Apostila de Direito Constitucional Sudene e PF Cristiano Lopes

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Direito Constitucional

APOSTILA DE DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes


PLUralismo poltico.

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BIZU!!! Para Fundamentos: SO-CI-DI-VA-PLU

A CONSTITUIO BRASILEIRA DE 1988


A Constituio de 1988 composta de trs partes: a) Prembulo; b) Texto Constitucional (principal) e c) Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT). PREMBULO Ns, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assemblia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrtico, destinado a assegurar o exerccio dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justia como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluo pacfica das controvrsias, promulgamos, sob a proteo de Deus, a seguinte CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Para o STF, o prembulo da CF/88 no se situa no mbito do Direito, mas no domnio da poltica, refletindo posio ideolgica do constituinte. Em consequncia, ele no possui relevncia jurdica, no sendo norma central da Constituio.
ATENO: No julgamento da ADI n 2.076/AC, o STF decidiu que o prembulo no tem fora normativa e que no norma de repetio obrigatria pelas Constituies Estaduais. Assim, no se exige que as CEs invoquem a proteo de Deus.

Soberania quem tem a Repblica Federativa do Brasil; a Unio, os Estados, os Municpios e o Distrito Federal tm autonomia PAF (Poltica, Administrativa e Financeira). Essa autonomia prpria da FEDERAO, que a descentralizao do poder. Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (VOTO) ou diretamente, nos termos desta Constituio. Costuma-se distinguir titularidade do poder de exerccio do poder. O titular do poder sempre ser o povo. Agora, o exerccio pode ser dar diretamente ou indiretamente (por meio dos representantes). Democracia no Brasil mista. Democracia indireta a regra: voto direto, secreto, universal e peridico clusula ptrea. Democracia direta a exceo e pode ser exercida por meio do plebiscito (art. 14, I), referendo (art. 14, II) e iniciativa popular (art. 61, 2).
ATENO: Voto obrigatrio no clausula ptrea! Voto pode passar a ser facultativo, por meio de proposta de Emenda Constitucional (PEC).

DIFERENA ENTRE PLEBISCITO e REFERENDO PLEBISCITO consulta prvia ao povo, a respeito de determinado ato legislativo ou administrativo Congresso Nacional convoca Ex: plebiscito que decidiu forma e sistema de governo REFERENDO consulta posterior ao povo, para saber se ratifica ou rejeita ato legislativo ou administrativo Congresso Nacional autoriza Ex: referendo sobre comrcio de armas de fogo e munio

ADCT Ao contrrio do que acontece com o prembulo, o Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT norma constitucional, tanto que s pode ser alterado pela via da emenda constitucional.

CF, art. 3 - Objetivos da Repblica

DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS


Nome oficial: Repblica Federativa do Brasil. Sistema de governo: Presidencialista. Forma de governo: Repblica, que tem as seguintes caractersticas: Eletividade - povo que escolhe os governantes; Temporariedade - poder no vitalcio; Responsabilidade - governante deve se ater a certos limites. CF, art. 1 - Fundamentos da Repblica A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos: SOberania; CIdadania; DIgnidade da pessoa humana; VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Com os objetivos, a Constituio diz quais so as metas que deseja alcanar e, ao mesmo tempo, reconhece que nenhuma delas foi atingida. CONstruir uma sociedade livre, justa e solidria; GArantir o desenvolvimento nacional; PROmover o bem de todos; ERrradicar a pobreza e a marginalizao; REduzir as desigualdades sociais e regionais.
BIZU!!! Objetivos internos sempre comeam com verbo no infinitivo. Para gravar... CON-GA-PRO-ER-RE

CF, art. 4 - Princpios nas relaes Internacionais Art. 4 - A Repblica Federativa do Brasil rege-se nas suas relaes internacionais pelos seguintes princpios: I - independncia nacional; II - prevalncia dos direitos humanos; III - autodeterminao dos povos; Pgina 1

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IV - no-interveno; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - soluo pacfica dos conflitos; VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperao entre os povos para o progresso da humanidade; X - concesso de asilo poltico.
BIZU!!! Para Princpios da Repblica Federativa Brasileira nas Relaes Internacionais DE-CO-R-A DE Defesa da paz CO Cooperao entre os povos para o progresso da humanidade R Repdio ao terrorismo e ao racismo A Autodeterminao dos povos P Prevalncia dos direitos humanos I Independncia nacional S Soluo pacfica dos conflitos C Concesso de asilo poltico I Igualdade entre os Estados NO No interveno P-I-S-C-I-NO

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a) pluralismo poltico. b) dignidade da pessoa humana. c) valores sociais da livre iniciativa. d) diviso dos Poderes do Estado. e) valores sociais do trabalho. 4. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justia) No objetivo fundamental da Repblica Federativa do Brasil, como expressamente previsto na Constituio, a) construir uma sociedade livre, justa e solidria. b) erradicar o analfabetismo e a fome. c) garantir o desenvolvimento nacional e erradicar a pobreza. d) erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdades sociais e regionais. e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao. 5. (FGV - 2011 - TRE-PA - Tcnico Judicirio Segurana Judiciria) A Constituio brasileira apresenta como seus fundamentos a) o respeito liberdade de qualquer cidado de ser candidato a cargo poltico. b) a defesa da cidadania, soberania e dignidade da pessoa humana. c) a existncia de partidos polticos que possam disputar eleies pelo critrio majoritrio. d) a construo de uma sociedade que valorize o capital intelectual do ser humano. e) a construo de uma sociedade que seja uniforme no que diz respeito composio de sua populao. 6. (TRT-23/FCC/2006) O pluralismo poltico um dos a) princpios da administrao pblica direta e indireta. b) objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil. c) fundamentos da Repblica Federativa do Brasil. d) princpios norteadores da Repblica Federativa do Brasil nas suas relaes internacionais. e) direitos sociais assegurados pela Constituio Federal do Brasil. 7. (TRE-PB/FCC) As normas de eficcia contida so caracterizadas por a) no produzirem efeito de auto-aplicabilidade e imperatividade jurdica. b) somente produzirem efeito aps a edio de norma que a complemente. c) estarem condicionadas, para a sua eficcia, de regulamentao posterior e futura. d) produzirem efeito imediatamente, muito embora possam ter tais efeitos restringidos por normas infraconstitucionais. e) se inviabilizarem quanto a sua aplicabilidade, na hiptese da edio de lei ordinria posterior.

Pargrafo nico. A Repblica Federativa do Brasil buscar a integrao econmica, poltica, social e cultural dos povos da Amrica Latina, visando formao de uma comunidade latino-americana de naes. QUESTES SOBRE O TEMA CONCEITO, CLASSIFICAO E PRINCPIOS CONTITUCIONAIS 01. (MPU/FCC/2007) Conforme a doutrina dominante, a Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 classificada como a) formal, escrita, outorgada e rgida. b) formal, escrita, promulgada e rgida. c) material, escrita, promulgada e imutvel. d) formal, escrita, promulgada e flexvel. e) material, escrita, outorgada e semi-rgida. 02. (FCC/2008 - Tcnico judicirio TRF 5 Regio) Tomando-se como critrio de classificao das Constituies a estabilidade, a Constituio Brasileira caracteriza-se como a) flexvel. b) rgida. c) semi-rgida. d) escrita. e) dogmtica. 3. (FGV - 2008 - Senado Federal - Policial Legislativo Federal) No (so) fundamento(s) da Repblica Federativa do Brasil:

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8. (CESPE - 2005 - TRE-MT - Analista Judicirio - rea Judiciria) Em relao ao direito constitucional, assinale a opo correta. a) A norma constitucional que prev a liberdade de convico religiosa tem maior hierarquia que a norma constitucional que estabelece a imunidade tributria dos locais destinados a cultos religiosos. b) Compete ao Poder Legislativo fiscalizar as atividades do Poder Executivo. c) Compete ao presidente da Repblica apreciar, para fins de sano ou veto, as leis ordinrias e complementares, as emendas Constituio da Repblica e os decretos legislativos. d) Havendo coliso entre um princpio constitucional previsto no texto original da Constituio da Repblica e um princpio introduzido por emenda constitucional, deve prevalecer o primeiro. e) vedado ao Poder Judicirio interpretar ampliativamente normas definidoras de direitos fundamentais. 9. (EJEF - 2006 - TJ-MG Juiz) A jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal vem adotando, quanto ao valor jurdico do prembulo constitucional, a teoria da: a) relevncia jurdica; b) relevncia jurdica direta; c) irrelevncia jurdica; d) relevncia jurdica indireta. 10. (UFPR - 2011 - ITAIPU BINACIONAL Advogado) No final da dcada de 1960, Jos Afonso da Silva desenvolveu uma classificao das normas constitucionais que tem sido amplamente adotada pela doutrina e pelos tribunais brasileiros. De acordo com a sua proposta, as normas constitucionais podem ser caracterizadas como normas de eficcia plena, normas de eficcia contida e normas de eficcia limitada. Levando em conta essa classificao, considere os dispositivos abaixo transcritos: Art. 5 (...) XIII livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer. Art. 8 (...) VI obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas de trabalho. Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: (...) XI participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao e, excepcionalmente, participao na gesto da empresa, conforme definido em lei. Assinale a alternativa correta. a) A norma prevista no art. 5, XIII, exemplo de norma de eficcia limitada. b) A norma prevista no art. 5, XIII, exemplo de norma de eficcia contida. c) A norma prevista no art. 8, VI, exemplo de norma de eficcia contida. d) A norma prevista no art. 7, XI, exemplo de norma de eficcia plena.

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11. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A doutrina constitucional atribui s expresses direito e garantia o mesmo contedo tcnico-jurdico. ( )Certo ( )Errado

12. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A CF pode ser alterada, a qualquer momento, por intermdio do chamado poder constituinte derivado reformador e tambm pelo derivado revisor. ( )Certo ( )Errado

13. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Pelo princpio da supremacia da Constituio, constata-se que as normas constitucionais esto no vrtice do sistema jurdico nacional, e que a elas compete, entre outras matrias, disciplinar a estrutura e a organizao dos rgos do Estado. ( )Certo ( )Errado

14. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) O prembulo da Constituio Federal constitui uma norma central e, portanto, tem fora normativa. ( )Certo ( )Errado

15. (CESPE/TRE-MA/2009) A competncia da Unio para elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social constitui exemplo de norma constitucional programtica. ( )Certo ( )Errado

16. (CESPE/TRE-MA/2009) O preceito constitucional que assegura a liberdade de exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais estabelecidas em lei, constitui norma de eficcia limitada. ( )Certo ( )Errado

17. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante aplicabilidade, de acordo com a tradicional classificao das normas constitucionais, so de eficcia limitada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses concernentes a determinada matria, mas deixa margem atuao restritiva por parte da competncia discricionria do poder pblico, nos termos em que a lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos. ( )Certo ( )Errado

18. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscpico Especficos) O princpio da dignidade da pessoa humana um princpio fundamental e absoluto. ( )Certo ( )Errado

19. (CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TCNICO DE INTELIGNCIA).A soberania popular exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituio Federal brasileira consagra, tambm, a democracia participativa ao prever instrumentos de participao intensa e efetiva do cidado nas decises governamentais. ( )Certo ( )Errado Pgina 3

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20. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judicirio - rea Administrativa Especficos).Constituem fundamentos da Repblica Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana, a independncia nacional e a igualdade entre as naes. ( )Certo ( )Errado

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desigual aos desiguais, igualando-os na medida de sua desigualdade. Em outras palavras, seria tentar minimizar as desigualdades, atuando, por exemplo, com aes afirmativas, tambm chamadas de discriminaes positivas (cota para negros e ndios nas Universidades). a chamada igualdade material.
ATENO: Embora o texto constitucional garanta a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade aos brasileiros e estrangeiros residentes no pas, o STF j decidiu que se aplica a todas as pessoas (mesmo os estrangeiros que aqui no residam).

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (CF, arts. 5 a 17)


Evoluo dos Direitos Fundamentais Nesse tpico, a doutrina costuma apontar a existncia de quatro geraes de direito. As trs primeiras geraes equivaleriam, respectivamente aos ideais liberdade, igualdade e fraternidade, extrados da Revoluo Francesa. Para o Professor Antnio Augusto Canado Trindade, seria mais adequada a nomenclatura dimenses e no geraes de direitos. Isso porque, segundo ele, geraes passariam a ideia de substituio. Ele explica, ainda, que, na verdade, as dimenses coexistem e vo se acumulando. Vejamos a esquematizao: Primeira dimenso ou gerao (= liberdade): direitos que dizem respeito s liberdade pblicas e aos direitos polticos. A liberdade, tambm estaria relacionada a uma atuao negativa do Estado. Ex: direito vida, liberdade, direitos polticos; Segunda dimenso ou gerao (= igualdade): Em decorrncia da excessiva explorao na relao capital x trabalho, tem-se a necessidade de o Estado intervir de forma positiva, fixando diretrizes ao bem estar do indivduo (Estado do bem estar social). Est relacionada aos direitos sociais, culturais e econmicos. Terceira dimenso ou gerao (= fraternidade ou solidariedade): surgem da necessidade de se preservar o meio ambiente, de se proteger os consumidores. Preocupam-se, enfim, com a coletividade, sendo, pois, chamados de direitos da solidariedade.

I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio. A igualdade trazida pela CF no simplesmente formal, podendo haver distino natural em funo do sexo. Ex: licena maternidade de 120 dias e a paternidade, 05. PRINCPIO DA LEGALIDADE II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei. o princpio da legalidade. O particular pode fazer o que a lei no proba; j a Administrao Pblica somente pode fazer o que a lei permite. Reserva legal diferente de legalidade. Reserva legal quando a Constituio reserva determinada matria a um tipo de instrumento normativo (ex: legislao tributria deve ser feita por Lei Complementar). O princpio da legalidade mais amplo que o da reserva legal. VEDAO AO ANONIMATO III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato. Por um lado a CF assegura a manifestao do pensamento e, de outro, diz que se algum se exceder, causando danos a outrem (material, moral ou imagem) dever indenizar. Alm disso, o inciso IX traz a liberdade de atividade intelectual, artstica, cientfica, e de comunicao. Vale lembrar que essa liberdade deve ser exercida sem prejudicar outras pessoas, pois haver a responsabilizao por danos causados. V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem. VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias. O Estado brasileiro laico (no tem religio oficial). VII - assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva. ESCUSA DE CONSCINCIA VIII - ningum ser privado de direitos por motivos de crena religiosa ou de convico filosfica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei.

Quarta dimenso ou gerao (= fraternidade ou


solidariedade): decorreria da preocupao com os avanos na rea da engenharia gentica, que poderiam colocar em risco a prpria existncia da raa humana. Relaciona-se ao estudo da biotica, biodireito. Alguns doutrinadores conceituam a quarta dimenso como a influncia da globalizao poltica na esfera jurdica.

CF, ART. 5 - DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS


CF, art. 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: Consagra o princpio da isonomia (todos so iguais perante a lei). Isso significa tratamento igual aos iguais e

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Embora a lei assegure a liberdade de crena, no se pode alegar a crena (religio) para deixar de cumprir uma obrigao. Ex: se uma pessoa alega ser de determinada religio para se eximir do servio militar obrigatrio, deve cumprir uma prestao alternativa; se no quiser cumprir nem uma prestao nem outra, haver sano (no caso, perda dos direitos polticos). IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena. X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao. INVIOLABILIDADE DE DOMICCIO XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial. A casa asilo inviolvel do indivduo, nela ningum podendo penetrar sem o consentimento do morador. O conceito de casa alcana, alm da residncia, tambm escritrios profissionais, oficinas, garagens aposentos de habitao coletiva, desde que ocupados (hotel, motel, penso e hospedaria). COM o consentimento do morador, pode entrar a qualquer hora; SEM o consentimento do morador, pode entrar nas seguintes hipteses:
DIA - para prestar socorro - em caso de desastre - em flagrante delito por determinao autoridade judicial da NOITE - para prestar socorro - em caso de desastre - em flagrante delito NO PODE NOITE

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estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal. XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer. XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional. LIVRE LOCOMOO XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; Nos estados de stio e de defesa poder haver restrio ao direito de locomoo. DIREITO DE REUNIO XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente. Direito de reunio assegurado na CF, mas as pessoas que vo participar da reunio devem comunicar previamente a autoridade competente para evitar que a reunio frustre (atrapalhe) reunio anteriormente marcada para o mesmo local.
ATENO: No se deve pedir autorizao; a CF falar apenas em comunicar a autoridade.

ASSOCIAES XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar. A parte final do inciso (vedada a associao de carter paramilitar) sempre cobrada em prova. XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento. XIX as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado.
ATENO: Para dissolver associaes precisa de deciso transitada em julgado; para suspender, no precisa haver o trnsito (pode ser at mesmo deciso antecipatria ou cautelar).

