Automação de Uma Injetora de Plástico

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 80

Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium Araatuba SP

Automao de uma injetora de plstico

Francis Polo da Cruz

Araatuba - SP 2012

Automao de uma injetora de plstico

Trabalho de Concluso de Engenharia Mecatrnica Orientador: Prof. Odilon Caldeira Filho Centro Universitrio Catlico UniSALESIANO Auxilium de Araatuba SP

Araatuba SP 2012

CRUZ, Francis Polo 2012

Automao de uma injetora de plstico Trabalho de concluso de curso 76 p. UniSalesiano Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium Araatuba/SP

Automao de uma injetora de plstico

Francis Polo da Cruz

Trabalho de Concluso de Engenharia Mecatrnica Orientador: Prof. Odilon Caldeira Filho Centro Universitrio Catlico UniSALESIANO Auxilium de Araatuba SP

Prof. Centro Universitrio Catlico Auxilium UniSALESIANO Data:

Prof. Centro Universitrio Catlico Auxilium UniSALESIANO Data:

Prof. Centro Universitrio Catlico Auxilium UniSALESIANO Data:

DEDICATRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, irm e familiares, que acreditaram em mim e sempre me apoiaram em tudo, dedico tambm aos meus amigos de faculdade e aos professores da Universidade por todo conhecimento transmitido para a realizao do presente trabalho. Francis Polo da Cruz

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por me dar sade e inteligncia para o desenvolvimento do trabalho. Ao professor Odilon Caldeira Filho pelo tempo dedicado e pela orientao deste trabalho, fornecendo ferramentas e literaturas que facilitaram minhas tarefas. Agradecimento ao senhor Ronaldo proprietrio da empresa Injebras Injetados Ltda ME, no municpio de Birigui, na rua Joo Batista Puertas Sanches, 605, bairro Novo Parque So Vicente, que me recebeu e permitiu a automao em uma das suas injetoras.

RESUMO

O trabalho detalha caractersticas das mquinas injetoras de uma forma geral, com foco na automao de uma injetora de plstico visando confiabilidade, a agilidade e segurana do processo e ocupacional por meio da evoluo tecnolgica e no uso de perifricos. Para a descrio das caractersticas das etapas de evoluo e da automao em si, foi utilizada a pesquisa bibliogrfica e de campo, alm da automao de uma injetora (substituio do painel de controle da mesma). A automao tem como funo melhorar a eficincia e controle do processo, aumentar a confiabilidade, diminuir e auxiliar na manuteno e de falhas. Palavras-chave: mquinas injetoras, automao, confiabilidade, segurana, evoluo, eficincia, controle, manuteno.

ABSTRACT The paper details the characteristics of injection molding machines in general, with a focus on automation of a plastic injection aimed reliability, agility and process safety and occupational through technological developments and the use of peripherals. For a description of the characteristics of the stages of development and automation itself, we used the literature and field, in addition to the automation of an injector (replacing the control panel of the same). The automation function is to improve efficiency and process control, increase reliability, and help reduce maintenance and troubleshooting. Keywords: injection molding machines, automation, reliability, security, progress, efficiency, control, maintenance.

LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Injetora a pisto Mquina de Hyatt...............................................13 Figura 2: Mquina injetora de plstico..............................................................15 Figura3: Conjunto de injeo por mbolo..........................................................16 Figura 4: Conjunto de injeo por rosca............................................................17 Figura 5: Unidade de fechamento hidrulico de pisto.....................................18 Figura 6: Sistema Hidrulico Mecnico.............................................................18 Figura 7: Sistema Hidrulico..............................................................................19 Figura 8: Mquina injetora horizontal...............................................................20 Figura 9: Mquina injetora vertical...................................................................21 Figura 10: CLP LOGO - SIEMENS...................................................................26 Figura 11: CLP WEG Clic-02 Fonte: WEG (2012).........................................................................................................26 Figura 12: CLP SIMATIC S7-200.......................................................................27 Figura 13: CLP WEG Linha TPW-03.................................................................28 Figura 14: CLP SIMATIC S7-400.......................................................................29 Figura 15: CLP Bosch Rexroth L40....................................................................29 Figura 16: Partida de um motor em diagrama eltrico a esquerda e a direita programado na linguagem ladder...................................................................................31 Figura 17: Exemplo de partida de um motor em Diagrama de Bloco de Funes 32 Figura 18: Exemplo do Sequenciamento Grfico de Funes SFC.................32 Figura 19: Exemplo do Sequenciamento Grfico de Funes SFC.................33 Figura 20: Exemplo de Lista de Instrues........................................................33 Figura 21: Exemplo da programao por Lista de instrues IL...................34 Figura 22: Programao do tipo Texto estruturado ST..................................35 Figura 23: Contato (NF) e (NA) com impulso....................................................35 Figura 24: Chave tipo botoeira de impulso........................................................36 Figura 25: Contato (NF) e (NA) com reteno...................................................36 Figura 26: Boto com reteno..........................................................................36 Figura 27: Boto de emergncia tipo cogumelo.................................................37 Figura 28: Modelo de chaves fim de curso.........................................................37

Figura 29: Diagrama de blocos de um sensor indutivo......................................38 Figura 30: Sensores indutivos.............................................................................39 Figura 31: Sensores de proximidade capacitivos...............................................39 Figura 32: Exemplo de aplicao de sensores capacitivos................................40 Figura 33: Vlvula reguladora proporcional.....................................................41 Figura 34: Vlvula direcional.............................................................................41 Figura 35: Atuador linear...................................................................................42 Figura 36: Atuador rotativo................................................................................43 Figura 37: Injetora de Plstico...........................................................................45 Figura 38: Painel eltrico...................................................................................45 Figura 39: Desenvolvimento do projeto eltrico................................................46 Figura 40: CPU LOGO 24RC.............................................................................47 Figura 41: Mdulo Expanso DM8 24R.............................................................47 Figura 42: Mdulo Expanso AM2 PT100.........................................................48 Figura 43: IHM Logo TD....................................................................................48 Figura 44: Fonte Logo Power.............................................................................48 Figura 45: Painel eltrico montado....................................................................50 Figura 46: Painel eltrico-disposio dos circuitos ..........................................50 Figura 47: Painel sem controladores de temperatura........................................51 Figura 48: Botes fixados e nomeados...............................................................51 Figura 49: Painel fixado e energizado ...............................................................52 Figura 50: IHM instalada ..................................................................................52 Figura 51: Chaves fim de curso da unidade fechamento ...................................53 Figura 52: Chaves fim de curso da unidade de injeo .....................................53 Figura 53: Chaves fim de curso da porta frontal ..............................................54 Figura 54: Chave fim de curso da porta traseira...............................................55 Figura 55: Ligao dos fios na chave fim de curso ...........................................55 Figura 56: Ligao de uma vlvula....................................................................56 Figura 57: Pirmetro..........................................................................................57 Figura 58: Contator............................................................................................57 Figura 59: PT-100 e ligao das resistncias....................................................57 Figura 61: Motor eltrico...................................................................................58 Figura 62: Programao CLP............................................................................59 Figura 63: Cabo de comunicao conectado entre CLP e notebook.................59

Figura 64: Download do programa....................................................................60 Figura 65: Contagem de peas...........................................................................61 Figura 66: Parmetros de temperatura..............................................................61 Figura 67: Parmetros de extrao....................................................................62 Figura 68: Tempo de resfriamento.....................................................................62

SUMRIO
INTRODUO....................................................................................................16 CAPTULO I........................................................................................................13 INJETORA...........................................................................................................13 1.1Histria........................................................................................................13 1.2Sistemas fundamentais................................................................................15 1.3Unidade de injeo......................................................................................15 1.4Mquina tipo pisto ....................................................................................16 1.5Mquina tipo rosca......................................................................................17 1.6Unidade de fechamento...............................................................................17 1.7Mecnico.....................................................................................................17 1.8Hidrulico de Pisto ...................................................................................18 1.9 Sistema Hidrulico - Mecnico .................................................................18 1.10Acionamento hidrulico............................................................................19 1.11Sistema de acionamento e controle da mquina........................................19 1.12 Tipos de mquinas injetoras.....................................................................20 1.13Ciclos de injeo .......................................................................................21 CAPTULO II......................................................................................................21 AUTOMAO.....................................................................................................21 2.1. Histrico....................................................................................................21 2.2. Microprocessador ....................................................................................21 2.2.2 Hardware ................................................................................................23 2.3 Controlador Lgico Programvel (CLP)....................................................23 2.4 Tipo de CLPs .............................................................................................25 2.5 Linguagem de programao ......................................................................29 2.6 Chaves........................................................................................................35 2.6.1 Chave tipo botoeira..................................................................................35 2.6.2 Chave fim de curso..................................................................................37 2.7 Sensores......................................................................................................38 2.7.1 Sensores indutivos ..................................................................................38 2.7.2 Sensores capacitivos ...............................................................................39 2.8 Vlvulas......................................................................................................40

