FUNDAO EDUCACIONAL DE GOIS - FACLIONS UNIDADE UNIVERSITRIA DE CALDAS NOVAS

EDMILSON SANTOS LAWRENCE MOREIRA DOS SANTOS SILVA RENATA ROSA GOMES ROGRIO MENDES VIEIRA SILVANA MIGUEL DOS REIS

A METODOLOGIA CIENTIFCA NA PERCIA CRIMINAL

CALDAS NOVAS 2012

LAWRENCE MOREIRA DOS SANTOS SILVA RENATA ROSA GOMES ROGRIO MENDES VIEIRA SILVANA MIGUEL DOS REIS

A METODOLOGIA CIENTFICA NA PERCIA CRIMINAL

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Gesto em Segurana Pblica da Faculdade Educacional de Gois FACLIONS, Unidade universitria de Caldas Novas, para fins de avaliao. Orientador: Prof. Esp. Leonardo de Queiroz e Silva

CALDAS NOVAS 2012 SUMRIO

1 INTRODUO................................................................................................ 2 OBJETIVOS.................................................................................................... 2.1 Geral............................................................................................................. 2.2 Especficos................................................................................................... 3 PROBLEMA.................................................................................................... 4 HIPTESE...................................................................................................... 5 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 6 REFERNCIAL TERICO............................................................................. 7 METODOLOGIA............................................................................................. 8 CRONOGRAMA............................................................................................. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................

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1 INTRODUO

A metodologia cientfica utilizada como uma forma de organizao para se alcanar resultados cientficos e confiveis para uma determinada pesquisa ou investigao, por isso sua aplicabilidade dentro da criminalstica fundamental. Dentro da temtica sobre a segurana pblica essencial o conhecimento a cerca da importncia da prova pericial e conhecer a metodologia cientfica aplicada nos laudos periciais, visto que cabe aos estudiosos do assunto segurana pblica estarem aptos a interpretar e avaliar laudos periciais, tanto na sua forma, quanto no seu contedo. Do ponto de vista doutrinrio, pode-se conceber a Criminalstica como sendo a disciplina que tem como objetivo reconhecimento e interpretao dos indcios materiais e extrnsecos, relativos ao crime ou identidade dos criminosos. O Perito Criminal estudado nesta pesquisa monogrfica como principal responsvel tcnico capacitado em encontrar vestgios deixados pelo autor do fato nos locais de crimes, que possam posteriormente consubstanciar em elemento de prova pericial. O perito deve possuir capacidade tcnica para executar os levantamentos deixados sob sua responsabilidade. A criminalstica uma cincia, por isso o perito criminal precisa raciocinar como um cientista, que trabalha e investiga usando mtodos de pesquisa, ganhado assim, tempo, qualidade, confiabilidade e elegncia nos resultados alcanados. Por ser uma tcnica relativamente nova, a criminalstica precisa de algumas definies e metodologias mais solidificadas para aplicao no dia-a-dia da percia. Isso no quer dizer que faltam essas tcnicas. Elas existem, algumas completas, outras no aceitas ou no adotadas por toda a comunidade de peritos oficiais. Isso tem gerado aplicaes muito diversificadas e incompletas, incorrendo em riscos na qualidade final do trabalho apresentado pelos peritos. Ser debatido nesse trabalho, ento, a grande importncia que abrange o uso dos mtodos para a organizao de uma percia criminal feita pelos profissionais responsveis pelos locais de crimes, no que se refere aos vestgios em geral.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa monogrfica investigar e compreender a importncia do uso da metodologia cientfica aplicada nos procedimentos periciais.

2.2 Objetivos especficos

Ponderar sobre a importncia e valor do servio de percia criminal para os principais destinatrios desse servio. Considerar os mtodos cientficos expostos na teoria de diversos autores conceituados na rea da criminalstica. Analisar algumas metodologias cientificas existentes no ramo da pericia criminal.

3 PROBLEMATIZAO

O uso de mtodos cientficos na pericia criminal surtem quais benefcios para o profissional? Quais os problemas que podem surgir decorrentes da falta do uso de mtodos cientficos na pratica pericial? Existem atualmente definies metodolgicas solidificadas que podem ser aplicadas no dia-a-dia da percia criminal?

