gnadas (ovrios, na mulher; testculos, no homem), sendo responsvel pelo aparelho geniturinrio, pelas funes sexuais e reprodutivas, estando tambm intimamente ligado ao chacra bsico, especialmente na gravidez, para formao do novo corpo do reencarnante. Sua cor principal o laranja e os clarividentes o descrevem com seis ptalas. considerado o chacra da alegria. Chacra gstrico ou umbilical localizado cerca de 1 cm acima do umbigo, est ligado ao pncreas e responsvel pelas funes do sistema digestrio. Sua cor principal o amarelo e os
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Chacra cardaco localizado no centro do peito, est ligado glndula timo, sendo responsvel pelo sistema cardiorrespiratrio. Tem doze ptalas e sua cor principal o verde. o chacra dos sentimentos. Chacra larngeo localizado sobre a garganta, est ligado s glndulas tireoides e paratireoides, sendo responsvel pelo metabolismo, pela boca, os dentes, a garganta e as vias areas superiores. Tem o azul celeste como cor principal e apresenta 16 ptalas. Est relacionado comunicao e expresso e tem grande atuao na mediunidade de psicofonia e na clariaudincia. Chacra da testa ou frontal localizado no centro da testa, um pouco acima das sobrancelhas, est ligado glndula hipfise ou pituitria, e responsvel pelos olhos e nariz, alm de comandar todos os outros chacras. Sua cor principal o azul ndigo e descrito tendo 96 ptalas. Est relacionado s atividades mentais, como raciocnio, memria, lucidez e intelecto, atuando diretamente na clarividncia e na intuio. Chacra da coroa ou coronrio localizado no alto da cabea, est ligado glndula pineal e controla a irrigao energtica do crebro e de todo o sistema nervoso. Sua cor principal o violeta e apresenta mais de 900 ptalas, sendo, por isso mesmo, chamado de o ltus das mil ptalas pelos hindus. o chacra de ligao com o mundo superior e com o cosmos, captando as energias sutis necessrias para o bom funcionamento do organismo. Atua diretamente na telepatia e em todas as mediunidades.
A bem da verdade, cada poro poderia ser considerado um microchacra, de modo que todo o nosso corpo est coberto por minsculos pontos de captao e distribuio de energias.
e) Divergncias de sistemas
Dentre os chacras secundrios, um ganhou status de chacra principal quando o Reverendo Charles Leadbeater, ao estudar o sistema hindu, por motivos pessoais, considerou inadequado e perigoso citar ou trabalhar o chacra sexual, substituindo-o pelo do bao, que passou a chamar de esplnico (do ingls SPLEN, que significa bao). O bao tem um chacra prprio, cuja funo captar fluido vital, mas no um dos principais, j que no est ligado a nenhuma glndula endcrina, como todos os sete do sistema hindu. Por conta dessa substituio, vamos encontrar muitas divergncias na descrio e nomenclatura dos chacras principais, entre os diversos pesquisadores que os estudaram. No entanto, parece ser mais lgico tomar como referncia o sistema hindu, mais antigo e coerente. Alm disso, o estudo mais aprofundado nos leva a perceber diversas correlaes para os sete chacras principais do sistema hindu, as quais no aparecem para os chacras secundrios, inclusive o esplnico. At hoje, uma das melhores snteses e adaptaes de sistemas no Ocidente parece ter sido a de Edgard Armond, quando incluiu o estudo dos chacras na FEESP, na dcada de 40, conforme est em seus livros Psiquismo e Cromoterapia e Passes e Radiaes. Armond estabeleceu um sistema de oito chacras principais, considerando tanto o sexual (ou gensico), que Leadbeater havia suprimido, quanto o esplnico, que Leadbeater havia promovido categoria de principal, no lugar do sexual. Dessa forma, todos os chacras mais conhecidos passaram a ser considerados em seu devido lugar e funo.
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a) Definio e nomenclatura
O Dr. Di Bernardi diz que quando as entidades espirituais se nos tornam visveis, seja pela simples vidncia medinica, seja pelo fenmeno da materializao ectoplasmtica, observamos que elas possuem um corpo semelhante ao nosso corpo fsico. Alis, os espritos nos dizem que ns que possumos um corpo semelhante ao deles. No fenmeno da materializao, to estudado pelo famoso fsico ingls Willian Crookes e pelo prmio Nobel de Medicina e Fisiologia, Charles Richet, os Espritos tornam-se visveis e palpveis a todos os presentes sesso de estudos, e so percebidos e tocados em seus corpos espirituais. Embora a essncia espiritual no tenha forma, pois o princpio inteligente, os Espritos possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com uma fisiologia prpria da dimenso extrafsica. O corpo dos Espritos tambm matria, um tipo especial de matria derivada do fluido csmico universal. Wagner Borges, no livro j citado, diz que o psicossoma pode ser definido como a contraparte extrafsica do corpo fsico, ao qual se assemelha e com o qual coincide minuciosamente, parte por parte. uma rplica exata do corpo fsico em toda a sua estrutura. Zalmino Zimmermann, em seu livro Perisprito, explica perisprito (do gr. PERI, em torno, e do latim SPIRITUS, alma, esprito), o envoltrio sutil e perene da alma, que possibilita sua interao com os meios espiritual e fsico. A palavra foi empregada pela primeira vez por Allan Kardec, no item 93 de O Livro dos Espritos. Mais tarde, os Espritos Instrutores, endossando a designao, passaram a empreg-la regularmente. Tal denominao baseia-se na forma com que se apresenta este complexo fludico, envolvendo a alma. Outras denominaes conhecidas referem-se mais sua natureza e funes. Assim, Andr Luiz, por Francisco Cndido Xavier, chama-o de psicossoma e, tambm, corpo espiritual lembrando, alis, a designao de Paulo, em sua primeira epstola aos Corntios (15:44). Hoje os autores do aos trs termos perisprito, corpo espiritual e psicossoma o mesmo sentido. Embora os estudos sobre o perisprito tenham sido sistematizados s a partir de Kardec, tem sido ele percebido desde pocas imemoriais, recebendo as mais diversas denominaes no curso do tempo. O psicossoma, perisprito, corpo astral, duplo astral, corpo fludico, corpo espiritual, corpo sidreo, aerossoma, mediador plstico, etc., , portanto, o corpo com que nos manifestamos no plano espiritual ou astral, seja projetados durante o sono, seja libertos aps a morte fsica. tambm composto de uma variao do fluido csmico universal, mas numa verso mais light, ou seja, numa constituio mais sutil, de densidade bem menor que a do corpo fsico e menor tambm que a do duplo etrico. Segundo o Espiritismo, o perisprito que funciona como molde para a formao de cada novo corpo fsico e nele tambm que ficam gravadas todas as nossas experincias encarnatrias e tambm aquelas vividas entre uma encarnao e outra, como se fosse uma fita cassete ou um CD-R (compact disc regravvel). V-se aqui, portanto, que o Espiritismo incorpora o duplo etrico ao perisprito, tratando tudo como uma nica estrutura, quando, na verdade, so dois envoltrios diferentes do esprito.
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b) Caractersticas
No livro Evoluo em Dois Mundos, Andr Luiz, pela psicografia de Francisco Cndido Xavier, nos traz uma excelente descrio do psicossoma, dizendo que se trata de uma formao sutil, urdida em recursos dinmicos, extremamente porosa e plstica, em cuja tessitura as clulas, noutra faixa vibratria, diante do sistema de permuta visceralmente renovado, distribuem-se mais ou menos feio das partculas coloides, com a respectiva carga eltrica, comportando-se no espao segundo a sua condio especfica, e apresentando estados morfolgicos conforme o campo mental a que se ajusta. Zalmino Zimmermann, no mesmo livro acima citado diz que lcito conceber-se que o perisprito ao menos para os Espritos ligados crosta terrestre possa ser o resultado da aglutinao da energia csmica matriz (fluido csmico), adequada natureza de nosso planeta, sobre um campo originado da prpria extenso energtica da alma (fora espiritual), comportando-se, depois dessa agregao, como uma estrutura de categoria eletromagntica (de ordem fsica) e formando o envoltrio conhecido como o corpo da alma, necessrio, insubstituvel e perene, j de textura definida como material embora to sutil, que os Espritos da Codificao usaram o termo semimaterial para qualific-la. E mais adiante, em nota de rodap, acrescenta que o campo perispirtico como um todo , na verdade, o resultante de vrios campos estruturadores, correspondentes, cada qual, a um determinado rgo. Sua integrao conjunta responde pelo estado fisiolgico geral.
c) Funes
Segundo Zalmino Zimmermann, as funes do psicossoma podem ser divididas em quatro tipos:
-
instrumental ou seja, o psicossoma serve de instrumento ao esprito no seu intercmbio com os mundos espiritual e fsico. individualizadora serve tambm para individualizar e identificar o esprito, tornando-o nico e exclusivo. organizadora responsvel ainda pela organizao do corpo fsico no processo de reencarnao, servindo de modelo (aqui Zalmino incorpora o duplo etrico estrutura do perisprito, exatamente como fez Kardec na Codificao). sustentadora funciona como captador e distribuidor de energia csmica e vital, alimentando o corpo fsico durante o perodo de encarnao.
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e) Psicossoma e mediunidade
Dadas as suas caractersticas de arquivo e registro de memrias e experincias, mais as de porta-voz energtico do esprito, o psicossoma representa excelente recurso para que os mdiuns possam perceber e identificar melhor as entidades que se aproximam, podendo tambm, com mais treino, perceber seus pensamentos, sentimentos e intenes, facilitando o processo de comunicao. Alm disso, o psicossoma , na maioria das vezes, o elo de ligao entre mdium e comunicante, por ser ele o que ambos tm em comum, mesmo estando em planos de manifestao diferentes.
5. CORPO MENTAL
Segundo Wagner Borges, no livro Viagem Espiritual II, corpo mental o veculo de manifestao pelo qual a conscincia se manifesta usando os atributos da inteligncia (intelecto, intuio, memria, imaginao), etc., mente, corpo do pensamento. ... o veculo atravs do qual a conscincia se manifesta no plano mental. Em relao nossa concepo material, este corpo algo bastante diferente, pois est sujeito a leis diversas das que estamos acostumados e sobre as quais pouco ou nada conhecemos. Considerando a partir de uma anlise tridimensional, o corpo mental no , de modo algum, um corpo, nem subjetiva nem objetivamente, j que ele no est submetido ao do tempo, do espao e da forma. um conglomerado de energias sutis , apresentando-se como uma neblina ovalada de cor branca, dourada ou azul. Assim como o psicossoma interpenetra o corpo fsico durante a viglia fsica, o corpo mental interpenetra o psicossoma. Da mesma forma que o psicossoma considerado como o corpo dos desejos e das emoes, o corpo mental considerado o corpo do intelecto e do sentimento elevado. , portanto, no corpo mental que se encontra registrada a vida mental e intelectual do esprito. De textura muito mais sutil que o psicossoma, de difcil visualizao, mesmo para clarividentes com algum desenvolvimento. O cordo que liga o psicossoma ao corpo mental, por analogia, chamado de cordo de ouro.
a) Definio
Projeo astral, viagem astral, experincia fora do corpo (EFC) ou projeo da conscincia a capacidade que todo ser humano encarnado tem de projetar sua conscincia, seu esprito, para fora do corpo fsico, ou seja, de sair do corpo fsico, enquanto este dorme, com o psicossoma, para atividades no plano astral. No oferece qualquer perigo fsico, espiritual ou psicolgico, e acontece com todas as pessoas encarnadas, todas as noites, embora a maioria no se lembre ou no tenha conscincia do fenmeno.
b) Tipos bsicos
As projees podem ser: involuntrias ou voluntrias conscientes, semiconscientes ou inconscientes assistidas ou no assistidas espontneas ou provocadas
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d) Projeo e espiritualidade
Quando bem estudada e praticada de forma sria, a projeo da conscincia um dos fenmenos que melhor atesta a existncia de vida aps a morte, espritos, etc. Permitindo que a conscincia encarnada passeie pelo mundo espiritual, ou mundo dos desencarnados, a projeo propicia meios para que se estude e observe a vida espiritual in loco, alm de permitir o intercmbio entre as duas dimenses, sem a necessidade de um mdium propriamente dito.
e) Projeo e desdobramento
Uma das grandes discusses em relao projeo astral o uso do termo desdobramento para designar o mesmo fenmeno. Alguns consideram o termo inadequado, j que no h desdobramento da conscincia, ou seja, a conscincia no se divide, mas permanece ntegra no psicossoma, ficando o corpo fsico apenas vegetando, adormecido. Outros, no entanto, referem-se a um desdobramento de corpos, uma vez que o corpo fsico se separa do corpo espiritual durante o fenmeno. Outros ainda admitem o desdobramento da conscincia, em condies muito especiais, de modo que o corpo fsico permanece realizando tarefas normais, enquanto o esprito se afasta com o psicossoma, para outras atividades. Neste caso, o corpo fsico no adormece de fato, mas funciona como um rob, comandado distncia por uma pequena parte da conscincia, sediada no psicossoma. Usado para designar o desprendimento do esprito do mdium de seu corpo fsico, o termo desdobramento muito comum entre os espritas, muito embora seja usado para designar fenmeno ligeiramente diferente. Para os espritas, o desdobramento o fenmeno que ocorre durante o trabalho ou reunio medinica, em que o esprito do mdium, de fora de seu corpo fsico, pode ver e interagir com o mundo espiritual e at mesmo se ausentar do local onde este est, em busca de informaes importantes para o trabalho que realiza. Tambm aqui h alguma divergncia, j que este fenmeno pode no ser necessariamente um desdobramento ou projeo astral propriamente ditos, mas uma clarividncia especial, a distncia, que permite ao mdium enxergar coisas diretamente com o perisprito, sem usar o corpo fsico ou qualquer de suas capacidades psquicas, ou usando recursos energticos fornecidos pelos amparadores e espritos que auxiliam no trabalho. Para arrematar, vejamos o que diz Ricardo Di Bernardi sobre o assunto: Para os mais puristas, no meu caso, dir-se-ia: desprendimento ou desdobramento. H quem considere desdobramento como menos intenso ou menos expressivo do que desprendimento. Andr Luiz veio nos trazer, com outros autores espirituais, a informao de outros corpos: corpo etrico, astral e mental. Como este conhecimento ainda no era da poca de Kardec, no havia a denominao astral. Como esprita convicto, militante, estudioso, presidente da Associao Mdica Esprita de SC, no tenho preconceitos e uso, com naturalidade, todos os termos mencionados, pois so corretos e vlidos.
f) Projeo e mediunidade
Sendo um fenmeno que permite ao ser encarnado conhecer, observar e estudar o mundo espiritual pessoalmente, a projeo astral representa um excelente recurso para que os mdiuns busquem informaes, faam cursos, encontrem instrutores desencarnados, sejam treinados, aprendam tcnicas, estudem fenmenos e conheam mtodos e processos de trabalho, etc., no mundo espiritual, recebendo instrues e informaes que lhes permitam aperfeioar sua mediunidade aqui no plano fsico. Alm disso, quando projetados, nossa viso se amplia e nossa sensibilidade aumenta, de modo que podemos entender melhor fatos e situaes que, no mundo material, fogem nossa compreenso. De posse desse conhecimento, encontramos solues e alternativas para problemas que, na viglia, nos parecem insolveis ou incompreensveis. A projeo consciente, ou desdobramento, praticado por espritas, tambm um recurso a mais para os trabalhos de desobsesso, cura e assistncia, pois permite que os mdiuns tragam informaes
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a) Definio
A palavra AURA vem do latim e significa sopro de ar. Aura o halo luminoso, multicolorido, que envolve e interpenetra o corpo fsico, refletindo, energeticamente, o mundo ntimo da conscincia encarnada, seus pensamentos, sentimentos e experincias. O termo PENSENE foi criado para a Conscienciologia por Waldo Vieira, pela juno das slabas iniciais das palavras pensamento, sentimento e energia (pen + sen + e = PENSENE), e usado para designar o campo energtico, formado, ao redor da conscincia encarnada, pelos seus pensamentos, sentimentos e energias caractersticas. O termo PSICOSFERA foi criado por Andr Luiz para designar o halo energtico de que se revestem todos os seres vivos, onde se refletem os seus pensamentos e desejos. Como vemos, portanto, AURA, PENSENE e PSICOSFERA so sinnimos e podem ser definidos como o campo resultante de emanaes de natureza eletromagntica, que envolve todo ser humano, encarnado ou desencarnado, refletindo, no s a sua realidade evolutiva e seu padro psquico, como tambm sua situao fsica e emocional do momento, espelhando seus pensamentos, sentimentos, desejos, ideias, opinies, etc.
b) Caractersticas
Vejamos o que diz o prprio Andr Luiz, em seu livro Evoluo em Dois Mundos, pela psicografia de Francisco Cndido Xavier: AURA HUMANA Considerando-se toda clula em ao por unidade viva, qual motor microscpico, em conexo com a usina mental, claramente compreensvel que todas as agregaes celulares emitam radiaes e que essas radiaes se articulem, atravs de sinergias funcionais, a se constiturem de recursos que podemos nomear por tecidos de fora, em torno dos corpos que as exteriorizam. Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um halo energtico que lhes corresponde natureza. No homem, contudo, semelhante projeo surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contnuo que, em se ajustando s emanaes do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura. Nas reentrncias e ligaes sutis dessa tnica eletromagntica de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibraes e imagens de que se constitui, a exibindo, em primeira mo, as solicitaes e os quadros que improvisa, antes de irradi-los no rumo dos objetos e das metas que demanda. A temos, nessa conjugao de foras fsico-qumicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada indivduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo em que parece emergir dele, maneira de campo ovoide, no obstante a feio irregular em que se configura, valendo por espelho sensvel em que todos os estados da alma se estampam com sinais caractersticos e em que todas as ideias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhana, como no cinematgrafo comum. Fotosfera psquica, entretecida em elementos dinmicos, atende cromtica variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedoras ou deprimentes. J Barbara Ann Brennan, em seu livro Mos de Luz, diz: O Campo da Energia Humana a manifestao da energia universal intimamente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que cerca o corpo fsico e o penetra, emite sua radiao caracterstica prpria e habitualmente denominado aura. A aura a parte do CEU (Campo de Energia Universal) associada a objetos. A aura humana, ou Campo da Energia Humana (CEH) a parte do CEU associada ao corpo humano. Estribados em suas observaes, os pesquisadores criaram modelos tericos que dividem a aura em diversas camadas. Essas camadas, s vezes chamadas corpos, se interpenetram e cercam umas s outras em camadas sucessivas. Cada corpo se compe de substncias mais finas e de vibraes mais altas medida que se afasta do corpo fsico. Vejamos tambm o que diz Wagner Borges no portal do IPPB (www.ippb.org.br):
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c) A aura e as cores
Como vimos acima, a aura apresenta cores que variam muito em tom, luminosidade, intensidade e brilho, de acordo com o estado mental, emocional, psicolgico, espiritual e fsico do indivduo. Ela funciona, portanto, como um verdadeiro carto de visitas energtico, por meio do qual o clarividente experiente pode traar um perfil bastante preciso do indivduo, desde que saiba interpretar corretamente o que v. Em cada cor, cada movimento, cada brilho, cada textura, cada forma encontrada na aura de algum, est tambm um pouco de sua personalidade, de sua histria presente e passada -, de seus anseios e crenas, de suas qualidades, sem que, para isso, seja necessria qualquer interferncia direta do esprito, j que esta emanao independe de sua vontade e acontece de forma espontnea.