INVIOLABILIDADE DE SIGILOS XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso (comunicaes telefnicas), por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal.
ATENO: lembrar que nenhum direito absoluto! Dessa forma, embora a CF diga que somente as comunicaes telefnicas podem ser violadas, por meio de deciso judicial, as outras (sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas) tambm podem. Ex: carta do preso enviando ordem aos comparsas que esto fora da cadeia.

CPIs podem determinar quebra do sigilo fiscal, bancrio e de dados, incluindo os telefnicos (lista de ligaes feitas e/ ou recebidas), mas no podem determinar interceptao telefnica (escuta, grampo), por conta da clusula de reserva jurisdicional. XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei

XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. Este inciso consagra a liberdade de associao. S se associa se quiser e, caso se associe, s fica enquanto tiver interesse. No confundir direito de Associao com direito de reunio. A associao pressupe um vnculo de maior durao, permanente; Quando fala em reunio, entende-se um vnculo transitrio. XXI as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

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DIREITO DE PROPRIEDADE XXII - garantido o direito de propriedade. O direito de propriedade deve estar voltado sua funo social, o que autoriza a desapropriao para por necessidade ou utilidade pblica. DESAPROPRIAO Se for para atender necessidade/utilidade pblica ou interesse social, desapropriao dever ser indenizada previamente e em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio; Se propriedade no estiver atendendo sua funo social, poder haver a desapropriao-sano, paga em ttulos da dvida pblica ou ttulos da dvida agrria. O poder pblico pode usar a propriedade particular em casos de iminente perigo pblico, devendo indenizar se houver prejuzo (no sempre que indeniza).
ATENO: A CF, em seu art. 243, dispe que as terras nas quais se cultive ilegalmente plantas psicotrpicas sero imediatamente expropriadas, sem qualquer indenizao ao proprietrio. Essas terras so destinadas ao assentamento dos colonos.

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A obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal. Segundo a doutrina e jurisprudncia dominantes, a recusa na expedio de certides combatida por meio de mandado de segurana e no habeas data . Isso porque direito de certido (ainda que de interesse pessoal) no se confundiria com direito de informao. XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado. Dever de informao limitado pela segurana da sociedade e do Estado. PRINCPIO DA INAFASTABILIDADE DE JURISDIO XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito. o chamado princpio da inafastabilidade da jurisdio. Por meio dele, tanto se assegura ao Judicirio o monoplio da jurisdio, quanto faculta pessoa o direito de ao. XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada. a repetio do artigo 6 da LINDB. Vale lembrar que o Poder Constituinte Originrio no encontra limites jurdicos. Dessa forma, mesmo o direito adquirido poderia ser retirado por outra Constituio. PRINCPIO DO JUIZ NATURAL XXXVII - no haver juzo ou tribunal de exceo. Princpio do juiz natural. Ru deve saber previamente por qual rgo estatal ser julgado.
ATENO: parte da jurisprudncia e da doutrina tambm admite o princpio do promotor natural (para o STF, prevalece o entendimento de que o promotor natural no existe). J o princpio do delegado natural no existe.

Pequena propriedade rural, em que trabalha a famlia do agricultor, impenhorvel. DIREITO SUCESSRIO XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei brasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja mais favorvel a lei pessoal do "de cujus". Nesse dispositivo, a CF busca sempre resguardar os herdeiros brasileiros. DIREITO AUTORAL XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suas obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar. Direito autoral no eterno; prazo vem definido em lei infraconstitucional (Lei 9.610/98). XXVIII - so assegurados, nos termos da lei: A proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; O direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicais e associativas. DIREITOS DE CERTIDO E DE PETIO XXXIV so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: O direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

TRIBUNAL DO JRI XXXVIII - reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votaes; c) a soberania dos veredictos; d) a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. So crimes dolosos contra a vida: homicdio (tentado e consumado); instigao, auxlio ou induzimento ao suicdio; infanticdio; e aborto. Cabe ressalvar que o jri tambm pode julgar crimes que no sejam dolosos contra a vida, desde que conexos com estes. Ex: caso uma pessoa mate a outra (homicdio doloso) e depois esconda o corpo (ocultao de cadver), ela ser levada a jri, que julgar ambos os crimes. Competncia do jri no absoluta, pois os casos de foro privilegiado (tambm chamado de foro por prerrogativa de funo) previstos na Constituio Federal a ela se sobrepem.

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PRINCPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru. Deve-se entender que para beneficiar o ru, a lei deve retroagir sempre. Para as provas, deve-se atentar para a Smula Vinculante n 26, que tem este teor: para efeito de progresso de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juzo da execuo observar a inconstitucionalidade do art. 2 da Lei n 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuzo de avaliar se o condenado preenche, ou no, os requisitos objetivos e subjetivos do benefcio, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realizao de exame criminolgico. Em relao aos crimes hediondos, a Lei n 8.072/90 disciplinava ser vedada a progresso de regime prisional. Em outras palavras, o condenado deveria cumprir toda a pena no regime fechado. No ano de 2007, essa proibio foi declarada inconstitucional. Ocorre que, meses depois, foi editada a Lei n 11.464/07, trazendo, para os condenados por crimes hediondos, a exigncia de cumprimento de no mnimo 2/5 (ru primrio) ou 3/5 (ru reincidente) da pena. Assim, o entendimento hoje prevalente o de que a Lei n 11.464/07 no se aplica aos delitos cometidos antes de sua vigncia (em razo do princpio da irretroatividade da norma penal mais gravosa). Na prtica, isso significa que o condenado que praticou crime antes da Lei n 11.464/07 ter direito progresso de regime aps cumprimento de 1/6 da pena. CRIMES IMPRESCRITVEIS XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, nos termos da lei. RACISMO e GOLPE DE ESTADO (crime de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico) so inafianveis e imprescritveis. Racimo e golpe de estado no so hediondos. Imprescritvel significa que o Estado nunca perde o direito de punir o criminoso, mesmo que se passem vrios anos.
ATENO: No julgamento do HC-82.424, o STF decidiu que escrever, editar, divulgar e comerciar livros fazendo apologia de idias preconceituosas e discriminatrias contra a comunidade judaica (Lei 7716/89, artigo 20, na redao dada pela Lei 8081/90) constitui crime de racismo sujeito s clusulas de inafianabilidade e imprescritibilidade

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condenado, podendo a obrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, at o limite do valor do patrimnio transferido. XLVI - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes: a) privao ou restrio da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestao social alternativa; e) suspenso ou interdio de direitos. XLVII - no haver penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de carter perptuo; c) de trabalhos forados; d) de banimento; e) cruis. XLV, XLVI e XLVII (conjugados) - A pena (no mbito penal) no passar da pessoa do condenado. A reparao (no mbito civil) pode passar aos herdeiros at o valor que receberem como herana.
PENAS PERMITIDAS (rol exemplificativo ampliar) privativa liberdade ou PENAS PROIBIDAS no pode pode (rol taxativo ampliar)

restritiva

de morte, salvo em caso de guerra declarada perptuas cruis trabalhos forados de

perda de bens multa ($) prestao social alternativa

suspenso ou interdio de banimento (expulso direitos brasileiro do pas)

ATENO: Segundo o art. 75 do Cdigo Penal, o prazo mximo de priso de 30 (trinta) anos. Esse prazo, segundo o STF, tambm regula o perodo mximo que um inimputvel (doena mental) ficar internado.

CRIMES HEDIONDOS + TTT XLIII - a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem. Crimes hediondos + TTT (tortura, terrorismo e trfico de entorpecentes) so inafianveis, insuscetveis de graa e anistia. Contudo, a CF no fala em proibio ao indulto (s quem fala a lei dos crimes hediondos Lei 8.072/90); XLV - nenhuma pena passar da pessoa do

Em recente julgado, o STJ entendeu ser ilegal a priso em continer (pena cruel), prtica verificada principalmente no Estado do Esprito Santo. XLVIII - a pena ser cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado. XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral. L - s presidirias sero asseguradas condies para que possam permanecer com seus filhos durante o perodo de amamentao. EXTRADIO LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. Brasileiro nato NUNCA pode ser extraditado. Brasileiro naturalizado pode ser extraditado em duas hipteses: Crime comum praticado antes da Pgina 7

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naturalizao; Envolvimento com o trfico ilcito de entorpecentes antes ou depois da naturalizao. Estrangeiro, em regra, pode ser extraditado, mas se for crime poltico ou de opinio no ser (lembrar do asilo poltico concedido pelo Estado art. 4, CF).
ATENO!!!! Quando a pena a ser aplicada no pas que pede a extradio estiver entre as proibidas (ex: morte, priso perptua), o Brasil s extraditar se a outra nao se comprometer a impor somente uma das penas permitidas em nosso ordenamento.

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A lei referida no texto constitucional a Lei n 12.037/09 importante para as provas de Polcias em geral (Civil, PM, Federal e Agente Penitencirio). Por conta desse dispositivo constitucional, no mais se permite a colheita de digitais quando da realizao de concurso pblico (Provas do CESPE). LIX - ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazo legal. a possibilidade de o ofendido ou seu representante ingressar em juzo ante a inrcia do Ministrio Pblico, que o detentor da ao penal pblica. As aes so chamadas Ao Penal Privada Subsidiria da Pblica. LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. A regra a publicidade dos atos, por conta do princpio da publicidade (LIMPE) LXI - ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. Priso exceo; liberdade regra. Em tempos de paz, priso administrativa no possvel, salvo crimes militares. PRISO CIVIL POR DVIDA LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplemento voluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel.
ATENO: No julgamento do RE 466.343/SP, o STF afastou a possibilidade de priso civil do depositrio infiel e tambm do alienante fiducirio. Nesse mesmo julgamento, o Supremo explicitou que os tratados internacionais sobre direitos humanos anteriores EC n 45/04 tem status de norma supralegal (abaixo da CF, mas acima de LO). O tratado internacional referido no julgamento era o Pacto de So Jos da Costa Rica, ao qual o Brasil aderiu em 1992.

PRINCPIOS DA AMPLA DEFESA, DO DEVIDO PROCESSO LEGAL e DO CONTRADITRIO LIV e LV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal + contraditrio e ampla defesa: O devido processo legal, juntamente com o contraditrio e a ampla defesa so princpios que vm dar segurana s relaes entre o Estado e os particulares, bem como entre estes. Quando o devido processo legal invocado entre particulares estamos diante da aplicao da eficcia horizontal dos direitos fundamentais! Em alguns casos, quando a pessoa buscava recorrer de uma deciso que lhe foi desfavorvel (ex: multa de trnsito que julgasse injusta), era obrigada a primeiro pagar e depois recorrer. Ocorre que, se o recurso lhe fosse favorvel, ela teria de ser ressarcida, o que no acontecia de maneira clere. VEDAO A PROVAS ILCITAS LVI - so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos. a vedao de provas ilcitas. A vedao se estende s provas que mesmo lcitas derivem das ilcitas por conta da teoria dos frutos da rvore envenenada (tambm chamada de ilicitude por derivao). Deve se ressaltar que a ilicitude por derivao alcana apenas as provas que tenham ligao com a ilcita. Assim, havendo independncia entre as provas, nada impede a condenao, desde que baseada nas provas boas. Ainda sobre o tema, prevalece na jurisprudncia a admissibilidade (com reservas) das chamadas provas emprestadas. Ex: as provas obtidas em uma ao penal podem ser utilizadas em processo administrativo disciplinar (PAD) movido contra o servidor. PRINCPIO DA PRESUNO DE INOCNCIA LVII - ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria. o princpio da presuno de inocncia ou da noculpabilidade.
ATENO: em recente deciso, o STF entendeu que, em respeito ao princpio da presuno de inocncia, candidatos que respondam a processos criminais sem condenao definitiva podem concorrer a cargos polticos (caso dos candidatos com ficha suja).

Na Smula Vinculante n 25, o STF, reafirmando o posicionamento anterior, disciplinou que ilcita a priso civil de depositrio infiel, qualquer que seja a modalidade do depsito. Na prtica, o Pacto de So Jos da Costa Rica findou por revogar a legislao interna que previa a priso nos casos de depositrio infiel.
ATENO: Calha ressaltar que, para parte da doutrina, existe a necessidade de o ordenamento jurdico interno se compatibilizar no s com a Constituio (Controle de Constitucionalidade), mas tambm com os tratados internacionais com status supralegal (Controle de Convencionalidade). Haveria, assim, a necessidade de dupla compatibilizao vertical das leis (frente CF e aos TIDH).

LVIII - o civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas hipteses previstas em lei.

LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado. Preso tem direito de permanecer calado e o de no produzir provas contra si (no-incriminao). LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos. a garantia de gratuidade de justia aos pobres, na forma da lei. Para viabilizar esse direito constitucional

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foram criadas as Defensorias Pblicas. Assim, a partir da CF/88, quem defende aqueles que comprovarem insuficincia de recursos a Defensoria e no o Ministrio Pblico. Estado tem de indenizar erro judicirio, assim como o que ficar preso alm do tempo fixado na sentena. GRATUIDADE DE REGISTRO CIVIL e de CERTIDO DE BITO LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certido de bito. So gratuitos, para os reconhecidamente pobres, o registro civil de nascimento e a certido de bito. Alm disso, o habeas corpus e o habeas data so gratuitos para todos. PRINCPIO DA RAZOVEL DURAO DO PROCESSO LXXVIII - a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao. Com base nesse dispositivo, o ru pode pedir, por meio do HC, para ser colocado em liberdade, caso sua priso extrapole um limite razovel. Essa possibilidade se estende a todos os crimes, inclusive hediondos. 1 - Os direitos previstos no artigo 5 tem aplicao imediata (no precisam de regulamentao). 2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte. O rol de direitos do artigo 5 exemplificativo, podendo ser ampliado. TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS 3 - Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. 4 - O Brasil se submete jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao tenha manifestado adeso.

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o remdio utilizado para garantir direito de ir, vir ou permanecer (locomoo) do indivduo. o mais antigo de todos os remdios e, sem dvida, o mais importante. Surgiu, segundo a doutrina, na Magna Carta (Constituio da Inglaterra), no ano 1.215. No Brasil, a primeira Constituio a prev-lo foi a de 1.891. Da em diante, a garantia do HC esteve presente em todas as Constituies.
BIZU!!! A expresso chave no caso do HC locomoo

SO PARTES NO HABEAS CORPUS IMPETRANTE PACIENTE IMPETRADO ou AUTORIDADE COATORA quem entra com o habeas corpus. pessoa beneficiada pelo habeas corpus (pode ser o impetrante ou no). autoridade contra quem se impetra o habeas corpus (o responsvel pela restrio ao direito de locomoo).

ao de natureza penal; gratuito; No precisa de advogado (nico); Pode ser impetrado por qualquer pessoa (at mesmo as analfabetas, estrangeiras ou incapazes) em proveito prprio ou de terceiros; O paciente pode ser tanto a pessoa maior quanto menor de idade, pois os menores podem ser ilegalmente apreendidos (restrio a seu direito de locomoo). Impetrante no precisa ter capacidade postulatria; Pessoa jurdica pode impetrar (em favor de pessoa natural). Impetrante no precisa demonstrar interesse; Juiz pode agir de ofcio (sem ningum ter pedido HC); Ministrio Pblico tambm pode impetrar; Pode ser impetrado contra ato de autoridade pblica ou particular. Ex: contra hospitais, clnicas de recuperao, escolas, boates, etc (qualquer situao que esteja impedindo o direito de locomoo da pessoa).
ESPCIES: PREVENTIVO ou ANTES de direito ser violado. SALVO-CONDUTO REPRESSIVO ou LIBERATRIO APS direito ter sido violado.

HABEAS DATA

REMDIOS CONSTITUCIONAIS
So garantias colocadas disposio do indivduo para tutelar seus direitos diante de ilegalidade ou abuso de poder, cometidos pelo Poder Pblico. Eles no so considerados recursos. So, na verdade, aes constitucionais. Para cada mal, existe um remdio na CF. HABEAS CORPUS Segundo a CF, conceder-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder.

Tem cabimento nessas hipteses: a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carter pblico; b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. o remdio colocado disposio do indivduo para que ele possa acessar ou retificar registros (informaes) sobre sua pessoa, constantes de dados de carter pblico. Segundo dados histricos, teria nascido nos Estados Unidos, no ano de 1974 (por meio do chamado Freedom of Information Act). Pgina 9

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uma inovao da Constituio de 1988, uma vez que nenhuma constituio brasileira anterior trazia essa garantia.
BIZU!!! A expresso chave no caso do HD informao de carter pessoal.

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Tem prazo decadencial: 120 dias, contados da cincia do ato a ser questionado (s para MS repressivo) prazo est na lei e no na CF;
ESPCIES: PREVENTIVO REPRESSIVO ANTES de direito ser violado. APS direito ter sido violado.

