Idoso Ua1 Mod1
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Olhe para si mesmo, para seus pais, seus avs e seus filhos, sobrinhos, vizinhos, amigos. Como voc percebe os mais velhos? Responda ao teste que segue e veja como est a sua percepo das pessoas idosas.
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ENVELHECIMENTO
SADE
DA
PESSOA IDOSA
Total:
Interpretao do resultado Quanto mais elevado for o escore, mais elevada a adeso aos esteretipos negativos. Entre 75 e 100, sua adeso aos esteretipos negativos elevada. Entre 50 e 75, voc ainda tem tendncia a ver a pessoa idosa de forma estereotipada. Entre 25 e 50, voc se mantm no limiar dos esteretipos. De 0 a 25, voc tem uma percepo menos estereotipada da pessoa idosa.
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Atividade 1 Responda s seguintes perguntas e envie ao tutor. a) O que significa ser velho para voc? Justifique. b) Comente o resultado de seu teste. c) Faa um levantamento dos preconceitos relativos pessoa idosa, perguntando aos seus familiares, amigos e colegas de trabalho o que ser velho? Compare os resultados de sua pesquisa com as afirmaes do teste de percepo. d) Escreva o que voc entende por preconceito. e) Procure, em duas fontes, a definio de preconceito, citando-as.
Leia tambm: Riqueza e misria do trabalho no Brasil, de Ricardo Antunes (Org.), 2006. Os livros de Laura Tavares (2003) O desastre social; e de Reinaldo Gonalves (2003) O n econmico podem ajudar a refletir sobre as novas condies sociais do envelhecimento. O ltimo captulo do livro A poltica social do estado capitalista, de Vicente de Paula Faleiros (2001), trata do neoliberalismo.
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SADE
DA
PESSOA IDOSA
Atividade 2 a) Responda s seguintes questes e envie para o tutor. Que mudanas na economia e na sociedade, que afetam a histria de Joana, voc pode destacar?
Monte um genograma ou rvore familiar de Dona Joana, conforme o Caderno de ateno bsica Envelhecimento e sade da pessoa idosa volume 19, pgina 171. Voc percebe alguma diferena entre o envelhecimento que ocorre em rea urbana e rea rural? Justifique sua resposta.
b) Participe do frum que ser organizado pelo seu tutor.
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[...] medida que se envelhece, a rede pessoal social sofre mais perdas ao mesmo tempo em que as oportunidades de substituio para estas perdas se reduzem drasticamente. Alm disso, os esforos que preciso despender para manter uma conduta social ativa so maiores, a dificuldade para se mobilizar e para se mover maior, e a acuidade sensorial reduzida, o que diminui as habilidades e, em longo prazo, o interesse em expandir a rede [...] Com o desaparecimento de vnculos com pessoas da mesma gerao, desaparece boa parte dos apoios da histria pessoal [...] Parte da experincia de depresso que parece se instalar em muitos velhos de maneira opressiva emana da solido e da conseqente perda de papis (SLUZKI, 1997, p. 117-118).
Neste sentido, a velhice traria uma trplice perda: a do trabalho, a da sade e a da rede social, devendo-se trat-la como gesto das perdas, com compensaes para uma pequena renda, um consolo para a falta de renda, medicamentos ou abrigo. Em contraposio ao conceito de velhice como gesto de perdas, propomos que a velhice seja vista como uma relao biopsicossocial, que envolve as trajetrias individuais, familiares, sociais e culturais ao longo do tempo de vida, num entrecruzamento de trabalho/no trabalho; reproduo/infertilidade; normas e papis de utilidade/inutilidade, defasagem/sabedoria, de isolamento/integrao, perdas e ganhos, e de condies de exerccio da autonomia/dependncia, e de projetos pessoais. Assim, a velhice no uma categoria homognea para todos e nem um processo de via nica, situando-se nas transies contraditrias das mudanas demogrfica, social, cultural e epidemiolgica de cada povo. A seguir, apresentamos o conceito de velhice em trs diferentes ticas.