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Pela experincia, alm do que nos diz Ted Andrews, podemos acrescentar ainda os seguintes comentrios sobre a presena das cores na aura humana: Vermelho - quando brilhante, lembrando o rubi, a cor da atividade, da ao e da capacidade de realizao, do movimento, dos instintos equilibrados. Quando embaada, pode representar desejo de vingana, fanatismo ou tendncia violncia. Laranja quando claro e brilhante, indica alegria, boa disposio, equilbrio e versatilidade, mas quando escurecido ou sujo pode indicar desnimo, desinteresse pela vida, apatia. Amarelo se claro, brilhante e luminoso, indica intelectualidade equilibrada, inteligncia, bom uso dos conhecimentos, ideias claras, etc. Aparece muito em pessoas ligadas ao ensino, pesquisa, aos estudos e produo cientfica. Quando acinzentado, escurecido ou sem brilho, indica excesso de racionalidade e ausncia de sentimentos, arrogncia e vaidade, etc. Verde quando brilhante e lmpido, indica sade, vigor, energia, esperana. comum nos profissionais de sade, bem como em doadores de energia e ectoplasma em trabalhos espirituais. Quando impregnado de marrom ou cinza, escuro ou sem brilho, pode indicar problemas de sade ou emocionais, fraqueza fsica e moral, apego, inveja, etc.
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e) Aura e mediunidade
Sendo a aura o campo energtico que o mdium produz e irradia, e que o envolve, natural que seja ela o primeiro elemento de contato entre o mdium e as entidades nas comunicaes medinicas. , portanto, no campo urico do mdium que as entidades comunicantes, elevadas ou no, buscam informaes para estabelecer a sintonia com ele, pela ressonncia vibratria com a sua prpria aura, para depois passar comunicao propriamente dita.
f) Transformaes da aura
A aura humana apresenta, principalmente, dois padres de cor e luminosidade. Um bem instvel e dinmico e reflete as emoes e o estado fsico da pessoa, podendo mudar at de hora em hora, conforme as suas condies de momento. O outro, que chamamos de cor de fundo, mais duradouro e mais estvel, embora no seja esttico, e reflete as caractersticas psquicas e espirituais da pessoa, bem como a sua personalidade. neste segundo nvel que os clarividentes se baseiam para determinar em que tipo de trabalho espiritual a pessoa melhor se adaptar. Assim, por exemplo, pessoas de aura verde so encaminhadas para trabalhos de cura ou desobsesso, pessoas de aura amarela so encaminhadas para o ensino ou palestras, e pessoas de aura rosa so encaminhadas para trabalhos com crianas e idosos ou para a assistncia social. No entanto, mesmo esta cor de fundo de uma aura pode mudar com o passar dos anos, refletindo no s o prprio amadurecimento psicolgico da pessoa ao longo da vida, bem como as adaptaes energticas por que passou ou est passando para melhor desempenhar suas funes sociais, profissionais e tambm espirituais. Assim, algum que tem a aura amarela na adolescncia, por ser timo aluno, por exemplo, pode vir a ter a aura verde algum tempo depois de entrar para a faculdade de Medicina ou Enfermagem. Isso no significa que o amarelo desapareceu ou que a pessoa deixou de ser bom aluno, mas que a sua aura sofreu uma mudana para se adaptar s novas exigncias energticas de suas atividades profissionais. Nesse caso especfico, pode acontecer de termos verde e amarelo em sua aura de fundo, refletindo tanto a sua atividade na rea da sade como seu gosto pelo estudo.
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O duplo etreo, tambm conhecido como corpo energtico, no parte do perisprito, mas um veculo intermedirio entre o corpo fsico e o perisprito, que possui chacras ou centros de fora etreos. O duplo se projeta para alm do corpo fsico e forma uma aura a aura etrica, uma emanao leitosa e de aspecto ovalado. Alguns autores, por considerarem o duplo mais ligado ao corpo fsico, designam a aura etrica como a aura da sade: um vidente, atravs de um exame acurado, pode avaliar o estado fsico do indivduo e localizar enfermidades. A aura perispiritual ou astral, ou simplesmente aura, a projeo do perisprito para alm do limites fsicos e se revela como uma espcie de emanao bem mais brilhante e difana que a aura etrica. Atravs dela, um mdium estabelece o retrato psquico-espiritual do indivduo, uma vez que os pensamentos e emoes se refletem na aura, antes de alcanar o corpo fsico. H ainda alguns pesquisadores no Brasil, Alemanha e Rssia, que afirmam que o efeito Kirlian no nem mesmo a foto do duplo. Para eles, seria apenas a foto do efeito luminoso causado pela ionizao dos gases expelidos pelo corpo humano. Seja como for, a foto Kirlian tem sido de grande valia em estudos feitos em trabalhos medinicos e de passe, como instrumento de medio dos efeitos da aplicao energtica e do transe no fsico do mdium, da absoro do passe nos assistidos, bem como para identificar o indivduo que tem capacidades paranormais e/ou medinicas. Alm dessa aplicao, a foto Kirlian hoje j vem sendo usada tambm em Medicina e Psicologia, como um recurso a mais para detectar e diagnosticar doenas e distrbios, avaliar o efeito de medicamentos e terapias em pacientes, bem como para acompanhar o progresso deles frente aos tratamentos aplicados.
8. ECTOPLASMA
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b) Caractersticas
Fazendo um resumo das informaes trazidas por Hernani G. Andrade, no livro j citado, em que trata do ectoplasma apenas como elemento dos fenmenos de materializao, podemos dizer que tem as seguintes caractersticas: todas as pessoas so capazes de produzi-lo de maneira discreta e restrita, mas h aqueles que o produzem de forma mais abundante. assume aspectos muito variados, desde a forma mais sutil e invisvel, at o estado slido e organizado em estruturas complexas, passando por outros estados como gasoso, plasmtico, floculoso, amorfo, leitoso, filamentoso, lquido, etc. quando no estruturalmente organizado, sensvel luz comum. na maioria dos casos, liberado pelos principais orifcios do corpo, como boca, nariz e ouvidos, bem como pelos poros. alguns cientistas, no fim do sc. XIX e incio do sc. XX, descrevem-no como matria esbranquiada, que surge, inicialmente, em estado gasoso ou nebuloso, parecendo difusa, como fumaa. de acordo com anlises realizadas na mesma poca, trata-se de substncia albuminoide com elementos de gordura e clulas humanas, especialmente glbulos brancos e clulas da pele, e caractersticas de material proteico, sugerindo ser derivado do corpo humano fsico. sua cor pode ser acinzentada, branca, amarelada, malhada ou negra, e sua consistncia pode ser, s vezes, semilquida, podendo apresentar-se tambm poroso e lustroso. a sensao ao toque tambm varia de acordo com o seu estado, podendo ser de teia de aranha, untuosa, viscosa, mida, fria, etc. pode atuar sobre objetos materiais, provocando movimentos, mudanas de forma e marcas. capaz de apresentar-se com dois ou mais aspectos diferentes ao mesmo tempo. extremamente dcil ao comando mental do mdium, dos espritos e de pessoas estranhas junto ao mdium com a mesma facilidade com que exteriorizado, reverte o processo de exteriorizao e volta ao organismo do mdium, sendo reabsorvido.
Matthieu Tubino, em seu livro Um Fluido Vital Chamado Ectoplasma, ainda nos diz que todos os estudos feitos, desde o sculo XIX, sobre as materializaes de espritos e os chamados efeitos fsicos, demonstraram que esses fenmenos ocorrem somente na presena de pessoas que podem fornecer ectoplasma. Isso leva bvia concluso de que os espritos no produzem ectoplasma. Eles apenas podem manipul-lo. Desse modo, pode-se deduzir que o ectoplasma um atributo do corpo fsico, portanto da matria, uma vez que o corpo humano material, embora seja controlado pelo esprito nele encarnado.
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a) Energias afins
Chamamos de energias afins aquelas energias que, derivadas de diferentes fontes, vibram em frequncias semelhantes, podendo entrar, assim, em ressonncia. Ressonncia o fenmeno pelo qual vibraes com frequncias muito prximas se encontram e, movimentando-se juntas, passam a intensificar a vibrao uma da outra. Tudo em ns energia, portanto tudo em ns vibrao. Nosso corpo vibra, nosso pensamento emite vibraes e nossos sentimentos tambm geram diferentes frequncias vibratrias. Sempre que os pensamentos e sentimentos de uma pessoa encontram pensamentos e sentimentos em uma frequncia prxima, passam a vibrar juntos, passam a emitir o mesmo tipo de energia, intensificando a vibrao um do outro, ou seja, fortalecendo os pensamentos e sentimentos um do outro e, consequentemente, as energias tambm. Isso pode acontecer tanto com energias negativas ou mais densas, quanto com energias positivas e mais sutis, j que a questo apenas de sintonia vibratria e no de tipo de energia. Assim, se energias negativas e densas de duas pessoas se encontram, a tendncia NATURAL que entrem em ressonncia entre si e passem a se alimentar mutuamente, aumentando a negatividade. Do mesmo modo, se energias positivas e sutis de duas pessoas se encontram, a tendncia NATURAL que entrem em ressonncia entre si e passem a se fortalecer mutuamente, aumentando a positividade. Segundo amparadores/mentores, quanto mais alta a frequncia vibratria de uma pessoa, melhores as suas qualidades energticas, ou seja, quanto mais acelerada for a sua vibrao, mais elevada a ser e melhor ser a natureza de suas energias. importante no confundirmos afinidade energtica com simpatia. Duas pessoas podem ter grande afinidade energtica, mesmo no simpatizando uma com a outra, j que, alimentando pensamentos e sentimentos semelhantes de rejeio, antipatia e animosidade uma pela outra, apresentam frequncias vibratrias muito similares e, portanto, muito afins, permitindo grande sintonia uma com a outra, mesmo que no se gostem ou nem mesmo se suportem.
b) Energias antagnicas
De modo inverso, energias antagnicas so aquelas que no entram em ressonncia, no se harmonizam, ou seja, no tm qualquer semelhana em seu padro vibratrio, em sua frequncia, chegando mesmo a se repelir ou anular mutuamente. Quando energias antagnicas se encontram, a tendncia NATURAL que a energia com padro vibratrio mais intenso prevalea sobre a energia de padro vibratrio mais fraco, impondo seu ritmo e acelerando a frequncia da outra energia. Assim, a tendncia que energias positivas e sutis prevaleam sobre energias negativas e mais densas, modificando seu padro vibratrio para algo mais intenso e, portanto, mais positivo. No entanto, isso nem sempre assim to matemtico, pois, alm de depender da frequncia, isso depende tambm do cuidado e do esforo despendido pela pessoa na manuteno de seu padro vibratrio. Ou seja, para que uma frequncia elevada e mais sutil prevalea, de fato, sobre uma baixa e mais densa no basta ser mais elevada, preciso, tambm, ser mais concentrada, mais estvel, mais constante e mais homognea, persistindo, sem intermitncias, em sua vibrao. Essa informao especialmente importante em grupos medinicos onde se trabalha com entidades desequilibradas e perturbadas. O padro vibratrio de entidades nessa situao baixo, lento, mas pode ser mais constante e homogneo, sendo mais difcil de ser modificado ou repelido. a que entra a capacidade do mdium de elevar seu padro vibratrio, ou seja, de fazer com que suas energias se movimentem mais depressa, com firmeza, constncia e fora, de modo que a vibrao das entidades possa ser modificada ou anulada pela sua, garantindo segurana espiritual para si mesmo e para o grupo, como um todo. J no trabalho com entidades de luz, o mdium deve ser capaz de elevar o seu padro vibratrio, acelerando suas prprias energias, de modo a facilitar o contato e a comunicao, pela aproximao da sua frequncia das entidades comunicantes.
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a) Definio
Sensibilidade energtica a capacidade natural que toda pessoa tem, em maior ou menor grau, de perceber e identificar energias sua volta. diferente de mediunidade e no depende dela, pois no requer a presena ou a ao de outras conscincias para que acontea. Pode manifestar-se por meio de vrios sintomas ou sinais fsicos, e especialmente til aos mdiuns para detectar e identificar entidades e/ou energias nos ambientes que frequenta e nos trabalhos em que atua.
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a) Benefcios
Tudo energia e todos temos o nosso quinho energtico prprio, pelo qual somos responsveis e com o qual convivemos 24 h por dia. Nada mais lgico, portanto, que ns mesmos, maiores e primeiros interessados, cuidemos para que esse quinho seja o mais saudvel e positivo possvel para ns, pelos meios que estiverem ao nosso alcance, como as prticas energticas, por exemplo. Alm disso, ao trabalharmos nossas prprias energias, fazemos tambm um trabalho de autoconhecimento, na medida em que passamos a identificar que tipo de energia temos, que tipo criamos, de que tipo precisamos, que tipo devemos evitar, o que precisamos fazer para alcanar determinado padro energtico, o que interfere nesse padro, para melhor e para pior, etc.
b) Tipos de prticas
H centenas, talvez milhares, de diferentes prticas energticas descobertas, aprendidas ou desenvolvidas pela humanidade no decorrer de sua histria. Nenhuma delas melhor ou pior que outra, por si mesma. Todas so boas e vlidas, para qualquer um, desde que permitam chegar ao objetivo desejado, desde que tragam bem estar, tranquilidade e segurana para a pessoa que as adota. Por isso, ao se escolher uma determinada prtica, preciso observar os efeitos que causa, os benefcios que traz, as consequncias que acarreta, etc., a fim de se persistir nela ou mudar de prtica, se for o caso. Seja como for, a maioria das prticas existentes parece basear-se, principalmente, em quatro princpios bsicos, que so: captao as energias da natureza e do universo esto sempre nossa disposio, em qualquer lugar e a qualquer hora. Se precisamos de uma carga extra ou de uma carga diferencia-
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a) Definio e classificao
A expresso sintomas bioenergticos foi criada por Wagner Borges para designar as reaes fsicas decorrentes da movimentao de energias no campo energtico humano. Podem ser mais ou menos intensos, dependendo do nvel de sensibilidade energtica de cada um. Como se tratam de reaes muito comuns e percebidas por muitas pessoas, devem ser observados com muita ateno e considerados de fundo energtico e/ou espiritual somente quando todas as possveis causas fsicas e/ou psicolgicas j tiverem sido descartadas, inclusive por meio de exames mdicos. Wagner Borges descreveu 50 sintomas bioenergticos j observados por ele em sua experincia espiritual de muitos anos. Dentre estes, destacamos os mais comuns: arrepios so neutros e acontecem quando h interao energtica com entidade desencarnada mais densa. Podem ser causados tambm por pequenas descargas energticas no duplo etrico.
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a) Definio e caractersticas
O prefixo HOLO vem do grego HLOS, HLE, HLON, e significa inteiro, completo, o todo. O termo PENSEN, como vimos, foi criado por Waldo Vieira para a Conscienciologia, para designar a aura ou o campo energtico ao redor da conscincia, formado por seus pensamentos, sentimentos e energias caractersticas. Pela juno dos dois vocbulos, temos o termo HOLOPENSENE para designar a aura do todo, a aura do conjunto, ou seja, o campo energtico resultante da interao e integrao do campo energtico de cada uma das vrias conscincias que fazem parte de um determinado grupo. Assim, podemos falar no holopensene de uma turma de estudantes, de um time de futebol, de uma quadrilha de traficantes, de um hospital, de um edifcio, de um prostbulo, etc., designando o campo energtico formado pelo conjunto de campos energticos individuais que fazem parte de cada um desses grupos ou locais. A palavra EGRGORA vem do grego EGRGOROI, EGREGOREN, e significa velar, cuidar, vigiar. usada pelos espiritualistas, em geral, como sinnimo de holopensene Embora sejam sinnimos, alguns autores preferem chamar de egrgora apenas os holopensenes iluminados, virtuosos, elevados, voltados para o bem, formados com objetivos nobres. Dentro desta definio, toda egrgora seria um holopensene, mas nem todo holopensene seria uma egrgora. Seja como for, sinnimos ou no, holopensene e egrgora funcionam da mesma forma, acumulando energia de vrias frequncias mentais, direcionadas para o mesmo objetivo, formando um complexo energtico nico e exclusivo. Assim, quanto mais poderoso for um indivduo do grupo, mais fora estar emprestando ao holopensene ou egrgora de que faz parte, compartilhando e somando a sua energia dos demais, e, ao mesmo tempo, reabastecendo-se e sustentando-se nela. Aqui usaremos os dois termos com significados diferentes, como preferem alguns autores, inclusive Wagner Borges.
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Em cada uma dessas situaes, o que permite a formao do holopensene justamente a afinidade energtica que temos com as outras pessoas, a sintonia que h entre os nossos pensamentos e sentimentos. Quanto maior a sintonia, mais forte ser o holopensene e, portanto, mais forte ser a ligao com elas e a intensidade e profundidade com que nos influenciamos mutuamente. Sempre que entramos em locais onde j h um grupo estabelecido, entramos em contato tambm com o seu holopensene ou a sua egrgora. Se as nossas energias encontram ressonncia, ou seja, entram em sintonia, ns nos sentimos bem e nos sentiremos atrados a voltar sempre quele local e companhia daquelas pessoas. Se, do contrrio, nossas vibraes no encontram ressonncia com o grupo ou o local, ns nos sentimos deslocados, incomodados, desconfortveis e, com o tempo, iremos abandon-lo. Para o mdium isso ainda mais importante, porque ele, na verdade, no s mdium de desencarnados, mas tambm mdium de encarnados, na medida em que pode captar, assimilar e interagir com a energia, os pensamentos e os sentimentos dos encarnados que esto sua volta, seja em casa, na rua, no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar que frequente.