Tem natureza dplice (serve para duas coisas): Ter acesso a informaes pessoais constantes em bancos de dados de carter pblico; Caso essas informaes estejam incorretas, a pessoa pode pedir sua retificao (correo).
ATENO: Segundo a doutrina e jurisprudncia dominantes, a recusa na expedio de certides combatida por meio de mandado de segurana e no habeas data. Isso porque direito de certido (ainda que de interesse pessoal) no se confundiria com direito de informao.

gratuito; Precisa de advogado; regulado pela Lei n 9.507/97. Pode ser impetrado por pessoa fsica (brasileira ou estrangeira) e pessoa jurdica; Em regra, ao personalssima; Pode ser impetrado contra entidade governamental (Administrao Direta e Indireta) ou entidades privadas detentoras de banco de dados de carter pblico ( Ex: SPC, SERASA) No pode para ter conhecimento de informaes a respeito de terceiros; No tem prazo prescricional ou decadencial. indispensvel que autoridade detentora das informaes tenha negado anteriormente o acesso pela via administrativa. MANDADO DE SEGURANA Dispe o inciso LXIX da CF que o MS ser concedido para proteger direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies de Poder Pblico. remdio que serve para resguardar direito lquido e certo ameaado por ato de autoridade governamental ou agente de pessoa jurdica privada que esteja no exerccio de atribuio do poder pblico. No Brasil, a primeira Constituio a prev-lo foi a de 1.934. Da em diante, a garantia do MS esteve presente em todas as Constituies. No h correspondente no direito internacional.
BIZU!!! A expresso chave no caso do MS direito lquido e certo.

Pode ser usado para repelir ilegalidade ou abuso de poder ou para evitar que acontea; Admite concesso de medida liminar se impetrante tem de demonstrar fumus boni iuris (= fumaa do bom direito) e periculum in mora (= perigo na demora). No cabe contra lei em tese (somente contra as produtoras de efeitos concretos); No cabe contra deciso transitada em julgado; No produz efeitos patrimoniais em relao a perodo pretrito; No pode ser utilizado para conceder aumento a servidores com a justificativa de isonomia (JUDICIRIO NO PODE LEGISLAR). MANDADO DE SEGURANA COLETIVO Alm das orientaes feitas em relao ao mandado de segurana individual, aplicam-se as seguintes ao MS Coletivo: LEGITIMIDADE PARA IMPETRAO: Partido poltico com representao no Congresso Nacional; Organizao sindical, entidade de classe ou associao constituda e, em pleno funcionamento, h pelo menos um ano. No necessrio que haja autorizao expressa dos sindicalizados/associados para o MSC; se no for MSC, as associaes necessitam de autorizao expressa dos associados para ajuizar ao na Justia. Para cabimento do MSC, impetrante deve demonstrar interesse lquido e certo dos interessados. MANDADO DE INJUNO De acordo com o inciso LXXI, da CF, conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania. utilizado quando a falta de norma regulamentadora inviabiliza o exerccio de direito previsto na CF. H divergncia quanto a sua origem. Para alguns, ele teria nascido nos Estados Unidos (writ of injunction); para outros, suas razes apontam para o Direito portugus. uma inovao da Constituio de 1988, uma vez que nenhuma constituio brasileira anterior trazia essa garantia.
BIZU!!! A expresso chave no caso do MI a omisso legislativa.

PODE SER INDIVIDUAL ou COLETIVO ao de natureza civil; No gratuito; Precisa de advogado; Protege direito lquido e certo (NO admite discusso aprofundada); Provas devem ser pr-constitudas; Tem natureza subsidiria ou residual (s cabvel quando no puder habeas corpus nem habeas data) e regulado pela Lei n 12.016/2009.

PODE SER INDIVIDUAL ou COLETIVO No gratuito; Precisa de advogado; Deve haver na CF previso que o direito ser viabilizado por norma infraconstitucional.

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Direito tem de estar previsto na CF e no na legislao infraconstitucional (ex: no vale quando uma disse que um decreto vai regulamentar determinados dispositivos). Tem como objetivo combater sndrome da inefetividade das normas constitucionais (quando norma s existe no papel); Ex: a CF fala que o direito de greve dos servidores pblicos ser exercido nos termos e nos limites de lei especfica. Ainda no tem a lei... AO POPULAR o remdio colocado disposio de qualquer cidado com vistas a anular ato lesivo ao patrimnio pblico, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico ou cultural.
BIZU!!! A expresso chave no caso do AP ato lesivo

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complementar, que prever compensatria, dentre outros direitos; indenizao

Embora ainda no tenha sido editada a LC, o art. 10 do ADCT fixa em 40% do valor depositado no FGTS a quantia devida a ttulo de indenizao compensatria. SEGURO DESEMPREGO II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntrio; Desemprego involuntrio aquele que independe da vontade, direta ou indireta, do empregado, verificando-se em casos que no sejam o pedido de dispensa ou de aposentadoria voluntria. FGTS III - fundo de garantia por tempo de servio (FGTS); O valor depositado calculado sobre os salrios e no valor de 8% mensais. A CF aboliu a estabilidade decenal. SALRIO MNIMO IV - salrio mnimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim; Segundo o STF, possvel a vinculao quando o objeto da prestao expressa em salrios mnimos tem a finalidade de atender s mesmas garantias que o salrio concede ao trabalhador e sua famlia. Ex: penso alimentcia. PISO SALARIAL V - piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho; o valor mnimo assegurado ao trabalhador que pertence a certa categoria profissional. Ex: vigilantes do DF, metalrgicos do ABC/SP etc. IRREDUTIBILIDADE DE SALRIO VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo; Em regra, o salrio no pode ser reduzido. Para que a reduo seja legtima, deve ela decorrer de negociao coletiva com a participao obrigatria do sindicato. VII - garantia de salrio, nunca inferior ao mnimo, para os que percebem remunerao varivel; Por exemplo, comisso... os trabalhadores que recebem por

S pode ser considerado cidado o brasileiro (nato ou naturalizado) que est em pleno gozo dos direitos polticos ativos (quem pode votar). No podem propor ao popular: estrangeiros (excetuando-se os portugueses, desde que haja reciprocidade situao de quase-nacionalidade), aptridas, inalistveis, inalistados, partidos polticos, organizaes sindicais, e quaisquer outras pessoas jurdicas, alm de brasileiros com direitos polticos suspensos ou que os tenha perdido (art. 15, CF). ao de natureza civil; A ao popular protege o interesse de toda a comunidade. gratuita (isenta de custas e honorrios advocatcios), salvo comprovada m-f.
ESPCIES: PREVENTIVA REPRESSIVA ANTES de existir ato lesivo ao patrimnio APS existir ato lesivo ao patrimnio

Em regra, no h foro privilegiado para o julgamento de ao popular nem de ao civil pblica. Assim, a ao popular ou ao civil pblica contra o Presidente da Repblica, o CNJ ou o CNMP no so julgadas no STF, mas, sim, pelo juzo de 1 grau. Exceo: se a ao popular envolver conflito federativo (U x E; E x E; E x DF) haver a competncia originria do STF. Foi o que aconteceu no julgamento da demarcao da Reserva Indgena Raposa Serra do Sol, que ocorreu no STF (Pet 3.388). O caso envolvia conflito entre a Unio e o Estado de Roraima.

CF, ART. 6 A 11 DOS DIREITOS SOCIAIS


So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio. O direito moradia foi includo com a EC 26/00. O direito alimentao foi includo com a EC 64/10. Rol exemplificativo de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (CF, art. 7) I - relao de emprego protegida contra despedida arbitrria ou sem justa causa, nos termos de lei

DCIMO TERCEIRO SALRIO VIII - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria; Ao servidor ativo, 13 devido com base na remunerao integral; j ao inativo, com base nos proventos. A gratificao natalina de servidor pblico est prevista nos artigos 63 a 66 da Lei n 8.112/90.

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ADICIONAL NOTURNO IX - remunerao do trabalho noturno superior do diurno; A CF s diz que trabalho noturno dever ter remunerao superior, mas no fala em quanto... Adicional noturno para trabalhador urbano: a) considera-se noturno o trabalho executado entre 22h de um dia e 5h do dia seguinte (CLT, art. 73). b) devido um adicional de pelo menos 20% sobre a hora diurna; c) a hora computada como sendo 5230 (cinquenta e dois minutos e trinta segundos). Adicional noturno para trabalhador rural: a) trabalhador rural na lavoura: considera-se noturno o trabalho executado entre 21h de um dia e 5h do dia seguinte; b) trabalhador rural na atividade pecuria: considera-se noturno o trabalho executado entre 20h de um dia e 4h do dia seguinte; c) devido um adicional de 25% sobre a remunerao noturna; (art. 7 da Lei n 5.889/73). X - proteo do salrio na forma da lei, constituindo crime sua reteno dolosa; S se considera crime quando h dolo (empregador no paga porque no quer), o que no acontece, p. ex., no caso de falncia. De acordo com Sylvio Motta, este dispositivo uma norma de eficcia limitada, pois carece de lei regulamentadora. Lembrar dos princpios da legalidade e anterioridade, segundo os quais, no h crime sem lei anterior que o defina. PARTICIPAO NOS LUCROS XI - participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e, excepcionalmente, participao na gesto da empresa, conforme definido em lei; uma norma de eficcia limitada; a lei que regulamenta j existe (Lei n 10.101/00). SALRIO-FAMLIA XII - salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; Com a alterao introduzida pela EC n 20/98, o salriofamlia s devido ao trabalhador de baixa renda; antes da EC, era devida a todos os dependentes... JORNADA DE TRABALHO XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho; De acordo com o art. 19 da Lei n 8.112/90, a jornada de trabalho para servidor pblico civil de no mximo 40 horas semanais. XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva; Por turnos ininterruptos compreendem-se as jornadas rotativas, sem fixao de horrios, de modo que o empregado sempre prestar servios em perodos diferentes (manh, tarde ou noite).

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REPOUSO SEMANAL REMUNERADO XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. HORAS EXTRAS XVI - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinquenta por cento do normal; O artigo 53 da Lei n 8.112/90 prev adicional por servio extraordinrio com acrscimo de 50% (no fala em no mnimo...). Na CLT (art. 59, 1) consta que a hora extra ser pelo menos 20% superior normal. Este dispositivo no foi recepcionado! FRIAS XVII - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio normal; No art. 76 da Lei n 8.112/90 diz que devido um adicional de 1/3 (e no no mnimo 1/3...). LICENA GESTANTE XVIII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a durao de cento e vinte dias; Licena gestante diferente de estabilidade relativa da gestante... De acordo com o art. 10 do ADCT, a trabalhadora gestante no poder ser demitida arbitrariamente ou sem justa causa desde o momento em que confirmada a sua gravidez at o quinto ms aps o parto.
ATENO: Embora a Lei n 11.770/08 tenha estendido o perodo de licena gestante para 180 (cento e oitenta) dias, no houve alterao no texto constitucional (lembrar que a CF traz os direitos mnimos, que podem ser ampliados!).

LICENA PATERNIDADE XIX - licena-paternidade, nos termos fixados em lei; Embora ainda no tenha lei regulamentando, o art. 10 do ADCT estabelece que at a edio da lei regulamentadora a licena ter prazo de 5 dias. XX - proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos termos da lei; Esse dispositivo configura uma das formas de tratamento diferenciado entre homens e mulheres admitida pelo inciso I do artigo 5. AVISO PRVIO XXI - aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos termos da lei; Segundo o STF (MI 369/DF) um dispositivo hbrido: possui uma parte de eficcia plena (no mnimo 30 dias) e outra parte limitada (nos termos da lei). XXII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana; XXIII - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Penosa a atividade exercida em zonas de fronteira ou que exige, para a sua realizao, expressivo dispndio fsico, trazendo esgotamento, desgaste excessivo etc. Insalubre a que compromete a sade do trabalhador. Pgina 12

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Perigosa a que ameaa a vida do trabalhador, como o direto com inflamveis, instalaes eltricas de grandes voltagens, vigilncia de risco etc. XXIV aposentadoria. CRECHES E PR-ESCOLAS XXV - assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas; XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteo em face da automao, na forma da lei; Esse dispositivo uma norma de eficcia limitada. Por meio dele, a CF quis determinar ao legislador ordinrio que crie maneiras de proteger os empregados de perderem seus postos de trabalho para a automao. XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. PRESCRIO DE VERBAS TRABALHISTAS XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato de trabalho; Aps a EC 28/00 no h mais diferena de tratamento entre trabalhadores rurais e urbanos. Prescrio relativa: a interna (dentro) do contrato de trabalho (prazo de 5 anos). Prescrio total: a considerada aps o fim do contrato de trabalho (prazo de 2 anos). XXX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibio de qualquer discriminao no tocante a salrio e critrios de admisso do trabalhador portador de deficincia; XXXII - proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. LIMITES ETRIOS XXXIII - proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos; Ao menor de 14 anos no pode trabalhar em nenhuma hiptese; Aps 14 anos, s pode trabalhar como aprendiz; O trabalho permitido aos maiores de 16 anos, mas entre 16 e 18 anos no se pode exercer trabalho noturno, perigoso ou insalubre.
ATENO: No confundir aprendiz com estagirio. No so sinnimos.

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aprender uma formao profissional metdica do ofcio ou ocupao. Para ser estagirio no h limite de idade; estagirio no empregado; no regido pela CLT; ele serve para proporcionar ao estudante um trabalho para a complementao do ensino do curso que est fazendo. XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso. Trabalhador avulso o que presta, a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, servios de natureza urbana ou rural. Ex: estivadores, vigias porturios etc. DIREITOS DO TRABALHADOR DOMSTICO PARGRAFO NICO So assegurados categoria dos trabalhadores domsticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integrao previdncia social. Domstico quem presta servios de natureza contnua e de finalidade no lucrativa pessoa ou famlia no mbito residencial destas. Ex: jardineiro, motorista particular (residencial), empregada domstica. A CF prev que os domsticos tm os seguintes direitos: a) salrio mnimo; b) irredutibilidade de salrio; c) dcimo terceiro salrio; d) repouso semanal remunerado; e) frias; f) licena-maternidade; g) licena-paternidade; h) aviso prvio; i) aposentadoria. DO DIREITO SINDICAL I - a lei no pode exigir autorizao do Estado para a fundao de sindicato, ressalvado o registro no rgo competente, vedadas ao poder pblico a interferncia e a interveno na organizao sindical. O rgo competente que diz o dispositivo o Ministrio do Trabalho. II - vedada a criao de mais de uma organizao sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econmica, na mesma base territorial, que ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, no podendo ser inferior rea de um municpio. Esse dispositivo consagra o princpio da unicidade sindical, pelo qual somente poder haver uma entidade sindical em cada base territorial. Base territorial mnima = municpio. III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questes judiciais e administrativas. IV - a assemblia-geral fixar a contribuio que, em se tratando de categoria profissional, ser descontada em folha para custeio do sistema confederativo da representao sindical respectiva, independentemente da contribuio prevista em lei.
CONTRIBUIO SINDICAL Todos pagam, mesmo que no sejam filiados a sindicato. CONTRIBUIO FEDERATIVA S paga por quem sindicalizado. So as mensalidades a sindicatos, federaes e confederaes.

Aprendiz o adolescente, entre 14 e 24 anos (de acordo com a Lei n 11.180/05), contratado por entes de cooperao governamental (SESC, SENAI, SENAR) para

V - ningum ser obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato: O art. 5, XX, j prev a liberdade de associao. No artigo 8, a CF especifica que tambm livre a sindicalizao e a associao profissional. Pgina 13

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VI - obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas. VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizaes sindicais. ESTABILIDADE DO DIRIGENTE SINDICAL VIII - vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Vai desde o registro das candidaturas at a eleio (para todos os concorrentes) e, para os eleitos, se estende at um ano aps o final do mandato. Nas empresas com mais de 200 empregados assegurada a eleio de um representante para negociao. Observao: a Lei 8112/90 diz diferente... Nas entidades com at 5 mil servidores, um pode pedir licena para mandato classista; Nas entidades com nmero de servidores entre 5.001 e 30.000, dois servidores podem pedir licena; Nas entidades com mais de 30.000 servidores, trs servidores podem pedir licena.

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BRASILEIROS NATURALIZADOS NATURALIZAO ORDINRIA: os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral: Para os estrangeiros ORIGINRIOS de pases de lngua portuguesa a CF prev APENAS dois requisitos: solicitao e residncia mnima de 01 ano ininterrupto + idoneidade moral (no pode ter condenao no Brasil nem no pas de origem). Para os estrangeiros NO-ORIGINRIOS de pases de lngua portuguesa a CF diz que devero ser obedecidos os requisitos previstos em lei (artigo 112 da Lei n 6.815/80 - Estatuto do Estrangeiro); NATURALIZAO EXTRAORDINRIA: os estrangeiros, de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil h mais de 15 anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira; na CF. O entendimento predominante no STF no sentido de que na naturalizao extraordinria, preenchidos os requisitos constitucionais, o estrangeiro possui direito pblico subjetivo naturalizao (Brasil no pode negar!). CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS Art. 12, 3, CF Tem de decorar! Presidente e Vice-Presidente da Repblica; Presidente da Cmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro do STF; Membro da carreira diplomtica; Oficial das foras armadas; Ministro de Estado da Defesa.
ATENO: Para ser senador ou deputado no precisa ser nato; basta ser brasileiro (nato ou naturalizado) o que no pode ocupar a presidncia das casas legislativas porque estes cargos substituem o Presidente da Repblica. Estrangeiro no pode ser deputado ou senador. No somente o Presidente do STF que tem de ser nato; so todos os Ministros porque h rodzio na Presidncia do Tribunal e o Presidente do STF tambm pode substituir o Presidente da Repblica.