2.9 Atuadores ...................................................................................................41 2.9.1 Atuadores lineares ..................................................................................41 CAPTULO III.....................................................................................................45 DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA APLICADA................................45 3.1 Empresa......................................................................................................45 3.1 Verificar condies de componentes de campo.........................................45 3.2 Desmontagem do painel eltrico ...............................................................45 3.1 Desenvolvimento do projeto eltrico..........................................................46 3.2 Escolha do CLP..........................................................................................47 3.3 Levantamento dos componentes ................................................................49 3.4 Montagem do painel eltrico......................................................................49 3.5 Ligaes de campo.....................................................................................53 3.5 Programao do CLP..................................................................................58 3.6. Recursos ...................................................................................................61 3.7 Benefcios...................................................................................................62 62 CONCLUSO......................................................................................................45 APNDICE I.......................................................................................................46 APNDICE II......................................................................................................65 APNDICE III.....................................................................................................66 APNDICE IV.....................................................................................................67 APNDICE V......................................................................................................69 BIBLIOGRFIA..................................................................................................65 Figura 1: Injetora a pisto Mquina de Hyatt...............................................13 Figura 2: Mquina injetora de plstico..............................................................15 Figura3: Conjunto de injeo por mbolo..........................................................16 Figura 4: Conjunto de injeo por rosca............................................................17 Figura 5: Unidade de fechamento hidrulico de pisto.....................................18 Figura 6: Sistema Hidrulico Mecnico.............................................................18 Figura 7: Sistema Hidrulico..............................................................................19 1.12.1Mquina Injetora Horizontal..................................................................20 Figura 8: Mquina injetora horizontal...............................................................20

1.12.2 Mquina Injetora Vertical.....................................................................21 Figura 9: Mquina injetora vertical...................................................................21 2.2.1 Software...................................................................................................21 2.3.1 Entradas...................................................................................................24 2.3.1.1 Entradas digitais...................................................................................24 2.3.1.2 Entradas analgicas..............................................................................24 2.3.2 Lgica de controle...................................................................................24 2.3.3 Sadas.......................................................................................................24 2.3.3.1 Sadas digitais.......................................................................................25 2.3.3 Sadas analgicas ....................................................................................25 2.4.1 CLPs de pequeno porte............................................................................25 Figura 10: CLP LOGO - SIEMENS...................................................................26 Figura 11: CLP WEG Clic-02 Fonte: WEG (2012).........................................................................................................26 2.4.2 CLPs de mdio porte...............................................................................27 Figura 12: CLP SIMATIC S7-200.......................................................................27 Figura 13: CLP WEG Linha TPW-03.................................................................28 2.4.2 CLPs de Grande porte.............................................................................28 Figura 14: CLP SIMATIC S7-400.......................................................................29 Figura 15: CLP Bosch Rexroth L40....................................................................29 2.5.1 Norma IEC 61131-3................................................................................30 2.5.1.1 Linguagem Ladder................................................................................30 Figura 16: Partida de um motor em diagrama eltrico a esquerda e a direita programado na linguagem ladder...................................................................................31 2.5.1.2 Diagrama de blocos de funes ...........................................................31 Figura 17: Exemplo de partida de um motor em Diagrama de Bloco de Funes 32 2.5.1.3 Sequenciamento grfico de funes SFC..........................................32 Figura 18: Exemplo do Sequenciamento Grfico de Funes SFC.................32 Figura 19: Exemplo do Sequenciamento Grfico de Funes SFC.................33 2.5.1.4 Lista de instrues IL........................................................................33 Figura 20: Exemplo de Lista de Instrues........................................................33 Figura 21: Exemplo da programao por Lista de instrues IL...................34 2.5.1.5 Texto estruturado ST.........................................................................34

Figura 22: Programao do tipo Texto estruturado ST..................................35 Figura 23: Contato (NF) e (NA) com impulso....................................................35 Figura 24: Chave tipo botoeira de impulso........................................................36 Figura 25: Contato (NF) e (NA) com reteno...................................................36 Figura 26: Boto com reteno..........................................................................36 Figura 27: Boto de emergncia tipo cogumelo.................................................37 Figura 28: Modelo de chaves fim de curso.........................................................37 Figura 29: Diagrama de blocos de um sensor indutivo......................................38 Figura 30: Sensores indutivos.............................................................................39 Figura 31: Sensores de proximidade capacitivos...............................................39 Figura 32: Exemplo de aplicao de sensores capacitivos................................40 Figura 33: Vlvula reguladora proporcional.....................................................41 Figura 34: Vlvula direcional.............................................................................41 Figura 35: Atuador linear...................................................................................42 2.9.2 Atuadores rotativos .................................................................................43 Figura 36: Atuador rotativo................................................................................43 Figura 37: Injetora de Plstico...........................................................................45 Figura 38: Painel eltrico...................................................................................45 Figura 39: Desenvolvimento do projeto eltrico................................................46 Figura 40: CPU LOGO 24RC.............................................................................47 Figura 41: Mdulo Expanso DM8 24R.............................................................47 Figura 42: Mdulo Expanso AM2 PT100.........................................................48 Figura 43: IHM Logo TD....................................................................................48 Figura 44: Fonte Logo Power.............................................................................48 3.2.1 Custo do CLP..........................................................................................49 3.3.1 Custo dos componentes .........................................................................49 Figura 45: Painel eltrico montado....................................................................50 Figura 46: Painel eltrico-disposio dos circuitos ..........................................50 Figura 47: Painel sem controladores de temperatura........................................51 Figura 48: Botes fixados e nomeados...............................................................51 Figura 49: Painel fixado e energizado ...............................................................52 Figura 50: IHM instalada ..................................................................................52 3.5.1 Ligaes das chaves fim de curso...........................................................53 Figura 51: Chaves fim de curso da unidade fechamento ...................................53

Figura 52: Chaves fim de curso da unidade de injeo .....................................53 Figura 53: Chaves fim de curso da porta frontal ..............................................54 Figura 54: Chave fim de curso da porta traseira...............................................55 Figura 55: Ligao dos fios na chave fim de curso ...........................................55 3.5.2 Ligaes das vlvulas solenoides...........................................................55 Figura 56: Ligao de uma vlvula....................................................................56 3.5.3 Ligaes do sistema de aquecimento.....................................................56 Figura 57: Pirmetro..........................................................................................57 Figura 58: Contator............................................................................................57 Figura 59: PT-100 e ligao das resistncias....................................................57 3.5.4 Ligao do motor eltrico .......................................................................58 Figura 61: Motor eltrico...................................................................................58 Figura 62: Programao CLP............................................................................59 Figura 63: Cabo de comunicao conectado entre CLP e notebook.................59 Figura 64: Download do programa....................................................................60 3.5.1 Manual.....................................................................................................60 3.5.2 Semi-automtico......................................................................................60 3.5.3 Automtico..............................................................................................60 Figura 65: Contagem de peas...........................................................................61 Figura 66: Parmetros de temperatura..............................................................61 Figura 67: Parmetros de extrao....................................................................62 Figura 68: Tempo de resfriamento.....................................................................62

INTRODUO
Ser apresentado neste trabalho um histrico sobre injetoras,

caractersticas e automao de uma. Atualmente com o aumento e a necessidade de uso de peas injetadas, a indstria contribuiu para a evoluo tecnolgica. Antigamente no havia controle de qualidade na produo de peas plsticas injetadas, no que se diz respeito a controle dimensional e qualidade devido aos recursos industriais da poca (desde mquina, matria prima, mo-de-obra e etc). Com as novas matrias primas e a necessidade de injeo de peas tcnicas (peas mais complexas) veio a evoluo das mquinas e o desenvolvimento de perifricos para automao do processo, tornando mais eficiente e confivel. Atualmente com o aumento das importaes e a competitividade do mercado, as

indstrias visam aumentar produtividade sem perder qualidade dos produtos fabricados para ser competitiva no mercado. Sendo assim, as indstrias com melhores recursos industriais se destacam, ao contrrio das que no acompanham a evoluo.

