Curso 302354 Aula 07 c41b Completo
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Curso 302354 Aula 07 c41b Completo
Autor:
Ricardo Torques
09 de Junho de 2024
Sumário
Partidos Políticos................................................................................................................................................ 2
1 - Conceituação ............................................................................................................................................. 2
3 - Destinação ................................................................................................................................................. 4
2 - Consequência do Registro....................................................................................................................... 18
Filiação ............................................................................................................................................................. 22
Resumo............................................................................................................................................................. 30
Gabarito ............................................................................................................................................................ 67
PARTIDOS POLÍTICOS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Neste encontro vamos estudar os “partidos políticos”. O edital não cobrou toda a Lei 9.096/95, mas apenas
seu início e a parte de filiação partidária. Vamos abordar apenas os tópicos do edital. Veja:
3 Lei nº 9.096/1995 e suas alterações. 3.1 Disposições preliminares. 3.2 Filiação partidária.
Prontos?!
PARTIDOS POLÍTICOS
1 - Conceituação
Para estudarmos o conceito de partido político, vejamos o que nos ensina José Jairo Gomes1:
Compreende-se por partido político a entidade formada pela livre associação de pessoas,
com organização estável, cujas finalidades são alcançar e/ou manter o poder político-
estatal e assegurar, no interesse do regime democrático de direito, a autenticidade do
sistema representativo, o regular funcionamento do governo e das instituições políticas,
bem como a implementação dos direitos humanos fundamentais.
1
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 94.
organização estável.
O principal objetivo do partido político é acessar o poder por intermédio do voto, elegendo
representantes que se empenharão para a defesa dos interesses do grupo que representam.
Art. 1º. O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender
os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal
Esses conceitos são um tanto vagos. Desse modo, a fim de facilitar a absorção dos assuntos centrais para a
sua prova, lembre-se do conceito abaixo:
constituído com propósito perene, ou seja, para durar ao longo dos anos.
Não se preocupe em memorizar as características acima, mas procure entender o que está sendo afirmado.
Isso vale para o estudo das funções.
A doutrina identifica três principais categorias de funções atribuídas aos partidos políticos:
Até aqui você não precisa se preocupar em memorizar nada! A pretensão é que você se ambiente com o
estudo da disciplina! Entendemos que essas informações somente poderiam ser usadas em questão mais
aprofundada ou discursiva. Daqui para frente, redobre a atenção para questões objetivas de concursos
públicos.
3 - Destinação
A partir desse momento, ingressamos no estudo da legislação propriamente. Por destinação, podemos
compreender os fins para os quais os partidos existem.
A destinação legal dos partidos está fixada no art. 1º, da Lei dos Partidos Políticos:
Portanto:
a assegurar a autencidadade do
OS PARTIDOS sistema representativo.
POLÍTICOS
DESTINAM-SE a defender os direitos
fundamentais.
O partido, portanto, confere validade ao sistema representativo, pois os representantes são escolhidos por
intermédio dos partidos que agregam valores e princípios representativos de grupos de pessoas.
Além disso, os partidos devem defender o nosso ordenamento jurídico, notadamente os direitos
fundamentais, que constituem a base do Estado brasileiro.
Por fim, cumpre mencionar que foi acrescentado o parágrafo único ao art. 1º da Lei dos Partidos Políticos,
pela Lei nº 13.488/2017, com a seguinte redação:
Empresas paraestatais são entidades privadas que atuam sem fins lucrativos. Não integram a estrutura da
Administração Pública direta ou indireta e colaboram com o Estado visando o interesse público, por isso
gozam de benefícios pagos pelo ente estatal como forma de incentivo. Integram o terceiro setor da
economia.
Assim, por expressa previsão legal, os partidos não se equiparam a entidades paraestatais.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, VEDADA a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.
Observe que esse parágrafo foi alterado pela Emenda Constitucional nº 97/2017.
Os partidos políticos possuem, portanto, autonomia para definir a estrutura interna e o funcionamento.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE E
AUTONOMIA
Prerrogativa para definir a Prerrogativa para adotar os
estrutura interna e o critérios de escolha e regime
funcionamento. de suas coligações eleitorais
Destaque-se, ainda, que o §1º prevê a vedação à verticalização partidária e a vedação das coligações para
eleições proporcionais.
A verticalização partidária era uma regra que se aplicava às coligações, que constituem a reunião de partidos
com o objetivo de lançar candidatos em comum. Por exemplo, o Partido A, o Partido B e o Partido C – na
coligação Juntos Venceremos – se reúnem com a finalidade de lançar candidato à Presidência da República.
Formada a coligação a nível nacional, tal como no exemplo acima, não é necessário formar as mesmas
coligações a nível regional ou municipal, pois a CF não obriga a verticalização partidária.
Assim, a nível estadual é possível a formação da mesma coligação, Juntos Venceremos, ou de outras
coligações com formações distintas a critério do órgão regional. ideia se aplica aos órgãos municipais.
Para encerrar, cumpre observar que essa vedação à formação de coligações proporcionais passou a ser
aplicada a partir das eleições de 2020, em razão do que prevê o art. 2º da Emenda Constitucional 97/2017:
Também é decorrência do princípio da liberdade e autonomia a previsão do caput, do art. 17, da CF, que
assim dispõe:
I - caráter nacional;
Desse modo, confere-se aos partidos políticos a liberdade de criação, de fusão, de incorporação ou de
extinção. Existem regras específicas para esses procedimentos, o que será visto adiante.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento.
§ 2º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de duração dos
mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes ou provisórios.
§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá ser de até 8
(oito) anos.
A liberdade e autonomia partidária não são absolutas, ou seja, não há independência do partido. Há uma
série de restrições impostas aos partidos políticos, com o objetivo de resguardar o regime democrático. Essas
limitações não constituem intervenção estatal, mas uma forma de colmatar a liberdade dos partidos políticos
com outros interesses e princípios do nosso Estado Constitucional de Direito.
Em razão disso, estabelece a CF, por exemplo, que os partidos políticos devem resguardar alguns princípios
e valores, bem como são obrigados a observarem alguns preceitos.
Compete a Justiça Eleitoral apreciar as controvérsias internas de partido político, sempre que delas advierem
reflexos no processo eleitoral.
proibição de recursos e
regime democrático
subordinação
estrangeira
pluripartidarismo
prestação de contas
direitos fundamentais
da pessoa humana funcionamento
parlamentar
O partido político deve proteger e respeitar a soberania nacional. Assim, não é admissível a criação de
partidos políticos vinculados a desejos separatistas ou de subordinação a governos estrangeiros. Em face
disso, veda-se o recebimento de recurso ou a subordinação a entidades estrangeiras.
Por decorrência, o partido político no Brasil é criado para se fazer presente em todo o país. Ou seja, é dotado
de caráter nacional. Logo, não podemos ter, por exemplo, o Partido Paulista, cuja pretensão é representar
o Estado de São Paulo, ou o Partido dos Estados do Nordeste. Por mais nobre que sejam os interesses, os
partidos devem ter caráter nacional.
Os partidos políticos possuem o dever de respeitar o regime democrático de governo, adotado pela
Constituição de 1988. Trata-se de regra que visa à proteção dos partidos contra influências ou desejos
autoritários.
Vimos que o partido tem liberdade e autonomia, porém, não de forma irrestrita. Em razão disso, tanto a
CF como as leis infraconstitucionais eleitorais impõem deveres aos partidos, entre os quais a prestação de
contas e o funcionamento parlamentar. O funcionamento parlamentar envolve o direito de o partido se
fazer representar perante as Casas Legislativas e a prestação de contas reporta-se ao dever de prestar contas
da movimentação financeira do Estado.
É importante verificar, na esteira das limitações, a redação do §4º, do art. 17, da CF:
No mesmo sentido do mandamento constitucional estão os arts. 5º e 6º, da Lei dos Partidos Políticos:
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e
programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.
É a organização que “imita a estrutura e a disciplina do exército, sem dele fazer parte” 2.
2
"paramilitar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
http://www.priberam.pt/dlpo/paramilitar, acesso em 9/3/2019.
Ainda quanto à autonomia partidária, cumpre analisar algumas alterações promovidas pela Lei 13.831/2019,
que acrescentou os §§ 1º e 2º ao art. 3º da Lei dos Partidos Políticos.
§ 1º. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e coligações autonomia para definir
o cronograma das atividades eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer dia e
horário, observados os limites estabelecidos em lei. (Renumerado do parágrafo único pela
Lei nº 13.831, de 2019)
§ 2º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de duração dos
mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes ou provisórios.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
São divisões internas dos partidos políticos com funções específicas. Dentro desses órgãos internos existem
cargos que são ocupados por dirigentes dos partidos.
Como exemplo de órgão partidário podemos citar a diretoria executiva, estadual ou municipal, e como
exemplo de cargo citamos o presidente estadual ou municipal do partido.
O TSE determinou que o prazo máximo de mandato para os cargos exercidos pelos dirigentes partidários
seria 4 anos. Os partidos entenderam que tal entendimento violava a autonomia e liberdade partidária,
porém não foram atendidos pelo TSE que manteve seu posicionamento.
Os diretórios provisórios de partidos políticos são constituídos em fase de transição da direção do órgão
partidário ou quando da sua constituição inicial. A pretensão é manter uma gestão minimamente organizada
até que haja constituição desse novo diretório pelo trâmite e regras do estatuto do partido.
Na prática, entretanto, esse diretório provisório acabava se tornando definitivo! Uma vez constituído
provisoriamente, em alguns casos, esses diretórios não são votados ou demoravam ser constituídos de forma
definitiva.
Em razão disso, na Res. TSE 23.571/2018, o órgão máximo da Justiça Eleitoral fixou prazo de 180 dias para
constituição de diretórios definitivos.
3
O art. 4º, da Lei dos Partidos Políticos será analisado na parte relativa à filiação partidária.