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14. FORMASFORMAS-PENSAMENTO
a) Definio e caractersticas
Formas-pensamento so criaes mentais modeladas em matria fludica. Podem ser criadas por encarnados e desencarnados, com caractersticas positivas ou negativas. Como o prprio nome diz, so resultado da ao da mente sobre os fluidos mais sutis, criando formas correspondentes ao pensamento externado. Os fluidos que nos rodeiam so altamente plsticos e sensveis ao das ondas mentais. Quando pensamos, as vibraes que emitimos atuam sobre esses fluidos, condensando ou dispersando energias, dando-lhes formas que correspondem natureza e essncia do que pensamos. Vejamos o que dizem Annie Besant e Charles Leadbeater em seu livro Formas de Pensamento: Todo pensamento d origem a uma srie de vibraes que, no mesmo momento, atuam na matria do corpo mental. Uma esplndida gama de cores o acompanha, comparvel s reverberaes do sol nas borbulhas formadas por uma queda de gua, porm com uma intensidade mil vezes maior. Sob este impulso, o corpo mental projeta, para o exterior, uma poro vibrante de si mesmo, que toma uma forma determinada pela prpria natureza dessas vibraes. ... Nesta operao mental se produz uma espcie de atrao da matria elemental do mundo mental, cuja natureza particularmente sutil. Essa matria se amolda, muito facilmente, influncia do pensamento humano. Todo impulso que brote do corpo mental ou do corpo astral cria, imediatamente, uma espcie de veculo temporrio, que se reveste dessa matria vitalizada. Assim, um pensamento ou impulso se converte, durante determinado tempo, numa entidade vivente,... Desta maneira, temos uma forma de pensamento pura e simples, uma entidade vivente, de uma atividade intensa, criada pela ideia que lhe deu nascimento. Se esta forma constituda pela matria mais sutil, ser to poderosa quanto enrgica, e poder, sob a direo de uma vontade tranquila e firme, desempenhar um papel de alta transcendncia.
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Usando ainda os critrios de Besant e Leadbeater, no livro j citado, poderamos classificar as formas-pensamento em trs grandes grupos: a formas que reproduzem a imagem do seu criador so rplicas da imagem que o criador tem de si mesmo, projetadas para lugares distantes. as formas que reproduzem a imagem de um objeto material so rplicas de objetos, lugares e at pessoas em que o criador est pensando. Assim, uma escultura, por exemplo, antes de se tornar realidade no plano fsico, criada no plano fludico, pela mente do escultor. as formas com traos prprios, expressando suas prprias qualidades na matria que atraem estas so formas que s se veem no plano astral, pois assumem as caractersticas das energias que a compem. So visveis apenas aos clarividentes e exigem bastante estudo para se interpretar, corretamente, a sua essncia e natureza, dentro do simbolismo em que se apresentam.
b) Classificao
Dentro de cada grupo, poderamos, ainda, classific-las pela cor, pelo brilho, pelo movimento, pela direo, pelo tamanho, pela preciso de traos, pela nitidez, etc.
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d) Como prevenir
Se larvas astrais so criaes mentais, geradas a partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a preveno se faz, tambm aqui, pelo equilbrio e o controle do que pensamos e sentimos. No h outro meio. Como j dissemos, sintonia a alma do universo. Tudo funciona segundo as suas leis e s viveremos com aquilo que ns mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de ns.
a) Definio e caractersticas
Bloqueios energticos so estreitamentos, obstrues ou redues na velocidade de fluxo nos canais de circulao de energias (meridianos da acupuntura), ou entupimento ou reduo da velocidade de rotao dos chacras, causados por desequilbrios fsicos, emocionais ou espirituais. Podem ser provocados pela prpria pessoa ou mesmo por outras pessoas ou entidades desencarnadas e, geralmente, caracterizam-se, viso do clarividente, por massa de tonalidade escura e aspecto denso pairando prxima ou aderida regio onde est instalado o distrbio. Essa massa pode assumir a forma de nuvem, de visgo, de bolha e outras. Segundo Roberto E. Silva e Ilza A. Silva, em seu livro Diagnstico Bioenergtico Pesquisa Atravs da Clarividncia, na primeira anlise, tudo indica que os bloqueios tm incio no interior do canal, quando as energias comeam a ganhar maior densidade, notadamente na juno do canal principal com os chacras. A partir da, se persistirem os motivos que levaram a essa distoro, pode o bloqueio ir se espalhando para a periferia do chacra, ultrapassar seu dimetro, envolver a parte externa e se estender por toda a rea onde est situado o chacra. s vezes, ocorre um espalhamento que atinge at outros chacras prximos, ficando todos com a mesma cor. Esta a hiptese para as cores dos bloqueios. Exemplo: ao baixar a frequncia, a energia toma a cor proporcional frequncia que se acumula no canal e se espalha. Quando o chacra est lento ou parado, veem-se vrias cores. Quando em rotao normal, vse um brilho tpico de luz (tipo lmpada de 60w acesa). Como j dissemos anteriormente, pensamentos e sentimentos negativos geram energias que tm uma frequncia mais baixa, vibrando menos intensamente. Com a diminuio do padro vibratrio, a energia tende a se tornar mais densa, mais pegajosa, mais viscosa, com movimentos mais lentos, podendo aglutinar-se facilmente. Os bloqueios energticos, em geral, comeam com atitudes, pensamentos e sentimentos negativos da pessoa, repetidos com certa regularidade e por algum tempo, os quais provocam a diminuio da sua frequncia vibratria fazendo com que, consequentemente, suas energias se tornem mais densas e comecem a se acumular em determinados pontos, dificultando, inclusive, o fluxo de energia para outras regies do corpo. Conforme o local onde est instalado o bloqueio, possvel determinar a origem do mesmo. Assim, bloqueios que atingem os rins, por exemplo, em geral tm a ver com pensamentos e sentimentos de medo, insegurana, etc. J os bloqueios que atingem os pulmes so, geralmente, originados em sentimentos de tristeza. Bloqueios que atingem o fgado, nascem da raiva, da clera, da agressividade. E os bloqueios que atingem a sistema digestrio, especialmente o estmago, tm a ver com ansiedade.
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c) Como eliminar
O restabelecimento do fluxo de energias pode ser feito por qualquer tcnica de aplicao de energia, acompanhada de orientao pessoa para que mude seus hbitos, de forma a garantir que eles no voltem a se formar.
d) Como prevenir
A preveno feita pela manuteno de hbitos fsicos, mentais, emocionais e espirituais equilibrados, saudveis, especialmente por meio de pensamentos e sentimentos positivos.
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B. Estudando a Mediunidade
1. DEFINIO
A palavra mdium vem do latim MDIUM e significa intermedirio, que, por sua vez, de acordo com o dicionrio, aquele que est no meio, aquele que serve de mediador, de intrprete. Aplicada espiritualidade, mdium aquele indivduo que serve de mediador entre o plano dos encarnados e o plano dos desencarnados, permitindo ou facilitando o contato e a comunicao entre eles.
2. HISTRICO
Embora o conceito seja relativamente recente, o contato com o mundo dos espritos sempre esteve presente na histria da humanidade e podemos encontrar registros de fenmenos medinicos em diversas escrituras e tradies antigas de vrios povos e culturas, como Egito, Prsia, China, ndia, Grcia, celtas, hebreus, etc. Em todas as pocas da humanidade houve mdiuns e fenmenos medinicos, mas eles s passaram a ser estudados sistematicamente, analisados e suficientemente compreendidos com a codificao do Espiritismo por Allan Kardec, no final do sculo XIX. A mediunidade esteve sempre muito presente entre os homens, principalmente nos meios religiosos, embora tivesse outros nomes e objetivos. Nas tribos humanas primitivas, as manifestaes mgicas quase sempre denotavam a presena de espritos ("almas" ou "sombras" dos mortos). Nas atividades religiosas das civilizaes antigas, a comunicao com "deuses" e "foras espirituais" era comum, ainda que no se falasse em mdiuns e mediunidade. Nessa poca, a faculdade de se comunicar com espritos ou foras correspondentes era exclusividade de sacerdotes, magos, feiticeiros, pajs, santos, profetas, etc., o que no impedia, no entanto, que a mediunidade estivesse presente, ainda que potencialmente, em todas as pessoas.
3. MEDIUNIDADE e MEDIUNISMO
Alguns autores parecem fazer uma diferena entre as palavras mediunismo e mediunidade. Embora os dois termos sirvam para designar a capacidade que os encarnados tm de entrar em contato com os desencarnados, para alguns, mediunismo seria a sensibilidade genrica que todo ser humano tem ao e influncia espiritual, enquanto que mediunidade seria a faculdade que apenas algumas pessoas mais sensveis tm de produzir os fenmenos medinicos, comunicando-se e trocando informaes com os espritos desencarnados, de forma evidente e compreensvel. De nossa parte, no vemos qualquer problema em usar as duas palavras como sinnimos.
4. MEDIUNIDADE E ANIMISMO
a) Definio de animismo
A palavra ANIMISMO vem do latim ANIMA, que significa alma, e foi usada, pela primeira vez, por Alexander Aksakov, em seu livro Animismo e Espiritismo, para designar todos os fenmenos intelectuais e fsicos que deixam supor uma atividade extracorprea ou distncia do organismo humano e, mais especialmente, os fenmenos medinicos que podem ser explicados por uma ao que o homem vivo exerce alm dos limites do corpo. Andr Luiz, em seu livro Mecanismos da Mediunidade, pela psicografia de Francisco Cndido Xavier, define animismo como sendo o conjunto dos fenmenos psquicos produzidos com a cooperao consciente ou inconsciente dos mdiuns em ao. J Richard Simonetti, em seu livro Mediunidade Tudo o que voc precisa saber, diz que animismo, na prtica medinica, algo da alma do prprio mdium, interferindo no intercmbio. Ramatis, no livro Mediunismo, pela psicografia de Herclio Maes, diz que animismo, conforme explica o dicionrio do vosso mundo, o sistema fisiolgico que considera a alma como a causa primria de todos os fatos intelectivos e vitais.
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b) Animismo e mistificao
No entanto, mistificao outra coisa completamente diferente, caracterizada pela fraude consciente do mdium e a simulao premeditada do fenmeno medinico, com inteno de enganar os outros. Mdium mistificador, portanto, aquele que FINGE premeditada e conscientemente estar em transe medinico, recebendo comunicao de espritos desencarnados, quando, na verdade, est apenas inventando a mensagem para impressionar ou agradar as pessoas que a recebem. A atuao anmica do mdium, por sua vez, acontece de forma quase sempre inconsciente, de modo que o prprio mdium dificilmente consegue perceber a sua prpria interferncia ou participao no fenmeno que manifesta, no conseguindo separar o que seu do que criao mental do comunicante, mesmo quando o fenmeno, em si, consciente. o que nos diz Hermnio C. Miranda, em seu livro Diversidade dos Carismas, quando afirma que o fenmeno fraudulento nada tem a ver com animismo, mesmo quando inconsciente. No o esprito do mdium que o est produzindo atravs de seu corpo mediunizado, para usar uma expresso dos prprios espritos, mas o mdium, como ser encarnado, como pessoa humana, que no est sendo honesto, nem com os assistentes, nem consigo mesmo. O mdium que produz uma pgina por psicografia automtica, com os recursos do seu prprio inconsciente, no est, necessariamente, fraudando e, sim, gerando um fenmeno anmico. seu esprito que se manifesta. S estar sendo desonesto e fraudando se desejar fazer passar sua comunicao por outra, acrescentando-lhe uma assinatura que no for a sua ou atribuindo-a, deliberadamente, a algum esprito desencarnado.
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Acontece que, muitas vezes, estas capacidades so despertadas ou desenvolvidas com a ajuda direta de espritos desencarnados, dando a impresso de serem medinicas. Nesse caso, a capacidade anmica, pois da pessoa e poderia se manifestar sem o auxlio de espritos, mas a sua manifestao medinica, pois s acontece quando entidades desencarnadas atuam, com energias e fluidos, sobre os comandos que a controlam. Acontece tambm de, muitas vezes, os espritos desencarnados se comunicarem com as pessoas por meio dessas capacidades anmicas, dando tambm a impresso de serem medinicas. Nesse caso, a capacidade anmica, pois existe independentemente da presena dos desencarnados, mas o uso medinico, j que utilizada para a comunicao ou a transmisso de mensagens de espritos desencarnados para os encarnados.
5. SINTOMAS de MEDIUNIDADE
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Prosseguindo, a pineal capta a onda mental e envia-a s demais partes do crebro. A captao da onda mental ocorre pela anatomia da pineal com a existncia de concrees calcrias em sua periferia que funcionam como uma caixa de ressonncia para esta onda. Aps captada, a onda mental, para ser enviada s outras reas cerebrais, sofre uma modificao. Ela passa de onda eletromagntica para corrente eltrica - impulsos nervosos, e substncias qumicas neurotransmissores. Os prprios impulsos eltricos e neurotransmissores transformam-se uns nos outros durante todo o processo, desde a captao do pensamento realizao do ato, seja como comportamento externo ou evento interno. A informao, porm, mantm-se constante. A transformao de pensamento em alteraes orgnicas, comportamentais e sintomas teve sua evidenciao com a mdica italiana Rita Levy, ganhadora do Prmio Nobel de Medicina na dcada de 80. Ela demonstrou a origem da depresso (um tipo de transtorno de humor): um pensamento triste que permanece por tempo prolongado estimula uma regio do crebro logo abaixo da pineal, o hipotlamo; o hipotlamo secreta um hormnio chamado hormnio estimulador de ACTH, que ir agir na hipfise; a hipfise secreta seu hormnio correspondente, o ACTH, hormnio estimulador da crtex das adrenais, ou glndulas suprarrenais; as suprarrenais secretam seu hormnio, o cortisol, que agir em vrios lugares do organismo.
O cortisol diminui a produo de interleucinas, substncias do sistema imunolgico necessrias ao seu bom funcionamento. Diminui tambm a produo dos fatores trficos neuronais, substncias estabilizadoras do funcionamento do sistema nervoso central e da manuteno das clulas nervosas. Isso determina o aparecimento da doena depresso, tanto os sintomas somticos (propenso a infeces, mal funcionamento do rgos), como os psquicos (tristeza, desnimo, dificuldades variadas). Essa a via especfica de todos os eventos ondulatrios (pensamento) e qumicos que determinam a doena depresso. tos. Mas o mesmo processo ocorre rotineiramente de acordo com o contedo de nossos pensamen-
O funcionamento da pineal prioriza a captao do pensamento do indivduo dono daquele crebro. Isso decorre da formao do corpo humano no tero materno, criado e desenvolvido a partir do perisprito do esprito reencarnante que lhe serve de molde. Todas as clulas de uma pessoa possuem sua marca, uma marca qumica para a identificao do que pertence e do que no pertence ao corpo, possibilitando a destruio de agentes potencialmente lesivos ao organismo (invasores externos ou componentes internos mal funcionantes ou degenerados).
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Quando ocorre a captao do pensamento de mentes "estrangeiras", h uma sobrecarga na pineal e suas funes ficam "excitadas", exacerbadas. As comunicaes da pineal com o hipotlamo estaro ampliadas e, da, haver maior estimulao da hipfise, com grande liberao de hormnios por ela produzidos (geralmente indutores da produo de outros hormnios pelas diferentes glndulas do organismo). Os neuro-hormnios reguladores do hipotlamo chegam hipfise atravs do sangue, pelo sistema de circulao sangunea porta-hipofisal. A hipfise possui vrios tipos especficos de clulas responsveis pela produo de um ou, no mximo, dois hormnios. Respondendo estimulao pelo hipotlamo, a hipsife ir agir na tireoide, crtex suprarrenal, testculos, ovrios, glndulas mamrias, pncreas, ossos e msculos esquelticos (ligados aos ossos e voluntrios). Podemos observar as seguintes alteraes nessas reas (como sintomas de mediunidade): Hipotireoidismo subclnico - os hormnios T3 e T4 esto normais, porm o TSH est com uma baixa discreta, no havendo indicao do uso de hormnios por via oral. A pessoa sente cansao, fadiga constante, pouco interesse pelas coisas que anteriormente lhe eram interessantes, aumento de peso, pele seca, etc. Aumento de cortisol e depresso (j descritos acima) - h sentimentos de culpa exacerbada, tristeza, desespero (que pode levar ao suicdio), desinteresse profundo pelas coisas, dificuldade de concentrao, pensamento lentificado, psicomotricidade lenta e arrastada (todos os gestos, andar), alterao de peso e de sono. Dificuldade na reproduo. Dismenorria - alterao do ciclo menstrual que pode chegar ausncia de menstruao, menstruao dolorosa, tenso pr-menstrual, cistos ovarianos, miomas uterinos. Ginecomastia - aparecimento de mamas ou glndulas mamrias em homens. Lactorria - produo de leite na mulher que no deu lua recentemente.
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Quanto sua inervao, a pineal recebe fibras nervosas principalmente do tipo adrenrgico, isto , cujo neurotransmissor a adrenalina. Portanto, os sintomas de transe medinico decorrente da superexcitao da pineal e dessas fibras nervosas sero aqueles mediados pela adrenalina. De um modo geral, a liberao de adrenalina prepara o corpo para uma luta, imaginria ou no. Essa uma aquisio do desenvolvimento humano quando os homens precisavam lutar para conseguir alimentos. Hoje, essa luta mais interna e predispe o ser humano a penetrar, no um territrio de caa, mas numa regio ainda desconhecida de si mesmo ou de seu universo: o mundo espiritual. Ento, ainda uma busca de alimento, mas de alimento espiritual. A liberao de adrenalina traz tona foras extras para o corpo humano e obedece uma diretriz geral: desviar o sangue para os msculos, retirando-o das vsceras e da pele (que fica branca e as extremidades ficam frias), mas a sudorese aumenta e os pelos ficam eriados, as pupilas ficam grandes (midrase), aumenta a circulao na cabea, predispondo a dores de cabea. A pessoa fica apta a agir mais rapidamente. Agora passaremos aos sintomas de modo mais detalhado: 1. Presso arterial A adrenalina um potente vasopressor, isto , aumenta a presso arterial, principalmente a sistlica (quando o corao se contrai), e menos a diastlica (quando o corao se relaxa). Isso ocasiona um aumento na presso do pulso que bate mais forte, mas a presso mdia cai abaixo do normal antes de voltar ao nvel de controle, o que pode causar tonturas. Ocorre estimulao miocrdica direta levando ao aumento da fora de contrao ventricular (chamada ao initrpica positiva). H aumento da frequncia cardaca (ao cronotrpica positiva). Muitas vezes a pessoa percebe isso como desconforto, ou interpreta como medo ou uma presena desagradvel, quando, na realidade, isso independe do tipo do esprito comunicante. Ocorre vasoconstrio em muitos leitos vasculares, especialmente nos vasos de resistncia prcapilar da pele. A pessoa fica plida e, aparentemente, fria. A frequncia do pulso, a princpio acelerada, pode estar acentuadamente diminuda no auge, por descarga vagal compensadora (mecanismo de compensao prprio do organismo para todas as suas funes), o que pode ser erroneamente interpretado por cansao. 2. Efeitos vasculares a. Pele - ocorre principalmente nas arterolas menores e esfncteres pr-capilares (pequenos vasos sanguneos do corpo e seus mecanismos de regulao de fluxo do sangue), embora tambm as veias e as grandes artrias respondam adrenalina. Vrios leitos vasculares respondem diferentemente. A adrenalina reduz acentuadamente o fluxo cutneo, contraindo os vasos pr-capilares e veias subcapilares. H vasoconstrio cutnea e consequente palidez. A vasoconstrio cutnea responsvel por uma diminuio acentuada do fluxo sanguneo das mos e dos ps e a pessoa fica com ambos frios. A congesto das mucosas subsequente vasoconstrio resulta provavelmente de alteraes na reatividade vascular como resultado de hipxia tissular. b. Msculos - o fluxo sanguneo para os msculos aumentado. Esse efeito vascular independente dos efeitos reflexos cardacos ou centrais. Isso significa que muito importante que os msculos recebam bastante sangue. O que est de acordo com a necessidade aumentada de energia para o corpo, atravs das reaes qumicas da cadeia respiratria que ocorrem nas mitocndrias, que so em maior nmero nas clulas musculares. Essa energia ser responsvel tambm pela produo aumentada de ectoplasma, produo esta tambm sediada nas mitocndrias. c. Crebro - o efeito da adrenalina na circulao cerebral est relacionado presso arterial sistmica (do corpo). H aumento do fluxo sanguneo cerebral e da captao de oxignio, sem alterar a resistncia vascular. Isso significa que o crebro estar funcionando muito, mas as eventuais dores de cabea que o mdium pode apresentar no esto relacionadas ao crebro e, sim, ao aumento da quantidade de sangue nos vasos do couro cabeludo e ossos da cabea. importante salientar que o tecido cerebral nunca di.