CF, ARTS. 12 e 13 DA NACIONALIDADE


BRASILEIROS NATOS Art. 12. So brasileiros: I - natos: a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes no estejam a servio de seu pas; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
ATENO: A alnea c foi modificado recentemente (EC n 54/07). A alterao visa corrigir uma situao complicada: antes, as crianas nascidas no exterior, filhos de pais brasileiros que no estivessem a servio de nosso pas, s seriam consideradas brasileiros se viessem aqui residir e fizessem a opo pela nacionalidade. Ocorre que a opo s poderia ser feita aps se completar 18 anos (maioridade). At l, a criana seria aptrida.

BIZU!!! MP3.COM
M inistro do STF P residente e Vice Presidente da Repblica P residente do Senado Federal P residente da Cmara dos Deputados . C arreira Diplomtica O ficial das Foras Armadas M inistro de Estado de Defesa

CRITRIOS PARA DEFINIR QUEM NATO: Critrio do territrio (jus solis): em regra, so brasileiros natos todos os que nascem em territrio brasileiro. A exceo quando os pais esto a servio do pas de origem. Critrio do sangue (jus sanguinis): quem filho de pai ou me brasileiro, mesmo que nasa fora do territrio brasileiro ser nato quando: Ao menos um dos pais estiver no exterior a servio do pas; Se nenhum estiver a servio, que o filho venha morar no Brasil e queira ser considerado brasileiro.

PERDA DA NACIONALIDADE Embora o brasileiro nato nunca possa ser extraditado, ele pode perder a nacionalidade (deixar de ser brasileiro nato).

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HIPTESES DE PERDA DA NACIONALIDADE: Quem teve a naturalizao cancelada, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. Obs: Nesse caso, s poderia ser readquirida a nacionalidade por meio da ao rescisria. NATO Quem era brasileiro nato e voluntariamente opta por outra nacionalidade. renunciar. Ex: Lula. Cnjuge e os parentes consangneos ou afins, at o 2 grau, inclusive por adoo, so inelegveis, salvo se j titulares de mandato eletivo e candidato reeleio. a chamada inelegibilidade reflexa.

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prximas eleies ao mesmo cargo.

NATURALIZADO

No h proibio de parentes concorrerem.

ATENO: No h perda da nacionalidade quando: Outro pas reconhece a nacionalidade originria. Ex: filhos de italianos so considerados italianos no importa em que local do mundo a criana tenha nascido.

Houver

imposio unilateral, como condio de permanncia, ou para exercer direitos civis, em estado estrangeiro. Ex: jogadores de futebol, trabalhadores brasileiros no Oriente Mdio etc.

Na Smula Vinculante n 18, o STF explicitou que a dissoluo da sociedade ou do vnculo conjugal, no curso do mandato, no afasta a inelegibilidade prevista no 7 do artigo 14 da CF. O dispositivo constitucional citado diz respeito inelegibilidade reflexa. O entendimento do STF veio, na verdade, buscar evitar burla proibio de perpetuao no poder. Em alguns casos, a pessoa exercia dois mandatos seguidos (1 + reeleio) e, para poder exercer um terceiro (de maneira oculta), simulava um divrcio, a fim de que seu cnjuge pudesse concorrer nas eleies subseqentes. HIPTESES DE PERDA/SUSPENSO DOS DIREITOS POLTICOS proibida a cassao de direitos polticos. Pode haver a perda ou suspenso dos direitos polticos nas seguintes hipteses: Cancelamento de naturalizao transitada em julgado); Incapacidade civil absoluta (art. 3, CC); Condenao criminal, transitada em enquanto durarem seus efeitos; julgado, (sentena

CF, ART. 14 A 16 DOS DIREITOS POLTICOS


Em regra, VOTO e ALISTAMENTO so OBRIGATRIOS. Sero facultativos (tanto voto quanto alistamento) para: analfabeto; maiores de (70) setenta anos; maiores de 16 e menores de 18 anos. So inalistveis (mesmo se estiver na idade certa no pode se alistar, muito menos votar): estrangeiros; conscritos (durante o servio militar obrigatrio). IDADE MNIMA PARA CONCORRER AOS CARGOS POLTICOS Trinta e cinco anos Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador (costuma cair em prova a questo do Senador...). Trinta anos Governador e Vice-Governador dos Estados e do Distrito Federal; Vinte e um anos todos os deputados (federal, distrital e estadual), Prefeitos, Vice-Prefeitos e juiz de paz. (ateno para juiz de paz). Dezoito anos somente Vereador.
DIFERENA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO EXECUTIVO e PARLAMENTARES CHEFES DO EXECUTIVO (Presidente, Governadores, Prefeitos, alm dos vices) Pode ser reeleito somente uma vez Se quiser concorrer a outro cargo, tem de renunciar ao mandato at 6 meses antes do pleito. Ex: Roriz. a chamada desincompatibilizao Se quiser concorrer ao mesmo cargo, no precisa PARLAMENTARES (Vereadores, deputados e Senadores) Podem ser reeleitos quantas vezes quiser. No precisa se afastar do cargo para concorrer nas prximas eleies ao mesmo cargo. No precisa se afastar do cargo para concorrer nas

Recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa (ex: no prestar servio militar obrigatrio nem qualquer outra em substituio); Cometer crime de improbidade administrativa.
QUADRO GERAL DE INELEGIBILIDADES Estrangeiros Inelegibilidade ABSOLUTA Analfabetos Para o mesmo cargo (reeleio) Para outros cargos (desincompatibilizao) Inelegibilidade reflexa Menos de 10 anos de servio Militares Mais de 10 anos de servio Legais LC 64/90 Inalistveis Conscritos

Motivos funcionais

Inelegibilidade RELATIVA

Cnjuge ou parentesco

CF, ART. 17 DOS PARTIDOS POLTICOS


livre criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos. No pode existir somente um (pluripartidarismo fundamento art. 1).

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Partidos no podem receber recursos de governos estrangeiros. Aps adquirirem personalidade jurdica, na forma do Cdigo Civil (registro dos atos constitutivos no Cartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas), devem registrar seus estatutos no TSE. No podem utilizar organizao paramilitar. Eles tm direito a recursos do fundo partidrio e acesso gratuito ao rdio e televiso. assegurada aos partidos polticos autonomia para definir sua estrutura interna, organizao e funcionamento e para adotar os critrios de escolha e o regime de suas coligaes eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculao entre as candidaturas em mbito nacional, estadual, distrital ou municipal , devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidria. QUESTES SOBRE O TEMA b) mandado de injuno. c) mandado de segurana. d) habeas data. e) ao popular.

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4. (CESPE - 2006 - DETRAN-PA Procurador) Assinale a opo correta acerca dos direitos e garantias fundamentais. a) Constituem direitos humanos de primeira gerao os direitos sociais, culturais e econmicos. b) Se um tratado internacional sobre direitos humanos for aprovado, em cada casa do Congresso, em dois turnos e por trs quintos dos votos dos respectivos membros, ser equivalente s leis complementares. c) O brasileiro nato ser extraditado em caso de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. d) Se houver conflito entre direitos fundamentais, caber ao magistrado, no caso concreto, decidir qual direito dever prevalecer, levando em considerao a regra da mxima observncia dos direitos fundamentais envolvidos, conjugando-a com a sua mnima restrio. 5. (CESPE - 2008 - TJ-SE Juiz) Em relao aos direitos e garantias fundamentais, assinale a opo correta de acordo com a CF. a) O condenado por trfico ilcito de entorpecentes no pode receber indulto, mas pode ser beneficiado por anistia. b) O perdimento de bens pena vedada no ordenamento brasileiro. c) A liberdade de associao afasta a obrigatoriedade da contribuio sindical. d) Estrangeiro residente definitivamente no territrio nacional no pode propor ao popular. e) Brasileiro no pode ser extraditado. 6. (MPE-SP - 2006 - MPE-SP - Promotor de Justia) o Assinale a alternativa incorreta. O art. 5 da Constituio Federal assegura o seguinte: a) livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena. b) reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votaes, a soberania dos veredictos e a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. c) as associaes no podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas. d) so assegurados, nos termos da lei, a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas e o direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicais e associativas. e) a lei assegurar aos autores de inventos industriais privilgio temporrio para sua utilizao, bem como proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnolgico e econmico do pas.

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 1. (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) Segundo o disposto no artigo 5, 3, da Constituio Federal, os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes a) s emendas constitucionais. b) s leis complementares. c) s leis ordinrias. d) s leis delegadas. e) aos decretos legislativos. 2. (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Analista Judicirio - rea Judiciria) As associaes a) podero ser compulsoriamente dissolvidas por deciso administrativa de autoridade competente, desde que tenha sido exercido o direito de defesa. b) no podero ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma hiptese tratando-se de garantia constitucional indisponvel. c) s podero ser compulsoriamente dissolvidas por deciso judicial que haja transitado em julgado. d) s podero ser compulsoriamente dissolvidas por deciso judicial no sendo o trnsito em julgado requisito indispensvel para a sua dissoluo. e) podero ser compulsoriamente dissolvidas por deciso administrativa desde que proferida em segunda instncia por rgo colegiado. 3. (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Analista Judicirio - Execuo de Mandados) Cssio tomou conhecimento que a praa pblica prxima sua residncia ser fechada por interesses escusos, posto que no terreno, cuja propriedade foi transferida ilegalmente para o particular, ser erguido um complexo de edifcios de alto padro, que beneficiar o Prefeito Municipal com um apartamento. Segundo a Constituio Federal, visando anular o ato lesivo que teve notcia, Cssio poder propor a) ao de arguio de descumprimento de preceito fundamental.

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7. (FCC - 2011 - TJ-AP - Titular de Servios de Notas e de Registros) Considere as seguintes afirmaes sobre a disciplina constitucional da liberdade de associao: I. plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar. II. As associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se para tanto o trnsito em julgado desta. III. Ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, salvo disposio prvia em contrrio do estatuto social. Est correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. 8. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justia) O princpio constitucional da inafastabilidade da jurisdio implica a) a consagrao do princpio da identidade fsica do juiz. b) a consagrao da garantia do duplo grau de jurisdio. c) a consagrao do direito de acesso ao Poder Judicirio. d) a consagrao do princpio da indisponibilidade da ao penal de iniciativa pblica. e) a impossibilidade de desistncia do autor de qualquer demanda caso j tenha havido a citao da parte contrria. 9. FUNDEP - 2009 - FHEMIG - Mdico Ecocardiografia) Analise as seguintes afirmativas concernentes aos Direitos e Garantias Fundamentais de acordo com a CF. I. So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados. II. So assegurados categoria dos trabalhadores domsticos os direitos de seguro desemprego, piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho, dcimo terceiro salrio e fundo de garantia do tempo de servio. III. Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, segurana e propriedade. IV. Qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise anular ato lesivo ao patrimnio pblico, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural. A partir dessa anlise, pode-se concluir que esto CORRETAS a) apenas as afirmativas I e III. b) apenas as afirmativas II e IV. c) apenas as afirmativas I, III e IV. d) as quatro afirmativas.

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10. (AOCP - 2010 - Prefeitura de Camaari - BA Procurador Municipal) Em relao s disposies da Constituio Federal, no que tange aos direitos e garantias fundamentais, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). I. assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional. II. a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de autorizao do poder estatal. III. as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. IV. livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer. a) Apenas I. b) Apenas II e III. c) Apenas I e IV. d) Apenas I, III e IV. e) I, II, III e IV. 11. (CESPE - 2007 - TRT - 9 REGIO (PR) - Analista Judicirio - rea Judiciria) Os direitos e garantias fundamentais no se aplicam s relaes privadas, mas apenas s relaes entre os brasileiros ou os estrangeiros residentes no pas e o prprio Estado. ( )Certo ( )Errado

12. (CESPE - 2009 - DETRAN-DF - Auxiliar de Trnsito) A Constituio Federal (CF) garante a todos o direito de reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao ou prvio aviso autoridade competente. ( )Certo ( )Errado

13. (CESPE - 2009 - DETRAN-DF - Auxiliar de Trnsito) Entre os direitos fundamentais previstos expressamente na CF est o direito durao razovel dos processos, tanto no mbito judicial quanto no administrativo. ( )Certo ( )Errado

14. (CESPE - 2010 - DETRAN-ES Advogado) Mesmo por emenda constitucional vedada a instituio da pena de morte no Brasil em tempos de paz. ( )Certo ( )Errado

15. (CESPE - 2010 - DETRAN-ES Advogado)Mesmo por emenda constitucional vedada a instituio da pena de morte no Brasil em tempos de paz. ( )Certo ( )Errado

16. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio Execuo de Mandados Especficos) Os direitos fundamentais, em que pese possurem hierarquia constitucional, no so absolutos, podendo ser limitados por expressa disposio constitucional ou mediante lei promulgada com fundamento imediato na prpria CF. ( )Certo ( )Errado Pgina 17

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e) ao penal pblica. 17. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judicirio rea Administrativa Especficos) Se um indivduo, depois de assaltar um estabelecimento comercial, for perseguido por policiais militares e, na tentativa de fuga, entrar em casa de famlia para se esconder, os policiais esto autorizados a entrar na residncia e efetuar a priso, independentemente do consentimento dos moradores. ( )Certo ( )Errado

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18. (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nvel Mdio Conhecimentos Bsicos) A imparcialidade do Poder Judicirio e a segurana do povo contra o arbtrio estatal so garantidas pelo princpio do juiz natural, que assegurado a todo e qualquer indivduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurdicas. ( )Certo ( )Errado

19. (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nvel Mdio Conhecimentos Bsicos) Os direitos e as garantias expressos na Constituio Federal de 1988 (CF) excluem outros de carter constitucional decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, uma vez que a enumerao constante no artigo 5. da CF taxativa. ( )Certo ( )Errado

3. (TRF-2 /FCC/2007) Considere as seguintes afirmativas sobre os direitos e deveres individuais e coletivos: I. O brasileiro naturalizado poder ser extraditado se praticar crime comum antes da naturalizao ou no caso de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. II. So gratuitas as aes de habeas corpus, mandado de segurana e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessrios ao exerccio da cidadania. III. Conceder-se- habeas data sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania. IV. So a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal. De acordo com a Constituio Federal de 1988, est correto o que consta APENAS em a) I e III. b) I e IV. c) I, II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 4. (CESPE 2006 OAB) Considere que uma associao de moradores, constituda h mais de cinco anos na cidade da Salvador BA, ingressou com ao civil pblica perante a justia estadual baiana postulando a declarao de inconstitucionalidade de uma lei municipal, por ela violar direitos fundamentais previstos na Constituio da Repblica. Nessa situao, o juiz da causa deve a) indeferir a petio inicial, por ilegitimidade processual ativa, na medida em que a ao civil pblica um instrumento processual exclusivo do Ministrio Pblico. b) indeferir a petio inicial, pois o pedido incompatvel com a via processual escolhida. c) indeferir a petio inicial, pois juzes estaduais no podem exercer controle de constitucionalidade. d) declarar-se incompetente para o julgamento da causa, pois a incompatibilidade entre leis municipais e a Constituio da Repblica somente pode ser apreciada pela justia federal. 5. (CESPE 2006 OAB) O remdio herico para proteger direito liquido e certo no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico denominado: a) Mandado de Injuno. b) Mandado de Segurana. c) Ao Popular. d) Habeas Corpus.

20. (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de Polcia Especficos) A propriedade poder ser desapropriada por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, mas sempre mediante justa e prvia indenizao em dinheiro. ( )Certo ( )Errado REMDIO CONSTITUCIONAL 1. (CESGRANRIO - 2008 - Petrobrs Advogado) Caso um determinado indivduo se considere prejudicado pela falta de norma regulamentadora que torne invivel o exerccio de direitos e liberdades constitucionais, de qual medida judicial de controle de ato administrativo (remdio constitucional) dever este fazer uso para assegurar o exerccio de seu direito? a) Habeas data b) Habeas corpus c) Ao civil pblica d) Mandado de injuno e) Mandado de segurana coletivo 2. (ESAF - 2004 - MRE - Assistente de Chancelaria) Se o chefe de uma repartio pblica impede, injustamente, um servidor de ingressar no recinto da repartio, onde esto dados importantes para o servidor, armazenados no computador da mesa em que trabalhava, esse servidor poder insurgir-se contra a determinao do chefe por meio de a) mandado de segurana. b) habeas corpus. c) habeas data. d) mandado de injuno.