13

CAPTULO I INJETORA

1.1 Histria A mquina dita injetora foi patenteada em 1872 pelos irmos Hyatt, John e Isaac. Esta injetora consisti em uma prensa manual, possui um cilindro com sistema de aquecimento a vapor, e um bico para descarregar o material de um mbolo acionado hidraulicamente. O material utilizado era o nitrato de celulose. Por causa da instabilidade do nitrato de celulose, eles acoplaram uma prensa hidrulica vertical ao lado de sua mquina, onde injetava o material nesta prensa, com o molde fechado.

Figura 1: Injetora a pisto Mquina de Hyatt Fonte: Cefet (2004)

Aps a inveno dos irmos Hyatt, este equipamento vem sendo melhorado at hoje. Os fabricantes visam desenvolver mquinas que ofeream reduo de custos energticos, e oferecem grande produo e qualidade das peas injetadas. A fabricao de mquinas iniciou-se nas dcadas de 30 e 40, com mquinas do tipo pisto com capacidade aproximada de 200 gramas de moldagem. Mesmo ao longo do tempo e com a evoluo at hoje as mquinas consistem de quatro partes fundamentais que so a unidade de injeo, unidade de fechamento, acionamento hidrulico e sistema de controle eletromecnico da mquina.

1.2 Sistemas fundamentais So quatro os sistemas fundamentais: unidade de injeo, unidade de fechamento, acionamento hidrulico e sistema de acionamento e controle da mquina.

Figura 2: Mquina injetora de plstico Fonte: Cefet ( 2004)

1.3 Unidade de injeo A unidade de injeo recebe o material no estado slido, em forma de p ou grnulos, e transporta-os em dosagem controladas at o interior do molde. Nesta unidade o material aquecido por resistncias eltricas que so fixadas em volta do cilindro de injeo, assim sendo fundido. Suas principais funes so: Realizar movimento em sua base permitindo movimentos de avano e recuo; Realizar presso de contato entre o bico e o molde; Realizar o movimento de rotao da rosca sem fim permitindo a dosagem do material; Realizar movimento de avano da rosca sem fim durante a fase injeo; Realizar movimento de retorno da rosca sem fim durante a fase de descompresso; Realizar a presso de recalque. A unidade de injeo dividida em dois tipos: Mquina tipo pisto.

Mquina tipo rosca.

1.4 Mquina tipo pisto

Figura3: Conjunto de injeo por mbolo Fonte: Harada 2004

O conjunto de injeo por mbolo (Figuras 3) constitudo por um mbolo simples, acionado pelo sistema hidrulico, que desloca o material plstico atravs de um cilindro previamente aquecido por resistncias eltricas. O torpedo (Figura 3) responsvel por homogeneizar o material. Na figura 3 parte superior mostra o mbolo parado e o cilindro de injeo aquecido sendo alimentado pelo material plstico atravs do funil de alimentao, j na Figura 3 parte inferior mostra o material sendo levado atravs do cilindro aquecido com o mbolo acionado.

1.5 Mquina tipo rosca

Figura 4: Conjunto de injeo por rosca Fonte: Torres 2007

A mquina tipo rosca possui uma rosca sem fim que tem a funo de plastificar e homogeneizar o material, executando um movimento rotativo, enquanto que para injetar o material executa com um movimento retilneo. 1.6 Unidade de fechamento A unidade de fechamento realiza o fechamento do molde com uma fora que resiste na hora da injeo, a presso de injeo do material. A fora de fechamento obtida atravs de um dos sistemas a seguir: Mecnico. Hidrulico de Pisto. Sistema Hidrulico - Mecnico.

1.7 Mecnico O sistema mecnico funciona com alavancas ligadas em dois braos, os braos so acionados manualmente, eles transmitem a fora para as alavancas, essas se deslocam abrindo ou fechando o molde de acordo com o movimento. um sistema muito utilizado antigamente, seus movimentos dependem do operador, sendo assim utilizado para pequenas produes.

1.8 Hidrulico de Pisto No sistema hidrulico de pisto a abertura e fechamento do molde so realizados por um pisto hidrulico de grande rea. A fora de fechamento obtida pela presso do leo, ou seja, quanto maior a presso, maior ser a fora aplicada no molde. Se houver algum vazamento no sistema de fechamento, haver perda de presso, diminuindo assim a fora de fechamento, e ocasionando rebarbas na pea injetada.

Figura 5: Unidade de fechamento hidrulico de pisto Fonte: Torres 2007

1.9 Sistema Hidrulico - Mecnico O sistema hidrulico - mecnico o sistema mais utilizado pelos fabricantes de mquinas injetoras. composto por um cilindro e um pisto hidrulico de rea bem reduzida, em relao ao sistema com pisto, estes esto ligados a um sistema de articulaes que ir movimentar a placa mvel, fechando ou abrindo o molde.

Figura 6: Sistema Hidrulico Mecnico Fonte: Sandretto do Brasil

1.10

Acionamento hidrulico O sistema hidrulico tem a funo de transformar energia hidrulica em energia

mecnica e transmiti-la atravs do sistema em pontos e tempos diferentes, para efetuar movimentos. Os principais componentes do sistema hidrulico so: a) Vlvula direcional; b) vlvula de controladora de presso; c) motor eltrico; d) reservatrio de leo hidrulico (Tanque); e) bomba hidrulica; f) instrumentos de medio; g) vlvula direcional; h) cilindro de fechamento; i) acumulador de presso; j) vlvula controladora de vazo; k) filtro na linha de suco (Bomba Hidrulica); l) vlvula de segurana; m) vlvula de reteno.

Figura 7: Sistema Hidrulico Fonte: Cefet (2004)

1.11

Sistema de acionamento e controle da mquina O sistema de acionamento e controle da mquina conectado a rede eltrica.

responsvel acionar e controlar elementos, acionar o motor eltrico da bomba hidrulica, acionar via IHM (Interface Homem-Mquina) parmetros de controle da mquina, bem como seus movimentos, controlar o acionamento das resistncias do cilindro de aquecimento, permitir a instalao e o controle de sistemas opcionais como aquecimento do molde, extratores entre outros. O painel eltrico fixado na mquina, fechado com portas com travas. Nele so fixadas contatores, rels, disjuntores, fonte, e todo o sistema de controle da mquina, CPU do PLC, cartes de entrada/sada, etc. 1.12 Tipos de mquinas injetoras

1.12.1 Mquina Injetora Horizontal Nessa mquina injetora o sistema de fechamento do molde ocorre no eixo horizontal.

Figura 8: Mquina injetora horizontal Fonte: Torres ( 2007)

1.12.2 Mquina Injetora Vertical Nessa mquina injetora o sistema de fechamento do molde ocorre no eixo vertical.

Figura 9: Mquina injetora vertical Fonte: Torres ( 2007)

1.13

Ciclos de injeo O processo de injeo executado em fases que se repete a cada ciclo. As fases

em ordem de execuo so: Plastificao: fase responsvel por tornar o material plstico capaz de se conformar. Preenchimento: esta fase faz com que o material preencha todas as cavidades do molde. Pressurizao e recalque: fase responsvel por comprimir o material e manter a presso para que o material chegue na densidade e forma correta. Resfriamento: fase responsvel pela solidificao do material dentro molde, e a estabilizao da forma adquirida no recalque. Extrao: fase que promove a retirada da pea injetada, a extrao pode ocorrer manualmente ou automaticamente por dispositivos quando o molde estiver aberto.