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O aumento do fluxo de sangue nos vasos coronarianos necessrio para preservar a integridade do miocrdio que est trabalhando mais durante o transe. Contudo, pessoas que tm problemas nesses vasos tendero a aument-los mais. 3. Efeitos Cardacos A adrenalina um poderoso estimulante. Age diretamente no miocrdio, clulas do marca-passo e tecidos de conduo (do ritmo cardaco). Essa estimulao independente das alteraes da funo cardaca secundria ao retorno venoso aumentado e a outros efeitos vasculares perifricos. interessante notar que, sendo uma funo essencialmente de doao, a mediunidade se utiliza em larga escala do funcionamento do corao, o rgo cuja relao psquica a doao. A frequncia cardaca aumenta e, muitas vezes, o ritmo cardaco alterado. Os mdiuns, portanto, tendem a apresentar arritmias cardacas. A sstole cardaca (contrao da musculatura do corao), mais curta e mais poderosa. O dbito cardaco (quantidade de sangue que o corao ejeta e manda para o corpo) aumentado. O trabalho do corao e o consumo de oxignio so aumentados acentuadamente. A eficincia cardaca (trabalho realizado em relao ao consumo de oxignio) diminuda. O eletrocardiograma (ECG) tambm apresenta alteraes:
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A mediunidade no age como um exerccio aerbico que melhora o funcionamento cardaco. Antes ela representa uma estimulao que precisa ser bem dosada para que se obtenham os melhores resultados. 4. Efeitos sobre os msculos lisos Os efeitos so variveis nos diferentes rgos. A musculatura lisa gastrintestinal relaxada. O tnus intestinal diminui, a frequncia e amplitude das contraes espontneas so reduzidas. O estmago geralmente relaxado e os esfncteres, pilrico e ileocecal, so contrados. No entanto, esses efeitos dependem do tnus pr-existente na musculatura do estmago. Se ele j estiver baixo, ocorrer contrao. Isso justifica a necessidade de alimentao leve antes das sesses medinicas e por qu, algumas vezes, o estmago parece "torcer-se". A adrenalina relaxa o msculo detrusor da bexiga e contrai o trgono e os msculos do esfncter. Isto pode resultar numa hesitao na mico e contribuir para a reteno de urina na bexiga. Havendo reteno, a possibilidade de formao de clculos vesicais aumenta a longo prazo. 5. Efeitos Respiratrios A adrenalina estimula a respirao, mas um efeito breve. Ela afeta a respirao mais significativamente atravs de suas aes perifricas, particularmente relaxando a musculatura brnquica. Possui uma ao broncodilatadora poderosa, mais evidente quando a musculatura brnquica est contrada devido a doenas como asma. H aumento da capacidade vital e alvio da mucosa brnquica. Provavelmente isso ocorra por diminuio da liberao de histamina. A adrenalina aumenta a frequncia respiratria e o volume corrente, reduzindo, assim, o contedo de gs carbnico nos alvolos. Sabendo-se da necessidade aumentada de oxignio durante o transe medinico, esse aumento da funo respiratria coerente e facilmente previsvel. 6. Efeitos metablicos A adrenalina eleva as concentraes sanguneas de glicose e de lactato. O efeito predominante sobre a insulina o de inibio. A adrenalina diminui a captao de glicose pelos tecidos perifricos, em parte pela ao da insulina, mas estimula a glicogenlise (quebra da molcula de glicose armazenada), na maior parte dos tecidos. O transe medinico consome glicose, inclusive aquela armazenada pelo corpo, levando a perda de peso. No se deve descuidar, portanto, do consumo de glicose durante o transe medinico. preciso que, antes da sesso, o mdium tenha se alimentado. A alimentao deve ser forte o suficiente para prover a quantidade necessria de glicose e leve o bastante para no pesar no estmago, j que o sangue est desviado para fora dessa vscera. Ocorre aumento na concentrao de cidos graxos livres no sangue pela ativao da lpase (enzima que digere gordura). A gordura depositada na musculatura e no fgado, provavelmente devido quantidade aumentada de cidos graxos no sangue. Ocorre ainda aumento de colesterol, fosolipdios e lipoprotenas, aumentando tambm a incidncia de arteriosclerose e doenas da artria coronariana. A ao calorignica (aumento do metabolismo), refere-se a um aumento da ordem de 20 a 30% no consumo de oxignio. O mdium tem uma sensao de calor e os gastos de energia diminuem o peso. 7. Efeitos variados A adrenalina promove reduo no volume plasmtico circulante, pela perda de lquidos sem protenas para o espao extracelular, aumentando assim as concentraes eritrocitrias (de glbulos vermelhos), e de protenas plasmticas. Isso deve ser cuidado com a ingesto de lquidos antes da sesso, pois o mdium sentir sede e a falta de lquido circulante predispe formao de clculos renais, na vescula e na bexiga. Ocorre aumento na contagem leucocitria total (nmero de glbulos brancos, responsveis pela defesa imunolgica do organismo), mas causa eosinopenia (diminuio dos glbulos vermelhos). Alteraes do hemograma podem aparecer sem estar acompanhadas de sintomas de anemia ou diminuio na capacidade de reagir a infeces, gripes e resfriados.
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No corpo humano, as clulas apresentam estruturas, lugares especficos para cada funo, que so as organelas. Em todas as clulas humanas h a organela responsvel pela produo de energia: as mitocndrias, local onde ocorre a respirao celular. O processo qumico da respirao consiste basicamente em deslocar eltrons de um complexo (substncia cuja molcula grande), para outro, at chegar ao oxignio - o receptor final de eltrons. A passagem de eltrons de um para outro complexo libera energia na forma de ftons (onda eletromagntica de luz), que armazenada numa molcula especial: o trifosfato de adenosina ou ATP. Sempre que h necessidade de energia, qualquer clula do organismo ir recorrer s molculas de ATP, bastando retirar um fosfato e transformar em ADP (adenosina difosfato). A transformao em monofosfato menos energtica. Esses ATP's formados nas mitocndrias podem ser usados imediatamente ou podem ser guardados pelo organismo, na forma de gordura (tecido adiposo). Paralelamente formao dos ftons, ocorre um escape energtico da energia que est agregada ao fluido vital da pessoa, fabricando o ectoplasma. Esse processo est na dependncia do gene contido na mitocndria, um gene circular que no faz parte dos genes nucleares. Cada mitocndria possui um gene circular e o nmero de mitocndrias numa clula muito varivel. Os msculos estriados (msculos esquelticos), so as clulas que mais tm mitocndrias, podendo chegar a um total de 300 dessas estruturas numa nica fibra (clula muscular). Pessoas com abundante produo de ectoplasma so mais sensveis s percepes medinicas, pois o veculo do pensamento em grande quantidade facilita isso. Essas percepes podem ser de-
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Em nveis ainda menores, ondulatrios ou de conscincia, os sintomas que a pessoa ir sentir devidos mediunidade ocorrero na rea psquica e sero sintomas mentais, vivncias internas e/ou comportamentais. Os fenmenos medinicos sempre ocorrem com uma alterao do nvel de conscincia, isto , do estado de viglia, do quanto estamos acordados e despertos para o mundo nossa volta. Naturalmente, o nvel de conscincia de uma pessoa oscila durante o dia a cada 90 minutos: a pessoa como que "adormece" e volta a acordar, repetindo o ciclo vrias vezes. Essas variaes normais da conscincia predispem ao transe medinico, quando o nvel rebaixado aprofundado e a durao prolongada. Com isso, h uma dificuldade em perceber a realidade, o mundo e as coisas ao redor, as quais parecem diferentes, com menos densidade e peso, estrutura. a desrealizao, uma sensao de estranheza para com as coisas. Concomitantemente, a pessoa sente-se tambm ela estranha, como se no existisse uma relao contnua entre ela agora e a de minutos atrs, como se ela tivesse se tornado uma outra pessoa, mas no totalmente diferente dela. a despersonalizao. Observam-se oscilaes bruscas de humor, irritabilidade, tristeza, tendncia ao choro ou euforia, alegria exagerada, sem motivo, pueril e tendendo facilmente irritao e briga. Pensamentos recorrentes, repetitivos, so frequentes, sejam sobre assuntos complexos (o futuro da pessoa, sua capacidade de realizao, autoestima), sejam sobre questes triviais (brigar com o vizinho, intolerncia). A capacidade crtica est prejudicada e a pessoa parece no entender explicaes recebidas, repetindo a mesma frase ou deciso anterior, apesar de ter prestado ateno conversa. A capacidade de concentrar-se tambm diminui e a pessoa fica dispersiva, distrai-se com qualquer coisa. Seu pragmatismo, a capacidade de realizar coisas teis, diminui. H, porm, um juzo preservado e a pessoa tem conscincia de todos esses sintomas e sofre com isso. Essa percepo correta do que est acontecendo importante para diferir, psicopatologicamente, os fenmenos medinicos dos quadros de psicose. Em nveis psquicos mais profundos, subconsciente, tambm h alteraes. No crebro humano, h uma regio importante bem no meio, o hipotlamo. Por estar na parte interna do crebro, essa regio no cortical (parte mais externa), e, por isso, no consciente - apenas o que ocorre no crtex cerebral consciente. No hipotlamo esto os ncleos nervosos responsveis pelos comportamentos psicobiolgicos bsicos, de sobrevivncia. Isso no exclusivo do ser humano e chamado de crebro reptiliano, um crebro de lagartixa que prov apenas a vida daquela criatura e de sua espcie. Os comportamentos psicobiolgicos so quatro: fome, sono, agressividade e sexualidade. Na mediunidade, todos podem estar alterados, mas o mais comum a alterao de um ou dois, que se alterna com a dos outros no decorrer do tempo. A fome pode estar aumentada (como j foi visto) ou diminuda, numa negao da vida. O sono pode estar aumentado ou diminudo ou fragmentado. Sendo uma das fases do ciclo sono-viglia que mais depende do relgio biolgico humano, est em relao direta com o funcionamento da pineal. Sempre que afetado, para mais ou para menos, ser um sono de baixa qualidade, no reparador. O sono coloca a pessoa encarnada em contato direto com o mundo espiritual. As perturbaes do sono representam, portanto, perturbaes desse intercmbio. Assim, os perodos de adormecer e despertar so importantes para o preparo do sono e no trazer suas recordaes. A agressividade estar aumentada, determinando comportamentos de irritao, intolerncia, discusso e brigas, at de violncias fsicas. quando voltada para si, a agressividade exacerbada torna-se a base dos transtornos de humor (depresso ou mania), do transtorno obsessivo compulsivo (TOC), das fobias (medos especficos), da sndrome de pnico (desespero perante a vida e principalmente diante do limite da morte). Pode tambm chegar autoviolncia fsica - o suicdio. A sexualidade estar comprometida (no no sentido de homo ou heterossexualidade), com comportamentos bizarros (perverses) e perda de domnio (compulses). Alm disso, e muito mais frequen-
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6. MECANISMOS da MEDIUNIDADE
a) Acoplamento urico
Chamamos de acoplamento urico ou envolvimento (denominao criada por Edgard Armond) completa interao entre mdium e comunicante, por meio de suas auras. A entidade se aproxima do mdium e o abraa com a sua aura. Estabelecida a sintonia, a aura do mdium se mescla da entidade, formando um nico campo energtico, por onde so transmitidas as ondas mentais e as energias entre ambos. Quanto maior a sintonia, mais homogneo e estvel ser este campo e, portanto, mais eficiente o acoplamento, permitindo maior fluidez na comunicao e no trabalho a ser desenvolvido.
b) Circuito medinico
Chamamos de circuito medinico a corrente energtica formada entre os mdiuns durante um trabalho medinico. Segundo Carlos Torres Pastorino, em seu livro Tcnica da Mediunidade, a mediunidade pode ser medida e considerada com todos esses termos (vibrao, perodo, frequncia, onda e corrente). A diferena reside nisto: a corrente eltrica produzida por um gerador, e a corrente mental produzida pela nossa mente e transmitida por nosso crebro. No crebro temos uma vlvula que transmite e que recebe, tal como um aparelho de rdio. Vejamos, ento, alguns termos de eletricidade aplicados mediunidade, na explicao do autor: Vibrao, onda e corrente As vibraes, as ondas, as correntes utilizadas na mediunidade so as ondas e correntes de pensamento. Quanto mais fortes e elevado os pensamentos, maior a frequncia vibratria e menor o comprimento de onda. E vice-versa. Frequncia ... cada crebro pode emitir em vibraes ou frequncia alta ou baixa, de acordo com o teor dos pensamentos mais constantes. O amor vibra em alta frequncia; o dio, em baixa frequncia. So polos opostos. Quanto mais elevados os pensamentos, em amor, mais alta a frequncia e mais elevada a ciclagem. ... O que eleva a frequncia vibratria do pensamento (vimo-lo,) o amor desinteressado; abaixa as vibraes tudo o que seja contrario ao amor: raiva, ressentimento, mgoa, tristeza, indiferena, egosmo, vaidade, enfim qualquer coisa que exprima separao e isolament. Ondas amortecidas ... atingem rapidamente um valor mximo de amplitude, mas tambm rapidamente decrescem, no se firmando em determinado setor vibratrio. ... Na mediunidade,
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Indutncia - a inrcia da eletricidade, na mudana de uma direo para outra, na vibrao.... Na mediunidade observamos tambm o fenmeno da indutncia, que provoca muitas vezes momentos de silncio. O mdium treinado permanece calado, nesses momentos. O no desenvolvido intromete a pensamentos seus, colaborando na manifestao externa. Se a indutncia muito grande, a comunicao torna-se imperfeita e falha. Isso pode ser causado por defeito do aparelho receptor (mdium) ou do aparelho transmissor (esprito). Qualquer dos dois, sendo humanos, pode ser fraco e apresentar indutncias muito fortes, hiatos longos. Corrente contnua ou alternada (Nossos pensamentos) Podem permanecer em corrente direta, quando concentrados em dado objetivo permanentemente: emitimos, apenas. Mas podem passar a corrente alternada, quando emitimos e recebemos alternadamente; isto , lanamos o pensamento e obtemos a resposta. Tambm a mediunidade pode consistir numa corrente direta, quando caminha numa s direo (do esprito para o mdium), numa passividade absoluta. Ou pode ser executada em corrente alternada, quando o mdium age, com seu pensamento, sobre o esprito. Campo eltrico Uma reunio medinica forma, inegavelmente, um campo eltrico ou magntico. Quanto mais estiver o ambiente carregado de eletricidade ou magnetismo positivo, mais eficiente ser a reunio. Quanto mais esse ambiente estiver permeado de foras negativas, mais perturbada a reunio. ... Quem pretende fazer reunies espritas (eletromagnticas), sem preparar antes o campo eltrico-magntico, sujeita-se a decepes de toda ordem, a interferncias, a fracassos. ... Note-se, porm, que o campo eltrico pode tambm ser perturbado por entidades desencarnadas que tm a mesma capacidade que as encarnadas de emitir ondas eletromagnticas de pensamento. Condensadores No ambiente medinico, os assistentes e mdiuns so verdadeiros condensadores, que formam o campo eletromagntico. Entre cada criatura existe o material isolante (o ar atmosfrico). E por isso o campo se tornar mais forte quando houver mais de uma pessoa. Aqueles que no so mdiuns, funcionam como os condensadores fixos, que recebem e emitem energias num s comprimento de onda, no sendo capazes de distinguir as diversas estaes transmissoras (os diversos espritos), no podem, por isso receber e transmitir as mensagens deles. As ideias ficam confusas e indistintas. J os mdiuns so verdadeiros condensadores variveis, com capacidade para selecionar os espritos que chegam. Ento recebem e transmitem cada comprimento de onda por sua vez, dando as comunicaes de cada um de per si. Quanto maior a capacidade do mdium de aumentar e diminuir a superfcie do campo estabelecido pelas placas, tanto maior a capacidade de receber espritos de sintonia diversa: elevados e sofredores. H mdiuns, porm, que parecem fixos em determinada onda: s recebem e transmitem determinada espcie de espritos, provando com isso a falta de maleabilidade de sua sintonia. Para modificar a sintonia, o condensador varivel movimenta as placas, aumentando ou diminuindo a superfcie do campo. Os mdiuns podem obter esse resultado por meio da PRECE, modificando com ela o campo eltrico, e conseguindo assim captar e retransmitir as estaes mais elevadas, os espritos superiores. Acumulador e bateria Cada criatura constitui um acumulador, capaz de armazenar a energia espiritual (eletromagntica). Entretanto, essa energia pode esgotar-se. E se esgotar com facilidade, se houver perdas ou sadas dessa energia com exploses de raiva, ou com ressentimentos e mgoas prolongadas, embora no violentas. ... Os acumuladores nem sempre possuem carga suficiente de energia para determinado fim. So, ento, reunidos em srie, formando uma bateria. Na mediunidade, quando um mdium no capaz de fornecer energia suficiente a ss, rene-se com outros, formando uma reunio. ... Tambm a bateria pode esgotarse. Mas a vibrao das ondas de pensamento e a PRECE podem carregar novamente a bateria. Esse processo , com frequncia, utilizado nas reunies, durante ou aps a manifestao de espritos muito rebeldes, que descarregam a energia: uma prece repe as coisas em seu lugar, infunde novas energias bateria e permite a continuao dos trabalhos. As pontas A eletricidade positiva ou negativa se agrega mais nas pontas ou extremidades pontuadas. Da terem nascido os para-raios. Essa a razo pela qual as mos, os ps e, sobretudo, os dedos, so as partes mais carregadas em nosso corpo. Por esse motivo os passes so
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c) Mdiuns de sustentao
Chamamos de mdiuns de sustentao, aqueles mdiuns que compem a corrente, mas no tm mediunidade ostensiva, ou seja, no do comunicaes diretas, nem apresentam qualquer fenmeno medinico evidente.