A lei 13.831/19 foi editada como resposta as normas definidas pelo TSE e passou a prever:
➢ A autonomia dos partidos para definir os prazos de duração dos mandatos dos membros dos órgãos
partidários permanentes ou provisórios;
➢ Prazo de vigência dos órgãos provisórios - até 8 anos;
➢ Vedação a extinção automática do órgão e cancelamento do seu CNPJ por ter o prazo de vigência se
exaurido.
Além disso, como reação à Resolução acima citada – que previa cancelamento automático caso não fosse
constituído o diretório definitivo até 30/6/2019 – vedou-se expressamente a extinção automática.
O Supremo entendeu, no julgamento da ADI 62304, que a autonomia prevista no §2º do art. 3º é válida e
deve ser aplicada para estabelecer a duração dos mandatos de seus dirigentes desde que observe a
alternância exigida pelo Princípio Republicano.
§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá ser de até 8
(oito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
Quanto ao §3º do art. 3º o STF declarou inconstitucional o prazo de 8 anos para a vigência dos órgãos
provisórios dos partidos, para evitar distorções ao claro significado de “provisoriedade”, notadamente
porque, nesse período, podem ser realizadas distintas eleições em todos os níveis federativos. Considerando
inconstitucional o §3º do art. 3º.
A autonomia partidária, na visão do ministro, foi concedida aos partidos políticos com a intenção de
fortalecer o regime democrático e o princípio republicano, não de enfraquecê-los.
O STF não definiu um prazo. Entenderam os ministros que não poderiam definir sob pena de estarem
atuando como legisladores positivos. Caberá a justiça eleitoral analisar cada caso em concreto.
É preciso ainda destacar que o STF modulou os efeitos desta decisão que produziu efeitos a partir de janeiro
de 2023.
4
STF. Plenário ADI 6230/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 5/8/2022 (Info 1062).
NATUREZA JURÍDICA
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme art. 44, do Código Civil:
Não é o fato de o partido político receber recursos públicos (por meio do fundo partidário),
ou mesmo ser essencial para o acesso eletivo ao “poder estatal” que os enquadra como de
personalidade jurídica pública.
Devido à personalidade jurídica de pessoa de direito privado, os partidos políticos devem registrar o
documento inicial de constituição – estatuto – no Serviço de Registro Civil de Pessoas Jurídicas no local da
sede do partido.
Os partidos políticos são, por expressa disposição legal, pessoas jurídicas de direito privado, como podemos
extrair do caput do art. 1º da Lei dos Partidos Políticos e do art. 44, V, do Código Civil.
5
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2014.
Para aprofundarmos um pouco, vejamos duas consequências relevantes que decorrem da natureza de
pessoas jurídicas de direito privado.
O mandado de segurança, ação constitucional que visa tutelar direito líquido e certo contra ato de
autoridade pública, ou agente de pessoa jurídica no exercício de funções do Poder Público, não era utilizado
contra atos praticados pelos partidos políticos, justamente por se tratar de pessoa privada.
Entretanto, a Lei nº 12.016/2009 (Lei do Mandado de Segurança) estabeleceu que é possível a utilização do
mandado de segurança contra representantes ou órgãos de partidos políticos.
Logo:
Por se tratar de pessoa de direito privado, eventuais lides judiciais relativas ao partido político
tramitarão pela Justiça Comum, como regra. O deslocamento para a Justiça Eleitoral somente ocorrerá
quando a controvérsia provocar relevante influência nas eleições ou estiver relacionada com o processo
eleitoral.
Por exemplo, lide decorrente de contrato de locação de imóveis e expulsão de filiados por descumprimento
das normas do estatuto são exemplos de ações que tramitam perante a Justiça Comum.
Logo:
A respeito desse assunto, tivemos decisão do STJ que discutiu o conflito de competência entre a Justiça
Estadual e a Justiça Eleitoral em relação à questão partidária.
No caso acima, discutiu-se a competência do processo que questiona qual o órgão é responsável para tratar
da validade da convenção partidária. Por se tratar de algo diretamente relacionado com as eleições e com o
processo eleitoral e não apenas em relação a discussões interna corporis do partido político, a competência
é da Justiça Eleitoral.
Para a prova:
CRIAÇÃO E REGISTRO
No que diz respeito à criação e ao registro dos partidos políticos, devemos iniciar o estudo com o art. 17,
§2º, da CF. Para constituir uma pessoa jurídica, segundo nosso ordenamento jurídico, é necessário o registro
civil dos atos constitutivos, tal como se fosse abrir uma empresa. Na empresa temos o contrato social, no
caso dos partidos políticos, o ato constitutivo é o estatuto.
Logo, as pessoas interessadas na criação de um partido político devem preparar o estatuto do futuro partido
e registrá-lo de acordo com as regras específicas no Serviço de Registro Civil de Pessoas Jurídicas do local de
sua sede.
Lembre-se de que o partido político deve adquirir a personalidade jurídica antes do registro no TSE. Aliás,
sem a personificação não é possível a inscrição eleitoral. Por isso, para a criação e para o registro do partido
deve ser observada a ordem acima.
Primeiro, o partido é criado; segundo, as regras civis de constituição de uma pessoa jurídica. Após, poderá
efetuar o registro no TSE, o que permitirá ao partido desempenhar validamente as atividades eleitorais.
Confira o que nos diz o caput, do art. 7º, da Lei dos Partidos Políticos, que é cópia da CF:
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
O registro no TSE depende da observância de uma série de exigências, que vamos analisar adiante. Por ora,
registre...
Eventuais alterações estatutárias também devem ser encaminhadas para registro ao Tribunal Superior
Eleitoral, após a averbação no registro civil.
1 - Caráter Nacional
Após a constituição civil, o partido deverá realizar o registro perante o TSE. Esse registro deve observar uma
série de requisitos, o primeiro deles e mais importante é o apoiamento mínimo, que demonstra o caráter
nacional do partido.
Segundo a Lei nº 9.096/1995, é necessário provar o apoiamento mínimo, nos termos do art. 7º, §1º. Esse
apoiamento tem por finalidade afastar a criação de agremiações com caráter regional ou local. Confira:
Trata-se de forma de viabilizar o resguardo do caráter nacional do partido político, art. 17, I, da CF.
O dispositivo acima sofreu uma pequena alteração em face da Lei nº 13.165/2015, que definiu um lapso de
tempo para demonstração do apoiamento mínimo. O partido terá dois anos para demonstrar o
preenchimento das exigências do §1º. O prazo para a comprovação do apoiamento mínimo é contado a
partir do registro no competente cartório do registro civil das pessoas jurídicas.
Antes da Reforma Eleitoral de 2015, se o partido demorasse cinco ou 10 anos para reunir o número
necessário de assinaturas, não haveria irregularidade. Agora, AS ASSINATURAS DEVERÃO SER REUNIDAS NO
PRAZO DE DOIS ANOS.
A Lei nº 13.165/2015 passou a exigir a não filiação partidária daqueles que realizam o apoiamento.
Além disso, é fundamental para a nossa prova compreender o cálculo do apoiamento mínimo para fins de
comprovação do caráter nacional do partido político. Veja:
1º) Deve-se obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de, ao menos, 0,5% do
número de votos computados para a última eleição para a Câmara dos Deputados.
Além disso, NÃO são levados em consideração os votos nulos e brancos, apenas os votos
válidos.
2º) As assinaturas acima devem ser registradas em, pelo menos, 1/3 dos Estados-membros
brasileiros.
3º) Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos, 0,1% do eleitorado recebido no
Estado para a Câmara dos Deputados.
A prova do apoiamento mínimo ocorre por meio das assinaturas em listas organizadas por zona eleitoral,
nas quais deve constar o número do título de eleitor do cidadão que decide apoiar a criação do partido
político. A veracidade das assinaturas e do número dos títulos é atestada pelo Chefe de cartório eleitoral.
O caso do Partido Sustentabilidade, criado por Marina Silva, ilustra bem o que estamos estudando. Segundo
o TSE6, houve comprovação de 442.524 assinaturas, não atingindo o número mínimo de 491.949 assinaturas
exigidas pela legislação eleitoral para a criação de novo partido em face do número de votos registrados para
a Câmara dos Deputados nas eleições anteriores.
Além disso, é importante falar um pouco sobre os dois outros requisitos do apoiamento mínimo:
As assinaturas devem ser registradas em, pelo menos, 1/3 dos Estados-membros
brasileiros.
Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos, 0,1% do eleitorado recebido no
Estado para a Câmara dos Deputados.
Em cada um desses Estados, é necessário atingir 0,1% dos votos válidos dados a deputados
federais no Estado, para a última eleição. Por exemplo, foram dados 5.000.000 votos para
deputados federais no Paraná, o partido em criação, nesse sentido, deve comprovar, pelo
menos, 5.000 votos nesse Estado.
(i) A assinatura do cidadão, em apoio à criação do partido político, não constitui ato de filiação ao partido
político. Assim, o cidadão que assina a lista não está filiado ao partido em formação.
(ii) Embora o analfabeto seja absolutamente inelegível, o entendimento majoritário é no sentido de que ele
poderá participar da lista de apoiamento mínimo, desde que esteja alistado (lembre-se de que o alistamento
é facultativo).
(iii) Não se admite o encaminhamento de ficha de apoiamento de eleitores pela Internet, tendo em vista a
exigência contida no art. 9º, § 1º, da Lei nº 9.096/1995.
(v) Partido político em processo de registro na Justiça Eleitoral tem direito de obter lista de eleitores, com os
respectivos números do título e zona eleitoral.
(vi) Não é possível que eleitores com cadastro em situação irregular assinem lista de apoio para criação de
partido.
6
Conforme notícia divulgada em http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2013/Outubro/rede-sustentabilidade-nao-atinge-
apoiamento-minimo-e-tem-o-registro-negado, acesso em 04.01.2015.
Para a prova...