21

CAPTULO II AUTOMAO
2.1. Histrico No incio da dcada de 50 j se comentava que a ciberntica (cincia da comunicao e do controle) iria revolucionar completamente as mquinas operatrizes, porm no se sabia como. Inicialmente houve a tendncia de aplicar o computador para comando de mquinas, o que retardou o uso em escala comercial do microprocessador. O conceito de processamento iniciou-se no fim da dcada de 40 nos Estados Unidos atravs do Instituto Tecnolgico de Massachussets por fora da indstria blica e espacial. A automao comeou a fazer parte integrante da forca area dos Estados Unidos. Porm a automao de injeo de materiais teve bero na Alemanha no instituto de pesquisas Krupp. No fim da dcada de 60 vrias empresas europeias pesquisavam isoladamente o comando de vlvulas direcionais orientadas por comandos eletromecnicos simples, que permitiam o movimento mecnico brusco e descompassado. No incio da dcada de 70 com o aumento da tcnica de proporcionalidade, a eletrnica entrou em cheio na automao iniciando a era da robtica industrial. Atualmente a automao industrial se encontra em plena operao. 2.2. Microprocessador um equipamento eletrnico capaz de receber informaes atravs de entrada prpria de dados, compilar essa informaes e transmiti-las em forma de comando para a mquina. dividido em Software e Hardware. 2.2.1 Software O microprocessador capaz de executar diversos tipos de funes distintas, cada funo especifica e bem determinada. Um grupo de funes gera uma instruo. Cada instruo colocada dentro do microprocessador e a cada instante, o mesmo executa a instruo especfica que lhe foi atribuda.

Para que o microprocessador execute uma tarefa, deve-se criar uma srie de instrues as quais ele ir executar uma a uma, a esta srie de funes denomina-se programa. Portanto para que o microprocessador execute uma tarefa devemos programa-lo, e o programa que coordena as funes chamado de software. 2.2.2 Hardware O Microprocessador por si s no auto suficiente, exige uma srie de componentes para sua utilizao. Um sistema com microprocessador tem a necessidade de possuir portas de entrada e de sada por onde os sinais so recebidos e enviados pelo circuito, possuir tambm memria, onde estaro armazenados os programas, dados, contadores, buffers e demais circuitos. O microprocessador apenas a unidade central de processamento onde estes dados so manipulados. A este conjunto de componentes interligados que formam o circuito, nomeamos de Hardware. 2.3 Controlador Lgico Programvel (CLP) Como dito anteriormente o microprocessador no consegue controlar totalmente o processo, pois ele somente o crebro do circuito eletrnico. A rede eletrnica que controla todo o processo chamada de controlador lgico programvel. O CLP surgiu em 1968, dentro da indstria automobilstica americana General Motors. Sua motivao foi a enorme dificuldade de modificar a lgica de controle de painis de comando a cada novo modelo de um automvel e ou a cada mudana na linha de montagem. O CLP trouxe a vantagem de em vez de modificar ou at mesmo criar um novo painel basta fazer uma alterao na lgica do programa. O CLP um equipamento eletrnico de controle livremente programvel e baseado em microprocessadores. O PLC sente o meio ambiente por meios de equipamentos perifricos que lhe enviam informaes, o mesmo recolhe essas informaes e as processam, e age sobre este meio ambiente conforme a lgica programada. De modo geral o CLP possui trs blocos bsicos, entrada, lgica de controle e sadas.

2.3.1 Entradas So elos de ligao entre o CLP e o que acontece em campo. Atravs das entradas o CLP toma conhecimento do que est ocorrendo na mquina ou processo sob seu controle. 2.3.1.1 Entradas digitais Uma entrada digital quando informa apenas dois estado diferentes, por exemplo: contato aberto ou fechado, tenso ou no, em nvel logico 0 ou 1. Nas entradas digitais esto conectadas as chaves fim de curso, pressostatos, sensores de posio, chaves, botoeiras etc. 2.3.1.2 Entradas analgicas Uma entrada analgica quando informa continuamente o estado de uma varivel, por exemplo a tenso de entrada varia entre 0 a 10V, ou 4 a 20mA. Ela informa por exemplo a temperatura de um determinado processo. Atravs desta entrada analgica o CLP reconhece o valor da temperatura a cada momento. Os CLPs podem tambm receber informaes externas atravs de IHM (Interface Homem-Mquina) ou mesmo se comunicar com outros PLCs e computadores atravs de interfaces apropriadas. 2.3.2 Lgica de controle a parte do CLP que analisa, processa e decide, obedecendo a um programa armazenado em sua memria, este bloco analisa as variveis e, de acordo com o programa, atua sobre o meio ambiente atravs das sadas. As variveis que a logica de controle analisa podem ser entradas ou variveis internas, como contadores, temporizadores etc. A lgica de controle composta fundamentalmente pelo processador que executa uma srie de funes de acordo com o programa gravado na memria, a memria que armazena o programa e os comandos para o processador agir. 2.3.3 Sadas atravs das sadas que os CLPs agem sobre as mquinas e processos que esto sobre seu controle. As sadas podem ser digitais ou analgicas.

2.3.3.1 Sadas digitais Podem estar ligadas ou desligadas conforme lgica de programao. Nelas podem ser conectadas, vlvulas solenoides, contatores, rels, lmpadas etc.

2.3.3 Sadas analgicas Apresentam uma tenso varivel controlado pelo programa e podem por exemplo acionar vlvulas proporcionais. Desta forma o CLP sente e age em um processo industrial controlando ciclos complexos de trabalho, podendo executar centenas de instrues em milsimos de segundo. 2.4 Tipo de CLPs Os CLPs de acordo com nmeros de entradas e sadas, digitais ou analgicas, de sua capacidade de memria, velocidade de processamento e performance so classificados em: CLPs de pequeno porte CLPs de mdio porte CLPs de grande porte

2.4.1 CLPs de pequeno porte Os CLPs desta categoria caracterizam-se pelo seu tamanho compacto, com isto economizando espao nos painis eltricos, requerem menos acessrios e espao de armazenamento, e podem ser expandidos sempre que necessrio. So equipamentos idealizados para aplicaes de pequeno e mdio porte em tarefas de intertravamento, temporizao, contagem e operaes matemticas, substituem com vantagens, contatores auxiliares, temporizadores e contadores eletromecnicos, reduzindo o espao necessrio e facilitando significativamente as atividades de manuteno (TELEMECANIQUE, 2012). Possuem em sua grande maioria unidade integrada de operao e visualizao, possibilitando assim a programao diretamente no equipamento, so resistentes a vibraes, possuindo um elevado grau de compatibilidade eletromagntica, estando assim em conformidade com normas industriais e podendo suportar as condies

climticas mais agressivas.Encaixam diretamente em trilho DIN, possuindo em sua grande maioria fonte de alimentao integrada, sendo programados atravs de software simples, amigvel e intuitivo de utilizar, em alguns destes equipamentos os programas podem ser pr-testados com o simulador integrado do software e transferidos sem erros para a CPU do CLP (SIEMENS, 2012). Os CLPs de pequeno porte so usualmente chamados de micro CLPs. A figura 10 mostra o micro CLP LOGO fabricado pela Siemens, o qual ser utilizado neste trabalho.

Figura 10: CLP LOGO - SIEMENS

Na Figura 11 apresenta mais um exemplo de micro CLP, o CLP Clic-02 fabricado pela WEG.

Figura 11: CLP WEG Clic-02 Fonte: WEG (2012).

2.4.2 CLPs de mdio porte Os CLPs desta categoria caracterizam-se em geral excelente relao custobenefcio. Em muitos destes equipamentos possvel a comunicao via modem permitindo que seja feita de forma rpida e fcil, a assistncia tcnica remota (SIEMENS, 2012). So CLPs rpidos, oferecem um excelente comportamento em tempo real, garantem maior qualidade, eficincia e confiabilidade ao processo, tem uma concepo modular, permitindo que solues possam ser desenvolvidas sob medida e ampliadas conforme a demanda. Possuem diferentes nveis de memria e diferentes nmeros de entradas e sadas integradas, disponveis mdulos de expanso para diversas funes, como por exemplo: PROFIBUS-DP, AS-Interface, Ethernet, contadores rpidos, sadas de pulso rpido, memria retentiva, entradas de interrupo, relgio de tempo real, carto de memria removvel, mdulo de posicionamento, entradas analgicas PT100 e Termopar, Funo PID. (SIEMENS, 2008). Existem diversas possibilidades de painis de comando e visualizao, IHM otimizadas, LCD e grficas touch screen, interfaces integradas padro RS485, em alguns a possibilidade de se controlar inversores de freqncia, sem que seja necessrio qualquer hardware adicional. (SIEMENS, 2012). A figura 12 apresenta o CLP de mdio porte SIMATIC S7-200 fabricado pela SIEMENS.

