A Influência Na Formação Universitária Do Professor de Educação Física A Emegência de Uma Disciplina
A Influência Na Formação Universitária Do Professor de Educação Física A Emegência de Uma Disciplina
A Influência Na Formação Universitária Do Professor de Educação Física A Emegência de Uma Disciplina
A INFNCIA NA FORMAO UNIVERSITRIA DO PROFESSOR DE EDUCAO FSICA: A EMERGNCIA DE UMA DISCIPLINA! Dissertao de mestrado apresentada ao Programa de Ps-graduao em Educao, Centro de Cincias da Educao, Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito final para a obteno do ttulo de Mestre em Educao, na Linha de Pesquisa Educao e Infncia. Orientadora: Profa. Dra. Jucirema Quinteiro.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CINCIAS DA EDUCAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAO
Dissertao submetida ao Colegiado do Curso de Mestrado em Educao do Centro de Cincias da Educao em cumprimento parcial para a obteno do ttulo de Mestre em Educao.
APROVADA PELA COMISSO EXAMINADORA em 27/8/2009 Dra. Jucirema Quinteiro (CED/UFSC-Orientadora) Dr. Maurcio Roberto da Silva (CDS/UDSC-Examinador) Dra. Diana Carvalho de Carvalho (CED/UFSC-Examinadora) Dra. Maria Isabel Batista Serro (CED/UFSC-Examinadora) Dra. Iracema Soares de Sousa (CDS/UFSC-Suplente)
CECLIA DA SILVA
Mais preciso ter fora preciso ter raa preciso ter gana sempre (...) Mas preciso ter manha preciso ter graa preciso ter sonho sempre (Milton Nascimento)
Dedico este trabalho s mulheres da minha vida: minha irm Ana, minha me Clia e minha v Zulma, por tudo que me ensinaram na vida e pela fora com que me impulsionaram para a realizao deste sonho.
AGRADECIMENTOS minha orientadora Jucirema Quinteiro, pela dedicao na orientao desta pesquisa, transcendendo sua carga horria, me orientando, muitas vezes, no horrio do almoo e nos finais de semana, e transcendendo ainda, o espao desta universidade, me acolhendo em sua casa nas frias. Agradeo tambm por depositar confiana em mim e me impulsionar no campo da pesquisa. Ainda, agradeo pelas conversas que extrapolaram a orientao, momentos estes que me fizeram dar boas risadas, mas que, especialmente, me fizeram refletir sobre muitas coisas... Ao professor Maurcio Roberto da Silva, por aceitar o convite para participar da banca de defesa desta dissertao, mas, sobretudo, pela grande contribuio que marcou minha formao acadmica na Educao Fsica. professora Maria Isabel Batista Serro, pelas contribuies na banca de qualificao, por aceitar o convite para participar da banca de defesa, mesmo estando afastada do Pas para psdoc e, especialmente, pelo exemplo profissional no mbito da formao universitria de professores. professora Diana Carvalho de Carvalho, por aceitar o convite para participar da banca de defesa desta dissertao. professora Iracema Soares de Sousa, pelas contribuies no exame de qualificao. Ao GEPIEE, pelos debates e embates que contriburam sobremaneira para a realizao desta pesquisa. Aos professores do mestrado. Em especial, Eneida Oto Shiroma, Carlos Eduardo Reis e Paulo Tumolo, pela contribuio na formao acadmica, poltica e de pesquisa. Aos colegas do mestrado. Em especial, s colegas da linha de pesquisa Educao e Infncia (Cristina, Isabel, Isabela e Rute), pelas discusses e contribuies. Carol Ruiva, pelo compartilhamento de tarefas no levantamento nas revistas da rea da Educao. Carol Morena, pela amizade. Aos colegas da Bahia, Amlia e David, por contriburem marcadamente em minha formao poltica e por se tornarem importantes amigos. professora Luciana Fiamoncini por disponibilizar o plano de ensino da disciplina Educao Fsica na Infncia e me convidar para participar de um debate com os estudantes do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. Ao PPGE, pela acolhida. CAPES, pela concesso de sete meses de bolsa de estudos. Aos funcionrios do CDS, em especial Cris e Srgio, por disponibilizar vrios documentos indispensveis para a realizao desta pesquisa. Lucyelena Amaral Picelli, por disponibilizar sua dissertao via correio eletrnico.
minha prima Francine, por fazer o abstract desta pesquisa. Ao professor Giovani De Lorenzi Pires, por estar sempre disposto a auxiliar, servindo como uma espcie de google da Educao Fsica. Sempre quando me questionava sobre algo, ia at sua sala e sempre saa de l com algumas respostas ou, pelo menos, indicativos. Ao grupo PET Educao Fsica da UFSC, por me acolher, mesmo depois da graduao (Afinal, eu levei a srio a expresso Uma vez petiana; sempre petiana!). Aos colegas do MNCR, pela formao, pela luta e pela amizade. Ao Grupo de Estudos sobre o Materialismo Histrico Dialtico (GEMHD), pelo importante espao de discusso. Aos colegas do SINTRASEM, pela experincia que me fez compreender que a formao poltica se d na luta. Creche Orlandina Cordeiro, pela oportunidade, confiana e formao. s profissionais da Creche Morro da Queimada por compreenderem minhas faltas, e por s vezes, mesmo no entendendo o que eu fazia dizendo tens tempo, valorizaram meu trabalho. s profissionais da Creche Morro do Mocot, pela acolhida, valorizao e compreenso sobre minhas ausncias. Vocs so especiais! Eu me sinto parte deste grupo! Aos funcionrios da Diretoria de Educao Infantil, por contriburem comprando meus artesanatos, que me financiaram durante algum tempo. Ao grupo GESTOS, pelo apoio, amizade e por agentar meus momentos como anda minha dissertao. minha me Clia, pelo incansvel incentivo e dedicao. Pelos cafs levados at a mesa do computador. Por se privar, algumas vezes, de ouvir o jogo do Ava pelo rdio, para no fazer barulho, pois eu estava estudando. Por compreender meu mau humor matinal. Enfim, por ser a me to especial que ela . Ao meu pai Fbio que, mesmo parecendo imparcial, sei que nutre um orgulho por mim. minha irm Ana, pelo incentivo essencial nesta pesquisa. Por ler os meus textos e tentar contribuir de alguma maneira. Por auxiliar na venda de meus artesanatos, quando eu estava sem bolsa de estudos. Pelos passeios, conversas, risadas e choros compartilhados. minha v Zulma, pelo exemplo de garra e ternura. Por me dar uma mquina de costura, falando que eu tinha que parar de estudar e costurar, pois a costureira dela ganhava muito mais que eu, mas, ao mesmo tempo, me incentivando e nutrindo um carinho e orgulho muito especial por mim. minha prima Bi, colega de profisso, por confiar em mim no somente como prima e amiga, mas como pesquisadora.
s minhas primas Flvia e Jaque, por compartilhar conversas sobre a profisso docente. Ao Ego por ter sido meu companheiro e namorado nesses anos. famlia Smaniotto e Mascherin pela valorizao e pelas festas divertidssimas de final de ano. minha amiga Fabi, por sua amizade e por ser, muitas vezes, meu refgio. todos que no esto citados nomeadamente aqui, mas que de alguma maneira contriburam para a realizao desta pesquisa.
Para os que viro Como sei pouco, e sou pouco, fao o pouco que me cabe me dando inteiro. Sabendo que no vou ver o homem que quero ser. J sofri o suficiente para no enganar a ningum: principalmente aos que sofrem na prpria vida, a garra da opresso, e nem sabem. No tenho o sol escondido no meu bolso de palavras. Sou simplesmente um homem para quem j a primeira e desolada pessoa do singular - foi deixando, devagar, sofridamente de ser, para transformar-se - muito mais sofridamente na primeira e profunda pessoa do plural. No importa que doa: tempo de avanar de mo dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar. tempo sobretudo de deixar de ser apenas a solitria vanguarda de ns mesmos. Se trata de ir ao encontro. ( Dura no peito, arde a lmpida verdade dos nossos erros. ) Se trata de abrir o rumo. Os que viro, sero povo, e saber sero, lutando. (Thiago de Mello)
RESUMO Esta pesquisa busca analisar o lugar que ocupa a infncia, entendida como condio social de Ser criana, no mbito da formao universitria do professor de Educao Fsica, mediante um rigoroso levantamento e um exerccio de anlise sobre a produo cientfica existente na rea da Educao Fsica, no perodo de 1979 a 2007, bem como, das reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da Universidade Federal de Santa Catarina, pautada nos elementos da perspectiva scio-histrica (Karel Kosik; George Snyders; Miriam Limoeiro Cardoso; Marlia Gouva de Miranda; Jucirema Quinteiro; Coletivo de Autores; Celi Nelza Zulke Taffarel). Como resultados desta pesquisa destacam-se: a formao universitria do professor de Educao Fsica recente e ainda marcada pelo carter autoritrio que a constituiu; conseqentemente, as presenas das categorias criana e infncia apresentam-se indistintamente e caracterizam-se pelas perspectivas naturalizantes e idealistas. Finalmente, as questes concernentes infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica, apresentam-se limitadas a uma disciplina, e dentro desta disciplina, circunscritas Educao Infantil. Palavras-chave: Infncia; Criana; Formao Universitria de Professores; Educao Fsica.
ABSTRACT This research pursuits to analyze the place that childhood occupies, understood as the social condition of Being a child, in the ambit of the university formation of the Physical Education Professor, through a rigorous data gathering and an analyze exercise about the scientific production existent in the Physical Education area, in the period from 1979 to 2007, as well as the curricular reform of the graduation course in Physical Education of the Federal University of Santa Catarina, guided by the perspective of social and historical elements (Karel Kosik; George Snyders; Miriam Limoeiro Cardoso; Marlia Gouva de Miranda; Jucirema Quinteiro; Coletivo de Autores; Celi Nelza Zulke Taffarel). As a result of this research it is possible to highlight: the university formation of the Physical Education Professor is recent and still marked by the authoritarian aspect in which it was constituted; therefore, the presence of the categories child and childhood are characterized by the idealist and natural perspectives, and finally, the issues concerning childhood in the university formation of the Physical Education Professor, present themselves limited to a discipline and inside this discipline, circumscribed in Children Education. Key words: Childhood; Child; University Formation of Professors; Physical Education.
LISTA DE QUADROS QUADRO 1 Teses e dissertaes sobre Educao Fsica, Formao de Professores e Infncia 1987 a 2007.......................................................................................................................................... 60 QUADRO 2 Teses e dissertaes sobre Educao Fsica, Formao de Professores e Criana - 1987 a 2007.......................................................................................................................................... 61 QUADRO 3 Teses e dissertaes sobre Educao Fsica, Infncia e Criana - 1987 a 2007...................... 63 QUADRO 4 Dissertaes selecionadas para a anlise sobre as relaes entre Educao Fsica, Infncia e Criana..................................................................................................................................... 64 QUADRO 5 Criana e infncia nos artigos em peridicos na rea da Educao Fsica - 1970 a 2007....... 71 QUADRO 6 Trabalhos dos CONBRACEs que possuem em seu ttulo e/ou resumo e/ou palavras-chave as categorias criana(s) e/ou infncia(s), no perodo de 1997 a 2007.......................................... 76 QUADRO 7 Trabalhos selecionados dos CONBRACEs, no perodo de 1997 a 2007, distribudos pelos GTTs ...................................................................................................................................... 78 QUADRO 8 Disciplinas da segunda e da terceira grade curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC ....................................................................................................................... 97
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LISTA DE GRFICOS GRFICO 1 Trabalhos selecionados dos CONBRACEs, no perodo de 1997 a 2007, em valores absolutos................................................................................................................................... 81 GRFICO 2 Trabalhos selecionados dos CONBRACEs, no perodo de 1997 a 2007, em valores relativos.................................................................................................................................... 81
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABE Associao Brasileira de Educao ANPEd Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao CAPES Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CBCE Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte CDC Conveno dos Direitos da Criana CDS Centro de Desportos CFE Conselho Federal de Educao CNE Conselho Nacional de Educao CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico CONBRACE Congresso Brasileiro de Cincias do Esporte CONBRACEs Congressos Brasileiros de Cincias do Esporte CONFEF Conselho Federal de Educao Fsica CREF Conselho Regional de Educao Fsica CREFs Conselhos Regionais de Educao Fsica DEF Departamento de Educao Fsica ECA Estatuto da Criana e do Adolescente ENADE Exame Nacional de Desempenho do Estudante ENEEF Encontro Nacional dos Estudantes de Educao Fsica ES Esprito Santo FBME Federao Brasileira de Medicina do Esporte GEPIEE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Infncia, Educao e Escola GO Gois GT Grupo de Trabalho GTs Grupos de Trabalho GTT Grupo de Trabalho Temtico GTTs Grupos de Trabalhos Temticos IES Instituies de Ensino Superior INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais JINEF Jogos Internos da Educao Fsica LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LEPEL Linha de Estudo e Pesquisa em Educao Fsica, Esporte e Lazer MEC Ministrio da Educao
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MEEF Movimento Estudantil de Educao Fsica MG Minas Gerais MNCR Movimento Nacional Contra a Regulamentao do Profissional de Educao Fsica MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra NEPEF Ncleo de Estudos Pedaggicos da Educao Fsica PA Par PCNs Parmetros Curriculares Nacionais PE - Pernambuco PET Programa de Educao Tutorial PPCC Prtica Pedaggica como Componente Curricular PPGE Programa de Ps-Graduao em Educao PPGEF Programa de Ps-Graduao em Educao Fsica PPP Projeto Poltico Pedaggico RA Reunio Anual RAs Reunies Anuais RBCE Revista Brasileira de Cincias do Esporte RBCEs Revistas Brasileiras de Cincias do Esporte RJ Rio de Janeiro SC Santa Catarina SESu/MEC Secretaria de Ensino Superior do Ministrio da Educao SINAES Sistema Nacional de Avaliao do Ensino Superior SP So Paulo UEM Universidade Estadual de Maring UFBA Universidade Federal da Bahia UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UFSM Universidade Federal de Santa Maria UFU Universidade Federal de Uberlndia UGF Universidade Gama Filho UNESCO Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura UNICAMP Universidade Estadual de Campinas UNICEF Fundo das Naes Unidas para a Infncia USP Universidade Estadual de So Paulo
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SUMRIO INTRODUO ........................................................................................................... 1 A FORMAO (UNIVERSITRIA) DO PROFESSOR DE EDUCAO FSICA NO BRASIL: DA APTIDO FSICA CULTURA CORPORAL 2 A INFNCIA NA EDUCAO FSICA NO MBITO DA PESQUISA EDUCACIONAL BRASILEIRA .............................................................................. 2.1 A INFNCIA NA EDUCAO FSICA: UMA ANLISE DA PRODUO ACADMICA BRASILEIRA ...................................................... 2.1.1 Caractersticas do estgio atual da produo sobre infncia na Educao Fsica: qual o lugar da formao universitria do professor? . 2.2 ARTIGOS EM PERIDICOS: AUMENTA A PRODUO, AS TEMTICAS SE DIVERSIFICAM E A INFNCIA ADQUIRE 71 VISIBILIDADE COMO CATEGORIA DE PESQUISA ................................... 2.3 ANAIS DOS CONBRACES E AS IDIAS CIRCULANTES DE INFNCIA ........................................................................................................... 3 A INFNCIA NA FORMAO UNIVERSITRIA DO PROFESSOR DE EDUCAO FSICA: A EMERGNCIA DE UMA DISCIPLINA! .................... 3.1 1974 - CRIAO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA DA UFSC: PRIMEIRA GRADE CURRICULAR ................................ 3.2 1988 - REFORMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA DA UFSC: SEGUNDA GRADE CURRICULAR ................................ 3.3 2005 - REFORMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA DA UFSC: TERCEIRA GRADE CURRICULAR ................................ 3.4 A EMERGNCIA DE UMA DISCIPLINA: A EDUCAO FSICA NA INFNCIA ......................................................................................................... 101 89 85 83 83 76 65 60 52 35 15
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APNDICES ................................................................................................................ 127 APNDICE A Levantamento dos artigos das revistas selecionadas da rea da Educao Fsica sobre a criana e a infncia ....................................................... APNDICE B Trabalhos selecionados das edies do CONBRACE, no perodo de 1997 a 2007, distribudos pelos GTs ................................................ ANEXOS ...................................................................................................................... ANEXO A Dissertaes e Testes coligidas no Banco de Teses da CAPES, a partir das palavras-chave Educao Fsica, Formao de Professores e Infncia ANEXO B Dissertaes e Testes coligidas no Banco de Teses da CAPES, a partir das palavras-chave Educao Fsica, Formao de Professores e Criana ANEXO C - Dissertaes e Testes coligidas no Banco de Teses da CAPES, a partir das palavras-chave Educao Fsica, Infncia e Criana ........................... ANEXO D - Resumos das dissertaes da amostra coligidos no Banco de Teses da CAPES .................................................................................................. ANEXO E Primeira Grade Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC .................................................................................... 176 ANEXO F Segunda Grade Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC .................................................................................................... ANEXO G Terceira Grade Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC .................................................................................... 184 ANEXO H Programa de Ensino da Disciplina Educao Fsica na Infncia 189 179 173 167 160 158 140 158 127
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INTRODUO
O incio da elaborao crtica a conscincia daquilo que somos realmente, isto , um conhece-te a ti mesmo como produto do processo histrico at hoje desenvolvido, que deixou em ti uma infinidade de traos recebidos sem benefcio no inventrio. Deve-se fazer, inicialmente, este inventrio. (Gramsci)
Esta pesquisa busca analisar o lugar que ocupa a infncia, entendida como condio social de ser criana, no mbito da formao universitria do professor de Educao Fsica, mediante um rigoroso levantamento e um exerccio de anlise sobre a produo cientfica existente na rea da Educao Fsica, no perodo de 1979 a 2007, bem como, das reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Dentre as razes que levaram a pesquisadora a eleger este problema de investigao destacam-se trs: a primeira refere-se a prpria formao docente em Educao Fsica, que colocou-a de frente para a complexidade da formao do professor e os desafios do exerccio docente; a segunda razo refere-se a experincia profissional como professora de Educao Fsica, tanto no Ensino Fundamental como na Educao Infantil, que, apesar de recente, instigaram-na a conhecer qual a contribuio dos estudos sobre a criana e a infncia na formao dos professores de Educao Fsica e, conseqentemente, das novas geraes no interior da escola; e, finalmente, a entrada no Programa de Ps-graduao em Educao (PPGE) da UFSC, Linha de Pesquisa Educao e Infncia, que proporcionou participar dos estudos, debates e discusses realizados tanto no interior das disciplinas cursadas como, particularmente, no Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Infncia, Educao e Escola (GEPIEE1). importante destacar que naquele momento, a pesquisadora estava imersa no referencial da denominada Sociologia da Infncia. Este campo de estudos apropriado pelos pesquisadores brasileiros, em grande medida, a partir de autores europeus como Sarmento, Pinto, Montandon, Corsaro, Sirot. Esta produo europia contribuiu em grande medida para
Grupo coordenado pelas professoras Dras. Jucirema Quinteiro, Diana Carvalho de Carvalho e Maria Isabel Batista Serro, nesta Universidade. Grupo vinculado no Diretrio de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), desde o ano de 2001.
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que os estudos voltassem sua ateno para as crianas, entendidas como atores sociais (SARMENTO, 2005). Entretanto, por sua base fenomenolgica, os estudos, em sua maioria, esto reduzidos experincia imediata, narrativa simblica e descritiva, [...] que considera[m] a categoria social infncia como susceptvel de ser analisada em si mesma (ibid., p. 18). Sob outra perspectiva, como expe Quinteiro (2003), estudos acerca da infncia sob o enfoque sociolgico j existem no Brasil e so anteriores ao boom da sociologia europia, como, por exemplo, o trabalho de Florestan Fernandes, da dcada de 40, intitulado As Trocinhas de Bom Retiro, no qual o autor realiza um registro indito das culturas infantis. Destacadas as razes que levaram esta pesquisadora ao tema de pesquisa, se apresenta importante esclarecer tambm qual a conjuntura poltica, econmica e social mais ampla que acompanharam este processo. A partir da dcada de 1990, ocorreram algumas mudanas em aspectos do modo de produo capitalista, que materializam novas alteraes no contedo e novas formas de organizao do trabalho, nas relaes sociais e de produo. Estas mudanas tm-se apresentado como estratgias burguesas para a superao da crise estrutural do capital, crise esta constituda pelas escancaradas contradies produzidas por este sistema (NEVES; SANTANNA, 2005; TAFFAREL, 2007). No Brasil, a abertura ao neoliberalismo iniciou-se a partir do governo Collor e aprofundou-se no governo Fernando Henrique Cardoso. Com as eleies de 2002 e a vitria de Lus Incio Lula da Silva, muitos acreditaram que esta poderia significar a derrota poltica do neoliberalismo. Contudo, assiste-se a uma continuao do projeto iniciado por Collor, definido por Antunes, R. (2004), como a desertificao neoliberal no Brasil, que busca a redefinio de estratgias com o fim de obter o consenso da sociedade atravs do Estado educador. Segundo Neves; Santanna (op. cit., p. 26),
O Estado educador [...] deve servir para determinar a vontade de construir, no invlucro da sociedade poltica, uma complexa e bemarticulada sociedade civil, em que o indivduo particular se governe por si sem que, por isso, esse autogoverno entre em conflito com a sociedade poltica, tornando-se, ao contrrio, sua normal continuao [...]. Neste processo de redefinio de estratgias com objetivo de legitimar o consenso, surge um projeto que foi pensado como alternativa para aliviar os efeitos negativos do
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neoliberalismo. Este, denominado de Terceira Via, de centro esquerda, tem como representantes Tony Blair, Nestor Kirchner, Ricardo Lagos, Lula da Silva, entre outros, e mostra-se contra algumas teses mais ortodoxas do neoliberalismo, mas considera que algumas polticas de cunho neoliberal foram necessrias para o desenvolvimento e modernizao da sociedade. Ao mesmo tempo, busca desmantelar a idia de que exista uma hierarquizao entre os pases, colocando a globalizao diluindo plos concentradores de poder. Dentro deste pressuposto, quer destruir o fato de existir lutas entre as classes sociais e propaga um novo homem. Mas que homem seria este? De acordo com Falleiros (2005, p. 211),
O novo homem, nessa viso de mundo, deve: sentir-se responsvel individualmente pela amenizao de uma parte da misria do planeta e pela preservao do meio ambiente; estar preparado para doar uma parcela do seu tempo livre para atividades voluntrias nessa direo; exigir do Estado em senso estrito transparncia e comprometimento com as questes sociais, mas no deve jamais questionar a essncia do capitalismo. escola, portanto, transmitida a tarefa de ensinar as futuras geraes a exercer uma cidadania de qualidade nova, a partir da qual o esprito de competitividade seja desenvolvido em paralelo ao esprito de solidariedade, por intermdio do abandono da perspectiva de classe e da execuo de tarefas de carter tpico na amenizao da misria em nvel local (grifos meus). Neste sentido, os representantes da Terceira Via propagam a idia de que o capitalismo capaz de humanizar todos os homens, basta a colaborao de todos nesta direo. Assim, esta amplia a teoria liberal de Estado, j que seus autores clssicos colocam que o poder s se efetiva dentro de um Estado forte e os representantes da Terceira Via afirmam a parceria entre sociedade civil e Estado (LIMA; MARTINS, 2005). Porm, cabe destacar que esta articulao no se d de forma recproca, j que o Estado mobiliza as classes a se unirem e ajudarem-se mutuamente, mas no se apresenta como provedor diante desta situao. Inseridas s tticas e estratgias do capital na manuteno de sua hegemonia esto as reformas educacionais. Exemplo disto a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBEN)2 (Lei n. 9394/96), os Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs)3, as Novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduao4, a legitimao de rgos de fiscalizao e
Sobre isto ver Saviani (1999). Sobre isto ver Falleiros (2005) e Rodrigues (2002). 4 Discusses no mbito da Educao Fsica ver Quelhas; Nozaki (2006), David (2002), Taffarel; Lacks (2007) e Nozaki (2003).
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certificao (como o sistema CONFEF/CREF)5 e os avanos da Reforma Universitria (TAFFAREL; LACKS; SANTOS JNIOR, 2006). Sob esta conjuntura, esta pesquisadora ingressou no Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, j no alvorecer do sculo XXI, no ano de 2002, precisamente. A escolha pelo curso de Educao Fsica foi conseqncia da formao como atleta de Atletismo. A expectativa inicial era buscar conhecimentos que habilitassem trabalhar com o chamado esporte de rendimento. Como muitos estudantes deste curso, ainda no tinha clareza sobre os sentidos, significados e dimenses de um curso de licenciatura6. Na segunda fase do curso, participou-se do processo seletivo para a entrada no Programa de Educao Tutorial (PET), mantido pela Secretaria de Ensino Superior do Ministrio da Educao (SESu/MEC). O grupo formado por doze bolsistas e um tutor e tem como objetivos (PETEF, 2008):
- desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extenso; - oferecer uma formao acadmica de excelente nvel, visando a formao de um profissional crtico e atuante; - promover a integrao da formao acadmica com a futura atividade profissional; e - estimular a melhoria do ensino de graduao. A escolha por integrar este grupo foi a possibilidade de complementar a formao, indo alm das discusses de sala de aula. Neste processo, deparou-se com o objetivo maior da universidade: a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso. A partir das atividades que preconizavam este objetivo, passou-se a compreender melhor o papel da universidade e o prprio papel de um estudante de um curso de licenciatura. Neste mesmo momento pde-se participar de um fato importante na histria do presente curso: a realizao do XIV Jogos Internos da Educao Fsica (JINEF). O JINEF uma competio organizada pelos estudantes das terceiras fases A e B do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, na disciplina de Organizaes de competies esportivas. Os jogos so realizados todos os semestres e, na maioria das vezes, este evento organizado de forma competitiva entre as fases, buscando o desempenho atltico. O XIV JINEF, realizado em 2002/2, surgiu com outra proposta: as provas estavam pautadas por atividades recreativas, voltadas para o mbito escolar, e tinham como objetivo a integrao
Sobre isto ver Penna (2006), Nozaki (2004) e site do Movimento Nacional Contra a Regulamentao (MNCR): http://mncref.sites.uol.com.br/. 6 Para um estudo mais aprofundado sobre Sentido e significado como elementos constitutivos da atividade de aprendizagem ver Serro (2006), p. 145 a 174.
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dos estudantes, desvencilhando-se do modelo do esporte de rendimento. Entretanto, para o espanto desta pesquisadora esta proposta no foi bem aceita pelos estudantes. Afinal, por que recusavam a maioria dos estudantes tal proposta? Nesta ocasio, cursava-se a disciplina Princpios de Conduta Profissional, da segunda fase, e a partir dos debates a travados realizou-se o trabalho final desta disciplina buscando compreender esta recusa dos estudantes e discutir sobre a natureza, as finalidades e os objetivos do curso. Realizou-se entrevistas com estudantes e pde-se constatar que a rejeio ao XIV JINEF foi provocada pela mudana no carter do evento, j que no contemplou o esporte de rendimento. Por que o afastamento do esporte de rendimento causou tanta rejeio em um curso de formao de professores para atuarem na escola? Ser que os estudantes e professores tm claro quais so os objetivos formativos do curso? Tais inquietaes no pararam por a. Os debates encaminhados nesta e em outras disciplinas, conjuntamente com as discusses no grupo PET, fizeram-na perceber a falta de debate sobre a formao de professores, expresso na ausncia dos sujeitos do processo educativo (o professor e o estudante) na esfera do presente currculo, centrado no esporte, suas regras e metodologias. Os poucos debates existentes sobre estas relaes apareceram mais no final do curso, nas disciplinas Prtica de Ensino I e II. Um destaque merece ser feito sobre estas disciplinas. Foram nestes momentos que se esteve mais perto das crianas e conviveu-se com outros profissionais da rea da educao. A Prtica de Ensino I foi realizada nas Escolas Rurais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em Fraiburgo/SC7. A turma onde a pesquisadora e seu parceiro de estgio, Diogo Vieira Moura, realizaram a interveno foi a 3 srie do Ensino Fundamental. Vale ressaltar que esta disciplina fazia parte de um projeto que estabelecia relaes entre as disciplinas de Prtica de Ensino dos cursos de Pedagogia e Educao Fsica. No momento desta interveno o projeto foi coordenado pela professora Maria Isabel Batista Serro (Pedagogia) e pelos professores Paulo Ricardo do Canto Capela e Edgard Matiello Jnior (Educao Fsica). De acordo com Serro (2006, p. 24-25) o objetivo do projeto era
[...] Admitir os limites dos cursos especficos e conquistar possibilidades de agir coletivamente [...]. Nesse caso, para os futuros pedagogos, o que se almejava era que compreendessem a prtica pedaggica escolar voltada s crianas, reconhecendo as contribuies da Educao Fsica, principalmente no que tange cultura corporal/de movimento. J no que se refere aos futuros professores de Educao
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Fsica, visava-se que entendessem a cultura corporal/de movimento produzida naquele contexto, considerando os elementos tericometodolgicos que a Pedagogia poderia oferecer. Para ambos, o objetivo era que elaborassem uma sntese dessas abordagens sobre o fenmeno em tela, respeitando a particularidade da educao rural e especialmente os aspectos histrico-culturais que constituem a realidade educacional construda por sujeitos participantes de um determinado movimento social (grifos meus). A escolha por este campo de interveno foi fruto de conversas com outros estudantes que j haviam realizado a Prtica de Ensino neste contexto. Tais conversas instigaram-na a conhecer a realidade social de Escolas Rurais vinculadas ao MST. A partir desta interveno pde-se travar uma fecunda relao entre as reas da Pedagogia e da Educao Fsica, no caminho da construo de um dilogo que permitiu reconhecerem-se como parceiros da prxis educativa. Neste momento, foram poucos os espaos para a discusso sobre a criana e a infncia, j que as discusses correspondiam s temticas mais amplas sobre a educao; a educao na realidade social do MST; e, o exerccio docente. Entretanto, a escolha por este projeto trouxe algumas conseqncias, j que no correspondia ao modelo tradicional de Prtica de Ensino do curso. Como ter-se-ia que se ausentar das aulas das outras disciplinas do curso por trs semanas (uma semana para a observao e duas para a interveno, em Fraiburgo), perder-se-ia as discusses de alguns contedos transmitidos em sala de aula. Cientes disto, os estudantes conversaram com os professores ministrantes das respectivas disciplinas para pensar uma articulao destas com a Prtica de Ensino. Alguns professores pensaram esta articulao, porm outros ignoraram esta possibilidade e ainda no aceitaram a justificativa sobre as faltas dos estudantes. Diante disto ficava visvel a fragmentao na formao. Os entraves entre a Prtica de Ensino nas Escolas Rurais do MST e outras disciplinas do curso j vinham acontecendo h tempos. Como conseqncia disto, o ano de 2004, o qual se participou, foi o ltimo a oferecer este tipo de Prtica de Ensino no mbito da Educao Fsica. J a Prtica de Ensino II aconteceu em uma creche da Rede Municipal de Florianpolis/SC. A turma onde a pesquisadora e sua parceira de estgio, Beatriz Zacchi da Cunha, realizaram a interveno foi o Berrio II. Neste contexto, somente estudantes de Educao Fsica realizavam o estgio. O que se pde perceber naquela ocasio foi que o dilogo entre os vrios profissionais da educao que havia sido travado na Prtica de Ensino anterior no se apresentava neste espao. Devido tambm ao curto tempo institucional, a prtica foi aligeirada e possibilitou escassos momentos de dilogo com os profissionais que
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atuavam na creche. Neste sentido, a interveno ficou subordinada ao projeto da professora da turma. Entretanto, diferentemente do que aconteceu na Prtica de Ensino I, as discusses da disciplina Prtica de Ensino II giravam em torno de questes mais especficas como as metodologias de ensino de Educao Fsica, a Educao Infantil e a infncia. Em vrios momentos desta disciplina foram discutidos textos sobre a concepo de infncia como categoria social, histrica e cultural. A escolha por realizar a Prtica de Ensino II em uma instituio de Educao Infantil foi devido a aproximao e necessidade desta pesquisadora de ampliar os conhecimentos a respeito da realidade educacional, bem como das condies sociais, das crianas matriculadas no Ensino Bsico. Como j havia realizado a Prtica de Ensino I com crianas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, optou-se pela creche para conhecer a interveno pedaggica com as crianas que esto na Educao Infantil. Contudo, pensar a prtica pedaggica da Educao Fsica para uma turma de bebs foi um desafio muito grande. Muitas vezes questionou-se sobre as especificidades da Educao Fsica e a relevncia destas intervenes para a instituio e principalmente para as crianas. Promoveram-se vrias atividades que exploravam os sentidos e o movimento, mas no se tinham claro qual era a importncia da Educao Fsica para crianas, to pequenas, como os bebs. Estas e outras discusses foram encaminhando esta pesquisadora para a temtica sobre a infncia na formao de professores e, assim, esta entrou para o Grupo de Estudos Educao Fsica, Infncia e Juventude8. Indo ao encontro das discusses do grupo realizou seu trabalho de concluso de curso, intitulado O que voc vai ser quando crescer?: A infncia e a criana no curso de licenciatura em Educao Fsica/CDS/UFSC9. A escolha e realizao deste trabalho devem-se a observao, evidenciada durante todo o curso, sobre a ausncia de estudos e discusses sobre os sujeitos do processo educativo, neste caso, as crianas. Neste trabalho, analisaram-se as ementas e programas de algumas disciplinas do currculo do presente curso, bem como as falas (materializadas pelas entrevistas) de seus professores ministrantes. O ttulo do trabalho reflete o contedo registrado pelas entrevistas, j que os professores demonstram querer saber o que a criana vai ser, ignorando o que a criana j e que esteja inserida na sociedade, sendo sujeito concreto, sntese de mltiplas determinaes e
Grupo vinculado ao Ncleo de Estudos Pedaggicos da Educao Fsica (NEPEF), da UFSC, coordenado pelo professor Dr. Maurcio Roberto da Silva. O NEPEF o ncleo que agrega os grupos de pesquisa relacionados com a prtica pedaggica da Educao Fsica. Existem outros ncleos dentro do CDS, entretanto estes esto ligados aos estudos sobre aptido fsica. 9 Trabalho orientado pelo professor Dr. Maurcio Roberto da Silva e pela professora Msc. Ana Claudia da Silva.
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relaes sociais. Dentre os resultados desta pesquisa, concluiu-se que ainda predomina o vis psicologizante e biologicista nas intervenes dos professores, bem como nas ementas do currculo analisado. A infncia entendida apenas como uma etapa inicial da vida, regrada pelos valores de preparao para a vida adulta. J a criana entendida um sujeito incompleto, em constante mudana e s estar completo quando se tornar adulto. Contudo, foi possvel observar que, apesar desta lgica imperante, existem alguns professores que caminham na direo de discutir a infncia como construo histrica, superando a crena da criana como ser incapaz e naturalmente dependente. Quando da concluso do curso de graduao, iniciou-se a experincia profissional. Estas experincias, tanto no Ensino Fundamental como na Educao Infantil, evidenciaram a falta de dilogo entre os profissionais. O que saltou a vista foi o modelo de formao fragmentada que se materializava em prticas expressas por dicotomias tais como: teoria/prtica, sala/ptio, mente/corpo, cultura/natureza, ensinar/brincar. Questes emergentes: Os profissionais da Pedagogia, das Artes e da Educao Fsica esto visando a formao do mesmo ser humano? Qual a contribuio destas reas na formao das crianas? O que une e o que distancia estes profissionais? Mais especificamente, qual a finalidade formativa da Educao Fsica na escola? Estas e outras inquietaes levaram-na a participao no Processo Seletivo para o Mestrado. O objetivo era continuar a formao como professora. Como no vislumbrava muitas possibilidades de orientao sobre a temtica da infncia no Programa de PsGraduao em Educao Fsica (PPGEF) da UFSC, optou-se pela insero no Programa de Ps-Graduao em Educao desta universidade. Como pr-projeto, apresentou-se o texto intitulado: Os tratos para com as questes de gnero na infncia: As meninas nos relatrios do UNICEF. Este projeto teve influncia do orientador da graduao, j que este vinha estudando a explorao do trabalho infantil das meninas, ditas empregadinhas. Entretanto, ao longo do mestrado, o projeto foi sendo redimensionado. Como j exposto anteriormente nesta introduo, quando da entrada no mestrado a pesquisadora estava imersa na literatura da denominada Sociologia da Infncia. No momento em que esta ingressou no GEPIEE, este grupo estava estudando o livro Dialtica do concreto, de Karel Kosik. Inserindo-se neste estudo, a pesquisadora deparou-se com vrias questes: Ser que a infncia pode ser estudada em si, como apregoam os socilogos da infncia? Como afirmar que a criana um sujeito de direitos em uma conjuntura social, poltica e econmica que negligencia a maioria destes direitos? A infncia um conceito? Ou uma categoria emprica?
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Outras questes foram se delineando a partir da apresentao dos pressupostos deste grupo, a saber:
As relaes entre Educao, Infncia e Escola tm suas origens na Modernidade; A infncia a condio social de ser criana, portanto universal e plural; A criana um ser humano de pouca idade, capaz de participar da cultura em interao com outras crianas, adultos e com os artefatos humanos, materiais e simblicos; A escola um lugar privilegiado da infncia nos nossos tempos; A participao constitui o ser humano e uma das condies para a criana se tornar um sujeito de direitos, assim, exige o acesso a informaes e a apropriao de conhecimentos; O princpio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso uma exigncia da universidade pblica e o GEPIEE orienta suas prticas por este princpio, entre outros (GEPIEE, 2009, p. 01-02). Diante destes pressupostos, questionava-se: O que compreender a infncia como condio social de ser criana na sociedade capitalista? Qual o papel da escola nesta sociedade? Este papel permite a efetivao da escola como lugar privilegiado da infncia? As polticas educacionais privilegiam tais questes? A formao de professores abarca uma discusso sobre a infncia e sobre a formao humana? Pautado em tais pressupostos, este grupo de pesquisa vem desde o ano 2000, desenvolvendo pesquisas em nvel, principalmente, de mestrado, onde possvel afirmar que tais estudos sobre criana e infncia so recentes e marcados por hiatos, equvocos e ambigidades, o que levou Quinteiro (2009a) a afirmar que se trata de um campo de estudos em construo10. Cabe ainda destacar, que nas pesquisas realizadas no mbito da formao de professores para a Educao Bsica, salta vista a ausncia do entendimento da infncia como construo histrica e social, predominando estudos sobre a criana apenas na sua condio de aluno, portanto, limitando o estudo sobre a formao humana a uma de suas dimenses, a cognitiva. Diante destas teses preliminares do GEPIEE, compartilha-se das mesmas questes que este grupo apresenta:
Sobre estes estudos ver coletnea organizada por Quinteiro; Carvalho (2007), intitulada Participar, brincar e aprender: exercitando os direitos da criana na escola: Pinto, M. R. B. (2007); Antunes, K. (2007); Hasckel (2007); Stroisch (2007); Schneider, M. L. (2007); e, Batista (2007).
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- Qual a importncia dos estudos sobre a infncia, a criana e a escola para a formao de professores? - Qual o papel das instituies sociais e educativas, especialmente, a escola, para a construo do conceito de infncia? - Como rever as idias de infncia; de criana; das finalidades formativas; das relaes entre educao, sociedade e escola; para o processo de socializao da criana na contemporaneidade? Tais questes instigaram esta pesquisadora e a partir dos debates e embates de idias com o grupo e, principalmente, com a orientadora desta pesquisa, percebeu-se que no cabia mais investigar o proposto no projeto inicial do mestrado, j que no apenas o campo encontra-se em construo, mas, principalmente, algumas questes urgentes se impem no mbito da pesquisa, a saber: Qual a importncia dos estudos da infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica? Qual a contribuio da Educao Fsica na perspectiva da formao humana e particularmente, da criana na escola? Todo este movimento, conjuntamente com as discusses com os colegas do mestrado, fez perceber que a pesquisadora deveria voltar o foco para a formao de professores e restabelecer o dilogo com a Educao Fsica, deixada de lado no projeto inicial de mestrado. Tratava-se, como orienta Gramsci, de fazer o prprio inventrio, isto , voltar ao estudo realizado na graduao e retomar as questes colocadas naquele momento, relacionando com outras questes que emergiram durante o processo do mestrado, no sentido de entender a formao universitria do professor de Educao Fsica. nesta direo que se apresenta como questo de partida: O que tem orientado a discusso em torno das relaes infncia, formao universitria de professores e Educao Fsica? Quais pressupostos orientam a formao universitria de professores de Educao Fsica? Derivadas do problema apresentado surgem outras questes, a saber: - Como a criana e a infncia vm sendo investigadas nos mbitos da Educao Fsica e da Educao? Tais estudos se relacionam? Valorizam a infncia como categoria histrica e cultural na formao universitria de professores de Educao Fsica? - Quais as finalidades formativas do curso de licenciatura em Educao Fsica? Como a infncia e a criana apresentam-se neste curso? - Qual a relevncia dos estudos da infncia para a formao universitria do professor de Educao Fsica? E na aprendizagem da profisso docente? O que isto reflete na
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organizao e prtica pedaggica da Educao Fsica na escola? Quais so as contribuies da Educao Fsica na formao da criana na escola? - Quais so as possibilidades para se pensar a infncia na formao universitria de professores de Educao Fsica? Buscando problematizar estas questes, os objetivos do trabalho so: Objetivo geral: - Buscar identificar e analisar os elementos filosficos, polticos e ideolgicos que esto subjacentes a formao universitria do professor de Educao Fsica, no que se refere s categorias criana e infncia. Objetivos especficos: - Traar um panorama sobre a produo acadmica (teses e dissertaes, artigos em peridicos e publicaes em anais de congressos), para mapear as tendncias da produo atual sobre a criana e a infncia; - Analisar as implicaes destas tendncias na prtica pedaggica e na formao universitria de professores; - Analisar o processo de reformulaes curriculares de um curso de licenciatura em Educao Fsica, no sentido de buscar identificar como a infncia e a criana aparecem na formao universitria do professor de Educao Fsica. Esta pesquisa tem como hipteses: - A criana e a infncia vm sendo investigadas, essencialmente, a partir dos paradigmas emprico-analticos e fenomenolgicos, o que reflete uma concepo naturalizante e romntica. - As categorias criana e infncia so tratadas como sinnimos (QUINTEIRO et al, 2008). - Os currculos dos cursos de licenciatura em Educao Fsica no abarcam disciplinas especficas sobre as questes da infncia e quando existem estas se apresentam isoladamente. - As discusses sobre a infncia nos cursos de licenciatura em Educao Fsica esto voltadas, em sua maioria, para a Educao Infantil. A partir de um levantamento inicial percebeu-se que a produo acadmica sobre a infncia, na rea da Educao Fsica escassa. Esta questo agrava-se quando se relaciona a infncia e a Educao Fsica com a formao de professores. Do levantamento realizado somente um texto aproximou-se da temtica, a saber: A Prtica de Ensino e a infncia na formao de professores/as de Educao Fsica, de Deborah Thom Sayo, Alexandre Fernandez Vaz e Fbio Machado Pinto, apresentado no XII Congresso Brasileiro de Cincias
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do Esporte (CONBRACE), em 2001. Este estudo centra sua discusso na formulao de uma proposta de Prtica de Ensino. As questes relacionadas infncia, especificamente, so tratadas no final do texto. Segundo os autores (SAYO; VAZ; PINTO, 2001, p. 05), Direta ou indiretamente a infncia est presente nos cursos de Educao Fsica. Ou seja, h um lugar para a infncia nos referidos cursos e na prpria Educao Fsica. Mas que lugar seria este? De acordo com os autores este lugar tem se materializado em duas concepes de criana: num primeiro momento como talento esportivo; e, num segundo momento como ser inocente e alheio s condies sociais. Neste sentido, os autores atentam para a necessidade de [...] aprofundar os sentidos da imagem da criana-cidad (grifos dos autores, ibid., p. 07), entendida como sujeito de direitos e de partir do pressuposto da infncia como enigma (LARROSSA apud SAYO; VAZ; PINTO, op. cit.). Ressalta-se, nesta pesquisa de mestrado, que a criana entendida como um sujeito concreto, sntese de relaes sociais. Reafirmando o exposto por Pistrak (2000, p. 42-43) [...] preciso nunca perder de vista que as crianas no se preparam para se tornar membros da sociedade, mas j o so, tendo j seus problemas, interesses, objetivos, ideais, j estando ligadas vida dos adultos e do conjunto da sociedade. Como expe Benjamin (apud BOLLE, 1984, p. 11), a criana
no uma miniatura do cosmos adultos; bem ao contrrio, um ser humano de pouca idade que constri seu prprio universo, capaz de incluir lances de pureza e ingenuidade, sem eliminar todavia a agressividade, resistncia, perversidade, humor, vontade de domnio e de mando. Neste sentido, a criana entendida como um ser social. Entretanto, isto no nega sua formao como ser biolgico tambm, j que
Sem dvida, ela um ser de formao biolgica, ainda no plenamente constituda do ponto de vista maturacional. Contudo, o desenvolvimento biolgico no corresponde a toda realidade da criana. Mesmo porque o aspecto biolgico se caracteriza como um componente do desenvolvimento que sofre as determinaes da condio social do indivduo (MIRANDA, 1984, p. 128).