2 - Consequência do Registro
O regular registro do partido importa nas consequências disciplinadas no art. 7º, §§2º e 3º, da LPP:
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
São 4 as consequências que advêm do registro civil da pessoa jurídica e da inscrição junto ao TSE:
Com o registro, o partido adquire validade eleitoral e, em face disso, poderá participar do
pleito eleitoral, registrando candidatos para disputar as eleições.
Note que não é na criação do partido como pessoa jurídica de direito privado que se
garante a exclusividade de denominação, de sigla e de símbolos, mas o registro no TSE.
A EC nº 97/2017 trouxe requisitos para que o partido tenha direito aos recursos do fundo eleitoral e o acesso
gratuito ao rádio e à televisão. Veja o §3º do art. 17 da Constituição Federal:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com
um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze deputados federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação.
O artigo 3º da EC nº 97/2017 trouxe regras de transição que deverão ser aplicadas até a eleição de 2030
quando o art. 17 §3º da CF terá sua aplicação integral. Veja a transcrição do artigo:
Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e à propaganda gratuita no
rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas;
ou
b) tiverem elegido pelo menos nove deputados federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação;
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com
um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos onze deputados federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação;
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em cada
uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze deputados federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação.
Esse tipo de informação é extremamente relevante para a prova, ainda mais em se tratando de prova
objetiva. Desse modo, vejamos novamente as consequências em forma de esquema.
Partidário
2018 => 1,5% dos votos válidos + 1/3 das UF + 1% em cada uma delas OU 9 Deputados Federais
+ 1/3 das UF;
2022 => 2% dos votos válidos + 1/3 das UF + 1% em cada uma delas OU 11 Deputados Federais
+ 1/3 das UF;
2026 => 2,5% dos votos válidos + 1/3 das UF + 1,5% em cada uma delas OU 13 Deputados Federais
+ 1/3 das UF;
2030 => 3% dos votos válidos + 1/3 das UF + 2% em cada uma delas OU 15 Deputados Federais
+ 1/3 das UF
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 17, §1o, CF/88 não se exige vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
A alternativa E está incorreta. Os partidos políticos adquirem a personalidade jurídica com o registro no
cartório civil de pessoa jurídica, conforme o art. 17. § 2º da CF.
FILIAÇÃO
Neste capítulo vamos tratar de um assunto bastante relevante para a nossa prova: a filiação partidária. A
matéria é tratada especificamente entre os arts. 16 e 23, da LPP. Essas regras serão a base dos nossos estudos
aqui.
A filiação partidária é condição de elegibilidade. Para o sujeito se filiar ao partido político, deverá estar com
o pleno gozo dos direitos políticos e atender às regras previstas no estatuto.
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos.
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o
atendimento das regras estatutárias do partido.
Em que pese os dispositivos acima, é importante efetuarmos uma ponderação. O TSE tem entendido que,
embora inelegível, é possível que o eleitor se filie. Estudamos que a capacidade eleitoral é ativa e passiva.
Desse modo, se a pessoa puder votar (capacidade eleitoral ativa), mas não puder ser votada (capacidade
eleitoral passiva), poderá se filiar.
Somente não poderá se filiar, portanto, a pessoa que sofrer a perda ou a suspensão dos direitos políticos em
razão da necessidade de pleno gozo dos direitos políticos, que consta do art. 16, da Lei dos Partidos Políticos.
Lembre-se de que a suspensão ou a perda dos direitos políticos (previstas nos incisos do art. 15, da CF) além
de impedir a candidatura (capacidade eleitoral passiva), barra o direito ao voto (capacidade eleitoral passiva).
Nesse caso, não será admissível a filiação de quem não pode participar politicamente, nem mesmo para
exercer o voto.
Para fins de prova, tal distinção somente deve ser levada a efeito caso a questão mencione a distinção e o
entendimento mais aprofundado da matéria. A maioria das questões cobra o texto literal dos dispositivos,
sem entrar em maiores detalhes.
--
(COPESE-UFPI/TRF 1º REGIÃO – 2019) Para que alguém possa concorrer a um mandato eletivo, torna-se
necessário o preenchimento de certos requisitos gerais, denominados condições de elegibilidade, e que
não incida numa das inelegibilidades.
São condições de elegibilidade, exceto:
a) Filiação partidária.
b) Alistamento eleitoral.
O art. 18 estabelecia o tempo de filiação partidária. Esse dispositivo, contudo, foi revogado pela Lei nº
13.165/2015. Pela reforma da legislação eleitoral, O TEMPO MÍNIMO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA FOI
REDUZIDO DE UM ANO PARA SEIS MESES. Com a Lei nº 13.488/2017 o tempo mínimo de domicílio eleitoral
também foi reduzido para 6 meses!
Assim, em relação ao tempo de filiação partidária, você deve aplicar o art. 9º, da Lei das Eleições. Vejamos:
Portanto...
Devemos lembrar, ainda, que o estatuto do partido poderá estabelecer um tempo superior de filiação para
que o filiado se lance candidato, o que não pode é fixar um prazo menor de seis meses, porque violaria
expressamente o dispositivo que estamos estudando. De todo modo, não é admissível alteração dessa regra
no estatuto do partido no ano das eleições. É nesse sentido, o art. 20, da LPP:
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas à candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas
à candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
O art. 19, por sua vez, trata da comunicação da filiação partidária que, pelo nível de informatização atual, se
dá automaticamente, conforme redação atual do dispositivo, dada pela Lei 13.899/2019. Confira:
Art. 19. Deferido internamente o pedido de filiação, o partido político, por seus órgãos de
direção municipais, regionais ou nacional, deverá inserir os dados do filiado no sistema
eletrônico da Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes eleitorais, para
arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de
candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual
constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções em que estão
inscritos. (Redação dada pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 1º Nos casos de mudança de partido de filiado eleito, a Justiça Eleitoral deverá intimar
pessoalmente a agremiação partidária e dar-lhe ciência da saída do seu filiado, a partir
do que passarão a ser contados os prazos para ajuizamento das ações cabíveis. (Redação
dada pela Lei nº 13.877, de 2019)
O artigo acima modificou redação que previa dois dias específicos ao longo do ano para que os partidos
políticos informassem a relação de filiados. Em razão da informatização atual, o partido lançará o nome do
filiado no sistema próprio que automaticamente enviará informação ao juízo eleitoral para atualização do
cadastro.
Outra informação importante diz respeito à necessidade de intimação pessoal do partido no caso de troca
de partido pelo filiado. Muita atenção, porque essa comunicação não ocorrerá em todas as situações de
alteração de filiação, mas apenas quando a pessoa que trocou de partido ocupa cargo eletivo. A necessidade
da intimação pessoal existe porque podem decorrer consequências se constada infidelidade partidária.
Por exemplo, determinado vereador foi eleito pelo Partido X. No curso do mandato, filiou-se ao Partido Y. O
Juízo eleitoral, ao receber a informação de filiação ao Partido Y (que será automática, via sistema), deve
intimar pessoalmente o Partido X. Ciente, o partido poderá, caso fique caracterizada a desfiliação imotivada,
pleitear a perda do cargo por parte do vereador.
Atualmente, todo esse procedimento é operacionalizado pelo sistema filiaweb, criado por intermédio da
Resolução TSE nº 23.117/2009.
Para encerrar o dispositivo, vamos tecer um breve comentário em relação ao acesso às informações do
castro eleitoral. O órgão nacional e o órgão estadual dos partidos políticos terão acesso às informações que
constam do cadastro eleitoral, relativas aos seus filiados, que serão disponibilizadas eletronicamente.
O TSE faculta a prova da filiação por outros elementos, conforme se extrai da Súmula 20, do TSE:
A prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que
trata o art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros elementos de convicção,
SALVO quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé
pública.
Conforme vimos até o presente, a desfiliação poderá ocorrer por intermédio do partido político, ao retirar o
nome do eleitor da respectiva lista. Poderá ocorrer, ainda, a pedido do próprio interessado, caso o partido
não o faça nos termos da legislação. Para além dessas hipóteses, o cancelamento da filiação se dará de forma
automática, nos seguintes casos:
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I – morte;
III – expulsão;
V – filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva zona
eleitoral.
A finalidade desses dispositivos que tratam do cadastro de filiados é, segundo o TSE7, de impedir que a dupla
filiação desvirtue o certame eleitoral e não de assegurar, ao eleitor, maior leque de opções quanto ao seu
7
REspe nº 26.433/2006.
voto. Quanto a coexistência de filiações o TSE decidiu que deve ser aproveitada a mais recente ou a escolhida
pelo eleitor, salvo se houver ilícitos nas filiações.8
Aqui não resta outra alternativa: devemos memorizar como se dá a inclusão na lista e como ocorrerá a
retirada do nome do cidadão da lista para evitar a dupla filiação.
8 REsp nº 060001025/2020
morte
DESFILIAÇÃO
expulsão
Devemos atentar que o art. 22, II, da LPP, acima citado, refere-se apenas à hipótese de
perda dos direitos políticos, NÃO abrangendo, literalmente, as hipóteses de suspensão
dos direitos políticos. De todo modo, conforme ensinamentos de José Jairo Gomes9, no
caso de suspensão, a filiação também permanecerá suspensa. É, inclusive, o que decidiu o
TSE ao analisar questão relativa à suspensão dos direitos políticos em decisão de
improbidade administrativa. Entendeu o TSE que, desde o trânsito em julgado da ação civil
de improbidade, temos a perda da filiação partidária10.
No caso de expulsão, segundo disciplina do art. 22, III, da LPP, de acordo com a doutrina
de Rodrigo Martiniano Ayres Lins11, é necessária a realização de procedimento
administrativo no próprio partido político, para que seja assegurado, ao sujeito que teve a
filiação cancelada, o contraditório e a ampla defesa.
9
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 100.
10
RO 181.952, 2015, DJe 17/12/2015, TSE.
11
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2014, p 224.