Figura 12: CLP SIMATIC S7-200 Fonte: SIEMENS (2012).

Na Figura 13 representado o CLP de mdio porte TPW-03 do fabricante WEG.

Figura 13: CLP WEG Linha TPW-03 Fonte: WEG (2012).

2.4.2 CLPs de Grande porte Plataformas ideais para as mais sofisticadas solues em automao, tais como controle de processos com grande volume de dados ou gerenciamento de sistemas de manufatura que exijam um alto nvel de performance, velocidade e capacidade de memria, aliando processadores de alta performance, permitindo as mais variadas e complexas solues em automao (WEG, 2012). Possuem grande capacidade de armazenamento de programa e interfaces de comunicao integradas. Alguns destes CLPs podem operar em regime de Multiprocessamento, trabalhando juntos para garantir uma maior performance. Em alguns destes equipamentos seus mdulos podem ser substitudos, com o sistema em operao, garantido assim uma grande disponibilidade do sistema (SIEMENS, 2012). So amplamente utilizados em indstrias automotivas, qumicas, farmacuticas, petroqumicas e de gerao e distribuio de energia,. Muitos deles possuem mdulos de comunicao industrial Ethernet1 sendo com isto possvel receber e enviar e-mail, carregar pginas Web e implementar superviso, controle, monitorao e diagnsticos em qualquer lugar do mundo (TELEMECANIQUE, 2008). Na figura 14 representado o CLP de grande porte SIMATIC S7-400 fabricado pela SIEMENS.

Figura 14: CLP SIMATIC S7-400 Fonte: SIEMENS (2012)

Na figura 15 mostrado outro CLP de grande porte comercializado pela empresa WEG, o CLP Bosch Rexroth L40.

Figura 15: CLP Bosch Rexroth L40 Fonte: WEG (2012).

2.5 Linguagem de programao Linguagem de programao um conjunto padronizado de instrues que um sistema computacional capaz de reconhecer (FRANCHI, CAMARGO, 1994)

2.5.1 Norma IEC 61131-3 No inicio da dcada de 1990, o IEC (International Electrotechnical Commission) publicou vrias partes da norma IEC 1131 que cobre o ciclo de vida completo dos CLPs. Essa norma considerada, por alguns autores, um marco histrico para os CLPs. Alguns anos depois essa norma foi revisada e recebeu o nmero IEC 61131 cuja terceira parte IEC 61131-3 trata das linguagens de programao. Com o objetivo de simplificar as anlises. (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Visando atender aos diversos seguimentos da indstria, incluindo seus usurios, e uniformizar as varias metodologias de programao dos controladores industriais, a norma IEC 61131-3 definiu sinttica e semanticamente cinco linguagens de programao: Linguagem LADDER (LD-Ladder Diagram); Diagrama de blocos de funes (FBD-Function Block Diagram); Seqenciamento grfico de funes (SFC-System Function Chart); Lista de instrues (IL-Instruction List); Texto extruturado (ST- Structure text).

2.5.1.1 Linguagem Ladder A Linguagem Ladder uma linguagem grfica baseada na lgica de rels e contatos eltricos para a realizao de circuitos de comandos de acionamentos eltricos. Sendo a primeira linguagem utilizada pelos fabricantes, a mais difundida e encontrada em quase todos os CLPs da atual gerao (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Bobinas e contatos so smbolos utilizados nessa linguagem, os smbolos de contatos programados em uma linha representam as condies que sero avaliadas de acordo com a lgica que foi programada. Como resultado determina o controle de uma sada, que normalmente representado pelo smbolo de uma bobina (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Esta linguagem foi a primeira criada para programao de CLPs, pois se assemelha aos diagramas eltricos utilizados por tcnicos e engenheiros. composto por duas linhas verticais que representam uma fonte de alimentao para o circuito, entre as linhas verticais so colocados contatos normalmente fechado ou normalmente aberto representando chaves, dando o seu nome de Ladder, escada em ingls. Como se

assemelha aos diagramas eltricos, fica simples passar o diagrama eltrico por exemplo de uma partida de motor para a linguagem Ladder, como mostra a figura a seguir.

Figura 16: Partida de um motor em diagrama eltrico a esquerda e a direita programado na linguagem ladder

2.5.1.2 Diagrama de blocos de funes Linguagem grfica de programao, popular na Europa, cujos elementos so expressos por blocos interligados, semelhantes aos utilizados em eletrnica digital. Essa linguagem permite um desenvolvimento hierrquico e modular do software, uma vez que podem ser construdos blocos de funes mais complexos a partir de outros menores e mais simples. Normalmente os blocos so construdos utilizando a linguagem de texto estruturado (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Sendo poderosa e verstil, tem recebido ateno especial por parte dos fabricantes, seu uso indicado para processos qumicos em geral e em processamento descentralizado ou distribudo. Devido sua importncia, foi criada uma norma para atender especificamente a esses elementos (IEC 61499), visando incluir instrues mais poderosas e tornar mais clara sua programao (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Na Figura 17 apresentada a mesma partida de um motor da figura anterior, usando o mesmo Software da Siemens, LOGO!Soft Confort, porm utilizando a programao em Diagrama de Blocos de Funo.

Figura 17: Exemplo de partida de um motor em Diagrama de Bloco de Funes

2.5.1.3 Sequenciamento grfico de funes SFC Linguagem grfica que permite a descrio de aes seqenciais, paralelas e alternativas existentes numa aplicao de controle. O SFC fornece os meios para estruturar uma unidade de organizao de um programa num conjunto de etapas separadas por transies. A cada etapa est associado um conjunto de aes. A cada transio est associada uma receptividade que ter de ser satisfeita para que a transposio da transio ocorra, e assim o sistema evolua para a etapa seguinte (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Atualmente o SFC vem recebendo vrias implementaes nos CLPs de grande porte, afirmando-se como linguagem ideal para processos seqenciais. Na figura 18 apresenta uma programao em SFC utilizando o software Zelio Logic 2.

Figura 18: Exemplo do Sequenciamento Grfico de Funes SFC Fonte: FRANCHI E CAMARGO (1994)

Para melhor compreenso na figura 19 apresenta outro exemplo de Sequenciamento Grfico de Funes, porm com uma ilustrao do campo.

Figura 19: Exemplo do Sequenciamento Grfico de Funes SFC

2.5.1.4 Lista de instrues IL Linguagem textual inspirada na linguagem assembly e de caracterstica puramente seqencial, caracterizada por instrues que possuem um operador e, dependendo do tipo de operao, podem incluir um ou mais operandos, separados por vrgulas. indicada para pequenos CLPs ou para controle de processos simples (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Na Figura 20 apresenta um exemplo de programao em Lista de Instrues.

Figura 20: Exemplo de Lista de Instrues Fonte: FRANCHI E CAMARGO (1994).

Na Figura 21 apresenta um exemplo de programao em Lista de Instrues, utilizando o software TwidoSoft da empresa Schneider Electric.

Figura 21: Exemplo da programao por Lista de instrues IL

2.5.1.5 Texto estruturado ST Linguagem textual de alto nvel, muito poderosa, inspirada na linguagem Pascal, portanto mais recomendada para aplicaes complexas envolvendo descrio de comportamento seqencial contm todos os elementos essenciais de uma linguagem de programao moderna, incluindo as instrues condicionais (IF-THEN-ELSE e CASE OF) e instrues de iteraes (FOR, WHILE e REPEAT). Como o seu nome sugere, encoraja o desenvolvimento de programao estruturada, sendo excelente para a definio de blocos funcionais complexos, os quais podem ser utilizados em qualquer outra linguagem IEC (FRANCHI, CAMARGO, 1994). Na Figura 22 apresenta uma programao utilizando a linguagem de Texto Estruturado para a programao do CLP da marca FESTO.

Figura 22: Programao do tipo Texto estruturado ST.

