1 Reflexo Inato 1

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Reflexos inatos O estudo do reflexo inato relevante para a Psicologia, pois o mesmo est presente est presente em todos

s os organismos, inclusive o humano, preparando-os para reagir a certos aspectos do mundo. Ele uma forma bsica de interao entre os organismos e o mundo e est diretamente relacionado a questes de sobrevivncia do mesmo. Compreender o comportamento dos organismos complexos compreender o que as espcies aprenderam durante sua histria evolutiva e como esta aprendizagem se relaciona ao que os indivduos aprendem ao longo da sua vida. O estudo dos reflexos inatos importante para a Psicologia, pois so objetos da mesma j que ela estuda comportamentos, alm disso, so importantes para a aprendizagem de outros comportamentos que os organismos adquirem ao longo de suas vidas. Um comportamento reflexo inato ou simplesmente um reflexo inato uma relao entre um estmulo e uma resposta que no depende de condicionamento prvio. Um reflexo a produo fidedigna de uma resposta por um estmulo [...] O estmulo elicia a resposta [...] a eliciao da resposta pelo estmulo, no a resposta sozinha nem o estmulo sozinho define o reflexo. (CATANIA, 1999) Um estimulo uma mudana no ambiente e uma resposta uma mudana organismo. O reflexo no diagrama representado da seguinte forma: SR (estmulo elicia resposta). Exemplos de comportamentos reflexos so: salivao eliciada pelo cheiro de comida, um salto do joelho eliciado por uma batida de tendo patelar, contrao na pupila eliciada por uma luz forte, contrao muscular eliciada por um choque, suor eliciado pelo aumento de temperatura, sobressalto eliciado por som em volume alto e arrepio eliciado por diminuio da temperatura. CATANIA, A. Charles. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognio. 4.ed.-Porto Alegre:Artes Mdicas Sul, 1999. Reflexo Inato material da aula 1. Talvez voc nem tenha reparado em algumas reaes que nosso corpo apresenta devido a estmulos especficos do ambiente. Muitas espcies do reino animal apresentam reflexos que so inatos. Sendo assim, se apresentam da mesma forma em todos os indivduos da espcie. Na espcie humana no diferente. Tais condies so

fundamentais para a preservao da espcie. 2. Alguns reflexos so bem conhecidos como espirrar, tossir, contrair a perna aps uma batida no tendo patelar, retirar a mo de algo quente para que no se machuque, contrao das pupilas entre outros. 3. As pupilas comportam-se analogamente. As variaes de luminosidade presentes no ambiente podem demonstrar-se nocivas s sensveis estruturas da retina. Sendo assim, essa variao do dimetro torna-se necessria para a integridade dessa estrutura. Mas o que isto tem a ver com o reflexo, no mesmo? 4. Pois bem... O reflexo a relao existente entre um estmulo apresentado e uma resposta produzida. 5. Em psicologia comportamental, costumamos dizer que um estmulo elicia uma resposta do organismo. Nessa relao devemos perceber que uma alterao de uma parte do ambiente (seja ela percebida por qualquer rgo do sentido) denominada estmulo e a mudana ocorrida no organismo a resposta. 6. Na anlise experimental do comportamento temos uma simbologia empregada na representao das relaes entre o comportamento e o ambiente: S ----------> R Um estmulo elicia uma resposta. O S representa o estmulo e o R a resposta eliciada. 7. No exemplo citado, o reflexo a relao entre a luminosidade e a contrao da pupila. Dizemos que ele inato, pois no aprendemos a contrair ou dilatar a pupila na presena de altas e baixas luminosidades. um processo automtico do nosso organismo. Isso acontece no s com as pupilas, como vimos, mas com muitas outras respostas do organismo. 8. Outros exemplos tambm comuns so: Cisco no olho (Estmulo) ---- > Piscar (Resposta) Fogo prximo mo (Estmulo) ---- > Contrao do brao (Resposta) Partcula slidas nas vas respiratrias (Estmulo) ---- >Tosse, Espirro (Resposta) Alimento na boca (Estmulo) ---- > Salivao (Resposta)