Por fim, quando houver coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, cancelando-se as
demais. Isso não impede, todavia, que eventuais consequências, como a infidelidade partidária e as
apurações criminais eleitorais, resultem a inelegibilidade do candidato.
O cadastro de filiados, que será administrado pela Justiça Eleitoral, é divulgado aos partidos políticos para
consulta nos termos do §3º, do art. 19:
Vejamos, por fim, o que discorre o art. 21, da LPP, que trata de dever imposto ao cidadão caso pretenda se
desfiliar de partido político. Desse modo, deverá o desfiliado comunicar o:
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo torna-
se extinto, para todos os efeitos.
comunicação ao Juiz
EXTINÇÃO DO VÍNCULO
Eleitoral do domicílio e à decurso de dois dias
COM O PARTIDO
direção municipal do após a comunicação
POLÍTICO
partido político
(TRE-SP - 2017) Deodoro, engenheiro civil em determinada empresa, é filiado ao partido político “X”, mas
identificou-se com as ideologias do partido “Y”, desejando, então, a este filiar-se. De acordo com a Lei nº
9.096/1995, Deodoro poderá filiar-se ao partido “Y”,
a) apenas se cumprido o período de filiação de doze meses no partido “X”, não sendo necessária, neste caso,
a comunicação do fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral, mantendo dupla filiação.
b) se cancelada, de imediato, a filiação partidária no partido “X”, desde que comunique o fato ao juiz da
respectiva Zona Eleitoral.
c) apenas se prevista essa hipótese no estatuto de ambos os partidos, com comunicação obrigatória ao
partido “X” no prazo previsto nos estatutos.
d) mantendo a filiação ao partido “X”, desde que comunique o fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral.
e) apenas se houver justa causa assim considerada como tal no estatuto do partido “X”, com comunicação
obrigatória ao partido “Y”.
Comentários
Para responder à presente questão, é fundamental conhecer o art. 22, da Lei dos Partidos Políticos.
De acordo com o dispositivo, o cancelamento da filiação se dará de forma automática, nos seguintes casos:
“Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
V – filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva zona eleitoral”.
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.
RESUMO
Conceituação
PARTIDOS POLÍTICOS
organização estável.
constituído com propósito perene, ou seja, para durar ao longo dos anos.
não se confundem com facções, clubes, grupos etc., em razão da estabilidade, da estrutura e da organização.
A liberdade e autonomia partidária não são absolutas, ou seja, não há independência do partido.
soberania nacional
regime democrático
pluripartidarismo
caráter nacional
prestação de contas
funcionamento parlamentar
DIRETÓRIOS PROVISÓRIOS
A autonomia dos partidos para definir os prazos de duração dos mandatos dos membros dos órgãos partidários
permanentes ou provisórios;
Vedação a extinção automática do órgão e cancelamento do seu CNPJ por ter o prazo de vigência se exaurido.
Natureza Jurídica
Devem registrar o documento inicial de constituição – estatuto – no serviço de registro civil de pessoas jurídicas no
local da sede do partido.
Por se tratar de pessoa de direito privado, eventuais lides judiciais relativas ao partido político tramitarão pela Justiça
Comum, como regra.
Criação e Registro
Eventuais alterações estatutárias também devem ser encaminhadas para registro ao Tribunal Superior
Eleitoral, após a averbação no registro civil.
CARÁTER NACIONAL
Deve-se obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de, ao menos, 0,5% do número de votos computados
para a última eleição para a Câmara dos Deputados.
Muita atenção, o número de votos a ser considerado é o conferido para as eleições à Câmara dos Deputados (cargo
de Deputado Federal).
Além disso, NÃO são levados em consideração os votos nulos e brancos, apenas os votos válidos.
As assinaturas acima devem ser registradas em, pelo menos, 1/3 dos Estados-membros brasileiros.
Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos, 0,1% do eleitorado recebido no Estado para a Câmara dos
Deputados.
A assinatura do cidadão, em apoio à criação do partido político, não constitui ato de filiação ao partido político.
Assim, o cidadão que assina a lista não está filiado ao partido em formação.
Embora o analfabeto seja absolutamente inelegível, o entendimento majoritário é no sentido de que ele poderá
participar da lista de apoiamento mínimo, desde que esteja alistado (lembre-se de que o alistamento é facultativo).
Não se admite o encaminhamento de ficha de apoiamento de eleitores pela Internet, tendo em vista a exigência
contida no art. 9º, § 1º, da Lei nº 9.096/1995.
Partido político em processo de registro na Justiça Eleitoral tem direito de obter lista de eleitores, com os respectivos
números do título e zona eleitoral.
Não é possível que eleitores com cadastro em situação irregular assinem lista de apoio para criação de partido.
Consequência do Registro
Com o registro, o partido adquire validade eleitoral e, em face disso, poderá participar do pleito eleitoral,
registrando candidatos para disputar as eleições.
Note que não é na criação do partido como pessoa jurídica de direito privado que se garante a
exclusividade de denominação, de sigla e de símbolos, mas o registro no TSE.
Filiação
Condição de elegibilidade
Tempo mínimo de filiação partidária foi reduzido de um ano para seis meses
morte;
outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da
decisão;
filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva zona eleitoral.
Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o
cancelamento das demais.
Art. 1º. O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender
os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Parágrafo único. O partido político NÃO se equipara às entidades paraestatais.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento.
§ 2º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de duração dos
mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes ou provisórios.
§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá ser de até 8
(oito) anos.
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos.
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o
atendimento das regras estatutárias do partido.
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos nesta lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos mais uma aula do nosso curso. Essa aula foi mais pontual e abordou apenas parte de uma extensa
legislação eleitoral. Focamos no edital!
Ricardo Torques
@proftorques
QUESTÕES COMENTADAS
CESPE
E) Para manter seu registro no Tribunal Superior Eleitoral, o partido político deve comprovar, a cada dois
anos, seu caráter nacional, por meio de número de filiados equivalente ao de assinaturas exigidas para seu
registro inicial.
Comentários
A assertiva A é incorreta. A Lei n. 9.096/1995 estabelece procedimentos para a criação, fusão, incorporação
e extinção de partidos políticos, não se tratando de ato estritamente sob discrição dos próprios partidos.
A assertiva B é incorreta. Pelo contrário, a lei veda a extinção automática e o cancelamento do CNPJ tão
somente em razão do escoamento do prazo de vigência, de acordo com o art. 3º, § 4º:
Art. 3º [...]
A assertiva C é incorreta. Pelo contrário, a lei veda a extinção automática e o cancelamento do CNPJ tão
somente em razão do escoamento do prazo de vigência, de acordo com o art. 3º, § 4º:
Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
V - fidelidade e disciplina partidárias, processo para apuração das infrações e aplicação das
penalidades, assegurado amplo direito de defesa;
VIII - critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível
municipal, estadual e nacional que compõem o partido;
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O art. 6º veda a doção de uniformes pelos membros
dos partidos:
2. (CESPE/TJBA - 2019) A respeito da atuação dos partidos políticos e das estratégias de exercício da
democracia, assinale a opção correta.
a) O modelo brasileiro de financiamento de campanha é misto, com participação tanto do poder público
quanto do setor privado, sendo possível posterior retificação, na justiça eleitoral, dos limites de gastos de
cada campanha.
b) A CF prevê a proteção à fidelidade partidária, de modo que, nos cargos alcançados pelo sistema
majoritário, a arbitrária desfiliação partidária implica renúncia tácita do mandato.
c) O sistema eleitoral distrital tem natureza proporcional, o que possibilita o prestígio da representação de
minorias e a diminuição do clientelismo político.
d) No Brasil, a discussão acerca da viabilidade de candidaturas avulsas está relacionada com o respeito às
condições de elegibilidade previstas na CF e às garantias previstas no Pacto de San José da Costa Rica.
e) Ao eleito por partido que não alcançar a cláusula de desempenho eleitoral exigida pela legislação será
assegurado o mandato, desde que ele se filie a outro partido.
Comentários
O Brasil não admite a existência de candidaturas avulsas, nos termos do art. 14, §3º, inciso V, da Constituição
Federal, do art. 11 §14º da Lei das Eleições e do art. 87 do Código Eleitoral. Contudo, a Convenção Americana
de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), estabelece como direito de todos os cidadãos “votar
e ser eleitos em eleições periódicas autênticas, realizadas por sufrágio universal e igual e por voto secreto
que garanta a livre expressão da vontade dos eleitores”. Assim, há quem argumente que as candidaturas
avulsas são permitidas pelo Pacto de San Jose da Costa Rica. Logo, a alternativa D está correta.
A alternativa A está errada, pois não é permitida a retificação do limite de gastos, de modo que o seu
descumprimento acarretará sanção de multa em valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o
limite estabelecido, bem como a apuração de eventual ocorrência de abuso do poder econômico (art. 18-B
da Lei 9.504/97).
A alternativa B está incorreta, pois vai de encontro com a Súmula 67 do TSE (“a perda do mandato em razão
da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário”).
A alternativa C está errada, pois o voto distrital não possui natureza proporcional. A expressão “voto
distrital” designa um sistema de eleições majoritárias realizadas em pequenos distritos eleitorais de um só
representante.
Por fim, a letra E está incorreta, pois de acordo com o art. 17, §5º, da CF, ao eleito por partido que não
alcançar a cláusula de desempenho eleitoral exigida pela legislação será assegurado o mandato e facultada
a filiação a outro partido (EC97/17).
3. (CESPE/TJ-CE - 2018) O registro de estatuto de partido político junto ao TSE será autorizado
a) por ato de natureza jurisdicional da corte sujeito a recurso extraordinário.
b) por ato materialmente administrativo que lhe atribua personalidade jurídica.
c) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com o inteiro teor do programa e do estatuto
partidários, ambos inscritos no registro civil das pessoas jurídicas.
d) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com certidão de inteiro teor do registro
partidário expedida pelo cartório de registro civil das pessoas jurídicas da capital do estado sede do partido.
e) se preenchidos os requisitos legais, independentemente de comprovação de apoio mínimo de eleitores.