2.6 Chaves So componentes eletromecnicos utilizados para ligar, desligar ou direcionar a corrente eltrica, por meio de um acionamento mecnico, manual ou automtico, tendo como caractersticas ideais uma alta velocidade de comutao, alta confiabilidade, baixa perda na comutao e um baixo custo. 2.6.1 Chave tipo botoeira As chaves tipo botoeira so acionadas manualmente, existem dois tipos, a de impulso e a botoeira de trava, ambas podem possuir contatos do tipo NA (normalmente aberto) ou contatos NF (normalmente fechado). A botoeira de impulso ativada quando o boto pressionado e desativado quando se solta o boto, a desativao acontece devido a ao de uma mola interna. A figura 23 apresenta a simbologia da chave tipo botoeira de impulso, enquanto a figura 24 apresenta uma chave tipo botoeira de impulso.

Figura 23: Contato (NF) e (NA) com impulso

Figura 24: Chave tipo botoeira de impulso

O boto com reteno (de trava) ativado quando o mesmo pressionado e somente desativado quando pressionado novamente. A figura 25 apresenta a simbologia da chave tipo botoeira de trava, enquanto a figura 26 apresenta o boto com reteno.

Figura 25: Contato (NF) e (NA) com reteno

Figura 26: Boto com reteno Fonte : Stark (2012)

Um boto muito importante que tambm classificado como boto com reteno o boto de emergncia tipo cogumelo, inclusive ser utilizado nesse trabalho. O boto de emergncia tipo cogumelo ativado ao pressionar o mesmo, porm para desativar o mesmo deve-se girar-lo no sentido horrio conforme figura 27.

Figura 27: Boto de emergncia tipo cogumelo

2.6.2 Chave fim de curso So dispositivos eletromecnicos que so acionados atravs de uma alavanca, a qual promove a abertura ou fechamento de um contato eltrico. No mercado h vrios tipos e tamanhos dependendo da aplicao. Estas chaves podem ser utilizadas para: Controle, quando so utilizadas para identificar o incio ou fim de um determinado movimento. Segurana, quando so utilizadas para desligar equipamentos se houver abertura de portas ou equipamento de alarme.

Figura 28: Modelo de chaves fim de curso. Fonte: Siemens (2012)

2.7 Sensores Os sensores so dispositivos eletrnicos que geram um sinal de sada quando um objeto introduzido em seu campo de atuao. Os sensores do maior versatilidade e durabilidade s aplicaes em relao as chaves eletromecnicas pois no necessitam de contato fsico para gerarem um sinal de sada. So amplamente utilizados na indstria, na automao de mquinas equipamentos e processos. Existem no mercado vrios tipos e modelos de sensores, porm neste trabalho sero apresentados os sensores indutivos e capacitivos que so aplicados em vrios tipos de sistema de automao, bem como em mquinas operatrizes, mquinas de embalagem, injetoras de plsticos, indstria automobilstica e em diversos outros tipos de aplicaes. 2.7.1 Sensores indutivos Existem vrios fabricantes de sensores indutivos, tendo assim vrios tamanhos e formatos. Os sensores indutivos so usados somente para deteco de objetos metlicos, devido o mesmo gerar um campo eletromagntico alternado, o qual produzido pela bobina, conforme figura 29. A figura 29 mostra que este campo eletromagntico emitido na face do sensor que no metlica, quando um objeto metlico (como ao, cobre, lato, alumnio, ao inoxidvel, nquel e ferro fundido) entra no seu campo de deteco sem mesmo que haja contato fsico ele gera um sinal de sada.

Figura 29: Diagrama de blocos de um sensor indutivo Fonte: FRANCHI E CAMARGO (2008)

Figura 30: Sensores indutivos Fonte: WEG (2012).

2.7.2 Sensores capacitivos A diferena dos sensores capacitivos dos indutivos esta no seu princpio de funcionamento, o qual baseado na variao da capacitncia da placa detectora localizada na face do sensor. Os sensores capacitivos tambm esto disponveis em vrios tamanhos, formatos e fabricantes. So utilizados para a deteco de objetos metlicos ou no, quando um objeto se aproxima da face do sensor, h uma variao da capacitncia, gerando um sinal. Para cada material existe um ponto diferente que provoca essa variao, deste modo h um trimpot externo que permite o melhor ajuste possvel para cada um dos materiais, os quais podem ser ao, cobre, lato, alumnio, ao inoxidvel, madeira, lquidos condutivos ou no, papelo, vidro, leos, plsticos, materiais orgnicos, frutas, cereais, etc.

Figura 31: Sensores de proximidade capacitivos Fonte: WEG (2012).

Um exemplo de aplicao a utilizao para controle de nvel de fludos dentro de um duto, faz-se um ajuste no trimpot do sensor que o mesmo ignora o duto e apenas detecta a presena do fludo dentro do mesmo, conforme figura 32.

Figura 32: Exemplo de aplicao de sensores capacitivos Fonte: Balluf (2009).

2.8 Vlvulas As mquinas injetoras possuem trs tipos fundamentais de vlvulas, sendo elas as reguladoras de vazo, as reguladoras de presso e as direcionais. A bomba fornece vazo e presso mximas e constantes, assim as vlvulas reguladoras de presso e de vazo tem a funo de regular entre mnimo e mximo a presso e vazo fornecida pela bomba, devido a cada funo a ser executada pela injetora necessitar de uma presso e vazo distintas, como por exemplo a presso e vazo de fechamento do molde so diferentes das de injeo. Devido a essa regulagem so chamadas de proporcionais. Algumas destas vlvulas so reguladas manualmente por meio de um parafuso de ajuste, porm algumas possuem um solenoide que controla automaticamente suas aberturas, devido a uma bobina que recebe um sinal eltrico controlado pelo painel de controle da mquina, ou simplesmente pela sada analgica de um CLP, respeitando a programao do operador. As vlvulas direcionais no so proporcionais, so chamadas on off, devido ou estarem totalmente aberto ou totalmente fechado, porem tambm podem ter solenoides, assim sendo acionadas por um sinal eltrico. Sua funo direcionar o fluido para dentro do atuador, fazendo esse realizar movimento de avano ou recuo, conforme solicitado.

Figura 33: Vlvula reguladora proporcional Fonte: Rexroth (2012).

Figura 34: Vlvula direcional Fonte: Rexroth (2012).

2.9 Atuadores Os atuadores convertem energia hidrulica em mecnica, realizando movimento linear ou rotativo, utilizando atuadores lineares ou rotativos. 2.9.1 Atuadores lineares Atuadores lineares so mais popularmente chamados de cilindros. So responsveis pelos movimentos lineares da mquina, como avano e recuo da unidade injetora, abertura e fechamento do molde, avano da rosca para injeo e recuo para descompresso, e para avano e retorno do extrator. Simplificando so cilindros que internamente possuem duas cmaras. utilizado no cilindro responsvel pelo movimento da unidade injetora, quando o leo entra em uma das cmaras, empurra o mbolo cuja haste proporciona o avano da unidade. Para o retorno da unidade, o centro da vlvula direcional deste cilindro movimentado pelo seu solenoide, fazendo com que o leo entre pelo outro lado do mbolo, na outra cmara, desse modo, o leo empurra o mbolo para o sentido contrrio e a haste faz

com que retorne a unidade. O leo que estava no outro lado do mbolo expulso do cilindro e retorna para o tanque.

Figura 35: Atuador linear

2.9.2 Atuadores rotativos Atuadores rotativos so mais popularmente chamados de motores hidrulicos.

Figura 36: Atuador rotativo

So responsveis por transformar a energia do leo em movimento rotativo da mquina, no caso de injetora, a rotao da rosca.

45

CAPTULO III DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA APLICADA

3.1 Empresa O desenvolvimento da metodologia foi executado na empresa Injebras Injetados Ltda ME, localizada no municpio de Birigui, na rua Joo Batista Puertas Sanches, 605, bairro Novo Parque So Vicente.

Figura 37: Injetora de Plstico

A mquina injetora de plstico escolhida para aplicao do projeto foi da marca JASOT, modelo 450/150, data de fabricao 07/04/1998, esta deciso foi tomada em dois dias aps a injetora apresentar falhas no seu funcionamento. Ao efetuar testes, constatou-se que a mquina no executava algumas funes em modo manual, e em modo semi-automtico somente fechava o molde. Neste perodo de dois dias foram verificados todo o sistema eltrico, mecnico e hidrulico da mesma, sendo constatado que os sistemas mecnico e hidrulico estavam em boas condies. J o sistema eltrico responsvel pelo controle da injetora apresentava falhas, os fios que saem do painel se encontram ressecados e ou emendados, dentro do painel eltrico os dispositivos esto em pssimo estado fsico e apresentando falhas. Tendo em vista esses problemas,

somado a uma analise mais criteriosa, e partindo do princpio do tempo de vida til e que a tecnologia j esta ultrapassada deu-se incio a aplicao.