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6. (CESPE TRE - RS 2003 - Analista Judicirio rea Judiciria) - Considere a seguinte situao hipottica. Em uma cidade do interior de So Paulo, um grupo do movimento anarquista foi impedido de se encontrar na praa municipal, diante das ordens de um guarda da localidade. Um dos componentes do grupo, formado em direito, impetrou um habeas corpus. Nessa situao, o instrumento mais adequado seria o mandado de segurana, dada a natureza do direito ofendido. ( )Certo ( )Errado

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e) remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em 50% (cinqenta por cento) do normal. 2. (FCC - 2011 - TRT - 14 Regio (RO e AC) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) direito do trabalhador urbano e rural, alm de outros que visem melhoria de sua condio social, a remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em a) trinta por cento do normal. b) quarenta por cento do normal. c) cinquenta por cento do normal. d) trinta por cento do excepcional. e) quarenta por cento do excepcional. 3. (FCC - 2011 - TRE-RN - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) NO assegurado categoria dos trabalhadores domsticos a) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. b) aposentadoria. c) dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral. d) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. e) licena-paternidade, nos termos fixados em lei. 4. (FCC - 2011 - TRF - 1 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) Em carter excepcional, direito dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social, a) proteo em face da automao, na forma da lei. b) remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinquenta por cento do normal. c) proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos termos da lei. d) participao na gesto da empresa, conforme definido em lei. e) igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso. 5. (FCC - 2007 - TRF - 1 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) I. Trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva. II. Licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio. Nessas hipteses, a jornada de trabalho e a durao da licena de, respectivamente, a) oito horas e cento e vinte dias. b) seis horas e cento e vinte dias. c) quatro horas e cem dias. d) sete horas e cento e cinqenta dias. e) nove horas e noventa dias.

7. (2009 TRE - MT Tcnico Judicirio) O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informaes pessoais constantes de registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de carter pblico desde que geridas por servidores do Estado. ( )Certo ( )Errado

8. (CESPE 2009 - TRE - MT Tcnico Judicirio) O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder pblico como contra ato de particular, sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo. ( )Certo ( )Errado

9. (CESPE - 2007 - TRT-9R - Analista Judicirio - rea Judiciria) Para o STF, deciso proferida nos autos do mandado de injuno poder, desde logo, estabelecer a regra do caso concreto, de forma a viabilizar o exerccio do direito a liberdades constitucionais, a prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania, afastando as conseqncias da inrcia do legislador. ( )Certo ( )Errado

10. (CESPE - 2006 - ANATEL - Tcnico em Regulao) Considere que um estado federado, no uso de sua competncia normativa, elabore lei que impea, arbitrariamente, em tempo de paz, a liberdade de locomoo em seu territrio. Nesse caso, caber ao indivduo impetrar mandado de segurana para garantir o exerccio do direito constitucional mencionado. ( )Certo ( )Errado DIREITO SOCIAL 1. (FGV - 2008 - Senado Federal - Policial Legislativo Federal) Nos termos da Constituio Federal/88, aplicam-se aos servidores ocupantes de cargos pblicos os direitos sociais enunciados nas alternativas a seguir, exceo de uma. Assinale-a. a) durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro horas semanais b) adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas na forma de lei complementar c) proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos termos da lei d) salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei

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6. (FMZ - AP - 2010 - SEAD-AP - Agente Penitencirio) A Constituio da Repblica Federativa do Brasil assegura aos trabalhadores urbanos e rurais os seguintes direitos, EXCETO a) a proibio de qualquer discriminao no tocante a salrio e critrios de admisso do trabalhador portador de deficincia. b) a proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. c) a proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. d) a proibio de igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso. e) a proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos. 7. (FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente)Na relao dos direitos sociais expressos no caput do artigo 6 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, NO consta o direito a) segurana. b) alimentao. c) sade. d) igualdade. e) moradia. 8. (MS CONCURSOS - 2010 - CIENTEC-RS Advogado) So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais elencados no texto constitucional, EXCETO: a) Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntrio. b) Fundo de garantia do tempo de servio. c) Salrio mnimo, fixado em lei. d) Irredutibilidade de salrio, em nenhuma hiptese. e) Igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso. 9. (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Tcnico Judicirio) Considerando os "Direitos Sociais Constitucionais", CORRETO afirmar que neles se inclui o direito a) aposentadoria. b) certido de bito. c) ao registro civil de casamento. d) ao ttulo de eleitor. 10. (TRT 21R (RN) - 2010 - TRT - 21 Regio (RN) - Juiz - Caderno 2) A proteo ao mercado de trabalho da mulher : a) inexistente, pois ela ocupa o mesmo espao do homem no mundo moderno, sem diferenas de qualquer natureza. b) garantida pela Constituio, mediante disciplina por lei. c) prevista apenas em normas internacionais. d) inconstitucional, em funo do princpio da igualdade. e) restrita s trabalhadoras adolescentes, com idade entre os 16 e 18 anos. 11. (CESPE - 2010 - PGM-RR - Procurador Municipal) Tanto o trabalhador urbano quanto o trabalhador

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rural tm direito a assistncia gratuita para seus filhos e dependentes, em creches e pr-escolas at determinada idade. ( )Certo ( )Errado

12. (CESPE - 2010 - MPU - Analista Arquivologia) Sendo os direitos fundamentais vlidos tanto para as pessoas fsicas quanto para as jurdicas, no h, na Constituio Federal de 1988 (CF), exemplo de garantia desses direitos que se destine exclusivamente s pessoas fsicas. ( )Certo ( )Errado

13. (CESPE - 2008 - TRT - 5 Regio (BA) - Analista Judicirio - rea Administrativa) A garantia da remunerao do trabalho noturno superior do diurno constitucional. ( )Certo ( )Errado

14. (CESPE - 2008 - TRT - 5 Regio (BA) - Analista Judicirio - rea Administrativa) O direito licena paternidade tambm assegurado categoria dos empregados domsticos. ( )Certo ( )Errado

15. (CESPE - 2009 - DPE-AL - Defensor Pblico) As associaes somente podem ser compulsoriamente dissolvidas por meio de deciso judicial transitada em julgado, considerando a vedao constitucional de interferncia do Estado em seu funcionamento. ( )Certo ( )Errado DIREITO DE NACIONALIDADE 1. (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Analista Judicirio - Execuo de Mandados) Homero obteve a cidadania brasileira, aps processo de naturalizao, porm seu pas de origem, Jamaica, requereu ao Brasil sua extradio por crime comum. Segundo a Constituio Federal, sua extradio s ser concedida no caso a) de crime de opinio praticado antes do processo de naturalizao. b) de crime poltico praticado antes do processo de naturalizao. c) do delito ter sido praticado antes da naturalizao. d) de crime poltico praticado depois do processo de naturalizao. e) de crime de opinio praticado depois do processo de naturalizao. 2. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polcia) Marcos brasileiro naturalizado, Norita japons residente no Brasil e Tadeu brasileiro nato. Considerando essa situao hipottica, assinale a opo correta luz da CF. a) Marcos no poder ocupar o cargo de ministro do STJ. b) Se Norita residir no Brasil por um ano ininterrupto e no tiver condenao penal, ter direito a requerer a nacionalidade brasileira. c) Tadeu jamais perder a nacionalidade brasileira. d) Marcos poder ocupar o cargo de oficial das Foras Armadas. e) Tadeu no poder ser extraditado para outro pas.

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3. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judicirio - rea Judiciria) Tcio, filho de pais americanos, nasceu no Brasil uma vez que seus pais so diplomatas e estavam em territrio brasileiro a servio do seu pas. Bruno, filho de pais brasileiros, nasceu no Mxico, uma vez que sua me estava neste pas a servio da Repblica Federativa do Brasil. Nestes casos, a) Tcio e Bruno so brasileiros natos. b) apenas Tcio brasileiro nato. c) apenas Bruno brasileiro nato. d) Tcio e Bruno so americano e mexicano, respectivamente. e) Tcio e Bruno podem ser brasileiros naturalizados, desde que faam esta opo no prazo constitucional. 4. (FGV - 2011 - TRE-PA - Analista Judicirio) A Constituio de 1988, em relao nacionalidade, determina que a) so privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Repblica, Presidente da Cmara dos Deputados e Presidente do Senado Federal, assim como os Ministros do STF e do STJ. b) perde a nacionalidade brasileira aquele que adquirir outra nacionalidade, sem excees. c) considerada brasileiro nato a pessoa nascida na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros a servio de seu pas. d) os estrangeiros aqui residentes h mais de 10 (dez) anos ininterruptos, sem condenao penal, podem requerer a cidadania brasileira, tornando-se brasileiros naturalizados. e) brasileiro nato aquele nascido no estrangeiro de pai ou me brasileira, desde que qualquer deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil. 5. (FCC - 2011 - TRT - 24 REGIO (MS) - Analista Judicirio Medicina) Ser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que a) adquirir outra nacionalidade no caso de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio. b) adquirir outra nacionalidade, no caso de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira. c) tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. d) adquirir outra nacionalidade, no caso de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condio para o exerccio de direitos civis. e) adquirir outra nacionalidade, no se admitindo excees. 6. (CESPE - 2011 - IFB - Professor Direito) Cargos relativos carreira diplomtica e ao oficialato das Foras Armadas so privativos de brasileiros natos. ( )Certo ( )Errado 7. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscpico Especficos) Um cargo de tenente do Exrcito apenas poder ser exercido por brasileiro nato. ( )Certo ( )Errado

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8. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscpico Especficos) Um brasileiro naturalizado no pode ser eleito deputado federal. ( )Certo ( )Errado

9. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscpico Especficos) Se um embaixador de pas estrangeiro, em exerccio no Brasil, e sua esposa, tambm estrangeira, tiverem um filho nascido em territrio brasileiro, esse filho ser considerado brasileiro nato. ( )Certo ( )Errado

10. (CESPE - 2010 - TRT - 21 Regio (RN) - Analista Judicirio - rea Judiciria) So brasileiros natos aqueles nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, no perodo mximo de dois anos, pela nacionalidade brasileira. ( )Certo ( )Errado DIREITOS POLTICOS 1. (FCC - 2011 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Analista Judicirio Arquivologia) A capacidade eleitoral passiva consistente na possibilidade de o cidado pleitear determinados mandatos polticos, mediante eleio popular, desde que preenchidos certos requisitos, conceitua-se em a) alistamento eleitoral. b) direito de voto. c) direito de sufrgio. d) elegibilidade. e) dever sociopoltico. 2. (EJEF - 2007 - TJ-MG Juiz) A perda dos direitos polticos se dar no seguinte caso: a) improbidade administrativa. b) cancelamento da naturalizao, por sentena transitada em julgado. c) condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. d) incapacidade civil absoluta. 3. (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivo de Polcia Civil) Lucas Silva comprovadamente analfabeto e Pierre Laurent francs, residente no Brasil, no naturalizado brasileiro. Acerca dessas situaes hipotticas, assinale a opo correta luz da CF. a) Lucas no pode alistar-se como eleitor. b) Lucas inelegvel. c) Para Pierre, o alistamento eleitoral e o voto so obrigatrios. d) Pierre equipara-se aos maiores de setenta anos para fins de alistamento eleitoral e voto. e) Pierre elegvel.

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4. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judicirio - rea Administrativa) Pedro, governador em exerccio do Estado X, pretende concorrer ao cargo de Presidente da Repblica. Neste caso, Pedro a) dever renunciar ao respectivo mandato at trs meses antes do pleito. b) dever renunciar ao respectivo mandato at seis meses antes do pleito. c) dever renunciar ao respectivo mandato at dois meses antes do pleito. d) dever aguardar o final de seu mandato, sendo vedada a renncia com este objetivo. e) poder renunciar ao mandato a qualquer tempo, no havendo limite constitucional pr-estabelecido. 5. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judicirio - rea Judiciria) Maurcio, Alice, Roberto e Ronaldo so irmos almeja cargos pblicos eletivos. Maurcio tem vinte e um anos de idade; Alice tem trinta anos de idade; Roberto tem trinta e trs anos de idade e Ronaldo tem trinta e cinco anos de idade. Nestes casos, com relao condio de elegibilidade relacionada idade, pode(m) concorrer ao cargo de Governador do Estado do Rio Grande do Norte a) Alice e Roberto, apenas. b) Ronaldo, apenas. c) Maurcio, Alice, Roberto e Ronaldo. d) Roberto e Ronaldo, apenas. e) Alice, Roberto e Ronaldo, apenas. 6. (FCC - 2011 - TRE-TO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) Considere: I. Os analfabetos. II. Os maiores de setenta anos. III. Os estrangeiros. IV. Os maiores de dezesseis anos. Podem alistar-se como eleitores as pessoas indicadas APENAS em a) I, II e IV. b) II, III e IV. c) II e IV. d) III. e) III e IV. 7. (TJ-DFT - 2007 - TJ-DF - Juiz Objetiva) Nos termos do que preconizado na Constituio de Repblica de 1988, a respeito dos Direitos Polticos, falso afirmar: a) A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular; b) O alistamento eleitoral e voto so facultativos para os analfabetos; c) So inelegveis os inalistveis; d) O mandato eletivo poder ser impugnado ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze dias contados da proclamao do resultado, instruda a ao com provas de abuso de poder poltico, corrupo ou fraude.

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8. (FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal) Assinale a alternativa correta quanto aos direitos polticos. a) A lei que altera o processo eleitoral s entrar em vigor um ano aps sua promulgao. b) No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros, analfabetos e, durante o perodo militar obrigatrio, os conscritos. c) A idade mnima para elegibilidade do Presidente e Vice-Presidente da Repblica de 30 (trinta) anos. d) So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes consanguneos ou afins, at terceiro grau ou por adoo, do Presidente da Repblica, de Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal ou de Prefeito. e) A perda ou suspenso de direitos polticos pode ocorrer por incapacidade civil absoluta, por recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa ou por improbidade administrativa. 9. (FCC - 2010 - TRT - 8 Regio (PA e AP) - Analista Judicirio Execuo de Mandados) A alistabilidade se trata de capacidade eleitoral classificada por a) linear. b) formal. c) funcional. d) ativa. e) perpendicular. 10. (FCC - 2010 - TRT - 9 REGIO (PR) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) No tocante aos Direitos Polticos, considere as seguintes assertivas: I. O alistamento eleitoral obrigatrio para o analfabeto. II. O voto obrigatrio para o analfabeto. III. Os conscritos no podem alistar-se como eleitores durante o perodo do servio militar obrigatrio. IV. Os analfabetos so inelegveis. V. condio de elegibilidade, na forma da lei, a idade mnima de dezoito anos para vereador. Est INCORRETO o que consta APENAS em a) I e II. b) I, III e IV. c) II, IV e V. d) III, IV e V. e) I, II, III e V. 11. (CESPE - 2008 - TRT - 5 Regio (BA) - Analista Judicirio - rea Administrativa) Na hiptese de o marido da governadora de um estado da Federao pretender concorrer primeira eleio para mandato local, ele ser inelegvel. ( )Certo ( )Errado

12. (CESPE - 2009 - DPE-AL - Defensor Pblico) A condenao criminal transitada em julgado constitui hiptese de suspenso dos direitos polticos enquanto durarem seus efeitos. ( )Certo ( )Errado

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13. (CESPE - 2009 - DPE-AL - Defensor Pblico) Os partidos polticos devem registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, que decidir acerca do pedido de registro partidrio em deciso judicial devidamente fundamentada. ( )Certo ( )Errado

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3. (FCC - 2010 - PGE-AM Procurador) Considerando a disciplina constitucional da matria, correto dizer que os partidos polticos a) no se sujeitam prestao de contas Justia Eleitoral, em razo de sua autonomia financeira. b) podem receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros. c) adquirem personalidade jurdica independentemente de registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. d) devem ter sua estrutura, organizao e funcionamento estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. e) podem assumir carter regional. 4. (FCC - 2002 - TRE-PI - Analista Judicirio - rea Administrativa) Um dos preceitos constitucionais que os partidos polticos devem observar a) a liberdade de recebimento de recursos financeiros. b) a prevalncia das bases sobre a cpula. c) o carter regional ou local. d) o carter nacional. e) o compromisso de defender o presidencialismo. 5. (FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judicirio - rea Judiciria - Execuo de Mandados) A Constituio Federal, ao tratar dos partidos polticos, determina que a) podem assumir carter regional, nos termos da lei. b) podem receber recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros, nos termos da lei. c) livre a sua criao, fuso, incorporao e extino, independentemente de autorizao prvia da autoridade administrativa ou judicial. d) tm autonomia para dispor sobre o regime de suas coligaes eleitorais, sendo, no entanto, obrigatria a vinculao entre as candidaturas em mbito nacional, estadual, distrital ou municipal. e) adquirem personalidade jurdica aps o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