Comentários
O registro do estatuto do partido político junto ao TSE sofreu mudanças significativas com o advento da Lei
n. 13.165/15, principalmente no que se refere a alteração perpetrada no art. 7º, § 1º, da Lei dos Partidos
Políticos (Lei n. 9.096/95). Vejamos:
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1o Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado
em cada um deles.
Além desses requisitos, os dirigentes nacionais, ao apresentarem o requerimento de registro junto ao TSE,
deverão instruí-lo com (art. 9º, Lei n. 9.096/95):
Assim, podemos afirmar que, o registro de estatuto de partido político junto ao TSE será autorizado se, entre
outros requisitos, o requerimento estiver instruído com o inteiro teor do programa e do estatuto partidários,
ambos inscritos no registro civil das pessoas jurídicas.
A alternativa A está incorreta, uma vez que o ato não tem natureza jurisdicional, mas sim administrativa.
A alternativa B está incorreta. Apesar de o ato ser materialmente administrativo, não é ele quem confere
personalidade jurídica ao partido político e sim o registro civil, o que fica claro com o disposto no art. 7º,
caput, da Lei n. 9.096/95. Vejamos:
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
A alternativa D estava incorreta quando da aplicação da prova. Como sabemos o art. 8º, § 1º, Lei n. 9.096/95)
sofreu alterações pelo art. 1º da Lei nº 13.877/2019, não sendo mais obrigatório que estabeleça sua sede na
Capital Federal. Portanto, tornou-se possível o registro civil das pessoas jurídicas no local da sede do partido.
Veja o novo texto de lei abaixo:
A alternativa E, por fim, está incorreta, diante do que dispõe o art. 7º, § 1º, transcrito acima. Exige-se o
apoiamento mínimo.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois os partidos possuem autonomia e não soberania, conforme se extrai da
leitura do art. 3º, da Lei 9.096/1995.
A alternativa B também está incorreta, pois o art. 4º, da Lei nº 9.096/1995, é expresso em afirmar que os
filiados possuem direitos e deveres iguais perante o partido.
A alternativa C, por sua vez, está correta e é o gabarito da questão, pois está de acordo com o art. 19, §3º,
da Lei nº 9.096/1995.
§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações
de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
A alternativa D está incorreta, pois o art. 5º, da Lei nº 9.096/1995, veda a subordinação a governo ou a
entidades estrangeiros.
A alternativa E está totalmente incorreta. Há previsão no art. 2ª da LPP e regramento específico para fusão
de partidos na legislação, a partir do art. 27, da Lei nº 9.096/1995.
5. (CESPE/PC-GO - 2017) Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada conforme a Lei n.º 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a
assertiva correta.
a) Um grupo de eleitores encaminhou pedido de registro do estatuto do partido político Y (PY) ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Nessa situação, o TSE somente poderá deferir o registro depois de publicadas as
normas que regerão o PY, devido ao fato de os partidos políticos serem pessoas jurídicas de direito público
sujeitas ao princípio da publicidade.
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam concorrer a cargos eletivos
os candidatos que tivessem mais de dois anos de filiação partidária. Nessa situação, os filiados do PW
deverão cumprir o estabelecido na referida determinação estatutária, uma vez que é facultado aos partidos
estabelecer prazos de filiação superiores aos previstos em lei.
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo
juntado ao pedido documentos comprobatórios de apoiamento de eleitores, todos filiados a partidos
políticos e com representantes das diversas unidades da Federação, inclusive do DF. Nessa situação, o TSE
deverá deferir o pedido de registro do estatuto do PZ em caráter nacional.
d) Um deputado federal pretende desfiliar-se do partido político A, em razão da criação do partido político
B, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é possível a troca de partido sem perda do cargo
parlamentar, pois a criação de um novo partido político é justa causa para desfiliação partidária.
e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal situação caracteriza dupla
filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas para todos os efeitos legais.
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 20, da referida Lei:
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
A alternativa C está incorreta, pois os cidadãos que irão assinar a lista de apoio mínimo não podem estar
filiados a outros partidos políticos já existentes.
A alternativa D está incorreta, pois a hipótese de desfiliação para a criação de novo partido não está entre
as hipóteses do art. 22-A, da Lei dos Partidos Políticos.
A alternativa E está incorreta, pois, de acordo com o art. 22, parágrafo único, da Lei dos Partidos Políticos,
havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral
determinar o cancelamento das demais.
6. (CESPE/PC-PE - 2016) De acordo com as disposições preliminares da Lei dos Partidos Políticos — Lei
n.º 9.096/1995 —, assinale a opção correta.
a) Para que determinado partido político de caráter nacional obtenha registro de seu estatuto junto ao TSE,
serão necessários, entre outros requisitos, o apoio de eleitores não filiados a partidos políticos.
b) O partido político, adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto junto ao TSE.
c) O partido político poderá subordinar-se a entidades estrangeiras.
d) O pedido de registro de seu estatuto junto ao TSE, assegura aos partidos políticos a exclusividade da sua
denominação, da sua sigla e dos seus símbolos.
e) O STF considera os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito público, devido ao fato de eles
receberem recursos do fundo partidário e de terem acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Inclusive, esse tema foi alterado pela Lei nº
13.165/2015. Vejamos o § 1º, do art. 7º, da LPP.
A alternativa B está incorreta, pois a personalidade do partido é adquirida com o registro dos documentos
constitutivos do partido no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
A alternativa C está incorreta. O partido político não pode se submeter a entidades estrangeiras. Segue o
dispositivo da LPP que dá respaldo à alternativa:
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
A alternativa D está incorreta, pois o pedido de registro não assegura esses direitos, mas apenas o
deferimento do registro pelo TSE.
A alternativa E está incorreta. Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado por expressa
previsão legal no Código Civil.
Comentários
A alternativa A está correta é o gabarito da questão, de acordo com o art. 21, da Lei nº 9.096/1995:
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
A alternativa B está incorreta, pois somente pode se filiar o eleitor que estiver no pleno gozo dos direitos
políticos, conforme estabelece o art. 16, da Lei dos Partidos Políticos. Logo, o estado que a pessoa se
encontra poderá ser determinante para a filiação.
A alternativa C está incorreta, pois os prazos de filiação partidária poderão sim ser fixados pelo estatuto do
partido, segundo prevê o art. 20, da Lei nº 9.096/1995. O que não é possível é fixar período inferior a 6
meses, mínimo estabelecido pela legislação eleitoral.
A alternativa D também está incorreta. A personalidade, de acordo com o art. 8º, da Lei nº 9.096/1995, é
constituída com o registro civil. O registro, ao contrário do afirmado na questão, ocorrerá perante o “Registro
Civil das Pessoas Jurídicas”.
A alternativa E está incorreta, pois o partido é livre para estabelecer estrutura, organização e funcionamento.
Além disso, os recursos do Fundo Partidário provêm de várias fontes de receita, entre elas receitas de
penalidade, recursos financeiros, doações e dotações orçamentárias.
Comentários
A assertiva está incorreta. Em relação ao apoiamento mínimo, vejamos os requisitos constantes do § 1º, do
art. 7º, da Lei nº 9.096/95:
9. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
Os partidos políticos deverão se registrar no tribunal regional eleitoral de qualquer uma de suas sedes para
adquirirem personalidade jurídica.
Comentários
A assertiva está incorreta. Como sabemos, os partidos políticos adquirem personalidade na forma da lei civil.
É esse ato que lhes confere personalidade. Além disso, o registro do estatuto do partido político deve ser
registrado no TSE e não no TRE, como diz a questão. Vejamos a regrativa constitucional do §2º, do art. 17.
10. (CESPE/MPE-PI - 2012) Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos
políticos, julgue o item seguinte.
O caráter nacional dos partidos políticos é garantido com a vinculação das candidaturas, em âmbito estadual,
distrital ou municipal, às escolhas e ao regime das coligações eleitorais estabelecidas pela direção partidária
nacional.
Comentários
A assertiva está incorreta. Não há mais verticalização das candidaturas, desde a EC nº 52/2006, conforme
art. 17, § 1º, d, CF. Observe que as candidaturas não estão obrigadas a manter vinculação em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, VEDADA a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 97, de 2017)
11. (CESPE/TRE-RJ - 2012) A respeito dos partidos políticos, julgue os itens seguintes.
Somente depois de adquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil e de registrarem seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral, os partidos políticos poderão participar do processo eleitoral, receber recursos
do fundo partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos da lei.
Comentários
A assertiva está correta. Trata-se de mais uma questão exigindo o conhecimento da constituição dos partidos
políticos e do art. 7º, da Lei nº 9.096/95. Vejamos o § 2º, o qual respalda a assertiva:
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito
ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
Notem que o dispositivo constitucional (art. 17, §2º) possui praticamente a mesma redação do art. 7º, §2º,
da LPP.
É importante lembrar que a EC 97/17 incluiu o §3º ao art. 17 da CF prevendo uma série de condições (cláusula
de barreira) para que os partidos políticos tenham acesso gratuito ao rádio e à televisão e ao fundo
partidário. Vejamos o texto legal:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com
um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação.
12. (CESPE/TJ-PI - 2012) A respeito dos partidos políticos, assinale a opção correta.
a) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos têm pleno acesso às informações que, constantes do
cadastro eleitoral, digam respeito a seus afiliados.
b) Terá direito a funcionamento parlamentar, em todas as casas legislativas para as quais tenha elegido
representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos Deputados, obtiver o apoio de, no mínimo,
5% dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos
estados, com um mínimo de 2% do total de cada um deles.
c) De acordo com a lei que dispõe sobre partidos políticos, a responsabilidade civil e trabalhista é solidária
entre o órgão partidário municipal, o estadual e o nacional, ante o caráter nacional das agremiações
partidárias.
d) Resolução do TSE considera justa causa, para efeito de desfiliação partidária, afastamento e decretação
da perda de cargo eletivo, a mudança substancial ou o desvio do estatuto partidário.
e) Somente o registro do estatuto do partido político no registro civil das pessoas jurídicas da capital federal
assegura a exclusividade da denominação, da sigla e dos símbolos da agremiação, sendo vedada a utilização,
por outros partidos, de variações que possam suscitar erro ou confusão.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, de acordo com o art. 19, § 3º, da LPP.