3.1 Verificar condies de componentes de campo O primeiro passo foi verificar as chaves fim de curso, as condies dos cabos eltricos que saem do painel e efetuar testes nas boninas de solenoides de todas as vlvulas. As chaves fim de curso foram mantidas e visto que era necessrio adquirir mais quatro para ser instaladas nas portas, os cabos eltricos foram todos retirados e descartados, porm as bobinas das solenoides das vlvulas foram todas reaproveitadas. 3.2 Desmontagem do painel eltrico Segundo passo foi desmontar todo o painel eltrico conforme figura 38. Este processo seguiu a seguinte sequncia: Retirar todos componentes e botes fixados na parte superior do painel. Retirar fundo do painel. Retirar todos componentes fixados no fundo do painel. Limpar, lixar e pintar todo o painel de preto. Limpar, lixar e pintar o fundo do painel na cor laranja.

Figura 38: Painel eltrico

3.1 Desenvolvimento do projeto eltrico Aps identificados os dispositivos de campo, quantidade de vlvulas, chaves fim de curso, botes e desmontado o painel, foi verificado a potncia do motor e das resistncias eltricas. Assim deu-se incio ao desenvolvimento do projeto eltrico. O software utilizado para criar o projeto eltrico foi o CADdy Basic conforme mostrado na figura 39.

Figura 39: Desenvolvimento do projeto eltrico

Foi necessrio quatro H.H (homem/hora) para criar o projeto eltrico, o mesmo ficou composto de quatro pginas, conforme apndice 1. A injetora no possua dispositivos de segurana ocupacional, o esquema eltrico foi desenvolvido de tal forma a atender este requisito, deste modo todas as portas devem conter chaves fim de curso de segurana, sendo a porta traseira monitorada por um rele de monitoramento e a frontal pelo CLP e quando a porta frontal do lado do operador for aberta, o CLP corta e bloqueia as vlvulas de presso e vazo da mquina e a porta traseira, ao ser aberta faz com que o circuito de monitoramento provoca o desligamento imediato do motor eltrico, visando a segurana do operador. No projeto eltrico tambm foi modificado o sistema de controle de temperatura, antes era controlado por pirmetros e no projeto esta sendo controlado pelo CLP. Aps o desenvolvimento do projeto eltrico, iniciou-se a escolha do CLP.

3.2 Escolha do CLP Com o esquema eltrico concludo, visualizamos os dispositivos de campos requeridos pela mquina, e determinamos a quantidade, e se os mesmos so analgicos ou digitais, assim se deu incio ao processo de escolha do CLP. Alm das I/Os, foi levado em considerao o tipo de aplicao, tenso de alimentao, a corrente gerada pelas sadas, e se iria instalar IHM (Interface Homem-Mquina). Sendo assim o CLP escolhido foi um CLP de pequeno porte da marca Siemens, srie LOGO. Este CLP modular e para esta aplicao foi necessrio: Uma CPU LOGO 24RC, com 8 entradas 24VCA(volts corrente alternada)/VCC(volts corrente contnua), 4 Sadas Rele, 10A(amperes);

Figura 40: CPU LOGO 24RC

Dois Mdulo Expanso DM8 24R: 24VCA/CC, 4 Entradas 24VCA/CC e 4 Sadas Rele, 5A;

Figura 41: Mdulo Expanso DM8 24R

Dois Mdulo Expanso AM2 PT100: 12/24VCC, 2 Entradas PT100, -50 a 200C;

Figura 42: Mdulo Expanso AM2 PT100

Uma IHM Logo TD, com cabo para conexo CPU, Alimentao 12 VCC ou 24VCA/CC;

Figura 43: IHM Logo TD

Uma Fonte Logo Power 120/230Vca - 24Vcc, 2,5A.

Figura 44: Fonte Logo Power

3.2.1 Custo do CLP O custo total do CLP foi de R$ 2.689,29 conforme preo detalhado por componentes no oramento fornecido pela empresa Tecaut Automao Industrial Ltda., localizada na Av. Nove de Julho, 2645, Birigui SP, conforme apndice 2. 3.3 Levantamento dos componentes Aps a escolha do CLP, foi feito o levantamento dos componentes necessrios para aplicao, conforme oramento fornecido pela empresa Tecaut Automao Industrial Ltda., localizada na Av. Nove de Julho, 2645, Birigui SP, conforme apndice 3. 3.3.1 Custo dos componentes O custo dos componentes foi de R$ 3.896,65, conforme descrito no anexo 3. 3.4 Montagem do painel eltrico At ento o controle e o processo da mquina eram feitos por contatores auxiliares, sendo assim necessrio a utilizao de vrios dispositivos fixados dentro do painel, ocupando muito espao e gerando pouca flexibilidade. Com o projeto eltrico j impresso e com a aquisio do CLP e dos componentes, deu incio ao processo de montagem do mesmo. Com a tinta do fundo do painel j seca, deu-se inicio a montagem na seguinte sequencia: o Fixado o trilho DIN no fundo do painel; o Fixado todos os componentes no trilho DIN; o Fixado canaletas no fundo do painel; o Ligado fios conforme esquema eltrico; O resultado visualizado na figura 45.

.
Figura 45: Painel eltrico montado

Pela figura 46 podemos verificar que os circuitos conforme numerados:

Figura 46: Painel eltrico-disposio dos circuitos

Nmero 1: circuito responsvel pelo controle do processo (CLP) Nmero 2: circuito de proteo das resistncias (disjuntores) Nmero 3: circuito de acionamento das resistncias (contatores) Nmero 4: circuito de proteo de comando e tomada do painel (disjuntores) Nmero 5: circuito de liberao de funcionamento da mquina (contator) Nmero 6: circuito de acionamento do motor eltrico de 20 cv(cavalo-vapor) Nmero 7: circuito de monitoramento de segurana (rele de monitoramento)

No nmero 8 podemos verificar os bornes, estes so responsveis pela conexo dos fios que entra e saem do painel. Aps esta etapa foi necessrio fixar uma chapa de ao tapando os buracos onde os pirmetros estavam fixados, pois esse controle agora ira ser pelo CLP. Aps a fixao da chapa de ao foi necessrio limp-la, lix-la e pint-la de preto, conforme mostra a figura 47.

Figura 47: Painel sem controladores de temperatura

Aps fixada a chapa de ao e pintada, foi fixado os botes e nomeados, conforme mostra a figura 48.

Figura 48: Botes fixados e nomeados

Em seguida foi fixado o fundo do painel eltrico conforme mostra a figura 49.

Figura 49: Painel fixado e energizado

Em seguida foi fixada e instalada a IHM numa caixa confeccionado pela prpria empresa, conforme figura 50.

Figura 50: IHM instalada

Foi necessrio dez H.H (homem/hora) para executar este processo todo, desde a desmontagem e montagem do painel at a instalao da IHM.

3.5 Ligaes de campo 3.5.1 Ligaes das chaves fim de curso Aps fixado o painel eltrico e instalado a IHM foram fixadas todas as chaves fim de curso, passado os cabos at as mesmas e ligados at o painel, sendo elas: Chaves fim de curso da unidade de fechamento, que informa o CLP que o molde est fechado, molde est aberto e que o extrator esta recuado, conforme mostra figura 51.

Figura 51: Chaves fim de curso da unidade fechamento

Chaves fim de curso da unidade de injeo, que informa que o a mesma est avanada ou recuada e fim de dosagem, conforme mostra figura 52.

Figura 52: Chaves fim de curso da unidade de injeo

Foram fixadas e ligadas tambm as chaves fim de curso adquiridas para as portas, as quais so monitoradas pelo rele de monitoramento fixado dentro do painel conforme descrito anteriormente. A figura 53 e 54 mostra as chaves instaladas nas portas.

Figura 53: Chaves fim de curso da porta frontal

Estas chaves fim de curso tem a funo de que enquanto esta porta estiver aberta, o circuito de monitoramento envia um sinal para o CLP que corta e bloqueia as vlvulas de presso e vazo da mquina, no permitindo assim que o molde feche, evitando acidentes.