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A partir desta concepo de criana, a infncia deve ser entendida como uma construo histrico-cultural. Mas o que implica esta compreenso? Afirmar isto, implica compreender que ela no uma categoria esttica; estar mudando a partir da histria e do tempo em que se estar travando estas relaes. Neste sentido, histria, sociedade e cultura vo se delineando como categorias importantes para se reconceber a infncia [...] (KRAMER, 2002, p. 45). Vale ressaltar, que, alm disso, a infncia ir variar dentro de uma mesma poca e sociedade, pois existem outros fatores determinantes como classe, raa/etnia, gnero, famlia, comunidade, etc. Posto que este trabalho insere-se nas produes do GEPIEE e este grupo coloca a escola como lugar privilegiado da infncia, cabe aqui esclarecer o entendimento sobre ela:
A escola o local onde a criana ir passar da representao aproximativa e mgica do mundo, que se limitou a absorver no seu meio impregnando de folclore, para uma certa objetividade, para a compreenso das leis da natureza e da sociedade. Resumindo: para as premissas do esprito cientfico, do senso do verificvel (SNYDERS, 2005, p. 272). Snyders (op. cit.) destaca ainda que a escola faz parte do mundo. Assim, considerando seu carter dialtico, a escola vista em seus diferentes modos de atuao, tanto como um meio de propagao das idias da classe burguesa, como tambm, por ser meio de efetivao dos conflitos sociais, espao que interessa classe trabalhadora e seu projeto de superao do capitalismo (FRIGOTTO, 2006; MIRANDA, op. cit.). Partindo destes pressupostos e deste entendimento de escola, corrobora-se com a idia de Saviani (1989, p. 83) quando expressa que a Educao uma atividade mediadora no seio da prtica social global. Ainda, Cardoso (2004, p. 03) acrescenta expondo que a educao sempre uma prtica social determinada, definida social e historicamente no mbito de uma forma particular e especfica de organizao da sociedade. Esta compreenso implica considerar que esta atividade no espontnea, neutra e autnoma; est permeada por um contexto social, possui intencionalidade e esta intencionalidade reflete sempre um posicionamento poltico e ideolgico. isto que, ao mesmo tempo, descarta ou possibilita a formao de sujeitos transformadores. Quanto Educao Fsica, entende-se sua funo dentro da escola como parte integradora da realidade complexa do homem. Assim, esta se destaca como disciplina que trata do conhecimento da cultura corporal. Segundo Escobar (1995, p. 91), a cultura corporal
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a denominao dada ao amplo e riqussimo campo da cultura que abrange a produo de prticas expressivo-comunicativas, essencialmente subjetivas, externalizadas pela expresso corporal. Mas o que implica esta compreenso? Entender a Educao Fsica como disciplina que trata de um campo da cultura, evidencia perceber sua prtica no mais atravs de aes motoras (puramente biolgicas e descontextualizadas), mas atravs de atividades que foram construdas historicamente como respostas a determinadas necessidades humanas (ESCOBAR, op. cit.).
Nessa perspectiva da reflexo da cultura corporal, a expresso corporal uma linguagem, um conhecimento universal, patrimnio da humanidade que igualmente precisa ser transmitido e assimilado pelos alunos na escola. A sua ausncia impede que o homem e a realidade sejam entendidos dentro de uma viso de totalidade. Como compreender a realidade natural e social, complexa e contraditria, sem uma reflexo sobre a cultura corporal humana? (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 42). Apoiando-se em Arce (2001), acredita-se que a formao de professores em um espao no somente de formao didtico-metodolgica, mas tambm como espao de formao filosfica, histrica, social e poltica, onde o professor formado para refletir sobre sua prtica social, propondo transformaes qualitativas no sentido de garantir o acesso a cultura histrica e socialmente produzida aos estudantes em processo de formao. Sobre a estruturao desta pesquisa, elucida-se que sua realizao est baseada na idia de monografia de base, exposta por Saviani (2002). Segundo o autor, o mestrado mostra-se como uma iniciao formao do pesquisador. Tambm, devido ao encurtamento do tempo de mestrado para dois anos, o autor sugere que na dissertao o mestrando elenque um tema ainda no suficientemente explorado e realize um levantamento, o mais completo possvel, das informaes disponveis, [para] organiz-las segundo critrios lgicometodolgicos adequados e redigir o texto correspondente que permitiria o acesso gil ao assunto tratado (ibid., p. 156). Isto possibilita que, mais tarde, o pesquisador retorne a este material para realizar outros estudos e anlises que demandam um tempo maior. neste sentido que se optou pela anlise da produo cientfica, j que tambm, como aponta Gramsci (1991, p. 13),
Criar uma nova cultura no significa apenas fazer individualmente descobertas originais; significa tambm, e sobretudo, difundir
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criticamente verdades j descobertas, socializ-las por assim dizer; transform-las, portanto em base de aes vitais, em elemento de coordenao e de ordem intelectual e moral. Este excerto tambm esclarece que a cincia, enquanto produto social uma categoria histrica, que acompanha um movimento de contnua transformao da sociedade. Demarcando uma posio, aponta-se que este trabalho se inscreve na luta da superao deste modo de produo e na construo de uma sociedade em que sejam abolidas as relaes de dominao entre os homens. Acredita-se, como escreveu Marx (2006a, p. 53) que A arma da crtica no pode substituir, sem dvida, a crtica das armas; a fora material s ser abatida pela fora material. Entretanto, Marx tambm elucida que a teoria se converte em fora material quando demonstra a verdade e se apossa dos homens. Nesta direo, a dissertao encaminhada a partir dos elementos de uma anlise scio-histrica. Para isto, embasou-se no estudo de Kosik (1985) e Freitas, M. T. (2002). Segundo estes autores, a pesquisa cientfica o processo de compreenso da realidade que ultrapassa o entendimento imediato dos fatos. Nesta direo, a pesquisa uma atividade que busca apreender o movimento do fenmeno, em um processo mediato, que exige esforo e rigor terico-metodolgico. Como expe Kosik (op. cit., p. 29-30) o caminho entre a catica representao do todo e a rica totalidade da multiplicidade das determinaes e das relaes. Complementando, Freitas, M. T. (op. cit.) esclarece que a anlise scio-histrica [...] deve refletir o indivduo em sua totalidade, articulando dialeticamente os aspectos externos com os internos, considerando a relao do sujeito com a sociedade qual pertence. Esta anlise permite possibilidades para a superao de reducionismos empiristas e idealistas, compreendendo que a essncia no algo esttico, imutvel, mas, como apresenta Kosik (op. cit., p. 27-28), [...] a dinmica mesma do objeto, a sua dialtica [...], o prprio movimento da coisa ou a coisa em movimento (grifos do autor). Para a seleo dos dados iniciais da pesquisa, utilizou-se a tcnica da anlise de contedo que, segundo Bardin11 (s/d, p. 42), resumidamente
um conjunto de tcnicas de anlise das comunicaes visando obter, por procedimentos, sistemticos e objectivos de descrio do contedo das mensagens, indicadores (quantitativos ou no) que permitam a
O livro original, em francs, data de 1977, entretanto, a verso traduzida para a lngua portuguesa, utilizada nesta pesquisa, no indica o ano da publicao.
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Ela caracteriza-se como uma atitude de vigilncia crtica, onde no admite uma leitura simples do real, procurando fazer uma compreenso dos fatos para alm dos seus significados imediatos (BARDIN, op. cit.). A autora destaca trs plos cronolgicos da tcnica: a pranlise; a explorao do material; e, o tratamento dos resultados (inferncia e interpretao). Acredita-se que a apropriao desta tcnica nesta pesquisa atingiu o primeiro plo: a pranlise. Este plo compreende a seleo, organizao e a leitura inicial dos dados e auxilia para a formulao de hipteses e objetivos da pesquisa. Para a organizao do material da pesquisa separou-se trs grupos bibliogrficos, a saber: teses e dissertaes do Banco de Teses da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES); peridicos da rea da Educao Fsica e da Educao; e, anais dos Congressos Brasileiros de Cincias do Esporte (CONBRACEs) e das Reunies Anuais (RAs) da Associao Nacional de Ps-graduao e Pesquisa em Educao (ANPEd). A seleo destes grupos bibliogrficos foi feita tendo em vista a relevncia que possuem tanto na rea da Educao Fsica como na Educao. A escolha pela produo dos CONBRACEs12 e das RAs da ANPEd13 foi fruto do entendimento da importncia destes espaos, pois alm de socializarem a maior parte da produo nacional nestas reas, promovem a formao dos pesquisadores e atuam na interlocuo com outras instncias, como o governo. J os peridicos so fontes de divulgao de pesquisa por excelncia e o Banco de Teses da CAPES, constitui-se como um meio relevante da pesquisa da produo cientfica brasileira. Para a pesquisa das teses e dissertaes utilizou-se o Banco de Teses da CAPES, cuja busca foi realizada entre os anos de 1987 e 2007, por ser este o perodo disponvel no momento da realizao do levantamento. As fontes foram consultadas entre os meses de outubro de 2007 e agosto de 2008. Para a seleo das teses e dissertaes, utilizou-se, inicialmente, as palavras-chave Educao Fsica, Formao de Professores e Infncia, conjuntamente. Como esta seleo reuniu poucos trabalhos e no foram encontrados nestes a relao que se estava procurando, foi realizada outra seleo a partir das palavras-chave Educao Fsica, Formao de Professores e Criana, conjuntamente. Esta segunda seleo tambm no revelou trabalhos sobre a infncia na formao de professores de
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Sobre a relevncia do Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte (CBCE) ver Souza e Silva (2005) e Molina Neto et al (2006). 13 Sobre a relevncia da ANPEd ver Ferraro (2005) e Sousa; Bianchetti (2007).
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Educao Fsica. Percebendo a ausncia de estudos desta natureza realizou-se uma terceira seleo, mais abrangente, para evidenciar estudos que versassem sobre a concepo de infncia na Educao Fsica, sem o recorte da Formao de Professores. Para isto selecionouse os trabalhos por meio das palavras-chave Criana, Infncia e Educao Fsica, conjuntamente. Seguiu-se para a leitura do resumo destes trabalhos e realizou-se outra seleo para trazer os estudos que tm relao com a temtica desta pesquisa, a saber, da produo acadmica e cientfica sobre as concepes de criana e infncia na Educao Fsica. Foram selecionadas trs dissertaes: Picelli (2001), Oliveira, C. B. (2003) e Oliveira, N. R. C. (2003a). Foi realizada a leitura das dissertaes, apresentadas no captulo dois, e buscou-se relacion-las com as tendncias evidenciadas nos artigos em peridicos e nos anais dos congressos. Quanto ao grupo bibliogrfico correspondente aos peridicos da rea da Educao Fsica e da Educao, iniciou-se selecionando alguns peridicos de expresso nas duas reas e que, igualmente, obteve-se o acesso na ntegra, a saber: a Revista Brasileira de Cincias do Esporte (RBCE); a Revista Motrivivncia; a Revista de Educao Fsica da UEM; a Revista Movimento; a Revista Pensar a Prtica; Cadernos de Pesquisa; a Revista Educao & Sociedade; Cadernos Cedes; a Revista Perspectiva; e a Revista Brasileira de Educao, todos mapeados desde suas primeiras edies, respectivamente, 1979, 1988, 1989, 1994, 1998, 1971, 1978, 1980, 1983 e 1995. Com este material em mos destacou-se os artigos que se aproximavam do foco deste estudo, a saber, as publicaes que constavam em seu ttulo as palavras criana(s) e/ou infncia(s)14. Por fim, a partir dos ttulos, analisou-se as temticas destas publicaes no intuito de elaborar um panorama da produo e evidenciar a presena e/ou ausncia de pesquisas centradas na formao universitria de professores e infncia. Vale a pena destacar que a RBCE, at o ano de 1999, publicou os anais das edies do CONBRACE como fascculos da revista. Por isso, a maioria dos trabalhos selecionados nesta revista so resumos das produes apresentadas nos CONBRACEs. Quanto ao grupo bibliogrfico correlativo aos Anais dos CONBRACEs e das RAs da ANPEd, a coleta de dados obedeceu o seguinte caminho: Primeiramente, reuniu-se todos os resumos dos trabalhos (comunicaes orais e psteres) apresentados nos congressos em questo, no perodo de 1996 a 2007, totalizando dezoito conjunto de dados, referentes s seis edies do CONBRACE e s doze edies da Reunio Anual (RA) da ANPEd. importante
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O rastreamento dos artigos em peridicos da rea da Educao foi realizado em parceria com a mestranda Caroline Michele Brunken Karger. J o rastreamento dos artigos em peridicos da rea da Educao Fsica foi realizado individualmente.
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advertir que a busca foi somente sobre os trabalhos apresentados no interior dos Grupos de Trabalho (GTs), no agregando, portanto, os trabalhos ditos: mini-cursos, sesses especiais, palestras e mesas redondas. Como segundo passo, rastreou-se todos os trabalhos que constassem as categorias criana(s) e/ou infncia(s) no ttulo e/ou resumo e/ou palavraschave, rigorosamente. Como terceiro passo, todos os resumos destes trabalhos foram analisados e identificados sobre os campos que se concentram, nos afins mbitos: Ensino Fundamental; Educao Infantil; Ensino Fundamental e Educao Infantil conjuntamente; e, ainda, Projetos Sociais. Os trabalhos que no se encaixavam nestes campos foram classificados como No Especificam. O quarto passo realizado foi uma segunda leitura, mas atenta, dos resumos, para identificar as tendncias da produo. Todos estes grupos bibliogrficos foram posteriormente sistematizados em listas, quadros e grficos, que podem ser visualizados nos captulos seguintes e nos apndices e anexos. No processo de finalizao da pesquisa, optou-se por apresentar os resultados dos grupos bibliogrficos da Educao Fsica, somente. Neste sentido, a produo selecionada a partir dos peridicos da Educao e das RAs da ANPEd no aparecem explicitamente, mas buscou-se, em alguns momentos do texto, fazer relaes entre a produo da pesquisa educacional e da pesquisa em Educao Fsica, principalmente vinculadas s questes da infncia. Como um ponto importante a ser evidenciado na pesquisa, afirma-se a dificuldade de selecionar as teses e dissertaes do Banco de Teses da CAPES por meio das palavras-chave, j que a seleo revela trabalhos que no correspondem ao que se quer selecionar. Exemplo disto foi quando se selecionou palavras-chave compostas como Educao Fsica e Formao de Professores. Na seleo apareceram trabalhos que versavam sobre a Educao e o Ensino de Fsica, a Educao e a violncia fsica, a formao do psiclogo nas escolas e o dilogo com os professores, dentre outros trabalhos que estavam fora do foco desta pesquisa. Outra dificuldade encontrada foi o contedo expresso nos resumos, tanto das teses e dissertaes como, principalmente, nos artigos de peridicos e dos congressos. A grande maioria dos resumos no apresentou a abordagem terica e as categorias centrais do estudo. Para anlise das reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, no perodo de 1975 a 2006, utilizou-se alguns dados e documentos que foram coletados na pesquisa de concluso de curso da graduao desta pesquisadora. Outros dados e documentos mais recentes como: Projeto Poltico Pedaggico (PPP) do atual curso;
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Parecer do NEPEF sobre este PPP; e, Programa de Ensino e Plano de Ensino da disciplina Educao Fsica na Infncia, foram encontrados no site do Centro de Desportos (CDS)15 e/ou disponibilizados por servidores do Departamento de Educao Fsica (DEF) desta universidade e, ainda, via comunicao eletrnica com a professora ministrante da disciplina em questo. O referencial bibliogrfico selecionado para a discusso dos resultados da pesquisa foi elencado a partir do levantamento inicial da pesquisa, mas tambm de acordo com a orientao, das disciplinas realizadas no mestrado e do acervo disponvel nas bibliotecas desta universidade. Finalizando, gostar-se-ia de esclarecer algumas condies objetivas que limitaram a pesquisa. Como j mencionado anteriormente, pontua-se a fragilidade do sistema educacional que reflete da fragmentao na formao, fazendo-se insuficiente o tempo de dois anos para a construo da pesquisa. Destaca-se tambm o inchao das cargas horrias dos professores e a atribuio de funes a estes que deveriam ser destinadas a tcnicos. Isto dificulta a dedicao do professor atividade de pesquisa e fez com que a orientadora desta pesquisa avanasse, em muito, sua carga horria de trabalho, para possibilitar a orientao. Ainda, reala-se a condio particular desta pesquisadora, mas que tambm realidade de outros estudantes, sem bolsa de financiamento de pesquisa em grande parte da realizao do mestrado, condio esta que fez desdobrar suas atividades para realizar seu sustento como ser humano e pesquisadora16. Como ltimo ponto, esclarece-se o porqu do subttulo desta pesquisa, a saber, a emergncia de uma disciplina. Durante o processo de anlise das reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, deparou-se com uma disciplina curricular, que possui como objeto as relaes entre Educao Fsica e infncia. Neste sentido, ressalta-se esta disciplina como resultado, ainda incipiente, do processo de debate e embate das categorias criana e infncia no mbito da produo acadmica e cientfica na rea da Educao Fsica. Apresenta-se no primeiro captulo um breve panorama histrico da Educao Fsica como componente curricular e de suas relaes com a formao de professores e a escola, tendo como objetivo identificar e analisar o modo como a infncia foi incorporada por esta disciplina ao longo de sua trajetria.
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www.cds.ufsc.br Esta pesquisadora teve bolsa de financiamento de pesquisa somente no perodo de agosto de 2008 a fevereiro de 2009.
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O segundo captulo apresenta um panorama da pesquisa educacional e em Educao Fsica, bem como traz a anlise das tendncias da pesquisa sobre a infncia e a criana, a partir dos grupos bibliogrficos selecionados: teses e dissertaes do Banco de Teses de CAPES, os artigos de peridicos da Educao Fsica e trabalhos dos CONBRACEs. No terceiro captulo descreve-se o processo das reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC e expe-se uma breve anlise sobre a disciplina do novo currculo, a saber, Educao Fsica na infncia. Finalmente, apresentam-se as consideraes finais desta pesquisa.
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1 A FORMAO (UNIVERSITRIA) DO PROFESSOR DE EDUCAO FSICA NO BRASIL: DA APTIDO FSICA CULTURA CORPORAL.
E quem garante que a Histria carroa abandonada, numa beira de estrada, ou numa estao inglria? A Histria um carro alegre, cheio de um povo contente, que atropela indiferente, todo aquele que a negue. (Pablo Milans e Chico Buarque)
A Educao Fsica como prtica social concreta surgiu de necessidades sociais concretas. No mbito escolar, ela surgiu na Europa no final do sculo XVIII e incio do sculo XIX (COLETIVO DE AUTORES, 1992), para atender, entre outros, as necessidades da sociedade capitalista emergente. Para esta nova sociedade a fora fsica era essencial j que esta se transforma em fora de trabalho que era vendida como mercadoria, nica fonte geradora de mais-valia (MARX, 2006b). Assim, os exerccios fsicos eram vistos como receita e remdio para a manuteno da fonte de lucro dos capitalistas: Cuidar do corpo, portanto, passa a ser uma necessidade concreta que devia ser respondida pela sociedade do sculo XIX (COLETIVO DE AUTORES, op. cit., p. 51). No Brasil, segundo Quelhas; Nozaki (2006), a Educao Fsica aparece na escola em 1851, a partir da reforma de ensino para a instruo primria e secundria do Municpio da Corte, que incluiu a ginstica como parte do currculo nas escolas pblicas do ensino primrio17. Em seu estudo, Oliveira, V. M. (1998) constata que at o incio da Repblica no havia um processo sistemtico para a formao destes professores de ginstica. Assim sendo, neste perodo, o quadro de professores era formado em outros pases e, em sua maioria, por militares e civis que se utilizavam de um autodidatismo proporcionado, entre outros, por escassas obras sobre a matria. Equiparado aos professores de ginstica, estavam os professores de desenho, msica e dana. Segundo Oliveira, V. M. (op. cit.), ficava bem clara a distino entre trabalho intelectual e trabalho manual, sendo que este ltimo, incluindo os professores acima citados, era, e continua, cada vez mais desvalorizado.
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At 1882, o denominado mtodo alemo de ginstica era utilizado tanto em estabelecimentos militares, como nas escolas civis18. O primeiro protesto veemente contra a utilizao do mtodo alemo nas escolas civis foi apresentado no Parecer Rui Barbosa no Projeto n. 224, intitulado Reforma do Ensino Primrio e vrias Instituies complementares de Instruo Pblica, de 1882 (CASTELLANI FILHO, 1983). A partir de ento, o mtodo alemo continuou a vigorar somente nos estabelecimentos militares, sendo que nas escolas civis foi institudo o mtodo sueco. Essencialmente, a diferena entre o mtodo alemo e o mtodo sueco era que o primeiro possua um vis militarista, enquanto o segundo possua um vis higienista. Entretanto, esta mudana no reflete uma alterao substancial na finalidade formativa da Educao Fsica na escola. Segundo o Coletivo de autores (1992), estes mtodos de ginstica contriburam de alguma forma, para que a Educao Fsica passasse a ser vista como importante instrumento de aprimoramento fsico dos indivduos que, fortalecidos pelo exerccio fsico, que em si gera sade, estariam mais aptos para contribuir com a grandeza da indstria nascente, dos exrcitos, assim como com a prosperidade da ptria (ibid., p. 52). Neste sentido, a Educao Fsica continua na escola justificando-se como instrumento de manuteno e reproduo da ordem social, econmica e poltica. Esta ausncia de uma identidade pedaggica afetava diretamente a relao professor e estudante. O professor na maioria das vezes era um militar e seguia o mtodo militar de ginstica. Neste caso, cabia ao professor-instrutor trazer exerccios de forma a uniformizar, normatizar e disciplinar os corpos de seus estudantes. Ao estudante cabia o papel de recruta, a saber, obedecer sem questionar. Acontecia, deste modo, uma relao marcada por uma pedagogia que ignorava, entre outros, a condio social de ambos os sujeitos. O Parecer de Rui Barbosa extrapola a indicao de mudana de mtodo ginstico, demonstrando-se como um verdadeiro tratado de valorizao da Educao Fsica. Castellani Filho (2007, p. 48) relata que suas propostas
foram desde a instituio de uma sesso especial de Ginstica em escola normal (inciso primeiro), at a equiparao, em categoria e autoridade, dos professores de Ginstica aos de todas as outras disciplinas (inciso quarto), passando pela proposta de incluso da Ginstica nos programas escolares como matria de estudo, em horas distintas das do recreio e depois das aulas (grifos meus).
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Pode-se perceber nestas palavras de Rui Barbosa uma importncia dada formao de professores, j que previu a instituio de uma sesso especial de Ginstica em escola normal. Entretanto, esta prtica no se concretizou, nem demonstrou relevncia para as polticas de governo da poca. Um exemplo de como a formao destes professores no abarcava as prioridades de alguns dirigentes, pode ser observado no Relatrio da Secretaria do Interior do Estado de So Paulo, de 1896: eis o que convm s crianas e que, sem grande despesa, e sem uma habilitao especial do mestre, se pode organizar em todos os grupos escolares. Tem o governo procurado obter um manual que se preste de roteiro dos professores (grifos meus) (apud OLIVEIRA, V. M., 1998, p. 09). Subjaz neste documento a importncia da ginstica, no mbito empirista, mas pode-se observar a pouca importncia dada formao dos professores. Este movimento reporta-se idia de criana pautada claramente numa concepo rousseauniana, onde esta era vista como tbula rasa, folha de papel em branco, incapaz e dependente. A primeira iniciativa de formao de professores de Educao Fsica, ainda que no em nvel superior, encontrada por Oliveira, V. M. (op. cit.) datada de 1906, no estado do Amazonas. Anexa Diretoria Geral de Instruo Pblica criada a cadeira de Educao Fsica, com o objetivo de orientar os professores normalistas, j que eram responsveis por esta disciplina no seu estado. Em 1907 realiza-se a fundao da Primeira Escola de Educao Fsica, pela misso militar francesa. Sobretudo, esta escola ser conhecida mais tarde, em 1936, como a Escola de Educao Fsica da Fora Policial do Estado de So Paulo (OLIVEIRA, V. M., op. cit. 1998). Como prtica de revigoramento fsico e eugenizadora, a defesa da Educao Fsica na escola continuava a crescer, mas somente em 1914 que se formaram os primeiros instrutores de ginstica e esgrima, junto s escolas militares. Ainda permanecia a diviso entre os professores de trabalho intelectual e trabalho manual. Exemplo disto a Reforma Carlos Maximiliano, de 1915, onde estabeleceu a distino entre os professores catedrticos do Colgio Pedro II e os simplesmente professores: chamam-se professores, simplesmente, os que ensinarem trabalhos grficos, msica ou ginstica, os quais esto sujeitos, em concurso, apenas prova prtica e a didtica (MARINHO apud OLIVEIRA, V. M., op. cit., p. 10). O ano de 1921 representa um novo impulso formao de professores de Educao Fsica no Brasil. Neste ano, as Foras Armadas rompem definitivamente com o mtodo alemo e institui a ginstica francesa como mtodo oficial a vigorar no Brasil. Segundo Oliveira, V. M. (op. cit.), no ano seguinte (1922), criado o Centro Militar de Educao
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Fsica, com o objetivo de divulgar este novo mtodo, o francs. Apesar deste centro no concretizar aes em torno de um curso de formao de professores, serviu de inspirao para a fundao da Escola de Educao Fsica do Exrcito, escola esta que em 1929 ministrou um Curso Provisrio de Educao Fsica, que formou, entre 145 militares, 20 professores civis (QUELHAS; NOZAKI, 2006). Contudo, a instituio do mtodo francs no foi vista com bons olhos por todos. Segundo Schneider, O. (2004), a Associao Brasileira de Educao (ABE) mostrou-se contrria a sua adoo, a partir do que foi apresentado no anteprojeto originrio do Ministrio da Guerra em 1929. A principal crtica da ABE era que o mtodo fora criado para ser aplicado na caserna. Assim, no fazia sentido que fosse utilizado na educao das crianas (ibid., p. 51). Apesar das crticas, o mtodo francs perdurou at os anos 50. Fora das instituies militares, mas fortemente imbricada hegemonia militar, concretizou-se os primeiros cursos superiores da rea, em 1934 e 1939, respectivamente, na Escola de Educao Fsica do Estado de So Paulo e na Escola Nacional de Educao Fsica e Desportos, na Universidade do Brasil (RJ), junto Faculdade de Medicina. Contudo, a Educao Fsica ainda no constitua uma identidade pedaggica, nem um corpo de conhecimentos cientficos sistematizados, j que, como expe Sousa19 (1992, p. 01) [...] entrava na escola mecanicamente, sem constituir-se em saber escolar. Mas qual o perfil de profissional de Educao Fsica queria se formar? Fernando de Azevedo, educador de grande expresso vinculado a ABE, nutria muito respeito e admirao por Rui Barbosa. a partir das idias gestadas por Rui Barbosa que Fernando de Azevedo vai ocupar-se da Educao Fsica e estabelecer o que se esperava de um profissional desta rea:
nova orientao da Educao Fsica no tem sempre correspondido, mesmo em alguns pases em que a questo mais se ventila, uma orientao nova na formao do pessoal do ensino e na escolha de Diretores de Educao Fsica. Da seleo destes, no entanto, e da preparao daqueles que depende o maior xito desta grande obra de recuperao da sade e robustez, e que ficar baldada, estril, quando no contraproducente, se, de todo cientes da completa misso que lhes compete, no tiverem os professores slida instruo terica e prtica, e no forem superiormente orientados por um educador, que deve ser, alm de
O trabalho de Sousa (1992), conjuntamente com outras produes do Programa de Ps-graduao em Cincia do Movimento Humano da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deste perodo, foi de extrema relevncia por questionar o modelo de Educao Fsica Escolar at ento vigente e propor elementos crticos para a elaborao de outra teoria pedaggica para esta. Dentre outros trabalhos importantes destaca-se: Taffarel (1982), Pires (1990) e Wiggers (1990).
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psiclogo avisado, um engenheiro biologicista teoricamente documentado e de uma competncia tcnica acima de toda a crtica. [...] Ao professor de Educao Fsica compete, pois (e no h exagero algum nesta afirmativa) dirigir, orientar os exerccios de modo que influam enrgica e eficazmente sobre cada organismo, orden-los em srie gradual, harmoniz-los com o perodo de evoluo orgnica, incutindo o prazer ou, ao menos, evitando o tdio, e constatar, enfim, pelos processos vrios de mensurao corporal, os resultados de seu ensino, fazer, em uma palavra, o registro dos benefcios que provieram dos exerccios, e dos inconvenientes que determinaram. So as atribuies que todos os entendidos lhe demarcam (AZEVEDO apud CASTELLANI FILHO, 1983, p. 97). Interessante destacar que neste momento o Brasil est vivendo sob a gide do Estado Novo. Segundo Pesavento (1994), o Estado Novo representava o ingresso do pas em um momento de consolidao do poder burgus, com um objetivo claro de manuteno da hegemonia burguesa sobre a nao e o estabelecimento do consenso burgus. A partir do que foi apresentado no pargrafo anterior, v-se claramente qual o papel vivido pela Educao Fsica. Sempre ancorada e aliada aos princpios da segurana e da ordem nacional, ela cumpre a funo que lhe destinada: o adestramento fsico e moral de seus estudantes20. Com a derrota do nazifascismo, em 1945, a Educao Fsica at ento apregoada aos valores militaristas precisou se reciclar, despojando-se dos argumentos mais fortemente imbricados com o esprito belicoso. Segundo Ghiraldelli Jnior (2007), no perodo do psguerra (1945-1964) uma concepo de Educao Fsica Pedagogicista toma fora. Impregnada das teorias psicopedaggicas de Dewey e da sociologia de Durkheim,
A Educao Fsica Pedagogicista est preocupada com a juventude que freqenta as escolas. A ginstica, a dana, o desporto etc., so meios de educao do alunado. So instrumentos capazes de levar a juventude a aceitar as regras de convvio democrtico e de preparar as novas geraes para o altrusmo, o culto as riquezas nacionais etc (grifos meus) (ibid., p. 19).
assim que atribuda a funo da Educao Fsica, de acordo com a Carta Magna, promulgada em 10 de novembro de 1937. Em seus artigos 131 e 132 instituem, respectivamente, que: A Educao Fsica, o Ensino Cvico e os Trabalhos Manuais, sero obrigatrios em todas as escolas primrias, normais e secundrias, no podendo nenhuma escola de qualquer desses graus ser autorizada ou reconhecida sem que satisfaa quela exigncia, e O Estado fundar instituies ou dar o seu auxlio e proteo s fundadas por associaes civis, tendo umas e outras por fim, organizar para a juventude, perodos de trabalho anual nos campos e oficinas, assim como promover-lhes a disciplina moral e o adestramento fsico, de maneira a prepar-la ao cumprimento dos seus deveres para com a economia e a defesa da nao (grifos meus) (CASTELLANI FILHO, 1997, p. 21).
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Entretanto, se esta concepo apresenta avanos quanto concepo de Educao Fsica Militarista, ainda continua cumprindo seu papel de aliada dos interesses do Estado, buscando o ajustamento dos indivduos atravs de seu processo educativo e formativo. De qualquer modo, tal concepo inaugura outra postura do professor de Educao Fsica. Segundo Ghiraldelli Jnior (op. cit.), este professor, responsvel pela disciplina que aparece como o centro vivo da escola, passa a ser o responsvel por vrias tarefas educativas como a fanfarra, os jogos intra e interescolares, os desfiles cvicos e, at mesmo, a funo de lder comunitrio. Este professor passa a ser algum alm das queixas polticas, sujeito destinado, por excelncia, a formar o chamado cidado. Estes novos contornos iro influenciar uma concepo de criana e infncia tambm. A partir de algumas recomendaes sobre o papel da Educao Fsica no ensino pr-primrio e primrio apresentadas por Inezil Penna Marinho em 1945 e 1946, foi possvel perceber de que modo a criana era considerada neste perodo21. Neste, o autor expe que deve ser respeitado o momento em que a criana est nesta fase de desenvolvimento, momento este em que ela vive em um mundo inteiramente seu, distante da realidade social que a cerca. Para isso preciso [...] libertar os seus movimentos naturais, compreender as suas necessidades, adivinhar os seus interesses e corresponder aos seus desejos (MARINHO, 2005, p. 46). Nesta direo, o autor aponta para uma concepo de criana homognea, que vive em harmonia consigo mesma e com a natureza, distante das relaes sociais e responsvel por sua educao. Afinal sero seus desejos que faro impulsionar o mtodo de ensino22. A Educao Fsica segue cumprindo seu papel de homogeneizao e ampliando o seu raio de ao por vrios graus de ensino. Com a Reforma Capanema (1942-1946) ela passa a ser obrigatria nos cursos primrios e mdio at a idade de 21 anos. Com a LDBEN de 1961 (Lei n. 4024), ela continua sendo obrigatria, contudo somente at a idade de 18 anos. Mesmo com uma mudana de perfil, na primeira reforma com o objetivo de capacitao fsica do
Inezil Penna Marinho (1915-1987) foi uma personalidade importante para a Educao Fsica. Formou-se Instrutor de Educao Fsica pela Escola de Educao Fsica do Exrcito (1938), Tcnico desportivo pela Escola Nacional de Educao Fsica e Desportos da Universidade do Brasil (1941), Psiclogo pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Brasil (1941), Bacharel em Cincias Jurdicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1943), Livre-Docente pela Escola Nacional de Educao Fsica e Desportos da Universidade do Brasil (1949) e Filsofo pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil (1958). Atuou como fundador e presidente da Associao de Professores de Educao Fsica (1946-1950), fundador e presidente da Federao Brasileira de Associaes de Professores de Educao Fsica (1946-1948) e presidente da Confederao Brasileira de Desportos Universitrios (1949-1950). Possui uma vasta obra publicada em livros e peridicos nacionais e internacionais (GOELLNER, 2005). 22 Relacionando com a formao de professores em geral, Silva, A. C. da (2003) destaca o movimento histrico no qual emerge a Escola Nova, que, colocando a criana como foco de suas preocupaes, busca aporte nas cincias experimentais para compreender a criana em seus aspectos biolgico, psicolgico e social.
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educando e na segunda com o objetivo de capacitao fsica do trabalhador, a Educao Fsica mantm o seu papel de contribuir para a denominada formao de cidados, teis nao. Voltando formao do licenciado em Educao Fsica, Quelhas; Nozaki (2006) expem que esta, desde suas origens, constituiu-se de maneira diferenciada das outras reas. Enquanto exigia-se para a entrada na Escola Nacional de Educao Fsica e Desportos o curso secundrio fundamental (antigo ginsio), para a entrada em outros cursos exigia-se o curso secundrio complementar (antigo segundo grau). Tambm quanto durao do curso existiam diferenas entre a licenciatura em Educao Fsica, realizada em dois anos, e os demais cursos, realizados em quatro anos. As diferenas no param por a. Quanto ao contedo, os cursos de Educao Fsica no possuam disciplinas de cunho pedaggico. Este quadro modificou-se somente em 1969 que, de acordo com o Parecer 672/69 do Conselho Federal de Educao (CFE), incluiu as disciplinas pedaggicas do currculo mnimo, a saber: Psicologia da Educao; Didtica; Estrutura e Funcionamento de 1 e 2 graus; e, Prtica de Ensino. A partir da dcada de 60, a funo da Educao Fsica na escola vai sendo redimensionada. O mtodo de Educao Fsica Desportiva Generalizada, divulgado no Brasil por Auguste Listello nos fins da dcada de 40, toma corpo e o esporte passa a ser o contedo determinante nas aulas de Educao Fsica. Neste sentido, modifica tambm a relao professor e estudante, j que o professor passa do papel de instrutor para o papel de treinador e divulgador do esporte e o estudante do papel de recruta para o papel de atleta e consumidor do iderio esportivo. A infncia encarada como um perodo transitrio e a criana como possvel talento esportivo. Entretanto vale ressaltar que estas modificaes no foram substanciais, j que permaneceram as relaes de domnio e submisso. Segundo Quelhas; Nozaki (2006, p. 73),
Uma vez mais, a Educao Fsica se coadunava com os interesses do Estado, agora sob os auspcios da ditadura militar que governou o pas aps o golpe militar de 1964. Caberia Educao Fsica, via uma subordinao ao esporte de rendimento, elevar os nveis de aptido fsica da populao, fornecer campees que pudessem fazer a propaganda do governo e desviar as atenes para as dissidncias e as barbaridades cometidas pela represso23.
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Sobre a atualidade do esporte como instrumento poltico e ideolgico ver o texto Como iludir o povo com o esporte para o pblico, de Taffarel; Santos Jr (2009).
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Foi neste contexto de ditadura e exaltao do esporte de rendimento, com finalidade na formao de campees, que fixado o decreto-lei 705/6924, que altera a redao do artigo 22 da lei 4024/61, estendendo a obrigatoriedade da prtica da Educao Fsica a todos os nveis e reas de ensino25. Neste momento, so criados novos cursos de Educao Fsica, dentre eles, em Santa Catarina, no ano de 1974, criado o Curso de Licenciatura em Educao Fsica na UFSC, com o objetivo de formar e aprimorar o maior nmero de profissionais, em nvel superior, para dar atendimento ao ensino de 1 e 2 graus do Estado. A partir da Portaria n. 470/GR/74 de 07 de outubro de 1974, deu-se a criao do curso e este foi reconhecido com o Decreto-lei n. 81759 de 06 de junho de 197826. Com relao ao movimento mais geral da formao de professores localiza-se a Resoluo 03/87 do CFE. Esta resoluo trouxe alguns avanos para a rea, a saber: a ampliao da durao e carga horria do curso; a exigncia da monografia de concluso de curso; e, a ampliao das reas do conhecimento denominadas de filosficas, humanas, sociolgicas e tcnicas (QUELHAS; NOZAKI, 2006). Entretanto, possvel demarc-la como a efetivao do incio da fragmentao profissional a partir do mercado de trabalho, j que previu a possibilidade da diviso dos cursos em licenciatura e bacharelado. Apesar desta resoluo no atingir significativamente a Educao Fsica, uma vez que poucos cursos de bacharelado foram criados, este foi o incio da abertura no Brasil para as polticas neoliberais no intuito de formar profissionais flexveis s demandas das agncias multilaterais do capital internacional, expressos em uma formao fragmentada a partir das necessidades do mercado de trabalho. tambm nos anos 80 que comeam a aparecer vrios movimentos que se centram na crtica ao paradigma da aptido fsica, at ento orientador das aulas de Educao Fsica, para formular outras propostas para a metodologia do ensino de Educao Fsica na escola. Dentre eles, destacam-se inicialmente: - a Abordagem Desenvolvimentista, que, apoiada na psicologia do desenvolvimento, objetiva oferecer criana experincias de movimento que
Mais tarde em 1 de novembro de 1971 foi promulgado o Decreto n. 69450 que regulamentou a Educao Fsica nos trs nveis de ensino, sendo que esta era facultada aos estudantes que trabalhassem mais de seis horas por dia e estudassem a noite, aos estudantes com mais de trinta anos de idade, aos estudantes que estivessem prestando servio militar na tropa e aos estudantes que estivessem fisicamente incapacitados. Seis anos depois, atravs da Lei n. 6503, de 13 de dezembro de 1977, acrescentada mais duas alneas no item sobre a facultatividade para com a prtica da Educao Fsica: aos estudantes de ps-graduao e s estudantes com prole. 25 Segundo Castellani Filho (1997, p. 30) a incluso da Educao Fsica obrigatria no Ensino Superior, conjuntamente com a Educao Moral e Cvica, serviu para colaborar, atravs de seu carter ldico-esportivo, com o esvaziamento de qualquer tentativa de rearticulao poltica do movimento estudantil. 26 Sobre isto ver o captulo trs desta dissertao.
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contribuam para o seu desenvolvimento normal27; - a Psicomotricidade, que, tambm apoiada na psicologia do desenvolvimento, objetiva trabalhar o movimento como mero instrumento para a aprendizagem de outros saberes transmitidos na escola28; e - a Educao Fsica Humanista, que objetiva trabalhar o movimento como mero instrumento para promover melhores relaes interpessoais entre as crianas, mediante valores ticos e morais29. Apesar de alterar em alguma medida a relao pedaggica entre professor e estudante, a prtica pedaggica ainda instrumentalizada e ancorada em idias e valores naturalizantes, que descaracterizam a condio histrica das prticas corporais e dos sujeitos envolvidos. Tambm, estas propostas no tiveram a preocupao de revelar o papel ideolgico da educao na sociedade capitalista. somente no final da dcada de 80 e incio da dcada seguinte que aparecem outras propostas pedaggicas, preocupadas em fazer a crtica ao papel da educao na sociedade vigente, a saber: - a Concepo de Aulas Abertas, que visa a co-participao dos estudantes nas decises didticas das aulas de Educao Fsica, precursora das duas propostas seguintes30; - a Educao Fsica Crtico-superadora, que, baseada na teoria marxista e na Pedagogia histrico-crtica de Dermeval Saviani, entende ser a cultura corporal o objeto da rea do conhecimento da Educao Fsica31; e - a Educao Fsica Crtico-emancipatria, que, influenciada pela fenomenologia de Merleau-Ponty e pela pedagogia de Paulo Freire, entende ser a cultura de movimento o objeto da rea do conhecimento da Educao Fsica32. Por cultura corporal, o Coletivo de autores (1992) compreende o amplo, complexo e rico campo da cultura que abrange a produo de prticas humanas expressivo-comunicativas, externalizadas pela expresso corporal. Neste sentido, reconhece os dados da realidade como historicamente construdos e situados. Ainda e como ponto crucial que distancia esta proposta das outras, corroborando com o pensamento de Freitas, L. C. (1987), esta explicita com que projeto histrico est comprometido: com os interesses da classe trabalhadora e a construo
Os autores principais desta proposta so os professores Go Tani, Edison de Jesus Manoel e Ruy Jornada Krebs (BRACHT, 1999). 28 Existem vrias crticas a esta proposta. Algumas delas so colocadas por Sayo (2002a, p. 55): Pautada num modelo de criana universal, a Psicomotricidade desconhece as diferenas de gnero, etnia e classe social, entre outras, trazendo, desde a sua gnese, uma idia de movimento como suporte para as aprendizagens cognitivas. O movimento neste caso, serve de recurso pedaggico visando ao sucesso da criana em outros campos do conhecimento. 29 Os princpios desta proposta so colocados por Vitor Marinho de Oliveira, pautado nas teorias da psicologia humanista de Maslow e Rogers (COLETIVO DE AUTORES, 1992). 30 Esta proposta tornou-se conhecida no Brasil pelo professor alemo Reiner Hildebrandt. 31 Esta proposta esta sintetizada no livro Metodologia do Ensino de Educao Fsica, escrito por um coletivo de autores, a saber: Carmen Lcia Soares, Celi Nelza Zlke Taffarel, Elizabeth Varjal, Lino Castellani Filho, Micheli Ortega Escobar e Valter Bracht. 32 O autor formulador desta proposta o professor Elenor Kunz e esta pode ser visualizada em Kunz (2003).