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ENVELHECIMENTO
SADE
DA
PESSOA IDOSA
A chamada terceira idade e os movimentos que se organizam em torno dela indicam mudanas radicais no envelhecimento, que deixa de ser compreendido como decadncia fsica, perda de papis sociais e retraimento. O nmero de programas para a terceira idade no pas - como os grupos de convivncia, as escolas abertas e as universidades - cresceu de maneira impressionante. Neles, as etapas mais avanadas da vida so consideradas momentos propcios para novas conquistas, guiadas pela busca do prazer e da satisfao pessoal. As experincias vividas e os saberes acumulados so ganhos que oferecem oportunidades de realizar projetos abandonados em outras pocas e estabelecer relaes mais profcuas com o mundo dos mais jovens e dos mais velhos. Encorajando a busca da auto-expresso e a explorao de identidades de um modo que era exclusivo da juventude, esse movimento est abrindo espaos para que a experincia de envelhecimento possa ser vivida de maneira inovadora. Contudo o nosso entusiasmo com a terceira idade e o sucesso desse movimento no podem impedir o reconhecimento da precariedade dos mecanismos de que a sociedade brasileira dispe para lidar com a velhice avanada, com as situaes de abandono e de dependncia, com a perda das habilidades cognitivas, fsicas e emocionais que acompanham o avano da idade.
Para a sociedade, a velhice aparece como uma espcie de segredo vergonhoso, do qual indecente falar (...). Com relao s pessoas idosas, essa sociedade no apenas culpada, mas criminosa. Abrigada por trs dos mitos da expanso e da abundncia, trata os velhos como prias. (1990:8).
a) Apresentamos concepes diferenciadas de velhice e envelhecimento. Com qual (quais) voc mais se identificou? Por qu? b) Lembrando-se da frase de Gabriel Garcia Mrquez: La edad no es la que uno tiene sin la que uno siente ou seja A idade no a que a gente tem, mas a que a gente sente. (GARCIA MRQUEZ, 2004, p.61):
Entreviste duas pessoas idosas, de sexo diferente, que residam no territrio onde voc atua, obedecendo ao seguinte roteiro: idade, sexo; com quem mora?; independente fisicamente?; participa de atividades sociais?; o senhor ou a senhora se sente velho? por qu? Comente as duas entrevistas luz dos conceitos apresentados. Envie para o tutor (entrevista e comentrios). Participe do frum que o tutor ir organizar sobre as entrevistas.
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Para refletir Leia e reflita sobre o poema A vida, de Mario Quintana, cujos versos iniciais apresentamos a seguir. Voc pode acessar este poema na ntegra, na pgina eletrnica http://www.amoremversoeprosa.com/imortais/156avida. htm ou no livro Poesias (QUINTANA, 1977). A vida Mario Quintana A vida so deveres que ns trouxemos pra fazer em casa Quando se v, j so seis horas! Quando se v, j terminou o ano... Quando se v, passaram-se 50 anos! [...]
Fonte: Mario Quintana (1997).
Referncias
BEAUVOIR, Simone de. A velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. BRASIL. Ministrio da Sade. Envelhecimento e sade da pessoa idosa. Braslia, 2006.p.171. (Caderno de ateno bsica, 19). DEBERT, Guita. Trs questes sobre a terceira idade. Disponvel em: <http://www.deidade.com.br/ entrevistas.html>. Acesso em: 24 abr. 2007. DUB, Denise. Humaniser la vieillesse. Traduo: Vicente Faleiros. Qubec: Editions MultiMondes, 2006. FALEIROS, V. P. Os conselhos do idoso: controle social e democracia participativa. In: FALEIROS, V. P. (Org.); LOUREIRO, A. M. L. (Org.). Desafios do envelhecimento: vez, sentido e voz. Braslia: Universa, 2006.v.1, p. 87-110. ______. A poltica social do estado capitalista. 10.ed. So Paulo: Cortez, 2007. ______; REBOUAS, M. Gesto social por sujeito/idade na velhice. In: FALEIROS, V. P. (Org.); LOUREIRO, A. M. L. (Org.). Desafios do envelhecimento: vez, sentido e voz. Braslia: Universa, 2006. v. 1, p. 111138. GARCA MRQUEZ, Gabriel. Memria de minhas putas tristes. Buenos Aires: Sudamericana, 2004. GOLDMAN, Sara. Universidade para terceira idade: uma lio de cidadania. [S.l.]: Elgica, 2003. p. 71.
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LEME, L. E. G.; SILVA, P. S. C. P. O idoso e a famlia. In: PAPALEO NETTO, M. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em viso globalizada. So Paulo: Atheneu, 2002. p.92-97. QUINTANA, Mario. Poesias. Porto Alegre: Ed. Globo, 1977. SLUZKI, C. E. A rede social na prtica sistmica: alternativas teraputicas. So Paulo: Casa do Psiclogo, 1997.
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