Figura 54: Chave fim de curso da porta traseira

Esta chave fim de curso tem a funo de que quando esta porta for aberta, o circuito de monitoramento provoca o desligamento imediato do motor eltrico, e o mesmo somente religado quando a porta estiver fechada evitando acidentes. A figura 55 mostra a ligao dos fios nos conectores das chaves fim de curso.

Figura 55: Ligao dos fios na chave fim de curso

3.5.2 Ligaes das vlvulas solenoides Foram passados os cabos novos at as vlvulas, sendo cada uma delas responsveis por: Presso geral;

Presso baixa; Abrir molde; Fechar molde; Avanar extrator Recua extrator Avanar unidade de injeo Recuar unidade de injeo Injetar Dosar A figura 56 mostra a ligao de uma das vlvulas.

Figura 56: Ligao de uma vlvula

3.5.3 Ligaes do sistema de aquecimento O sistema de aquecimento converte energia eltrica em energia trmica controlando assim a temperatura do cilindro de injeo. Este controle anteriormente era executado por pirmetro (figura 57). O pirmetro permite ajustar e definir uma temperatura. Ele faz a leitura atravs de um sensor, no caso era um termopar, e responde em funo do ajuste, ligando o contator (figura 58) para ligar as resistncias elevando o calor e desligando o contator para desligar as resistncias para no exceder o calor. Este controle agora quem faz o CLP. Foi substitudo os termopares por PT100, sendo que os mesmos so ligados ao Mdulo Expanso AM2 PT100 (figura 59) informando a temperatura para o CLP. Os PT-100 foram conectados no canal de leitura da unidade de injeo e ligado os fio nas resistncias conforme figura 57. Para definir a temperatura de controle basta digitar na IHM, e j visualizar a temperatura atual conforme figura 60.

Figura 57: Pirmetro

Figura 58: Contator

Figura 59: PT-100 e ligao das resistncias

Figura 60: Temperatura de controle na IHM 3.5.4 Ligao do motor eltrico O motor eltrico tem a funo de acionar a bomba hidrulica fornecendo presso para o sistema hidrulico. A ligao do motor eltrico seguiu o projeto eltrico que utiliza a partida estrela tringulo. Esta partida tem a funo de suavizar a corrente eltrica de partida do motor, evitando assim picos de corrente na rede eltrica. O motor utilizado mostrado na figura 61, alimentado em 220 Volts trifsico, tem uma potncia de 20 CV(cavalo-vapor), velocidade de 1760 RPM. A presso hidrulica mxima fornecida pelo sistema hidrulico de 140 Kg/cm2.

Figura 61: Motor eltrico

Em seguida deu incio a programao do CLP. 3.5 Programao do CLP A programao foi desenvolvida no Software da Siemens, LOGO!Soft Confort, e a linguagem de programao utilizada foi o Leader, conforme mostra figura 62.

Figura 62: Programao CLP

Foi necessrio quatro H.H (homem/hora) para concluir o programa, o apndice 4 o mostra por completo. Aps trmino do programa, foi conectado o cabo de comunicao entre o CLP e o notebook conforme mostra figura 63. Logo em seguida conforme figura 64 foi feito o download do programa para o CLP.

Figura 63: Cabo de comunicao conectado entre CLP e notebook

Figura 64: Download do programa

Depois de feito o download do programa foi feito uma hora de testesem seguida foi explicado para o operador o funcionamento da mquina. A mesma ficou disposta em trs modos de trabalho, sendo selecionados pelo operador, e so eles: Manual Semi-automtico Automtico

3.5.1 Manual No modo manual o operador por meio de acionamento das chaves tipo botoeiras comanda cada etapa do ciclo de injeo da mquina individualmente. 3.5.2 Semi-automtico No modo semi-automtico todas as etapas do ciclo de injeo so realizadas automaticamente sem a interveno do operador, porm para iniciar o ciclo de injeo o operador deve abrir e fechar a porta frontal. 3.5.3 Automtico No modo automtico assim como no semi-automtico todas as funes so realizadas automaticamente sem a interveno do operador, porm basta o operador fechar a porta para dar inicio ao ciclo e no h a necessidade de o operador abrir e fechar a porta frontal para iniciar um novo ciclo, o ciclo s interrompido se o operador

intervir no processo, abrindo a porta ou apertando o boto de emergncia por exemplo. Esse modo geralmente utilizado para produes elevadas, pois aps a extrao da pea ele j inicia o ciclo novamente. 3.6. Recursos Com a automao foi possvel obter os seguintes recursos: Visualizao do status da mquina: parada ou produzindo, quando produzindo possvel visualizar na tela da IHM a funo que a injetora est executando em tempo real; Visualizar quantidade de peas produzidas; Possibilidade de programar todos os parmetros de tempo, temperatura; Visualizar temperaturas; Habilitar ou no extrator, extrao repetitiva e quantas repeties sero ativadas; Indica falhas.

Figura 65: Contagem de peas

Figura 66: Parmetros de temperatura

Figura 67: Parmetros de extrao

Figura 68: Tempo de resfriamento

3.7 Benefcios Aumento da eficincia e confiabilidade da mquina; Maior segurana e baixssima manuteno; Facilidade de diagnsticos de defeitos.

45

CONCLUSO
A importncia da automao a favor do ser humano um passo muito importante para a contnua busca da perfeio. A automao tem a funo de garantir uma alta produtividade com elevada eficincia e padro de qualidade, permitindo uma reduo no custo final do produto, bem como sua disponibilidade em tempo relativamente menor e quantidades maiores.

46

APNDICE I

65

APNDICE II

66

APNDICE III

67

APNDICE IV

69

APNDICE V

BIBLIOGRFIA
APOSTILA DE AUTOMAO INDUSTRIAL. Disponvel em: < http://pt.scribd.com/doc/92391852/Apostila-Automacao-Industrial > acesso em: 18 de setembro de 2012. AUTOMAO RESIDENCIAL. Disponvel em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsK4AB/automacao-residencial-comutilizacao-controlador-logico-programavel > acesso em: 10 de setembro de 2012. CEFET-RS/UNED Sapucaia do Sul. Introduo a Transformao de Termoplsticos, 2004 CLASSIFICAO DOS CLPs. Disponvel em: < http://pt.scribd.com/doc/105416827/5/Classificacao-dos-CLPs > acesso em: 10 de setembro de 2012. CURSO BASICO DE CLP. Disponvel em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAJy4AA/curso-basico-clp > acesso em: 10 de setembro de 2012. DEBMAQ. Disponvel em: < http://www.debmaq.com.br > acesso em: 20 de setembro de 2012. Franchi , Claiton Moro; Camargo, Valter Lus Arlindo, Controladores Lgicos Programveis - Sistemas Discretos. Edio 2, 1994. HARADA, Jlio. Moldes para Injeo de Termoplsticos: Projetos e Princpios Bsicos. So Paulo. Editora Artliber, 2004. MATRIZES, Injeo e Moldes. So Paulo. Editora Artliber, 2005. MICHAELI / GREIF / KAUFMANN / VOSSEBURGER. Tecnologia dos Plsticos. Editora Edgard Blucher, 2005. MORAES, Ccerp Couto de; Castrucci, Plnio de Lauro. Engenharia de Automao Industrial. Rio de Janeiro. Editora LTC, 2001

MUSEU DO PLSTICO. Disponvel em: < http://museo.cannon.com/museo/portoghese/default.htm >. Acesso: 25 de setembro 2012. NATALE, Ferdinando, Automao Industrial. So Paula, Editora rica , 1995. RBOS POR APLICAO. Disponvel em: < http://www.dalmaschio.com.br > acesso em: 10 de setembro de 2012. SANDRETTO DO BRASIL, Caractersticas das mquinas injetoras. Disponvel em: < www.sandretto.com.br > acesso em: 18 de setembro de 2012 SENAI: APOSTILA DE INSTRUMENTAO. Disponvel em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABMRcAH/apostila-instrumentacao-industrialsenai > acesso em: 10 de setembro de 2012. SENAI-SP, Mrio Amato. Processo de Transformao I, 2004. TORRES, Jocelito. Dossi Tcnico: Preveno de Acidentes em Mquinas Injetoras de plstico. SENAI-RS Nilo Bettanin, 2007.

Você também pode gostar