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de um novo modelo societal, o socialista. Nesta proposta, o professor e o estudante, o adulto e a criana, so vistos como sujeitos concretos, snteses de relaes sociais, no ignorando assim, suas condies sociais. J a Educao Fsica crtico-emancipatria entende como objeto da rea do conhecimento da Educao Fsica a cultura de movimento. Assim, nas aulas de Educao Fsica deve-se trabalhar a cultura de movimento como uma forma de comunicao com o mundo, transcendendo o saber fazer para abarcar tambm um saber questionar, na construo de um sujeito crtico. Entretanto, esta proposta no apresenta preocupao com a historicidade dos fenmenos em sua relao com a totalidade concreta33. Tambm, apesar de estabelecer a crtica ao modelo societal vigente no vislumbra outro modelo de sociedade definido, j que avalia que esta escolha deve partir dos indivduos. Neste sentido, encara o professor e o estudante, o adulto e a criana, como seres autnomos, conectados com a realidade mais prxima que os rodeia. importante ressaltar que no mesmo momento em que surgem questionamentos sobre a prtica pedaggica realizada at ento e so apresentadas algumas possibilidades de metodologias crticas, tanto na Educao como na Educao Fsica, setores do governo j esto se preparando para implementar outros projetos vinculados aos novos contornos do capitalismo. Na educao, exemplo disto a Resoluo 03/87, explicitada anteriormente, e a construo da LDBEN. No centro deste movimento de grande efervescncia de idias e discusses em torno do papel da Educao Fsica na escola, merece destaque especial o processo de elaborao da LDBEN e seus entrelaamentos com a Educao Fsica34. A primeira verso da LDBEN, apresentada pelo deputado Octvio Elsio em dezembro de 1988, no fazia meno obrigatoriedade da Educao Fsica. Em sua segunda verso, Substitutivo Jorge Hage de junho de 1990, ela mencionada da seguinte maneira:
A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente curricular obrigatrio na Educao Bsica, ajustando-se s faixas etrias e s condies da populao escolar, de modo a contribuir para o desenvolvimento do organismo e da personalidade do educando (apud CASTELLANI FILHO, 1997, p. 23).
Conceito cunhado por Kosik (1985). Para o autor totalidade concreta significa [...] realidade como um todo estruturado, dialtico, no qual ou do qual um fato qualquer (classes de fatos, conjunto de fatos) pode vir a ser racionalmente compreendido (idem, p. 35). 34 Este processo de constituio histrica da Educao Fsica na Nova LDBEN descrito no texto est embasado no estudo de Castellani Filho (1997).
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Neste contexto, o texto deixa evidente o resqucio da influncia da dcada de 70, ainda presentes. Contudo, o texto ir sofrer mais alteraes. Em sua terceira verso, aprovada na Cmara dos Deputados em 13 de maio de 1993, a Educao Fsica consta em seu artigo 34: A Educao Fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente curricular da Educao Bsica, ajustando-se s faixas e s condies da populao escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos (apud CASTELLANI FILHO, idem, p. 24). Firmava-se assim a associao direta entre a Educao Fsica e a capacitao fsica do indivduo. Esta verso foi encaminhada para o Senado e passou a ser identificada como PLC n. 101/93, constando como seu relator Cid Sabia. Este Senador encaminha um novo Substitutivo em 12 de dezembro de 1994, que ignora a ltima redao feita sobre a Educao Fsica e a substitui pela redao constante no Projeto de Lei n. 67 do Senador Darcy Ribeiro de 1992: A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, atividade obrigatria no ensino fundamental e mdio, sendo oferecidas progressivamente oportunidades apropriadas para alunos excepcionais (apud CASTELLANI FILHO, idem, p. 24). Esta redao provocou grande insatisfao aos profissionais da rea, j que a Educao Fsica voltava a ter a conotao de atividade curricular, de acordo com o sentido dado ao conceito pelo CFE em 1971, atravs do Parecer n. 853 e da Resoluo n. 08, a saber: nas atividades, as aprendizagens desenvolver-se-o antes sobre experincias colhidas em situaes concretas do que pela apresentao sistemtica dos conhecimentos (apud CASTELLANI FILHO, idem, p. 24). Segundo Castellani Filho (idem), isto reforava a idia de que esta disciplina, sob forma de atividade, representava uma ao sem expressiva reflexo terica, esvaziada no fazer pelo fazer, [...] enquanto uma mera experincia limitada em si mesma, destituda do exerccio da sistematizao e compreenso do conhecimento, existente apenas empiricamente (ibid., p. 25). Antes que surgissem mais rumores o Senador Darcy Ribeiro faz uma nova investida e elabora um Substitutivo, aprovado em fevereiro de 1996. Neste refere-se Educao Fsica no pargrafo primeiro do artigo 24: Os currculos valorizaro as artes e a educao fsica de forma a promover o desenvolvimento fsico e cultural dos alunos (apud CASTELLANI FILHO, idem, p. 25). Apesar de, pela primeira vez, a Educao Fsica aparecer conjuntamente com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural dos estudantes, talvez pelo fato das artes estarem includas na frase, esta redao de 1996 trouxe uma preocupao muito maior aos
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professores do que a redao anterior. Segundo Carmo (apud CASTELLANI FILHO, idem, p. 25), falando sobre o Substitutivo Darcy Ribeiro,
[...] ao colocar de forma descomprometida a exigncia curricular destes conhecimentos [...] [o senador] desconsiderou toda a histria de como os currculos so organizados em nosso sistema educacional, [onde] os curriculistas, pressionados pelos planejadores e economistas, trabalham sempre com propostas que possibilitem tanto aos Estados e Municpios, quanto aos dirigentes de instituies privadas, o mximo de economia possvel em cada grade curricular. [...] Manter o texto como est o mesmo que decretar a extino desses contedos dos currculos do ensino fundamental e mdio. Outro ponto a ser considerado, de acordo com Castellani Filho (idem) que a meno a no obrigatoriedade da Educao Fsica abre possibilidades para sua promoo como atividade extracurricular, contemplando somente os esportes, sob uma perspectiva de descoberta de talentos esportivos, justificando a cobrana de mensalidade e de investimentos de clubes privados. Sob esta conjuntura vrios setores da sociedade se mobilizaram para modificar a redao final da chamada nova LDBEN, antes de sua aprovao final: sindicatos de professores, entidades cientficas e o movimento estudantil35. No entanto, somente na ltima hora, resultado da presso realizada pela mobilizao nacional, sancionada a LDBEN, em 20 de dezembro de 1996, fazendo meno Educao Fsica em seu artigo 26. Repetindo o texto de sua terceira verso, aprovada na Cmara dos Deputados em 13 de maio de 1993, a Educao Fsica aparece da seguinte maneira: A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente curricular da Educao Bsica, ajustando-se s faixas etrias e s condies da populao escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos (apud CASTELLANI FILHO, idem, p. 27). Educao Fsica garantida a sua obrigatoriedade, mas esta redao apresenta algumas conseqncias no que diz respeito funo desta disciplina no currculo e sua finalidade formativa. A primeira conseqncia a volta da relao entre Educao Fsica e capacitao fsica, quando a disciplina colocada como sendo facultativa nos cursos noturnos. Esta relao acaba por deixar de lado a dimenso pedaggica desta, justificando-a como uma prtica descolada dos objetivos da escola. A outra conseqncia que a nova
Sobre a mobilizao do movimento estudantil na luta contra a redao do artigo 24 do Substitutivo Darcy Ribeiro ver Pinheiro (1996).
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LDBEN no definiu critrios para a organizao da Educao Fsica na escola. Segundo Vago (1999), esta ausncia de critrios possibilitou um vale-tudo dentro das aulas desta disciplina. Sobre isto o autor cita tambm um movimento de descaracterizao da Educao Fsica no ambiente escolar, j que a lei deu margem, denominando a Educao Fsica de componente e no disciplina curricular, para substituir as aulas por atividades realizadas em outros horrios e ambientes, como em academias e clubes. Dois anos depois, a Educao Fsica ir sofrer novamente com os ajustes estruturais impostos para a manuteno do modo de produo capitalista. Em 1 de setembro de 1998, aprovada a lei 9696/98, que regulamenta a profisso de Educao Fsica e que cria o Conselho Federal de Educao Fsica (CONFEF) e os respectivos Conselhos Regionais de Educao Fsica (CREFs). Esta lei surgiu para regulamentar, inicialmente, a profisso do Bacharel em Educao Fsica, que trabalharia em campos extra-escolares. De acordo com Nozaki (2003, p. 27)
A regulamentao da profisso foi mediada, [...], pelo contexto de crise do capital e reordenamento do mundo do trabalho. Apoiado na materialidade da desvalorizao do trabalho no magistrio, os defensores dela promoveram, por outro lado, a apologia do trabalho no escolar, dimenso plus da precarizao do trabalho contemporneo. Deste modo, para conseguir consenso na rea, discursaram, por fim, uma desqualificao dos trabalhadores de outras reas, denominando-os de leigos e, mais recentemente promovendo ingerncia em vrios campos, tais como dana, artes marciais, lutas, capoeira, yoga e at a escola, para onde a Lei Federal 9696/98 nunca se props ingerir. Portanto, a regulamentao da profisso foi sustentada por um discurso de naturalizao da crise, da precarizao do trabalho, da ideologia da empregabilidade, empreendedorismo e, por outro lado, pelo corporativismo de reserva de mercado nada diferente das prticas neoliberais e neofascistas (grifos do autor).
Cabe destacar que, no ano seguinte regulamentao, no XX Encontro Nacional dos Estudantes de Educao Fsica (ENEEF), em agosto de 1999, na Cidade de Recife/PE, surgiu o Movimento Nacional Contra a Regulamentao do Profissional de Educao Fsica (MNCR). O MNCR possui os seguintes princpios:
Ser contrrio tese da regulamentao da profisso, entendendo-a como uma tese fragmentria e corporativista, portanto, ser tambm contrrio a qualquer tentativa de disputa eleitoral em qualquer instncia dos conselhos, sejam eles federal ou regionais.
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Ser um Movimento de carter amplo, com o conjunto da categoria dos professores, bem como dos estudantes e trabalhadores de um modo geral, tornando-o de mbito nacional. Lutamos pela defesa dos direitos e conquistas da classe trabalhadora. Lutamos pela regulamentao do trabalho de forma a garantir a todos os trabalhadores (empregados ou no) direitos bsicos como: estabilidade, frias, salrio e aposentadoria dignos, etc (grifos dos autores) (MNCR/MEEF, 2008, p. 05). Colocando o foco no plano macro da educao, as novas investidas do capital se materializam por meio de reformas do aparelho do Estado, dentre elas: o Projeto de Reforma Universitria e as Novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduao (Resoluo 07/2004 do CFE)36. Sobre as Novas Diretrizes Curriculares destacam-se algumas questes, j que afetam diretamente a formao de professores. As Novas Diretrizes Curriculares prevem a formao de professores por habilitaes, dividindo-os em graduado (bacharel) e licenciado. Apesar de esta conjuntura ser resultado da Resoluo 03/87, na atualidade ela se mostra muito mais forte e com outros contornos, como: - a abertura macia de cursos privados, na direo de uma formao tcnica para o mercado; a criao e manuteno de rgos de certificao e avaliao como o Sistema Nacional de Avaliao do Ensino Superior (SINAES) e Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE) e, mais especificamente na Educao Fsica, do sistema CONFEF/CREF; e - um debate de idias caracterizado pelos pressupostos da epistemologia da prtica e do professor reflexivo37. A partir das Novas Diretrizes a formao do professor pensada a partir do modelo de competncias, numa dimenso tcnico-instrumental, cujo papel do professor atender a desempenhos especficos. Corroborando com os estudos de Arce (2000, 2001), David (2002), Pimenta (2002), Serro (2002), Duarte (2003), Quelhas; Nozaki (2006), Taffarel; Teixeira; DAgostini (2005), Taffarel; Lacks; Santos Jnior (2006) e Taffarel; Lacks (2007), compreende-se que: - a educao deve ser entendida e estudada a partir da perspectiva da formao humana e no a partir do universo local e do mercado; - a docncia deve constituirse como eixo central da formao, independente do campo de atuao; - os conhecimentos tericos tm importncia essencial na formao para uma ampla reflexo sobre o fenmeno
Interessante destacar que, especificamente na Educao Fsica, o CONFEF teve papel decisivo na construo das Diretrizes Curriculares. 37 Segundo Tardif (2000, p. 10) a epistemologia da prtica [...] o estudo do conjunto dos saberes utilizados realmente pelos professores em seu espao de trabalho cotidiano para desempenhar sua tarefa. O professor reflexivo aquele que reflete sobre sua prtica a partir desta epistemologia. Crticas a este paradigma ver Arce (2001) e Duarte (2003).
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educacional (e no apenas a reflexo sobre a sua prtica local como prevem os tericos da epistemologia da prtica). Sintetizando as reflexes, destaca-se um excerto de Arce (2001, p. 267):
No acreditamos que o professor possa ser formado apenas refletindo sobre a sua ao; acreditar neste discurso e apoi-lo decretar o fim de nossa profisso, aceitar que nos tornamos cada vez mais dispensveis diante do aparato tecnolgico que hoje possumos para transmisso de informao. Tambm no acreditamos que a formao inicial do professor possa se dar em servio, no vemos nenhum outro profissional ser formado assim. Por que ns deveramos admitir que para ser professor qualquer tipo de formao possa ser feita? Por isso, reafirmamos que a formao de professores no pode se eximir de uma bagagem filosfica, histrica, social e poltica, alm de uma slida formao didtico-metodolgica, visando formar um profissional capaz de teorizar sobre as relaes entre educao e sociedade e, a sim, como parte dessa anlise terica, refletir sobre a sua prtica, propor mudanas significativas na educao e contribuir para que os alunos tenham acesso cultura resultante do processo de acumulao scio-histrica pelo qual a humanidade tem passado. No mbito deste conjunto das polticas existentes destaca-se a Lei n. 11.114, de 16 de maio de 2005. Esta lei altera os artigos, 6, 32 e 37 da Lei n. 9394/96, com o objetivo de ampliar o Ensino Fundamental para nove anos e tornar obrigatria a matrcula de crianas de seis anos de idade nesta etapa do Ensino Bsico. Esta lei foi recebida com espanto pelos professores tanto da Educao Infantil, como do Ensino Fundamental, pois gerou uma grande preocupao com relao a chamada incluso das crianas de seis anos na escola do Ensino Fundamental. Tais inquietaes apareceram no primeiro documento do MEC sobre o assunto, intitulado Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientaes Gerais. Neste, os autores trazem vrias questes a respeito desta criana de seis anos, que agora far parte do Ensino Fundamental, a saber: Quem ela? Que momento ela est vivendo? Quais so os seus direitos, interesses e necessidades? Por que ela pode ou deve ingressar no Ensino Fundamental? Qual o seu ambiente de desenvolvimento e aprendizado? (MEC, 2004a, p. 19). Avalia-se que esta ateno dada criana de seis anos importante, mas pensa-se que, guardadas as suas especificidades, merecem tambm ateno as crianas das outras turmas dos anos iniciais. Esta ampliao de olhar permite o incio da efetivao da escola como um
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lugar privilegiado da infncia (QUINTEIRO, 2000), no qual possa permitir a articulao do aprender, do brincar e do participar (QUINTEIRO; CARVALHO, 2007). No documento Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientaes para a Incluso da Criana de Seis Anos de Idade mencionada a importncia e os objetivos das reas do conhecimento, dentre elas da Educao Fsica, para a criana de seis anos. Segundo o documento (CORSINO, 2007, p. 61) o trabalho da Educao Fsica deve [...] possibilitar a socializao e a memria das prticas esportivas e de outras prticas corporais. Entretanto, logo aps esta afirmao a autora continua expressando que
O(a) professor(a), ao planejar atividades dessa rea para as crianas, precisa escolher aquelas que promovam a conscincia corporal, a troca entre elas, a aceitao das diferenas, o respeito, a tolerncia e a incluso do outro. [...] Vale lembrar que o desenvolvimento dessa rea na escola no tem como finalidade classificar ou selecionar atletas. Seu objetivo principal, antes de qualquer inteno de desenvolver habilidades motoras, promover a incluso de todos. Sendo assim, importante que os conhecimentos e as atividades dessa rea sejam instrumentos de formao integral das crianas e de prtica de incluso social, e proporcionem experincias que valorizem a convivncia social inclusiva, que incentivem e promovam a criatividade, a solidariedade, a cidadania e o desenvolvimento de atitudes de coletividade (grifos meus) (ibid., p. 61). Como fica explcito, o documento no leva em considerao toda a discusso realizada a partir dos anos 90 e reafirma a Educao Fsica como uma disciplina instrumentalizadora de outros saberes e valores, como nas propostas da Psicomotricidade e da Educao Fsica Humanista. O ponto central desta discusso que esta concepo de Educao Fsica deixa de lado o que muitos autores (COLETIVO DE AUTORES, 1992; ESCOBAR, 1995) expressam sobre o objetivo da Educao Fsica na escola, a saber: a transmisso e reflexo sobre a cultura corporal, ou seja, sobre a expresso corporal como uma das linguagens. Este posicionamento tomado no documento com relao Educao Fsica reflete a prpria constituio da rea, j que esta as discusses sobre as metodologias do ensino so recentes e ainda difusas. Ainda, este reflete a conjuntura do poltica educacional brasileira, que alm de no garantir s crianas o acesso ao conhecimento historicamente produzido, contribui para um modelo de educao que tem como foco a invalidao dos conflitos sociais e a manuteno do status quo. Neste sentido, o professor e a criana so tratados como sujeitos individualmente responsveis por seu sucesso ou fracasso.
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Encerrando este captulo, possvel afirmar que a constituio histrica da Educao Fsica foi, por muito tempo, impulsionada a partir dos valores militaristas e higienistas, tendo a aptido fsica como objeto da prtica pedaggica. Os resqucios desta constituio ainda esto presentes na escola e na formao universitria do professor de Educao Fsica. Entretanto, esta rea j se encaminha para outras perspectivas, que buscam pensar a prtica pedaggica da Educao Fsica na escola como espao de socializao dos elementos da cultura corporal, encarados como direitos sociais e instrumento de humanizao e transformao social. O prximo captulo apresenta um panorama da pesquisa educacional e em Educao Fsica, bem como analisa as tendncias da pesquisa em Educao Fsica sobre a infncia, a partir dos grupos bibliogrficos selecionados: teses e dissertaes do Banco de Teses de CAPES, os artigos em peridicos da Educao Fsica e trabalhos dos CONBRACEs.
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EDUCACIONAL BRASILEIRA38.
A cincia no apenas um produto da razo, mas um produto da sociedade, que nasce das necessidades da produo material. (Tsygankov)
O objetivo deste captulo identificar e analisar o lugar que ocupa a infncia na produo acadmica na rea da Educao Fsica. Para contemplar este objetivo, num primeiro momento apresenta um panorama da pesquisa educacional e em Educao Fsica. Num segundo momento traz a anlise das tendncias da produo acadmica da Educao Fsica sobre a criana e a infncia a partir de teses e dissertaes selecionadas no Banco da CAPES, artigos em peridicos da Educao Fsica e trabalhos em Anais dos CONBRACEs.
Segundo Gatti (1983), estudos sistemticos no mbito da pesquisa educacional comeam a desenvolver-se a partir do marco da criao do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), em 1938 e, mais tarde, na dcada de 50, a pesquisa educacional ganha foras com a criao da Campanha Nacional de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (atual CAPES), ao promover a institucionalizao da pesquisa. Inicialmente, o foco das pesquisas centrava-se no desenvolvimento psicolgico das crianas e adolescentes, nos processos de ensino e na avaliao. Aos poucos, acompanhando o fim do ciclo ditatorial de Vargas e a abertura democrtica do pas, o foco dos estudos muda para as condies culturais e tendncias da sociedade brasileira. O objeto de ateno mais comum nas pesquisas educacionais passou a ser, nesse momento, a relao entre o sistema escolar e certos aspectos da sociedade (GATTI, op. cit., p. 17). Na dcada de 60, sob a ditadura militar e com a efervescncia do desenvolvimentismo brasileiro, estudos sobre a educao como investimento ganham flego e, segundo Andr (2001, p. 54) [...] o interesse se localizava nas situaes controladas de experimentao, do tipo laboratrio [...], j que
Algumas das informaes a seguir fazem parte do quadro intitulado Panorama da Pesquisa Educacional no Brasil 1920-2006, elaborado pelas estudantes Caroline Machado Costa, Ceclia da Silva, Caroline Michele Brunken Karger, Cristina Cardoso Rodrigues, Isabel Azambuja, Isabela Jane Steininger e Rute da Silva, na disciplina de Seminrio de Dissertao I, da Linha de Pesquisa/Educao e Infncia/PPGE /UFSC, ministrada pela prof. Jucirema Quinteiro, semestre 2007.1.
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importava privilegiar a eficincia e a tcnica, no sentido de analisar as variveis de contexto e seu impacto sobre o produto final (GATTI, op. cit.). A dcada de 70 caracterizada pela institucionalizao da pesquisa nas universidades. No final desta dcada, os trabalhos de alguns cursos de ps-graduao em Educao comeam a se consolidar. Isto possibilitou a ampliao das temticas de estudo, o aprimoramento metodolgico e anlises de balano terico da produo educacional realizada at ento. De acordo com Gatti (op. cit., p. 18), Passou-se a utilizar tanto mtodos qualitativos mais sofisticados de anlise, como tambm, quantitativos e, no final desta dcada, um referencial terico mais crtico, cuja utilizao estende-se a muitos estudos. Neste momento, com o fim da ditadura militar e o incio do processo de abertura poltica no pas, o foco das pesquisas inverte-se: das preocupaes com os fatores externos escola, passa-se a dar uma maior ateno para os estudos sobre o cotidiano escolar, com destaque para os vrios aspectos que constituem o fenmeno do fracasso escolar. Esta mudana refletiu tambm sobre a metodologia de pesquisa, onde a anlise das situaes reais da sala de aula toma o lugar que era ocupado pelas anlises de situaes controladas. Alm disto, destaca-se a criao, em 1976, da ANPEd. A criao da ANPEd fez parte de um projeto promovido pela CAPES que tinha como objetivo a institucionalizao da pesquisa no Brasil. Contudo, este projeto, refletindo o momento histrico do pas, buscava esta institucionalizao para legitimar a poltica nacional vigente, fazendo com que as instituies criadas operassem como braos do governo. Entretanto, afirmam Souza; Bianchetti (2007), aos poucos, a ANPEd vai destituindo esta subordinao e caminhando para a constituio de sua autonomia. Na dcada de 80, a partir do movimento de reformulaes nos currculos dos cursos de graduao, as pesquisas em educao focam sua ateno sobre a formao de professores. Este foco ir penetrar a dcada de 90, dividindo espao com os estudos do cotidiano escolar. Sobre a formao de professores Brzezinski; Garrido (2001) identificam a diversidade das temticas e destacam que
A participao dos professores, enquanto sujeitos dos processos formativos, apareceu em vrias pesquisas de formao inicial e continuada, mas, a voz do aluno praticamente no foi ouvida pelos investigadores. Alis, os professores foram estudados pelos formadorespesquisadores. No foi analisado o formador do professor. Tampouco foram levantados dados sobre como outros profissionais vem os professores ou como os alunos vem os docentes. Tambm nada se
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estudou a respeito do que os alunos esperam da escola (grifos meus) (ibid., p. 95) Ainda, as autoras apontam a recorrncia da temtica profissionalizao docente, no interior do Grupo de Trabalho (GT) Formao de Professores da ANPEd, no perodo de 1992 a 1998. Contudo, destacam a ausncia de estudos relativos ao direito dos professores sindicalizao e participao em associaes e movimentos de valorizao da categoria. Com relao ainda formao de professores, Duarte (2003) observa no apenas um aumento das pesquisas, a partir dos anos 90, com esta temtica, mas uma mudana de enfoque pedaggico caracterizado pelas apropriaes dos estudos internacionais no campo da epistemologia da prtica e do professor reflexivo, campo este representado por autores como Antnio Nvoa, Donald Schn, Maurice Tardif e Philippe Perrenoud. Tal cenrio de apropriao das teorias ps-modernas no se limita apenas s pesquisas sobre formao de professores, mas, tambm, nas pesquisas educacionais como um todo. Entretanto, este ir instituir-se nos anos 2000. Os estudos sobre a infncia, compreendida como construo social e sobre a criana como sujeito histrico e de direitos, sntese das mltiplas determinaes sociais, aparecem como foco da pesquisa educacional brasileira, como j exposto na introduo, na dcada de 40 com Florestan Fernandes, em seu trabalho intitulado As Trocinhas de Bom Retiro. Porm, somente nas ltimas dcadas do sculo XX, e mais precisamente, a partir dos anos 2000 que as pesquisas sobre a infncia comeam a aparecer de forma mais expressiva, o que levou Quinteiro (2009a) a apontar para um campo de estudos em construo, tanto no Brasil como no resto do mundo. Explicitando melhor esta evidncia, a autora expe que:
Nas duas ltimas dcadas, a produo sobre o tema infncia no campo da educao no Brasil parece ter ampliado o seu campo de intervenes e, tambm, adquirido algum estatuto terico-metodolgico. Os estudos sobre a infncia como uma questo pblica e no apenas privada comeam a pipocar na produo acadmica brasileira. Constata-se uma produo caracterizada por diversidade de temas, pautados por estudos empricos e ausncia de debates tericos, voltados a problemas relativos histria social da infncia, s pssimas condies de vida e existncia das crianas e de suas famlias, ao profundo desrespeito por parte do Estado criana como sujeito de direitos e, sobretudo, aos diversos aspectos e especificidades que envolvem a educao e a proteo da criana de zero a seis anos de idade (ibid., p. 20-21).
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Sob esta conjuntura onde a infncia entendida como representao social e direito da criana, tais questes iro refletir diretamente na formulao de polticas e legislaes para a proteo mnima das crianas. Segundo Quinteiro (2004, p. 166),
[...] at o final da dcada de 80, nenhuma constituio havia ainda se referido aos direitos especficos da criana. Historicamente, tais direitos aparecem relacionados e justificados no Direito Famlia e Assistncia. No Brasil, a partir da Constituio de 1988 registam-se (sic) pela primeira vez os direitos especficos da criana. Logo depois, o governo brasileiro sancionou a Lei n. 8.069 de 13 de Julho de 1990, que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente ECA, e, atravs do Decreto Legislativo n. 28 de 14 de setembro 1990, aprovou o texto da Conveno sobre os Direitos da Criana CDC, adoptada pela Assemblia Geral das Naes Unidas, em Novembro de 1989. Quanto produo cientfica e pedaggica na rea da Educao Fsica, a trajetria mais recente. Conforme foi demonstrado no captulo anterior, a Educao Fsica no Brasil, at a primeira metade do sculo XX, apresentava-se como uma disciplina exclusivamente prtica, no se justificando um campo terico-cientfico que estabelecesse uma identidade pedaggica prpria (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Observa-se que nas dcadas de 40 e 50, sob a poltica do desenvolvimentismo brasileiro, surgem demandas para a pesquisa em Educao Fsica e vrios estudos so realizados no sentido de legitimar esta disciplina a partir do paradigma da aptido fsica. Tambm aparecem muitos estudos baseados na comparao de modelos com outros pases. Somente em 1969, com o Parecer 672 do CFE que o curso de licenciatura em Educao Fsica equipara-se aos outros cursos de licenciatura, abarcando disciplinas de cunho cientfico e pedaggico. Contudo, apenas na dcada de 70 que se inicia uma poltica de incentivo pesquisa cientfica e pedaggica, na Educao Fsica. Com relao a isto, Bracht (1993) destaca o Diagnstico da Educao Fsica e dos Desportos realizado pelo MEC em 1969/1970 como um marco que gerou a criao e implantao de cursos de ps-graduao, incentivo capacitao docente, financiamento e fomento da pesquisa cientfica (ibid., p. 111). Entretanto, segundo Taffarel (2007), esta poltica de incentivo no aconteceu uniformemente em todo pas: [...] Em tal poltica, no cabiam os grupos do Nordeste do Brasil e, assim, nesses trinta anos acentuaram-se as desigualdades (ibid., p. 32). As regies Norte e Centro-oeste tambm ficaram alheias a este incentivo, tendo este se concentrado nas regies Sul e Sudeste.
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Sob esta conjuntura poltica de incentivo pesquisa, ressalta-se a criao do CBCE, em 1978. Aliado ao paradigma da aptido fsica da poca, o CBCE surgiu a partir de um entendimento interno na Federao Brasileira de Medicina do Esporte (FBME). Segundo Pereira (2007, p. 13),
Na segunda metade da dcada de 1970, os no-mdicos apresentavam mais trabalhos nos congressos do que os mdicos, mas a Federao s aceitava mdicos como scios. Criar uma sociedade mais abrangente foi a sada para atender s reas no contempladas pela FBME. Inicialmente organizada no modelo do American College of Sports Medicine, o CBCE instituiu-se como um importante espao de produo e divulgao das pesquisas em Educao Fsica, pautadas nos princpios da eficincia, produtividade e racionalidade. O foco inicial das pesquisas estava relacionado s tcnicas e ao desempenho atltico e, as metodologias empregadas advinham da concepo de neutralidade e objetividade cientfica. Em 1979, final da Ditadura Militar, realizou-se o I CONBRACE, em So Caetano do Sul/SP, sob o tema A criana brasileira e a atividade fsica. Aps anlise da extensa e densa programao deste congresso, destaca-se o painel que leva o nome do tema do evento, com a participao de reconhecidos professores na rea: Lamartine Pereira da Costa, Jos Elias Proena, Ana Maria Paes Almeida Tara Panoff e Darcimires do Rego Barris, que ministraram as seguintes palestras: Educao Fsica Permanente; Paralelo entre o desenvolvimento fsico e o jogo em funo da educao; Curvas e desenvolvimento motor de escolares; e, A criana brasileira e a atividade fsica, respectivamente. Alm destes, salta a vista outras questes, apresentadas como temas livres, sob os ttulos: O treinamento e a competio precoce e suas influncias psicolgicas em crianas de 7 a 12 anos, apresentado por cinco professores da Escola de Educao Fsica da USP; Uma reviso da socializao da criana no esporte, apresentado por trs professores do Laboratrio de Aptido Fsica de So Caetano do Sul/SP; e, Estudo da presso arterial sangunea em crianas e adolescentes em contraste com adultos, apresentado por nove professores do Centro Interdepartamental de Pesquisa em Educao Fsica da Escola de Educao Fsica da USP. interessante observar, que segundo Kramer (1996), o ano de 1979 pode ser considerado o marco do incio da produo acadmica sobre a criana e a infncia brasileira39.
Apesar de estudos, como o de Florestan Fernandes, serem anteriores a esta data, o ano de 1979 expressa o incio da pesquisa, a partir de um coletivo de pesquisadores, sobre a criana e a infncia, no Brasil.
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[...] a definio pela UNESCO de que 1979 seria o Ano Internacional da Criana que forneceu o pretexto [para que um grupo de pesquisadores mestrandos em educao] para o mergulho no trabalho terico com o objetivo de compreender a viso de infncia presente no senso comum e na pedagogia (grifos meus) (ibid., p. 15). Neste perodo, no campo educacional, os estudos apresentam-se voltados, predominantemente, s questes concernentes s crianas das camadas populares e criana marginalizada, aos processos de construo de esteretipos e aquisio de habilidades motoras e cognitivas para a aprendizagem40. Destaca-se a edio Nmero 31 do Cadernos de Pesquisa que teve como tema A situao da criana brasileira e suas interfaces com a pesquisa (1979). A dcada de 80 ser marcada pela crtica ao paradigma da aptido fsica e esportiva, at ento orientador da prtica pedaggica. neste momento tambm, conforme exposto no captulo anterior, que comeam a surgir movimentos propondo outras abordagens para a metodologia do ensino da Educao Fsica. Mais do que isto, a quase uma dcada do I CONBRACE, cujo tema foi A criana brasileira e a atividade fsica, pautado predominantemente por anlises sobre medidas e avaliaes do desempenho fsico e motor da criana, destaca-se o V CONBRACE, realizado na cidade de Olinda/PE, no ms de setembro de 1987, por trazer mais uma vez, a criana como tema central do evento: A criana e o esporte no Brasil. Dentre as atividades presentes na programao do evento destacam-se: duas conferncias: O Esporte e a socializao da criana, e, Esporte e criana: fazer e compreender, proferidas pelo antroplogo Carlos Rodrigues Brando e pela professora de Educao Fsica Vera Costa, respectivamente; trs Mesas Redonda sob os temas: O esporte da criana em uma perspectiva interdisciplinar, As teses equivocadas na formao profissional de EF/esportes, e, A criana e o esporte no currculo de formao profissional, ministradas pela pedagoga Ivani Catarina Fazenda, pelo professor de Educao Fsica Haimo Fensterseifer e pela pedagoga Micheli Ortega Escobar, respectivamente; e, um Painel de Psicologia do Esporte, intitulado O significado do esporte para a criana, apresentado por Gracita Didier e Rubem Rosadas41.
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Tais afirmaes baseiam-se em um levantamento e anlise de artigos realizado por esta pesquisadora junto a cinco peridicos existentes na rea da Educao, no perodo de 1971 a 2007, a saber: Cadernos de Pesquisa, Educao e Sociedade, Cadernos Cedes, Perspectiva e Revista Brasileira de Educao com o objetivo de subsidiar esta investigao. Entretanto, por razes que no cabem aqui explicitar, decidiu-se deixar de fora deste texto. 41 RBCE, v. 09, n. 01, set. 1987.
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Sob uma conjuntura poltica marcada pela Assemblia Nacional Constituinte, pelo mais baixo salrio mnimo da histria do Pas, pelo crescimento da mortalidade infantil, do desemprego e da violncia no campo e na cidade, o V CONBRACE, instala-se apresentando, em seu Editorial, os seguintes desafios:
Que relaes podemos estabelecer entre os temas a serem abordados neste congresso e a realidade que est a, nas ruas, nas praas, nas favelas, nas cestas-bsicas que j no podem ser compradas? Como refletir a criana e o esporte? De que criana estamos falando? Daquela criana abstrata, dos livros, das teses, laboratrios e de nossas intenes pedaggicas? Ou ser que tivemos a humildade de refletir a criana no seu contexto scio-econmico, poltico e cultural, compreendendo seu universo no mundo social mais amplo das relaes de produo marcadas pela explorao, pela desescolarizao, pelo trabalho precoce, pela prostituio aos milhares j aos 10, 12, 15 anos, como sobrevivncia, pelo vcio, enfim? [...] Como situar nossos compromissos com a criana enquanto ser humano, e com o esporte, enquanto prtica social na sociedade brasileira que est a, nossa frente, nossa volta? Finalmente, a dcada de 90 caracteriza-se mais pelas discusses acerca do estatuto epistemolgico da rea e menos sobre a infncia e a criana na Educao Fsica. Tais discusses evidenciam-se nas temticas centrais de cinco edies do CONBRACE, a saber:
Em 1991, em Uberlndia/MG, a temtica central foi a Produo e veiculao do conhecimento na Educao Fsica, esporte e lazer no Brasil: anlise crtica e perspectivas; em 1993, em Belm/PA, o Conbrace interrogava sobre Que cincia essa? Memria e Tendncias; em 1995, em Vitria/ES, a temtica intitulava-se Interdisciplinaridade, cincia e pedagogia; em 1997, em Goinia/GO, a temtica foi Renovao, modismos e interesses; em 1999, em Florianpolis/SC, a temtica intitulava-se Educao fsica/cincias do esporte: Interveno e conhecimento (grifos dos autores) (NBREGA et al, 2003, p. 175-176). Quanto s matrizes epistemolgicas das pesquisas em Educao Fsica, resultados encontrados por Souza e Silva (1997) demonstram que a maioria das pesquisas da rea, na dcada de 90, realizada a partir da abordagem emprico-analtica (66,22%) e, em menor grau, aparecem as abordagens fenomenolgico-hermenuticas (21,62%) e crtico-dialtica
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(12,16%)42. importante ressaltar que tal panorama no sofreu alteraes substanciais nos anos 2000. Conforme podemos visualizar no estudo de Molina Neto et al (2006) ainda as pesquisas realizadas a partir da abordagem emprico-analtica abarcam a maioria da produo na rea43. Uma evidncia importante demonstrada no estudo de Molina Neto et al (op. cit.), a relao existente entre a matriz epistemolgica das pesquisas e o financiamento por meio de bolsas de produtividade. Neste, os autores realam que:
As pesquisas de matriz crtico-dialtica situam-se [...] em um patamar bem inferior s outras duas matrizes o que reflete, nos parece, a influncia e o peso dos campos e mtodos originrios das cincias duras como modelos de maior investimento por parte dos rgos financiadores de pesquisa (ibid., p. 159-160). Entretanto, o estudo realizado por Gamboa; Chaves; Taffarel (2007) indica que a produo da pesquisa em Educao Fsica no Nordeste brasileiro, apresenta uma inverso neste quadro, a saber: a abordagem emprico-analtica (16%) superada pelas abordagens crtico-dialtica (46%) e fenomenolgica (34%), demonstrando perspectivas de mudana no estatuto epistemolgico da pesquisa na rea44. Estabelecendo uma relao entre a pesquisa educacional e em Educao Fsica, apesar das duas surgirem em momentos diferentes, interessante destacar que o foco das pesquisas, tanto na Educao como na Educao Fsica, acompanhou o momento histrico no qual viveu o pas. Somente nas ltimas dcadas do sculo XX que estas duas reas comeam a questionar o papel do Estado e de suas polticas, estabelecendo um debate no sentido desvendar o carter ideolgico destas polticas, no caminho da construo de outras possibilidades para encaminhar a formao humana. At aqui, foi apresentado um panorama geral de como se constituiu os campos da pesquisa em Educao e, em especial, em Educao Fsica no Brasil, buscando estabelecer
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Nesta pesquisa a autora analisa a produo nacional atravs das dissertaes de mestrado dos cursos de psgraduao do sul e sudeste brasileiro, no perodo de 1988 a 1994. Estes cursos correspondem a quase total produo da rea. 43 Nesta pesquisa os autores analisam as teses de doutorado produzidas nos programas de Ps-graduao em Educao Fsica brasileiros e as dissertaes de mestrado do Programa de Ps-graduao em Cincias do Movimento Humano da UFRGS, no perodo de 2000 a 2005. Relacionam estas informaes com os documentos do CNPq sobre as bolsas de produtividade e os trabalhos cientficos apresentados nos CONBRACEs de 2001, 2003 e 2005. 44 A pesquisa apresenta um balano da produo no Nordeste brasileiro produzida por pesquisadores que atuam em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Como ainda no existem programas de Ps-graduao em Educao Fsica nesta regio, a produo analisada corresponde s pesquisas realizadas em outras reas do conhecimento, como a Educao, e outros programas nacionais e internacionais.
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relaes entre estes dois campos de pesquisa. Entretanto, cabe investigar como a infncia, especialmente, a infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica, aparece na produo acadmica. Para tanto, apresenta-se uma anlise da produo acadmica representada por: teses, dissertaes, artigos em peridicos e nos Anais do CONBRACEs.
Com o objetivo de identificar e analisar o lugar que ocupa a infncia na pesquisa em Educao Fsica e, marcadamente, na formao universitria do professor de Educao Fsica realizou-se um levantamento junto ao Banco de Teses da CAPES, utilizando como palavraschave: Educao Fsica, Formao de Professores e Infncia. O resultado de tal levantamento encontra-se no quadro a seguir: Quadro 1 Teses e dissertaes sobre Educao Fsica, Formao de Professores e Infncia 1987 a 200745. Perodo (dcada) 1987 a Tipo de produo 1989 Teses46 Banco de Teses CAPES Dissertaes Banco de Teses CAPES Total 1990 a 1999 2000 a Subtotal 2007 03 03 11 11 14 14
Como se pode observar (Quadro 1) dos catorze trabalhos, trs so teses e onze so dissertaes, todos defendidos no perodo de 2000 a 2007. Em linhas gerais, estes discutem temas relacionados a: representaes que os professores e estudantes de graduao em Educao Fsica tm a respeito das questes que envolvem o corpo e o movimento humano (03); histria das prticas corporais (02); processos de incluso da criana portadora de necessidades especiais na escola (01); condies de trabalho do professor de Educao
Cf. Anexo A. Importa esclarecer que se incluiu teses de doutorado no levantamento desta pesquisa apenas para identificar esta produo. No cabe aqui analisar teses, j que se tratar de uma dissertao de mestrado.
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Infantil (01); relaes entre professor, criana, mdia e tecnologias (01); concepes de infncia presentes nas canes infantis (01); violncia na infncia (01); direito educao e cidadania de crianas e adolescentes de escolas pblicas (01); memria esportiva e formao docente (01); interveno e proposta pedaggica do professor de Educao Fsica na Educao Infantil (01); e, formao continuada de professores de Educao Fsica na Educao Infantil (01). Isto posto, interessante observar que no foi possvel identificar nenhum trabalho que estabelecesse uma relao direta com o objeto desta pesquisa, a saber, a infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica. Diante disto, foi realizado um segundo levantamento junto ao Banco de Teses da CAPES mediante a substituio da categoria Infncia por Criana. Certamente, o redimensionamento de tais categorias no garante que os trabalhos selecionados sejam rigorosamente distintos, mesmo assim o resultado desta seleo foi surpreendente. De catorze trabalhos passou-se para noventa e nove, o que levanta a hiptese, apresentada por Quinteiro et al (2008), que criana e infncia so tratadas como sinnimos e no distintamente. Este resultado pode ser constatado no quadro a seguir: Quadro 2 Teses e dissertaes sobre Educao Fsica, Formao de Professores e Criana - 1987 a 200747. Perodo (dcada) 1987 a Tipo de produo 1989 Teses Banco de Teses CAPES Dissertaes Banco de Teses CAPES Total 1990 a 1999 16 16 2000 a Subtotal 2007 16 16 67 83 83 99
Como se pode extrair do quadro acima (Quadro 2) foram selecionados noventa e nove trabalhos, sendo que dezesseis so teses defendidas entre 2000 e 2007, e oitenta e trs so dissertaes, dezesseis defendidas no perodo de 1990 a 1999 e sessenta e sete no perodo de 2000 a 2007. Estes noventa e nove trabalhos, em linhas gerais, discutem sobre: relaes entre Educao Fsica e crianas portadoras de necessidades especiais (14); papel do jogo e da brincadeira para a criana (10); interveno e proposta pedaggica do professor de Educao
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Cf. Anexo B.
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Fsica no Ensino Fundamental (10) e na Educao Infantil (05); formao universitria (07) e continuada do professor de Educao Fsica (03); Educao, mdias e tecnologias (04); ensino do esporte (04); formao de professores de Educao Infantil (04); aes pedaggicas na Educao Infantil (03); representaes que os professores e estudantes de graduao em Educao Fsica tm a respeito das questes que envolvem o corpo e o movimento humano (02); a alteridade na Educao Infantil (02); relaes entre Educao e sade (02); obesidade infantil (02); formao continuada de professores em geral (01); direito educao e cidadania de crianas e adolescentes de escolas pblicas (01); concepes de infncia presentes nas canes infantis (01); condies de trabalho do professor de Educao Infantil (01); formao de professores de Pedagogia (01); formao de professores em Cincias Naturais (01); formao de professores na Escola Normal (01); Educao de Jovens e Adultos (01); Educao Ambiental (01); avaliao institucional na Educao Infantil (01); histria da Educao Infantil (01); violncia na infncia (01); fracasso escolar (01); progresso continuada (01); classes de acelerao (01); relaes entre Educao Fsica e cultura (01); ensino das Artes (01); ensino de Fsica (01); Educao distncia (01); gesto (01); relaes entre Educao e cidadania (01); relao homem e natureza (01); trabalho do professor de classes multisseriadas (01); lazer e a recreao (01); projetos literrios na escola (01); divulgao cientfica (01); e, relaes entre Educao Fsica e PCNs (01). Cabe aqui destacar a dissertao de Patrcia C. Ayres Montenegro, intitulada O sentido de aluno-criana no imaginrio de alunos mestres, defendida em 1994, no Programa de Mestrado em Educao Fsica da Universidade Gama Filho (UGF). Nesta, a autora busca identificar as representaes que os futuros professores de Educao Fsica tm sobre as crianas de escolas pblicas. Neste sentido, a autora apresenta, entre outros aspectos, a indefinio, por parte dos estudantes universitrios, das finalidades da Educao Fsica na formao das crianas. Apesar deste segundo levantamento trazer uma quantidade bastante expressiva de trabalhos e de temticas relacionadas a formao de professores, a infncia ainda no aparece como categoria de anlise privilegiada, mas, como referncia a uma etapa da vida ou para designar, simplesmente, criana. Diante disto, foi necessrio realizar uma terceira seleo, sem a palavra-chave Formao de Professores, com o objetivo de ampliar o levantamento e rastrear tais categorias ao mximo a produo existente. Assim, por meio das palavras-chave Criana, Infncia e Educao Fsica, obteve-se o resultado que pode ser visualizado no quadro a seguir:
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Quadro 3 Teses e dissertaes sobre Educao Fsica, Infncia e Criana - 1987 a 200748. Perodo (dcada) 1987 a Tipo de produo 1989 Teses Banco de Teses CAPES Dissertaes Banco de Teses CAPES Total 1990 a 1999 08 08 2000 a Subtotal 2007 20 20 48 56 68 76
Dos setenta e seis trabalhos (Quadro 3), vinte so teses, defendidas no perodo de 2000 a 2007, e cinqenta e seis so dissertaes, oito defendidas no perodo de 1990 a 1999 e quarenta e oito no perodo de 2000 a 2007. Estes setenta e seis trabalhos, em linhas gerais, discutem sobre: violncia na infncia (14); avaliao da aptido fsica (07); crianas em situao de risco e as relaes entre as crianas e os projetos sociais (06); aes pedaggicas na Educao Infantil (04); brincadeiras (03); doenas na infncia (03); hbitos alimentares na infncia (03); polticas pblicas para a Educao Infantil (03); interveno e proposta pedaggica do professor de Educao Fsica no Ensino Fundamental (03) e na Educao Infantil (01); relao creche-famlia (02); relaes de gnero (02); produo cientfica da Educao Fsica sobre Educao Infantil (02); representaes que os professores e estudantes de graduao em Educao Fsica tm a respeito das questes que envolvem o corpo e o movimento humano (02); desenvolvimento da moral infantil (02); direito educao e cidadania de crianas e adolescentes de escolas pblicas (02); relao entre Educao Fsica, mdias e tecnologias (02); relao entre Educao e liberdade (01); sade bucal na escola (01); sade na Educao Infantil (01); concepes de infncia presentes nas canes infantis (01); Educao Ambiental (01); criana-problema (01); desenvolvimento do raciocnio emocional na infncia (01); produo da Educao Fsica sobre a criana deficiente (01); representaes sociais sobre a criana (01); infncia na sociedade imperial (01); identidade docente na Educao Infantil (01); educao da sensibilidade (01); doenas cardiovasculares em estudantes de Educao Fsica (01); condies de trabalho do professor de Educao Infantil (01); e, crianas portadoras de necessidades especiais (01). Aps este minucioso levantamento, foram selecionadas trs dissertaes para anlise por se tratarem de balanos da produo relacionados criana e infncia na Educao Fsica, a saber:
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Cf. Anexo C.