§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações
de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
A alternativa B está incorreta, pois essa é a cláusula de barreira, considerada inconstitucional pelo STF.
Lembre-se que depois da decisão do STF o congresso nacional aprovou a EC 97/17 que trouxe novamente a
cláusula de barreira, agora em outros termos, previstos no §3º do art. 17 da CF (como visto na questão
acima).
A alternativa C está incorreta, pois embora os partidos tenham caráter nacional, a responsabilidade civil e
trabalhista compete a cada unidade descentralizada do partido, seja municipal ou estadual. A lei exclui
expressamente a solidariedade. Vejamos o que determina o art. 15-A, da Lei nº 9.096/1995.
A alternativa D está incorreta, até o ano de 2015 o assunto era regulado pela Resolução nº 22.610/07, do
TSE, pois não havia na legislação infraconstitucional a definição do que era justa causa. Com o advento da lei
nº 13.165/15 que incluiu o art. 22-A na LPP as hipóteses de justa causa passaram a ter tratamento legal.
Quando a prova foi aplicada vigorava o art. 1º da Resolução nº 22.610/07 que no inciso III considerava justa
causa desvio reiterado do programa partidário e não desvio do estatuto partidário com disse a questão.
Art. 1º - O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação
da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa.
§ 1º - Considera-se justa causa:
I) incorporação ou fusão do partido;
II) criação de novo partido;
III) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
IV) grave discriminação pessoal.
A alternativa E está incorreta. Lembre-se de que o registro do estatuto no TSE garante a exclusividade de
denominação, de sigla e de símbolo e não o registro de pessoa jurídica (art. 7º § 3º da LPP). Note que a
questão fala, incorretamente, em registro civil do estatuto. Lembre-se, ainda, que hoje o registro civil não
precisa ser feito na capital federal (art. 8º §1º da LPP)
13. (CESPE/MPE-PI – 2012) Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos
políticos, julgue o item seguinte.
Organização da sociedade civil constituída como pessoa jurídica de direito público, o partido político destina-
se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender
os direitos fundamentais.
Comentários
A assertiva está incorreta. Ilustremos a questão com o art. 1º, da Lei nº 9.096/1995:
O erro da questão está ao mencionar que o partido político é pessoa jurídica de direito público. Como
sabemos, o partido deve ser constituído como uma pessoa jurídica de direito privado.
14. (CESPE/TJ-DF - 2014) Com relação aos partidos políticos, assinale a opção correta.
a) Com o fim da verticalização, os estatutos partidários ostentam maior relevo, elencando os critérios de
escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em níveis nacional, estadual, distrital ou municipal, deixando que as regras internas estabeleçam normas de
disciplina.
b) O candidato que for eleito para cargo no Poder Legislativo será detentor de parcela da soberania popular
que advém do voto e, por isso, a ele pertencerá o mandato que passará a exercer.
c) A justiça eleitoral fiscaliza a escrituração contábil e a prestação de contas das campanhas eleitorais, que
devem ser feitas no encerramento da campanha eleitoral pelos partidos que tiverem candidatos eleitos.
d) Um partido político tem direito a atuação parlamentar, nas casas legislativas para as quais tenha elegido
representante, se, em cada eleição para a Câmara dos Deputados, obtiver o apoio de, no mínimo, 5% dos
votos apurados.
e) Após o registro de seu estatuto no cartório de registro civil das pessoas jurídicas de Brasília, o partido
==2360ad==
político pode dispor do fundo partidário e fazer uso exclusivo da sigla que o identifica.
Comentários
A alternativa A é a correta e gabarito da questão. Essa alternativa bem sintetiza a evolução jurisprudencial
em torno da questão da verticalização das coligações.
Em que pese a liberdade conferida aos partidos políticos, a Resolução TSE nº 21.002/2002 impunha a
obrigatoriedade de que os partidos políticos coligados em eleições presidenciais não poderiam formar
alianças distintas nas esferas estadual, distrital ou municipais com outros partidos.
Por exemplo, formada uma coligação entre PMDB e PT na diretiva nacional, não seria admissível que, no
âmbito estadual ou mesmo municipal, PMDB e PT estivessem coligados com outros partidos e não entre si.
Denominava-se de regra da verticalização partidária.
Hoje, esse não é o entendimento que prevalece. A Emenda Constitucional nº 52/2006 pôs fim à
verticalização ao prever, no art. 17º, §1º, que os partidos políticos têm autonomia para definir estrutura e
funcionamento, podendo se coligar a outros partidos SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO ENTRE AS
CANDIDATURAS EM ÂMBITO NACIONAL, ESTADUAL, DISTRITAL OU MUNICIPAL.
A alternativa B está incorreta. Em 27/05/15 o STF mudou o entendimento ao julgar a ADI 5081, aplicando a
regra da infidelidade partidária apenas para cargos proporcionais e não para cargos majoritários. O único
cargo do Legislativo em que é aplicado o sistema majoritário é o de senador.
A alternativa C também está incorreta. O partido político deverá prestar contas à Justiça Eleitoral
constantemente. Em anos eleitorais, prestará contas, anualmente, conforme quadro abaixo:
Atenção!!! O prazo foi alterado pela Lei 13.877/19. E a previsão de entrega de balancetes mensais nos anos
eleitorais foi revogada pela Lei 13.165/15.
Além disso, o art. 34 V da LPP prevê a prestação de contas pelo partido político e seus candidatos no
encerramento da campanha eleitoral, ou seja, todos os partidos políticos e não apenas os que tiveram
candidatos eleitos.
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a prestação de contas do partido e
das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar se elas refletem adequadamente a
real movimentação financeira, os dispêndios e os recursos aplicados nas campanhas
eleitorais, exigindo a observação das seguintes normas:
A alternativa D está incorreta. A alternativa trata da cláusula de barreira para o funcionamento parlamentar,
que foi declarado inconstitucional pelo STF.
Finalmente, a alternativa E está incorreta, já que a constituição regular do partido político depende de
registro civil – que confere existência jurídica – e do registro perante o TSE. Somente após o registro no órgão
eleitoral é que o partido gozará de suas prerrogativas, entre elas, o Fundo Partidário. Como já dito
anteriormente, lembre-se de que não se exige mais o registro civil na capital federal.
15. (CESPE/MPE-RR - 2012) Assinale a opção correta no que se refere à disciplina legal e constitucional
dos partidos políticos.
a) A liberdade política e partidária, na democracia brasileira, comporta partido contrário ao regime
democrático.
b) A lei que rege os partidos políticos é orgânica, pois disciplina sua estrutura interna, organização e
funcionamento.
c) Pessoa jurídica de direito privado, o partido político deve registrar seus estatutos no cartório de registro
civil.
d) Partido político ou sua facção são autorizados por lei a adotar uniforme para seus integrantes.
e) Para o registro de novo partido, é necessário, entre outras exigências, o apoio de 0,5% dos eleitores
(considerados os votos válidos) que votaram nas eleições anteriores para a Câmara dos Deputados.
Comentários
Essa questão foi ANULADA pela banca, pois possui duas questões certas. Contudo, a usaremos como objeto
de estudo.
A alternativa A está incorreta. Com base no art. 2º, da Lei nº 9.096/95, é livre a criação, a fusão, a
incorporação e a extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 3º, é assegurada, ao partido político, a autonomia para
definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, logo a LPP não pode ser considerada uma lei
orgânica. A lei orgânica impõe critérios de organização e funcionamento retirando a autonomia da
instituição.
Embora o registro do estatuto ocorra perante o TSE após o registro civil, ao efetuar esse registro, o partido
deverá registrar também o estatuto perante o Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas no local
competente de funcionamento da sede do partido (em qualquer ponto do território nacional).
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 6º, da Lei nº 9.096/95, é vedado ao partido político ministrar
instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus
membros.
A alternativa E está correta, pois está previsto no art. 7º, §1º da LPP.
16. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o item que se segue, referentes às Leis de n.º 9.504/1997 e n.º
9.096/1995, bem como à Resolução TSE n.º 21.538/2003.
Embora lhes esteja assegurada autonomia para definir sua estrutura interna, sua organização e seu
funcionamento, os partidos políticos são legalmente proibidos de adotar o uso de uniforme para seus
membros.
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 3º, da Lei nº 9.096/95, ao partido político é assegurada
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento.
Enquanto o art. 6º, da referida Lei, estabelece que é vedado ao partido político adotar uniforme para seus
membros.
17. (CESPE/TRE-MS - 2013) Assinale a opção correta acerca da Lei n.º 9.096/1995, que dispõe sobre
partidos.
a) Para desligar-se de partido, o filiado deve encaminhar ao órgão de direção municipal seu pedido de
desligamento, que, se negado, deverá ser apreciado pelo juiz eleitoral da zona em que for inscrito.
b) A decisão partidária no sentido do deferimento do cancelamento da filiação é necessária para que o
vínculo com o partido torna-se extinto para todos os efeitos.
c) É proibida a filiação de um eleitor a um partido político antes de seu desligamento do outro partido ao
qual era filiado.
d) A organização e o funcionamento dos partidos são determinados por lei específica.
e) Os órgãos de direção nacional de partidos políticos têm pleno acesso às informações de seus filiados
constantes do cadastro eleitoral.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não existe tal previsão na legislação eleitoral. Compete ao interessado tão
somente informar o órgão municipal e a zona eleitoral no ato de desfiliação.