4 HIPTESES

O uso de mtodos cientficos na percia criminal, em virtude do seu carter organizador e direcionador, podero surtir uma melhoria significativa na qualidade de muitos laudos periciais, possibilitando uma melhor instruo dos inquritos policiais e dos processos penais, proporcionando alm disso, a produo de novas metodologias, mais modernas e eficientes, que serviro de consulta material para outros peritos. Ao contrrio, a falta de metodologia na percia criminal poder roubar tempo do perito, por no estar organizado, poder ser interrompido por diversos motivos, ou percorrer por muito tempo num caminho equivocado, tendo que no fim voltar ao ponto inicial. Surtindo assim, alm da perda de tempo, perda de energia e estmulo. Atualmente, o ramo da criminalstica necessita de novas tcnicas e novas metodologias, isso acontece por que a criminalista relativamente nova, e muitos peritos tem por hbito o uso der mtodos complexos ou antigos demais, ou at mesmo, importar metodologias no adequadamente aplicveis ao nosso Pas.

5 JUSTIFICATIVA

A evoluo acelerada que ocorreu dentro da cincia deve-se a recriao da metodologia cientfica e sua valorizao nos currculos universitrios. Hoje em dia, impossvel fazer cincia, sem que o uso de mtodos esteja presente. A sistematizao e a organizao de um procedimento credibiliza seus resultados, por isso a importncia do uso de mtodos cientficos. Para Gil (2002, p.17), o desenvolvimento de produes cientficas s se d de maneira efetiva mediante o concurso dos conhecimentos disponveis e a utilizao cuidadosa de mtodos, tcnicas e outros procedimentos cientficos. Com base nesta argumentao, possvel perceber a aplicabilidade dessa ferramenta dentro da criminalstica, visto que a mesma no s tem o poder de organizar um trabalho, como tambm de facilitar a obteno dos resultados, evitando assim a perda de tempo durante um processo investigativo. Tendo em vista tal raciocnio, este projeto monogrfico justifica-se na compreenso de que a metodologia cientfica, pode e deve ser aplicada no mundo da investigao criminal, de acordo com Reis (2005, p; 4): a metodologia a mais poderosa arma ou ferramenta na mo do Perito Criminal e do Mdico Legista para chegar a um resultado; e um resultado real e convincente. Essa temtica fundamental para um perito criminal que deseje ser um bom profissional, pois fundamental aprender a olhar o fenmeno criminal dentro da tica da metodologia cientfica para se ter sucesso em seu trabalho. Isto significa fazer um levantamento completo e orientado dos vestgios materiais no sentido nico do crime que est investigando com o objetivo de alcanar a materialidade do crime e do criminoso. Observa-se que nos diversos Institutos de Criminalstica e de Medicina Legal em todo Pas, cada um adota metodologias ligeiramente diferenciadas tanto para a execuo dos exames periciais, quanto para a elaborao do laudo pericial oficial. Mesmo dentro de cada Instituto, os prprios peritos acabam, cada um, adotando o seu prprio procedimento. Percebe-se tambm que existem poucos peritos pesquisadores no Brasil, a maioria prefere aproveitar pesquisas e equipamentos importados, isto ocorre, porque a criminalstica carente de novos mtodos, ou da prpria adaptao de se fazer as

coisas para nossa realidade. Para se criar ou adaptar novos mtodos dentro do nosso pas, a metodologia cientfica mostra-se indispensvel, isto ocorre por que o Brasil possui dimenses territoriais gigantescas, com climas, vegetaes e outras caractersticas diversificadas, que acabam influenciando tanto o comportamento de um fungo quanto o comportamento das pessoas, por isso, os mtodos cientficos precisam ser contextualizados para cada regio considerando suas peculiaridades. Vale ressaltar tambm que os as tcnicas e mtodos usados no passado no podem ser aproveitados na atualidade devido as mudanas nos prprios materiais existentes, por exemplo, a velocidade dos carros hoje em dia no a mesma do passado, os pneus, os freios, so diferentes. Outro mudana foi no uso da luva de parafina que no usada mais pelos peritos por influenciar nos resultados finais de uma investigao. inegvel, assim, que a metodologia cientfica dentro da pericia criminal faz aumentar ainda mais a credibilidade de uma cincia to respeitada como a criminalstica, evitando que esta fique a merc de importaes ou mesmo que sofra soluo de continuidade.