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Quadro 4 Dissertaes selecionadas para a anlise sobre as relaes entre Educao Fsica, Infncia e Criana49. Ttulo 1. Produo cientfica sobre Educao Infantil nos mestrados e doutorados em Educao Fsica no Brasil. 2. Polticas Educacionais inclusivas para infncia: concepes e veiculaes no Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte (1978-1999). 3. Concepo de infncia na Educao Fsica brasileira: primeiras aproximaes. Autor (a) Lucyelena Amaral Picelli Cristina Borges de Oliveira Nara Rejane Cruz de Oliveira Orientador Data Local (a) Rossana 01/12/2001 UFU/MG Valria de (Educao) Souza e Silva Ivone 01/02/2003 UNICAMP Garcia (Educao Barbosa Fsica) Ivone Garcia Barbosa 01/02/2003 UNICAMP (Educao Fsica)
Importa esclarecer sobre o quadro acima (Quadro 4), que duas dissertaes foram defendidas em um Programa de Ps-graduao em Educao Fsica e somente uma em um Programa de Ps-graduao em Educao50. Quanto ao ano de defesa, uma dissertao foi defendida em 2001 e as outras duas em 2003. Quanto orientao, as duas dissertaes do Programa de Ps-graduao em Educao Fsica foram orientadas pela mesma professora, que tem formao em Psicologia; j a dissertao do Programa de Ps-graduao em Educao foi orientada por uma professora que tem formao em Educao Fsica. Resumindo, todas as trs dissertaes foram defendidas em Programas de Ps-graduao da Regio Sudeste. Outro destaque que apesar dos textos focarem a produo acadmica e cientfica sobre as concepes de criana e infncia na Educao Fsica, os temas so diversos, bem como as fontes. A dissertao de Picelli (2001) parece desafiar a lgica acadmica ao definir como objetivo de sua pesquisa de mestrado, analisar as tendncias presentes na produo cientfica tanto em nvel de mestrado, como de doutorado em Educao Fsica, sobre Educao Infantil e as concepes de Educao Infantil e infncia subjacentes a estas
Cf. Anexo D. As dissertaes de Oliveira, C. B. (2003) e Oliveira, N. R. C. (2003a) foram encontradas na internet, estando disponveis nas pginas dos respectivos programas de ps-graduao. Somente uma dissertao no estava disponvel na internet, Picelli (2001), e, foi preciso entrar em contato com a autora, via correio eletrnico, para acessar a pesquisa. A autora, prontamente, enviou a dissertao via documento eletrnico.
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produes, no perodo compreendido entre 1979 a 2000. O estudo de Oliveira, C. B. (2003) traz a anlise das concepes de criana, infncia e deficincia na produo do CBCE, no perodo de 1978 a 1999. J Oliveira, N. R. C. (2003a) analisa a concepo de infncia na Educao Fsica pr-escolar brasileira, a partir de livros e artigos das dcadas de 80, 90 e incio de 2000. Com relao aos campos de investigao, constata-se que a maioria dos estudos (dois) centra-se na Educao Infantil e um abrange a Educao Infantil e o Ensino Fundamental conjuntamente.
2.1.1 Caractersticas do estgio atual da produo sobre infncia na Educao Fsica: qual o lugar da formao universitria de professores?
Primeiramente apresenta-se a dissertao de Picelli (2001), defendida na rea da Educao, para depois apresentar as de Oliveira, C. B. (2003) e Oliveira, N. R. C. (2003a), defendidas na rea da Educao Fsica. O texto de Picelli (op. cit.), tem como objetivo,
analisar as tendncias das pesquisas desenvolvidas nos Programas de Mestrado e Doutorado em Educao Fsica no Brasil, cujas temticas estiveram voltadas para Educao Infantil no perodo de 1979 a 2000, no que se refere a: freqncia do tema Educao Infantil; temticas dominantes; objetivos priorizados pelos autores e concepes de Infncia e Educao Infantil, contidas nos textos das dissertaes e teses (grifos meus) (p. 14). A metodologia empregada foi a pesquisa bibliogrfica, sendo que a anlise dos dados foi do tipo quantitativo-qualitativo. O estudo composto por trs captulos, alm de uma introduo e uma concluso. Na pesquisa de Picelli (op. cit.) foram selecionadas vinte e oito dissertaes e trs teses que versam sobre a temtica da Educao Infantil. Estas dissertaes e teses correspondem respectivamente, a 2,57% e 3% da produo total dos mestrados e doutorados em Educao Fsica do Brasil.
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A partir da anlise dos textos selecionados a autora identificou as seguintes temticas: - Nas dissertaes a maioria dos textos teve sua temtica direcionada rea pedaggica (onze dissertaes), apresentando como subtemas os processos de ensino-aprendizagem e o currculo. O restante das dissertaes aproximou-se da rea psicolgica (nove dissertaes), da denominada rea scio-histrico-filosfica (quatro dissertaes) e da rea biolgica (quatro dissertaes); - Nas teses, duas tiveram suas temticas voltadas para a rea psicolgica e uma para a rea scio-histrico-filosfica. A autora ressalta que nenhum trabalho foi apresentado na rea pedaggica com o subtema formao profissional51. Analisando os textos a partir dos anos de defesas dos mesmos, Picelli expe que na dcada de 80 e incio da dcada de 90, a maioria dos textos possui o enfoque nos estgios de desenvolvimento, aquisio de habilidades e desenvolvimento motor da criana. Em meados da dcada de 90 este quadro comea a diversificar-se, trazendo trabalhos sobre a brincadeira e o currculo da Educao Fsica. Picelli analisou tambm os objetivos apresentados pelos autores nos respectivos textos. Segundo a autora, os objetivos centram o interesse no diagnstico do desempenho motor, fsico e psicossocial das crianas; na relao entre os fatores biolgicos, sociais e culturais das crianas; na comparao de currculos; e, na identificao de atividades motoras realizadas pelas crianas em ambientes diversos. nesta direo que a autora constata [...] que interesses mais crticos voltados para questes de ordem scio-econmico-polticas que afetam a criana em idade pr-escolar, no foram evidenciados nos objetivos (ibid., p. 78). Por ltimo a autora apresenta uma anlise das principais concepes de infncia evidenciadas nos textos. Primeiramente, Picelli identifica um grande grupo que entende a infncia como um perodo de aquisio de habilidades motoras, cognitivas e afetivas, como um perodo de maturao no qual a criana necessita de contatos bem sucedidos para um desenvolvimento pleno. Tais constataes refletem uma concepo de criana como um ser incompleto, em contraste ao adulto completo, partindo de uma lgica na qual todas as crianas so iguais. A autora identifica tambm um segundo grupo, menor que o primeiro, que representa a infncia como um momento de expresso da ludicidade, a partir do qual a criana vive em um mundo imaginrio e fantasioso, estando alheia s relaes sociais. Esta idia idealista aproxima-se de uma concepo de criana como ser ingnuo e espontneo.
Segundo Picelli (2001), o subtema formao profissional engloba trabalhos que analisam o processo de formao acadmica e continuada do profissional que atua com a Educao Fsica tanto em nvel de 1, 2 e 3 graus, como em clubes recreativos e esportivos de carter profissional, academias, centros esportivos, etc (ibid., p. 63).
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Picelli expe que pouqussimos foram os estudos encontrados que caminham para uma perspectiva crtica da infncia. Entretanto, apesar destas pesquisas levarem em considerao que a criana est inserida e participa da sociedade, Picelli expe que
Em geral, os estudos que apontam para perspectivas mais arrojadas limitam-se, apenas, a chamar ateno para a necessidade de respeitarmos os interesses, necessidades e no mximo as caractersticas individuais das crianas. Porm questionamos: de qual criana? De qual sociedade? De qual classe social? Essas questes, parecem ter suscitado, at o momento, o interesse de poucos pesquisadores (ibid., p. 102). Picelli (2001) parece centrar o debate/embate na realidade social. Neste sentido, a autora alerta que na rea da Educao Fsica ainda so incipientes os estudos sobre a infncia a partir da perspectiva da condio social do ser criana, fato este que reflete diretamente na formao universitria do professor de Educao Fsica, bem como na prtica pedaggica deste professor na escola. O texto de Oliveira, C. B. (2003) apresenta como problemtica central de investigao,
as incurses tericas e prticas que tm norteado a produo cientfica da Educao Fsica a respeito da educao da criana deficiente na perspectiva de identificar as concepes e representaes sobre criana, infncia e deficincia que vm sendo construdas por essa produo (grifos meus) (p. vii). A produo cientfica em questo representa o conjunto de textos apresentados nos CONBRACEs e nas edies da RBCE, no perodo de 1978 a 1999. A coleta, organizao e anlise deste material foram realizadas a partir do mtodo de anlise de contedo. O trabalho est dividido em trs captulos mais uma introduo e uma concluso. Como Picelli (op. cit.), Oliveira, C. B. (op. cit.) tambm identifica trs grupos que correspondem a concepes de criana e infncia distintas. Entretanto, no estudo de Oliveira, C. B., o grupo que se destaca com a maior produo selecionada o grupo correspondente a matriz fenomenolgico-hermenutica (47,05% da amostra). Neste grupo so identificados os textos que apresentam como referencial terico, essencialmente, os autores da psicomotricidade. A criana representada como ser inocente e puro, porm, imperfeito que
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deve, por isso, ser educada na perspectiva do alcance da perfeio, essa representada pelo adulto (ibid., p. 108) e a infncia como um tempo no qual os prazeres do corpo em ao devem ser vividos de forma intensa (ibid., p. 109). A partir desta matriz, a Educao Fsica assume o papel de instrumentalizadora para outros saberes, no sentido de sua prtica contribuir para que a criana possa desenvolver as habilidades de ler, escrever e contar. O segundo grupo corresponde aos estudos relacionados matriz crtico-dialtica (29,4% da amostra). Neste, os autores adotam uma perspectiva histrica que possui como ponto de partida a concepo de criana como um ser que precisa de ajuda e interao com outros seres humanos (mais velhos, mais experientes) para concretizar o seu potencial de desenvolvimento (ibid., p. 111). Deste ponto de vista, a criana entendida como um ser inserido num determinado contexto social, econmico, poltico e cultural. No entanto, a autora salienta que, de um modo geral, no so realizadas nestas pesquisas discusses sobre as teorias pedaggicas que poderiam embasar uma prtica pedaggica libertadora para as crianas, especificamente, a criana deficiente. Outro destaque importante com relao a este grupo que a autora no apresenta a concepo de infncia, mas somente de criana. Aqui cabe a indagao a respeito das razes de tal ausncia. Ser que os autores analisados no trazem esta concepo? Ou a autora no privilegiou esta distino entre as categorias criana e infncia por estas ainda apresentaremse difusas na produo do conhecimento nesta rea? O terceiro e ltimo grupo, identificado a partir da matriz emprico-analtica (23,7% da amostra) representado pelos autores que, em sua maioria, abstiveram-se da discusso, de forma explcita, sobre a infncia e a criana. Segundo a autora isto revela a idia de que a infncia um dado natural, por isso no precisa ser explicitada do ponto de vista terico. Buscando nas entrelinhas, a autora desvela uma concepo de criana [...] como um vir-a-ser e, portanto, algum que deve ser preparado para a assuno de funes e posies no mundo adulto (grifos da autora) (ibid., p. 107). Os resultados apresentados por Oliveira, C. B. diferenciam-se dos de Picelli, apesar das duas pesquisarem, essencialmente, o mesmo perodo. Uma explicao para esta constatao que Oliveira, C. B. analisou a produo especfica sobre a criana deficiente. A predominncia da abordagem fenomenolgico-hermenutica pode explicar-se por uma idia, discutida pela autora no decorrer do texto, de que a criana deficiente, entendida como incapaz de aprender, deve apenas interagir com outras pessoas. Por isso, a prtica com esta criana no deve associar-se com o desenvolvimento e aquisio de habilidades, aquisio
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esta apregoada pelas pesquisas emprico-analticas. Ressalta-se aqui uma concepo acrtica de criana, de escola, de educao e de sociedade, que necessitam ser urgentemente revisadas. Entretanto, tanto Picelli como Oliveira, C. B. identificam uma fragilidade terica nos textos analisados. Caracterizados por uma grande confuso conceitual, ao mesmo tempo em que alguns textos apresentam algumas tentativas de avanar na discusso sobre a concepo de infncia na Educao Fsica, tornam frgeis as reflexes propostas por conta deste ecletismo terico. Outro destaque, a respeito do estudo de Oliveira, C. B., que, diferentemente de Picelli, ao longo de seu texto, fica evidente a preocupao com a formao de professores em geral. A autora cita vrias vezes em seu texto a relao entre pesquisa, polticas pblicas e formao de professores. nesta direo que a autora aponta para (ibid., p. 93):
[...] a necessidade de mais estudos e pesquisas sobre as possibilidades da criana deficiente nas aulas de Educao Fsica, de garantir o espao para a Educao Fsica nas instituies que atendem esse pblico e de melhoria na formao de professores para atuao junto s crianas deficientes atravs da insero de disciplinas especficas sobre a deficincia. O estudo de Oliveira, N. R. C. (2003a) teve como objetivo geral identificar o conceito de infncia presente na produo acadmica da Educao Fsica, por meio de um estudo bibliogrfico pautado em livros e artigos sobre a Educao Fsica Pr-escolar (crianas entre quatro e seis anos de idade). A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, a partir da seleo de duas categorias, segundo a autora: a concepo de infncia e o projeto educativo inerente. O texto apresenta dois captulos, alm da introduo e da concluso. Os resultados encontrados por Oliveira, N. R. C. (op. cit.) acompanham, de certo modo, as constataes de Picelli (op. cit.) e Oliveira, C. B. (op. cit.). A partir da anlise de livros e artigos sobre a Educao Fsica Pr-escolar, a autora encontrou duas posies divergentes quanto concepo de infncia. A primeira, que representa a maioria dos textos selecionados, apresenta uma concepo de infncia abstrata e idealista, entendendo a criana como um vir-a-ser e, conseqentemente, a Educao Fsica como uma prtica baseada essencialmente na psicomotricidade e no desenvolvimento motor. Esta posio foi identificada nos textos da dcada de 80 e incio da dcada de 90. Em meados da dcada de 90, segundo Oliveira, N. R. C., comeam a aparecer, na rea da Educao Fsica, estudos crticos sobre a temtica da infncia. Este perodo identifica o
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segundo grupo destacado pela autora, que traz, em menor proporo que o primeiro, estudos que enfocam a infncia como uma construo social e a criana como sujeito de mltiplas relaes. Neste contexto, o papel da Educao Fsica o de abordar o conhecimento em sua totalidade, buscando a superao do seu entendimento como prtica compensatria ou preparatria (ibid., p. xiii). Outro ponto a destacar do texto de Oliveira, N. R. C. (2003a) diz respeito formao de professores. Na introduo de seu texto, ela reitera o que as pesquisas vm indicando sobre as lacunas na formao universitria dos professores. Segundo a autora estas lacunas no esto delimitadas a sua formao universitria, mas sim generalizadas na rea da Educao Fsica. Nas consideraes de seu texto, conclui que,
ao nosso ver, a temtica infncia tem historicamente figurado no curso de formao profissional, no entanto, desprovida de criticidade. Em conseqncia disto os profissionais tm sido formados para atuarem nos mais diversos nveis de ensino sem compreenderem as infncias, as crianas (ibid., p. 91). Com relao ao tratamento dado aos conceitos de criana e infncia no interior das dissertaes de Picelli (2001), Oliveira, C. B. (2003) e Oliveira, N. R. C. (2003a) parece existir um esforo em compreender a criana e a infncia como categorias distintas. Entretanto em todos os textos, algumas vezes, a criana e infncia aparecem como sinnimos. Apesar das fragilidades apontadas, os estudos de Picelli (op. cit.), Oliveira, C. B. (op. cit.) e Oliveira, N. R. C. (op. cit.) contribuem para demarcar o estgio atual da produo sobre a infncia, especificamente da Educao Infantil e da criana deficiente, bem como apresentam alguns elementos sobre a importncia destes estudos na formao de professores de Educao Fsica.
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2.2 ARTIGOS EM PERIDICOS: AUMENTA A PRODUO, OS TEMAS SE DIVERSIFICAM E A INFNCIA ADQUIRE VISIBILIDADE COMO CATEGORIA DE PESQUISA.
Quadro 5 Criana e infncia nos artigos em peridicos na rea da Educao Fsica - 1970 a 200752. Perodo (dcada) 1970 Tipo de produo Revista Brasileira de Cincias do Esporte Peridicos da rea Motrivivncia da Educao Revista de Educao Fsica Fsica da UEM Movimento Pensar a Prtica Total 03 X53 X X X 03 17 X X 17 87 08 07 02 104 1980 1990 2000 a 2007 11 05 14 05 08 43
Ao todo foram selecionados cento e sessenta e sete artigos (Quadro 5), a partir de cinco peridicos existentes e avaliados como qualis B, ao longo de quase quatro dcadas. Importa ressaltar que o peridico com mais artigos identificados foi a RBCE (118). No final da dcada de 70 foram selecionados trs artigos, todos na RBCE. As temticas destes artigos viram em torno das medidas de composio corporal e da iniciao esportiva. Na dcada de 80, os estudos tm incio com a RBCE e, entre os dezessete artigos selecionados, predominam as pesquisas sobre as medidas e avaliaes de composio corporal e desenvolvimento motor. Dois artigos parecem se distanciar destas temticas: o texto de Valter Bracht (1986) denominado A criana que pratica esporte respeita as regras do jogo... capitalista e o de Micheli Escobar, Jurene Lins e Reize Pessoa (1987) intitulado A criana portadora de deficincia e suas expectativas na Educao Fsica e esporte escolar (Cf. Apndice A). Destaca-se o artigo de Bracht (1986) j que este se apresenta tambm como um marco nesta produo, colocando em xeque as concepes de criana e esporte
Cf. Apndice A. O smbolo representado pela letra X corresponde identificao de que ainda no existia produo neste campo. J o smbolo representado pelo trao - corresponde identificao de que existia produo neste campo, porm, no relacionados a esta pesquisa.
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predominantes na rea de Educao Fsica, at este perodo. O autor escreve que muitos professores tm colocado em evidncia a contribuio da atividade esportiva na socializao das crianas, a partir de uma viso pedaggica do esporte como importante ferramenta para a convivncia social, o respeito s regras, a convivncia com vitrias e derrotas, a vitria atravs do esforo pessoal, a independncia, a confiana e o sentido de responsabilidade. Contudo, tal autor, demonstra que estes professores no partem de uma anlise crtica destes contedos, deixando de lado vrios aspectos disfuncionais do esporte, de modelo de alto rendimento, que reforam, segundo Bracht, a manuteno da ordem capitalista. Outro importante destaque na produo da dcada de 80 o Editorial da RBCE de maio de 198654. Apesar desta edio da revista no trazer artigos que tratam, explicitamente, das temticas da criana e da infncia, no Editorial apresenta-se um texto que destaca pontos fulcrais na discusso atual sobre estas categorias, a saber:
Quais so as necessidades de uma criana? Quais so os seus interesses? Como ela; a criana, entendida em nossa sociedade? Historicamente vemos a criana ser estudada, ser definida em seu desenvolvimento como se este mesmo desenvolvimento ocorresse de modo natural; define-se uma criana abstrata, afora e a parte daquilo que a situa no mundo, ou seja, sua condio social de classe. Assim, ns vamos encontrar nos livros uma criana sem passado, sem presente e sem futuro, uma criana solta no tempo e no espao. Encontramos tambm, milhes de explicaes de como esta criana abstrata pensa, age, vive e, neste seu viver mgico, espontneo e natural, encontramos muitas receitas de como prolongar este fantstico perodo que a infncia. Entretanto, quando lanamos os nossos olhos em derredor, nos deparamos com uma outra criana. Aquela com a qual convivemos nas caladas, nos metrs, nas praas, nas favelas, nos cortios, nas escolas pblicas ... nos cantos escuros e sombrios da vida da maioria dos brasileiros. Quando nos deparamos com esta criana, a criana real, no encontramos vnculos com a magia, com o natural e espontneo desenvolvimento descrito na maioria dos livros. E o que ser criana? O que a infncia num pas miservel de 3 mundo? No o acontecer natural das fases de desenvolvimento, porque estas alteram-se pelas condies sociais de vida. Ser que podemos chamar vida, a to somente sobrevivncia da maioria das crianas brasileiras? Das crianas que trabalham desde a sua mais tenra
O ttulo dos artigos desta edio foram: A Educao Fsica no Ensino de 1 grau: Do Acessrio ao Essencial; Levantamento da Incidncia de Cifose Postural e Ombros cados em alunos de 1 4 sries escolar; Anlise da Educao Fsica em nvel pr-escolar no municpio de So Paulo; Influncia do incio da medio da altura do salto vertical na preciso do resultado final; e, Efeito do condicionamento fsico aerbico sobre a reserva miocrdica de oxignio em sedentrios.
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idade, da criana que brinca e que joga quando o tempo do trabalho lhe permite o jogar e o brincar? Os alegres folguedos, os amigos, os grupos, os passeios pelo sol, as brincadeiras na chuva, no so a vida de nossos milhes de crianas, mas, so fragmentos, pedacinhos de felicidade forjados na sua luta para sobreviver. Ser criana no Brasil no um privilgio, no fantasia, no sonho. Ser criana j ser fora produtiva, mo de obra barata, exrcito de reserva. preciso que a criana seja criana, que o adulto seja adulto, que o homem seja humano. Mas, preciso tambm a clareza de que esta humanizao, s poder existir numa sociedade onde as pessoas tenham o direito VIDA, a qual, muito mais que o simples sobreviver. Interessante destacar que no ano seguinte (1987), como j apresentado anteriormente neste captulo, o Editorial da RBCE, que traz os anais do V CONBRACE, tambm apresenta uma preocupao para com as categorias criana e infncia a partir de uma perspectiva histrica e de classe55. Tal preocupao no aparece explicitamente na produo analisada, o que sugere que as questes expostas nos editoriais apresentaram-se como um esforo da Diretoria do CBCE, do Binio 1985/1987, que teve como Presidente o professor Larcio Elias Proena e como diretores Alberto dos Santos Puga Barbosa, Willian Peres Lemos, Apolnio Abadio do Carmo, Lino Castellani Filho, Joo Ricardo Tuma Magni, Jos Alberto Aguiar Cortez, Emedio Bonjardim e Celi Nelza Zulke Taffarel. Com o aprofundamento do processo de democratizao no pas, com destaque para a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e, ainda, do crescimento e ampliao do campo da Educao Infantil, a dcada de 90 apresenta um aumento considervel na produo de artigos na Educao Fsica sobre a criana e a infncia. De dezessete artigos passa-se para cento e quatro, sendo que oitenta e sete foram publicados pela RBCE. Apesar da maioria dos estudos continuarem sob a perspectiva da avaliao fsica e do desempenho motor, destacam-se os textos: O assalto infncia no mundo amargo da cana-de-acar: onde est o lazer? O gato comeu!!!, de Maurcio Roberto da Silva (1995); Pequenos trabalhadores: sobre a Educao Fsica, a infncia empobrecida e o ldico numa perspectiva histrica e social, de Fbio Machado Pinto (1995); A Educao Fsica e a questo da criana e adolescente em situao de risco no Brasil, de Marcelo Andrade (1999); e, Educao Fsica das crianas do MST: na luta pela garantia do ldico, de Sandra Dalmagro (1997) por relacionarem a temtica do trabalho infantil e de outras condies precrias
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Sobre infncia e perspectiva de classe ver Engels (1985), Galeano (1999) e Snyders (2005).
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vividas pelas crianas, com a rea da Educao Fsica. Destaca-se ainda o artigo de Vernica Regina Mller (1997), intitulado A criana cidad e outras crianas: histria europia e atualidade brasileira, por apresentar um estudo histrico sobre a categoria criana (Cf. Apndice A). Sob a temtica da formao de professores reala-se os seguintes trabalhos: Criana real ou ideal um estudo de caso sobre a representao da criana segundo alunos mestres do curso de Educao Fsica da UGF, e, A criana no imaginrio de futuros professores de Educao Fsica, de Patrcia Montenegro e Helder Guerra de Rezende (1993 e 1995, respectivamente), resultados da dissertao de mestrado j apresentada neste captulo; O mundo vivido pela criana X conhecimento do professor de Educao Fsica, de Patrcio Antnio de Souza (1995); A infncia no imaginrio scio-educacional (conceitos, contextos e transformaes), de Jussara Dias (1999); e, Integrando licenciando e licenciado: refletindo a realidade escolar: infncia trabalho educao fsica, de Rosicler Goedert et al (1999) (Cf. Apndice A). Tais trabalhos merecem destaque por focarem as categorias criana e infncia na formao de professores de Educao Fsica, sob diversas abordagens, a saber: O texto de Patrcio Antnio de Souza (1995) analisa como o professor de Educao Fsica utilizar seus conhecimentos para levar em conta na sua prtica pedaggica o universo de vida e de experincia da criana. J o texto de Jussara Dias (1999) analisa como os profissionais de uma creche conceituam a infncia e como isto reflete em suas prticas pedaggicas. Por ltimo, o texto de Rosicler Goedert et al (1999) relata a experincia de um projeto que integra estudantes de Pedagogia e Educao Fsica, suscitando discusses sobre a realidade escolar e a prtica pedaggica com as crianas. Finalmente, nos primeiros sete anos dos anos 2000, observa-se certo decrscimo na produo, totalizando quarenta e trs artigos, porm, tal produo aparece melhor distribuda entre todos os peridicos selecionados para esta anlise. Este decrscimo se justifica pela mudana nas caractersticas da RBCE que, at o ano de 1999, publicava como exemplar da revista os anais dos CONBRACEs, mas, a partir do ano 2000, passa a publicar somente textos sob o critrio de inditos. Entretanto, possvel afirmar que, os estudos de carter biologicistas diminuem numericamente, neste perodo, para dar lugar aos estudos sobre a histria da infncia e da escolarizao, as polticas pblicas, os movimentos sociais, o brinquedo e a brincadeira, gnero e sexualidade, mdias e etnias. Tambm aparece um nmero considervel de artigos acerca da Educao Fsica na Educao Infantil. Destaca-se as edies Volume 05, de 2002, da Revista Pensar a Prtica e Volume 26, de maio de 2005, da RBCE que trouxeram como
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temtica a Educao Fsica e Infncia. Destas edies sublinha-se os textos Infncia e conhecimento escolar: princpios para a construo de uma Educao Fsica para e com as crianas, de Jos Alfredo Debortoli, Meily Assb Linhales e Tarcsio Mauro Vago (2002) e Concepo de infncia na educao fsica brasileira: primeiras aproximaes, de Nara Rejane Cruz de Oliveira (2005) (Cf. Apndice A). O texto de Debortoli; Linhales; Vago (2002) versa sobre as questes da Educao Fsica como conhecimento escolar, a formao de professores e suas relaes com a infncia. Considerando a importncia de uma discusso sobre a infncia na formao de professores de Educao Fsica, os autores sugerem algumas questes, a saber:
[...] Quais os olhares historicamente construdos sobre a infncia? Consideramos nossos alunos apenas como sujeitos que podem vir a ser atletas, reduzindo o contedo das aulas a uma repetio descontextualizada de gestos, padres de movimento ou capacidades coordenativas? Como massinhas amorfas a serem gradativamente modeladas pelas prescries contidas nas apostilas de psicomotricidade? Como sujeitos indisciplinados, sem limites e hiperativos, que devem fazer Educao Fsica para disciplinar seus corpos e ficar mais calmos, menos agressivos e em melhores condies de freqentar a escola, respondendo s suas exigncias e contedos preestabelecidos? Julgamos nossos alunos incapazes para a reflexo e a compreenso scio-histrica das prticas que realizam e, assim, em nome de uma idia de ldico reduzida imagem de uma escola que deve se transformar em tempo e espao de consumo de atividades prazerosas, ou da idia de uma abstrata espontaneidade das crianas, acabamos por reduzir a aula a um brincar pelo brincar, ao passatempo, recreao, ou mesmo ao abandono das crianas s suas prprias relaes e construes? (grifos meus) (ibid., p. 102). Tais idias circulantes na rea demonstram uma preocupao de se pensar como a Educao Fsica historicamente tem tratado as crianas e encaminham para o incio de um debate sobre a infncia como uma construo histrica. O texto de Nara Rejane Cruz de Oliveira (2005) a sntese de sua dissertao de mestrado j apresentada neste captulo. Como possvel visualizar, ao longo de quase quatro dcadas, a produo de artigos em peridicos sobre criana e infncia apresenta no apenas uma crescente, em termos quantitativos, mas tambm as temticas vo se diversificando e distanciando-se do enfoque puramente biolgico priorizado inicialmente pelas pesquisas da Educao Fsica. Entretanto, a
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maioria dos artigos foi elencada a partir da categoria criana(s) (84,43%). Uma produo mais expressiva sobre a categoria infncia(s) aparece somente a partir dos anos 2000.
Quadro 6 Trabalhos dos CONBRACEs que possuem em seu ttulo e/ou resumo e/ou palavras-chave as categorias criana(s) e/ou infncia(s), no perodo de 1997 a 2007. CONBRACEs (1997 2007)
Categorias Campos Ensino Fundamental e Ed. Infantil
Ensino Fundamental
Criana e infncia
Educao Infantil
X CONBRACE (1997) XI CONBRACE (1999) XII CONBRACE (2001) XIII CONBRACE (2003) XIV CONBRACE (2005) XV CONBRACE (2007) TOTAL
29 91 48 28 24 20 240
01 01 04 01 05 05 17
02 10 06 04 05 05 32
10 32 11 04 08 06 71
04 12 07 01 06 06 36
02 02 01 05
Projetos Sociais 06 26 13 11 08 05 69
Edio/Ano
289
289
Inicialmente, cabe esclarecer o porqu da delimitao do ano de 1996 como ponto de partida para a anlise da produo nos CONBRACEs. Alm da dcada de 90 apresentar um expressivo aumento na produo sobre a criana e a infncia, tambm nesta dcada que, em 20 dezembro de 1996, sancionada a nova LDBEN (Lei 9394/96). A nova LDBEN trouxe vrias modificaes na rea educacional que refletiram, entre outros aspectos, diretamente na Educao Fsica. Como primeiro ponto, destaca-se a flexibilizao do currculo e a autonomia escolar. O segundo ponto diz respeito incluso da
No especificam 12 30 27 15 12 12 108
Infncia
Criana
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Educao Infantil como etapa do Ensino Bsico. Por ltimo, observa-se a obrigatoriedade da Educao Fsica em todas as etapas do Ensino Bsico, porm tal obrigatoriedade apresenta-se desvinculada de critrios para a sua organizao escolar. Neste sentido a nova LDBEN representa um marco importante, pois este novo ordenamento legal atentou os profissionais para vrias questes e, em especial, para a discusso sobre as relaes entre Educao Fsica e a infncia. De 1997 a 2007, as seis edies do CONBRACE investigadas somam um total de 2503 trabalhos apresentados. Deste total foram selecionados 289 trabalhos a partir das categorias criana(s); infncia(s); e, criana(s) e infncia(s), sendo que, em sua maioria, foram elencados a partir da categoria criana(s). Contudo, todas as edies apresentaram trabalhos que constavam a categoria infncia(s), sendo esta apresentada sozinha ou conjuntamente com a categoria criana(s). Reunindo as categorias infncia(s) e criana(s) e infncia(s) conjuntamente em um bloco e contrastando este com a categoria criana(s), pode-se visualizar que dos 289 trabalhos selecionados, 240 correspondem ao bloco identificado pela categoria criana(s), ou seja, representam 83,04% da amostra, e 49 correspondem ao bloco identificado pelas categorias infncia(s) e criana(s) e infncia(s) conjuntamente, representando 16,96% da amostra. Estes dados esto bem prximos dos dados apresentados anteriormente na anlise dos artigos em peridicos (84,43% dos artigos selecionados nos peridicos da rea da Educao Fsica foram elencados a partir da categoria criana(s)), revelando a escassa produo sobre a infncia. Tais trabalhos esto distribudos nos seguintes campos: Ensino Fundamental (71), Educao Infantil (36), Ensino Fundamental e Educao Infantil (05), Projetos Sociais (69) e No especificam (108). Uma indicao para a constatao de os trabalhos selecionados estarem, em sua maioria, nos campos do Ensino Fundamental e dos Projetos Sociais, est no fato destes representarem importantes campos de interveno profissional do professor de Educao Fsica. Tambm porque a insero legal da Educao Fsica na Educao Infantil s aconteceu a partir de 1996, o que sugere uma rea de interveno profissional nova, que ainda no se consolidou como um campo de estudo. Ainda, esta constatao, principalmente no que concerne aos Projetos Sociais, reflexo da insero da Educao Fsica nos movimentos sociais. Quanto distribuio dos trabalhos selecionados no interior dos GTTs do congresso em questo, no transcorrer do perodo analisado, elaborou-se o quadro a seguir:
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Quadro 7 Trabalhos selecionados dos CONBRACEs, no perodo de 1997 a 2007, distribudos pelos GTTs.
XIII
XIV
XV
TOTAL
GTTs Escola Polticas Pblicas Comunicao e Mdia Processo de Ensino-Aprendizagem Formao Prof./ Mundo do Trabalho Recreao e Lazer Atividade Fsica e Sade Treinamento/ Rend. de Alto Nvel Portadores de Necessidades Especiais Movimentos Sociais Epistemologia Memria, Cultura e Corpo56 Ps-Graduao
TOTAL
07 01 02 06 04 04 05 02 01 X X 32
23 04 19 06 14 04 02 10 14 06 X 102
12 02 02 X 03 12 07 02 10 07 01 58
01 01 01 X 02 05 04 02 09 07 01 33
04 04 X 02 04 05 01 03 04 02 05 34
05 02 04 X 04 01 02 02 03 03 04 X 30
52 10 13 25 13 43 25 09 39 37 06 17 289
O quadro 7 demonstra que os trabalhos que constam as categorias criana(s) e/ou infncia(s) nos CONBRACEs distribuem-se em quase todos os GTTs, com exceo do GTT Ps-graduao. Interessante destacar que os trabalhos selecionados esto diludos no interior dos GTTs, no possuindo nenhum GTT especfico sobre a temtica da infncia. Os GTTs em que mais aparecem estes trabalhos so: Escola (52); Recreao e Lazer (43); Portadores de Necessidades Especiais (39); Movimentos Sociais (37); Processo de Ensino-Aprendizagem (25); e Atividade Fsica e Sade (25). Esta constatao confirma o exposto anteriormente sobre os campos de interveno da rea da Educao Fsica. Alm disso, historicamente a criana e infncia vm sendo estudadas a partir da escola, da famlia e de seus brinquedos, mas tambm, a partir das pssimas condies de existncia das crianas e de suas famlias. Ainda cabe destacar a quantidade de trabalhos apresentados no GTT Portadores de Necessidades Especiais. Sobre isto Cristina Oliveira (2003) expe que a presena da palavra criana para designar o sujeito na Educao Fsica pode ser por uma idia de que a criana
A partir da edio de 2005 o GTT denominado Memria, Cultura e Corpo subdividiu-se em: Memria da Educao Fsica e do Esporte e Corpo e Cultura. Contudo, agregou-se o trabalho dos dois GTTs neste item.
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portadora de necessidades especiais vista como algum que deve apenas interagir com outras pessoas e no na figura de estudante, aluno ou educando. Detalhando as tendncias apresentadas no interior de cada edio do CONBRACE destaca-se que no ano de 1997 apresentam-se trabalhos, em sua maioria, sobre os estgios de desenvolvimento motor da criana; sobre a recreao e o lazer; e, sobre a Educao Fsica para portadores de necessidades especiais. Em menor nmero apresentam-se outras temticas como: a relao entre cultura corporal e indstria cultural; a explorao do trabalho infantil; a relao criana e adulto; a relao entre mdia, tecnologia e Educao Fsica; o ensino do esporte; e, a Educao Fsica na Educao Infantil. No ano de 1999, os trabalhos do CONBRACE continuam apresentando as temticas predominantes da edio anterior, mas acrescentam a estas a insero das crianas em projetos sociais e os contedos da Educao Fsica nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Tambm apresenta um aumento de trabalhos cuja temtica a relao entre a criana e o esporte (algumas vezes apresentada sob a perspectiva da descoberta do talento esportivo: Teixeira; Mechia (1999) e Queiroz; Assis; Arajo (1999) (Cf. Apndice B)) e a Educao Fsica na Educao Infantil. Em um nmero menor aparecem os estudos cujas temticas so: explorao do trabalho infantil; educao indgena; avaliao; representaes sociais; movimentos sociais; gnero; e, formao de professores. Sublinha-se o texto de Deborah Thom Sayo (1999), intitulado Educao Fsica e infncia: entre as crianas e as profissionais, pois realiza uma discusso sobre a importncia da Educao Fsica na Educao Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, vinculada formao de professores, e o texto de Jussara de Jesus Dias (1999), j mencionado no item anterior deste sub-captulo (Cf. Apndice B). Na edio do CONBRACE de 2001, permanecem vrios artigos ligados Educao Fsica e sua relao com os projetos sociais; Educao Fsica para portadores de necessidades especiais; recreao e ao lazer; ao esporte; e, s propostas de insero da Educao Fsica na Educao Infantil. Outras temticas discutidas so: composio corporal; indstria cultural; mdia; gnero e sexualidade; classe; movimentos sociais; polticas pblicas; explorao do trabalho infantil; e, formao de professores. Nesta edio lana-se o olhar sobre o texto de Alexandre Fernandez Vaz, Deborah Thom Sayo e Fbio Machado Pinto (2001), intitulado A Prtica de Ensino e a infncia na formao de professores/as de Educao Fsica, no qual os autores apresentam um debate sobre a disciplina Prtica de Ensino, dentro do curso de formao de professores, e sua relao com as questes da infncia (Cf. Apndice B).
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Em 2003, as temticas do CONBRACE do continuidade ao que se apresentou em anos anteriores. Entretanto, so apresentados poucos estudos sobre a relao entre a criana e o esporte e sobre propostas de insero da Educao Fsica na Educao Infantil. Outras temticas apresentadas so: qualidade de vida; mdias; movimentos sociais; ginstica; e, desempenho motor. Neste evento, novamente aparece um texto de Nara Rejane Cruz de Oliveira (2003b), apresentando os resultados de sua dissertao de mestrado j discutida neste captulo. No ano de 2005 as temticas so bem diversificadas, mas destacam-se as seguintes: movimentos sociais; mdias; e, desempenho motor. As temticas que predominavam nas edies anteriores (Educao Fsica para portadores de necessidades especiais; recreao e lazer; e insero da Educao Fsica na Educao Infantil) permanecem, mas em menor nmero, juntando-se a outras temticas: gnero; subjetividade; histria da infncia e da escolarizao; e, explorao do trabalho infantil. Na edio do CONBRACE de 2007 os estudos sobre a relao da Educao Fsica com os projetos sociais e a insero da Educao Fsica na Educao Infantil voltam a predominar. Permanecem os estudos sobre a relao entre a criana e as mdias. Em menor proporo apresenta as temticas: linguagem; histria da infncia; interdisciplinaridade; incluso; indstria cultural; desempenho motor; e, sade. Durante todo o perodo investigado poucos trabalhos (22,84% da amostra selecionada) apresentaram em seus resumos o referencial terico adotado. Os autores destacados e a quantidade de vezes que foram citados foram: Coletivo de autores (6), Lev Semenovitch Vygotsky (6), Henri Wallon (5), Joo Batista Freire (4), Maurice Merleau-Ponty (3), Nelson Marcellino (2), Bernard Aucouturier (2), Joana Pinto Guedes (2), Reiner Hildebrandt/Ralf Laging (2), Elenor Kunz (2), Jean Le Bouch (2), Gilles Brougre (2), Dieter Brodtmann (2), Cornelius Castoriadis (2), Norbert Elias (2), Charles Sanders Peirce (2) e perspectiva histrico-cultural (2). Vrios outros autores foram citados somente uma vez, apresentando uma variedade terica que vai de Karl Marx a Rubem Alves. Realizando uma sntese destas produes possvel constatar que, na produo cientfica da Educao Fsica, a criana e a infncia foram estudadas, principalmente, sob a tica do desenvolvimento motor; da recreao e do lazer; dos projetos sociais; e, dos portadores de necessidades especiais, ou seja, fora da escola e distante da formao do professor. Em menor nmero aparecem os trabalhos sobre a interveno da Educao Fsica nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na Educao Infantil.
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No que diz respeito quantidade de trabalhos selecionados nos congressos em questo, no transcorrer do perodo analisado, apresenta-se alguns destaques, que podem ser visualizados nos grficos a seguir: Grfico 1 Trabalhos selecionados dos CONBRACEs, no perodo de 1997 a 2007, em valores absolutos.
Grfico 2 Trabalhos selecionados dos CONBRACEs, no perodo de 1997 a 2007, em valores relativos.
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O primeiro destaque o nmero de trabalhos selecionados: 1997 (32), 1999 (102), 2001 (58), 2003 (33), 2005 (34) e 2007 (30). Os anos 1999 e 2001 apresentaram um maior nmero de trabalhos selecionados, tanto em valores absolutos como em valores relativos, entretanto, tambm apresentaram um nmero total de trabalhos apresentados maior que nos outros anos. Sobre o ano de 1999, no qual foram selecionados mais trabalhos, sugere-se que a cidade-sede do congresso (Florianpolis) contribuiu para este nmero. Nesta cidade encontravam-se vrios estudiosos da relao infncia e Educao Fsica, dentre os quais: Deborah Thom Sayo, Maurcio Roberto da Silva, Alexandre Fernandez Vaz, Elenor Kunz, Fbio Machado Pinto. Vrios trabalhos selecionados so destes professores e seus orientandos. Ainda, na Rede Municipal de Ensino de Florianpolis a Educao Fsica j est inserida na Educao Infantil desde o ano de 1982, o que sugere um maior debate sobre as questes da infncia. Sintetizando o que foi exposto neste captulo, possvel perceber que diferentemente do que aconteceu na pesquisa educacional, onde a criana e a infncia comeam a ser estudadas a partir da problemtica da criana pobre, na pesquisa em Educao Fsica, a criana comea a ser estudada a partir da perspectiva da aptido fsica e do talento esportivo. Uma discusso sobre a infncia na Educao Fsica aparece somente nos anos 2000. Entretanto, o objeto desta dissertao, a saber, a infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica, no figura estas produes. O prximo captulo apresenta o processo de reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC e suas relaes com as questes da infncia, com o objetivo de compreender como o curso est inserido no panorama apresentado, no sentido de dar subsdios para a reflexo sobre o lugar que a infncia tem ocupado na formao de professores.