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No entanto, se o mdium tem relativo equilbrio e conhecimento do que se passa e de como pode controlar o processo, ajudando, inclusive, ser capaz de manter-se equilibrado at o momento de ser desligado da(s) entidade(s), prestando servio a muitas pessoas e entidades. Por isso a necessidade do estudo e do conhecimento, do autocontrole, da serenidade e do amor incondicional pelo ser humano, seja ele encarnado ou desencarnado.
e) Aparelhos extrafsicos
So aparelhos produzidos pela manipulao e/ou condensao de fluidos astrais, e aplicados, conectados ou ligados remotamente a chacras ou rgos fsicos, provocando alteraes temporrias nas faculdades de pessoas e mdiuns, ou dando-lhes proteo energtica e/ou vibracional. Embora o conceito seja mais conhecido pelo efeito prejudicial de sua aplicao por obsessores, os aparelhos extrafsicos podem tambm ser usados por mentores ou amparadores para provocar, in-
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7. TIPOS DE MEDIUNIDADE
Embora as classificaes sejam humanas e sirvam apenas para facilitar o melhor entendimento do assunto, j que os fenmenos medinicos no obedecem a qualquer critrio que possamos criar para eles, vamos aqui citar dois critrios que julgamos importantes neste nosso estudo, para melhor compreenso da prpria mediunidade e de suas consequncias.
a) Quanto natureza
Segundo Edgard Armond, no seu livro Mediunidade, quanto s causas ou razes de ser, podemos dividir a mediunidade em dois grandes grupos: natural e de prova. Mediunidade natural aquela que advm da evoluo tica e intelectual do prprio indivduo como esprito, aumentando, em consequncia, sua percepo espiritual. Segundo Armond, no livro Prtica Medinica, faculdade prpria do Esprito, conquista sua, quando j adquiriu possibilidades maiores, quando atingiu graus mais elevados na escala evolutiva. ... ...o Esprito, j convenientemente evoludo, senhor de uma sensibilidade apurada que lhe permite vibrar normalmente em planos superiores, sendo a faculdade puramente espiritual. Em Mediunidade, ele ainda acrescenta que a mediunidade natural, sendo um sinal de desdobramento ou apurao de sensibilidade, d ao indivduo mais amplo conhecimento do mundo material em que vive e, ao mesmo tempo, lhe proporciona conhecimentos mais ou menos dilatados dos planos de vida situados em outros mundos. Portanto, em qualquer ponto do Universo em que esteja o indivduo, ela se exerce com as mesmas caractersticas e consequncias, sendo, pois, como dissemos, um fenmeno de constatao e aplicao universais. Quanto maior o grau, o ndice dessa sensibilidade, tanto maior a intuio e, consequentemente, tanto maior o campo que o indivduo abrange na percepo dos fenmenos e dos aspectos da vida csmica. claro que os que possuem hoje sensibilidade j evoluda, colhem o que plantaram em vidas anteriores, recebem o resultado das experincias que j realizaram, das provas que suportaram, e seu nmero restrito. J mediunidade de prova, tambm chamada por Armond de mediunidade-tarefa, aquela recebida em determinadas condies, para utilizao imediata. Segundo ele, em Mediunidade, ... a posse de faculdades no propriamente conquistadas pelo possuidor, ou fruto de sua superioridade espiritual, mas ddiva de Deus, outorga feita a uns e outros, em certas circunstncias e ocasies, para que, no seu gozo e uso, tenham oportunidade de resgatar dvidas, sair de um ponto morto, de um perodo de letargia ruinosa, despertando, assim, para um novo esforo redentor. Em Prtica Medinica, ele diz tambm que ... capacidade transitria, de emergncia, obtida por graa, com auxlio da qual o Esprito pode apressar sua marcha e redimir-se., e ...foi fornecida ao mdium (por) uma condio fsica especial que lhe permite servir de instrumento aos Espritos desencarnados para suas manifestaes. O Esprito ao encamar-se, j trazendo em seu programa a misso medinica, recebe um corpo fsico apropriado, o qual, desde a matriz, sofre as adaptaes necessrias mormente no campo do sistema nervoso cerebral, que afinado para vibrar ao contato das radiaes perispirituais. Por outro lado, como j dissemos, todo Esprito tem um tnus prprio, uma vibrao e luz prprias, que variam segundo suas caractersticas morais; quando, pois, o Esprito, ao encarnar, se prende aos ligames do corpo fsico, passa a irradiar, atravs deste, uma gama, vamos dizer, somtica, global, destes caractersticos, radiaes estas que formam o que, comumente, se chama aura individual. Como resultado, pois, do processo de adaptao sofrido pelo corpo fsico e de sua interpenetrao pelas radiaes uricas individuais, adquire o mdium um grau determinado de sensibilidade que lhe permite sentir, mais ou menos intensa ou amplamente, as impresses do plano hiperfsico. o que diz tambm Ramatis, no livro Mediunismo, afirmando que h grande diferena entre o mdium cuja faculdade aquisio natural, decorrente de sua maturidade espiritual, e o mdium de prova, que agraciado imaturamente com a faculdade medinica destinada a proporcionar-lhe o resga-
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a) Alimentao
Como j vimos, os alimentos interferem diretamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso duplo e em nossa aura, afetando, consequentemente, tambm o nosso psicossoma. Sendo a mediunidade uma hipersensibilizao energtica provocada em nosso perisprito, antes da nossa encarnao, como diz Ramatis, e sendo esta hipersensibilizao transferida para o corpo fsico no momento do reencarne, natural que o organismo do mdium seja ainda mais sensvel s energias dos alimentos do que a mdia das outras pessoas. Considerando ainda que o perisprito, o duplo e a aura so os principais elementos de contato do esprito comunicante com o mdium, como se fossem uma espcie de rgo do tato medinico, natural que qualquer coisa que interfira na sua vibrao, tornando-a mais lenta e mais pesada, e deixe suas energias mais pegajosas ou oleosas, como diz o Dr. Di Bernardi, interferir diretamente tambm no seu grau de sensibilidade, dificultando sua percepo e sua sintonia com as entidades desencarnadas, especialmente as mais elevadas, cujo padro vibratrio mais intenso. por este motivo que o mdium deve ter ateno especial sua alimentao, evitando tudo aquilo que exija esforo exagerado do organismo para ser digerido e tambm aquilo que, com o tempo, ele percebe que no lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho como mdium, amortecendo sua sensibilidade medinica e energtica. Por se tratar de algo individualizado, no h regras ou receitas prontas e cada um deve estabelecer o que melhor lhe convm em termos de alimentos, procurando observar suas prprias reaes, fsicas, psquicas e espirituais, a cada um deles, lembrando sempre que estas reaes podem mudar, e muito, com o tempo, medida que sua sensibilidade for aumentando ou mudando. De qualquer forma, existem, como j falamos, alguns alimentos que a experincia de vrios mdiuns e trabalhadores espiritualistas indica como prejudiciais sensibilidade medinica, por terem caractersticas energticas mais densas ou excitantes. Esses alimentos so as carnes vermelhas, os gros mais gordurosos (amendoim, amndoas, nozes, etc.), caf, chocolate e alguns chs; e os doces (em excesso), que devem ser evitados, pelo menos, nas 24 h que antecedem o trabalho medinico ou energtico. Alm disso, o mdium deve ter sempre a preocupao de manter uma alimentao o mais equilibrada possvel, variando bastante os alimentos, para garantir tambm uma variedade de nutrientes fsicos e energticos, que possam atender a todas as suas necessidades, garantindo tambm a sua sade fsica e energtica. Todo esse cuidado, porm, no deve impedir que o mdium leve uma vida normal, usufruindo, equilibradamente, de tudo o que a vida material oferece. Os prazeres materiais, quando experimentados
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b) Sade
Todo trabalho medinico e energtico depende, tambm, do corpo fsico, das energias do corpo fsico, e, portanto, depende diretamente do estado de sade do mdium, o qual depende e, ao mesmo tempo, interfere no seu estado mental e emocional. Toda doena fsica a materializao de um desequilbrio psquico e/ou energtico prvio. E quando este desequilbrio se materializa no corpo fsico, porque j estava encubado nos outros corpos energticos h mais tempo. O transe medinico, seja de que tipo for, os tratamentos de cura, as prticas energticas, em geral, exigem um esforo por parte do mdium, o qual consome uma poro de suas energias para se realizar. Se ele j estiver energeticamente debilitado por uma doena fsica, se no estiver com as suas energias equilibradas, pode ficar desvitalizado e, consequentemente, piorar ainda mais o seu estado fsico, j que a captao e a rearmonizao das energias, depois de um trabalho, tambm exigem boas condies mentais e emocionais para acontecerem, o que o mdium no ter se no estiver se sentindo bem. E, sem fazer essa captao de forma eficiente, poder sair do trabalho em pior estado do que quando entrou. Por isso que se recomenda que o mdium no trabalhe quando estiver doente, preservando-o de um desgaste ainda maior. Alm disso, como a condio fsica interage intimamente com as condies mentais, emocionais e espirituais do mdium, evitando que ele trabalhe quando est doente, evitamos tambm que alguma energia desequilibrada passe para as pessoas ou entidades a serem atendidas, o que poderia causar mais perturbao do que benefcios, e evitamos tambm que o mdium, em vez de doar, roube, inconscientemente, energias do assistidos, encarnados ou desencarnados. Ramatis, no livro Mediunidade de Cura, diz que desde que o mdium se encontra enfermo, a sua tarefa medinica se torna contraproducente, uma vez que ele projetar algo de suas prprias condies enfermias sobre os pacientes que se sintonizarem passivamente sua faixa vibratria psicofsica. Entre o mdium enfermo e o paciente mais vitalizado, a lei dos vasos comunicantes do mundo eteroastral transforma o primeiro num vampirizador das foras magnticas que, porventura, sobram no segundo, ou seja, inverte-se o fenmeno. Em vez de o mdium transmitir fluidos teraputicos ou vitalizantes, ele termina haurindo as energias alheias, em benefcio do seu equilbrio vital. Nestes casos, o mdium deve ser capaz de reconhecer que no tem condies de trabalhar e o dirigente deve ter o bom senso de no exigir dele o sacrifcio, pedindo que trabalhe mesmo assim. Ramatis aconselha que o mdium, quando enfermo, contente-se em ser o intrprete fiel dos conselhos e intuies superiores para transmiti-las aos seus companheiros menos esclarecidos, orientando-os nos atalhos difceis da estrada da vida humana. Isso no significa que qualquer dor de cabea ou unha encravada possa ser usada como desculpa para no se trabalhar. Estamos falando de problemas de sade que realmente estejam debilitando e limitando o mdium em sua capacidade de concentrao, em sua ateno, em seu vigor fsico, etc., e no de qualquer indisposio leve, a que todos estamos sujeitos no dia a dia muitas vezes agitado que levamos.
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e) Sexo
Sexo energia, vida, sade. Faz parte do nosso estgio evolutivo e deve ser encarado com naturalidade. Como tudo na vida, deve ser pensado, usado, praticado e apreciado com equilbrio e bom senso. O sexo sadio, feito com amor e prazer, com algum de quem se gosta, por quem se tem respeito e afinidade e com quem se tem uma relao estvel e sadia, extremamente benfico e ajuda no equilbrio psquico e energtico do mdium. Se feito em demasia, poder desgastar a pessoa fsica, mental e energeticamente, pelo esforo de todo o complexo energtico envolvido na busca do orgasmo. Se praticado menos do que o necessrio, seja por que razo for, tambm poder sobrecarregar a pessoa, pelo acmulo de energias muito vivas e ativas no corpo fsico e no complexo espiritual, podendo gerar bloqueios e desequilbrios que tambm vo atingir a pessoa como um todo. No ato sexual, as duas pessoas envolvidas entram em profunda ligao energtica e comunho espiritual, e trocam, no s fluidos corporais, como tambm fluidos espirituais, indispensveis para o bem estar psicolgico, emocional e fsico de qualquer ser humano. A absteno de sexo na vspera de trabalho medinico s ter sentido se o mdium se sentir realmente bem com isso, sem se sentir contrariado por um eventual sacrifcio. De nada adianta o mdium abster-se do sexo na vspera ou mesmo no dia do trabalho e chegar para a reunio completamente desequilibrado por um acmulo de energias sexuais, que vo tirar a sua concentrao e interferir na sua sensibilidade medinica e energtica. Melhor seria ele praticar o sexo com equilbrio e ir para a reunio satisfeito, feliz e equilibrado. Assim, que o prprio mdium aprenda a encarar sua sexualidade com naturalidade e equilbrio, dosando sua necessidade de sexo e buscando pratic-lo de forma equilibrada, saudvel e elevada, eliminando preconceitos e tabus que em nada contribuem. Devemos lembrar que sexo tambm criao de Deus e, portanto, tambm sagrado, elevado, necessrio, positivo, desde que, como em tudo, possa ser visto com bom senso e discernimento.
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Segundo Armond, o P3 pode ser desdobrado ainda em outros nveis de trabalho, conforme a necessidade de atendimento a casos mais graves de obsesso mais intensa. Assim, h casas que chegaram a desdobrar o P3 em at P3E, que nada mais que a desobsesso clssica, com a manifestao da entidade, logo no incio do atendimento, e a sua doutrinao ou orientao pessoal, com ou sem a presena do assistido, dependendo do caso. P4 destinado s crianas, subdivide-se em: P4A para perturbaes materiais e doenas fsicas, inclusive as sazonais. P4B perturbaes espirituais, geralmente em consequncia do ambiente, dos prprios adultos ou de compromissos de outras vidas.
Passe de equilbrio ou PE utilizado pelos trabalhadores na preparao dos trabalhos e com os assistidos na limpeza prvia de outros passes, para desagregar e desintegrar energias negativas, limpando a aura e os chacras. Autopasse o passe de limpeza aplicado pelo trabalhador em si mesmo. Passe coletivo ou A2 destinado s pessoas que desejam conhecer melhor a espiritualidade e tambm aos assistidos que terminaram qualquer dos tratamentos citados anteriormente, como reforo e suporte. constitudo de prece de abertura, palestra, passe coletivo, aplicado diretamente pelos espritos, vibraes e encerramento.
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e) Sopro ou insuflao
Segundo Edgard Armond, em Passes e Radiaes, o tratamento pelo sopro tambm conhecido h muito tempo e nos tratados de magnetismo se intitula insuflao. Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hlito humano sobre as partes doentes, fazendo-o penetrar o mais fundo possvel na rea dos tecidos. O sopro pode ser quente ou frio, o primeiro quando se aproxima a boca, aberta, da parte doente, com a simples separao de um pano poroso; e o segundo quando se sopra com os lbios unidos, a certa distncia do corpo. O sopro quente concentra fluidos e o frio os dispersa. Jacob Melo tambm fala do sopro em O Passe, dizendo que querer desprezar to relevantes aspectos no condiz com nosso raciocnio, pois, por inferncia, o sopro a imagem da vida.
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f) gua fluidificada
No livro Nosso Lar, Andr Luiz transcreve as seguintes palavras do enfermeiro Lsias: Na Terra, ningum cogita seriamente de conhecer a importncia da gua... Conhecendo-a mais intimamente, sabemos que a gua veculo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. J Emmanuel, em Segue-me, diz que a gua dos corpos mais simples e receptivos da Terra. como que a base pura, em que medicao do cu pode ser impressa, atravs de recursos substanciais de assistncia ao corpo e alma, embora em processo invisvel aos olhos mortais. Manoel Philomeno de Miranda, em Loucura e Obsesso, diz que a gua, em face de sua constituio molecular, elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgnicos compatveis com o fluido de que se faz portadora. assim que vamos encontrar na fluidificao da gua, um meio de prolongar a ao dos passes ou mesmo de garantir a ingesto de fluidos curadores e harmonizantes que muito beneficiam mdiuns, assistidos e doentes em geral. Como a energizao do assistido, por meio do passe, est sujeita a perdas, em funo de seu comportamento psquico e at fsico, a absoro de fluidos complementares pela ingesto de gua fluidificada ajuda a manter o seu quadro energtico at a prxima aplicao de passe que receber. Edgar Armond, no livro Passes e Radiaes, diz que em geral, so os espritos desencarnados que, durante as sesses, fluidificam a gua; porm, este processo poder ser muito mais popularizado quando se souber que todas as pessoas, em suas prprias casas, podero obter essa gua curativa, bastando proceder da seguinte forma: individualmente ou em grupo de interessados, concentrem-se, formulem uma prece e, colocando uma vasilha com gua pura, no centro da corrente assim formada, aguardem alguns momentos, at que espritos desencarnados, familiares ou no, fluidifiquem a gua. Se no grupo houver pessoa dotada de alguma sensibilidade espiritual e f, poder servir de mdium; ela mesma, durante a concentrao, poder fluidificar a gua, bastando tomar a vasilha, coloc-la ao alcance das mos e projetar sobre ela os prprios fluidos; ou, melhor ainda, captar, pela prece, os fluidos csmicos do espao e projet-los sobre a vasilha. A gua um timo condutor de fora eletromagntica e absorver os fluidos sobre ela projetados, conservando-os e transmitindo-os ao organismo doente, quando ingerida. Como vemos, a gua pode ser fluidificada ou energizada por qualquer pessoa dotada de capacidade de captao, movimentao e projeo de energias, sem a necessidade da intercesso ou ajuda direta de qualquer amparador ou mentor. O instrutor ulus, no livro Nos Domnios da Mediunidade, de Andr Luiz, diz que por intermdio da gua fluidificada, precioso esforo de medicao pode ser levado a efeito. H leses e deficincias no veculo espiritual a se estamparem no corpo fsico, que somente a interveno magntica consegue aliviar, at que os interessados se disponham prpria cura. Sabemos tambm que a fluidificao da gua pode ser genrica ou personalizada. o que nos diz Emmanuel, em O Consolador, quando afirma que a gua pode ser fluidificada, de um modo geral, em benefcio de todos; todavia, pode s-lo em carter particular para determinado enfermo, e, neste caso, conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo. Uma vez que, para as energias, no h obstculos materiais de qualquer ordem, pouco importa, para a fluidificao da gua, o formato, o tamanho ou a cor do vasilhame, ou se est tampado ou no, pois os fluidos destinados sua energizao a alcanaro independentemente destes fatores.