6 REFERNCIAL TERICO

Para a realizao desta pesquisa monogrfica, ser feito um levantamento bibliogrfico com o intuito de oferecer um verdadeiro embasamento terico para este estudo. Para isso sero utilizados tanto livros, como artigos cientficos, pesquisas e outros trabalhos produzidos por peritos criminais conceituados. Dentre as diversas obras que sero pesquisada, o livro Metodologia Cientfica e Percia Criminal do professor e perito criminal goiano Albani Borges dos Reis ser nossa principal referncia por tratar especificamente do tema pesquisado. Outros peritos tambm sero citados, tais como Espndula, Lakatos, Cunha, Cabral e Zarzuela, e obras da rea de Direito Penal e de direitos humanos e constitucionais, de autores como Capez, Nucci e Piovesan. Tais obras tero como critrios de incluso a temtica e a relevncia do autor na rea que desenvolveu seus estudos. Tambm sero consideradas as publicaes de sentena judicial e dos pareceres do Ministrio Pblico Estadual pertinentes ao estudo. Alm dessas fontes citadas, sero consultadas as fontes especficas do ordenamento jurdico, tais como a Constituio da Repblica de 1988, os Cdigos Penal e de Processo Penal. Ao se falar em metodologia cientfica, necessrio ponderar sobre a qualidade do servio e a avaliao de eficincia e eficcia, autores como Culliraux e Proena sero pesquisados. Alm disso, o uso de mtodos facilita a organizao, e ao se falar sobre organizao necessrio compreender o valor do servio que se prestado, para isso o autor Zarafian ser estudado. As referidas fontes sero pesquisadas na biblioteca da Secretaria de Segurana Pblica e Justia de Morrinhos-GO e nos acervos particulares dos pesquisadores e dos colaboradores, alm da obteno em acessos internet.

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7 METODOLOGIA

Para a realizao deste trabalho a metodologia utilizada ser a metodologia da problematizaao, de acordo com Berbel (2001, p. 18) esse mtodo une a realidade com a teoria, adquirindo com isso respostas para as questes levantadas na prtica, propondo dessa forma alternativas para uma possvel interveno. Primeiramente ser feito uma analise documental de diversas publicaes, livros, artigos, revistas e documentos produzidos por peritos e profissionais que possuam credibilidade no assunto pesquisado. Este levantamento bibliogrfico tem como finalidade a compreenso do tema, bem como suas plausveis aplicaes na prtica. Em seguida, ser realizado um estudo de caso, que segundo Miguel (2010, p. 129), um trabalho de carter emprico que investiga um dado fenmeno dentro de um contexto real contemporneo por meio de anlise aprofundada de um ou mais objetos de anlise. O estudo de caso ser a abordagem escolhida para finalizar pesquisa, primeiramente pela natureza exploratria da questo estudada, e por fim, pelo carter do assunto, pois sua investigao diz respeito a uma conjuntura contempornea.

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8 CRONOGRAMA

1) Reviso bibliogrfica 2) Discusso terica em funo da determinao dos objetivos 3) Localizao e identificao das fontes de obteno dos dados ou documentos 4) Determinao de categorias para tratamento dos dados documentais 5) Anlise e interpretao 6) Redao da MONOGRAFIA 7) Reviso da redao 8) Divulgao dos resultados

Julho Agosto Setembro X X X X X X X X X X

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ABNT. Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 6023: Informaes e documentaes: referncias elaborao. Rio de Janeiro, 2002. BERBEL, N. A. N. Metodologia da Problematizao no Ensino Superior e sua contribuio para o plano da praxis. Semina: v.17, n. esp., p.7-17, 1996 BRASIL. Protocolo brasileiro percia forense no crime de tortura . Ministrio da Justia. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. BRASIL. Protocolo de Istambul Manual para a Investigao e Documentao Eficazes da Tortura e Outras Penas e Tratamentos Cruis, Desumanos ou Degradantes. ONU. Escritrio do Alto Comissariado para Direitos Humanos, Nova Iorque e Genebra, 2001. CAULLIRAUX, H. M.; PROENA, A. Gesto: introduo conceitual. In: CAULLIRAUX, H. M.; YUKI, M. (Org.). Gesto pblica e reforma administrativa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004. cap. 1, p. 19-28. CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 6. ed. rev. So Paulo: Saraiva, 2001. CUNHA, Benedito Paulo da. Doutrina da criminalstica brasileira . So Paulo: Ateniense, 1987. ESPNDULA, Alberi. Percia criminal e cvel: uma viso geral para peritos e usurios da percia. 2. ed. Campinas: Millennium Editora, 2006 ______; TOCCHETTO, Domingos (coord.). Criminalstica: metodologias. Porto Alegre: [s.n.], 2005. procedimentos e

GIL, Antnio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. So Paulo: Atlas, 2002 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientfica. 4. ed. So Paulo: Atlas, 1983.

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MIGUEL, Godeardo Baquero. Mtodos de pesquisa pedaggica . So Paulo: Edies Loyola, 1978. PIOVESAN, Flvia. Direitos humanos e internacional. 8a. ed. So Paulo: Saraiva, 2007. o direito constitucional

REIS, Albani Borges dos. Metodologia cientfica e percia criminal . Campinas, SP: Millennium Editora, 2005.