Pre-Projeto Crimes Virtuais - Hosanan Fernandes
Pre-Projeto Crimes Virtuais - Hosanan Fernandes
Pre-Projeto Crimes Virtuais - Hosanan Fernandes
PIRIPIRI-PI
2013
PIRIPIRI PI
2013
SUMRIO
1 INTRODUO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 REFERENCIAL TERICO
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5 METODOLOGIA
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6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
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7 CONSIDERAES FINAIS
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REFERNCIAS
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1 INTRODUO
mister falar que a lei dos crimes hediondos no Brasil foi criada mediante o
aumento da criminalidade nos grandes centros urbanos, principalmente contra
pessoas de destaque na sociedade, como por exemplo sequestros, latrocnios, entre
outros. Porm, o que se observa que mesmo com a criao desta lei, a
criminalidade no diminuiu como esperavam as autoridades, uma vez que s
aumentam as estatsticas. Importante seria, ao mesmo tempo em que so criadas
novas leis como a Lei dos Crimes Hediondos, serem realizadas tambm polticas
sociais que englobassem a sade, a educao, campanhas de emprego e renda.
O termo hediondo, segundo o dicionrio Aurlio (1993, p. 884) significa
repente, repulsivo, horrendo. Crimes hediondos, por sua vez, so aqueles crimes
considerados repugnantes pela sociedade. Condutas hediondas, segundo Silva
(2008, p. 134): ... so todas as condutas delitousas de excepcional gravidade, seja
quanto sua execuo, seja quanto a natureza do bem jurdico ofendido, bem
como, especial condio da vtima, que causam reprovao e repulso.
Este pr-projeto ento tem como objetivo analisar a problemtica da (im)
possibilidade da liberdade provisria de aplicao da liberdade provisria nos crimes
hediondos e seus equiparados, uma vez que so muito complexas as discusses
acerca do tema no meio jurdico.
A metodologia utilizada foi o acervo bibliogrfico dos renomados autores
NUCCI (2008), COSTA (1997), MIRABETE (2003), SILVA (2008) alm de artigos
cientficos extrados via internet. Espera-se que este trabalho esclarea um pouco
sobre a questo proposta, afinal esta polmica sobre a concesso de liberdade para
crimes hediondos e seus equiparados tm gerado diversos posicionamentos tanto a
favor como contra.
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 REFERENCIAL TERICO
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Genocdio: a lei que trata deste crime a Lei n 2.889/56 que adota os
mesmos critrios da Conveno das Naes Unidas. Neste crime o bem jurdico
tutelado no a vida do indivduo em si, mas a vida de um grupo de pessoas em
sua totalidade. A conduta delitiva deve ser dirigida a membros de determinado grupo
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A liberdade provisria tambm pode ser definida como o meio tido pelo
legislador para abrandar os agravantes de uma priso cautelar, instituindo assim, um
uma ligao entre ru e o processo ao prender aquele estipulao de certos nus,
como por exemplo a obrigao dele de comparecer de forma peridica frente
autoridade competente, ficando impedido de sair da sua comarca ou, at mesmo,
sendo obrigado, em determinados casos, a pagar fiana, sem, necessariamente,
ficar mantido em crcere.
A grande novidade oriunda da Lei n 11.464/07 consiste na possibilidade
cesso de liberdade provisria, tendo o legislador extrado do texto restrio desta,
mas mantendo o inciso II, que exclui a fiana. Neste sentido, o legislador passou a
permitir a liberdade provisria sem fiana, restringindo to unicamente a liberdade
provisria mediante fiana, mas no especificou tendo apenas se omitido a respeito.
Fora isso, tal omisso foi intencional, pois foi consequncia da vontade do
legislador, ration legis.
E com a reforma em 2011 do Cdigo de Processo Penal, o legislador achou
conveniente acolheu um padro de individualizao para as medidas provisionais,
conforme cada caso concreto, e assim passou a conceder ao ru a liberdade
provisria sem fiana, com a exigncia de determinadas medidas cautelares,
preconizadas no artigo 319 do Cdigo de Processo Penal diferentes do
encarceramento. Isso quer dizer que foi retirado um nus a mais do acusado de
crime hediondo, no tendo o mesmo nem mesmo que recolher valores para esperar
em liberdade, ficando ento bem beneficiado tornando o juiz sem muita escolha.