C. Desenvolvendo a Mediunidade
1. PERCEBENDO o DUPLO, a AURA AURA e os CHACRAS
No livro O Passe, Jacob Melo chama de tato-magntico ou registro psicottil a capacidade do mdium de, pesquisando a aura de outra pessoa, sentir e registrar, por diferena de vibrao, as emanaes fludicas do seu perisprito. Diz ele que, em linha geral, consiste no tato-sem-tato do mdium
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5. MANIPULANDO ENERGIAS
Alm dos pensamentos e sentimentos, contamos ainda com mais algumas ferramentas para trabalhar e modificar energias. Uma delas a visualizao, que, na verdade, apenas uma variao do prprio pensamento.
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Embora a percepo de fluidos no seja, de fato, uma capacidade medinica em sua origem e manifestao, pode ser mediunicamente desenvolvida pela ao de amparadores e instrutores espirituais e, quando bem treinada e interpretada, muito til aos mdiuns, pois lhes permitir mapear seus prprios pontos sensveis, ao mesmo tempo em que criam uma classificao prpria de fluidos, de acordo com os efeitos que provocam em si mesmos.
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D. Exercendo a Mediunidade
1. HARMONIZAO INICIAL, LIMPEZA e ENCERRAMENTO
Todo trabalho medinico deve ter comeo, meio e fim, ou seja, sequncia lgica e programa de atividades. E cada uma dessas partes deve acontecer em sincronia com a atividade de amparadores e mentores que estejam dirigindo ou colaborando com as atividades do plano fsico. Para que isso acontea interessante que o trabalho tenha um programa, uma escala de tarefas, uma sequncia lgica de etapas, que ajude encarnados e desencarnados a trabalharem de forma sincrnica, otimizando no s o tempo, mas tambm as energias fsicas, mentais e espirituais de todos. Em geral, um trabalho medinico bsico tem o seguinte roteiro ou programao: harmonizao inicial ou preparao; atendimento, orientao ou assistncia a entidades desencarnadas e/ou a assistidos; limpeza de trabalhadores encarnados; recepo de mensagens e orientaes de mentores ou amparadores presentes; encerramento.
Destas etapas, aqui falaremos um pouco sobre preparao, limpeza e encerramento, uma vez que das outras duas estamos tratando ao longo de todo este trabalho.
a) Preparao
A preparao, muito mais do que uma saudao aos espritos presentes ou dirigentes do trabalho, muito mais que um ritual, uma providncia necessria, que garante a homogeneizao e a harmonizao dos pensamentos, sentimentos e energias dos participantes, encarnados e desencarnados. Com todos os trabalhadores do grupo focando sua ateno no mesmo alvo, sendo conduzidos pelas palavras de uma nica pessoa, visualizando as mesmas imagens, ou imagens criadas a partir da mesma essncia ou ideia, muito mais fcil conseguirmos um campo energtico coletivo (ou egrgora) homogneo, coeso, harmnico, voltado para os mesmos objetivos. Alm disso, durante esta preparao e harmonizao inicial, os amparadores aproveitam para nos ajudar a trabalhar nossas prprias energias, gerando as vibraes diferenciadas mais apropriadas ao trabalho que dever ser realizado, participando ainda da limpeza da aura e dos chacras de todos, para que a sensibilidade possa estar o mais ativa e intensificada possvel. Durante esta preparao, possvel ainda fazer a sintonia com a atmosfera fludica do ambiente, preparada muitas horas antes pelos amparadores, para garantir segurana e eficincia aos trabalhos, de acordo com os servios a serem desenvolvidos naquela reunio. Como vemos, muito mais do que um ritual, a preparao da reunio medinica destina-se criao da infraestrutura energtica e espiritual necessria ao trabalho, disponibilizando recursos fludicos e vibratrios de acordo com as necessidades dos trabalhadores e dos assistidos, para que possam ser feitas cirurgias espirituais, atendimentos psicolgicos, encaminhamentos, orientaes, esclarecimentos, tratamentos energticos, etc. Desta preparao constam, em geral, uma prece ou mentalizao dirigida, BREVE e ESPONTNEA, em voz alta, dita por um dos trabalhadores encarnados, focando a elevao de pensamentos e
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b) Limpeza
A limpeza, como o prprio nome diz, destina-se higienizao e rearmonizao dos trabalhadores, aps os trabalhos, especialmente naqueles destinados orientao a desencarnados e ao atendimento a assistidos. Para isso, qualquer prtica energtica bem feita, em perfeita sintonia com os amparadores, ser suficiente. Por mais que os trabalhadores estejam sintonizados aos amparadores durante os trabalhos, sempre h desgaste de energia e algum desequilbrio pelo contato com as emoes, diversas situaes espirituais e energias daqueles que foram atendidos. Alm disso, como seres humanos imperfeitos, os mdiuns tambm esto sujeitos aos desequilbrios, desarmonia, devendo, portanto, ter o cuidado de restabelecer e manter seu padro vibratrio sempre que necessrio. Durante a limpeza, os amparadores presentes no s ajudaro os mdiuns a retirarem de sua aura e chacras as energias mais densas e nocivas que, por acaso, tiverem se instalado durante os trabalhos, como tambm os ajudaro a repor as energias despendidas nos atendimentos e nas manifestaes, distribuindo-as de forma a restabelecer o equilbrio energtico de seus corpos.
c) Encerramento
Assim como fazemos a preparao, para homogeneizarmos energias e para nos sintonizarmos com a atmosfera fludica do ambiente, devemos tambm fazer o encerramento, para nos desligarmos dessa atmosfera e das energias do trabalho. Em verdade, este procedimento tem muito mais efeito psicolgico e sentimental, do que propriamente prtico, j que se destina a sugestionar positivamente os participantes encarnados a se desligarem dos atendimentos, dos casos que passaram pelo grupo, das energias movimentadas durante o trabalho, bem como a induzi-los ao sentimento de gratido, saudvel e elevado, para com os amparadores, que os ajudaram e orientaram, e para com o Criador que permitiu a realizao da reunio. Uma simples prece ou mentalizao, BREVE e ESPONTNEA, com algumas palavras vindas do corao, ditas em voz alta, so suficientes para que os trabalhadores se despeam dos amparadores, da casa, do grupo, do trabalho, enfim, desligando-se dos trabalhos do dia e voltando sua vida normal.
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7. ASSISTNCIA a DISTNCIA
Tambm na assistncia a distncia, depende o mdium da participao direta do prprio assistido, sem a qual qualquer tratamento, assistncia ou ajuda, seja de que tipo for, perde o efeito ou o poder. muito comum vermos nos centros espritas pessoas que vo a busca de assistncia para pessoas queridas que se recusam a ir, elas mesmas, ao centro buscar ajuda, ou nem sequer acreditam nesse tipo de ao. Nestes casos, muito importante que o mdium esteja ciente das limitaes impostas pelo prprio assistido que, muitas vezes, no est nem ciente da assistncia que est recebendo. importante tambm que o prprio mdium, ou algum preparado para isso, esclarea a pessoa que foi pedir a assistncia, no sentido de que o benefcio poder no alcanar o assistido, uma vez que ele est, consciente ou inconscientemente, alheio ao processo. No entanto, se o assistido, mesmo distante, estiver ciente da assistncia e concordar com ela, desejando realmente receber os seus benefcios, melhorando suas condies, a assistncia a distncia poder ter o mesmo efeito de um passe dado pessoalmente, j que, como j dissemos, para as energias no existem impedimentos de ordem material, como distncias, obstculos, anteparos, etc. importante destacar que, mesmo no passe dado pessoalmente no centro, para que haja sucesso e resultado positivo, necessria a anuncia, a f e a boa disposio do assistido em relao ao
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E. Mediunidade na Prtica
1. ESTUDO
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d) Cursos complementares
Com o advento da chamada nova era, como se os conhecimentos espirituais fossem, de fato, algo novo, surgiram, no Ocidente, milhares de novos cursos voltados para a espiritualidade humana, para as bioenergias, as terapias complementares e tudo o que se relaciona ao homem holstico. No entanto, infelizmente, nem todos tratam o assunto com a seriedade, a competncia, o equilbrio e o discernimento que julgamos necessrio. H muito cursos que surgem no rastro do modismo da nova era, h outros que surgem como respostas mgicas a antigos anseios humanos, h outros ainda que surgem com a proposta de reverem tudo o que j se estudou, fazendo parecer que os conhecimentos alcanados at hoje possam ser jogados fora e substitudos, e quase todos surgem sem a profundidade e o comprometimento que estes assuntos exigem. Todas as iniciativas no sentido de se esclarecer o ser humano a respeito de sua prpria espiritualidade so vlidas, no entanto, preciso que todos estejamos bem conscientes de que no h receita instantnea, no h frmula mgica, no h milagre. Todo conhecimento exige esforo, tempo, dedicao, estudo e prtica constantes para se efetivar e se tornar sabedoria. O conhecimento espiritual no se alcana da noite para o dia e com a experincia, a segurana e a vivncia medinica no diferente. Que o mdium que inicia sua tarefa no se iluda e tenha plena conscincia de que ter muito a fazer, estudar, treinar e aprender, durante toda a sua vida como mdium, a fim de se fortalecer e se tornar um intermedirio de confiana entre os dois planos de manifestao humana. Todos os cursos espiritualistas complementares esto, portanto, indicados, mas devem ser escolhidos a dedo pelo candidato, que deve sempre procurar obter referncias a respeito dos instrutores que os ministram, das instituies onde se realizam e do contedo ou programa em que se baseiam.
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e) Estudo e universalismo
Vejamos o que diz Miramez, no livro Mdiuns, pela psicografia de Joo Nunes Maia: Muitos dos que dirigem os desenvolvimentos medinicos apregoam para os candidatos que s devem ler tais ou quais livros, que ele ou eles, pessoalmente, acharam melhores, estreitando, assim, os conhecimentos que o aluno da doutrina esprita poderia ter. A nossa opinio neste assunto a mesma de Paulo de Tarso, quando assevera: No apagueis o esprito. No desprezeis as profecias. Julgai todas as coisas, retende o que bom. E termina desta forma, favorvel aos direitos de cada criatura: Abstende de toda forma de mal. O mdium que no se instrui, ou que limita sua instruo, coloca, com isso, viseira nos olhos, ficando sujeito a cair nas valas laterais. Abster-se de toda forma de mal no imposio. que a alma, em si, por ela mesma, escolha, com os conhecimentos adquiridos, o que deve ou no fazer. Todos os livros so, por assim dizer, escrituras, principalmente os livros espiritualistas. Cada faco tem uma misso de desvendar mistrios e revelar leis. A universalidade nos instiga a conhecer de tudo, como nos inspira Paulo, e retirar o bem que entendemos pelo limite de nossos conhecimentos e pelo que suportamos da verdade. J Choa Kok Sui, no livro Milagres da Cura Prnica, diz que uma pessoa inteligente no tem a mente fechada. Ela no age como o avestruz, enterrando a cabea para fugir a novas ideias e a um aperfeioamento maior. Uma pessoa inteligente no crdula. Ela no aceita as ideias cegamente. Uma pessoa inteligente estuda e assimila as ideias totalmente para, ento, avali-las luz da razo; ela testa essas novas ideias atravs da experimentao e de sua prpria experincia. Uma pessoa inteligente estuda essas ideias com uma mente clara e objetiva. Vemos, portanto, que o mdium no deve, nunca, se ater a apenas uma corrente espiritualista, fazendo o possvel para obter a maior quantidade possvel de informaes a respeito da espiritualidade e tambm da prpria mediunidade. Sendo a espiritualidade condio inerente ao ser humano e a mediunidade to antiga quanto o prprio homem, estando presente em praticamente todas as culturas e momentos da histria humana, no faz sentido que nos limitemos a estudar apenas uma ou duas correntes, ainda que mais modernas, sabendo que existem outras correntes que vm estudando a natureza espiritual do homem h milnios, dispondo de valiosos conhecimentos para o enriquecimento de nossa cultura espiritual e para o aperfeioamento de nossa prtica medinica. Isso , em essncia, puro preconceito. E preconceito no condiz com espiritualidade, mediunidade e evoluo. Assim, o interessante procurar o estudo universalista, tomando para si aquilo que faz sentido, aquilo que parece til e vlido para a sua lgica e razo, sem preconceitos, sem fanatismo, sem radicalismos. E mesmo o que no nos parece lgico e sensato, num primeiro momento, poder nos ser til no futuro, para distinguirmos outras correntes ou mesmo para entendermos conceitos novos com os quais possamos comparar os conceitos que conhecemos, ainda que no aceitemos. E, para reforar o que queremos dizer, transcrevemos o que Edgard Armond diz em seu livro Respondendo e Esclarecendo: Nenhuma religio, filosofia ou crena religiosa ensina verdades definitivas. Nem mesmo espritos de maior condio que a nossa se julgam conhecedores de verdades definitivas. que elas surgem medida que podemos ir compreendendo-as e vivendo-as. Em um mundo to atrasado como o nosso, o que se conhece muito pouco e o que nos deve preocupar nos tornarmos cada dia mais dignos de receb-las. A melhor que mais espiritualiza. Para seres humanos que fazem aprendizados e sofrem provaes em mundos inferiores do tipo do nosso, religio mais perfeita aquela que mais objetiva e eficientemente esclarece sobre a vida espiritual ao nosso alcance e nos leva mais depressa s realizaes do campo interno, sem as quais no h adiantamento espiritual possvel a no ser em avanos compulsrios, pela dor, em tempo indefinido.
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2. MEDIUNIDADE e COMPROMISSOS
a) Compromisso espiritual
O primeiro e mais importante compromisso de um mdium o espiritual. Todo mdium precisa saber-se esprito e, como tal, deve saber viver a sua vida fsica, sem, no entanto, se apegar ao mundo fsico. Embora tenha conscincia do compromisso espiritual que tem, sabe que a vida fsica parte dele e nunca a abandona, menospreza ou negligencia. Ao contrrio, vive-a plenamente, com lucidez e discernimento, na certeza de que, vivendo-a dessa forma, estar tambm honrando seu compromisso espiritual de evoluir e, com a sua evoluo, promover tambm a evoluo de toda a Criao. O mdium sabe que um ser espiritual vivendo uma experincia carnal e, desse modo, colocase todos os dias em sintonia com o Criador, entendendo que somente nEle poder, de fato, compreender toda a beleza da Criao.
b) Compromisso medinico
O segundo compromisso mais importante de um mdium com sua prpria mediunidade. Todo mdium deve saber que a mediunidade no lhe pertence e nem lhe foi concedida para seu uso exclusivo. Por isso mesmo, tem conscincia de que mediunidade trabalho em equipe para o bem coletivo, o qual deve estar acima e vir frente de todo e qualquer bem individual ou pessoal. Sabe tambm que nunca estar sozinho, seja para enfrentar os obstculos, seja para colher as bnos da tarefa que executa. E usufrui dessa condio com equilbrio e responsabilidade. Como uma das pontes que une dois mundos muito prximos, embora aparentemente to distantes, honra aos dois, sendo homem, sem deixar de ser esprito, e vivendo como esprito, sem deixar de viver como homem. E, como mdium, procura ser homem e esprito dignos de respeito e confiana, por parte dos companheiros e parceiros que tem nos dois mundos.
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3. DISCIPLINA
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4. TICA
a) Preconceitos
Ciente do mecanismo de reencarnao, pelo qual todos vivemos diversas vidas fsicas, nas mais diferentes situaes, o mdium sabe que no faz sentido ter qualquer tipo de preconceito, seja com quem for, seja em que situao for, seja em tempo for. Por isso, trata com respeito todos os assistidos, encarnados e desencarnados, todos os colegas e amparadores, sem fazer qualquer tipo de distino entre eles. Sabe que ningum melhor ou pior que ningum, sabe que ningum perfeito e infalvel, ou completamente mau, e busca sempre o melhor em cada um. Com isso, v sempre, em tudo e em todos, a criao divina em ao, trabalhando para que este lado divino, de tudo e todos, seja exaltado e valorizado.
b) Julgamentos
Da mesma forma, no julga ningum, nem nenhum fato, pois no conhece os antecedentes, nem as variveis que levaram quela situao.
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c) O mdium d o exemplo
Com tudo isso em mente e ciente de sua responsabilidade, o mdium sempre o primeiro a dar o exemplo, dentro e fora da reunio medinica. Trata todos com respeito e alegria, sem arrogncia ou humildade forada, e com igualdade, buscando receber o mesmo tratamento de todos. Alm disso, cumpre as normas que aceitou, sem se queixar e sem alarde, de modo a ser um exemplo vivo naquilo que acha correto, sem precisar falar. No procura privilgios, nem regalias, nem busca tratamento diferenciado. Coloca-se no mesmo nvel de todos os outros trabalhadores e assistidos, fazendo a sua parte, cumprindo a sua obrigao, sem chamar a ateno para si ou para os seus problemas e sucessos.
d) Discrio
O trabalho do mdium idntico ao do mdico ou ao do psiclogo no consultrio, ou ao do padre no confessionrio. Tudo o que ele ouve e fica sabendo, nos atendimentos que faz, nas assistncias que presta ou de que participa, dever ser considerado sigiloso, uma questo de tica espiritual ou de cosmotica. Assim, evitar comentar os casos que vir, as assistncias que fizer, os assistidos com quem encontrar, os espritos com quem acoplar, suas histrias, seus dramas, suas condies, etc., por respeito a estas pessoas e tambm como meio de evitar que as suas perturbaes sejam agravadas pelas energias geradas pelos seus comentrios. Alm disso, o mdium sabe que, com isso, estar tambm cuidando de seu prprio bem-estar e segurana, evitando ligar-se s entidades e pessoas assistidas por meio de pensamentos e sentimentos negativos, relativos aos seus casos e histrias. A discrio , portanto, qualidade importante no mdium, no s como questo de educao, mas tambm por questo energtica preventiva e a nica situao em que os comentrios se justificam aquela em que se pretende instruir ou esclarecer outras pessoas, usando os casos como exemplo ou referncia, sem entrar nos detalhes que no sejam importantes para o esclarecimento.