Após a comunicação, o vínculo extingue-se no prazo de 2 dias, consoante ao que dispõe o art. 21, da LPP.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo torna-
se extinto, para todos os efeitos.
A alternativa B está incorreta, pois decorridos dois dias da entrega da comunicação de desfiliação do partido,
o vínculo torna-se automaticamente extinto.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo torna-
se extinto, para todos os efeitos.
A alternativa C está incorreta, de acordo com o § único, do art. 22, da Lei nº 9.096/1995. A filiação a outro
partido não é proibida, mas, havendo mais de uma filiação, prevalecerá a mais recente
A alternativa D está incorreta, pois os partidos políticos são livres para determinar sua organização, por meio
do seu estatuto. Vejamos o art. 14, da Lei nº 9.906/1995.
Art. 14. Observadas as disposições constitucionais e as desta Lei, o partido é livre para fixar,
em seu programa, seus objetivos políticos e para estabelecer, em seu estatuto, a sua
estrutura interna, organização e funcionamento.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. É o que dispõe o art. 19, §3º, da Lei nº 9.096/1995:
Art. 19: § 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034,
de 2009)
18. (CESPE/TRE-BA - 2010) Acerca das regras concernentes à filiação partidária julgue os itens a seguir.
A lei limita o acesso dos órgãos de direção nacional dos partidos políticos quanto às informações de seus
filiados constantes do cadastro eleitoral, como forma de assegurar a privacidade dos eleitores e dos
candidatos, ainda que em relação aos partidos que se encontram filiados.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois os órgãos de direção nacional dos partidos possuem pleno acesso às
informações de seus filiados, de acordo com o § 3º, do art. 19, da Lei nº 9.096/1995:
19. (CESPE/MPE-AC - 2014) Assinale a opção correta com relação aos partidos políticos.
a) A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe solidariamente ao órgão partidário municipal,
estadual ou nacional que tiver dado causa a descumprimento da obrigação, a violação de direito, a dano a
outrem ou a qualquer ato ilícito.
b) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do fundo partidário, por desaprovação total da
prestação de contas de partido, não pode ser aplicada por meio de desconto, do valor a ser repassado, da
importância apontada como irregular.
c) É assegurada aos partidos políticos autonomia para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais nas eleições majoritárias, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
d) Os órgãos de direção nacional, estadual e municipal do partido político podem receber doações de pessoas
físicas e jurídicas, inclusive entidades de classe ou sindicais, para constituição de seus fundos.
e) A personalidade jurídica é adquirida, nos termos da lei civil, após o registro do estatuto do partido político
no TSE.
Comentários
A alternativa A está incorreta, conforme estabelece o art. 15-A, da Lei nº 9.096/95. A responsabilidade é
exclusiva do órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao descumprimento.
Vejamos:
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 37, da referida Lei, o pagamento deverá ser feito
por meio de desconto nos futuros repasses de cotas do Fundo Partidário.
§ 3o A sanção a que se refere o caput deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável,
pelo período de um a doze meses, e o pagamento deverá ser feito por meio de desconto
nos futuros repasses de cotas do Fundo Partidário, desde que a prestação de contas seja
julgada, pelo juízo ou tribunal competente, em até cinco anos de sua apresentação.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, com base no §1º, do art. 17, da CF/88:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, VEDADA a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 97, de 2017)
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 31, IV, da Lei dos Partidos Políticos, é vedado ao partido receber
contribuição de entidade de classe ou sindical. É importante registrar que o STF, na ADI nº 4650/DF, declarou
inconstitucional qualquer doação eleitoral de pessoa jurídica.
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de
publicidade de qualquer espécie, procedente de:
IV - entidade de classe ou sindical.
A alternativa E está incorreta. O art. 7º, da Lei nº 9.096/95, prevê que o partido político registra seu estatuto
no TSE após adquirir personalidade jurídica.
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 17, da Constituição Federal. Vamos analisar cada uma das
alternativas.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 17, I, os partidos políticos podem ter caráter nacional,
apenas.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §1º do art. 17 da CF:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.
A alternativa C está incorreta. Com base no §2º, somente após adquirirem personalidade jurídica, os partidos
políticos registrarão seus estatutos no TSE.
A alternativa D está incorreta. Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, desde que alcançados os requisitos previstos no §3º do art. 17 da CF (cláusula
de barreira). Vejamos o que dispõe o artigo citado:
A alternativa E está incorreta. Nos termos do §4º, os partidos políticos não podem utilizar organizações
paramilitares.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 1º, da Lei nº 9.096/95:
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 3º, da referida Lei, é assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 6º, da Lei dos Partidos Políticos, é vedado ao partido político
ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme
para seus membros.
A alternativa D está incorreta. O art. 7º, da referida Lei, estabelece que o partido político, após adquirir
personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
A alternativa E está incorreta. O partido é livre para se organizar. Não compete ao TSE qualquer ingerência
em sua estrutura interna.
Outras Bancas
22. (FUMARC/ALMG - 2023) Nos termos da Lei Federal nº 9.096/1995, a Lei dos Partidos Políticos, estão
corretas as seguintes afirmativas, EXCETO:
A) A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem
subordinação a entidades ou governos estrangeiros.
B) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
C) É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma
natureza e adotar uniforme para seus membros.
D) O partido político, pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.
Comentários
Lei 9.096/1995. Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com
seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.
CF. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: (...)
Lei 9.096/1995. Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo
e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
23. (FEPESE/DPE-SC - 2012) Quanto à personalidade jurídica dos partidos políticos, conforme o previsto
pela Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que são:
a) Pessoas jurídicas de direito misto.
b) Pessoas jurídicas de direito social.
c) Pessoas jurídicas de direito público.
d) Pessoas jurídicas de direito político.
e) Pessoas jurídicas de direito privado.
Comentários
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de acordo com o art. 1º, da Lei dos Partidos
Políticos.
24. (IADES/TRE-PA - 2014) A respeito dos partidos políticos, à luz da Lei nº 9.096/1995, assinale a
alternativa correta.
a) Ao partido político é permitido ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da
mesma natureza e adotar uniforme para os respectivos membros.
b) Ao partido político, é autorizada autonomia para definir a própria estrutura interna, organização e
funcionamento.
c) O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra o próprio estatuto
perante o Tribunal Regional Eleitoral da respectiva região.
d) Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido pelo menos um ano
antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.
e) O partido político, pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois é vedado ao partido todas as práticas descritas na assertiva.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, tendo em vista o art. 3º, da LPP.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento.
A alternativa C está incorreta, pois o registro do estatuto deve ser feito no TSE.
A alternativa D está incorreta, o prazo mínimo de filiação deve estar de acordo com o art. 9º da Lei das
Eleições, que passou a ser de 6 meses, e não de um ano com o advento da Lei nº 13.488/2017.
A alternativa E está incorreta, pois o partido político deve ser constituído como pessoa jurídica de direito
privado.
Comentários
A alternativa A está incorreta. A personalidade jurídica do partido é adquirida com o registro dos atos
constitutivos. Devemos lembrar, ainda, que exigia-se o registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas de Brasília, porém tendo em vista a alteração sofrida pelo art. 8º §1º da LPP o registro, atualmente,
deverá ser feito no local da sede do partido em qualquer parte do território nacional.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 22, da LPP, o cancelamento da filiação partidária será
imediato em caso de perda dos direitos políticos.
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
II – perda dos direitos políticos;
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, de acordo com o art. 1º, da LPP.
A alternativa D está incorreta, pois não há qualquer tipo de aprovação pelo TSE. Vejamos o art. 17, § 1º.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, VEDADA a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 97, de 2017)
26. (IESES/TRE-MA - 2015 - Adaptada) Em relação a filiação partidária assinale a alternativa correta:
a) Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral
determinar o cancelamento das demais.
b) Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção estadual e ao Juiz
Eleitoral da Zona em que for inscrito.
c) O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de suspensão dos direitos políticos.
d) Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido pelo menos um ano
antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é exatamente o que prevê o parágrafo único do
art. 22, da LPP.
A alternativa B está incorreta. A comunicação de desfiliação é feita ao órgão de direção municipal e não
estadual.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
A alternativa C está incorreta. O cancelamento na filiação ocorre imediatamente apenas nos casos de perda
dos direitos políticos.
A alternativa D está incorreta. A filiação mínima passou a ser de seis meses, com o advento da Lei 13.488/17.
LISTA DE QUESTÕES
CESPE
2. (CESPE/TJBA - 2019) A respeito da atuação dos partidos políticos e das estratégias de exercício da
democracia, assinale a opção correta.
a) O modelo brasileiro de financiamento de campanha é misto, com participação tanto do poder público
quanto do setor privado, sendo possível posterior retificação, na justiça eleitoral, dos limites de gastos de
cada campanha.
b) A CF prevê a proteção à fidelidade partidária, de modo que, nos cargos alcançados pelo sistema
majoritário, a arbitrária desfiliação partidária implica renúncia tácita do mandato.
c) O sistema eleitoral distrital tem natureza proporcional, o que possibilita o prestígio da representação de
minorias e a diminuição do clientelismo político.
d) No Brasil, a discussão acerca da viabilidade de candidaturas avulsas está relacionada com o respeito às
condições de elegibilidade previstas na CF e às garantias previstas no Pacto de San José da Costa Rica.
e) Ao eleito por partido que não alcançar a cláusula de desempenho eleitoral exigida pela legislação será
assegurado o mandato, desde que ele se filie a outro partido.
3. (CESPE/TJ-CE - 2018) O registro de estatuto de partido político junto ao TSE será autorizado
a) por ato de natureza jurisdicional da corte sujeito a recurso extraordinário.
b) por ato materialmente administrativo que lhe atribua personalidade jurídica.
c) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com o inteiro teor do programa e do estatuto
partidários, ambos inscritos no registro civil das pessoas jurídicas.
d) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com certidão de inteiro teor do registro
partidário expedida pelo cartório de registro civil das pessoas jurídicas da capital do estado sede do partido.
e) se preenchidos os requisitos legais, independentemente de comprovação de apoio mínimo de eleitores.