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Se o professor pensa que sua tarefa ensinar o ABC e ignora a pessoa de seus estudantes e as condies em que vivem, obviamente no vai aprender a pensar politicamente ou talvez ir agir politicamente em termos conservadores, prendendo a sociedade aos laos do passado, ao subterrneo da cultura e da economia. (Florestan Fernandes)
Este captulo busca analisar as reformulaes curriculares do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, vinculadas s questes sobre o fenmeno da infncia na aprendizagem da profisso docente. Para tanto, o texto se divide em quatro itens. O primeiro item discorre sobre a criao deste curso e sua primeira grade curricular. O segundo trata da anlise da segunda grade curricular e apresenta alguns resultados do trabalho de concluso de curso de graduao57. No terceiro item destaca-se o processo de reformulao do curso, a partir das Novas Diretrizes Curriculares (MEC, 2002a, 2002b, 2004b), apresentando as mudanas ocorridas neste processo em relao s questes da infncia. O ltimo trata da anlise da disciplina: Educao Fsica na infncia, presente no currculo atual.
3.1 1974 - CRIAO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA DA UFSC: PRIMEIRA GRADE CURRICULAR.
Conforme exposto no Captulo I, e sob a Ditadura Geisel, a partir da Portaria n.470/GR de 07 de outubro de 1974, deu-se a criao do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. Este s foi reconhecido pelo Decreto-lei n.81759, em 06 de junho de 1978. Vale lembrar que foi neste perodo, a partir do Decreto-lei n.705/69, que a Educao Fsica passou a ser obrigatria em todos os nveis e reas de ensino. Interessante observar que, segundo Castellani Filho (1997), o papel da Educao Fsica, sob esta conjuntura, era de
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SILVA, C. da. O que voc vai ser quando crescer?: a infncia e a criana no Curso de Licenciatura em Educao Fsica/CDS/UFSC. Monografia apresentada ao Centro de Desportos, UFSC, novembro de 2005.
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desmobilizar qualquer movimento de contestao poltica, em especial, o movimento estudantil. Para isto era necessria a abertura de cursos de licenciatura em Educao Fsica para formar professores que pudessem atender as demandas exigidas pelo Decreto-lei n.705/69. A primeira turma de estudantes a serem formados sob esta pedagogia de carter autoritrio e militarista ingressou no primeiro semestre de 1975 e tinha um currculo que atendia s exigncias da Resoluo n. 69/69. Segundo esta resoluo o currculo deveria ser constitudo pelas seguintes matrias: (a) bsicas Biologia, Anatomia, Fisiologia, Cinesiologia, Biometria e Higiene; (b) profissionais Socorros Urgentes, Ginstica, Rtmica, Natao, Atletismo, Recreao e matrias pedaggicas de acordo com o Parecer n.672/1969 (Psicologia da Educao, Didtica, Estrutura e Funcionamento de 1 e 2 graus e Prtica de Ensino). Esta resoluo estabeleceu tambm que a durao mnima do curso deveria ser de trs anos e mxima de cinco anos, com carga horria referente a 1800 h/a. relevante ressaltar tambm que somente em 1969, os cursos de formao de professores em Educao Fsica do Brasil equiparam-se s outras licenciaturas, ajustando-se a partir do Parecer n.672/69 do CFE. Entretanto, este ajuste no garantiu uma formao de professores que abarcasse uma dimenso essencialmente pedaggica, j que os princpios advogados naquele momento eram os princpios da pedagogia tecnicista, ou seja, apesar de se constituir como um curso de licenciatura a formao estava voltada exclusivamente para a tcnica, sendo que, por exemplo, no Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC previa-se a titulao de licenciado e tcnico em desportos. Para obter o ttulo de licenciado em Educao Fsica era necessrio cursar todas as disciplinas correspondentes ao primeiro ciclo - bsico (1 e 2 fases) e ao segundo ciclo profissionalizante (3 a 6 fases). Para obter a habilitao em tcnicos em desportos, alm de cursar as disciplinas das seis primeiras fases era indispensvel cursar uma carga horria de 396 horas/aula, correspondentes s disciplinas de Condicionamento Fsico I e II e Metodologia Tcnica e Ttica em dois esportes a escolher (Cf. Anexo E). Ao analisar as disciplinas das seis primeiras fases deste primeiro currculo, constata-se que este era formado essencialmente por disciplinas de cunho esportivo58 e biolgico59. Estas disciplinas ocupavam 2/3 do currculo, restando apenas 1/3 para as chamadas disciplinas pedaggicas e de pesquisa. Pelo que se pde observar, a preocupao com o ensino do antigo
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Cinco disciplinas de Atletismo, duas de Voleibol, trs de Natao, uma de Handebol, duas de Basquetebol e duas de Esportes Complementares. 59 Cinco disciplinas de Ginstica, uma de Biologia, uma de Anatomia, uma de Higiene, uma Fisiologia, uma de Socorros Urgentes, uma de Biometria e uma de Cinesiologia.
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1 grau, no primeiro currculo, se restringia ao antigo ginsio (5 a 8 sries), no aparecendo disciplinas que tratassem sobre a Educao Fsica para as crianas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, nem disciplinas sobre a Educao Fsica no mbito da Educao Infantil. Apesar de toda discusso encaminhar-se a partir do desempenho, da eficincia e da racionalidade, neste mesmo perodo, o I CONBRACE (1979) j traz a criana como tema central do evento: A criana brasileira e a atividade fsica. Entretanto, a partir da anlise j realizada no captulo anterior, possvel afirmar que toda discusso sobre a temtica fica circunscrita rea das Cincias da Sade e sob o paradigma da aptido fsica. Neste sentido, ainda no aparece uma discusso sobre a infncia, mas somente sobre a criana, criana esta entendida como uma espcie de organismo essencialmente biolgico. J a dcada de 80 reconhecida, na Educao Fsica, pela crtica ao paradigma da aptido fsica, orientador da pesquisa e da prtica pedaggica at ento. Esta tenso fica evidente nas discusses do V CONBRACE, realizado em 1987, cujo tema volta a ser a criana: A criana e o esporte no Brasil. Diferentemente do I CONBRACE, os participantes e conferencistas no esto mais restritos rea das Cincias da Sade e o debate comea a ampliar-se para as reas das Cincias Humanas e Sociais. Apesar da maioria da produo acadmica sobre a criana continuar sob a perspectiva das medidas e avaliaes do desempenho motor e composio corporal, alguns trabalhos comeam a investigar a criana sob outros enfoques. Neste mesmo ano (1987), o CFE divulga a Resoluo n.03 que exige a reformulao dos cursos de graduao. Devido a isto, as pesquisas em educao centram o foco na formao de professores. O Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC tambm realiza a sua reforma curricular e inaugura, em 1988, sua segunda grade curricular.
3.2 1988 REFORMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA DA UFSC: SEGUNDA GRADE CURRICULAR.
Catorze anos depois da criao do curso, realiza-se, no perodo ps-ditadura militar, a reforma curricular que se deu motivada com a promulgao do Parecer n.215/87 do CFE e da Resoluo n.03/87, que repassou para as Instituies de Ensino Superior (IES) a responsabilidade de criar e elaborar seu prprio PPP e currculo para o curso. Outras alteraes impostas por esta legislao foram a fixao do prazo de quatro anos, como
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mnimo para a concluso do curso; a exigncia da monografia de concluso de curso; a ampliao das reas do conhecimento (filosficas, humanas, sociolgicas e tcnicas); e, a possibilidade da diviso dos cursos em licenciatura e bacharelado. Diferentemente da orientao pedaggica autoritria de 1974, nesta proposta de 1988, o curso passa a formar professores generalistas, sob a perspectiva humanista, para atuarem, prioritariamente, no Ensino Fundamental e na Educao Infantil. O curso de Educao Fsica passa de uma carga horria de 1800 h/a para 2925 h/a e dividido em duas partes: uma de formao geral (80%) e outra de aprofundamento de conhecimentos (20%). Na etapa de formao geral, obrigatria para todos os estudantes deste curso, eram apresentadas as bases gerais da Educao Fsica, sua histria, seus contedos e suas metodologias. Na etapa de aprofundamento de conhecimentos os estudantes poderiam optar por um dos trs aprofundamentos, a saber: Educao Fsica pr-escolar e de 1 a 4 sries; Educao Fsica Especial; e, Esportes (Cf. Anexo F). Acompanhando a produo do conhecimento na rea, o curso tenta incorporar as contribuies das Cincias Humanas e Sociais, mas ainda apresenta resqucios do paradigma da aptido fsica, materializado, entre outros, no aprofundamento denominado Esportes. Na etapa de formao geral, ficam evidentes as modificaes quanto s disciplinas. As disciplinas esportivas e biolgicas tm sua carga horria diminuda, dando mais espao s disciplinas pedaggicas. Neste perodo e neste currculo j aparece certo interesse, da parte dos professores universitrios, com relao aos estudos da criana, mesmo que de teor biologicista. Assim, criam-se as duas disciplinas intituladas: Desenvolvimento Motor e Aprendizagem Motora. Na etapa de aprofundamento de conhecimentos, cria-se o aprofundamento em Educao Fsica pr-escolar e de 1 a 4 sries. Este ir surgir devido necessidade de se estudar sobre a Educao Fsica como componente curricular, j que esta, especialmente no municpio de Florianpolis, estava em processo de consolidao tanto nos anos iniciais, como na Educao Infantil60. Neste sentido, criam-se as disciplinas Recreao Infantil, Ginstica Escolar, Atividades Rtmicas e Estudos Individuais em Educao Fsica Infantil. No trabalho intitulado O que voc vai ser quando crescer?: A infncia e a criana no curso de licenciatura em Educao Fsica/CDS/UFSC (2005), foram selecionadas para anlise cinco disciplinas do currculo do presente curso que tratavam da infncia e da criana,
Vale ressaltar que, conforme Gaspar (2008), a partir de 1982 a Rede Municipal de Ensino de Florianpolis passou a trabalhar com professores de Educao Fsica na Educao Infantil. Entretanto, de acordo com o Grupo de Estudos Ampliados de Educao Fsica (1996), somente em 1987 foi institudo o concurso pblico para o cargo de professor de Educao Fsica na Educao Infantil.
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no interior dos programas e planos de ensino, a saber: Desenvolvimento Motor I; Psicologia da Educao I61; Aprendizagem Motora; Recreao Infantil (do Aprofundamento em Educao Fsica pr-escolar e de 1 a 4 sries); e, Atletismo III62, para representar o conjunto de disciplinas esportivas. Para a anlise destacou-se as ementas e programas de ensino destas disciplinas, bem como as entrevistas com os professores ministrantes destas. A partir de algumas ferramentas da anlise de contedo (BARDIN, s/d) foi possvel identificar quatro categorias correspondentes s concepes de infncia. So elas: a) a infncia enquanto etapa incompleta da vida; b) a infncia como tempo de alegria, prazer e ldico; c) o desaparecimento da infncia (POSTMAN, 1999); e, d) a infncia como construo social (PINTO, M., 1997). a) A infncia como etapa incompleta da vida, foi a categoria mais presente e que mais se destacou nos programas de ensino e nas falas dos professores. Nesta, a infncia entendida como uma etapa inicial da vida, regrada pelos valores de preparao para a vida adulta, sendo que acompanha um processo de desenvolvimento linear e homogneo. J a criana o ser que passa por esta etapa e fica caracterizado como um sujeito incompleto e s estar completo quando se tornar adulto. Um exemplo desta viso se expressa nesta fala de uma professora: [...] ela aquela semente, n? que estourou, t comeando a dar os seus raminhos, n? e ela t comeando a aparecer, a surgir. (entrevista professora C) (SILVA, C., 2005, p. 51). b) A segunda categoria que teve destaque foi a infncia como tempo de alegria, prazer e ldico. A partir de uma viso romntica, a infncia considerada como um tempo de fruio, onde a criana uma pessoa ingnua, inocente, livre e alheia s relaes sociais que as rodeia. A fala de uma professora anuncia esta concepo: [...] desse tempo a da alegria, sem nenhum comprometimento com a sociedade produtiva com que a gente tem. (entrevista professora B) (SILVA, C., 2005, p. 39). c) Outra categoria presente nos programas e falas dos professores foi o desaparecimento da infncia (POSTMAN, 1999). A idia de um desaparecimento da infncia pode estar relacionada aos novos valores e novas configuraes da sociedade em conseqncia tambm de uma viso romntica de infncia como tempo da alegria, prazer e ldico. Este dado pode ser identificado a partir da fala de um professor (SILVA, C., 2005, p. 32):
Em razo da deflagrao da greve dos servidores pblicos federais (2005) no foi possvel estabelecer contato com a secretaria do curso de Psicologia e com a professora ministrante da disciplina, tornando invivel a anlise da mesma. 62 Esta disciplina foi selecionada por dedicar uma ateno particular s questes do esporte para crianas.
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[...] na minha gerao ainda tive infncia. Eu tive liberdade pra brincar, de fazer as coisas que, n? que eram diretamente ligadas ao meu interesse que era o ldico, que era o brincar. [...] Hoje este brincar est completamente transformado. [...] com o advento da tecnologia, o brincar da criana ficou um brincar mais voltado a essa sociedade tecnolgica, atravs dos videogames, do computador. (entrevista professor D) d) A infncia como construo social (PINTO, M., 1997) foi a categoria que menos apareceu nos programas e falas dos professores. Somente uma professora destacou a importncia de entender a historicidade das categorias criana e infncia, ainda que de forma difusa, voltando, algumas vezes, idia da infncia como tempo de alegria, prazer e ldico. Sobre a infncia como construo social, a professora entrevistada discorre que (SILVA, C., 2005, p. 42)
Infncia [...] entraria nesse aspecto de como esse ser criana vive, n? Sobre quais condies ele vive, entra a na questo da infncia e a como a sociedade lida e entende essa etapa da vida, n? A mais um constructo social, n? Scio-cultural que, esse entendimento vai t variando de acordo com a sociedade, o tempo histrico. (entrevista da professora B)
Como se pode observar a criana e a infncia aparece neste currculo, essencialmente, sob dois aspectos: natural e romntico. Esta idia da infncia como um dado natural e romnico que no precisa ser explicitado do ponto de vista terico, j foi identificado tambm nas pesquisas de Picelli (2001), Oliveira, C. B. (2003) e Oliveira, N. R. C. (2003a), demonstrando que esta viso figura no somente na formao de professores, mas igualmente na produo do conhecimento cientfico da rea63. interessante destacar que este currculo perpassa toda a dcada de 90 e incio dos anos 2000 sem alteraes substanciais, momento este de grande efervescncia na Educao Fsica e nas questes sobre a criana e a infncia, tanto na pesquisa como nas polticas pblicas. bom lembrar que: todas as edies do CONBRACE, na dcada de 90, esto debruadas sobre o questionamento: Que cincia essa?, com o objetivo de debater sobre o estatuto epistemolgico da rea; vrios pesquisadores da Educao Fsica focam seus estudos no sentido de elaborar metodologias de ensino; em 1990 lanado o ECA; em 1996
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Para um estudo sobre o fenmeno da naturalizao da criana e da infncia ver Charlot (1979) e Miranda (1984).
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sancionada a LDBEN, colocando a Educao Fsica como componente curricular obrigatrio no Ensino Bsico (agora compreendendo a Educao Infantil); comeam a aparecer definitivamente, na Educao Fsica, estudos que ultrapassam o paradigma da aptido fsica, e que colocam a criana e a infncia como foco central das pesquisas (exemplo disto so as edies de 2002 da Revista Pensar a Prtica e de 2005 da RBCE). sob esta conjuntura que, no ano de 2005, o Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, j sob o governo Lula, vai sofrer uma segunda reforma, dando origem a sua terceira grade curricular.
3.3 2005 - REFORMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA DA UFSC: TERCEIRA GRADE CURRICULAR.
O estabelecimento das Novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduao (Resolues n.01/CNE/200264 e n.02/CNE/200265) e, especialmente, em Educao Fsica (Resoluo n.07/CNE/200466), motivou o Colegiado do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, a decidir nomear uma comisso no final do ano de 2004, para montar uma proposta de reformulao curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica e uma proposta de criao do Curso de Bacharelado em Educao Fsica (FENSTERSEIFER et al, 2005). No final do ms de maro de 2005, a comisso composta pelos professores Alex Fensterseifer, Joaquim Felipe de Jesus, Juarez Vieira do Nascimento e Markus Vinicius Nahas, apresentou para este Colegiado uma proposta de Curso de Bacharelado em Educao Fsica e, no final do ms de abril do mesmo ano, uma proposta de reformulao curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica. Deixando de lado a discusso sobre a proposta de criao do Curso de Bacharelado em Educao Fsica, no por consider-la menos importante, mas para garantir o foco deste estudo, segue uma anlise sobre a reformao curricular de 2005 do Curso Licenciatura em Educao Fsica.
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a formao de professores de Educao Bsica, em nvel superior, curso de licenciatura, de graduao plena. 65 Institui a durao e a carga horria dos cursos de licenciatura, de graduao plena, de formao de professores da Educao Bsica em nvel superior. 66 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduao em Educao Fsica, em nvel superior de graduao plena.
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A primeira verso da proposta foi divulgada comunidade acadmica no final do ms de abril, sendo que a comisso estipulou o prazo de um ms para o corpo docente e discente levantarem consideraes sobre a mesma. O NEPEF, que na ocasio no foi chamado para fazer parte da comisso de reformulao curricular, apresentou suas consideraes demonstrando, de antemo, que no concordava como este processo estava acontecendo67.
Comprometemo-nos de entregar este documento no prazo estipulado pela comisso embora sejamos da opinio de que no seja necessrio este encaminhamento apressado do curso de licenciatura, uma vez que o curso j existe. Por isto mesmo gostaramos de propor a continuidade dos estudos, reflexes e discusses para esta reformulao uma vez que consideramos [...] de mxima importncia uma ampla e profunda discusso/reflexo sobre o curso de Licenciatura no CDS/UFSC e sua reformulao. Sugerimos assim que a comisso discuta e esclarea publicamente sua proposta comunidade do CDS. O NEPEF se prope a organizar junto ao corpo docente, discente e tcnico-administrativo uma oportunidade para este fato (NEPEF, 2005, p. 01). Esclarecida esta posio, o NEPEF tece suas consideraes a respeito da primeira verso da proposta. Alguns pontos merecem destaque, a saber: concepo do curso, concepo de estudante, perfil profissional e disciplinas do currculo. Quanto concepo do curso, o primeiro destaque que o Ncleo faz a semelhana deste com a formulada anteriormente para a criao do Curso de Bacharelado em Educao Fsica. Em primeira instncia, esta concepo fere com as orientaes do Parecer n.009/CNE/2001, parecer este que distingue a terminalidade e a integralidade prpria de um curso de licenciatura, em relao ao bacharelado. Em segunda instncia, apregoa, como na proposta para a criao do curso de Bacharelado, uma formao voltada ao mercado, ao projeto neoliberal, conforme o Ncleo demonstra em uma citao desta primeira verso:
Nesta nova era, o profissional de Educao Fsica assumiria um novo papel na sociedade, deixando de lado a posio cmoda e estvel de assalariado da administrao pblica ou de um organismo privado. Ocupar o seu espao se impondo como profissional liberal, gerenciando o seu prprio desenvolvimento no mercado de trabalho. (PROJETO DE REFORMA CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA apud NEPEF, 2005, p. 06)
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Interessante destacar que os professores do Departamento de Metodologia de Ensino (MEN) tambm atuaram neste momento no Colegiado do CDS. No entanto, no se encontrou registros de suas participaes.
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Um segundo ponto, ainda sobre a concepo do curso, diz respeito definio da Atividade Fsica como sendo o objeto de estudo da Educao Fsica. Seguindo esta concepo a Educao Fsica seria entendida como uma Cincia da Atividade Fsica, que iria organizar e orientar as diferentes manifestaes da cultura das atividades fsicas. Diante desta concepo o NEPEF expe sua posio (ibid., p. 10):
Embora este conceito j tenha sido um dos principais assuntos debatidos no projeto de curso do Bacharelado, consideramos, mais uma vez, a referncia as manifestaes da cultura das atividades fsicas como de todo, paradoxal, uma vez que as atividades fsicas, pela sua definio epistmica, dificilmente podem ser consideradas como uma manifestao ou expresso e sim propriamente como trabalho ou esforo fsico. A atividade fsica acaba sendo um conceito por demais reduzido que limita e dificulta o dilogo entre as diferentes abordagens presentes na rea, como tambm a estruturao curricular do curso (grifo dos autores). Cabe, neste momento, esclarecer como o conceito de Atividade Fsica tem sido expressado na Educao Fsica. A maioria dos pesquisadores que defendem a Atividade Fsica como objeto de estudo da Educao Fsica, entendem-na somente a partir do paradigma da aptido fsica, ou seja, a partir de uma viso biologicista, positivista e funcionalista. Ainda, utilizando uma expresso de Kosik (1985), justificam-na a partir de uma prxis utilitria, que no leva em conta a essncia, mas somente a forma fenomnica do fenmeno. Silva; Pires; Matiello Jnior (2005, p. 16) apresentam um exemplo disto:
[...] a rea da Atividade Fsica relacionada sade, centrando-se na compreenso da categoria estilo de vida, elege o sedentarismo como fator de risco e como verdadeiro inimigo a ser extirpado, mas, no entanto, termina combatendo tambm aos sedentrios, na medida em que naturaliza o comportamento humano e as dimenses sociais, dificultando ou descaracterizando as manifestaes da cultura corporal/de movimento, alm de ocultar, [...], outro tipo de cultura corporal que ela no privilegia na sua perspectiva terica, como por exemplo, as caminhadas e corridas doentias dos desempregados atrs de trabalho com dignidade. Dessa forma, no primeiro caso, tal estilo de vida tomado ingenuamente como falta de vontade e estmulo (atitude), resultado da ignorncia e do abuso dos recursos tecnolgicos acionados por controle remoto, sem se dar conta de que a maior parte das pessoas no tm (sic.) acesso a esses recursos, bem como no se percebe que as mudanas advindas da modernidade so bem mais profundas e danosas do que a hipocinesia considerada (grifos dos autores).
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Neste sentido, reafirma-se o posicionamento do NEPEF de que a referncia as manifestaes da cultura das atividades fsicas paradoxal, j que os pesquisadores da Atividade Fsica encaram a Educao Fsica em uma perspectiva unicamente biologicista, desvinculando-a de sua constituio histrica e cultural. Outra questo apontada por este Ncleo a concepo de estudante. Segundo a primeira verso do Projeto de Reforma Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica (apud NEPEF, op.cit., p. 12), os graduandos no devem ser tratados como crianas, no sentido de entend-los como sujeitos que no devem ser dependentes e submissos no processo de ensino. De acordo com o Ncleo, alm do documento no argumentar de forma consistente sobre esta concepo de estudante, revela uma concepo de criana como incapaz, concepo esta que, segundo o Ncleo, j se apresenta superada nos estudos sobre a infncia. Articulada questo da concepo de estudante apresentada, o NEPEF questiona tambm sobre como a infncia (a partir das questes da Educao Infantil) ser contemplada no projeto de reformulao curricular. Neste ponto, o Ncleo questiona (ibid., p. 12):
Como fica esta questo na reformulao do curso de licenciatura em Educao Fsica no CDS? Onde ela foi contemplada? No necessitaria uma discusso mais aprofundada sobre a insero de nossa rea neste contexto de ensino? O que a Educao Fsica j contribuiu e tem a contribuir para com a educao infantil, alm da oferta de brincadeiras e jogos, sob o rtulo de recreao infantil, normalmente oferecidos de forma exageradamente didatizada e sem a devida teorizao? Enfim, imprescindvel que esta temtica fosse levantada desde a construo da concepo de curso at a grade de disciplinas (grifos dos autores). Outro ponto com relao a isto que mesmo considerando a relevncia da temtica, o NEPEF prope apenas algumas alteraes em uma disciplina j posta sobre a infncia. J com relao sade, elabora uma argumentao e sugere a alterao de alguns conceitos de duas disciplinas, bem como indica a incluso de mais duas disciplinas sobre a temtica. Cabe aqui esclarecer que no se est desconsiderando a relevncia da discusso sobre a sade, em uma perspectiva crtica, urgente num currculo de formao68. O que se pretende demonstrar a carncia de um olhar mais atento sobre as questes da infncia. Parece que este documento apresentado pelo Ncleo foi elaborado s pressas, j que o Colegiado do curso no deixou muitas opes para o debate e, assim algumas das discusses apresentadas no texto so partes
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de um esforo individual ou de pequenos grupos de professores. Isto reflete uma posio autoritria daquele Colegiado, o que colaborou para a no efetivao de um currculo de formao ampliada. Quanto ao perfil profissional, o Ncleo identifica uma contradio deste com a concepo de curso anteriormente exposta. Apesar de a primeira verso apresentar uma concepo de curso bastante restrita, o perfil profissional aponta para [...] a formao de um profissional com a mxima competncia, acadmica, cientfica e profissional e ainda ser um profissional com capacidade crtica e reflexiva e com plena autonomia para a profisso (ibid., p. 16). Entretanto, a atuao do profissional, segundo o perfil e os objetivos especficos do curso, fica restrita a sua prtica pedaggica no espao restrito das relaes da sala de aula, deixando de lado as transformaes sociais, polticas e econmicas que envolvem a sociedade (NEPEF, 2005). Com relao s disciplinas do currculo, o NEPEF sugeriu vrias alteraes. Neste texto destacam-se trs: as disciplinas sobre a temtica sade, a disciplina Educao Fsica Adaptada e a disciplina Educao Fsica Infantil. Sobre as disciplinas que possuem como temtica a sade, o Ncleo expressa a importncia de mais disciplinas que dem conta de estudar e intervir sobre o fenmeno da sade. Tambm reivindicam que as disciplinas ministradas devem abordar a sade sob diversas perspectivas e no somente a partir do paradigma da atividade fsica, pelo entendimento, j exposto neste captulo, de que este paradigma ignora a constituio histrica das prticas corporais e das relaes sociais. Nesta direo, sugerem a mudana do nome da disciplina Atividade Fsica, Sade e Qualidade de Vida para Educao Fsica, Sade e Qualidade de Vida. Tambm recomendam a incluso de mais duas disciplinas obrigatrias: Educao Fsica e Sade Coletiva e Educao Fsica Escolar e Sade. No rol de disciplinas optativas indicam a mudana do nome da disciplina Emergncias em Educao Fsica para Sade e Urgncias na Escola. Com relao disciplina Educao Fsica Adaptada, o Ncleo recomenda a substituio do nome para Educao Fsica e Portadores de Necessidades Educacionais Especiais para seguir a tendncia nacional. Esta mudana de nome tambm justificada pelo fato de o Ncleo entender que existem especificidades para se efetivar uma educao inclusiva e que somente uma mera adaptao da Educao Fsica no contempla tais questes. Sobre a disciplina Educao Fsica Infantil, Ncleo sugere a mudana de nome para Educao Fsica na Educao Infantil, para atender legislao vigente sobre os nveis de
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ensino. Ainda, o Ncleo apresenta uma proposta de ementa e bibliografia bsica (NEPEF, op. cit., p. 36):
DEF 5866 - EDUCAO FSICA NA EDUCAO INFANTIL (obrigatria, 72 horas/aulas, 04 crditos 5 fase) Ementa: caractersticas, necessidades e prioridades da criana; natureza, propsitos e significados do movimento na infncia; a produo do conhecimento sobre infncia e ldico; anlise dos espaos e da cultura ldica com nfase nas possibilidades participativas, crticas e expressivas. Bibliografia: KISHIMOTO, T. (org.). O brincar e suas teorias. So Paulo: Pioneira/Thomson Learning, 2002. EDWARDS, Carolyn. As cem linguagens da criana. Abordagens de Reggio Emlia na educao da primeira infncia. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1999. ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde (org.). Os fazeres na educao infantil. So Paulo: Cortez, 2003. A partir das colocaes apresentadas pelo NEPEF, ainda cabe questionar: Afinal, o que infncia e ldico para este Ncleo? Em algum outro momento do currculo sugerida uma reflexo sobre a infncia na escola? Ou esta reflexo est restrita Educao Infantil? Ou, ainda, a esta disciplina somente? Outro ponto a destacar so as bibliografias sugeridas. Tais referncias bibliogrficas so insuficientes e demonstram a influncia de certa literatura utilizada pela Educao Infantil no Brasil, que se encaminham, em sua maioria, para uma viso idealizada de infncia. Apresentadas as proposies encaminhadas pelo NEPEF, passa-se agora para a anlise do projeto final de reformulao curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. Para a apresentao seguem-se os mesmos passos da apresentao feita sobre as consideraes do NEPEF, buscando visualizar o que foi incorporado e o que foi descartado pela comisso indicada pelo Colegiado do Curso em questo. Como primeiro ponto, preciso esclarecer que no currculo proposto o objetivo do curso formar professores para atuar na Educao Bsica (Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Mdio) e na Educao Profissional. Neste sentido, este currculo deixa explcito que o professor de Educao Fsica estar sendo formado para atuar, marcadamente, na escola, ao contrrio do que acontecia no currculo anterior, j que o estudante tinha a possibilidade de escolher um aprofundamento nas duas ltimas fases (Educao Fsica prescolar e de 1 a 4 sries; Educao Fsica Especial; e, Esportes) que no correspondia,
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necessariamente, a atuao pedaggica na escola. Assim, os aprofundamentos desaparecem neste novo currculo, dando lugar a um currculo comum a todos os licenciados, da primeira at a ltima fase (Cf. Anexo G). Sobre a concepo do curso, apesar de no aparecer explicitamente a formao voltada para o mercado de trabalho, o modelo de formao profissional aparece focado nas competncias e habilidades do profissional. Segundo David (2002, p. 124), este modelo de formao focado nas competncias
[...] no deve ser traduzido como formao humana ampliada que envolve o desenvolvimento das capacidades do sujeito do ponto de vista biolgico, cultural, esttico e social, mas num horizonte instrumental que se adequa nova lgica do desenvolvimento capitalista dentro de uma conformada educao tcnica de resultados. Sob este modelo baseado em competncias, apresenta a defesa dos rgos de certificao como o sistema CONFEF/CREF quando expe que [...] quem assume uma funo sem a preparao correspondente estaria roubando o exerccio profissional da funo de uma pessoa preparada para tal (FENSTENSEIFER et al, 2005, p. 15). Segundo Nozaki (2003), este corporativismo de reserva de mercado, est impregnado da lgica neoliberal e neofascista, onde sustenta um discurso ideolgico de empregabilidade, empreendedorismo e naturalizao da crise, que contribui para a precarizao do trabalho. Ainda sobre a concepo do curso, o documento foi alterado no que diz respeito ao objeto de estudo da Educao Fsica. Neste, os autores apresentam o movimento humano como objeto e no mais a atividade fsica. Justificam esta opo para [...] acompanhar a terminologia adotada nas Diretrizes dos Cursos de Graduao em Educao Fsica (Resoluo n 07/CNE/2004) bem como as Diretrizes do ENADE da Educao Fsica (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 36). Quanto concepo de estudante, o documento altera a redao exposta, mas permanece com a mesma concepo. No utilizando mais a expresso no devem ser tratados como crianas, os autores baseiam-se no conceito de Andragogia69. Segundo Teixeira (2005) este conceito cunhado por Knowles e significa "arte e a cincia destinada a auxiliar os adultos a aprender e a compreender o processo de aprendizagem dos adultos". Este
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No documento os autores dizem estar fundamentados nos princpios da Andragogia expostos por Costa (1997), entretanto este estudo no aparece na lista de referncias do projeto. Neste sentido, buscou-se artigos sobre o assunto e selecionou-se o artigo de Teixeira (2005) para compreender estes princpios.
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conceito parte da idia de que a Pedagogia seria o processo de ensino-aprendizagem dos adultos para com as crianas, por isso no caberia ao processo de formao dos futuros professores, j que se estaria falando de um processo de ensino-aprendizagem de adultos para com os adultos. Neste sentido, expe que a educao dos adultos deve se diferenciar das crianas por quatro caractersticas que distinguem o adulto:
1 - Modifica o seu auto-conceito deixando de ser um indivduo dependente (conforme a Pedagogia) para ser um independente, auto dirigido; 2 - Acumula uma crescente reserva de experincias e conseqentemente um maior volume de recursos de aprendizagem; 3 - Tem sua motivao de aprendizagem cada vez mais orientada para buscar desenvolver seus papis sociais; 4 - Modifica sua "perspectiva de tempo" em relao aplicao de conhecimentos; para os adultos o maior interesse de conhecimentos de aplicao mais imediata e em conseqncia a sua aprendizagem deve deixar de ser centralizada no contedo para centralizar-se no problema (TEIXEIRA, 2005). Como possvel visualizar, esta proposta apresenta uma idia de criana e adulto idealizados. A criana entendida como ser dependente, incapaz e alheio s condies impostas pela sociedade. J o adulto entendido como um ser reflexivo que busca conhecimentos para satisfazer um pragmatismo imediato. Tal teoria ignora ainda toda discusso realizada na rea da Educao que busca conceituar a Pedagogia como teoria geral da Educao (GHIRALDELLI JNIOR, 1996). O perfil profissional permanece no mesmo formato anterior, de um profissional crtico e reflexivo, circunscrito ao local especfico de trabalho. No foram levadas em conta as sugestes do NEPEF sobre uma formao que contemplasse a reflexo sobre as transformaes polticas, econmicas, sociais e culturais do contexto amplo da sociedade. Em relao s disciplinas da rea da sade foram incorporadas as sugestes do NEPEF, com exceo da presena da disciplina Educao Fsica e Sade Coletiva. Interessante ressaltar que a relevncia desta disciplina no foi aceita, enquanto disciplinas como Teoria e Metodologia dos Esportes de Aventura foram mantidas como obrigatrias no currculo, uma expresso da formao voltada para o mercado e seus modismos, em seu sentido imediatista e utilitarista. A sugesto de mudana de nome da disciplina Educao Fsica Adaptada tambm no foi aceita, permanecendo intacta no atual currculo.
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A disciplina Educao Fsica Infantil apresenta-se sob outra nomenclatura que no da sugesto do NEPEF, a saber, Educao Fsica na Infncia. Alm de constar mais elementos na ementa, tambm so acrescentadas duas bibliografias bsicas: Jogos em grupo na educao infantil: implicaes da teoria de Piaget, de Kamii; Devries (1991) e Jogos na educao: criar, fazer, jogar, de Lopes (2001). Estas duas referncias bibliogrficas apresentam-se como manuais de jogos e correspondem a teorias que entendem que exista um modelo universal de criana, sob uma perspectiva desenvolvimentista, que ignoram a criana como ser humano capaz e a infncia como construo social. Antes de analisar a emergncia da disciplina Educao Fsica na Infncia, apresentase um quadro sobre as mudanas ocorridas no currculo, a partir da ltima reforma curricular:
Quadro 8 Disciplinas da segunda e da terceira grade curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC70. Dimenses biodinmicas do movimento humano71 Currculo antigo Currculo Atual BEG 5102 Biologia Celular Bsica 54 h/a MOR5203 Anatomia Aplicada 72 h/a MOR5219 Anatomia Aplicada 72 h/a CFS5147 Fisiologia Humana 72 h/a CFS5148 Fisiologia Humana 72 h/a DEF5128 Adaptaes Orgnicas 54 h/a DEF5897 Adaptaes Orgnicas 72 h/a DEF5314 Cinesiologia 54h/a DEF5898 Biomecnica 54 h/a Dimenses comportamentais do movimento humano72 Currculo antigo Currculo Atual DEF5121 Desenv. Motor I 54 h/a DEF5892 Crescimento e Desenvolvimento Humano 72 h/a DEF5122 Desenv. Motor II 36 h/a DEF5310 Aprendizagem Motora 54 h/a DEF5893 Ap. e Controle Motor 72 h/a PSI5105 Psic. da Educao I 54 h/a PSI5137 Psicologia Educacional: Desenvolvimento e Aprendizagem 54 h/a PSI5106 Psic. da Educao II 54 h/a
Na apresentao do quadro acima as disciplinas esto divididas em eixos curriculares propostos no atual PPP do presente curso, a saber: Dimenses Biodinmicas do Movimento Humano; Dimenses Comportamentais do Movimento Humano; Dimenses Scio-Antropolgicas do Movimento Humano; Dimenses Pedaggicas do Movimento humano; Dimenses Cientfico-Tecnolgicas do Movimento Humano; Dimenses das Manifestaes da Cultura do Movimento Humano; e Dimenses Tcnico-Funcionais Aplicadas ao Movimento Humano. 71 Conhecimentos sobre o ser humano nos aspectos morfolgicos, fisiolgicos e biomecnicos (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 36). 72 Conhecimentos sobre mecanismos e processos do desenvolvimento humano, contemplando, entre outros, aspectos motores, aquisio de habilidades e fatores psicolgicos intervenientes (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 36).
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Dimenses scio-antropolgicas do movimento humano73 Currculo antigo Currculo Atual DEF5115 Introduo Ed. Fsica 54 h/a DEF5884 Fund. Histrico-Ped. da EF 54 h/a DEF5702 Fund. Humansticos da EF 54 h/a DEF5807 Fund. Scio-Antrop. da EF 54 h/a DEF5701 Princpios de Conduta Prof. 36 h/a DEF5808 Princpios de Conduta Prof. 54h/a SPO5171 Sociologia da Educao 54 h/a ANT5308 Antropologia Cultural 54 h/a Dimenses pedaggicas do movimento humano74 Currculo antigo Currculo Atual MEN5138 Didtica Geral 72 h/a MEN5603 Didtica Geral 72 h/a DEF5127 Teoria e Prtica na EF 54 h/a DEF5871 Met. do Ens. De EF 72 h/a ou MEN5186 Met. do Ens. De EF 72 h/a DEF5129 Est. e Func. de 1 e 2 graus 72 h/a EED5187 Organizao Escolar 72 h/a FIL5132 Filosofia da Educao I 54 h/a EED5331 Teorias da Educao 72 h/a MEN5235 Prtica de Ensino em Educao DEF5872 Estgio Sup. em EF I 252 h/a ou Fsica Escolar I 108 h/a MEN5321 Estgio Sup. em EF I 252 h/a MEN5236 Prtica de Ensino em Educao DEF5873 Estgio Sup. em EF II 252 h/a ou Fsica Escolar II 108 h/a MEN5322 Estgio Sup. em EF II 252 h/a DEF5238 Est. Ind. em EF Infantil 90 h/a DEF5419 Ginstica Escolar 54 h/a DEF5226 Recreao Infantil 54 h/a DEF5870 Sem. Pedaggico em EF 36h/a ou MEN5164 Sem. Pedaggico em EF 36 h/a DEF5885 Ed. Fsica na Infncia 72 h/a EED5188 Seminrio Temtico em Educao e Processos Inclusivos 36 h/a Dimenses cientfico-tecnolgicas do movimento humano75 Currculo antigo Currculo Atual DEF5233 Met. Trab. Cientfico 54 h/a DEF5894 Met. Trab. Acadmico 36 h/a DEF5235 Inic. pesquisa em EF 54 h/a DEF5826 Met. da Pesquisa em EF 72 h/a DEF5160 Seminrio de Monografia 90 h/a DEF5874 Sem. Conc. de Curso I 72 h/a DEF5872 Sem. Conc. de Curso II 72 h/a LLE5105 Ingls Instrumental 72 h/a Dimenses das manifestaes da cultura do movimento humano76 Currculo antigo Currculo Atual DEF5835 Teoria e Metodologia da DEF5416 Ginstica I 54 h/a Ginstica 72 h/a DEF5417 Ginstica II 54 h/a DEF5214 Atletismo I 54 h/a DEF5829 Teoria e Metodologia do Atletismo I 72 h/a DEF5215 Atletismo II 54 h/a DEF5216 Atletismo III 72 h/a DEF5140 Metodologia da Dana 54 h/a DEF5887 Fund. Teo.-Met. Da Dana 72 h/a
Conhecimentos filosficos, antropolgicos, sociolgicos e histricos que enfocam aspectos ticos, culturais, estticos e epistemolgicos (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 37). 74 Conhecimentos de fundamentos didtico-pedaggicos, princpios gerais e especficos de gesto e organizao escolar, e interveno profissional no componente curricular Educao Fsica na educao bsica e profissional (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 37). 75 Conhecimentos sobre tcnicas de estudo e pesquisa (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 37). 76 Conhecimentos das diferentes manifestaes e expresses da cultura do movimento humano nas suas formas de jogos, esportes, ginsticas, danas, lutas, lazer, recreao e outros (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 37).
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Dimenses das manifestaes da cultura do movimento humano (cont.) Currculo antigo Currculo Atual DEF5425 Recreao e Lazer 72 h/a DEF5886 Fund. Teo.-Met. Do Lazer 72 h/a DEF5311 Natao I 54 h/a DEF5831 Teo. e Met. da Natao I 72 h/a DEF5312 Natao II 54 h/a DEF5118 Handebol 72 h/a Teo. e Met. dos Esportes Coletivos I 72 h/a (DEF5843 Futebol ou DEF5844 Handebol) DEF5123 Futebol 54 h/a Teo. e Met. dos Esportes Coletivos II 72 h/a DEF5108 Basquetebol 72 h/a (DEF5845 Basquetebol ou DEF5846 Futsal) DEF5119 Voleibol 72 h/a Teo. e Met. dos Esp. Coletivos III 72 h/a (DEF5847 Voleibol ou DEF5848 Tnis) DEF5418 Ginstica Esportiva 54 h/a Teoria e Metodologia das Lutas 72 h/a (DEF5849 Jud ou DEF5850 Capoeira) DEF5869 Jog. e Brinq. da Cult. Pop. 72 h/a DEF5840 Teoria e Metodologia dos Esportes Adaptados 72 h/a DEF5841 Teoria e Metodologia dos Esportes de Aventura 72 h/a Dimenses tcnico-funcionais aplicadas ao movimento humano77 Currculo antigo Currculo Atual DEF5223 Org. de Comp. Esportivas 54 h/a DEF5810 Plan. e Org. de Eventos 72 h/a DEF5132 Medidas e Avaliao EF em 54 h/a DEF5821 Medidas e Avaliao EF 72 h/a DEF5141 Educao Fsica Especial 54 h/a DEF5818 Ed. Fsica Adaptada 72 h/a DEF5890 EF, sade e QV 72 /a DEF5234 Rtmica 72 h/a DEF5325 Emergncia em Ed. Fsica 54 h/a DEF5126 T. e M. Cond. Fsico 54 h/a DEF5133 Treinamento Esportivo I 36 h/a DEF5135 Atividades Rtmicas 54 h/a Com o objetivo de demonstrar algumas alteraes consubstanciais, no mbito geral da formao do professor de Educao Fsica, destaca-se que: - a carga horria das disciplinas de Prtica de Ensino passa de 108 h/a para 252 h/a; - as disciplinas esportivas oferecidas so mais diversificadas; - aparecem mais disciplinas sobre Educao Fsica para portadores de necessidades especiais; - a disciplina Seminrio de Monografia desmembrada em duas disciplinas de 72 h/a cada; - as disciplinas de Sociologia da Educao e Antropologia Cultural, existentes no currculo anterior, no aparecem no novo currculo; e surge a disciplina obrigatria Teoria e Metodologia dos Esportes de Aventura. Com relao s disciplinas que pressupem relaes com o estudo da criana e da infncia, as modificaes foram as seguintes: - as disciplinas de Desenvolvimento Motor I
Conhecimentos articuladores dos fundamentos terico-metodolgicos e a interveno profissional no mbito das diferentes manifestaes e expresses do movimento humano (FENSTENSEIFER et al, op. cit., p. 37).