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5 METODOLOGIA
Para a elaborao deste pr-projeto foi realizada uma pesquisa bibliogrfica
em livros e artigos eletrnicos que abordam acerca da problemtica liberdade
provisria nos crimes hediondos, luz da constituio e da nova lei dos crimes
hediondos, Lei n 11.464/07.
A pesquisa bibliogrfica, modalidade de pesquisa essencial para qualquer
trabalho cientfico foi o procedimento metodolgico utilizado na concretizao deste
projeto, visto que consiste no estudo sistematizado desenvolvido com base em
material publicado em livros, revistas, jornais e redes eletrnicas, isto , material
acessvel ao pblico em geral (VERGARA, 2005, p. 47-48).
Uma vez colhidos os livros e artigos selecionados da internet, foi feita uma
seleo dos mais relevantes e deles retiradas as informaes mais pertinentes
problemtica em questo, levando-se em considerao a anlise da Constituio
Federal no que tange a esse assunto como tambm a Lei que trata do assunto, que
a de n 11.464/07. Enfim, procurou-se elaborar um pr-projeto atendendo s suas
etapas pr-determinadas com o intuito de alcanar-se sucesso futura defesa da
monografia.
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6 CRONOGRAMA
ETAPAS
OUT/13
NOV/13
JUN/14
JUL/14
Fichamento de textos
Anlise de fontes
Organizao do texto
Redao do trabalho
Levantamento
bibliogrfico
MAR/14
ABR/14
MAI/14
X
X
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CONSIDERAES FINAIS
Demonstra o legislador uma evoluo de pensamento, pois, mesmo com a
dureza da Lei dos Crimes Hediondos, a populao carcerria aumentou, e os crimes
continuaram a acontecer em grande escala; assim foi permitida a liberdade
provisria nesses crimes, sendo resguardado tambm o direito a liberdade, que para
alguns, essa proibio era inconstitucional, por ser a liberdade um dos direitos
individuais protegidos pela nossa Carta Magna, respeitando assim, o Princpio da
Presuno de Inocncia, o devido processo legal, e a dignidade da pessoa humana.
Como j dito a priso no deve ser a regra, mas deve ser encarada como a
ltima alternativa para se punir o indivduo, fazer com que ele reflita sobre seu ato, o
que no ocorre atualmente no sistema carcerrio brasileiro.
importante que se ressalve que a impunidade no est sendo protegida,
pelo contrrio, as leis devem ser analisadas com vistas a medir as consequncias
jurdico-sociais que delas decorrem. Jamais a sociedade pode deixar de aplicar os
princpios, pois se assim o fizer, estar prxima da injustia e da falta de punio.
Por fim, no se poder ter segurana social, sacrificando o valor da liberdade,
agir assim, ser sempre esbarrar em solues vazias para solucionar conflitos
sociais, e em um Estado democrtico de direito, no se conceitua justia penal,
opondo-se aos direitos e garantias fundamentais, ainda mais um estado que se
baseia e tem como fim, a dignidade da pessoa humana.
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REFERNCIAS
BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Texto
promulgado em 05 de outubro de 1988. Braslia: Senado Federal Subsecretaria de
Edies Tcnicas, 2006.
_______. Lei n11.464, de 28 de maro de 2007. D nova redao ao art. 2da Lei
n8.072, de 25 de julho de 1990, que dispe sobre os crimes hediondos, nos termos
do inciso XLIII do art. 5o da Constituio Federal. Disponvel em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm> Acessa
do em outubro de 2013.
________, Decreto-lei n 3.689 de 03 de outubro de 1941. Cdigo de Processo
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Acessado em outubro de 2013.
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MIRABETTE, J. F. Cdigo de Processo Penal Interpretado. 10 ed. So Paulo:
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MIRABETTE, J. F. Cdigo Penal Interpretado. 4 ed. So Paulo: Atlas, 2003.
NUCCI, G.S. Manual de Processo Penal. 3ed. So Paulo: Revista dos Tribunais,
2008.
SERVANTES, L. J. M. A Razoabilidade da Liberdade Provisria nos Crimes
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Antnio Eufrsio de Toledo, Presidente Prudente, 2004.
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