5. (CESPE/PC-GO - 2017) Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada conforme a Lei n.º 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a
assertiva correta.
a) Um grupo de eleitores encaminhou pedido de registro do estatuto do partido político Y (PY) ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Nessa situação, o TSE somente poderá deferir o registro depois de publicadas as
normas que regerão o PY, devido ao fato de os partidos políticos serem pessoas jurídicas de direito público
sujeitas ao princípio da publicidade.
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam concorrer a cargos eletivos
os candidatos que tivessem mais de dois anos de filiação partidária. Nessa situação, os filiados do PW
deverão cumprir o estabelecido na referida determinação estatutária, uma vez que é facultado aos partidos
estabelecer prazos de filiação superiores aos previstos em lei.
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo
juntado ao pedido documentos comprobatórios de apoiamento de eleitores, todos filiados a partidos
políticos e com representantes das diversas unidades da Federação, inclusive do DF. Nessa situação, o TSE
deverá deferir o pedido de registro do estatuto do PZ em caráter nacional.
d) Um deputado federal pretende desfiliar-se do partido político A, em razão da criação do partido político
B, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é possível a troca de partido sem perda do cargo
parlamentar, pois a criação de um novo partido político é justa causa para desfiliação partidária.
e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal situação caracteriza dupla
filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas para todos os efeitos legais.
6. (CESPE/PC-PE - 2016) De acordo com as disposições preliminares da Lei dos Partidos Políticos — Lei
n.º 9.096/1995 —, assinale a opção correta.
a) Para que determinado partido político de caráter nacional obtenha registro de seu estatuto junto ao TSE,
serão necessários, entre outros requisitos, o apoio de eleitores não filiados a partidos políticos.
b) O partido político, adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto junto ao TSE.
c) O partido político poderá subordinar-se a entidades estrangeiras.
d) O pedido de registro de seu estatuto junto ao TSE, assegura aos partidos políticos a exclusividade da sua
denominação, da sua sigla e dos seus símbolos.
e) O STF considera os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito público, devido ao fato de eles
receberem recursos do fundo partidário e de terem acesso gratuito ao rádio e à televisão.
9. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
Os partidos políticos deverão se registrar no tribunal regional eleitoral de qualquer uma de suas sedes para
adquirirem personalidade jurídica.
10. (CESPE/MPE-PI - 2012) Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos
políticos, julgue o item seguinte.
O caráter nacional dos partidos políticos é garantido com a vinculação das candidaturas, em âmbito estadual,
distrital ou municipal, às escolhas e ao regime das coligações eleitorais estabelecidas pela direção partidária
nacional.
11. (CESPE/TRE-RJ - 2012) A respeito dos partidos políticos, julgue os itens seguintes.
Somente depois de adquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil e de registrarem seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral, os partidos políticos poderão participar do processo eleitoral, receber recursos
do fundo partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos da lei.
12. (CESPE/TJ-PI - 2012) A respeito dos partidos políticos, assinale a opção correta.
a) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos têm pleno acesso às informações que, constantes do
cadastro eleitoral, digam respeito a seus afiliados.
b) Terá direito a funcionamento parlamentar, em todas as casas legislativas para as quais tenha elegido
representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos Deputados, obtiver o apoio de, no mínimo,
5% dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos
estados, com um mínimo de 2% do total de cada um deles.
c) De acordo com a lei que dispõe sobre partidos políticos, a responsabilidade civil e trabalhista é solidária
entre o órgão partidário municipal, o estadual e o nacional, ante o caráter nacional das agremiações
partidárias.
d) Resolução do TSE considera justa causa, para efeito de desfiliação partidária, afastamento e decretação
da perda de cargo eletivo, a mudança substancial ou o desvio do estatuto partidário.
e) Somente o registro do estatuto do partido político no registro civil das pessoas jurídicas da capital federal
assegura a exclusividade da denominação, da sigla e dos símbolos da agremiação, sendo vedada a utilização,
por outros partidos, de variações que possam suscitar erro ou confusão.
13. (CESPE/MPE-PI – 2012) Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos
políticos, julgue o item seguinte.
Organização da sociedade civil constituída como pessoa jurídica de direito público, o partido político destina-
se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender
os direitos fundamentais.
14. (CESPE/TJ-DF - 2014) Com relação aos partidos políticos, assinale a opção correta.
a) Com o fim da verticalização, os estatutos partidários ostentam maior relevo, elencando os critérios de
escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em níveis nacional, estadual, distrital ou municipal, deixando que as regras internas estabeleçam normas de
disciplina.
b) O candidato que for eleito para cargo no Poder Legislativo será detentor de parcela da soberania popular
que advém do voto e, por isso, a ele pertencerá o mandato que passará a exercer.
c) A justiça eleitoral fiscaliza a escrituração contábil e a prestação de contas das campanhas eleitorais, que
devem ser feitas no encerramento da campanha eleitoral pelos partidos que tiverem candidatos eleitos.
d) Um partido político tem direito a atuação parlamentar, nas casas legislativas para as quais tenha elegido
representante, se, em cada eleição para a Câmara dos Deputados, obtiver o apoio de, no mínimo, 5% dos
votos apurados.
e) Após o registro de seu estatuto no cartório de registro civil das pessoas jurídicas de Brasília, o partido
político pode dispor do fundo partidário e fazer uso exclusivo da sigla que o identifica.
15. (CESPE/MPE-RR - 2012) Assinale a opção correta no que se refere à disciplina legal e constitucional
dos partidos políticos.
a) A liberdade política e partidária, na democracia brasileira, comporta partido contrário ao regime
democrático.
b) A lei que rege os partidos políticos é orgânica, pois disciplina sua estrutura interna, organização e
funcionamento.
c) Pessoa jurídica de direito privado, o partido político deve registrar seus estatutos no cartório de registro
civil.
d) Partido político ou sua facção são autorizados por lei a adotar uniforme para seus integrantes.
e) Para o registro de novo partido, é necessário, entre outras exigências, o apoio de 0,5% dos eleitores
(considerados os votos válidos) que votaram nas eleições anteriores para a Câmara dos Deputados.
16. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o item que se segue, referentes às Leis de n.º 9.504/1997 e n.º
9.096/1995, bem como à Resolução TSE n.º 21.538/2003.
Embora lhes esteja assegurada autonomia para definir sua estrutura interna, sua organização e seu
funcionamento, os partidos políticos são legalmente proibidos de adotar o uso de uniforme para seus
membros.
17. (CESPE/TRE-MS - 2013) Assinale a opção correta acerca da Lei n.º 9.096/1995, que dispõe sobre
partidos.
a) Para desligar-se de partido, o filiado deve encaminhar ao órgão de direção municipal seu pedido de
desligamento, que, se negado, deverá ser apreciado pelo juiz eleitoral da zona em que for inscrito.
b) A decisão partidária no sentido do deferimento do cancelamento da filiação é necessária para que o
vínculo com o partido torna-se extinto para todos os efeitos.
c) É proibida a filiação de um eleitor a um partido político antes de seu desligamento do outro partido ao
qual era filiado.
d) A organização e o funcionamento dos partidos são determinados por lei específica.
e) Os órgãos de direção nacional de partidos políticos têm pleno acesso às informações de seus filiados
constantes do cadastro eleitoral.
18. (CESPE/TRE-BA - 2010) Acerca das regras concernentes à filiação partidária julgue os itens a seguir.
A lei limita o acesso dos órgãos de direção nacional dos partidos políticos quanto às informações de seus
filiados constantes do cadastro eleitoral, como forma de assegurar a privacidade dos eleitores e dos
candidatos, ainda que em relação aos partidos que se encontram filiados.
19. (CESPE/MPE-AC - 2014) Assinale a opção correta com relação aos partidos políticos.
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22. (FUMARC/ALMG - 2023) Nos termos da Lei Federal nº 9.096/1995, a Lei dos Partidos Políticos, estão
corretas as seguintes afirmativas, EXCETO:
A) A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem
subordinação a entidades ou governos estrangeiros.
B) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
C) É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma
natureza e adotar uniforme para seus membros.
D) O partido político, pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.
23. (FEPESE/DPE-SC - 2012) Quanto à personalidade jurídica dos partidos políticos, conforme o previsto
pela Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que são:
a) Pessoas jurídicas de direito misto.
b) Pessoas jurídicas de direito social.
c) Pessoas jurídicas de direito público.
d) Pessoas jurídicas de direito político.
e) Pessoas jurídicas de direito privado.
24. (IADES/TRE-PA - 2014) A respeito dos partidos políticos, à luz da Lei nº 9.096/1995, assinale a
alternativa correta.
a) Ao partido político é permitido ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da
mesma natureza e adotar uniforme para os respectivos membros.
b) Ao partido político, é autorizada autonomia para definir a própria estrutura interna, organização e
funcionamento.
c) O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra o próprio estatuto
perante o Tribunal Regional Eleitoral da respectiva região.
d) Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido pelo menos um ano
antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.
e) O partido político, pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.
26. (IESES/TRE-MA - 2015 - Adaptda) Em relação a filiação partidária assinale a alternativa correta:
a) Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral
determinar o cancelamento das demais.
b) Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção estadual e ao Juiz
Eleitoral da Zona em que for inscrito.
c) O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de suspensão dos direitos políticos.
d) Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido pelo menos um ano
antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.
GABARITO
1. D
2. D
3. C
4. C
5. B
6. A
7. A
8. INCORRETA
9. INCORRETA
10. INCORRETA
11. CORRETA
12. A
13. INCORRETA
14. A
15. ANULADA
16. CORRETA
17. E
18. INCORRETA
19. C
20. B
21. A
22. D
23. E
24. B
25. C
26. A