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(54 h/a) (dedicada exclusivamente ao processo de desenvolvimento da criana) e Desenvolvimento Motor II (36 h/a) so condensadas na disciplina Crescimento e Desenvolvimento Humano (72 h/a); - as disciplinas Psicologia da Educao I (54 h/a) (dedicada exclusivamente s questes sobre a criana) e Psicologia da Educao II (54 h/a) so condensadas na disciplina Psicologia Educacional: desenvolvimento e aprendizagem (54 h/a); - as disciplinas do aprofundamento em Educao Fsica Pr-escolar e de 1 a 4 sries
do antigo currculo, a saber, Estudos Individuais em Educao Fsica Infantil (90 h/a),
Atividades Rtmicas (54 h/a), Ginstica Escolar (54 h/a) e Recreao Infantil (54 h/a) desaparecem nomeadamente do atual currculo, tendo seus contedos distribudos em outras disciplinas; e - surgem as disciplinas Jogos e Brinquedos da Cultura Popular (72 h/a) (trata sobre a cultura infantil) e Educao Fsica na Infncia (72 h/a). A partir da anlise das ementas das disciplinas que compem o currculo do curso, alm da Educao Fsica na Infncia, aparecem as palavras criana ou infncia ou infantil em outras quatro disciplinas. So elas: Psicologia Educacional: desenvolvimento e aprendizagem (aparece a palavra infncia quando expe que ir tratar do processo de desenvolvimento e aprendizagem na infncia, adolescncia e idade adulta); Jogos e Brinquedos da Cultura Popular (aparece a palavra infantil quando expe que ir tratar da contextualizao histrica do brincar infantil); Educao Fsica, Sade e Qualidade de Vida (aparece a palavra infncia quando expe que ir tratar da educao para um estilo de vida ativo na infncia e adolescncia); e a disciplina eletiva Atividades Rtmicas e Expresso (aparece a palavra criana quando expe que ir tratar das atividades rtmicas e a criana). Com exceo da disciplina Jogos e Brinquedos da Cultura Popular, as outras disciplinas citam a criana ou a infncia apenas para identificar a faixa etria da criana. Conforme escrito anteriormente, o currculo antigo no dava conta das discusses relacionadas s temticas da criana e da infncia, nem na perspectiva filosfica, nem pedaggica. Quando estas eram apresentadas estavam ligadas a concepes naturalizantes e idealistas, em sua maioria. O que foi possvel visualizar a partir da comparao do currculo antigo com o atual foi que o nmero de disciplinas que de algum modo abordam a criana e a infncia e suas cargas horrias sofreram uma grande diminuio. Neste sentido, cabe indagar: existe mesmo um lugar da infncia na formao de professores de Educao Fsica? O que este espao, circunscrito a pouqussimas disciplinas, tem a contribuir para pensar a relao entre Educao, Educao Fsica, infncia e formao de professores? Tentando responder a estas questes, segue anlise sobre o programa e o plano de ensino da disciplina Educao Fsica na Infncia.
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Considerando que a formao universitria do professor de Educao Fsica no Brasil recente e ainda carente de uma identidade pedaggica capaz de superar o carter autoritrio herdado desde sua criao, conforme apresentado no captulo I, e que uma discusso sobre a criana e a infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica, para alm de uma perspectiva puramente biolgica e idealista, no aparece explcita nem nas polticas educacionais, nem figura declaradamente na prtica pedaggica da Educao Fsica na escola, retoma-se novamente a questo apresentada neste captulo: existe mesmo um lugar para a infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica? Considerando o breve panorama apresentado no captulo II, sobre a infncia na pesquisa educacional e na Educao Fsica, onde a infncia como construo social apresentase como uma categoria muito recente na pesquisa e onde a criana e a infncia apresentam-se, entre outros aspectos, como sinnimos e/ou da infncia como o modo de indicar a faixa etria da criana, cabe indagar: Qual o reflexo desta produo na formao universitria do professor de Educao Fsica? Finalmente, considerando a anlise realizada sobre as diferentes reformulaes curriculares, de 1974 a 2005, do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC, apresentadas neste captulo, onde estas acompanham, de certo modo, a constituio da Educao Fsica como disciplina escolar e a produo do conhecimento na rea, questiona-se: na atualidade, vislumbra-se alguma possibilidade de se pensar a infncia na formao universitria do professor de Educao Fsica? A disciplina Educao Fsica na Infncia parece apresentar-se como uma resposta preliminar a estas questes, j que emerge a partir deste contexto. Cabe aqui uma anlise sobre esta. A disciplina Educao Fsica na Infncia, criada no ano de 2005, uma disciplina obrigatria da quinta fase do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. Para cursla, o estudante deve antes cumprir como pr-requisito a disciplina Crescimento e desenvolvimento humano, da primeira fase do curso. Sua carga horria de 72 horas/aula,
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sendo que 54 h/a so destinadas s aulas tericas e prticas e 18 h/a so destinadas s Prticas Pedaggicas como Componente Curricular78 (PPCC). A disciplina apresenta a seguinte ementa:
Conceitos de criana e infncia. Caractersticas, necessidades e prioridades da criana. Natureza, propsitos, significados da Educao Fsica na infncia. Abordagens terico-metodolgicas da Educao Fsica na Infncia. Anlise dos espaos e da cultura ldica com nfase nas possibilidades participativas, crticas e expressivas. Planejamento, orientao, organizao, desenvolvimento e avaliao dos componentes curriculares da Educao Fsica na Infncia. A ementa abarca vrias questes relevantes no que concerne s relaes entre Educao Fsica e Infncia. Fica explcito que a disciplina est comprometida em conhecer quem so sujeitos do processo educativo e discutir sobre o ensino da Educao Fsica a partir de uma perspectiva crtica que abarque a participao da criana como elemento importante no processo de ensino-aprendizagem. Nesta direo questiona-se o nome dado disciplina, a saber: Educao Fsica na Infncia. Esta conceituao parece destoar do que foi apresentado na ementa, j que esta parece sugerir que exista somente uma infncia ou, ainda, que ela queira designar, exclusivamente, a faixa etria da criana. A mudana de nome para Educao Fsica e Infncia, contemplaria de forma mais fidedigna a apresentao desta disciplina. Outro ponto relacionado ementa o tpico Conceitos de criana e infncia. Voltando aos questionamentos apresentados na introduo, pergunta-se: A infncia um conceito? Ou uma categoria emprica? Ao falar-se de conceito de infncia vislumbra-se uma abordagem histrica da condio social do ser criana? De acordo com Quinteiro (2009b) preciso
[...] compreender a infncia no como um conceito, mas sim como uma representao social do adulto sobre a criana e sobre a sua condio social concreta numa perspectiva histrica, permitindo entender a infncia como construo cultural que expressa o modo pelo qual as
Segundo o PPP do curso as PPCC so experincias de trabalho vivenciadas [...] atravs de experincias de ensino (com os colegas de turma ou com a comunidade no horrio da aula) ou na forma de projetos de extenso universitria (com a comunidade, fora do horrio da aula), [e] corresponde[m] uma iniciativa da formao inicial que est inserida dentro de disciplinas de diferentes eixos curriculares ou como atividades curriculares complementares (FENSTERSEIFER et al, 2005, p. 75-76).
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diferentes sociedades organizam a reproduo de suas condies materiais [...]. Tambm apresentado na ementa um tpico, intitulado: Abordagens tericometodolgicas da Educao Fsica na Infncia. Diante da conjuntura histrica da Educao Fsica apresentada no Captulo I, cabe indagar: Ser que j existem elementos para abordagens terico-metodolgicas da Educao Fsica na infncia? Avanando na apresentao desta disciplina, expem-se seus objetivos:
OBJETIVO GERAL: Compreender concepes e metodologias referentes Educao Fsica na Infncia que contemplem as aes pedaggicas na escola. OBJETIVOS ESPECFICOS: - Conhecer conceitos, caractersticas, necessidades, refletindo sobre criana e infncia, considerando o contexto scio-histrico-cultural; - Fornecer suporte terico e pedaggico para o ensino da Educao Fsica na Infncia; - Refletir sobre os espaos ldicos e as possibilidades de desenvolvimento da criatividade, expressividade e sensibilidade; - Observar e refletir sobre as prticas pedaggicas no ensino da Educao Fsica na Infncia (Prticas Pedaggicas como Componentes Curriculares). Como possvel perceber, os objetivos contemplam os tpicos apresentados na ementa. Ainda, nos objetivos especficos vai se delineando sobre qual perspectiva ser considerada a criana, a saber, a partir de seu contexto social, histrico e cultural. A partir destes objetivos, o contedo programtico desta disciplina est estruturado em trs unidades, a saber:
UNIDADE I
- Aspectos scio-culturais do desenvolvimento histrico da criana. - Concepes e significados de infncia. - Caractersticas e necessidades e prioridades da criana.
UNIDADE II
- Propsitos da Educao Fsica na Educao Infantil. - Abordagens terico-metodolgicas da Educao Fsica na Infncia. - A brincadeira como espao ldico de formao criativa, expressiva e sensvel.
UNIDADE III
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Tanto na ementa como nos objetivos e, ainda, na apresentao do contedo programtico, fica evidente a preocupao em articular teoria pedaggica e exerccio docente. Esta articulao muito importante e atualmente apresenta-se, entre outros aspectos, como uma grande dificuldade nos cursos de formao. Entretanto, cabe ressaltar que este programa de ensino constitui-se no plano das idias e que nesta pesquisa no se tem elementos suficientes para afirmar que esta articulao realmente acontea. No item correspondente bibliografia bsica (apresentada tanto no Programa quanto no Plano de Ensino) so apresentadas cinco bibliografias: As cem linguagens da criana, de Edwards (1999); Jogos em grupo na educao infantil: implicaes da teoria de Piaget, de Kamii; Devries (1991); Jogo, brinquedo, brincadeira e a educao, de Kishimoto (1997); Jogos na educao: criar, fazer, jogar, de Lopes (2001); e, Os fazeres da educao infantil, de Rossetti-Ferreira (2003) (Cf. Anexo H e I). Como j foi exposto anteriormente, todas estas bibliografias, com exceo de Kishimoto (1997), so voltadas Educao Infantil79. Os textos de Kamii; Devries (1991) e Lopes (2001) so manuais, que apregoam uma idia de criana universal e da Educao Fsica como consumidora de prticas e brincadeiras descontextualizadas. O texto de RossettiFerreira (2003) apresenta textos de professores de uma creche, que relatam suas experincias na prtica pedaggica. O texto de Edwards (1999) traz a experincia de um programa para a primeira infncia realizado em Reggio Emilia (na Itlia). Arce (2004) expe a relao deste e outros textos de Edwards com as teorias ps-modernas, que se encaminham para a fetichizao da infncia e a desvalorizao do trabalho do professor da Educao Infantil80. Como bibliografia complementar (apresentada no Plano de Ensino) so expostos os seguintes textos: Histria social da criana e da famlia, de Aris (1978); Escola Alternativa: pedagogia da participao, de Bastiani (2000); Infncia, prtica de ensino de Educao Fsica e Educao Infantil, de Sayo (2002a); A construo de identidades e papis de gnero na infncia: articulando temas para pensar o trabalho pedaggico da Educao Fsica na Educao Infantil, de Sayo (2002b); Recortando e colando as imagens da vida cotidiana do trabalho e da cultura ldica das meninas-mulheres e das mulheresmeninas da zona da mata canavieira pernambucana, de Silva, M. R. (2002); A Educao Fsica na educao infantil, do Grupo de Estudos Ampliados de Educao Fsica (1996);
Apesar desta autora ser reconhecida por sua produo na rea da Educao Infantil, este trabalho (KISHIMOTO, 1997) no est circunscrito a este nvel de ensino. 80 Importante destacar que, apesar da maioria das referncias bibliogrficas encaminharem para uma concepo naturalizada e idealizada de infncia, o texto de Kishimoto (1997) se prope em outra direo, a saber, a infncia como categoria histrica.
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Kindercultura: a construo da infncia pelas grandes corporaes, de Steinberg (s/d); Jogo, brincadeira e a Educao Fsica na pr-escola, de Kishimoto (1996); e, Brinquedo e Companhia, de Brougre (2004) (Cf. Apndice I). Das nove bibliografias apresentadas quatro esto circunscritas as temticas da Educao Fsica na Educao Infantil, so elas: Sayo (2002a, 2002b), Grupo de Estudos Ampliados de Educao Fsica (1996) e Kishimoto (1996). Os outros cinco textos apresentam temticas diversas: O texto de Aris tornou-se uma referncia obrigatria no estudo sobre a histria da infncia, apesar das crticas expostas por vrios autores como Pinto, M. (1997) e Corazza (2002). O texto de Bastiani (2000) trata-se de uma anlise de uma escola alternativa da cidade de Florianpolis, a Escola Sarapiqu. O texto de Silva (2002) expe a anlise da relao entre infncia, juventude, trabalho, ldico e gnero. Os textos de Steinberg (s/d) e Brougre (2004) apresentam as relaes entre mdia, brinquedo, consumo e educao. O que revelam estas bibliografias? Qual a relevncia destas para a reflexo sobre as relaes entre Educao, Educao Fsica, Infncia e Formao de Professores? O que se percebe que no foram levados em considerao os estudos produzidos dentro da prpria rea da Educao Fsica. Na bibliografia bsica isto fica evidente. J com relao bibliografia complementar so considerados alguns textos escritos por professores de Educao Fsica. Entretanto, muitas produes importantes ficaram de fora desta seleo. importante considerar as produes do CBCE, unidade cientfica que agrega vrios pesquisadores da rea da Educao Fsica no pas, mediante os artigos apresentados nos CONBRACEs e nas RBCEs. Sobre este ponto destaca-se o Volume 26, de maio de 2005, desta revista, a qual dedicada temtica Educao Fsica e Infncia. Alm da produo do CBCE, destaca-se a importncia das produes de outras revistas cientficas da rea e de teses e dissertaes defendidas nos programas de ps-graduao do pas. Neste sentido, assinala-se o Volume 05, de 2002, da Revista Pensar a Prtica, cuja temtica a Educao Fsica e a Infncia, e ainda as dissertaes de Oliveira, N. R. C. (2003a) e Picelli (2001). Outro ponto de destaque diz respeito ao objeto de estudo da disciplina: a Educao Fsica na infncia. Como foi possvel visualizar nos objetivos, bem como na ementa, o documento no restringe as relaes da Educao Fsica e a Infncia Educao Infantil. Ainda, no objetivo geral expe que a disciplina deve contemplar as aes pedaggicas na escola (grifos meus). Partindo do entendimento de Tragtenberg (1982), da escola como organizao social complexa, compreende-se que tanto a Educao Infantil, como o Ensino Fundamental englobam a escola. Levando em conta o GTT Escola do CBCE, tambm podese entender que esta instituio abarca os dois nveis de ensino, j que o GTT, sob a titulao
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de Escola, engloba os debates e pesquisas sobre a Educao Infantil e o Ensino Fundamental. Ainda no item contedo programtico, vai se delineando uma direo no que diz respeito ao nvel de ensino com que est comprometida. Em alguns momentos reporta-se Educao Fsica na infncia, em outros Educao Fsica na Educao Infantil e, ainda, Educao Fsica em ambientes educacionais. Isto leva a compreender que a disciplina tratar das questes da infncia tanto na Educao Infantil, quanto no Ensino Fundamental. Entretanto, o referencial bibliogrfico presente no programa e plano da disciplina, basicamente voltado Educao Infantil, sugere novamente que esta disciplina, ao menos no plano das idias, tratar das questes referentes somente Educao Infantil. Considerando todos estes aspectos do problema aqui investigado, pode-se concluir que: 1. A formao universitria do professor de Educao Fsica recente e ainda possui vrios resqucios de sua constituio autoritria; 2. A criana e a infncia tm sido estudadas na Educao Fsica, em grande parte da histria, a partir de perspectivas naturalizantes e idealistas; 3. A infncia como construo social aparece como categoria muito recente na pesquisa em Educao Fsica, j nos anos 2000, ainda que, muitas vezes, a criana e a infncia sejam tratadas como sinnimos; 4. As questes concernentes infncia apresentam-se, na formao universitria do professor de Educao Fsica, limitadas a uma disciplina, e dentro desta disciplina, circunscritas Educao Infantil. O que fazer diante deste fenmeno? Certamente no ser, somente, a incluso de mais disciplinas sobre a temtica que faro com que a infncia enquanto categoria histrica esteja presente na formao do professor de Educao Fsica, mas antes se faz necessria uma reformulao radical dos cursos de licenciatura em Educao Fsica, j que se compreende que a formao humana deve estar comprometida no com o homem de novo tipo neoliberal apresentado na introduo desta dissertao, mas a partir de uma compreenso de homem que
[...] no um produto do meio, nem o resultado das lies que lhe so ministradas em casa ou na escola. Para compreender o ser humano em sua atividade imprescindvel entender em que condies materiais ele est agindo, quais so as questes concretas a que ele est respondendo; mas basta conhecer o condicionamento objetivo da sua ao, preciso
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entender o sentido das suas iniciativas, o movimento subjetivo que ele realiza. Uma vez realizado este movimento, ele pode ser compreendido em seu sentido histrico, um sentido que nunca inteiramente predeterminado (KONDER, 2002, p. 20). Diante desta concepo de homem e formao humana, como encaminhar a formao universitria do professor de Educao Fsica? Como bem expuseram Quelhas; Nozaki (2006), no ser a manuteno do atual modelo de licenciatura plena, em detrimento da diviso da formao entre licenciatura e bacharelado, que resolver o problema da formao de professores de Educao Fsica. Este modelo atual de licenciatura plena no avana no sentido de dar sustentao formao de um indivduo [...] preparado para intervir e interagir nas contradies do mundo do trabalho, perspectivando a superao da sociedade capitalista (ibid., p. 80). Por outro lado, tambm no ser a diviso entre licenciatura e bacharelado que far com que estes objetivos sejam alcanados. Neste momento, a partir de pesquisadores como Quelhas; Nozaki (2006), Taffarel; Teixeira; DAgostini (2005), entre outros, retoma-se a defesa histrica de Faria Jnior (1987) do professor licenciado e generalista, ou seja, da licenciatura como formao identificadora do professor de Educao Fsica, independente de seu campo de atuao. Avanando a partir desta concepo, apresenta-se o estudo de Dantas Jnior; Taffarel (2007), para realizar a defesa da reconstruo do currculo de formao de professores a partir da Histria como matriz cientfica. Os autores citam vrios estudos (Taffarel (1993), Lacks (2004) e Santos Jnior (2005)) que analisam e diagnosticam a ausncia da compreenso histrica dos elementos da cultura corporal, bem como a dicotomia entre teoria e prtica nos currculos de formao de professores. Mas, o que implica a reconstruo do currculo de formao de professores de Educao Fsica a partir da Histria como matriz cientfica? Qual a sua relevncia? Sobre isto Dantas Jnior; Taffarel (2007, p. 405) expem que
O que vimos reconhecendo em nossos estudos que, diante do desenvolvimento e da tendncia destruio das foras produtivas, ou seja, das foras que garantem a existncia humana (trabalho, trabalhador, meio ambiente, cincia e tecnologia), a Histria, sua compreenso e a ao humana na construo das condies da existncia so fundantes na produo e reproduo da vida. Entendemos, portanto, que a cultura, enquanto produo material humana e, por seu termo, a cultura corporal, no tem como ser entendida, explicada e transformada fora da referncia da Histria.
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Esclarecida esta questo, como encaminhar uma formao a partir desta concepo? Corroborando com os estudos de Taffarel; Teixeira; DAgostini (2005), Quelhas; Nozaki (2006), Taffarel; Lacks; Santos Jnior (2006) e Taffarel et al (2007) apresenta-se alguns elementos para consolidao deste projeto de formao de professores, a saber: 1. Slida formao terica multidisciplinar e interdisciplinar, com base em uma organizao curricular que no fragmente e separe as disciplinas de contedo especfico com as disciplinas pedaggicas; 2. 3. 4. Indissociabilidade entre teoria e prtica, ensino e pesquisa; Gesto democrtica na organizao e produo do trabalho pedaggico; Compromisso social do profissional, com nfase na concepo scio-histrica
do educador, estimulando a anlise poltica da educao e das lutas histricas pela superao da sociedade capitalista; 5. 6. extensivo; 7. Avaliao permanente como parte integrante das atividades curriculares, de responsabilidade coletiva a ser conduzida luz do Projeto Poltico Pedaggico. Articulado a todos estes elementos deve estar a idia do ato pedaggico (ensinar) como elemento constitutivo essencial da formao. Neste sentido, o profissional de Educao Fsica ser reconhecido por ser um professor, independente de seu campo de atuao. Ainda, a partir desta concepo de formao, o professor reconhecido como um sujeito que parte da uma leitura da realidade em sua totalidade e que age para alcanar seu horizonte teleolgico, a saber, a superao da destruio do ser social, na construo de uma sociedade socialista. Isto posto, como explica Carvalho (1991), no cabe mais afirmar que o professor aquele que age alm das ideologias e que Educao Fsica no constitui uma ligao orgnica com os interesses da classe dominante, a partir de uma teoria da desideologizao do professor. Segundo Fernandes (1987, p. 31) Trabalho coletivo, solidrio e interdisciplinar; Formao continuada de qualidade, em contraposio idia de currculo
O professor precisa se colocar na situao de um cidado de uma sociedade capitalista subdesenvolvida e com problemas especiais e, nesse quadro, reconhecer que tem um amplo conjunto de potencialidades, que s podero ser dinamizadas se ele agir politicamente, se conjugar uma prtica pedaggica eficiente a uma ao poltica da mesma qualidade.
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A ausncia de uma perspectiva histrica est presente tambm nas disciplinas tcnicas e esportivas, nas quais so evidenciadas as tcnicas e tticas das prticas corporais sem, no entanto, localizar e compreender [...] a gnese de tais prticas no contexto do desenvolvimento histrico das foras produtivas, ou seja, das foras criadas e desenvolvidas pela humanidade para garantir a sua existncia (DANTAS JNIOR; TAFFAREL, 2007, p. 416). Esta supremacia da tcnica descaracterizada de sua construo histrica, como se a tcnica existisse independente do homem, leva a uma questo: de acordo como esto sendo encaminhadas estas disciplinas, os sujeitos do processo educativo, a saber, o professor e o estudante, e o prprio processo educativo so considerados como objetos de estudo relevantes na formao do professor? Neste sentido, a discusso sobre a infncia dentro do currculo de formao de professores de Educao Fsica deve ser encaminhada na direo de uma perspectiva histrica que abarque todo o curso. Assim, todas as disciplinas deveriam garantir a discusso sobre o processo educativo, levando em considerao as especificidades de seus estudantes, sejam eles crianas, adolescentes ou adultos. Entretanto, uma mudana radical do currculo somente um dos passos. Quando o professor de Educao Fsica encara a realidade social concreta das escolas pblicas, percebe que, apesar de realizar uma prtica comprometida com a formao humana, onde os elementos da cultura corporal sejam encarados como direitos sociais e instrumento de humanizao, esta s ser efetivada quando a escola tambm estiver comprometida com esta formao. Nesta direo, finaliza-se este texto com um trecho do Editorial da RBCE de 1987, que expe sobre como encaminhar nossas aes:
Reafirmar nossos compromissos , ao mesmo tempo, de um lado, produzirmos, trabalharmos, sermos competentes e de outro, nos engajarmos no movimento da histria, seja atravs da ao docente propriamente dita, da funo de pesquisadores, bem como da condio de cidados, nas nossas organizaes sindicais, culturais, cientficas e polticas, buscando um Pas onde a criana, o jovem, o adolescente, o adulto e idoso, homens e mulheres possam ser felizes e onde o esporte, como todos os demais direitos sociais seja instrumento democrtico de humanizao e transformao.
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CONSIDERAES FINAIS
Inicio as consideraes finais, com uma citao de Picolli (2006, p. 98), pois acredito que esta expressa o presente momento no qual vivencio ao trmino da pesquisa:
Alguns fatores ou aspectos so determinantes para que se enuncie a finalizao de uma dissertao: a resposta questo ou hiptese formulada, o tempo que se esgota, os limites de quem escreve, o esgotamento do tema, entre outros. Certamente do conjunto de motivaes que podem levar a que se escreva que se chegou ao final, neste trabalho especfico, o esgotamento da questo que desencadeou o processo da pesquisa no compe o leque das possveis explicaes. Respostas foram encontradas. Novas e instigantes questes, no entanto, foram se delineando a ponto de, em um aspecto, no existir dvida: este ponto de chegada provisrio, determinado por contingncias. Em relao dissertao, o que se pode afirmar que esta finalizao, este ponto de chegada o retorno ao concreto pensado caracteriza-se como um ponto de partida, um recomeo, certamente em patamar diverso daquele que marcou o incio formal da pesquisa (...) (grifos da autora).
Vale relembrar que esta dissertao est embasada no modelo de monografia de base exposto por Saviani (2002). Neste sentido, a dissertao traz vrios elementos para pensar as relaes entre infncia, formao de professores e Educao Fsica, entretanto no esgota a temtica, mas antes abre caminhos para outras pesquisas. Neste sentido, aponta-se alguns caminhos para novas pesquisas, a saber: - Aprofundar o estudo do currculo do curso de licenciatura em Educao Fsica da UFSC; - Realizar um acompanhamento da disciplina Educao Fsica na Infncia, para analisar como se materializam os programas e planos de ensino; - Pesquisar o currculo de outros cursos de graduao, no sentido de mapear a presena/ausncia das questes referentes infncia; Aprofundar o estudo dos artigos selecionados; - Aprofundar o estudo sobre a relao Educao Fsica, Infncia e Escola; - Aprofundar a questo sobre o currculo e os contedos da Educao Fsica, tanto na Educao Infantil, quanto nas sries iniciais do Ensino Fundamental; - Estudar sobre a relao entre Educao Fsica e Infncia, frente implementao do Ensino Fundamental de Nove Anos. Assim, longe de concluir o debate, concluiu-se esta dissertao na expectativa de que ela possa fornecer subsdios para outras pesquisas que se encaminhem na direo da construo de uma slida formao de professores de Educao Fsica que tome em
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considerao a importncia da presena das questes concernentes infncia. Este o incio do caminho. Como faz-lo? Mrio Quintana responde: Era um caminho que de to velho, minha filha, j nem mais sabia aonde ia... Era um caminho velhinho, perdido... No havia traos de passos no dia em que por acaso o descobri: pedras e urzes iam cobrindo tudo. O caminho agonizava, morria sozinho... Eu vi... Porque so os passos que fazem os caminhos!
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1981 MOLIN KISS, M. A. et al. Nvel scio-econmico, desempenho fsico e ndice nutricional de Viswewara em crianas de 7 anos. RBCE, Campinas, Suplemento n. 01, set. 1981. SILVEIRA, M. T. Avaliao biomtrica em crianas de 7 a 12 anos da cidade de Viosa-MG. RBCE, Campinas, Suplemento n. 01, set. 1981. 1983 MATSUDO, V. K. R. Atividades aerbicas em crianas e adolescentes. RBCE, Campinas, v. 05, n. 01, p. 28, set. 1983. PELLEGRINI, A. M. O desenvolvimento da ateno em crianas: implicaes tericas e prticas. RBCE, Campinas, v. 04, n. 02, p. 45-52, jan. 1983. 1985 CAVALLARO, G. A. et al. Evoluo do padro fundamental de movimento correr em crianas de 6 a 8 anos. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 49, set. 1985. ISOBE, T. D. et al. Intercorrncias de problemas posturais em crianas de 9 a 12 anos. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 50, set. 1985. LEITE, M. M. Avaliao do desenvolvimento psico motor em crianas de idade pr-escolar. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 27, set. 1985. MELLO, J. R. M. de; CAVASINI, S. M.; PALAFOX, G. H. M. Desenvolvimento da noo direita/esquerda em crianas de 6 a 8 anos: um estudo piloto. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 27, set. 1985.
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PELLEGRINI, A. M. Fatores determinantes do envolvimento da criana em atividade fsica. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 49, set. 1985. ROCHEFORD, R. S. Anlise das variveis que interferem na prtica continuada das crianas de voleibol. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 32, set. 1985. XAVIER, B. M. A influncia do jardim de infncia no desempenho motor da criana. RBCE, Campinas, v. 07, n. 01, p. 27, set. 1985. 1986 BRACHT, V. A criana que pratica esporte respeita as regras do jogo... capitalista. RBCE, Campinas, v. 07, n. 02, p. 62-68, jan. 1986. 1987 BRIGUETTI, V.; BANKOFF, A. D. P. Avaliao postural em crianas de 1 a 4 sries. RBCE, Campinas, v. 09, n. 01, p. 18, set. 1987. ESCOBAR, M. O.; LINS, J. P.; PESSOA, R. M. C. A criana portadora de deficincia e suas expectativas na Educao Fsica escolar. RBCE, Campinas, v. 09, n. 01, p. 26, set. 1987. FRANA, N. M. de. Efeitos do estado nutricional sobre a performance de crianas no salto horizontal Estudo Piloto. RBCE, Campinas, v. 09, n. 01, p. 23, set. 1987. 1989 BERNET, J. M. Diagnstico das intenes dos pais frente s aulas de natao para bebs quanto ao objetivo da mesma e a incidncia de ingresso das crianas s aulas quanto a faixa etria. RBCE, Campinas, v. 11, n. 01, p. 72-73, set. 1989. GIOVANI, A. et al. Estudo piloto da composio corporal e somatotipia entre crianas de 11 a 13 anos. RBCE, Campinas, v. 11, n. 01, p. 85-86, set. 1989. Dcada de 90
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VASCONCELOS, I. Q. A. de. et al. Associao entre o IMC e o VO2 mx em crianas do sexo feminino nos estgios iniciais da puberdade. Revista de Educao Fsica da UEM, Maring, v. 16, n. 01, p. 21-25, 2005. ZOBOLI, F.; SANTOS, A. R. dos. A incluso de crianas obesas: um desafio para a Educao Fsica. Revista de Educao Fsica da UEM, Maring, v. 16, n. 01, p. 85-90, 2005. 2006 ANDRADE FILHO, N. F. de; SILVA, R. L.; FIGUEIREDO, Z. C. C. O brincar/jogar como fenmeno transicional na construo da autonomia e da identidade da criana de zero a seis anos. RBCE, Campinas, v. 27, n. 02, p. 75-90, jan. 2006. BRAGA, V. M. da S. de et al. Relao entre ndices antropomtricos e resposta da presso arterial em crianas. Revista de Educao Fsica da UEM, Maring, v. 17, n. 01, p. 19-26, 2006. MEDINA, J.; ROSA, G. K. B.; MARQUES, I. Desenvolvimento da organizao temporal de crianas com dificuldades de aprendizagem. Revista de Educao Fsica da UEM, Maring, v. 17, n. 01, p. 107-116, 2006. 2007 NICOLETTI, G.; MANOEL, E. de J. Inventrio de aes motoras de crianas no playground. Revista de Educao Fsica da UEM, Maring, v. 18, n. 01, p. 17-26, 2007. SILVA, A. M. da; DAOLIO, Jocimar. Anlise etnogrfica das relaes de gnero em brincadeiras realizadas por grupos de crianas de pr-escola: contribuies para uma pesquisa em busca de significados. Movimento, Porto Alegre, v. 13, n. 01, p. 13-37, jan./abr. 2007.
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APNDICE B Trabalhos selecionados das edies do CONBRACE, no perodo de 1997 a 2007, distribudos pelos GTs. Legenda: Os trabalhos que foram selecionados atravs da categoria criana(s) esto Os trabalhos que foram selecionados atravs da categoria infncia(s) esto Os trabalhos que foram selecionados atravs da categoria criana(s) e destacados em negrito. destacados em itlico. infncia(s) conjuntamente esto destacados em sublinhado.
CONBRACE 1997
GTT 1 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E ESCOLA (40 TRABALHOS) O controle do corpo da criana na escola. MORAES, Fernando Csar de Carvalho A criana cidad e outras crianas: histria europia e MLLER, Vernica Regina atualidade brasileira. HERMIDA, Jorge Fernando As expresses simblicas nas atividades ldicas realizadas com as crianas na pr-escola. DEBORTOLI, Jos Alfredo Oliveira A Educao Fsica participando da construo de uma BORGES, Ktia Euclydes de Lima e proposta de Educao Infantil. OLIVEIRA, Marcus Aurlio Taborda de A Educao Fsica na perspectiva da construo da OLIVEIRA, Luciane Paiva Alves de cidadania. Cultura corporal das crianas em uma escola pblica de GOMES, Ivan Macedo MLLER, Vernica Regina Maring: um estudo de caso. MARTINS, Marcelo Fernando Bulhes Prazer de competir: relato de experimentos crticos/sociais na construo de uma metodologia de jogos internos escolares. GTT 2 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E POLTICAS PBLICAS (24 TRABALHOS) Trabalho infantil, lazer e evaso escolar: um estudo de MELO, Edlson Almeida de caso no municpio de Santana do Cariri/CE. GTT 3 EDUCAO FSICA/ ESPORTE, COMUNICAO E MDIA (13 TRABALHOS) DIAS, Marisa de Oliveira Brincadeiras de ontem e de hoje: os jogos populares no CONSERVA, Neide Gomes de Souza espao e no tempo ao redor do mundo. NETO, Alfredo Feres Fundamentos terico-metodolgicos para o estudo da mediao da experincia ldica pela tecnologia. GTT 4 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM (34 TRABALHOS) SOUZA, Jansio Xavier de A relao criana e adulto: dominao ou ...? BRTAS, ngela Educao Fsica, alfabetizao e psicologia sciohistrica: a educao com movimento. BASTOS, Daniela A expresso do movimento cultural mangue beat na dana: uma experincia com crianas e jovens na Kidlink House de Pernambuco Projeto Expresso. Grupo de Pesquisa da disciplina O A criana, a educao e o lazer: rediscutindo ldico e a educao, da ludicamente uma pedagogia da animao.
FEF/UNICAMP/1 semestre de 1997
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MONTEIRO, Mrcia lvares de Oliveira A criana e o esporte: anlise dos aspectos motivacionais. GONALVES, Guillermo de vila Comparao da preciso do chute entre alunos de uma MELO, Helder escola especializada em futebol e alunos da Educao CRUZ, Marco Aurlio de Rezende Fsica curricular de uma escola da Rede Particular de BORGES, Ricardo Vilela Ensino de Goinia GO. GTT 5 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E FORMAO PROFISSIONAL/CAMPO DE TRABALHO (40 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 6 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E LAZER (27 TRABALHOS) ANDRADE, Ana Ins Bezerra de Projeto Brincadeira coisa sria? GALLINDO, Iana Maria Wanderley CORDEIRO, Izabel Cristina de Arajo ALBERT, leidjane Alves de Menezes BRASILEIRO, Lvia Tenrio FERRAZ, Maria de Ftima Ribeiro ROSA, Marileide Sampaio C. Camarotti MAMUS, Luciana Mara BISINELLA, Tnia Mara STOPPA, Edmur Antonio
A atuao profissional e suas possveis implicaes na programao de lazer de um acampamento de frias. VERAS, Adriana Perboire Almeida Utilizao dos espaos urbanos: vivncias da cultura FRANA, Tereza corporal e esportiva no mbito do lazer por alunos da escola pblica. GTT 7 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E SADE (23 TRABALHOS) OTTI, Josiane Angel Comparao da performance fsica entre crianas de SILVA, Luiz Antonio Pereira da diferentes localidades que fazem Educao Fsica com SILVA, ngela Maria Serapio da aulas cientificamente sistematizadas e sem ALVIM, Vera Regina Ferreira sistematizao cientfica. Bateria de testes de aptido fsico-motoras de base: como se distribuem os resultados em termos de performances das crianas no conjunto das provas. Determinao da fora de preenso manual da infncia terceira idade. Projeto Cris Acampamento para crianas vtimas de queimaduras.
SILVA, Marsal Pereira da MIRANDA, Clia Mara SILVA, Luiz Antonio Pereira da SILVA, ngela Maria Serapio da OTTI, Josiane Angel MIRANDA, Clia Mara SILVA, Marsal Pereira da LEITNER, Jocaf AFONSO, Cristina Lopes CARRARO, Glian DAVI, Nivaldo Nogueira
GTT 8 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E RENDIMENTO DE ALTO NVEL (11 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 9 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (13 TRABALHOS) LEAL, Dbora Munhoz Estimulao precoce e Educao Fsica no contexto da BRAUNER, Maira Fabiana criana com problemas de desenvolvimento. CAPITONI, Carmen Barbosa A Educao Fsica e a teoria scio-histrica cultural: um trabalho com crianas surdas em classe de alfabetizao. FARIAS, Gerson C. de Reflexes sobre a atividade do deficiente visual no contexto escolar. CRUZ, Cndida Luisa Pinto Tratamento por estimulao precoce: como profilaxia. BOATO, Elvio Marcos Por uma Educao Fsica com sabor.
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GTT 10 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E GRUPOS/MOVIMENTOS SOCIAIS (36 TRABALHOS) ANDRADE, Chrystiane Vasconcelos Educao Fsica e Movimento dos Trabalhadores Sem LACKS, Solange Terra: as atividades ldicas em busca da conscincia corporal. FONSECA, Rodrigo Capoeira e criana: uma inter-relao atravs do jogo. GTT 11 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E EPISTEMOLOGIA (33 TRABALHOS) PIRES, Edmilson Ferreira O movimento sensvel no vivenciar da corporeidade.
CONBRACE 1999
GTT 1 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E ESCOLA (126 TRABALHOS) A dana como contedo da Educao Fsica escolar nas SOARES, Andresa Silveira sries iniciais (1 a 4 sries) da Rede Municipal de Ensino de Florianpolis. MORAES, Antnio Carlos Esporte em amostra grtis: um pequeno quadro de representao de esporte dentro da escola. SOUZA, Nilva Pessoa de Brincando na Faculdade de Educao Fsica FIGUEIREDO, Valria Maria C. FEF/UFG. SANTOS, Anacleto O ldico e o meio ambiente prazer em conhecer: uma SANTOS, Patrcia Arajo dos proposta educativa numa escola ribeirinha. BUSTAMANTE, Glnia Oliveira Educao Fsica escolar e ludicidade no Ensino ISAYAMA, Hlder Ferreira Fundamental. Repensando os contedos da Educao Fsica nas sries CUPOLILLO, Amaparo Villa LEAL, Roberto Guanabara iniciais no Ensino Fundamental. BORGES, Maria Lorena Mayorka Brincar para aprender a andar ou aprender a nadar para brincar? Relato de uma experincia na escola. PARDO, Eliane Educao Fsica Infantil: quando as crianas se BORGES, Rodrigo multiplicam.
GONALVES, Andra SILVEIRA, Tatiana NOGUEIRA, Maria de Lourdes RODRIGUES, Csar Augusto ORTEGA, Roberta ARANTES, Milna M. FERREIRA, Jovino O. FERREIRA, Climene R. MATTOS, Luiz Otavio Neves MELO, Jos Pereira SILVA, Ana Paula Salles da MATHIESEN, Sara Quenzer DEBORTOLI, Jos Alfredo Oliveira ALTERTHUM, Camila Carvalhal SILVA, Luzia A. de Paula
Jogos e brincadeiras: anlise das concepes e significados presentes no imaginrio social dos professores de Educao Fsica da pr-escola. A professora primria e as atividades ldico-corporais: relao conturbada ou falta de conhecimento? A Educao Fsica nas sries iniciais de ensino e o desafio da legitimao pedaggica. Brincar aprendendo, o ldico na escola. Criana, corpo e educao: fragmentos da obra de Wilhelm Reich sobre frustrao e satisfao pulsional. A Educao Fsica presente na Educao Infantil: sua singularidade e dilogos possveis. Projeto pedaggico para a Educao Infantil: contribuies da Educao Fsica para atividades em creches. O jogo e o brinquedo na Educao Fsica Infantil. A avaliao interativa nas aulas de Educao Fsica: relato de experincia na Escola Henfil com a ginstica brasileira.
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Determinao dos fatores intervenientes na noparticipao dos alunos da 1 fase do 1 grau nas aulas de Educao Fsica em escolas pblicas da rede municipal de ensino de Goinia-GO. A organizao dos jogos e brincadeiras no primeiro ciclo de escolarizao como contedo de ensino nas aulas de Educao Fsica. A importncia do professor conhecer quem a criana nas aulas de Educao Fsica no Ensino Fundamental.
GONALVES, Guillermo de vila GONZAGA, Lus Augusto Bontempi Martins MAIA, Juliana
Insero da Educao Fsica no Ensino Fundamental, a partir do conhecimento especfico e de pesquisa aplicada ao cotidiano escolar.
Reflexo da prtica pedaggica da Educao Fsica na pr-escola. A prtica pedaggica da Educao Fsica na escola pblica: relato de experincia nas sries iniciais. GTT 2 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E POLTICAS PBLICAS (31 TRABALHOS) TEIXEIRA, Clarice Alves Esporte e recreao comunidade universitria.
JNIOR, Milton Vieira do Prado BARTOLO, Daniela Maciel FILHO, Francisco Wilson Pereira RIBEIRO, Lvia Garcia GITIRANA, Luis Gustavo Dias ANTUNES, Rita de Cssia Franco de Souza SILVA, Etienne Pereira da SGARBI, Fernanda JOSU, Liene Mlcia Aparecida PARENTE, Luciana Pegoraro MENDES, Marciane Maria FREITAS, Palmira Sevignani de DIEHL, Vera
O ldico no jud infantil: a introduo de festivais do RN pela Academia de Jud Higashi. Agito em famlia.
SILVA, Maria de Conceio DIAS, Vera Felicidade MAGRO, Jane Maria Remor MONTEIRO, Mrcia lvares de Oliveira MONTEIRO, Jos Eudes Perez OLIVEIRA, Luiz Tarcsio Bezerra de MAMUS, Luciana Mara FVARO, Cleber Cristian ROCHA, rica Patrcia Marson SANCHES, Rosiane ELIAS, Simone Reis HERBSTRIH, Jean Carlo Mahfuz SILVA, Thalise Luiz da PIUCO, Marcelo SANTOS, Edmilson Santos dos
GTT 3 EDUCAO FSICA/ ESPORTE, COMUNICAO E MDIA (21 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 4 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM (68 TRABALHOS) O ensino do voleibol na escola, integrao entre a teoria KRUG, Arno e a prtica: as formas jogadas. SAYO, Dborah Thom Educao Fsica e infncia: entre as crianas e as profissionais. VOLPATO, Gildo Do faz-de-conta ao jogo de regras: conhecimentos SHIGUNOV, Viktor necessrios. MELO, Jos Pereira de O desenho da figura humana como instrumento de SOUSA, Kaio Flvio avaliao para a Educao Fsica escolar nas sries iniciais de ensino. LUDORF, Slvia Maria Agatti O ensino do tnis para crianas, uma proposta alternativa. ...Eu vim l da Vila Brs, junto com os meus irmos.... FILHO, Ednaldo da Silva Pereira
SANTOS, derson Costa dos
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Jogos e brincadeiras na Educao Infantil. Brincando com o brinquedo que a gente faz: Riacho Doce, espao de facilitao e construo.
A construo do conhecimento no projeto de extenso Vivncias em capoeira. Natao desenvolvendo a psicomotricidade. A atividade fsica para crianas de 0 a 6 anos e a psicologia gentica de Henri Wallon: uma relao possvel? Educao Fsica escolar e contao de histria: que histria essa? Era uma vez ... Prtica psicomotora educativa da ao representao o prazer de transformar. A expresso corporal e o meio ambiente: relato de uma experincia da ofician de mmica da Kidlink House de Pernambuco Projeto Expresso. Possibilidades da inteligncia corporal cinestsica na educao da criana. Por uma pedagogia do prazer: ensaio sobre a Educao Fsica para crianas. A importncia da Shantala em atividades de creche.
Gil, Flvia Ceccon Moreira VIEIRA, Maria ngela Moreira FERREIRA, Maria Elisa Caputo CORDEIRO, Renata Vivi BAHIA, Mirleide Chaar RIBEIRO, Cristiane F. GONALVES, Daise S. NASCIMENTO, Edianni Felcia do SILVA, Jocileide C. da GONALVES, Karine E. MATTOS, Lcio de SIQUEIRA, Cristiano Tierno de JUNIOR, Luiz Gonalves KUWANO, Vanessa Gracieli ARROYO, Cristiane Takaki BRTAS, Angela
PINTO, Rubia-Mar Nunes SILVA, Maristela Rosa da MEDEIROS, Patrcia Pereira de SOUZA, Liliane Carvalho de SANTOS, Edlson Laurentino dos JNIOR, Lamartine Peixoto Melo TAFFAREL, Celi Nelza Zulke ZYLBERBERG, Tatiana Passos BOATO, Elvio Marcos S, Juliene Oliveira Celestino SILVA, Rosngela Alves da DAVID, Nivaldo Antnio Nogueira LIMA, Andra de Melo DIAS, Jussara de Jesus
O brincar na natao. A infncia no imaginrio scio-educacional (conceitos, contextos e transformaes). GTT 5 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E FORMAO PROFISSIONAL/CAMPO DE TRABALHO (83 TRABALHOS) TEIXEIRA, Roseli Terezinha Selicani Projeto Atividades desportivas infantis: vivncias e MECHIA, Joo Marin experincias para o futuro. GALLARDO, Jorge Sergio Prez Didtica de Educao Fsica: a criana em movimento, OLIVEIRA, Amauri A. B. de jogo, prazer e transformao. Educao Fsica na curso normal: subsdios para uma nova atuao. Educao Fsica: atividade integrada para o desenvolvimento do pr escolar das creches de Londrina. Integrando licenciando e licenciado: refletindo a realidade escolarizao: infncia trabalho Educao Fsica. Reflexes sobre o esporte escolar: questes de formao e competncias.