14. (CESPE - 2010 - MS - Analista Tcnico) Aos analfabetos concedido o direito facultativo de votar, mas no podem ser eleitos para exercer mandato poltico. ( )Certo ( )Errado

15. (CESPE - 2008 - ABIN - Oficial de Inteligncia) Maria, eleita senadora da Repblica de um estado da Federao em 2006, casada com o irmo de Leopoldo, que pretende ser candidato ao cargo de governador do mesmo estado em 2010. Nessa situao, Leopoldo inelegvel, devido ao grau de parentesco com Maria. ( )Certo ( )Errado PARTIDOS POLTICOS 1. (FCC - 2010 - TRE-AC - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) No que diz respeito criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos, NO exigida a observncia de princpios constitucionais e de preceitos, entre outros, referentes a) a possibilidade de recebimento de verbas financeiras de entidades estrangeiras, desde que por todos os partidos. b) a prestao de contas Justia Eleitoral. c) a proibio de recebimento de recursos financeiros de governos estrangeiros. d) ao funcionamento parlamentar de acordo com a lei. e) ao carter nacional. 2. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judicirio Engenharia Civil) No tocante aos Partidos Polticos, considere as seguintes assertivas: I. vedada a fuso de partidos polticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrtico, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. II. de incumbncia do Tribunal Regional Eleitoral definir as estruturas internas dos partidos polticos. III. Os partidos polticos, aps adquirirem personalidade jurdica, na forma da lei civil, registraro seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. IV. Os partidos polticos tm direito a recursos do fundo partidrio e acesso gratuito ao rdio e televiso, na forma da lei. Est correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

DA ORGANIZAO DO ESTADO (CF, ARTS. 18 a 43)


DA ORGANIZAO POLITICO- ADMINISTRATIVA FORMAS DE ESTADO O conceito de forma de Estado est relacionado com o modo de exerccio do poder poltico em funo do territrio de uma Nao. So trs as formas de Estado: Unitrio e Federado e Confederado. ESTADO UNITRIO No Estado unitrio, existe um nico centro de poder poltico no pas. Esse poder central pode optar por exercer suas atribuies de maneira centralizada (Estado unitrio puro), ou descentralizada (Estado unitrio descentralizado administrativamente). Nos dias atuais, prevalece a figura dos Estados unitrios descentralizados. Vale lembrar que, mesmo quando o

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Estado unitrio descentralizado, autonomia ampla, como ocorre com a federao. ESTADO FEDERADO No Estado federado, o poder poltico repartido entre diferentes esferas de governo. Ocorre, assim, uma descentralizao poltica, a partir da repartio de competncias (poder). Normalmente, existe um rgo central e rgos regionais (os Estados). Em nosso pas, h, alm do rgo central (Unio) e dos rgos regionais (Estados), a figura dos Municpios, que seria um rgo local. Ressalte-se que todos os entes federados possuem autonomia , mas nenhum deles possui soberania. A Federao pode ser centrpeta ou centrfuga. Centrpeta aquela formada por agregao, ou seja, quando Estados independentes e soberanos se juntam para a formao de um nico Estado federal . Assim, as naes, antes soberanas, passam a ser apenas autnomas. o caso dos Estados Unidos da Amrica. A Federao ser centrfuga quando se formar a partir da desagregao, ou seja, quando um Estado, antes unitrio, se reparte entre unidades federadas autnomas. o caso do Brasil.
FEDERAO CENTRPETA Quando Estados independentes e soberanos se juntam para a formao de um nico Estado federal Movimento de fora para dentro (agregao). FEDERAO CENTRFUGA Estado, antes unitrio, se reparte entre unidades federadas autnomas. Movimento de dentro para fora (desagregao).

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Os territrios no possuem autonomia, pois constituem descentralizao administrativa da Unio. At 1988, o Brasil adotava o chamado federalismo de segundo grau (repartio de competncia entre a Unio e os Estados). A Constituio atual tambm conferiu aos municpios a trplice autonomia (financeira, administrativa e poltica). Assim, hoje possumos uma federao de terceiro grau. UNIO Possui dupla personalidade, tendo em vista que assume um papel interno e outro internacional. Internamente, a Unio uma pessoa jurdica de direito pblico interno, compondo a RFB juntamente com os Estados, o DF e os Municpios. Nesse papel, ela tem autonomia financeira, administrativa e poltica. J no plano internacional, a Unio quem representa a RFB. Assim, ela age em nome de toda a Federao. Em decorrncia da escolha da forma federativa de Estado, a Constituio estabelece que os entes da Federao (Unio, Estados, DF e Municpios) no podem recusar f a documentos pblicos. Igualmente, eles no podem criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si. RELAO ENTRE O ESTADO E A RELIGIO Diferentemente do que ocorria tempos atrs, h, atualmente, uma separao entre o Estado e a igreja. A Constituio de 1988 defende o Estado laico, no professando religio oficial. O art. 19 da CF explicita ser vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencionlos, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico. BENS DA UNIO Esto previstos no art. 20, e so os seguintes: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribudos;
ATENO: quando a CF fala em os que lhe vierem a ser atribudos expressa, na verdade, que os bens previstos no art. 20 no constituem rol taxativo, ou seja, podem ser ampliados.

ESTADO CONFEDERADO Sua caracterstica principal ser formada pela unio dissolvel (possibilidade de separao secesso) de Estados soberanos. Essas naes se vinculam, normalmente, por meio de tratados internacionais. A diferena marcante entre federao e confederao que aquela formada pela unio indissolvel de entes autnomos, enquanto esta, pela unio dissolvel de Estados soberanos.
FEDERAO Regida por Constituio Vedao ao direito secesso (separao) Entes possuem autonomia de CONFEDERAO Regida por internacional tratado

Possibilidade de separao Entes possuem soberania

II - as terras devolutas indispensveis defesa das fronteiras, das fortificaes e construes militares, das vias federais de comunicao e preservao ambiental, definidas em lei;
ATENO: em regra, as terras devolutas pertencem aos estados. Somente as indispensveis defesa do Estado so da Unio.

A FEDERAO BRASILEIRA A respeito da Federao brasileira, podemos extrair estas concluses: Soberania da RFB; A Unio no possui soberania. Entretanto, quando ela age em nome da RFB (externamente), tem soberania; quando atua em seu nome (internamente), tem autonomia. A Unio, Estados, DF e Municpios so autnomos (Autonomia FAP financeira, administrativa e poltica).

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de gua em terrenos de seu domnio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros pases, ou se estendam a territrio estrangeiro ou dele provenham , bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limtrofes com outros pases; as praias martimas; as ilhas ocenicas e as costeiras, excludas, destas, as que contenham a sede de Municpios, exceto aquelas reas afetadas ao

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servio pblico e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econmica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidrulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrneas e os stios arqueolgicos e pr-histricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios. TERRITRIOS Embora atualmente no haja nenhum, podem ser criados por lei complementar. Integram a Unio e No tm autonomia Poltica (Governador nomeado pelo Presidente da Repblica, aps aprovao do Senado Federal). Podem ser divididos em municpios. Quem fiscaliza as contas o CONGRESSO NACIONAL, com prvio parecer do TCU. Se tiver mais de cem mil habitantes, ter Poder Judicirio de 1 e 2 instncias, MP e Defensoria Pblica Federal. Tero quatro deputados federais (metade do mnimo para estados) e No tero senadores. ESTADOS So regidos e organizados por Constituio Estadual, que dever observar os princpios da Constituio Federal. Quais seriam os princpios que os Estados deveriam respeitar na elaborao de suas constituies? De acordo com Uadi Lamego Bulos (Constituio Federal anotada. So Paulo: Saraiva, 2000, pgs. 506-9), seriam trs espcies de princpios: PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS SENSVEIS: so aqueles previstos no artigo 34, inciso VII, da CF. Uma vez desrespeitados, autorizam a decretao de interveno federal. PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS ESTABELECIDOS (ORGANIZATRIOS): Para o citado autor, so aqueles que limitam, vedam ou probem a ao indiscriminada do Poder Constituinte Decorrente. Por isso mesmo, funcionam como balizas reguladoras da capacidade de auto-organizao dos Estados. Eles se subdividem em: limites explcitos vedatrios ou mandatrios: probem os estados de praticar atos ou procedimentos contrrios ao fixado pelo PCO (ex: artigo 19), ou impem restries liberdade de organizao. Ex: arts. 18, 4. limites inerentes: implcitos ou tcitos, vedariam qualquer possibilidade de invaso de competncia por parte dos estados-membros; limites decorrentes: assim chamados por decorrerem das disposies expressas. Ex: necessidade de se respeitar a dignidade da pessoa humana, os princpios republicano e da legalidade. PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS EXTENSVEIS: so aqueles que integram a estrutura da federao brasileira, relacionando-se, por exemplo, com a forma de investidura em cargos eletivos (artigo 77), o processo legislativo

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(arts. 59 e ss), os oramentos (arts. 165 e ss), os preceitos ligados Administrao Pblica (arts. 37 e ss). Em recente julgamento, envolvendo lei do Estado de Tocantins a qual regulamentava as regras para realizao das eleies indiretas (houve a vacncia dos cargos de governador e vice nos dois ltimos anos do mandato), o STF reconheceu a constitucionalidade da norma no ponto em que previa que a votao na Assemblia Legislativa daquele estado deveria ser aberta. Salientou-se que a opo pela votao aberta facilita que o povo controle as escolhas de seus representantes (no caso, os deputados estaduais que elegeriam os novos governantes), sobretudo porque havia suspeita de acordos obscuros de bastidores. Nmero de Deputados na Assemblia Legislativa corresponde ao triplo da representao do Estado na Cmara dos Deputados. Ou seja: se Estado tem 8 parlamentares na Cmara dos Deputados, ter 24 na Assemblia Legislativa. Quando atingir o nmero de 36, ser acrescido de tantos quantos forem os Deputados federais acima de doze. BENS DOS ESTADOS O artigo 26 da CF enumera os seguintes bens dos estados: I - as guas superficiais ou subterrneas, fluentes, emergentes e em depsito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da Unio; II - as reas, nas ilhas ocenicas e costeiras, que estiverem no seu domnio, excludas aquelas sob domnio da Unio, Municpios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres no pertencentes Unio; IV - as terras devolutas no compreendidas entre as da Unio. INCORPORAO, ANEXAO, SUBDIVISO, DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS OU

A Constituio lista quatro possibilidades de alterao na diviso interna do territrio brasileiro. So elas: Incorporao (ou fuso): ocorre quando dois ou mais estados se unem com outro nome. Nesse caso, os Estados perdem sua personalidade e integram um novo Estado. Pode abranger dois ou mais Estados. Anexao: Nessa hiptese, uma parte do Estado-membro se anexa a outro Estadomembro, no havendo a criao de novo ente federativo. A mudana fica restrita alterao de limites territoriais. Subdiviso: Segundo Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, 23 edio, So Paulo: Atlas, 2008, pgs. 288-289), ocorre quando um Estado divide-se em vrios novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originrio. Desmembramento: Assim como ocorre na anexao, uma ou mais parcelas de determinado Estado-membro se separa. A parcela desmembrada, no entanto, utilizada para a formao de novo Estado ou de Territrio Federal. Foi o que ocorreu, por

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exemplo, com o Estado de Tocantins, criado pela Constituio de 1988 (artigo 13, ADCT). Para quaisquer um desses procedimentos acima listados devem ser obedecidas essas etapas: I plebiscito: faz-se consulta populao interessada para saber se h interesse; Se resposta da populao for negativa, vincula e no passa para outras fases; Consulta populao feita por meio de plebiscito. II Se a populao aprovar haver a proposio de projeto de Lei Complementar; Durante o trmite no Congresso Nacional haver audincia das Assemblias Legislativas interessadas (art. 48, VI, CF). III Aprovao pelo Congresso Nacional quorum de Maioria absoluta (art. 69, CF). Congresso s aprova se quiser... deciso soberana. MUNICPIOS So regidos por Lei Orgnica, votada em 2 turnos, com o interstcio (intervalo) mnimo de 10 dias, aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal. FISCALIZAO DOS MUNICPIOS feita pelo Poder Legislativo Municipal (Cmara Municipal); A Cmara Municipal auxiliada pelo Tribunal de Contas dos Estados ou dos Municpios (onde houver TCM). O parecer do Tribunal de Contas sobre as contas do Chefe do Poder Executivo, como regra, no vincula o Poder Legislativo, responsvel pelo Controle Externo. Em outras palavras, ainda que se recomende a desaprovao das contas, poder o Legislativo decidir de forma contrria. Esse entendimento aplicvel no plano federal (art. 71, I, da CF) e se estende nas esferas estadual e distrital. Entretanto, em relao s contas do Chefe do Executivo municipal (prefeito), a regra diversa. Isso porque, de acordo com o disposto no art. 31, 2, da CF, o parecer prvio, emitido pelo rgo competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal. Esquematizando a questo, temos que:
Esfera Chefe do executivo Presidente da Repblica Governador Governador Responsvel pelo controle externo Congresso Nacional Assemblia Legislativa Cmara Legislativa Quem auxilia Parecer do TC vincula?

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PREVISO DE 2 TURNO PARA PREFEITOS A eleio para o chefe do executivo municipal (Prefeito), assim como as de Presidente da Repblica e Governador, obedece ao sistema majoritrio, ou seja, o eleito ser o mais votado. Entretanto, a regra de 2 turno de votaes (caso, no 1, nenhum dos candidatos obtenha maioria absoluta dos votos vlidos), s abrange os municpios que possuam mais de 200 mil eleitores . FORO PARA JULGAMENTO DE PREFEITOS Dentro do art. 29, a CF estabelece que os prefeitos sero julgados perante o Tribunal de Justia (foro privilegiado ou foro por prerrogativa de funo). Cabe lembrar que a CF no conferiu o foro privilegiado aos vereadores. Em relao a eles, porm, as Constituies Estaduais podem prever a existncia de foro privilegiado. COMPETNCIAS DOS MUNICPIOS Alm das competncias comuns (art. 23, CF), deferidas a todos os entes federados (U, E, DF e M), a Constituio, em seu art. 30, estabelece que compete aos municpios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; ATENO: Segundo o STF, compete aos municpios legislar sobre tempo de espera em fila, inclusive fila de banco. II - suplementar a legislao federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter essencial; VI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano; IX - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual. CRIAO, INCORPORAO, FUSO DESMEMBRAMENTO DE MUNICPIOS: OU

Federal

TCU

No

Estadual Distrital

TCE TCDF

No No Em regra, vincula; s pode ser contrariado por 2/3 da CM.

Municipal

Prefeito

Cmara Municipal

TCE

proibida a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Contas dos Municpios. Os que j existem (TCM/RJ e TCM/SP) continuam funcionando. S no se podem criar outros.

ETAPAS: I - Lei Complementar Federal determina perodo em que se pode fazer a criao, desmembramento, incorporao ou fuso de municpios. Ainda no h LC, ento, por enquanto no possvel a criao, incorporao, fuso, subdiviso ou desmembramento de municpios. Quando houver a LC (norma de eficcia limitada), passa-se s seguintes fases: Pgina 26

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II - Estudo de viabilidade municipal; III - Plebiscito: se estudo de viabilidade der parecer favorvel, feita consulta (plebiscito) s populaes dos municpios envolvidos. Plebiscito convocado pela Assemblia Legislativa; IV - Criao do novo municpio por Lei estadual (LO). A criao de municpios assunto que tem merecido especial ateno em razo dos recentes acontecimentos, que ensejaram, inclusive na promulgao da EC n 57/08. Para (comear a) entender a problemtica, indispensvel a comparao entre a redao atual e anterior do art. 18, 4, da CF:
Art. 18, 4 (redao original): A criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios preservaro a continuidade e a unidade histrico-cultural do ambiente urbano, far-se-o por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL, e dependero de consulta prvia, mediante plebiscito, s populaes diretamente interessadas. * Aqui se ESTADUAL! fala em LC Art. 18, 4 (redao dada pela EC 15/96): A criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios, far-se-o por lei estadual, dentro do perodo determinado por LEI COMPLEMENTAR FEDERAL, e dependero de consulta prvia, mediante plebiscito, s populaes dos Municpios envolvidos, aps divulgao dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. * Aqui se fala em LC FEDERAL!