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5. AUTOCONTROLE MEDINICO
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F. Influenciao Espiritual
1. ESPRITOS SIMPTICOS
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a) Fsicos e espirituais
Estes ataques e assdios podem ter como alvo o fsico do encarnado, na tentativa de causar-lhe distrbios orgnicos e psicolgicos que o impeam de levar uma vida fsica normal, limitando-o em sua ao. E podem tambm pretender atingir a mente do encarnado, na tentativa de confundi-lo e deix-lo alheio ao mundo material, fazendo-o perder o contato com a realidade, numa espcie de hipnose espiritual por controle remoto. Os espritos que assim agem, em geral, encontram mais facilidade no ataque quelas pessoas que tm algum grau de mediunidade, pela facilidade do canal de comunicao aberto e sem vigilncia. Muitas vezes, o alvo nem o mdium, mas algum com quem ele tem contato ou com quem convive. No encontrando como atingir diretamente o seu alvo, os espritos o fazem atravs de um mdium desavisado e invigilante que anda por perto. Este ataques, se mais prolongados ou com sintonia mais profunda, podem realmente atingir o fsico do encarnado, causando doenas de difcil diagnstico e tratamento. Assim como podem tambm causar distrbios psicolgicos mais profundos e difceis de debelar, como neuroses e psicoses, de vrios graus, tornando a pessoa at inapta para o convvio social. O mdium equilibrado, no entanto, aquele que tem conscincia de sua capacidade e tambm de suas fraquezas, trabalhando para domin-las, ter condies de perceber quando estes ataques acontecem, podendo evit-los ou ameniz-los, recuperando mais depressa o controle. Ou seja, ningum est a merc dos espritos, a menos que queira. Ningum est fatalmente sujeito a ser atacado por espritos inescrupulosos, a menos que procure essa situao de alguma forma e nada faa para evit-la ou mud-la.
b) Intrafsicos e extrafsicos
importante saber tambm que estes ataques e assdios podem ser intrafsicos e extrafsicos, ou seja, podem ser disparados no perodo de viglia do encarnado, ou durante as suas horas de sono, quando o seu esprito est fora do corpo fsico e, portanto, mais em contato com os seus medos, desejos e emoes. Muitas vezes o encarnado at bem equilibrado quando em viglia, sem maiores desequilbrios ou perturbaes dignos de nota. No entanto, basta entrar no estgio inicial do sono para que seus pesadelos comecem e ele se sinta completamente desorientado e desamparado. Por isso to importante o preparo hora de dormir, elevando pensamentos, equilibrando emoes e sentimentos, buscando sintonias sadias e luminosas, sutilizando as prprias energias. E qualquer prtica vlida para este fim, desde a prece to conhecida de todos ns, at as prticas energticas mais elaboradas e tcnicas. Uma vez que o fim alcanar padres mais elevados de vibrao, pouco importa o meio, pois sendo o fim sempre elevado, o meio usado, em chegando ao resultado final, tambm poder ser considerado elevado.
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4. OBSESSO
a) Causas e origens
Obsesso a influncia nociva de um ou vrios espritos sobre outro(s), provocada ou desencadeada por brechas morais e emocionais que colocam os obsidiados em sintonia vibratria (ressonncia) com os sentimentos, pensamentos e energias do(s) obsessor(es). O mecanismo desta influncia a ao energtica hipntica de mente a mente, bloqueando ou dificultando a capacidade de raciocnio e discernimento, pela interferncia na transmisso do prprio pensamento e dos sentimentos da vtima.
b) Graus ou nveis
Segundo a intensidade, podemos usar a seguinte classificao (no oficial): Assdio simples tambm conhecido como encosto, quebranto, mau olhado, olhos gordo, etc., aquela influncia leve, sem compromisso, circunstancial e passageira, que acontece por um desequilbrio momentneo da pessoa. Em geral dura, no mximo, alguns dias, podendo causar alguma irritao e desconforto, e talvez alguns acidentes menores de percurso. Passa assim que o obsidiado muda sua tela mental e seus sentimentos para frequncias mais positivas e elevadas. Pode ser causado apenas por simpatia ou carncia afetiva, sem que haja qualquer outro lao afetivo ou emocional entre os espritos envolvidos, ou menos qualquer outra antipatia mais profunda. Obsesso influncia um pouco mais intensa e dirigida, geralmente causada por algum desentendimento ou situao desequilibrada vivida nesta vida mesmo. Inveja, cimes, despeito, orgulho, desforra so algumas situaes de obsesses simples que geralmente passam despercebidos. Neste caso, a ao tem alvo certo e objetivo definido, muito embora o obsessor muitas vezes no perceba o que est fazendo. Pode durar algum tempo at que o obsessor se canse, se conscientize ou at que o obsidiado reaja e saia da frequncia do obsessor. Pode requerer assistncia com passes e trabalhos medinicos. Fascinao influncia profunda que cria imagens e iluses na mente do obsidiado. Nesse caso, a vtima perde a noo da realidade, acreditando apenas naquilo que v e ouve em seu mundo mental. Pode ser confundida com esquizofrenia e tambm com mediunidade. Pode ter origem em vidas passadas ou no e, geralmente, tem razes e objetivos mais srios e complexos. Em geral, causada por espritos mais inteligentes e com maiores conhecimentos da leis espirituais e dos mecanismos mentais e energticos, os quais fisgam suas vtimas exacerbando sua vaidade e seu orgulho, ou aprofundando sua noo de inferioridade. Requer atendimento espiritual mais sistemtico para todos os envolvidos, at que todos se deem conta da situao e possam mud-la. Subjugao ou possesso influncia total de uma ou vrias mente(s) sobre outra(s). A vtima incapaz de pensar ou agir por si mesma, perdendo at o controle do corpo fsico. Em geral, causada por compromissos graves de vidas passadas que no foram bem resolvidos e pode no ser resolvida nem mesmo com trabalhos medinicos, dependendo da profundidade e do tempo de envolvimento, sob pena de se provocar at o desencarne da pessoa encarnada envolvida.
c) Tipo Tipos s
Segundo os envolvidos, podemos usar a seguinte classificao (no oficial): De encarnado para encarnado cnjuges exageradamente ciumentos, pais possessivos, filhos muito dependentes, etc., so bons exemplos de obsesso entre encarnados. Todas as vezes que um encarnado deseja controlar a vida de outro, sufocando-o, querendo influenciar suas decises e atitudes, cerceando seus atos, podando-o, etc., est caracterizada uma obsesso de encarnado para encarnado. Muitas vezes confundida com zelo, preocupao, demonstrao de amor, mas, na maioria das vezes, reflete uma relao problemtica e desequilibrada, vivida no s durante o dia, nas horas de viglia, mas tambm durante as horas do sono, quando os
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d) Auto Auto-obsesso
A auto-obsesso se caracteriza naqueles casos em que a pessoa se convence de uma ideia, independentemente de se falar a ela da realidade. Sua ao mental to intensa que ela cria formaspensamento relacionadas s suas cismas e estas passam a gravitar em torno dela, tornando-se suas companhias 24 h por dia e podendo ser vistas e sentidas, em alguns casos, sendo at confundidas com espritos. Como estas formas-pensamento so continuamente alimentadas, podem ganhar fora e ser usadas por outras mentes que vibram na mesma faixa. Estas mentes podem ser encarnadas ou desencarnadas e podem ou no voltar sua ao para a pessoa que criou as formas, podendo at estabelecerse uma obsesso real, que se origina num processo de auto-obsesso. Alguns casos de complexos, mania de perseguio e hipocondria so bons exemplos de autoobsesso que podem limitar, e muito, a prpria pessoa e todos aqueles que convivem com ela.
e) Preveno e tratamento
No mundo espiritual, os semelhantes se atraem e se associam para o fortalecimento mtuo. Quando as semelhanas e afinidades so positivas e de cunho moral elevado, o resultado que as qualidades de cada um dos envolvidos no processo se intensifiquem, dando incentivo e fora para que ambos cresam e evoluam juntos. No entanto, quando as afinidades so negativas e as motivaes so excusas, o resultado uma associao perniciosa que vai degradando, gradativamente, os envolvidos, levando-os a uma situao cada vez mais desequilibrada. Os defeitos se intensificam e se tornam cada vez mais difceis de combater, fazendo com que ambos se sintam completamente dominados por seus desejos e paixes mesquinhos e menos nobres. Assim sendo, a melhor forma de prevenir uma obsesso procurar manter sempre uma atitude fsica, mental e espiritual elevada, cultivando sentimentos nobres, praticando atos nobres e mantendo vigilncia redobrada nas situaes de maior risco.
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f) Obsesso e mediunidade
Mdiuns esto especialmente sujeitos a obsesses, por sua sensibilidade aumentada para as energias e por sua capacidade de entrar facilmente em contato com o mundo espiritual. Por esta razo, devem estar sempre atentos a mudanas de humor e disposio, para no serem pegos de surpresa por um assdio ou influncia espiritual nociva. Alm disso, mdiuns costumam tambm ser alvos muito visados por entidades que no tm interesse em que se esclaream e ajudem as pessoas por meio da mediunidade. Assim, so sempre assediados e atacados por espritos de m ndole ou perturbados, na tentativa de faz-los desistir de sua tarefa, amedrontando-os, cansando-os, provocando doenas e desgastes variados. Como diz Maria Aparecida Martins, em afirmao j transcrita de seu livro Conexo Uma nova viso da Mediunidade, no h mediunidade desequilibrada, mas mdium desequilibrado. Por isso necessrio que, alm de se falar de mediunidade, cuide-se dos mdiuns, ajudando-os a se equilibrarem, ajudando-os a entenderem o que se passa com ele, acalmando-os, tirando-lhes o medo e dando-lhes conforto e segurana para o cumprimento de sua tarefa.
5. DESOBSESSO
a) Mtodos
piritual. A desobsesso a ao de livrar um obsidiado de seu obsessor, assediador ou perseguidor es-
muito conhecida pela prtica da tradicional doutrinao do suposto obsessor, em que uma pessoa encarnada tenta, literalmente, convencer o esprito a interromper sua ao sobre o encarnado, usando, para isso, mtodos bastante agressivos, como sermes de cunho moral, ameaas, terrorismo espiritual, coao psicolgica e energtica, etc. Infelizmente, estes doutrinadores sempre tiveram em mente que obsessores so sempre os culpados, so sempre os carrascos, responsveis pela situao negativa que prejudica o obsidiado. o que nos diz Renato Ourique de Carvalho, em seu livro Orientao a Desencarnados, da srie Gotas e Luz, quando afirma que normalmente o chamado obsessor considerado como sendo uma algoz que preciso ser combatido, vencido, domado e humilhado. Essa a regra normal do trato que os participantes do chamado trabalho de desobsesso seguem para vencer os inimigos! De tempos a esta parte, modernos autores, dedicados trabalhadores espritas, tm-se ocupado do assunto e nos dados obras onde catalogam as suas experincias (e os resultados) na busca da chamada desobsesso, agora sob nova tica, ou seja, a do dilogo com os irmos carentes e as tentativas de os transformar em nossos amigos, despindo-se da vestimenta de inimigos. Hoje, portanto, esta viso, felizmente, est mudando e os obsessores j vm sendo encarados como seres humanos desencarnados e tratados com respeito e sincero interesse por suas razes. Hoje, o que se vm fazendo no mais a tradicional doutrinao, mas uma orientao espiritual, para que compreendam, acima de tudo, o mal que esto causando a si mesmos, ficando ligados a uma pessoa de que, na maioria das vezes, no gostam. E o resultado tem sido bem positivo, pois os espritos mostram-se muito mais receptivos a este tipo de abordagem e, consequentemente, muito mais acessveis s explicaes e assistncias que recebem.
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b) Eficcia
Seja como for, este trabalho s ter efeito se o(s) interessado(s) participar(em) ativamente do processo. Ningum pode ser ajudado se no quiser. Ningum consegue vencer o mal que o persegue se no trabalhar para mudar o padro que atrai este mal. Ningum poder equilibrar-se se no buscar o equilbrio dentro de si mesmo, com uma conduta mais elevada. Desobsesso no processo mgico, nem soluo milagrosa. processo muitas vezes complexo que requer cuidado e compreenso, alguma psicologia e muita pacincia, tanto dos mdiuns, como do assistido. Em alguns casos, inclusive, sero necessrios vrios atendimentos para que a atuao obsessiva realmente seja interrompida, j que muitas variveis esto envolvidas, tanto no plano material, quanto no plano espiritual. Assim, o mdium que trabalha com desobsesso deve ser capaz de compreender bem a situao de TODOS os envolvidos, orientando encarnados e desencarnados para a conduta mais adequada e que poder lev-los a uma soluo feliz para todos.
c) Cuidados
Alguns cuidados so muito importantes no trabalho de desobsesso: Procurar conhecer os detalhes de cada caso, para atuar de forma consciente e orientada; Alguns conhecimentos de psicologia para ajudar no trato com as entidades e com os assistidos encarnados, sem desequilibr-los ainda mais; Muito conhecimento dos mecanismos espirituais de ligao energtica mental e orgnica, para saber como e quando fazer o desligamento; Profunda sintonia mental com os amparadores encarregados dos trabalhos e interessados em cada caso, para contar com ajuda balizada e poder dar a melhor assistncia possvel; Muita segurana medinica e espiritual, para poder entrar na faixa dos obsessores, assediadores e sofredores, sem sofrer-lhes a influncia, saindo desta faixa com facilidade, logo aps o atendimento; Firmeza mental e muito equilbrio emocional para no se deixar abalar pelo comportamento e as palavras de espritos perturbados, entendendo que so apenas seres humanos desequilibrados precisando de ajuda e compreenso; Bastante malcia tambm, no bom sentido, para saber como se defender de suas ameaas e ataques, bem como para saber quando agir com mais firmeza e objetividade, sem receio de ferir a suscetibilidade das entidades, que, muitas vezes, como crianas, precisam que lhes imponham limites e disciplina; Muito equilbrio e serenidade para ajudar tambm o dirigente do trabalho, o orientador encarnado encarregado de conversar com as entidades, bem como os outros mdiuns, caso se esteja atuando como mdium de sustentao.
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6. VAMPIRISMO ENERGTICO
a) Definio
Vampirismo a apropriao indbita de energias alheias, sejam elas fsicas ou espirituais. E vampiros so todos os espritos, encarnados ou desencarnados, que, consciente ou inconscientemente, sugam as energias de outros espritos, para se alimentar ou equilibrar. Muitas vezes um processo automtico em que o mais desvitalizado, espontaneamente, provoca a sada de energias do mais vitalizado, equilibrando os dois, como no sistema de vasos comunicantes. Se o mais vitalizado no tiver conscincia deste mecanismo ou se, mesmo tendo conscincia, no souber se proteger contra ele, poder ficar tambm desvitalizado e sentir-se fraco.
b) Exemplos Exemplos
As situaes mais comuns de vampirismo energtico so: Visitas e convivncia com idosos e doentes; Visitas a velrios, hospitais, cemitrios, necrotrios, manicmios, etc.; Contato com pessoas negativas, pessimistas, hipocondracas, revoltadas, etc.; Contato com pessoas com desequilbrios psicolgicos, mentais e emocionais profundos; Contato com pessoas maldosas e maliciosas
interessante frisar que, em grande parte destes casos, o processo inconsciente e no intencional. Desse modo, o mdium que deve conhecer o mecanismo e aprender a se prevenir, defender e recuperar. Claro que h tambm os casos intencionais, mas, em geral, estes so mais fceis de se detectar, pela prpria postura e atitude da pessoa, sendo, portanto, mais fcil de evitar e prevenir-se.
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G. Lendas ou Fatos?
1. PATUS, AMULETOS e TALISMS
Estes so termos sinnimos usados para designar objetos materiais, de qualquer espcie, que possuem poderes mgicos especiais, capazes de proteger e trazer benefcios para quem os possua. So reais, embora no sejam to poderosos quanto se acredite que sejam ou faam parecer em filmes. O mecanismo para que funcionem relativamente simples, pois baseia-se apenas no acmulo de energias projetadas por uma ou vrias mentes sobre o objeto, o qual passa a funcionar como um acumulador ou bateria, que passa a energizar quem o carrega. Qualquer objeto serve para o processo, no entanto, o mecanismo funcionar melhor se houver um significado especial, um valor sentimental ou devocional maior para a pessoa que o usa. Este tipo de objeto pode ser, inicialmente, energizado por uma terceira pessoa que o benze e d para o interessado que, dali em diante, passa a realiment-lo com sua prpria energia, tornando-o cada vez mais sintonizado consigo mesmo. Quanto mais f a pessoa tiver nesse mecanismo, mais o objeto estar energizado e mais poder fazer pela pessoa, DENTRO DO SEU MERECIMENTO E NECESSIDADE. Pelo mesmo processo, podemos ter locais talismnicos ou amulticos, dotados de poderes especiais, como igrejas, templos, cavernas e grutas, vilas, castelos, etc., pelo acmulo de energia mental e emocional de vrias pessoas que frequentaram e frequentam o local com seus pensamentos e sentimentos mais ou menos focados nos mesmos objetivos. Assim, se uma determinada igreja, por exemplo, torna-se conhecida por atuar positivamente na cura de determinada doena e as pessoas passam a frequent-la mais assiduamente com esta inteno, mais fora a igreja ter para, eventualmente, proporcionar curas para as pessoas que as merecem, pois mais energia acumulada ter neste sentido.
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4. APARELHOS PARASITAS
Da mesma forma que amparadores criam aparelhos extrafsicos para provocar, intensificar, diminuir, bloquear ou modificar capacidades psquicas e energticas de mdiuns, ou ainda para monitorlos ou inspir-los distncia, tambm os obsessores e assediadores o fazem, para a mesma finalidade, mudando apenas a inteno, que deixa de ser positiva para ser negativa, de prejudicar o seu alvo. So tambm aparelhos criados por espritos, pela manipulao das energias astrais, e instalados, geralmente no sistema nervoso ou nos chacras das pessoas, para telegui-las remotamente, atuando sem serem vistos, s vezes nem por clarividentes. Este tipo de aparelho costuma ser bastante denso e, dependendo da sintonia conseguida com o obsidiado, exigir grande esforo energtico de desagregao, com vrias aplicaes e projees de energias para que se possa desligar e retirar o aparelho. Muitas vezes, inclusive, a integrao do aparelho to profunda com o obsidiado que no se pode deslig-lo de uma vez, nem retir-lo de repente, sob pena de desequilibrar, profundamente, a pessoa, tanto fsica como psicologicamente.
5. FLUIDOTERAPIA: EVIDNCIAS CIENTFICAS Trabalho apresentado por Jos Lucas da Associao Cultural Esprita (Caldas da Rainha - Portugal), no 2 Congresso Esprita Mundial, Lisboa, 1998.