ARAVENA, Csar Jaime Oliva VEIGA, Eduardo Alexandre Dantas
POMIN, Maria Inez P. MORTARI, Ktia Simone M. RAMON, Jusy Ferraz SOUZA, Maria Olvia M. de GOEDERT, Rosicler Terezinha SILVA, Sidney Jos Queiroz da VAVRUK, Gisele Jaqueline FONSECA, Rodrigo SHIGUNOV, Viktor
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GTT 6 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E RECREAO/LAZER (45 TRABALHOS) Brincadeiras populares e ludicidade: em busca da cultura da CARVALHO, Nazar Cristina criana. As particularidades no trato da recreao no sentido de GOMES, Luiz Andr dos Santos resgatar a vivncia do mundo infantil junto as crianas que fazem tratamento de cncer. ALVES, Vnia de Ftima Noronha De que brincam as crianas maxakali? PIMENTEL, Rafaela Garcia Universo ldico no hospital: perspectivas da recreao dentro do ambiente hospitalar infantil com base no processo scio-histrico-cultural. PERES, Aline Thomazelli Cada macaco no seu galho.
CAVALCANTI, Ingrig Brbara MENEGALDI, Jos Lus CARNIEL, Leila MORESCHI, Misley OLIVEIRA, Rogrio Massarotto VALADARES, Florence Rodrigues GOMES, Kleber Pereira BARLETTA, Eurdia PEIXOTO, Elza FONSECA, Ingrid Ferreira
Projeto Frias 100%. Recreao e lazer como suporte de integrao entre comunidade e Universidade Estadual de Londrina. Jogando com as bolinhas de gude: uma possvel visita do sagrado e do profano. Brincando e aprendendo: a ludicidade no processo de escolarizao. Recriando com jornal uma proposta de brinquedo. O clown visitador: revelao da veia cmica de crianas hospitalizadas. Vivenciando trilhas ecolgicas.
FERREIA, Simone Rechia FURTADO, Rafael MELO, Cristiane Ker de WUO, Ana Elvira IWANOWICZ, J. Barbara CHAGAS, Kadydja Karla Nascimento DANTAS, Eduardo Ribeiro ARAJO, Josean Pierre Cardoso de CAVALCANTI, Ktia Brando MENEZES, Jos Amrico S. BARROS, Adriana Ribeiro SILVA, George Anderson Gomes da CAVALCANTI, Leonardo Luizines de Frana FRANA, Tereza Luiza de
GTT 7 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E SADE (55 TRABALHOS) SHIROMOTO, Cristiane Eri A flexibilidade em idade escolar: verficao do grau de flexibilidade de escolares de 7, 10 e 13 anos de idade da Escola Estadual Ipiranga da cidade de Maring-PR. GUIMARES, Adriana C. de Azevedo Leses no Ballet clssico. ndice de Massa Corporal e a razo cintura/quadril de praticantes de atividade aerbica moderada.
ZIMERMANN, Ana Cristina FARIAS, Sidney Ferreira AMER, N. M. MORAES, S. M. F. de SANCHES, D. LIMA, Cezar Aparecido Correa de TEIXEIRA, Clarice Alves
Pessoas com deficincias respiratrias luz da natao profiltica. GTT 8 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E RENDIMENTO DE ALTO NVEL (30 TRABALHOS) CAVALCANTI, Patrcia Sarmento Desporto para crianas e jovens: um estudo sobre a Cunha idade de iniciao desportiva.
SILVA, Francisco Martins da
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QUEIROZ, Lucicleia Barreto Descoberta de talentos desportivos: uma avaliao da ASSIS, Joo Petrolitano G. de aptido fsica relacionada as habilidades atlticas de ARAJO, Shirley Torres de jovens de 7 a 14 anos de Rio Branco/AC. GTT 9 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (45 TRABALHOS) RODRIGUES, Ana Raquel de Almeida Avaliao do conhecimento corporal de crianas portadoras de sndrome de down atravs do desenho da ROCHA, V. M. figura humana. A atuao da Educao Fsica no contexto do Centro de CRUZ, Cndida Lusa Pinto ANDRADE, Chrystiane Vasconcelos Referncia de Educao Especial do estado de Sergipe.
Interveno pedaggica numa criana portadora de deficincia mental associada a deficincia embasada na teoria das emoes de Henri Wallon. A dana e a criana down. Sndrome de down: possibilidades de trabalho no mbito da motricidade. Avaliao do conhecimento corporal de crianas portadoras de deficincia mental leve. Comunicao: um jogo de movimentos entre a Educao Fsica e a criana surda. Downdana uma expresso de alegria e movimento. Projeto carinho ESEF/UFPEL. Atividades aquticas para crianas com sndrome de down Projeto carinho ESEF/UFPEL. Centro de referncia de educao especial do estado de Sergipe: implantao e aes.
MELO, Eliana Santos Lima SOUZA, Jos Wagner Silva BOATO, Elvio Marcos
BORELLI, Solange ALMEIDA, Vivian de MENDES, Marcelo Marcio PEREIRA, Vanildo Rodrigues SOUZA, Shirley de Cssia Palmeira de MELO, Jos Pereira de PALMA, Luciana Erina CARVALHO, Sergio SPOTORNO, S. MARQUES, A. C. DA SILVA, F. C. M. MARQUES, A. C. ALFONSO, M. R. DA SILVA, F. C. M. MENDONA, L. CRUZ, Cndida Lusa Pinto ARAJO, Maria das Graas ANDRADE, Chrystiane Vasconcelos MELO, Eliana Santos Lima SOUZA, Jos Wagner Silva
GTT 10 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E GRUPOS/MOVIMENTOS SOCIAIS (46 TRABALHOS) JNIOR, Cludio de Lira Santos O mito da erradicao do trabalho infantil via escola. MASCARENHAS, Fernando Lazer e educao: interveno e conhecimento com LOBO, Pitias Alves meninas e meninos de rua na cidade de Goinia. A cultura corporal indgena: um desafio para a formao do professor ndio. A Educao Fsica e a questo da criana e adolescente em situao de risco no Brasil. Corporeidade e lazer: perspectivas de integrao social intergeraes com alunos do primeiro grau menor e idosos institucionalizados. Projeto Criana cidad/1998: um relato de experincia. Educao Infantil e movimentos sociais: uma interveno da Educao Fsica.
OLIVEIRA, Renato Mendes de GRNADO, Beleni Salte ANDRADE, Marcelo Pereira MONTEIRO, Mrcia lvares de Oliveira TINOCO, Elizabeth Jatob Bezerra CECCO, Luciana Homrich de PICH, Santiago BAECKER, Ingrid Marianne GARANHANI, Marynelma Camargo INGLAT, Mariluz JANATA, Natacha Eugnia SILVA, Marlos Soares da MIGLIANTE, Luciana GOYAZ, Marlia de
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Programas de atividades recreativas nos ncleos educacionais e comunitrio (NUECS) na cidade de Goinia. Integrao social atravs da dana: estudo de um projeto pedaggico. Projeto Amizade: quem abraa amigo .
SOUZA, Nilva Pessoa de FIGUEIREDO, Valria Maria C. CORREIA, Adriana Martins ASSIS, Monique Ribeiro de FERREIRA, Nilda Teves PARDO, Eliane FIGUEIREDO, Marcio MELLO, T. CUNHA, A. MESEB, H. PINTO, R. GASPERIN, P. CENTENO, M. MAURICIO, R. ANDERSON, R. FURTADO, L. RASERA, W. VEINZKE, F. PEREIRA, A. NIEDERMEYER, R. DE DAVID, S. AMORIM, Joo Batista LAMB, Marcelo Eder CECCO, Luciana Homrich de MASCARENHAS, Fernando FILHO, Ari Lazzaroti OLIVEIRA, Renato Mendes de VOLPATO, Gildo SHIGUNOV, Viktor
Programa de desenvolvimento do esporte (Projeto Esporte)/UFRN. A aprendizagem social em experincias orientadas no coletivo. Meninas e meninos de rua: Agente ta no CONBRACE. Posso brincar? Mas jogo de menino ou de menina?
GTT 11 EDUCAO FSICA/ ESPORTE E EPISTEMOLOGIA (28 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 12- -EDUCAO FSICA/ ESPORTE, MEMRIA, CULTURA E CORPO (60 TRABALHOS) VAGO, Tarcsio Mauro Enraizamento da gymnastica na primeira cultura escolar de Minas Gerais 1906/1920. JAEGER, Angelita Alice Corpo e cultura: um olhar a partir das crianas e dos adolescentes em situao de rua. PINHEIRO, Robrio Chaves Jogos populares na perspectiva de construo da memria cultural e social. Estudo comparativo dos jogos praticados por crianas nas dcadas de 60 e 90 na cidade de Jequi-BA. TERRA, Vincius Demarchi Silva Jogos e significaes: notas sobre um caminhar no serto de Alagoas. PINHEIRO, Maria do Carmo Morales O corpo como possibilidade de linguagem. Pernambuco, fonte de cultura nordestina: nossos jogos FRANA, Tereza BASTOS, Daniela danas e brincadeiras.
CONBRACE 2001
GTT 1 ATIVIDADE FSICA E SADE (64 TRABALHOS) WEIDUSCHADT, Patrcia /UFPEL Sociedade, infncia e esporte. Identificao do nvel de qualidade de vida para crianas de PEREIRA, Lgia Andra 06 a 11 anos praticantes de ginstica rtmica desportiva em LOURENO, Mrcia R. A. GAIO, Roberta /UNIMEP Londrina.
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Devemos usar o mtodo de bioimpedncia na avaliao da composio corporal de meninas brasileiras? Composio corporal e sua relao com a estimativa de demanda e consumo energtico em escolares de 11 a 14 anos de ambos os sexos: resultados do projeto piloto. Aspectos motivacionais que influenciam na escolha da modalidade esportiva por crianas.
Um estudo sobre a especificidade da etapa de adaptao ao meio lquido dirigida a adultos. As representaes de sade veiculadas a partir da produo cultural de um programa de esporte/educao/sade para crianas e adolescentes. GTT 2 COMUNICAO E MDIA (20 TRABALHOS) SCHWENGBER, Maria Simone Vione Imagens do corpo impostas infncia nas pedagogias /URNRGS culturais em circulao. ZYLBERBERG, Tatiana Passos Mundo da (in)formao sobre a cultura corporal: /EFEI/MG desafios e caminhos para superar o modelo do mito.
NISTA-PICCOLO, Vilma Leni /UNICAMP
MARQUES, Martim Bottaro /UCB PAIVA, Cludio Roberto Escovar /UFRGS GONALVES, Hlcio R. GORLA, Jos Irineu ARRUDA, Miguel de MONTEIRO, Alexandre B. GRACEZ, Daniel /UNIPAR OLIVOTO, Robson Ruiz OLIVEIRA, Alexsandro Arajo /CESUFOZ-PR CARDOSO, Rogrio MESQUITA, Fernanda /UFRJ MOLINA, Rosane Kreusburg SILVA, Lisandra Oliveira SILVEIRA, Fabiano Vaz /UNISINOS
GTT 3 EPISTEMOLOGIA (36 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 4 ESCOLA (69 TRABALHOS) ALTMANN, Helena /PUC Orientao sexual nos PCNs. OLIVEIRA, Nara Rejane Cruz de Educao Fsica na Educao Infantil: uma questo para o /UNICAMP debate. Brincar preciso: reflexes sobre a brincadeira na escola. PETERSON, Susana /RMEPOA MARQUES, Renato Francisco Rodrigues Sistematizao do ensino do futsal para crianas de 9 a 12 anos de idade: anlise parcial de dados. PIRES, Michele Silva /UFMS Os saberes trabalhados na Educao Fsica e as concepes que fundamentam a escolha destes: um estudo exploratrio na Educao Infantil. PESSOA, Nilva Possibilidades do ensino do esporte na Educao SANTOS, Rosirene Campelo dos Infantil. Efeitos da anlise especfica e geral da tarefa motora na OLIVEIRA, Jorge Alberto de PALERMO, Cssia regina execuo de padres fundamentais do movimento em FRANKINI, Emerson crianas escolares: anlise preliminar.
PINTO, Elisangela Souza SILVA, Jane Aparecida de Oliveira /UNIPA UGAYA, Andresa TRUZZI, Luciano /UNICAMP BARROS, Joo Luiz da Costa MOREIRA, Wagner Wey /UNIMEP PERES, Lana Virginia Carneiro /UEPA LIMA, Josiene Pinheiro de /UNESP
Composio coreogrfica em ginstica geral. As manifestaes da corporiedade vivida criativamente no brincar das crianas. Brincando com a UEPA uma interveno ldica na escola. Anlise da ausncia da disciplina de Educao Fsica em cursos de Pedagogia: implicaes para a prtica profissional do professor PI. A construo de uma proposta pedaggica para a Educao Fsica na Educao Infantil: nossa experincia de interveno e formao.
SOARES, Amanda Fonseca MATOS, Amanda Tadeu A. SOUZA, Cristiano Brando F. de MOREIRA, Rosilene Batista /UFMG
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GTT 5 FORMAO PROFISSIONAL/CAMPO DE TRABALHO (49 TRABALHOS) VAZ, Alexandre Fernandez A Prtica de Ensino e a infncia na formao de SAYO, Deborah Thom professores/as de Educao Fsica. Formando professoras brincantes: um dilogo com suas memrias da infncia.
PINTO, Fbio Machado /UFSC WRDIG, Rogrio Costa FERRAZ, Adriane Santos DUARTE, Alisson Jorge BOURSCHILD, Guilherme Mateus SILVEIRA, Raquel Moreira PETERSON, Susana /UFPEL FERREIRA, Adelir Pazetto ABREU, Christiani Maria Domingos de /DEI/SME Florianpolis
GTT 6 MEMRIA, CULTURA E CORPO (57 TRABALHOS) SCHMITZ, Roselei Relaes de gnero e infncia: a Prtica de Ensino em SAYO, Deborah Thom /UFSC Educao Fsica numa abordagem investigativa. GTT 7 MOVIMENTOS SOCIAIS (52 TRABALHOS) ALTERTHUM, Camila Carvalhal Recolhendo cacos na escola: reflexes sobre a educao /UFMG a partir do olhar de crianas que vivem em lixes. LORDELO, Petry Rocha /UFBA Projeto: Educao Fsica: prticas pedaggicas em movimento uma experincia com o MST. CRUZ, Cristina Pedrosa A incluso escolar da criana em conflito com a lei e do GONALVES NETO, Wenceslau /UFU adolescente infrator: movimentos sociais nacionais e internacionais (anos 70 e 80). SILVA, Luzia A. de Paula A educao da infncia entre os trabalhadores rurais sem BARBOSA, Ivone Garcia /UFG terra do acampamento Dom Hlder Cmara: um estudo de caso. SANTOS, Gilbert de Oliveira Relato de uma experincia com Educao Fsica no/UNICAMP formal nos assentamentos rurais de Sumar SP. Acadmicos do curso de licenciatura em Projeto Paraso.
educao Fsica da UEPG CHAMONE, Samir da Silva Estudo da conscincia histrica e identidade cultural CARVALHO, Marize de Souza dos jovens da comunidade do calabar Salvador/BA: uma experincia de interao universidade/comunidade. S, Ktia Oliver de /UFBA GTT 8 PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (29 TRABALHOS) CHICON, Jos Francisco Prtica psicopedaggica em crianas com necessidades educativas especiais: abordagem psicomotora. GONALVES, Gisele Carreiro Incluso ou excluso? Um estudo de caso de uma VAZ, Alexandre Fernandez menina surda em uma turma regular de Educao FERNANDES, Luciano Lazzaris /UFSC Fsica. Aprendizagem de natao para portadores de sndrome SORRILHA, Rosana TONELLO Maria Georgina Marques de down: uma proposta de incluso.
A criana portadora de deficincia visual na brinquedoteca. A insero do profissional de Educao Fsica no processo de reabilitao do paralisado cerebral. A competncia interpessoal: uma matriz interpretativa para o estudo da comunicao entre a criana ouvinte e a surda na perspectiva da atividade motora. Um estudo do tipo etnogrfico: a recreao e o lazer em Laranjal do Jar AM.
/UNAERP MUNSTER, Mey de Abreu Van ALMEIDA, Jos Jlio Gavio de /UNICAMP SANTOS, Carolina BENJAMIN, Leonardo Almeida PEREIRA, Eveline Torres MAFFIA, Roseny Maria /UFV RAMALHO, Maria Helena da Silva ZANADREA, Mirian de Ftima /ULBRA CAPUTO, Maria Elisa /UFJF
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Educao Fsica e aprendizagem: contribuies da abordagem psicopedaggica para crianas portadoras de necessidades especiais. O processo interativo do portador de sndrome de down nas aulas de Educao Fsica.
Aprendizagem do basquetebol sobre rodas: relato de experincia. GTT 9 POLTICAS PBLICAS (21 TRABALHOS) SOUZA, Maristela da Silva Polticas pblicas de esporte: a relao estabelecida entre a construo e apropriao de conhecimento e a construo e apropriao da prtica social. Investigando uma proposta municipal do setor esportivo MALHEIROS, Maria Cristina de Meneses de atendimento s crianas e aos adolescentes da camada social empobrecida. GTT 10 PS-GRADUAO (04 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 11 RECREAO/LAZER (55 TRABALHOS) LUCENA, Svia Maria da Paz Oliveira Vivenciando jogos e brinquedos populares: um estudo de caso. SILVA, Maurcio Roberto da /UFSC O assalto infncia no mundo amargo da cana-de-acar. Onde est o lazer? O gato comeu!!!??? FONSECA, Ingrid Ferreira /USO/RJ Jogos tradicionais infantis: o estudo do jogo da bola de gude. JOO, Fabiano Augusto Jogo, historicidade e cultura: um ensaio. Entre a casa e a rua, a escola circo: representaes sobre trabalho e lazer. COELHO, Eliete Maria Cardozo /UGF Brincando de boneca: um olhar sobre o ldico e o mundo da boneca. CHAGAS, Kadydja Karla N. Trilhas ecolgicas: encontro e encanto do ser com a VERDE, Haniere Gustavo Villa /UFRN natureza. GAYAZ, Marlia de /UFG PAR Programa de Atividades Recreativas nos NUECs: um projeto de ensino, extenso e pesquisa. FREIRE, Marlia O ldico e a gua: uma proposta de incluso do ANDRIES JNIOR, Orival /UNICAMP elemento ldico nas aulas de natao. ARAJO, Alexandre Viana Jogos populares de Camaragibe: a realizao de um SANTOS, Ana Lcia Flix dos /UFPE projeto coletivo. FEIX, Eneida /UFRGS Brincalho: uma brinquedoteca itinerante do sonho a concretude e reflexo ldica. A criana e a vivncia ldica: relatando experincias da Coletivo CELAR/DEF/UFMG Educao Fsica em um ambiente hospitalar. GTT 12 RENDIMENTO DE ALTO NVEL (36 TRABALHOS) REIS, Ricardo Gomes Planejamento a longo prazo: uma proposta para a SILVA, Ndia Lima da /UEPA natao. CAMPOS, Patrcia Afonso de Aspectos psicolgicos na ginstica artstica.
/UNICAMP TAVEIRA, Luciano Romancini /Mackenzie MATOS, Luclia da Silva /UFPA
MLLER, Solange Azulim RAMALHO, Maria Helena da Silva /ULBRA SILVA, Claudinei Pereira da SILVA, Marcelo da
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CONBRACE 2003
GTT 1 ATIVIDADE FSICA E SADE (15 TRABALHOS) MOREIRA, Srgio Rodrigues /FAG Anlise do crescimento e composio corporal em SILVA, Joacyr Ulanowicz /FAG indivduos de 7 a 10 anos de ambos os sexos PELEGRINI, Andria /FAG participantes do Projeto Capoeira nas Escolas GULAK, Andria /FAG Municipais da Cidade de Cascavel-PR.
Estudo comparativo do crescimento fsico de capoeiristas de 7 a 10 anos de ambos os sexos da rede pblica de ensino do municpio de Cascavel-PR.
A atividade fsica participando da construo de comunidades saudveis: a interao no Centro Vedruna, Campinas, SP. A relao entre as horas assistidas de TV e o IMC em escolares do sexo masculino e feminino, de 7 e 8 anos, da rede pblica e particular de ensino de Curitiba-PR.
SILVA, Karina Elaine Souz /FAG RONQUE, Enio Ricardo Vaz /UNICAMP SILVA, Joacyr Ulanowicz /FAG MOREIRA, Srgio Rodrigues /FAG PELEGRINI, Andria /FAG MACHADO, Setembrino /FAG CRISBACH, Maria Cristina /FAG SILVA, Karina Elaine Souz /FAG RONQUE, Enio Ricardo Vaz /UNICAMP MARRANO, Maristela N. de Oliveira SANTANA, Fabiana Aparecida M. GONALVES, Aguinaldo /UNICAMP MASCARENHAS, Luis P. G. MACHADO, Hinaiana dos S. CAMPOS, Wagner de BRUM, Vilma P. C. NUNES, Gabriel F. ALMEIDA, Emlio S. de TRIPOLI, Candice A. de /UFPR
GTT 2 COMUNICAO E MDIA (29 TRABALHOS) CORREIA, Adriana Dana em projetos sociais: anlise da construo de ASSIS, Monique /UGF sentidos no discurso jornalstico. GTT 3 EPISTEMOLOGIA (24 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 4 ESCOLA (29 TRABALHOS) OLIVEIRA, Nara Rejane Cruz de Concepo de infncia na Educao Fsica brasileira: /UNICAMP primeiras aproximaes. GTT 5 FORMAO PROFISSIONAL/CAMPO DE TRABALHO (38 TRABALHOS) PENHA, Vinicius /UFES Formao e prtica pedaggica: a capoeira em uma instituio social. RINALDI, Ieda Parra Barbosa O percurso histrico e os novos desafios de um projeto SANTOS, Vnia C. dos de ginstica rtmica.
GERALDO, Pierina P. MENOCI, Elaine C. CRUZ, Patrcia V. de SERON, Taiza D. SILVA, Ezequiela M. da GOMES, Dbora /UEM
GTT 6 MEMRIA, CULTURA E CORPO (57 TRABALHOS) OLIVEIRA, Marlia Cruz /UFMG Ginstica historiada por Guiomar Meirelles Becker. GTT 7 MOVIMENTOS SOCIAIS (23 TRABALHOS) DELAI, Dario /FDB Atividades fsicas e esportivas para crianas e ANTUNES, Alfredo Csar /FAG adolescentes carentes: contribuies para o desenvolvimento social. SILVA, Rogrio Goulart da Reflexes sobre a prtica educativa com meninos e /Universidade de Barcelona meninas em situao de risco social.
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Projeto Ciranda da Criana: incluso social pela cultura corporal e artstica. Anlise e interpretao dos significados da ginstica geral na proposta do Grupo Ginstico UNICAMP em instituio scio-educativa. Movimentos sociais, Educao Fsica e formao profissional: uma experincia do Programa Licenciar da UFPR.
FERNANDES, luiz Fernando Framil SANFELICE, Gustavo Roese CAUDURO, Maria Teresa MENEZES, Francisco Carlos Lemes de ARAUJO, Silvana Martins de /UFMA CARVALHO, Diana Maria Arruda /GDH SILVA, Marileide M. dos S. /UFMA LEDA, Denise Bessa /UFMA CHAPARIM, Fernanda Clia Alcntara Silva PAOLIELLO, Elizabeth /UNICAMP AVILA, Astrid Baecker /UFPR MLLER, Herrmann Vinicius de Oliveira /UFSM BOSCHILIA, Bruno /UFPR BAHNIUK, Caroline /UFPR FELIPE, Cassandra Bettega /UFPR SANTOS, Fabiano Antonio dos GONALVES, Felipe Sobczynski /UFPR SILVA, Juliana Goeldner /UFPR KUBIA, Izabel Sofia /UFPR PYKOSZ, Lausane Corra /UFPR ALVES, Melina /UFPR CAMARGO, Michaela /UFPR SILVA, Luzia Antnia de Paula /UFG
O significado da educao da infncia no acampamento Oziel MST/GO. GTT 8 PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (23 TRABALHOS) ADAMOLI, Anglica Nickel A contribuio da dana na qualidade de vida de MOURA, Janaina Beauvalet de crianas e adolescentes com sndrome de down.
MARQUES, Alexandre Carriconde /Projeto Carinho/UFPel CHICON, Jos Francisco /UFES
Jogos, brincadeiras e brinquedos populares: a mediao pedaggica do educador na perspectiva da incluso. A Educao Fsica escolar numa perspectiva inclusiva: um estudo de caso. O jogo no contexto da Educao Fsica como estratgia de interveno pedaggica para o deficiente mental. Ginstica geral: uma proposta de lazer para crianas portadoras de deficincia mental. Comparando o desenvolvimento cognitivo, motor e social de duas adultas cegas. Aspectos procedimentais no processo de incluso em atividades motoras: algumas correlaes necessrias. Dana-educao: uma possibilidade de incluso. Ginstica rtmica para crianas portadoras de necessidades especiais: um estudo preliminar.
FERREIRA, Maria Elisa Caputo /UFJF OLIVEIRA, Valria Manna /UNICAMP BUARQUE, Maria Augusta /UFRJ
SILVA, Ernesto Pereira da /UFG FARIAS, Grson Carneiro de /UERJ RODRIGUES, Graciele Massoli /UPM
RODRIGUES, Cristiani SILVRIO, Katiscia Rodrigues DALQUANO, Ane Beatriz FERNANDES, Carlos Alexandre Molena MARTINELI, Telma Adriana P. /UEM
GTT 9 POLTICAS PBLICAS (18 TRABALHOS) MEZZADRI, Fernando Marinho /UFPR O Programa Cates e a violncia esportiva.
WALTER, Mrcia /Pref. Mun. Curitiba
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GTT 11 RECREAO/LAZER (42 TRABALHOS) HAX, Gabriela Padilha Recreao hospitalar: da passividade atividade.
Colorindo o cu: a pipa como instrumento de produo cultural da criana. Jogos e brincadeiras populares infantis: anlise das redes de comunicao motrizes.
Lazer, prticas ldicas e psicologia: trade interdisciplinar de pesquisa: as influncias sobre atitudes em crianas. GTT 12 RENDIMENTO DE ALTO NVEL (14 TRABALHOS) Anlise da potncia anaerbica de crianas pr pberes SILVA, Karina Elaine de Souza /FAG do sexo masculino em um exerccio supramximo de 30s SANTOS, Suziane Peixoto dos /UFMG VILA, Aline /UFMG realizado em cicloergmetro. Influncia da tcnica de relaxamento de jacobson na velocidade de metabolizao do lactato sangneo e no desempenho de atletas petiz de natao.
LENTZ, Liliane /UFMG PRADO, Luciano Sales /UFMG SILVA, Ndia Souza Lima da /UEP RIBEIRO, Luiz Carlos Scipio /UGF
DUCA, Giovani Firpo Del KREMER, Marina Marques VIEIRA, Roberta Brussa /UFPel OLIVEIRA, Andra Flvia Santos de RODRIGUES, Arizngela da Silva CHAVES, Mrcia ALBUQUERQUE, Joelma de Oliveira AMORIM, Maria Guadalupe Soares de GAMBOA, Silvio Snchez SILVA, Tereza Izabel Pereira de Melo PIRES, Thas Simes Nobre /UFAL ROMANSINI, Leandro Augusto MELO, Cristiane Ker de /UFSC COSTA, V. M. L. COSTA, M. R. M. SANTOS, F. N. L. SOUSA, F. R. /UGF CORREIA, Silvana Cristina Frana CORREIA, Sandra Cristhianne Frana FRANA, Tereza /UFPE
CONBRACE 2005
GTT 1 ATIVIDADE FSICA E SADE (37 TRABALHOS) FILHO, R. A. F. /USP Crescimento estatural na ginstica artstica no mbito MASSA, M. /USP escolar: um estudo de caso. TSUKAMOTO, M. H. C. Iniciao esportiva e especializao: opinies e fatos. A relao entre aptido fsica e a prtica de atividades fsicas extracurriculares.
NUNOMURA, M. FILHO, R. A. F. /USP TADEU, Tiago Palma VARGAS, Andr da Silva SPERLING, Christian Borges KREMER, Marina Marques AZEVEDO JNIOR, Mrio Renato de /UFPel XIMENDES, Tas Romeo DEL DUCA, Giovani Firpo SILVA, Flvia Maria Betemps Vaz da ULGUIM, Fernanda Oliveira MELLO, Cludia Andria Fuentes Mello AZEVEDO JNIOR, Maria Renato /UFPel LVARES, Flvia Mendona OLIVA, Joo Carlos OLIVA, Rubiane Severo SANTOS, Llian Borges dos GALVO, Simone Lunelli /PUC/RS
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GTT 2 COMUNICAO E MDIA (35 TRABALHOS) MUNARIM, Iracema /UFSC A violncia na programao infantil da TV e as brincadeiras das crianas. COSTA, Alan Queiroz da Mdias e jogos: do virtual para uma experincia Betti, Mauro /UNESP corporal educativa. GIASSI, Rita de Cssia Estudo das possveis relaes entre comportamentos ERBS, Clarete /UFSC agressivos/violentos de escolares e a programao da televiso. LISBA, Mariana Mendona /UFSC Televiso, representaes sociais e cultura de movimento: tecendo reflexes de uma trama no contexto da infncia. GTT 3 CORPO E CULTURA (48 TRABALHOS) FEITOSA, Julia Gonalves As questes de gnero como influenciadoras na deciso ROMERO, Eliane /UCB dos responsveis por crianas de 4 a 6 anos, com distrbios articulatrios, na conduta motora oral, que buscam auxlio da fonoaudiologia. CARBINATTO, Michele Educao Fsica Infantil, corpo e gnero: analisando ZUZZI, Renata Pascoti /UNIMEP relaes e interferncias. FIGUEIREDO, Michele Braun /FAE Futebol tardinha: noras sobre educabilidade.
O jogo em espao aberto praticado por crianas de comunidades empobrecidas do litoral catarinense.
GUIDOTTI, Flvia Garcia /UNISINOS PROENA, Luciano Silveira /UFPel MARTINS, Roger Tavares /UFPel FEIJ, Atagy T. M. SCOPEL, Evnea J. GODA, Ciro FREIRE, Joo Batista /UDESC
GTT 4 EPISTEMOLOGIA (36 TRABALHOS) Comunicao, linguagem e expresso corporal na Educao SILVA, Eliane Gomes de /UFSC SANTAGOSTINHO, Lcia H. F. /USP Fsica Infantil: uma considerao epistemolgica. RANGEL, Denise Inazacki /FEEVALE Funo mediadora da ao corporal na brincadeira simblica: a significao do movimento. GTT 5 ESCOLA (56 TRABALHOS) FILHO, Ari Lazzarotti /UFG A educao do corpo em ambientes educacionais. Educao Fsica e infncia nas salas de pr-escola. Infncias, alteridades e culturas corporais. Os saberes de educadoras da pequena infncia sobre o movimento do corpo infantil. GTT 6 FORMAO PROFISSIONAL/CAMPO DE TRABALHO (48 TRABALHOS) DEON, Vivian da Rosa Atletismo: uma possibilidade de desenvolver MRMANN, Cnara Valency Enas competncias. Infncia e a educao do corpo: os parques infantis de Mrio de Andrade. GTT 7 MEMRIA DA EDUCAO FSICA E ESPORTE (31 TRABALHOS) LINHALES, Meily Assb /UFMG A educabilidade da infncia: prescries para a Educao Fsica elementar no VII Congresso brasileiro de educao (1935). GTT 8 MOVIMENTOS SOCIAIS (27 TRABALHOS) FERREIRA, Marcelo Pereira de Almeida O ldico e o revolucionrio no movimento dos /UFPE trabalhadores rurais sem terra a prtica pedaggica no encontro dos sem terrinha. SANTOS, Fabiano Antonio dos A Educao Fsica e a pedagogia do movimento: uma MARQUES, Hellen Jaqueline /UFPR aproximao a partir da cultura corporal.
GRASEL, Letnia Martiele HAAB, Guinther Antonio /URI DANAILOF, Ktia SOARES, Carmen Lucia /UNICAMP BANDEIRA, Liliam Brando /UFG JORGE, Antonio Chadud /UFG MORAIS, Denis Souza de /UFG SILVA, Ceclia da /UFSC GARANHANO, Marynelma Camargo /UFPR
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O processo de educao da luta pela terra do MST alguns apontamentos para uma escola em movimento.
Reflexes sobre ldico, trabalho, gnero e classe na formao da identidade de jovens-meninas do MNMMR. GTT 9 PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (29 TRABALHOS) OLIVEIRA, Ana Carolina Gonalves de A Educao Fsica e suas contribuies em um SOUZA, Cntia Moura de programa de orientao e mobilidade para crianas DUARTE, Edson /UNICAMP deficientes visuais. PICK, Rosiane Karine Influncia de um programa de interveno motora VALENTINI, Nadia Cristina /UFRGS inclusiva no desenvolvimento social de crianas portadoras e no portadoras de necessidades educacionais especiais. FALKENBACH, Atos Prinz Sndrome do miado de gato na psicomotricidade DREXSLER, Greice relacional.
WERLW, Vernica /UNIVATES
CAPELA, Paulo Ricardo do Canto /UFSC FIGUEIREDO, Mrcio Xavier Bonorino /UFPel PERIM, Marcelo Fagundes SILVA, Maurcio Roberto da /UFSC
GTT 10 POLTICAS PBLICAS (14 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 11 PS-GRADUAO (6 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 12 RECREAO/LAZER (33 TRABALHOS) BALERSKI, Andrei eduardo A escola e os espaos ldicos.
Explorao do trabalho infantil, Foz do iguau Paran: em busca dos sinais do ldico. O LABRINCA do ponto de vista dos alunos das sries iniciais do Colgio de Aplicao da UFSC.
PIKUSSA, Rosane Ftima SANTOS, Talita Marques SEBBEN, Thiago Felipe RECHIA, Simone /UFPR SCHWARZ, Liamara /UFSC GONALVES, Marise Matos /SME PETERS, Leila Lira /UFSC ANDRADE. Marcela de /UFSC PEREIRA, Rafhael Fernandes SILVA, Silvio Ricardo da /UFV
Projeto Gente: em busca dos impactos na vida das crianas e adolescentes participantes. GTT 13 RENDIMENTO DE ALTO NVEL (21 TRABALHOS) LVARES, Flvia Mendona Estudo da densidade mineral ssea e composio OLIVA, Joo Carlos corporal em crianas atletas de ginstica olmpica.
OLIVA, Rubiane Severo SANTOS, Llian Borges dos GALVO, Simone Lunelli /PUC/RS
CONBRACE 2007
GTT 1 ATIVIDADE FSICA E SADE (30 TRABALHOS) Sade e ludicidade: um olhar diferenciado para a forma LADVOCAL, Mrcia Barante /UGF de cuidar. GTT 2 COMUNICAO E MDIA (38 TRABALHOS) Televiso e brincadeira: as mediaes e o imaginrio na MUNARIM, Iracema /UFSC cultura de movimento das crianas. LISBA, Mariana Mendona /UFSc Representaes do esporte-da-mdia na cultura ldica de crianas. CUNHA, Camila Tenrio A mdia e a criana: a permanncia dos jogos tradicionais. COSTA, Martha Benevides /UFBA Discurso televisivo e possibilidades pedaggicas na Educao Fsica Infantil.
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GTT 3 CORPO E CULTURA (47 TRABALHOS) RICHTER, Ana Cristina Educar e cuidar do corpo: dispositivos biopolticos de higienizao em uma instituio de atendimento pequena VAZ, Alexandre Fernandez /UFSC infncia. LIMA, Analwik Tatielle Pereira de O corpo e a esttica do alimento por uma educao PEREIRA, Wani Fernandes /UFRN sensvel. GTT 4 EPISTEMOLOGIA (31 TRABALHOS) SILVA, Eliane Gomes da /ISEOL A semitica peirciana e o se-movimentar infantil: SANTAGOSTINO, Lucia Helena Ferraz semioses.
/ITE/Bauru NBREGA, Terezinha Petrucia de Merleau-Ponty: o filsofo, o corpo e o mundo de toda a /UFRN gente! SILVA, Marcos Antonio Carneiro da Promoo da sade e Educao Fsica escolar: a /UFRJ produo de conhecimento atravs do discurso ideolgico. GTT 5 ESCOLA (40 TRABALHOS) FREITAS, Luana Luzia L. de Saberes mobilizados pelos professores de Educao Fsica na prtica pedaggica com crianas de zero a trs ANDRADE FILHO, Nelson F. de /UFES anos. SILVA, Marcos Antonio Carneiro da Sade renovada, promoo da sade e Educao Fsica /UFRJ escolar: a produo de conhecimento atravs do discurso ideolgico da parte pelo todo. RICHTER, Ana Cristina /UFSC Uma investigao sobre a educao do corpo na rotina de uma creche: notas sobre a Educao Fsica e seu lugar. SOUZA, Marclio de /UFRN Por uma Educao Fsica com sabor: possibilidades e desafios no ensino infantil. COELHO, Luciano Silveira /UFMG A Educao Fsica em uma escola da infncia de tempo LIMA, Cludio Rodrigues /UNIBH integral: construindo um projeto poltico-pedaggico. GTT 6 FORMAO DE PROFESSORES/MUNDO DO TRBALHO (45 TRABALHOS) Nenhum trabalho encontrado sobre o tema. GTT 7 MEMRIA DA EDUCAE E ESPORTE (28 TRABALHOS) DANAILOF, Ktia /UNICAMP Tecendo o futuro: a educao do corpo infantil na So Paulo dos anos 1930. BERTO, Rosianny Campos A educao da infncia nas dcadas de 1930 e 1940: SCHNEIDER, Omar representaes na Revista Educao Physica. FERREIRA NETO, Amarlio /UFES
GTT 8 MOVIMENTOS SOCIAIS (14 TRABALHOS) MARTINES, Isabel Cristina /UFPR Reflexes sobre a realidade em Curitiba: necessidades de uma Capital Social. SILVA, Rogrio Goulart da Reflexes sobre a prtica educativa com meninos e COSTA, Maria Regina Ferreira da meninas em situao de risco. DEBORTOLI, Jos Alfredo Buscando aproximao entre os campos disciplinares da MARTINS, Maria de Ftima Almeida Educao Fsica e da Geografia: um percurso de pesquisa MARTINS, Srgio com crianas no contexto urbano contemporneo.
NEVES, Vanessa Ferraz Almeida PIMENTA, Jennifer Ayres BARBOSA, Raquel Souza /UFMG
GTT 9 PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (12 TRABALHOS) FALKENBACH, Atos Prinz A escola e a Educao Fsica diante da incluso. A formao e a prtica vivenciada dos professores de Educao Fsica diante da incluso de crianas com necessidades educacionais especiais na escola comum.
WERLE, Vernica DREXSLER, Greice /UNIVATES FALKENBACH, Atos Prinz BATTISTELLI, Gisele MEDEIROS, Juliana APELLANIZ, Amanda /UNIVATES/IPA
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Coletivo GEPEC/FURG Projeto Segundo Tempo: configurando um modelo. SANTOS, Laurecy Dias dos /UFPE Programa Escola Aberta e juventude: uma prtica de esporte e lazer na escola pblica. GTT 11 RECREAO/LAZER (34 TRABALHOS) Infncia e lazer na cultura do consumo: um estudo sobre os RESENDE, Leandra Fernandes DEBORTOLI, Jos Alfredo Oliveira shoppings centers em uma nova espacialidade urbana.
Shopping centers: institucionalizao e construo social de infncia no contemporneo. A formao profissional dos brinquedistas: a ONG Campo em Ao. Educao para o lazer: um estudo emprico sobre a importncia do lazer para a formao de crianas e jovens.
/UFMG RESENDE, Leandra Fernandes /UFMG RESENDE, Filipe Figueiredo de Brito FONSECA, Ingrid Ferreira /UGF SANTOS, Eryka da Silva LUCENA, Pollyana Rocha de Oliveira CELY, Danielle Guerra do Nascimento BRASILEIRO, Maria Dilma Simes /UFPB
GTT 12 TREINAMENTO ESPORTIVO (18 TRABALHOS) Correlao entre o ndice de massa corporal e o nvel de SANTOS, Marcos Andr Moura dos PARZIANELLO, Ronise Pelisson /UGF atividade fsica habitual em crianas de 7 a 10 anos. OKAZAKI, Fbio Heitor Alves A relao dos nveis de auto-estima com a vitalidade de OKAZAKI, Victor Hugo Alves crianas do Centro Rexona Ades de voleibol.