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O entendimento que prevalece que no pode haver o esvaziamento da competncia de determinado ente da federao, sob pena de ofensa Forma Federativa de Estado (clusula ptrea). COMPETNCIA EXCLUSIVA DA UNIO (CF, ART. 21) A caracterstica marcante da competncia exclusiva da Unio que ela indelegvel. Ela se apresenta de duas formas: quando envolver relao entre Brasil e outros pases, e quando o assunto merea disciplina uniforme em todo o territrio nacional. Como dica para as provas, a competncia exclusiva da Unio sempre comea com verbos no infinitivo. Ainda como observao, pede-se redobrada ateno aos verbos organizar e manter, pois eles aparecem quatro vezes. Veja abaixo as matrias que so de competncia exclusiva da Unio: I - manter relaes com Estados estrangeiros e participar de organizaes internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneam temporariamente; V - decretar o estado de stio, o estado de defesa e a interveno federal; VI - autorizar e fiscalizar a produo e o comrcio de material blico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do Pas e fiscalizar as operaes de natureza financeira, especialmente as de crdito, cmbio e capitalizao, bem como as de seguros e de previdncia privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social; X - manter o servio postal e o correio areo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso, os servios de telecomunicaes, nos termos da lei, que dispor sobre a organizao dos servios, a criao de um rgo regulador e outros aspectos institucionais; XII - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso: a) os servios de radiodifuso sonora, e de sons e imagens; b) os servios e instalaes de energia eltrica e o aproveitamento energtico dos cursos de gua, em articulao com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergticos; c) a navegao area, aeroespacial e a infra-estrutura aeroporturia; d) os servios de transporte ferrovirio e aquavirio entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Territrio; e) os servios de transporte rodovirio interestadual e internacional de passageiros; f) os portos martimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica do Distrito Federal e dos Territrios;

A inteno ao se promulgar a EC 15/96 era frear a criao de municpios. Nesse sentido, a redao introduzida via emenda somente possibilita a criao dentro do perodo determinado por lei complementar federal. DISTRITO FEDERAL regido por Lei Orgnica, votada em 2 turnos, com interstcio (intervalo) mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros da Cmara Legislativa. Lei Orgnica do DF equivale a Constituio Estadual, segundo decises do STF. Tem competncia legislativa de estados + municpios e No pode ser dividido em municpios. Nmero de Deputados na Cmara Legislativa corresponde ao triplo da representao do DF na Cmara dos Deputados. REPARTIO DE COMPETNCIAS A Constituio de 88 repartiu entre os entes da Federao (U, E, DF e Municpios), a competncia para tratar dos mais variados temas. Essa repartio levou em conta, principalmente, se a matria a ser tratada era de interesse geral ou regional. A definio de competncia atende o princpio da preponderncia de interesse.
INTERESSE PREPONDERANTE nacional regional local COMPETNCIA Unio Estados Municpios

* O DF acumula as competncias estaduais e municipais.

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XIV - organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistncia financeira ao Distrito Federal para a execuo de servios pblicos, por meio de fundo prprio; XV - organizar e manter os servios oficiais de estatstica, geografia, geologia e cartografia de mbito nacional; XVI - exercer a classificao, para efeito indicativo, de diverses pblicas e de programas de rdio e televiso; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades pblicas, especialmente as secas e as inundaes; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hdricos e definir critrios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princpios e diretrizes para o sistema nacional de viao; XXII - executar os servios de polcia martima, aeroporturia e de fronteiras; XXIII - explorar os servios e instalaes nucleares de qualquer natureza e exercer monoplio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrializao e o comrcio de minrios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princpios e condies: a) toda atividade nuclear em territrio nacional somente ser admitida para fins pacficos e mediante aprovao do Congresso Nacional; b) sob regime de permisso, so autorizadas a comercializao e a utilizao de radioistopos para a pesquisa e usos mdicos, agrcolas e industriais; c) sob regime de permisso, so autorizadas a produo, comercializao e utilizao de radioistopos de meiavida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existncia de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a inspeo do trabalho; XXV - estabelecer as reas e as condies para o exerccio da atividade de garimpagem, em forma associativa. COMPETNCIA PRIVATIVA DA UNIO (CF, ART. 22) Ao contrrio do que ocorre com a competncia exclusiva da Unio, a privativa pode ser delegada aos Estados e ao DF, por meio de lei complementar. De acordo com o art. 22 da CF, compete privativamente Unio legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;
BIZU!!! Lembrar do CAPACETE de PM

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VI - sistema monetrio e de medidas, ttulos e garantias dos metais; VII - poltica de crdito, cmbio, seguros e transferncia de valores; VIII - comrcio exterior e interestadual; IX - diretrizes da poltica nacional de transportes; X - regime dos portos, navegao lacustre, fluvial, martima, area e aeroespacial; XI - trnsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalizao; XIV - populaes indgenas; XV - emigrao e imigrao, entrada, extradio e expulso de estrangeiros; XVI - organizao do sistema nacional de emprego e condies para o exerccio de profisses; XVII - organizao judiciria, do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica do Distrito Federal e dos Territrios, bem como organizao administrativa destes; XVIII - sistema estatstico, sistema cartogrfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupana, captao e garantia da poupana popular; XX - sistemas de consrcios e sorteios; XXI - normas gerais de organizao, efetivos, material blico, garantias, convocao e mobilizao das polcias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competncia da polcia federal e das polcias rodoviria e ferroviria federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educao nacional; XXV - registros pblicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII - normas gerais de licitao e contratao, em todas as modalidades, para as administraes pblicas diretas, autrquicas e fundacionais da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas pblicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa martima, defesa civil e mobilizao nacional; XXIX - propaganda comercial COMPETNCIA COMUM (CF, ART. 23) Disposies valem para todos os entes da federao (U, E, DF e Municpios). Inicia-se sempre com verbos no infinitivo, e eles dizem respeito ao dever de cuidado. Ex: zelar, cuidar, proteger, preservar etc. O art. 23 lista as seguintes competncias: I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico; II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;

II - desapropriao; III - requisies civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - guas, energia, informtica, telecomunicaes e radiodifuso; V - servio postal;

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V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios; XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito. COMPETNCIA CONCORRENTE (CF, ART. 24) Somente a Unio, os Estados e DF (atuando como Estado) tm competncia concorrente. Assim, ficam de fora os Municpios e os territrios. Nessa competncia, a Unio estabelece normas gerais e os Estados estabelecem normas suplementares. Se no existir lei federal (da Unio) estabelecendo normas gerais, Estados podem estabelecer tanto as gerais quanto as suplementares (nesse caso, tero competncia plena). Se depois vier a existir lei federal (da Unio) estabelecendo normas gerais, as normas gerais feitas pelos estados (lei estadual) tero eficcia suspensa. A coexistncia de normas federais e estaduais na competncia concorrente chamada de condomnio legislativo. O art. 24 estabelece que compete concorrentemente Unio, Estados e DF legislar sobre: I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;
BIZU!!! a Unio, Estados e DF legislam concorrentemente sobre direitos TUPEF.

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XIV - proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia; XV - proteo infncia e juventude; XVI - organizao, garantias, direitos e deveres das polcias civis. QUESTES SOBRE O TEMA DA ORGANIZAO DO ESTADO 1. (FCC - 2011 - TRF - 1 REGIO - Tcnico Judicirio rea Administrativa) A incorporao de Municpios far-se- por Lei estadual, dentro do perodo determinado por Lei Complementar Federal, e depender de consulta prvia, mediante plebiscito, s populaes dos Municpios envolvidos, aps divulgao a) do parecer favorvel do Procurador-Geral do Estado. b) da deciso do Presidente da Assembleia Legislativa. c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado. d) do parecer favorvel do Ministro do Planejamento. e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 2. (FCC - 2007 - TRF - 1 REGIO - Tcnico Judicirio rea Administrativa) Em tema de organizao do Estado, dentre outras exigncias constitucionais, correto que a criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios, far-se-o por a) emenda constitucional federal e estadual. b) medida provisria, aps consulta prvia por referendo. c) lei delegada, dentro do perodo determinado em lei federal. d) lei federal, dentro do perodo determinado por medida provisria. e) lei estadual, dentro do perodo determinado por lei complementar federal. 3. (FCC - 2010 - TRT - 22 Regio (PI) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) Nos termos da Constituio Federal, a) os Territrios Federais integram a Unio, e sua criao, transformao em Estado ou reintegrao ao Estado de origem sero reguladas em lei complementar. b) os Estados no podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros. c) a criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios, em outros Municpios ou Estado far-se-o por lei federal, dentro do perodo determinado pelo Chefe do Executivo Estadual. d) Unio no vedado, recusar f a documentos pblicos, bem como estabelecer diferena entre brasileiros. e) compete aos Municpios, dentre outras, organizar, manter e executar a inspeo do trabalho. 4. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) A Constituio Federal estabelece a organizao do Estado, de forma que os Estados podem incorporarse entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou

II - oramento; III - juntas comerciais; IV - custas dos servios forenses; V - produo e consumo; VI - florestas, caa, pesca, fauna, conservao da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteo do meio ambiente e controle da poluio; VII - proteo ao patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e paisagstico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico; IX - educao, cultura, ensino e desporto; X - criao, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matria processual; XII - previdncia social, proteo e defesa da sade; XIII - assistncia jurdica e Defensoria pblica;

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Territrios Federais, mediante aprovao populao diretamente interessada, atravs de da

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II. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios so autnomos e possuidores da capacidade de auto-organizao e normatizao prpria, autogoverno e auto-administrao. III. Dentre outras competncias, compete Unio organizar e manter o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico, a Defensoria Pblica, a polcia civil, a polcia militar e o corpo de bombeiros do Distrito Federal. IV. Aos Estados-Membros cabem, na rea administrativa, privativamente, todas as competncias que no forem da Unio, dos municpios e as comuns. a denominada "competncia remanescente" dos Estados-Membros. a) somente as proposies I e II esto corretas b) somente as proposies III e IV esto corretas c) somente as proposies I e III esto corretas d) somente as proposies I, II e IV esto corretas e) todas as proposies esto corretas 9. (FCC - 2010 - TRE-RS - Analista Judicirio - rea Administrativa) Dentre outras NO considerada competncia privativa da Unio, de regra, legislar sobre a) direito martimo, comercial e processual. b) direito eleitoral, agrrio e espacial. c) sistema estatstico, cartogrfico e de geologia nacionais. d) direito financeiro, econmico e tributrio. e) sistemas de consrcios e sorteios e de poupana. 10. (FCC - 2010 - PGE-AM Procurador) De acordo com a Constituio Federal, os Territrios a) gozam de autonomia poltica, uma vez que elegem seu prprio governador. b) integram a organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil, juntamente com a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos nos termos da Constituio. c) podem integrar a Unio ou os Estados, conforme dispuser a lei complementar que os criar. d) gozam de autonomia organizacional, uma vez que lhes cabe instituir sua prpria lei orgnica. e) podem ser subdivididos em Municpios. 11. (CESPE - 2009 - MPE-RN - Promotor de Justia) Com base no que dispe a CF acerca da Unio, dos estados, do DF e dos municpios, assinale a opo correta. a) competncia privativa da Unio cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia. b) Compete Unio legislar privativamente acerca dos direitos tributrio e financeiro. c) Cabe Unio explorar diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de gs canalizado, na forma da lei. d) vedado Unio, aos estados, ao DF e aos municpios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana.

a) referendo, e da Cmara dos Deputados, por lei delegada. b) plebiscito, e da Cmara dos Deputados, por emenda constitucional. c) referendo, e do Congresso Nacional, por resoluo do Senado Federal. d) plebiscito, e do Senado Federal, por lei ordinria. e) plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 5. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judicirio - rea Administrativa) Cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia e proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos so competncias a) comuns da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. b) privativas da Unio. c) concorrentes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. d) concorrentes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios e privativa da Unio, respectivamente. e) privativa da Unio e comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, respectivamente. 6. (FCC - 2011 - TRE-TO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) competncia privativa da Unio a) proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas. b) estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito. c) legislar sobre direito eleitoral. d) legislar sobre direito financeiro. e) legislar sobre direito urbanstico. 7. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Legislativo de Servios Tcnicos e Administrativos - Processamento de Dados) Compete privativamente Unio legislar sobre a) previdncia social, proteo e defesa da sade. b) produo e consumo. c) custas dos servios forenses. d) sistemas de consrcios e sorteios. e) assistncia jurdica e defensoria pblica. 8. (MS CONCURSOS - 2009 - TRT - 9 REGIO (PR) Juiz - 1 Prova - 2 Etapa) Considere as seguintes proposies: I. A Constituio Federal de 1988 adotou como forma de Estado o federalismo. Deste modo, a Repblica Federativa do Brasil formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, inexistindo em nosso ordenamento jurdico o denominado direito de secesso. A tentativa de secesso ensejar a decretao de interveno federal.

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e) A competncia da Unio para legislar a respeito de normas gerais exclui a competncia suplementar dos estados, podendo haver delegao de competncia pela Unio. 12. (PUC-PR - 2007 - TRT - 9 REGIO (PR) - Juiz - 1 Prova - 2 Etapa) Analise as seguintes assertivas: I. Compete privativamente Unio legislar sobre direito civil, processual e tributrio. II. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito econmico, penitencirio e eleitoral. III. Compete aos Municpios legislar sobre direito urbanstico e assuntos de interesse local. Assinale a alternativa correta: a) Apenas a assertiva I verdadeira; b) Apenas a assertiva II verdadeira; c) Apenas a assertiva III verdadeira; d) Existem duas ou mais assertivas verdadeiras; e) Nenhuma assertiva verdadeira. 13. (CESPE - 2009 - PC-PB - Agente de Investigao e Agente de Polcia) O Distrito Federal (DF) no um estado nem um municpio, mas possui competncias legislativas de tais. As caractersticas do DF no incluem a) a auto-organizao. b) o autogoverno. c) as autonomias tributria e financeira. d) a possibilidade de subdividir-se em municpios. e) a autoadministrao. 14. (CESPE - 2008 - TJ-RJ - Tcnico de Atividade Judiciria) As competncias reservadas aos estados incluem a) as taxativamente previstas na CF. b) os assuntos de interesse local. c) as normas gerais sobre registros pblicos. d) as que no so vedadas pela CF. e) a edio de normas especficas sobre comrcio interestadual. 15. (FCC - 2009 - TJ-PI - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) permitido aos Estados a) manter aliana com igrejas, desde que no seja a colaborao de interesse pblico. b) incorporar-se entre si para formarem novos Estados. c) recusar f aos documentos pblicos. d) criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si. e) renunciar sua autonomia, estabelecendo relao de dependncia com qualquer Municpio. 16. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio - rea Administrativa Especficos) A organizao judiciria do Distrito Federal realizada por meio de leis distritais, em razo de sua autonomia legislativa. ( )Certo ( )Errado

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17. (CESPE - 2010 - MS - Todos os Cargos) Os territrios federais so componentes da Federao. ( )Certo ( )Errado

18. (CESPE - 2007 - TRT - 9 REGIO (PR) - Analista Judicirio - rea Judiciria) Compete aos estados explorar diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de gs canalizado, na forma da lei, vedada a edio de medida provisria para a sua regulamentao. ( )Certo ( )Errado

19. (CESPE - 2011 - CNPQ - Analista em Cincia e Tecnologia Jnior Geral) Compete aos municpios a organizao e a prestao, de forma direta ou sob regime de concesso ou permisso, dos servios pblicos de transporte urbano coletivo local. ( )Certo ( )Errado

20. (CESPE - 2010 - TRT - 21 Regio (RN) - Analista Judicirio - rea Administrativa) Os municpios devem, obrigatoriamente, constituir guardas municipais destinadas preservao da ordem pblica e proteo de seus bens, servios e instalaes. ( )Certo ( )Errado

DO PODER EXECUTIVO CF, ARTS. 76 a 91


exercido, em mbito federal, pelo Presidente da Repblica, auxiliado pelos Ministros de Estado. Forma de Governo O conceito de forma de governo guarda relao com a maneira em que se d a relao entre governantes e governados. Existem duas formas de governo: a Repblica e a Monarquia. Vejam-se as diferenas bsicas entre cada uma delas:
REPBLICA Eletividade Temporalidade Representatividade popular (o povo escolhe seu representante) Responsabilizao dos governantes (inclusive por crime de responsabilidade impeachment) MONARQUIA Hereditariedade Vitaliciedade Ausncia de representatividade popular (o critrio para definio do rei a linhagem familiar) Inexistncia de responsabilidade dos governantes (the king can do no wrong o rei no pode errar).

A primeira Constituio brasileira (1824) previa a Monarquia como forma de governo. Entretanto, desde 1891, adotou-se a forma republicana de Governo. Com a CF/88 no foi diferente. Sistema de Governo O conceito de sistema de governo guarda relao ao modo em que se relacionam os Poderes Executivo e

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Legislativo. So dois os sistemas de governo, que tem, em resumo, estas diferenas:
PRESIDENCIALISMO Independncia entre os Poderes nas funes governamentais. PARLAMENTARISMO Regime de colaborao; de corresponsabilidade entre Legislativo e Executivo. Primeiro Ministro s permanece na chefia de governo enquanto possuir maioria parlamentar. Mandato dos parlamentares pode ser abreviado, caso haja a dissoluo do parlamento. Chefia do Executivo dual, j que exercida pelo Primeiro Ministro (chefe de governo), juntamente com o Presidente ou Monarca (chefes de estado). A responsabilidade do governo perante o parlamento.