Parte I Muito se fala de Espiritismo, mas muito pouco se conhece desta doutrina. Iremos hoje iniciar um conjunto de artigos que abordaro experincias cientficas que comprovam algumas das teses que o Espiritismo advoga. Fui casa esprita e tomei um passe" ou Fui centro esprita e bebi um pouco de gua fluidificada que me auxiliou no problema X, so algumas das afirmaes que por vezes ouvimos de quem frequenta uma instituio esprita. Outros perguntam com muita propriedade: Mas o que isso do passe ou da gua fluidificada, isto , o que a fluidoterapia? No meio esprita existe um termo que muito comum - a fluidoterapia - isto , a capacidade de, atravs da doao de fluidos (energias), interferir positivamente na sade das pessoas, seja atravs do passe esprita ou atravs da fluidificao da gua. Pensamos, pois, que seria bem til que todos ns tivssemos conhecimento das descobertas cientficas efetuadas em torno da fluidoterapia, para que assim pudssemos mais eficazmente passar esta ideia s pessoas que recorrem casa esprita, dando-lhe a ideia que a fluidoterapia encerra: uma prtica sria, baseada no amor, nada supersticiosa, nada ritualstica e com fundamento cientfico. O passe esprita uma transfuso de energias psquicas e espirituais que alteram o campo celular. No uma tcnica. um ato de amor. No foi inventado pelo Espiritismo, mas foi estudado por ele. Jesus utilizava-o. Quando duas mentes se sintonizam, uma passivamente e outra ativamente, estabelece-se, entre ambas, uma corrente mental, cujo efeito o de plasmar condies pelas quais o "ativo" exerce influncia sobre o "passivo". A esse fenmeno denominamos magnetizao. Assim, magnetismo o processo pelo qual o homem, emitindo energia do seu perisprito (corpo espiritual), age sobre outro homem, bem como sobre todos os corpos animados ou inanimados. Temos, portanto, que o passe uma transfuso de energia do passista e/ou esprito para o paciente. No passe, a mente reanimada reergue a vida microscpica (celular). O passe tornou-se popular pela sua eficcia. O paciente assimila os recursos vitais, retendo-os na sua constituio psicossomtica, atravs das vrias funes do sangue.
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substituiu humanos por plantas e animais, para evitar o efeito placebo; colocou sementes de cevada de molho em gua salgada (retarda o crescimento), com objetivo de criar plantas doentes; pediu a um curador psquico (um passista), que fizesse imposio das mos sobre a gua salgada (gua tratada), num recipiente, que seria usada para a germinao das sementes; as sementes foram divididas e colocadas em gua salgada tratada pelo passista e no tratada. foram colocadas, em seguida, numa estufa, onde o processo de germinao e crescimento foi acompanhado; Bernard Grad verificou que as sementes submetidas gua tratada pelo passista germinavam com maior frequncia do que as outras; depois de germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condies semelhantes de crescimento; aps vrias semanas, e de acordo com uma anlise estatstica, as plantas regadas com a gua tratada eram mais altas e tinham um maior contedo de clorofila. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).
ele lembrou-se de dar a gua para pacientes psiquitricos segurarem. Essa mesma gua foi depois usada para tratar as sementes de cevada. A gua energizada pelos pacientes que estavam seriamente deprimidos, produziu um efeito inverso ao da gua tratada pelo passista: ela diminuiu a taxa de crescimento das plantinhas novas (Jeanne P. Rindge in As Curas Paranormais, George W. Meek,
Ed. Pensamento, 1995).
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Estes estudos foram comprovados pelos Drs. Remi J. Cadoret e G. I. Paul, na Universidade de Manitoba, em condies de rigoroso critrio, que concluram: os ratos tratados por pessoas dotadas de poderes curativos apresentaram uma velocidade de cicatrizao significativamente maior. (Gerber, 1997). Parte III A Dr Dolores Krieger, doutora em Filosofia, prof. de Enfermagem na Universidade de Nova Iorque ...teve oportunidade de observar o desempenho do Coronel Stabany durante vrias semanas de cada vero, numa clnica (provisria) de cura. Ela ficou impressionada com a quantidade de pessoas, cuja sade melhorava, inclusive casos dados como perdidos pela medicina. (As Curas Paranormais - Pensamento, 1995). Assim sendo, ela decidiu investigar. Utilizou um grupo de vrios doentes e solicitou o apoio do Coronel Stabany e da Dr. Otelia Bengssten, mdica, bem como da Sra. Dora Kunz, vidente. Um grupo recebeu tratamento direto, por imposio das mos. A Dr. Krieger mediu os nveis de hemoglobina, antes e depois do passe magntico (imposio das mos) efetuado pelo Coronel Stabany, e constatou a ocorrncia de aumentos significativos nos nveis de hemoglobina dos pacientes do grupo que recebeu o passe. (Medicina Vibracional ; So Paulo: Cultrix). A tendncia para a energia curativa elevar os nveis de hemoglobina era to forte, que pacientes cancerosos submetidos cura, por imposio das mos, apresentaram ocasionalmente elevaes nos nveis de hemoglobina, apesar de estarem se tratando com quimioterapia. (Gerber, cap. VIII, 1997). Foi demonstrado que as elevaes nos nveis sanguneos de hemoglobina indicavam, com segurana, a ocorrncia de verdadeiras alteraes bioenergticas e fisiolgicas, produzidas pela aplicao das energias curativas. (Gerber, cap. VIII, 1997). Mas no foi somente esta cientista que pde comprovar a ao eficaz da fluidoterapia atravs do passe magntico (imposio das mos). Uma outra cientista decidiu investigar outras reas. A Dr. Justa Smith, freira franciscana, bioqumica e enzimologista, recebeu o ttulo de doutora em pesquisa original sobre os efeitos dos campos magnticos na atividade da enzima. Em 1967 era presidente do Departamento de Cincias Naturais, num colgio particular em Rosary Hill, Buffalo, USA. Ela pensou da seguinte maneira: As enzimas so os catalisadores do sistema metablico. Qualquer cura, ou doena, primeiramente, deve ativar o sistema enzimtico. E raciocinou que se os campos magnticos podiam aumentar a atividade da enzima tripsina digestiva - o que ocorria na sua pesquisa - e se a luz ultravioleta podia diminuir a atividade - o que ocorria na sua pesquisa - ento qual o efeito sobre a mesma enzima que poderia ocorrer na imposio de mos - se que havia? E decidiu descobrir. A Dr. Smith props, inicialmente, comparar os efeitos da imposio de mos do Coronel Stabany sobre a enzima tripsina, com os efeitos do campo magntico sobre a mesma enzima, bem como sobre os controles. Para fazer isso, preparou solues de tripsina, as quais foram depois divididas em
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O passe magntico, ou transfuso bioenergtica, uma prtica que tornou-se comum entre os espritas. Bem antes de envolver-se nas pesquisas fenomnicas que aliceraram o surgimento do Espiritismo, Allan Kardec fora estudioso e praticante do magnetismo. Logo no incio de seus contatos com os domnios espirituais, atravs da mediunidade da menina Ruth Japhet, o esprito de Hannemann, luminar da Homeopatia, entre outros, manteve com ele contatos ocasionais, instruindo-o. O mestre lions contava, entre seus colaboradores, com adeptos do magnetismo de vrias escolas e muito se discutia sobre suas aplicaes. Atualmente, a questo da transferncia bioenergtica tem levado a cincia a estudar o assunto e, consequentemente, a realizar descobertas. Efeitos detectados na prtica de imposio de mos Interessantes so os experimentos realizados pelo dr. Bernard Grad, da McGill University, no Canad, em 1957, ao estudar um curador hngaro chamado Estabany. Grad verificou os efeitos fisiolgicos provocados pela imposio das mos do curador sobre animais e plantas. Em todos esses experimentos ficou comprovada a existncia de uma fora vital que emana das pessoas mais de algumas do que de outras e esta energia parece estar intimamente associada a mecanismos homeostticos, ou seja, parece agir de forma a otimizar o desempenho do organismo em seu funcionamento. Segundo suas concluses e de descobertas posteriores, estados emocionais afetam a qualidade dessa energia. Acelerando o crescimento e a motibilidade em bactrias Entre inmeros experimentos realizados com enzimas, hemoglobina, bactrias, fungos, plantas, gua, etc., vale a pena citar os do dr. Robert Miller, engenheiro qumico, e os da dr. Elizabeth Rauscher, especialista em medicina nuclear. Ambos trabalharam com os curadores dr. Alex Tanous e dr. Olga Worrall. Esses experimentos comprovaram que a imposio de mos sobre culturas de bactrias acelerou-lhes o crescimento e a motibilidade, mesmo na presena de inibidores de crescimento, como a tetraciclina e o cloranfenicol, ou de inibidores de movimento, como o fenol. Cura a distncia O poder dessa energia benfica emanada pelo mdium curador no afetado pela distncia. Em outro experimento, o dr. Miller pediu dr. Worral que visualizasse, por cinco minutos, o crescimento de uma planta localizada num laboratrio a 600 milhas de distncia. A planta estava ligada a uma aparelho desenvolvido pelo Ministrio de Agricultura americano para aferir ndices de crescimento de plantas. A taxa de crescimento que apresentava a planta em questo estava estabilizada em 0,00625 polegada por hora. Assim, exatamente s 9 horas da noite, quando a dr. Worral comeou a emitir a energia, o registro do traado passou a acusar um desvio para cima e at as 8 horas da manh seguinte a planta apresentou um crescimento 830% maior do que o esperado. A concluso dos pesquisadores foi de que esta energia emitida pelo sensitivo pode produzir manifestaes visveis no mundo fsico, mesmo quando gerada a distncia. Benefcios do passe esprita Nesse contexto, todo esprita atuante, no apenas fossilizado na teoria, mas, sobretudo, experimentado na prtica, j observou a relevncia do passe esprita como poderoso recurso reestruturador do equilbrio psicofsico, eficiente nos mais variados casos. J compreendeu e experimentou que nesse procedimento de interatividade magntico-mental-emocional, no somente ocorre a impulso bioenergtica do mdium, mas tambm a de competentes espritos qualificados e comprometidos com a prtica do
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7. UMBRAL por Masa Intelisano, para a revista Espiritismo e Cincia, da Editora Mythos.
Segundo o Novo Aurlio O Dicionrio da Lngua Portuguesa , a palavra umbral foi tomada do espanhol e significa soleira, limiar, entrada, ou seja, a faixa mnima de piso que se acha entre as laterais de uma porta, porto ou passagem, e serve de limite entre um cmodo e outro numa construo. Em 1943, Andr Luiz, o mdico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cndido Xavier, trouxe a pblico o significado dado palavra na colnia espiritual Nosso Lar, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne. Em seu livro tambm chamado Nosso Lar , ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lsias lhe dava as primeiras informaes sobre a colnia e descreveu-o como regio onde existe grande perturbao e sofrimento e para a qual a colnia dedicava ateno especial. Vejamos o que diz o enfermeiro: Quando os recm-chegados das zonas inferiores do Umbral se revelam aptos a receber cooperao fraterna, demoram no Ministrio do Auxlio;.... E mais adiante, acrescenta: ... A no ser em obedincia a esse imperativo, o Governador vai semanalmente ao Ministrio da Regenerao, que representa a zona de Nosso Lar onde h maior nmero de perturbaes, dada a sintonia de muitos dos seus abrigados com os irmos do Umbral.... No foi sem razo que Andr Luiz teve seu interesse despertado para essa regio chamada Umbral. Sem entender bem do que se tratava, voltou a insistir com Lsias para saber mais detalhes e, no captulo seguinte, narra novo dilogo com o enfermeiro, em que este lhe deu maiores detalhes desta regio do astral, no sem antes perguntar como ele poderia no conhecer o Umbral se havia ficado l por tantos anos. Vejamos o que diz Lsias: O Umbral continuou ele, solcito comea na crosta terrestre. a zona obscura de quantos no mundo no se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indeciso ou no pntano dos erros numerosos.. Mais adiante, diz tambm: ... O Umbral funciona, portanto, como regio destinada a esgotamento de resduos mentais; uma espcie de zona purgatorial, onde se queima, a prestaes, o material deteriorado das iluses que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existncia terrena. E em outro pargrafo, Lsias complementa: O Umbral regio de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se a tudo o que no tem finalidade para a vida superior. ... Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratrias. (grifo nosso)... L vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espcie. ... Pois o Umbral est repleto de desesperados. Por no encontrarem o Senhor disposio dos seus caprichos,..., essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificaes. Enfim, desde ento, a palavra Umbral, escrita com letra maiscula, como o fez Andr Luiz no livro Nosso Lar, tomou significado especial, principalmente entre os espritas, designando a regio espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espritos endividados, perturbados e desequilibrados depois da vida. Com esta conotao, a palavra difundiu-se muito e transformou-se num quase sinnimo do Inferno e do Purgatrio dos catlicos, com localizao geogrfica, tamanho, etc., conceito este que o prprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, j havia desmitificado em suas obras, mais de 80 anos an3 tes, especialmente em O Livro dos Espritos , nas seguintes perguntas: 1011. Um lugar circunscrito no Universo est destinado s penas e aos gozos dos Espritos, segundo o seus mritos? - J respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos so inerentes ao grau de perfeio do Esprito. Cada um traz em si mesmo o princpio de sua prpria felicidade ou infelicidade. (grifo nosso). E como eles esto por toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros.
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- No so mais do que figuras: os Espritos felizes e infelizes esto por toda a parte. Entretanto, como j o dissemos tambm, os Espritos da mesma ordem se renem por simpatia. (grifo nosso). Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos. Como vemos pelas respostas dos espritos a Kardec, o Inferno e o Paraso no passam de estados de esprito, condio moral de sofrimento ou felicidade a que esto sujeitos os espritos por suas prprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E bom lembrar que espritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraso particulares. O que nos diferencia dos espritos desencarnados apenas o fato de estarmos temporariamente presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opinies, frustraes, alegrias, defeitos e qualidades. Na verdade, a figura geogrfica e espacial do Inferno dos catlicos serviu de molde aos espritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral. Assim como o Inferno da Igreja Catlica foi tomado emprestado e adaptado do Inferno dos povos no cristos (chamados pagos), para compor os mitos de Inferno e Paraso. Pelo que dizem os espritos a Kardec, podemos concluir que cada um de ns traz, em si mesmo, o inferno e o paraso que merece, de acordo com o que pensa, sente e faz durante sua vida espiritual, includos a tambm os perodos em que nos encontramos encarnados. Se no existe Inferno ou Purgatrio, por que haveria de existir o Umbral com localizao, medidas, coordenadas, etc.? Tudo o que existe no plano espiritual criado pela mente dos espritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos, nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente quilo que somos intimamente. Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos t-lo novamente quando desencarnados. a que nossa mente entra em ao, criando tudo o que desejamos ardentemente. E vrias mentes, desejando a mesma coisa juntas, tm muito mais fora para criar. A grande diferena que, no mundo fsico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparncia, enquanto que no plano astral isso no possvel, pois l todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixes, manias e vcios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como conscincias e, no, como personalidades encarnadas. No Umbral, tudo o que est fora de ns consequncia do que est dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece reflexo do que trazemos na conscincia. Assim, o Umbral nada mais que uma faixa de frequncia vibratria a que se ligam os espritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. uma regio energtica onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazo aos seus instintos, onde convivem com o que lhes caracterstico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espritos em misso de resgate, que esto sempre por l em trabalhos de assistncia. Alguns autores descrevem o Umbral como uma sequncia de anis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu ncleo de magma at vrias camadas para fora de seus limites fsicos. O que acontece que os espritos se renem obedecendo apenas e unicamente sintonia entre si e acabam formando anis energticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela parte da humanidade espiritual que o habita e tambm o foco de ateno de todos os desencarnados ligados a ele. As camadas descritas em alguns livros so mais um recurso didtico para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois no h limites precisos entre elas, assim como no h divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes. exatamente o que nos diz Lancellin, em seu livro Iniciao - Viagem Astral , pela psicografia de Joo Nunes Maia:
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Bibliografia complementar sugerida: 1. 2. 3. 4. 5. Prolas do Alm Francisco Cndido Xavier (mdium) e Emmanuel (esprito) FEB Obreiros da Vida Eterna Francisco Cndido Xavier (mdium) e Emmanuel (esprito) FEB Mos Estendidas Irene Pacheco Machado (mdium) e Luiz Srgio (esprito) - Recanto Alm da Matria Robson Pinheiro (mdium) e Joseph Gleber (esprito) Casa dos Espritos O que Encontrei do Outro Lado da Vida Vera Lcia Marinzeck de Carvalho (mdium) -espritos diversos Petit
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BIBLIOGRAFIA
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Novo Dicionrio da Lngua Portuguesa Aurlio Buarque de Holanda Site do IPPB www.ippb.org.br Site A Jornada www.ajornada.hpg.ig.com.br Viagem Espiritual II Wagner D. Borges (texto) e Glria C. Costa (ilustraes) Mos de Luz Barbara Ann Brennan Passes e Radiaes Edgard Armond Teoria dos Chakras Hiroshi Motoyama Psiquismo e Cromoterapia Edgard Armond Perisprito Zalmino Zimmermann
10. O Livro dos Espritos Allan Kardec 11. Evoluo em Dois Mundos Andr Luiz (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 12. Site de Conscienciologia - http://www.iipc.org.br/index2.php 13. Como Ver e Interpretar a Aura Ted Andrews 14. Site Psicenter www.fluidos.hpg.ig.com.br 15. Paranormalidade e Energia Medinica Uma Pesquisa Kirliangrfica Walter Lange Jr. 16. Esprito, Perisprito e Alma Hernani Guimares Andrade 17. Missionrios da Luz - Andr Luiz (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 18. Um Fluido Vital Chamado Ectoplasma Matthieu Tubino 19. Formas de Pensamento Annie Besant e Charles W. Leadbeater
20. Diagnstico Bioenergtico Pesquisa Atravs da Clarividncia Roberto E. Silva e Ilza A. Silva (esgotado)
21. Animismo e Espiritismo Alexander Aksakov 22. Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 23. Mediunidade Tudo o que Voc Precisa Saber Richard Simonetti 24. Mediunismo Ramatis (esprito) e Herclio Maes (mdium) 25. Diversidade dos Carismas vols. I e II Hermnio C. Miranda 26. O Livro dos Mdiuns Allan Kardec 27. Tcnica da Mediunidade C. Torres Pastorino (esgotado) 28. Mediunidade Edgard Armond 29. Prtica Medinica Edgard Armond 30. Falando de Espiritualidade Wagner D. Borges 31. Mediunidade de Cura - Ramatis (esprito) e Herclio Maes (mdium) 32. Plenitude Medinica Miramez (esprito) e Joo Nunes Maia (mdium) 33. Conexo Uma Nova Viso da Mediunidade Maria Aparecida Martins 34. Iniciao Viagem Astral Lancellin (esprito) e Joo Nunes Maia (mdium) 35. O Passe Seu Estudo, Suas Tcnicas e Sua Prtica Jacob Melo 36. Manual do Passista Jacob Melo 37. Cure-se e Cure pelos Passes Jacob Melo 38. Cromoterapia Dicas e Orientaes de Como as Cores Podem Mudar sua Vida Elaine Marini 39. Um Guia Prtico de Medicina Vibracional - Richard Gerber 40. Cromoterapia Tcnica Ren Nunes 41. Os Mensageiros Andr Luiz (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 42. Nosso Lar - Andr Luiz (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 43. Segue-me Emmanuel (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 44. Loucura e Obsesso Manoel Philomeno de Miranda 45. Nos Domnios da Mediunidade - Andr Luiz (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium) 46. O Consolador - Emmanuel (esprito) e Francisco C. Xavier (mdium)
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