9. Intensidade e Magnitude A relao estimulo e resposta uma condio importante e que nos remete a entender dois conceitos importantes dentro da psicologia: a intensidade do estmulo e a magnitude da resposta. Para entender essa relao, necessrio ter por base a relao entre as quantidades, ou seja, o quanto de estmulo e o quanto de resposta eliciada. 10. Por exemplo, num dia quente, voc acorda com a imagem da reprter do tempo dizendo mnima de 35 e mxima de 40 graus. Voc j sabe que vai verter suor pelos poros. Se no bastasse isso, dia em que voc deve ir ao banco pagar as contas. 11. Analisando fisiologicamente, fazemos parte dos animais homeotermos. Isso significa que temos alguns mecanismos que mantem a temperatura do nosso corpo constante aproximadamente (36,5 C). Sendo assim, num dia em que a temperatura chega aos 40 C, seu corpo no chegar aos 40C. Para isso, suamos e conseguimos manter nossa temperatura constante (a gua troca calor com o corpo e evapora liberando o calor em excesso). Mas o que isso tem a ver com intensidade e magnitude? 12. Em matemtica, diramos que a intensidade do calor diretamente proporcional magnitude do suor. Isso significa que quanto mais calor, mais suor. Essa a relao existente.

13. Agora se ao entrar no banco, voc se depara com uma temperatura de 10 C promovida por um super ar condicionado? Bom, se voc no morrer de um choque trmico, vai perceber que a reao do seu organismo ser diferente. Arrepios e tremores sero diretamente proporcionais intensidade do frio. 14. Se a intensidade de estmulo diretamente proporcional a magnitude da R, temos envolvido o conceito de Limiar do estmulo. Limiar quantidade de estimulao capaz de provocar uma resposta no organismo. Existem estmulos subliminares ou supraliminares. 15. Essa habilidade em observar como determinados estmulos podem ser ou no relevantes para identificar ou mesmo medir determinados comportamentos nos chama a ateno em psicologia. Como assim medir? Eu estava com MUITO medo, na medida em que o elevador subia os andares. Fiquei MUITO ansioso quando percebi que viajaria novamente Fique atento s intensidades nas quais as emoes se apresentam.

16 Dentro das relaes entre estmulos e respostas encontramos as leis ou propriedades do reflexo. 17 Os reflexos tambm esto bastante relacionados s emoes e sensaes. Alguns estmulos, por exemplo, nos eliciam respostas de medo; outros estmulos eliciam respostas prazerosas; outros de sensaes de bem estar; outros de ansiedade, e isso apenas para citar alguns exemplos. 18 Como os reflexos esto intimamente relacionados s emoes, muito importante que os psiclogos compreendam bem seu funcionamento. Muitos cientistas, entre eles psiclogos, estudaram os reflexos e descobriram certas relaes entre caractersticas dos estmulos e caractersticas das respostas que so constantes. Essas relaes so chamadas de Leis dos Reflexos (ou tambm propriedades dos reflexos). 19 Lei da intensidade-magnitude - Uma primeira lei que descreve relaes constantes entre caractersticas dos estmulos e das respostas a lei da intensidade-magnitude, que estabelece que

quanto maior a intensidade do estmulo, maior ser a magnitude da resposta. Por exemplo, quanto mais alta a temperatura do ambiente, mais ns suamos. Dizemos que intensidade e magnitude so diretamente proporcionais. 20 Lei do limiar - Para que um estmulo possa eliciar uma resposta, ou seja, para ele possa produz-la, esse estmulo precisa ter uma certa intensidade mnima. Por exemplo o estmulo temperatura s elicia a resposta de suar a partir de 25 graus. A lei do limiar, portanto, estabelece que para que um estmulo possa eliciar uma resposta, sua intensidade deve estar acima do limiar de percepo (limiar o menor valor necessrio para eliciar uma resposta). 21 Lei da latncia - Outra relao constante entre caractersticas do estmulo e caractersticas da resposta a descrita pela Lei da Latncia. Entre a apresentao de um estmulo e a ocorrncia da resposta por ele eliciada h um certo perodo de tempo. Esse perodo de tempo chamado de latncia da resposta. A Lei da Latncia estabelece que quanto maior a intensidade do estmulo, menor a latncia da resposta. No exemplo, quanto mais intenso o calor, menor o tempo para que a pessoa comece a suar.

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