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primeiro domingo de outubro, do ltimo ano anterior ao trmino do mandato vigente primeiro turno. ltimo domingo de outubro, do ltimo ano anterior ao trmino do mandato vigente segundo turno. No haver segundo turno se o candidato PR for eleito em primeiro turno, obtendo a maioria absoluta de votos, no computados os brancos e nulos. Durao do mandato Aps as alteraes trazidas pela EC 15/96, o mandato presidencial (e tambm dos governadores e prefeitos) de 04 anos, permitida uma reeleio, para o perodo subseqente. Impedimento e vacncia Nos casos de impedimento ou vacncia do cargo de PR, quem assume o cargo o Vice-PR, completando o mandato.
Se PR e Vice-PR deixarem de assumir o cargo no prazo de 10 dias fixado para a posse, o cargo ser declarado vago (salvo motivo de fora maior). Se PR ou Vice-PR ausentarem-se do Pas por prazo superior a 15 dias sem licena do CN perder o cargo.

Governantes (executivo e legislativo) possuem mandato certo.

H um s chefe do executivo (presidente ou monarca), que acumula as funes de chefe de estado e chefe de governo.

A responsabilidade do governo perante o povo.

O Brasil, embora tenha por tradio o sistema presidencialista, j teve dois perodos de parlamentarismo: o primeiro na poca do Imprio; o segundo, entre os anos de 1961 e 1963. Chefia de Estado x Chefia de Governo Em razo da escolha do sistema presidencialista de governo, o PR acumula as funes de Chefe de Estado e de Chefe de Governo. O PR age como Chefe de Estado quando representa o Brasil no plano internacional. Ex: celebrao de tratados internacionais; declarao de guerra; celebrao de paz. A funo de Chefe de Governo acontece quando o PR atua no plano interno, como chefe do Poder Executivo da Unio. Sejam exemplos: proposio de projeto de lei que aumento os vencimentos de determinado Ministrio, ou ainda, edio de Medida Provisria, dispondo sobre aumento de proventos de aposentadoria. Por ser Chefe de Estado, o PR (somente ele) tem a chamada imunidade relativa, o que significa que, durante a vigncia do mandato, o PR no responder por atos estranhos ao exerccio de suas funes . PR acumula as funes de Chefe de Estado e Chefe de Governo. Condies de elegibilidade Para se candidatar aos cargos de PR e Vice-PR deve-se preencher os seguintes requisitos: ser brasileiro nato; estar no pleno exerccio dos direitos polticos; alistamento eleitoral; filiao partidria (no possvel concorrer sem Partido Poltico); idade mnima de 35 anos; no ser inalistvel nem inelegvel. Processo eleitoral A data da eleio para PR e Vice-PR est definida na CF, sendo, atualmente:

Se houver vacncia dos cargos de PR e Vice-PR, a soluo ser a seguinte: Vacncia nos dois primeiros anos do mandato Faz nova eleio no prazo de 90 dias depois de aberta ltima vaga. * Eleio direta, com votao popular. Faz eleio no prazo de 30 dias, depois de aberta ltima vaga. * Eleio indireta, com votao do Congresso Nacional. (povo no escolhe o PR).

Vacncia ltimos mandato

nos dois anos do

ATRIBUIES DO PRESIDENTE DA REPBLICA As competncias do Presidente da Repblica esto descritas exemplificativamente (e no taxativamente) no art. 84 da Constituio, que traz a seguinte redao: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxlio dos Ministros de Estado, a direo superior da administrao federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituio; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos; b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos; VII - manter relaes com Estados estrangeiros e

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acreditar seus representantes diplomticos; VIII - celebrar tratados, convenes e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado de stio; X - decretar e executar a interveno federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasio da abertura da sesso legislativa, expondo a situao do Pas e solicitando as providncias que julgar necessrias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audincia, se necessrio, dos rgos institudos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Foras Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, promover seus oficiais-generais e nome-los para os cargos que lhes so privativos; XIV - nomear, aps aprovao pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territrios, o Procurador-Geral da Repblica, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da Unio; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituio, e o Advogado-Geral da Unio; XVII - nomear membros do Conselho da Repblica, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agresso estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sesses legislativas, e, nas mesmas condies, decretar, total ou parcialmente, a mobilizao nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecoraes e distines honorficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento previstos nesta Constituio; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior; XXV - prover e extinguir os cargos pblicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisrias com fora de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuies previstas nesta Constituio. Pargrafo nico. O Presidente da Repblica poder delegar as atribuies mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Repblica ou ao Advogado-Geral da Unio, que observaro os limites traados nas respectivas delegaes. RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPBLICA Alm dos crimes comuns, os detentores de altos cargos pblicos tambm podem praticar infraes poltico-

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administrativas que so chamadas responsabilidade (de natureza poltica). crimes de

No artigo 85, traz exemplos de crimes de responsabilidade. Nesse sentido, seriam crimes de responsabilidade os que atentem contra: A existncia da Unio; O livre exerccio do Poder Legislativo, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico e dos Poderes constitucionais das Unidades da Federao; O exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais; O segurana interna do Pas; A probidade (honestidade) da administrao; A lei oramentria; Descumprimento das leis e das decises judiciais. De acordo com o pargrafo nico do art. 85, os crimes de responsabilidade (impeachment ou impedimento) sero definidos em lei especial, que estabelecer as normas de processo e julgamento. A lei referida a Lei n 1.079/50 que, segundo o STF, foi recebida por ser compatvel com a Constituio. Foro competente para o julgamento do Presidente da Repblica Tanto nas acusaes por crime comum quanto nas por responsabilidade, o Presidente s pode ser julgado aps autorizao de 2/3 (dois teros) da Cmara dos Deputados. Cumprida tal exigncia, passa-se fase seguinte: NAS INFRAES PENAIS COMUNS, o Presidente julgado pelo Supremo Tribunal Federal, consoante dispe o art. 102, I, b, da CF. Devem ser feitas duas ponderaes: a primeira, no sentido de que para o efeito de demarcao da competncia penal originria do STF por prerrogativa de funo, consideram-se comuns os crimes eleitorais (RCL 555/PB). A segunda, no sentido de que no compete ao STF julgar ao popular ou ao civil pblica contra o Presidente da Repblica. A competncia desse Tribunal fica restrita s infraes penais comuns (crimes + contravenes). NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE, o Presidente ser julgado pelo Senado Federal. Nesse caso, eventual condenao no pode ser revista pelo STF. Hipteses de afastamento do Presidente da Repblica O Presidente ficar suspenso de suas funes: nas infraes penais comuns, se recebida a denncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; nos crimes de responsabilidade, aps a instaurao do processo pelo Senado Federal. No intuito de evitar o afastamento indeterminado do Presidente, o 2 do art. 85 traz a regra segundo a qual se, decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta dias), o julgamento no estiver concludo, cessar o afastamento do Presidente, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo. Restries priso do Presidente da Repblica Enquanto no sobrevier sentena condenatria, nas infraes comuns, o Presidente da Repblica no estar sujeito a priso. Note-se que mesmo em caso de flagrante delito no h hiptese de priso. A regra constitucional no autoriza

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prises cautelares, em razo da importncia do cargo ocupado. MINISTROS DE ESTADO Consta no art. 87 que os Ministros de Estado sero escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um) anos e no exerccio dos direitos polticos. Impende ressaltar que o nico Ministro de Estado que necessariamente deve ser brasileiro nato o da Defesa. Assim, mesmo o Ministro das Relaes Exteriores pode ser naturalizado. Atribuies dos Ministros de Estado Compete ao Ministro de Estado, alm de outras atribuies estabelecidas nesta Constituio e na lei: Exercer a orientao, coordenao e superviso dos rgos e entidades da administrao federal na rea de sua competncia e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da Repblica; Expedir instrues para a execuo das leis, decretos e regulamentos; Apresentar ao Presidente da Repblica relatrio anual de sua gesto no Ministrio; Praticar os atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da Repblica. O art. 88, na redao dada pela EC 32/01, diz que a lei dispor sobre a criao e extino de Ministrios e rgos da administrao pblica. Vale lembrar que o Presidente da Repblica pode, por meio de decreto, dispor sobre a organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos.
QUESTES SOBRE O TEMA PODER EXECUTIVO

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Legislativo, para que no haja rompimento do pacto federativo. e) Em qualquer hiptese, deve ser convocada nova eleio presidencial, seja pela via direta, seja pela indireta, assumindo o presidente do Senado Federal provisoriamente a Presidncia da Repblica, e, nas ausncias deste, a chefia do Poder Executivo deve ser ocupada pelo presidente da Cmara dos Deputados. 2. (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Analista Judicirio - Execuo de Mandados) A infrao poltico-administrativa, definida em Lei, praticada pelo Presidente da Repblica no desempenho da funo que atente contra o livre exerccio dos Poderes do Estado classificada de crime a) comum. b) de responsabilidade. c) ditatorial. d) hediondo. e) ordinrio. 3. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polcia) Considere que o presidente da Repblica do Brasil, no exerccio de suas funes, venha a cometer infrao penal comum. Nesse caso, luz da CF, assinale a opo correta. a) O presidente ficar suspenso de suas funes, se oferecida a denncia ou queixa-crime pelo Senado Federal. b) Se, decorrido o prazo de cento e vinte dias, o julgamento no estiver concludo, cessar o afastamento do presidente, e o processo ser arquivado. c) Enquanto no sobrevier sentena condenatria, o presidente da Repblica no estar sujeito priso. d) Na vigncia de seu mandato, o presidente no responder pela infrao penal cometida. e) O presidente ficar suspenso de suas funes, se recebida a denncia ou queixa-crime pelo STJ. 4. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO Advogado) Compete privativamente ao Presidente da Repblica a) aprovar o estado de defesa e a interveno federal, autorizar o estado de stio, ou suspender qualquer uma dessas medidas. b) resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional. c) decretar e executar a interveno federal. d) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa. e) mudar temporariamente a sede do Congresso Nacional.

1. (CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judicirio - rea Administrativa) A CF trata de forma detalhada da sucesso presidencial, nos casos de vacncia e impedimento do chefe do Poder Executivo. Acerca desse assunto, assinale a opo correta. a) O vice-presidente eleito juntamente com o presidente da Repblica, pois os votos por ele recebidos se somam aos recebidos por seu companheiro de chapa, definindose assim o resultado da eleio. b) Se os cargos de presidente e vice-presidente da Repblica vierem a ficar vagos, responde pela presidncia da Repblica o presidente do Congresso Nacional, e deve ser feita a eleio de novos presidente e vice-presidente da Repblica para um mandato-tampo. c) No caso de impedimento concomitante do presidente e do vice-presidente da Repblica, quem ocupar provisoriamente a Presidncia da Repblica ser o presidente da Cmara dos Deputados, e a eleio dos novos chefes da nao se dar por eleio popular direta, se ambos os cargos tiverem ficado vagos antes de se completarem dois anos de mandato presidencial. d) Com a vacncia concomitante da Presidncia e da Vice- Presidncia da Repblica, o presidente da Cmara dos Deputados assume a Presidncia da Repblica para um mandato-tampo, pois a CF estabelece que a eleio presidencial deve ocorrer conjuntamente com a dos governadores dos estados e dos membros do Poder

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5. (FMP-RS - 2008 - MPE-MT - Promotor de Justia) Assinale a alternativa correta. a) O Presidente da Repblica, na vigncia de seu mandato, no pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funes. b) Nos crimes de responsabilidade sero julgados pelo Senado Federal o Presidente da Repblica, o AdvogadoGeral da Unio e os membros dos Tribunais Superiores. c) O Governador de Estados, nas infraes penais comuns julgado pelo Tribunal de Justia. d) Os Prefeitos Municipais so julgados pelo Tribunal de Justia, inclusive nos crimes eleitorais. e) O Presidente da Repblica no poder ser preso, salvo em flagrante de crime inafianvel. 6. (FUNIVERSA - 2009 - SEPLAG-DF - Analista Planejamento e Oramento) Acerca do Poder Executivo, assinale alternativa incorreta. a) No regime brasileiro, de Repblica Federativa presidencialista, o presidente da Repblica , ao mesmo tempo, chefe de Estado e chefe de governo. b) O Poder Executivo exercido pelo presidente da Repblica e pelos ministros de estado. c) O presidente da Repblica tambm atua no controle de constitucionalidade das leis. d) O presidente da Repblica e o seu vice no podero, sem licena do Congresso Nacional, ausentar-se do pas por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. e) Compete ao presidente da Repblica decretar estado de stio e estado de defesa. O estado de stio s poder ser decretado se o Congresso Nacional autorizar por meio de decreto legislativo. 7. (FCC - 2011 - TRT - 24 REGIO (MS) - Analista Judicirio - rea Judiciria) No que concerne responsabilidade do Presidente da Repblica, INCORRETO afirmar: a) Admitida a acusao, por dois teros da Cmara dos Deputados, ser ele submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. b) Admitida a acusao, por dois teros da Cmara dos Deputados, ser ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infraes penais comuns. c) Nos casos de infraes penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e vinte dias, o julgamento no estiver concludo, cessar o afastamento do Presidente, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo. d) Enquanto no sobrevier sentena condenatria, nas infraes comuns, o Presidente da Repblica no estar sujeito priso. e) Na vigncia de seu mandato, no pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funes. 8. (FCC - 2007 - TRF - 1 REGIO - Tcnico Judicirio rea Administrativa) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente da Repblica, ou vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccio da Presidncia, o Presidente a) do Senado Federal, o da Cmara dos Deputados e o do Conselho de Defesa Nacional.

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b) do Congresso Nacional, o do Supremo Tribunal Federal e o do Senado Federal. c) do Supremo Tribunal Federal, o do Senado Federal e o do Congresso Nacional. d) da Cmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. e) do Conselho da Repblica, o do Congresso Nacional e o do Senado Federal. 9. (FCC - 2010 - TRT - 22 Regio (PI) - Analista Judicirio rea Judiciria) Quanto as responsabilidades do Presidente da Repblica, estabelece a Constituio Federal, alm de outras, que a) os atos do Presidente da Repblica que atentem contra a Constituio Federal e, especialmente, contra a lei oramentria, so crimes de responsabilidade. b) ficar suspenso de suas funes, nos crimes de responsabilidade, se recebida a denncia ou queixacrime pelo Superior Tribunal de Justia. c) ficar suspenso de seu cargo, nas infraes penais comuns, aps a instaurao do processo pelo Congresso Nacional. d) se, decorrido o prazo de noventa dias, o julgamento no estiver concludo, permanecer afastado, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo. e) nas infraes comuns estar sujeito a priso, mesmo que no haja sentena condenatria. 10. (FCC - 2010 - TRT - 9 REGIO (PR) - Analista Judicirio Fisioterapia) Tendo em vista as atribuies do Presidente da Repblica, considerada como sua competncia privativa a) nomear, aps aprovao pelo Supremo Tribunal Federal, os Ministros dos Tribunais Superiores. b) prestar contas, anualmente, Cmara dos Deputados, dentro de noventa dias, aps abertura da sesso legislativa preparatria. c) convocar e presidir o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional. d) designar os Ministros do Tribunal de Contas da Unio e os Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados. e) criar e extinguir cargos, funes e empregos pblicos de qualquer esfera governamental. 11. (CESPE - 2005 - TRT-16R - Analista Judicirio rea Judiciria) So de iniciativa privativa do presidente da Repblica as leis que disponham sobre a organizao do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica da Unio, bem como as normas gerais para a organizao do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica dos estados, do DF e dos territrios. ( )Certo ( )Errado

12. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judicirio Direito - rea Judiciria especficos) As competncias privativas atribudas ao presidente da Repblica pelo texto constitucional no podem, pela sua natureza, em nenhuma hiptese, ser objeto de delegao. ( )Certo ( )Errado

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13. (CESPE - 2010 - TRT - 21 Regio (RN) - Analista Judicirio - rea Administrativa) A Constituio Federal de 1988 concede ao presidente da Repblica a prerrogativa de celebrar tratados, convenes e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. ( )Certo ( )Errado

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14. (CESPE - 2010 - TRT - 21 Regio (RN) - Analista Judicirio - rea Administrativa) O presidente da Repblica somente pode ser processado, seja por crime comum, seja por crime de responsabilidade, aps o juzo de admissibilidade da Cmara dos Deputados, que necessita do voto de dois teros de seus membros para autorizar o processo. ( )Certo ( )Errado

15. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judicirio Taquigrafia) Segundo a CF, compete privativamente ao presidente da Repblica dispor mediante decreto autnomo acerca da criao ou extino de rgos pblicos. ( )Certo ( )Errado

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