PETRUNKO, Vinicius Afonso CASTANHEIRA, Maria Auxiliadora Villar /Instituto Compartilhar
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ANEXO A Dissertaes e teses coligidas no Banco de Teses da CAPES, a partir das palavras-chave Educao Fsica, Formao de Professores e Infncia. Dissertaes
1. ADRIANA MARIA PEREIRA WENDHAUSEN. O processo de formao continuada dos professores e professoras de educao fsica que atuam na educao fsica que atuam na educao infantil no municpio de Florianpolis: 1993-2004 - 01/10/2006 2. ALVARO REGO MILLEN NETO. Alfredo Gomes de Faria Junior e a educao fsica brasileira nos anos 1960 a 1970: uma histria que se conta - 01/02/2006 3. BEATRIZ HELENA FURLANETTO. Infncia em pauta - um estudo histrico sobre as concepes de infncia presentes nas canes e na formao de professores - 01/06/2006 4. CARMEN LUCIA NUNES VIEIRA. Memria esporte e formao docente em educao fsica - 01/04/2007 5. DAIANE TOIGO TRENTIN. Experincias de movimento e a formao inicial em educao fsica: implicaes nas vivncias do currculo - 01/03/2007 6. DIOGO RODRIGUES PUCHTA. A formao do homem forte: Educao Fsica e Gymnstica no ensino pblico primrio paranaense (1882-1924) - 01/08/2007 7. GIZELA BASTOS DA MOTA ALMEIDA. Histria e memria: um estudo sobre violncia e infncia em Gois na primeira metade do sculo XX - 01/08/2007 8. JOS LUIS DE FREITAS. Uma Problematizao do Processo da Incluso de Alunos Asmticos na Educao Fsica Escolar Um Caso de Interlocuo entre Limites e Possibilidades - 01/05/2005 9. KTIA REGINA BAZZANO DA SILVA ROSI. Sintomas e Fontes - 01/08/2003 10. MILNA MARTINS ARANTES. Professores - 01/02/2003 O "Stress" do Educador Infantil:
11. RUBIA-MAR NUNES PINTO. Os professores e a produo do corpo educado: o contexto da prtica pedaggica - 01/12/2002 Teses
1. CELIA MARIA ONOFRE SILVA. Cognio-afetividade e interatividade crianaprofessor-computador na transio da educao infantil ao ensino fundamental. 01/01/2006 2. FERNANDA DA COSTA GUIMARES CARVALHO. Prticas poltico-pedaggicas e a questo do direito educao e a cidadania das crianas e adolescentes pobres no cotidiano da escola pblica de Olinda - 01/02/2006
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3. MARYNELMA CAMARGO GARANHANI. Concepes e prticas pedaggicas de educadoras da pequena infncia: os saberes sobre o movimento corporal da criana 01/04/2004
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ANEXO B Dissertaes e teses coligidas no Banco de Teses da CAPES, a partir das palavras-chave Educao Fsica, Formao de Professores e Criana. Dissertaes
1. ALCILENE MARIA BENVINDO FERREIRA. Aes Pedaggicas Pr-Escolas Pblicas Estaduais em Jesus-Piau - 01/08/1996 2. ALEXANDRE APOLO DA SILVEIRA MENEZES LOPES. como interveno pedaggica no ensino do futebol. - 01/12/2006 3. ANA IRIS FERNANDES CAMELO. necessidades dos docentes - 01/09/1999 Treinamento integrado
4. ANDREIA VEDOIN CIELO. Educao ambiental, representaes sociais e formao de professores(as): de volta a escola com Monteiro Lobato. - 01/09/2006 5. NGELA PEREIRA TEXEIRA VICTRIA PALMA. O Desenvolvimento do Conhecimento Humano na Educao Infantil: O Discurso do Professor de Educao Fsica 01/06/1997 6. ANGLICA VIANA DA HORA. Educao Fsica e Cultura: um estudo sobre a Arete Grega. O papel do Professor de Educao Fsica na Formao de Carter dos Alunos 01/03/2004 7. ANSELMO BARCE FURINI. Processo de incluso: a criana com necessidade educativa especial e os envolvidos - 01/01/2006 8. UREA OTTONI DE OLIVEIRA. 01/01/2003 O professor e a criana deficiente auditiva -
9. BEATRIZ HELENA FURLANETTO. Infncia em pauta - um estudo histrico sobre as concepes de infncia presentes nas canes e na formao de professores - 01/06/2006 10. CARLOS ALBERTO PORTAS. O jogo como instrumento educativo: sua presena em duas escolas de Ensino Fundamental de So Paulo. - 01/01/2006 11. CNTIA APELLANIZ DUBOIS MONTEIRO. O Conhecimento do Ser Professor de Educao Infantil: a afetividade e a ludicidade no ato de educar pela pesquisa - 01/11/2003 12. CIRLEI EVANGELISTA SILVA. Formao continuada de educadoras infantis: uma proposta de interveno. - 01/02/2004 13. CRISTIANE PEREIRA MARQUEZINI. Brincar e desenvolvimento: um estudo sobre as concepes de professores de educao infantil - 01/12/2005 14. CRISTINA NOGUEIRA DE MENDONA. Organizao do trabalho pedaggico na educao infantil: relato de experincia como subsdio para mudana curricular 01/02/2003
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15. DENISE D'ASSUMPO CARDOSO. Atribuio de uma Mostra Cientfica para o Ensino da Fsica nos Cursos de Formao de Professores - 01/05/1998 16. DOUGLAS APARECIDO DE CAMPOS. O professor de Educao Fsica e a produo de saberes em sua prtica pedaggica - 01/09/2001 17. DULCE MARIA ROSA CINTRA. A insero da dana escolar como possibilidade de educao integral - 01/05/2007 18. EDINEA JERONIMO DOS SANTOS DE SOUZA. Formao continuada em pediculose: Quando o piolho invade a aula e o professor afasta o aluno - 01/04/2006 19. ELCIO ANTONIO ADAMI TERRA. Anlise das habilidades e competncias para o ensino da educao fsica nas sries iniciais do ensino fundamental - 01/06/2005 20. ELIANE DOS SANTOS CAVALHEIRO. Do Silncio do Lar ao Silncio Escolar: racismo, preconceito e discriminao na educao infantil - 01/09/1998 21. ENNY VIEIRA MORAES. A presena do iderio higienista no curso de formao em educao fsica da Universidade Federal de Alagoas - 01/08/1996 22. FERNANDA GONALVES DORO. Limites e possibilidade de Projetos Literrios desenvolvidos em duas escolas municipais de Juiz de Fora, MG - 01/10/2007 23. FRANCINE MARCONDES CASTRO OLIVEIRA. A relao entre homem e natureza na pedagogia Waldorf - 01/03/2006 24. GERALDO DIAS PEDROSO. Educao fsica escolar: jogo educativo e jogo competitivo (o caso dos JEM, Jogos Estudantis Municipais de Ponta Grossa, PR) 01/01/1996 25. GERONIMO MIGUEL CARDIA. Jogos e brincadeiras na educao infantil: opinio de professoras. - 01/12/2007 26. GILMARA DA SILVA. As oportunidades de aprendizagem na alfabetizao mediadas pelo uso do computador como estratgia de ensino. - 01/03/2006 27. GIOVANI DE LORENZI PIRES. pedaggica. - 01/12/1990 Educao Fsica escolar: concepes e prtica
28. GISELI BARBIERI DO AMARAL LAUAND (M). Acessibilidade e formao continuada na insero escolar de crianas com deficincias fsicas e mltiplas - 01/11/2000 29. GIZELA BASTOS DA MOTA ALMEIDA. Histria e memria: um estudo sobre violncia e infncia em Gois na primeira metade do sculo XX - 01/08/2007 30. GRACI MARLENE PAVAN. Educao Fsica nas sries iniciais: processos de formao e prticas de professores - 01/03/2001 31. JEAN CARLO RIBEIRO. 01/02/2007 Paidia: A Iniciao Esportiva a partir da Corporeidade -
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32. JOO BOSCO DE CASTRO GUERRA. Pedagogia do esporte na escola: uma interveno com base no modelo da iniciao esportiva universal - 01/08/2002 33. JOS PORFRIO DE SOUZA. Formao do profissional de Educao Fsica: o caso da UNIOESTE - 01/12/2007 34. JULIANA ZANTUT NUTTI. "Concepes sobre as possibilidades de integrao entre Sade e Educao: um estudo de caso" - 01/03/1996 35. JULIO CESAR BARRANTES MONGE. nas aulas de educao fsica - 01/03/1999 Estruturas interpessoais de escolares obesos
36. JUSSARA MARIA MARCHIORO STUMPF. O jogo dos dizeres e fazeres dos professores de educao fsica que atuam nas sries iniciais - 01/11/2000 37. KTIA REGINA BAZZANO DA SILVA ROSI. Sintomas e Fontes - 01/08/2003 O "Stress" do Educador Infantil:
38. LIGIA ANDRA PEREIRA. Ginstica rtmica: uma proposta pedaggica para crianas de 07 a 10 anos de idade - 01/09/2003 39. LILIAN FERREIRA RODRIGUES BRAIT. Atividades rtmicas e linguagem corporal na educao infantil. - 01/03/2006 40. LILIAN REIS ROLIM. O professor de educao fsica na educao infantil: uma reviso bibliogrfica - 01/09/2004 41. LINA MARIA DE MORAES CARVALHO. Importncia da brincadeira no desenvolvimento infantil segundo professores de pr-escolas (Terezina-PI) - 01/11/1999 42. LUCIANA DE OLIVEIRA SOUZA MENDONA. A utilizao de brincadeiras como possibilidade metodolgica para favorecer a construo do conceito de nmero na Educao Infantil - 01/12/2000 43. LUCIANA RIBEIRO BARROS. As diferenas em dialogicidade no contexto escolar: um olhar scio-histrico - 01/02/2003 44. LUCIANE PORTO FRAZO DE SOUSA. educativas na diversidade - 01/07/2007 Orquestrar a gesto para respostas
45. LUIZ ANTONIO SILVA CAMPOS. Anlise do processo de construo dos saberes docentes do supervisor e do estagirio na Prtica de Ensino em Educao Fsica. 01/12/1999 46. MANOEL FERREIRA DOS SANTOS JUNIOR. A festa do ldico no ensino fundamental - concepes de duas categorias - 01/05/2003 47. MANOEL PERES SOBRINHO. Educao e Cidadania: uma experincia na prtica de ensino infantil em escola do municpio de Votorantin-SP - 01/08/2004
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48. MARCELO CREPALDI LEITO. Jogos e atividades ldicas nas aulas de Educao Fsica:contribuies para o desenvolvimento cognitivo da criana. - 01/03/2006 49. MRCIA R VITAL. A Priorizao dos Contedos Escolares em Detrimento das Atividades Ldicas na Educao Infantil - 01/06/2003 50. MARIA CRISTINA MOIANA DE TOLEDO. O malabarista: um estudo sobre o professor de sala multisseriada por meio do municpio de Jussara-GO. - 01/09/2005 51. MARIA DAS GRAAS PATRICIO GONZALES. Iniciativas das escolas pblicas e particulares na preveno da obesidade infantil no municpio de Amparo-SP - 01/03/2007 52. MARIA DE FTIMA MENDONA HOLMES. Prtica pedaggica mediada pela ludicidade na educao de jovens e adultos - 01/11/2006 53. MARIA FTIMA PAIVA DA SILVA. Educao e lazer - uma contribuio anlise do programa clube escolar (1993-1997) - 01/10/1998 54. MARIA LEONOR BRENNER CEIA RAMOS. Repensando a disciplina de educao fsica no ensino fundamental de 1 a 4 sries/1 e 2 Ciclos nos processos de autoformao do ser humano, da aprendizagem e das relaes sociais - 01/03/2002 55. MARIA LUISA DE ARAUJO MAIA. Um estudo do desenvolvimento da autonomia nas classes de acelerao. - 01/07/2000 56. MARIA VALCIDEA DO NASCIMENTO MACIEL. Programa de Formao Docente/MAGISTER-UFC: verso e reverso das Prticas Educativas do Ensino em Artes. 01/11/2007 57. MARIA VERA LCIA BARBOSA KLEIJN (M). Avaliao das condies escolares para o desenvolvimento de habilidades sociais em alunos com retardo mental - 01/10/2001 58. MARTA UBEDA MIRANDA DE SOUZA. Aperfeioamento de recursos humanos na pr-escola mediante educao a distncia: subsdios para um programa. - 01/05/1993 59. MAURCIO JOS DE SIQUEIRA CAGNO. Um processo de conscientizao: reflexo sobre a prxis educativa na formao de professores de educao fsica - 01/10/1998 60. MAURO DA COSTA FERNANDES. Procurando um lugar para o brincar na Educao Fsica na Educao Infantil: reflexes a partir da anlise de uma turma de 3 perodo. 01/05/2002 61. MIRYAM BONADIU PELOSI. "A comunicao alternativa e ampliada nas escolas do rio de janeiro: formao de professores e caracterizao dos alunos com necessidades educacionais". - 01/05/2000 62. NAIRE JANE CAPISTRANO. A educao fsica na escola infantil: saberes e fazeres de professores - 01/05/2003
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63. NLMA DE CASSIA SANDES GALVO. Incluso de crianas com deficincia visual na educao infantil - 01/12/2004 64. NILCE HELENE POIATTI DANAGA. Desenvolvimento de um programa educacional de formao continuada - o tornar-se educador a partir de reflexes e (trans)formaes em busca de melhoria do ensino e da aprendizagem - 01/03/2004 65. PATRICIA C. AYRES MONTENEGRO. O sentido de aluno-crianca no imaginrio de alunos mestres. - 01/11/1994 66. PATRCIA DE FTIMA RODRIGUES MARCON. Excluso Escolar: representaes sociais de professores e gestores escolares - 01/12/2006 67. PRISCILA O. DA COSTA VILAR. Da competio cooperao: a formao do professor de educao fsica e o desenvolvimento psicolgico da criana durante a prtica de educao fsica escolar. - 01/06/2001 68. RICARDO LUIZ DE SOUZA. A educao fsica em uma escola regular inclusiva: um estudo do imaginrio social de - 01/03/2007 69. RICARDO MOURA SALES. A educao fsica no ensino fundamental e o PCN: um estudo sobre casos na regio de Santo Andr - So Paulo. - 01/11/2005 70. RITA DE CSSIA ALVES RODRIGUES PEREIRA. mediao pedaggica. - 01/09/2002 Educao infantil: tv e vdeo -
71. RITA DE CSSIA DUYPRATH DE ANDRADE. UNICA- Universidade da Criana e do Adolescente: Uma experincia de divulgao cientifica em Salvador - 01/08/2007 72. ROBERTA GALASSO NARDI. Incluso da Informtica na Educao: perspectivas de mudana na escola especial - 01/11/2001 73. RUBIA-MAR NUNES PINTO. Os professores e a produo do corpo educado: o contexto da prtica pedaggica - 01/12/2002 74. SEBASTIO LVARO GALDINO. Professora multidisciplinar e educao fsica em escolas estaduais do 1 ciclo: ensino fundamental - 01/08/2005 75. SERAFIM CARLOS DIAS POUZA. A progresso continuada: movimento e mudana na gesto da Secretaria de Educao do Municpio de So Vicente - 01/12/2004 76. SIDIMAR LUCATO. Iniciao e prtica esportiva escolar e suas dimenses scioculturais na percepo dos pais. - 01/12/2000 77. SILVIO SENA. O jogo como precursor de valores no contexto escolar - 01/11/2007 78. SUELY MARIA SANTOS DA SILVA FRANCA. O processo de incluso escolar de um aluno deficiente mental na escola regular: um estudo de caso. - 01/05/2003
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79. SUZANA BASTOS RIBAS KOREN. A Ginstica Vivenciada na Escola Analisada na Perspectiva da Criana - 01/02/2004 80. VALENTINA PIRAGIBE. Formao continuada em educao fsica para professores de educao infantil: a tcnica do dirio de aula - 01/03/2006 81. VILMA PAVANELLI FARVOLA. Educao pelo movimento corporal: Brincadeira ou Necessidade? - 01/09/2006 82. VIVIAM SANTIN TREMEA. O processo de incluso de um aluno com sndrome de down na aula de educao fsica em uma escola particular do municpio de so jos-SC: um estudo de caso - 01/02/2004 83. ZELIA GUERRA DI PIETRO. Educao infantil no municpio de Osvaldo Cruz: anlise de uma trajetria. - 01/03/2005 Teses
1. ANA CLAUDIA PINTO BREDARIOL. Suporte ambiental: uma estratgia para educao infantil inclusiva - 26/04/2006 2. CELIA MARIA ONOFRE SILVA. Cognio-afetividade e interatividade crianaprofessor-computador na transio da educao infantil ao ensino fundamental. 01/01/2006 3. ELISA TOMOE MORIYA SCHLNZEN. Mudanas nas Prticas Pedaggicas do Professor: Visando um Ambiente Construcionista, Contextualizado e Significativo para crianas com Necessidades Especiais Frias - 01/11/2000 4. FERNANDA DA COSTA GUIMARES CARVALHO. Prticas poltico-pedaggicas e a questo do direito educao e a cidadania das crianas e adolescentes pobres no cotidiano da escola pblica de Olinda - 01/02/2006 5. JOSE FRANCISCO CHICON. Incluso na educao fsica escolar: construindo caminhos - 01/12/2005 6. LAIS HELENA MALACO. A Formao de Educadores e a Afetividade dos Estagirios de Educao Fsica em Relao Prtica Docente. - 01/11/2004 7. LENITA MARIA JUNQUEIRA SCHULTZ. A criana em situao de berrio e a formao do professor para a Educao Infantil - 01/12/2002 8. LUCIANA MARIA VIVIANI. necessria. - 01/08/2003 Formao de professoras e escola normal: a biologia
9. LUIZ GONZAGA PONTES PESSOA. A formao de professores de cincias naturais para as ltimas quatro sries do ensino fundamental - 01/05/2003 10. MARIA APARECIDA MELLO. A atividade mediadora nos processos colaborativos de educao continuada de professores: educao infantil e educao fsica - 01/04/2001
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11. MARIA INS CRNKOVIC OCTAVIANI. As concepes de "educar" das profissionais de educao infantil: um ponto de partida para a formao continuada na perspectiva histrico-cultural - 01/04/2003 12. MARIA INES MAFRA GOULART. participao e aprendizagem - 01/08/2005 A explorao do mundo fsico pela criana:
13. MARIA ISABEL BATISTA SERRAO. Estudantes de Pedagogia e a "atividade de aprendizagem" do ensino em formao - 01/03/2004 14. MARIA ISABEL FILGUEIRAS LIMA CIASCA. Qualidade na educao infantil: proposta de avaliao institucional em busca de novos rumos. - 01/11/2003 15. MARYNELMA CAMARGO GARANHANI. Concepes e prticas pedaggicas de educadoras da pequena infncia: os saberes sobre o movimento corporal da criana 01/04/2004 16. MILTON VIEIRA DO PRADO JUNIOR. A Prtica da Educao Motora na Primeira Srie Escolar, Luz da Teoria Ecolgica. - 01/02/2001
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ANEXO C Dissertaes e teses coligidas no Banco de Teses da CAPES, a partir das palavras-chave Educao Fsica, Infncia e Criana. Dissertaes
1. ANA PAULA PEREIRA DE CASTRO. Relaes de Gnero na Educao Infantil: uma Anlise a Partir da Atividade Ldica. - 01/05/2006 2. ANGELA REGINA POLETTO. Hbitos de vida, estado nutricional, perfil de crescimento e aptido fsica referenciada sade: subsdios para o planejamento de educao fsica e esportes na escola cidad. - 01/05/2001 3. BEATRIZ HELENA FURLANETTO. Infncia em pauta - um estudo histrico sobre as concepes de infncia presentes nas canes e na formao de professores - 01/06/2006 4. CAE RODRIGUES. Educao fsica, educao ambiental e educao infantil no contexto escolar : uma sinergia possvel. - 01/08/2007 5. CLARISSA GES MAGALHES. Impacto de Programa Educativo nos Conhecimentos, Preferncias e Hbitos Alimentares: Ensaio Randonizado Controlado - 01/05/2002 6. CLEIDE VITOR MUSSINI BATISTA. Educao Infantil: Subsdios a elaborao de uma proposta filosfico -educacional, para a Pr-Escola da UEL. - 01/06/1999 7. CRISTINA BORGES DE OLIVEIRA. Polticas Educacionais Inclusivas para Infncia: Concepes e Veiculaes no Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte 1978-1999 01/02/2003 8. DANIEL CARLOS GARLIPP. Dimorfismo sexual e estabilidade no crescimento somtico e em componentes da aptido fsica. Anlise longitudinal em crianas e adolescentes. - 01/05/2006 9. DANIELA CRISTINA ROSSETTO CAROBA. A escola e o consumo alimentar de adolescentes matriculados na rede pblica de ensino - 01/10/2002 10. DARCI GOMES DE MELO. Poltica de Educao Infantil no Recife: O texto e o contexto 1996 a 2001. - 01/10/2002 11. EDJANE MARIA VALE LINHARES. A violncia nossa de cada famlia: notas sobre a violncia intrafamiliar contra a criana. - 01/11/2004 12. ELIANE GOMES DA SILVA. Educao (Fsica) infantil: se-movimentar e significao - 01/02/2007 13. ELOISE SANTUCCI RIBEIRO. Energia e nutrientes na dieta de escolares: contrastes entre municpios brasileiros. - 01/03/2005
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14. FLVIA PATRCIA SENA TEIXEIRA SANTOS. Caracterizao dos pacientes com diagnostico de artrite reumatide juvenil do servio de reumatologia do hospital das clinicas da UFMG, com fatores determinantes do prognostico - 01/02/2006 15. GABRIEL GUSTAVO BERGMANN. Crescimento somtico, aptido fsica relacionada sade e estilo de vida de escolares de 10 a 14 anos: um estudo longitudinal. - 01/07/2006 16. GERMANA REIS DE ANDRADE GUIMARES. Sade Bucal como Objeto de Saber - 01/06/2003 Promoo da Sade na Escola: A
17. GIZELA BASTOS DA MOTA ALMEIDA. Histria e memria: um estudo sobre violncia e infncia em Gois na primeira metade do sculo XX - 01/08/2007 18. JAIME TOLENTINO MIRANDA NETO. Perfil antopomtrico e da composio corporal de jovens escolares de 10 a 14 anos da cidade de Joama-Vale do JequitinhonhaMG. - 01/11/2002 19. JULIANA COELHO PINA. Acolhimento s crianas menores de cinco anos de idade em uma unidade de sade da famlia: contribuies da estratgia ateno integrada s doenas prevalentes na infncia - 01/02/2007 20. JULIANA KRIEGER EICKHOFF. 01/02/2004 Brincando com Materiais Diversificados -
21. JLIO CSAR SALOMO. Infncia e educao infantil nos documentos e legislaes nacionais e internacionais. - 01/12/1999 22. KTIA ADAIR AGOSTINHO. O espao da creche: que lugar este? - 01/06/2003 23. KTIA REGINA BAZZANO DA SILVA ROSI. Sintomas e Fontes - 01/08/2003 O "Stress" do Educador Infantil:
24. LARISSA RAFAELA GALATTI. Pedagogia do esporte: o livro didtico como um mediador no processo de ensino e aprendizagem dos jogos esportivos coletivos. 01/12/2006 25. LLIA IDA CHAVES CAVALCANTE. adolescente: cenas familiares - 01/11/2003 26. LILIA IEDA CHAVES CAVALCANTE. Adolescente: cenas familiares - 01/02/2006 Violao de direitos da criana e do Violao de Direitos da Criana e do
27. LILIAN PAULA DEGOBBI BERGAMO. Maus-tratos fsicos de crianas: contribuies para a avaliao de fatores de risco psicossocial - 01/11/2007 28. LVIA FONSCA DA SILVA CARVALHO DE AZVEDO SANTANA. Intervenes educativas em asma na infncia e na adolescncia: reviso sistemtica da literatura. 01/10/2004
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29. LOURDES HELENA DUMMER VENZKE. Professoras das Escolas Municipais de Educao Infantil de Pelotas: identidades em construo - 01/12/2004 30. LUCI YARA PFEIFFER MIRANDA. Construo de um perfil epidemiolgico da violncia contra crianas e adolescentes na cidade de Curitiba - as histrias que o mundo adulto no deveria produzir - 01/12/2006 31. LUCYELENA AMARAL PICELLI. Produo cientfica sobre educao infantil nos mestrados e doutorados em educao fsica no brasil. - 01/12/2001 32. LUIZANE GUEDES MATEUS. Pivetes, delinqentes e contadores de histria: a fala no autorizada dos vencidos. - 01/08/2003 33. MARIA CRISTINA MEIRELLES TOLEDO CRUZ. Para uma educao da sensibilidade: a experincia da Casa Redonda Centro de Estudos - 01/03/2006 34. MARIA HELENA HASSELMAN. Violncia Familiar e Desnutrio Severa na Infncia: Modelo Terico e Estudo de Confiabilidade de Instrumentos. - 01/10/1996 35. MARIANA DE AGUIAR FERREIRA MUAZE. A descoberta da infncia: A construo de um habitus civilizado na boa sociedade imperial - 26/08/1999 36. MARIANA HERZOG RAMOS. Prevalncia de fatores de risco cardiovascular em estudantes de educao fsica da UFES - 01/08/2004 37. MARLI BUENO DE CASTRO OLIVEIRA. Rorschach: um estudo correlacional da carateropatia transgressiva da epilepsia infantil. - 01/06/2001 38. MARTHA BENEVIDES DA COSTA. Texto televisivo e Educao Infantil: conhecimento cotidiano e trabalho pedaggico na Educao Fsica. - 01/12/2007 39. MAYSA BARRETO ORNELAS PEREIRA. espao esse? - 01/12/2002 A biblioteca na educao infantil: que
40. MENISSA CCERA FERNANDES DE OLIVEIRA BESSA CARRIJO. Educao infantil e polticas pblicas na contemporaneidade: avanos e limitaes no discurso legal e na dinmica educacional - 01/08/2005 41. MICHELE ABDO MERLONE DOS SANTOS TOLEDO. Crianas Vtimas de Violncia em Campo Grande-MS: Estudo de uma Instituio de Atendimento Violncia Infantil Atravs dos Agentes Violadores, das Vtimas e de seus Profissionais. - 01/06/2003 42. NARA REJANE CRUZ DE OLIVEIRA. Concepo de Infncia na Educao Fsica Brasileira: Primeiras Aproximaes - 01/02/2003 43. NAZAR CRISTINA CARVALHO. O Brincar, A Cultura da Criana e a Escola: Possibilidades do Conhecimento na Educao Fsica Escolar - 01/08/1998
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44. NILTON RODRIGUES DA COSTA. Avaliao de crianas de 7 a 10 anos do ensino fundamental, portadoras de dificuldades respiratrias e submetidas a aulas especiais de educao fsica, na cidade de Sorocaba - SP - 01/06/2005 45. OZANIRA FERREIRA DA COSTA. Com os ps no cho das ruas e praas: uma anlise da prtica educativa das ONGs de educao de rua do Recife - 01/03/1999 46. REGINA HELENA DE CAMPOS MARCIANO. Projeto Sol Morumbi-Paulnia: As Lembranas da Infncia e Adolescncia pelos Caminhos da Educao Fsica. - 01/06/2006 47. RITA TATIANA CARDOSO ERBS. educao infantil - 01/03/2001 Pais no primeiro contato com instituies de O atletismo escolar no desenvolvimento
49. RUBIA-MAR NUNES PINTO. Os professores e a produo do corpo educado: o contexto da prtica pedaggica - 01/12/2002 50. SILVANA MICARONI. A Educao fsica nos parques infantis da cidade de So Paulo: 1947-1957. - 01/04/2007 51. SIMONE APARECIDA DOS SANTOS. Raciocnio Emocional e Regulao Afetiva numa perspectiva desenvolvimental na infncia - 01/04/2005 52. TACIANA MENEZES SILVA. 01/04/2007 Um olhar sobre a dircursividade moral infantil -
53. THIAGO DEL CORONA LORENZI. Testes de corrida/caminhada de 6 a 9 minutos: validao e determinantes metablicos em adolescentes. - 01/11/2006 54. VANNZIA LEAL ANDRADE PERES. Famlias de crianas em situao de rua: modos de vida, relacionamento familiar e prticas educativas. - 01/11/1997 55. WILTON CARLOS DE SANTANA. A Pedagogia do Esporte e a Moralidade Infantil 01/12/2003 56. YMARA LUCIA CAMARGO VICTOLO. Crenas e atitudes educativas dos pais associadas a problemas de sade mental em escolares das trs primeiras sries do ensino fundamental - 01/12/2004 Teses
1. ANA LAURA GODINHO LIMA. O Espectro da irregularidade ronda o aluno: um estudo da literatura pedaggica e da legislao sobre a criana-problema - 01/05/2004 2. ANAMARIA SILVA NEVES. A violncia fsica de pais e mes contra filhos: cenrio, histria e subjetividade - 01/02/2005
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3. NGELA MARIA MIEKO YANO. As prticas de educao em famlias de crianas com paralisia cerebral dipltica espstica e com desenvolvimento tpico pertencentes a camadas populares da cidade de Salvador - 01/05/2003 4. CARMEN LUCIA DE ABREU ATHAYDE. frente ao abuso sexual. - 01/03/2007 Atuao do ginecologista infanto-puberal
5. CELIA MARIA ONOFRE SILVA. Cognio-afetividade e interatividade crianaprofessor-computador na transio da educao infantil ao ensino fundamental. 01/01/2006 6. CLAUDIA BROETTO ROSSETTI. Preferncia ldica e jogos de regras: um estudo com crianas e adolescentes - 01/11/2001 7. CRISTIANO DA SILVEIRA LONGO. Violncia Domstica contra Crianas e Adolescentes (VDCA) e educao da afetividade e da moralidade: expresses de sentidos da Palmada na linguagem de desenhos infantis - 01/04/2007 8. DANUSIA APPARECIDA SILVA. Representao da Criana nas Obras de Maria de Lourdes Krieger e Werner Zots - 01/01/2003 9. FERNANDA DA COSTA GUIMARES CARVALHO. Prticas poltico-pedaggicas e a questo do direito educao e a cidadania das crianas e adolescentes pobres no cotidiano da escola pblica de Olinda - 01/02/2006 10. JOS RAIMUNDO DA SILVA LIPPI. Tentativa de suicdio relatada pela histria oral associada violncia fsica, psicolgica e sexual contra a criana e o adolescente 01/07/2003 11. JULIANA FARIAS DE NOVAES. Fatores associados ao sobrepeso e hipertenso arterial em escolares do municpio de Viosa MG. - 01/08/2007 12. LOURDES BRAZIL DOS SANTOS ARGUETA. reas urbanas segregadas e cidadania da criana: uma proposta de empoderamento. - 01/11/2003 13. MANOEL DIONIZIO NETO. 01/02/2004 Educao e liberdade em Jean-Jacques Rousseau -
14. MARIA HELENA HASSELMAN. "Violncia familiar e a ocorrncia de desnutrio grave na infncia: um estudo caso-controle e suas investigaes ancilares" - 01/10/2002 15. MARYNELMA CAMARGO GARANHANI. Concepes e prticas pedaggicas de educadoras da pequena infncia: os saberes sobre o movimento corporal da criana 01/04/2004 16. MIGUIR TEREZINHA VIECCELLI DONOSO. representaes sociais - 01/11/2006 Violncia fsica na infncia:
172
18. ROSIMEIRE COSTA DE ANDRADE. A rotina da pr-escola na viso das professoras, das crianas e de suas famlias. - 01/04/2007 19. TANIA MARA CRUZ. Meninas e meninos no recreio: gnero, sociabilidade e conflito 01/08/2004 20. WESLEY SILVA. Por uma histria scio-cultural do abandono e da delinqncia de menores em Belo Horizonte 1921-1941 - 01/08/2007
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RESUMO
Cristina Borges de Oliveira. Polticas Educacionais Inclusivas para Infncia: Concepes e Veiculaes no Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte 1978-1999. 01/02/2003 1v. 161p. Mestrado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - EDUCAO FSICA Orientador(es): Ivone Garcia Barbosa Biblioteca Depositaria: Biblioteca da FEF Email do autor: Palavras - chave: Politicas Publicas; Crianas Deficientes; Produo Cientific rea(s) do conhecimento: Banca examinadora: Amarlio Ferreira Neto Ivone Garcia Barbosa Linha(s) de pesquisa: Atividade Fsica para Grupos com Necessidades Especiais Conjunto de prticas de interveno e de investigao, no mbito da atividade fsica, que possam ser aplicadas em grupos com necessidades especiais, tais como os indivduos portadores de deficincia, idosos, sedentrios, entre outros, visando elucidar pro Agncia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertao: Coordenao do Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior Idioma(s): Portugus Dependncia administrativa Estadual Resumo tese/dissertao: Este estudo do tipo bibliogrfico adota como problemtica central de investigao as incurses tericas e prticas que tm norteado a produo cientfica da Educao Fsica a respeito da educao da criana deficiente na perspectiva de identificar as concepes e representaes sobre criana, infncia e deficincia que vem sendo construdas por essa produo. Esperamos tambm compreender a possveis imbricaes e inter relaes da produo da rea com as orientaes internacionais e as polticas pblicas inclusivas. Para tanto, tomamos como objeto de anlise a produo terica divulgada no Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte identificando concepes, paradigmas e referncias que tm norteado a pesquisa sobre o tema. A anlise dos dados bibliogrficos foi realizada a partir de uma orientao ensejada no Materialismo Histrico Dialtico e de algumas de suas categorias como totalidade, contradio, historicidade, utilizando como procedimento a anlise de contedo. Com base nessa abordagem buscou-se constituir categorias que foram eleitas a partir da leitura aprofundada nos Anais dos Congressos Brasileiros de Cincia do Esporte (Conbraces) e peridicos Revista Brasileira de Cincia do Esporte (Rbce) no perodo 1978/1999.
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RESUMO
Nara Rejane Cruz de Oliveira. Concepo de Infncia na Educao Fsica Brasileira: Primeiras Aproximaes. 01/02/2003 1v. 101p. Mestrado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - EDUCAO FSICA Orientador(es): Ivone Garcia Barbosa Biblioteca Depositaria: Biblioteca da FEF Email do autor: Palavras - chave: Educao Fsica-Brasil; Infncia; Crianas rea(s) do conhecimento: Banca examinadora: Ivone Garcia Barbosa Linha(s) de pesquisa: Atividade Fsica para Grupos com Necessidades Especiais Conjunto de prticas de interveno e de investigao, no mbito da atividade fsica, que possam ser aplicadas em grupos com necessidades especiais, tais como os indivduos portadores de deficincia, idosos, sedentrios, entre outros, visando elucidar pro Agncia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertao: Coordenao do Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior Idioma(s): Portugus Dependncia administrativa Estadual Resumo tese/dissertao: Este trabalho tem o objetivo de identificar o conceito de infncia presente na rea acadmica de Educao Fsica no Brasil, por meio de um estudo bibliogrfico referenciado na pesquisa qualitativa. Para tanto, foram elencadas como categorias de anlise: a concepo de infncia presente na produo analisada, bem como a identificao do projeto educativo a ela inerente. Como ponto de partida, buscou-se apreender o movimento de constituio da Educao Fsica brasileira, no intuito de possibilitar o trato ao objeto de estudo em sua totalidade. No segundo momento, analisou-se a produo acadmica da rea, a partir das categorias elencadas. Desta forma, foram identificadas duas posies divergentes. A primeira, generalizada, na qual a infncia concebida como fase ou perodo, numa perspectiva idealista, em que a criana tratada de forma fragmentada e a Educao Fsica na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento de funes cognitivas. A segunda, presente na menor parte das produes e particularmente a partir de meados da dcada de 1990, na qual a infncia tratada numa perspectiva crtica, como constructo social, sendo a criana sujeito de relaes sociais e seu desenvolvimento mediado pelas relaes estabelecidas com o outro e o meio em vive. Neste contexto, o papel da Educao Fsica o de abordar o conhecimento em sua totalidade, buscando a superao do seu entendimento como prtica compensatria ou preparatria. Estes dados permitem afirmar, que a concepo de infncia na Educao Fsica brasileira tem apresentado certo avano, ainda que de forma discreta em relao a outras reas de conhecimento, a exemplo da Educao.
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ANEXO E Primeira Grade Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. 1 Ciclo Bsico 2 Ciclo Profissionalizante Licenciatura Masculino Licenciatura Feminino DISCIPLINAS DO 1 CICLO - BSICO 1 FASE Disciplinas Estudo de Problemas Brasileiros I Metodologia Cientfica Portugus I-A Ingls I-B Francs I-B Espanhol I-B Alemo I-B Italiano I-B Biologia V Anatomia III Ginstica I Atletismo Organizao da EF e dos Desportos I 2 FASE Disciplinas Introduo Psicologia da Educao Higiene III Fisiologia III Ginstica II Voleibol I Organizao da EF e dos Desportos II Atletismo II Rtmica I
Cdigos EPB1504 FIL1115 LLV1119 LLE1103 LLE1203 LLE1303 LLE1403 LLE1503 BLG1106 MOR1215 DEF1401 DEF1201 DEF1512 Cdigos PSI1207 SPB1516 CFS1512 DEF1402 DEF1105 DEF1513 DEF1202 DEF1408
Crd. 02 02 04 03
H/a 36 36 72 54
Pr-req. -
06 06 03 04 03 Crd. 03 03 04 03 03 03 04 03
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DISCIPLINAS DO 2 CICLO - PROFISSIONALIZANTE Cdigos EED1101 PSI1204 MEN1129 NFR1130 DEF1403 DEF1203 DEF1409 DEF1106 DEF1301 DEF1803 Cdigos EED1103 DEF1801 DEF1404 DEF1204 DEF1410 DEF1109 DEF1302 DEF1101 DEF1115 EPB1505 3 FASE Disciplinas Fundamentos da Educao I Psicologia da Educao II Didtica I Socorros Urgentes Ginstica III Atletismo III Rtmica II Voleibol II Natao I Biometria 4 FASE Disciplinas Estrutura e Func. Ensino no 1 grau Cinesiologia Ginstica IV Atletismo IV Rtmica III (feminina) Handebol Natao II Basquetebol I Esportes Complementares I Estudo dos Problemas Brasileiros II Disciplina Optativa 5 FASE Disciplinas Estrutura e Func. Ensino no 2 grau Prtica de Ensino de EF de 1 grau Ginstica V Atletismo V Natao III Recreao I Basquetebol II Esportes Complementares II Disciplina Optativa 6 FASE Disciplinas Prtica de Ensino em EF de 2 grau Recreao II Estgio Supervisionado Profissional Crd. 03 04 05 03 03 04 03 03 03 04 Crd. 03 04 03 04 02 04 04 03 02 02 02 Crd. 03 06 03 04 04 03 03 02 02 Crd. 04 03 07 H/a 54 72 90 54 54 72 54 54 54 72 H/a 54 72 54 72 36 72 72 54 36 36 36 H/a 54 108 54 72 72 54 54 36 36 H/a 72 54 144 Pr-req. PSI1207 PSI1107 DEF1402 DEF1202 DEF1408 DEF1105 Pr-req. DEF1403 DEF1203 DEF1409 DEF1301 -
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DISCIPLINAS OPTATIVAS Cdigos DEF1806 DEF1208 DEF1112 DEF1212 DEF1306 Disciplinas Fisioterapia Jud Futebol Esgrima Remo Crd. 02 02 02 02 02 H/a 36 36 36 36 36 Pr-req. -
HABILITAO EM TCNICO EM DESPORTOS Cdigos MED1101 MED1103 MED1104 MED1105 MED1106 Cdigos MED1102 MED1107 MED1108 MED1109 MED1110 7 FASE Disciplinas Condicionamento Fsico I Met. Tcnica e Ttica do Handebol Met. Tcnica e Ttica do Voleibol Met. Tcnica e Ttica do Atletismo Met. Tcnica e Ttica do Remo 8 FASE Disciplinas Condicionamento Fsico II Met. Tcnica e Ttica do Futebol Met. Tcnica e Ttica do Basquetebol Met. Tcnica e Ttica da Natao Met. Tcnica e Ttica da Ginstica Olmp. Crd. 03 08 H/a 54 162 Pr-req. -
Crd. 03 08
H/a 54 162
Pr-req. MED1101 -
OBS: A carga horria do curso no inclui os crditos referentes a Estudos de Problemas Brasileiros.
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ANEXO F Segunda Grade Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. PERODO DE CONCLUSO PRAZO MNIMO - 8 SEMESTRES PRAZO MXIMO - 14 SEMESTRES CARGA HORRIA OBRIGATRIA: 3006 CARGA HORRIA OPTATIVA: 216 CARGA HORRIA TOTAL: 3222 DISCIPLINAS DO 1 CICLO - BSICO Cdigos BEG5102 DEF5115 DEF5121 DEF5233 DEF5416 LLE5105 LLE5205 LLE5305 LLE5405 LLE5505 PSI5105 Cdigos DEF5118 DEF5214 DEF5234 DEF5417 DEF5701 MOR5203 PSI5106 1 FASE Disciplinas Biologia Celular Bsica Introduo Educao Fsica Desenvolvimento Motor I Metodologia de Trabalhos Cientficos Ginstica I Ingls Instrumental I-B Francs Instrumental I-B Espanhol Instrumental I-B Alemo Instrumental I-B Italiano Instrumental I-B Psicologia da Educao I 2 FASE Disciplinas Handebol Atletismo I Rtmica Ginstica II Princpios de Conduta Profissional Anatomia aplicada Educao Fsica Psicologia da Educao II Crd. 03 03 03 03 03 04 H/a 54 54 54 54 54 72 Pr-req. -
03 Crd. 04 03 04 03 02 04 03
54 H/a 72 54 72 54 36 72 54
DISCIPLINAS DO 2 CICLO - PROFISSIONALIZANTE Cdigos CFS5147 DEF5108 DEF5140 DEF5215 DEF5223 DEF5310 DEF5325 SPO5171 3 FASE Disciplinas Fisiologia Humana Basquetebol Metodologia da Dana Atletismo II Organizao de Competies Esportivas Aprendizagem Motora Emergncia em Educao Fsica Sociologia da Educao C Crd. 04 04 03 03 03 03 03 03 H/a 72 72 54 54 54 54 54 54 Pr-req. MOR5203 DEF5234 DEF5214 MOR5203 -
180
4 FASE Disciplinas Antropologia Cultural A Voleibol Adaptaes Orgnicas ao Exerccio Atletismo III Ginstica Esportiva Didtica Geral D Disciplina Optativa I 5 FASE Disciplinas Futebol Teoria e Metodologia do Cond. Fsico Teoria e Prtica na Educao Fsica Natao I Recreao e Lazer Est. e Func. do Ensino de 1 e 2 graus Filosofia da Educao I Disciplina Optativa II 6 FASE Disciplinas Medidas e Avaliao em Educao Fsica Treinamento Esportivo I Educao Fsica Especial Iniciao Pesquisa em Educao Fsica Natao II Cinesiologia Fundamentos Humansticos da Ed. Fsica Prtica de Ensino em EF escolar I Disciplina Optativa III
Crd. 03 04 03 04 03 04
H/a 54 72 54 72 54 72
Crd. 03 03 03 03 04 04 03
H/a 54 54 54 54 72 72 54
Crd. 03 02 03 03 03 03 03 06
H/a 54 36 54 54 54 54 54 108
APROFUNDAMENTO I ESPORTES Cdigos DEF5124 DEF5134 DEF5150 DEF5705 DEF5706 MEN5236 7 FASE Disciplinas Organizao e Adm. na EF e nos Esportes Treinamento Esportivo II Seminrio de Aprofundamento em Dana Seminrio de Aprof. em Esportes Seminrio Fund. Psico-sociais do Esporte Prtica de Ensino em EF escolar II Disciplina Optativa IV Crd. 02 03 03 03 02 06 H/a 36 54 54 54 36 108 Pr-req. DEF5223 DEF5133 DEF5140 DEF5133 DEF5702 MEN5235
181
Crd. 05 05
H/a 90 90
APROFUNDAMENTO II EDUCAO INFANTIL E SRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Cdigos DEF5122 DEF5135 DEF5226 DEF5419 MEN5236 7 FASE Disciplinas Desenvolvimento Motor II Atividades Rtmicas Recreao Infantil Ginstica Escolar Prtica de Ensino em EF escolar II Disciplina Optativa IV 8 FASE Disciplinas Seminrio de Monografia Estudos Individuais em EF Infantil Crd. 02 03 03 03 06 H/a 36 54 54 54 108 Pr-req. DEF5121 DEF5234 DEF5425 DEF5417 MEN5235
Crd. 05 05
H/a 90 90
APROFUNDAMENTO III EDUCAO FSICA ESPECIAL Cdigos DEF5122 DEF5129 DEF5136 MEN5236 7 FASE Disciplinas Desenvolvimento Motor II Exerccio e Sade Atividade Fsica para Grupos Especiais Prtica de Ensino em EF escolar II Disciplina Optativa IV 8 FASE Disciplinas Seminrio de Monografia Estudos Individuais em EF Especial Crd. 02 04 04 06 H/a 36 72 72 108 Pr-req. DEF5121 DEF5126 DEF5234 DEF5310 MEN5235
Crd. 05 05
H/a 90 90
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DISCIPLINAS OPTATIVAS Cdigos BLG5303 DEF5112 DEF5130 DEF5170 DEF5171 DEF5219 DEF5320 DEF5321 DEF5330 DEF5501 DEF5601 DPT5108 ECZ5102 EED5121 INE5211 LLE5106 LLE5206 LLE5306 LLE5406 LLE5506 LLV5603 LLV5610 NTR5141 PSI5112 PSI5524 SPO5234 Disciplinas Conservao dos Recursos Naturais Concepo de Aulas Abertas Adaptaes Orgnicas ao Exerccio II Programa de Intercmbio I Programa de Intercmbio II Educao Fsica, Esporte e Mdia Surf Prev. e Reab. de Doenas Cardacas Gnero e Co-educao na Ed. Fsica Informtica aplicada Ed. Fsica Princpios Bsicos do Esoterismo Des. Bio-psico-social da criana Conservao dos Recursos Naturais Planejamento Educacional I Introduo Informtica Empresarial Ingls Instrumental II-B Francs Instrumental II-B Espanhol Instrumental II-B Alemo Instrumental II-B Italiano Instrumental II-B Produo Textual Acadmica I Produo Textual Acadmica II Nutrio e Exerccio Fsico Relaes Humanas Psicomotricidade Cincia Poltica Crd. 03 03 03 03 02 03 03 03 03 02 03 03 04 04 04 04 04 04 04 04 03 02 03 04 H/a 54 54 54 54 36 54 54 54 54 36 54 54 72 72 72 72 72 72 72 72 54 36 54 72 Pr-req. DEF5128 DEF5170 LLE5105 LLE5205 LLE5305 LLE5405 LLE5505 -
183
DISCIPLINAS OPTATIVAS COMPLEMENTAR REA DE FORMAO TCNICA Cdigos DEF5114 DEF5120 DEF5125 DEF5142 DEF5143 DEF5145 DEF5155 DEF5161 DEF5210 DEF5217 DEF5218 DEF5221 DEF5225 DEF5307 DEF5315 DEF5316 DEF5415 DEF5420 DEF5710 DEF5711 DEF5712 DEF5713 DEF5714 DEF5715 DEF5716 DEF5717 DEF5718 DEF5719 DEF5720 DEF5721 DEF5722 DEF5723 DEF5724 DEF5725 DEF5866 Disciplinas Esportes Complementares Vivncias Corporais Futebol de Salo Danas Folclricas Expresso Corporal Corporeidade Pedagogia do Esporte Sem. de Atividade Fsica e Sade Jud Musculao Ed. Fsica: Ao Pedaggica na Escola Tnis de Campo Capoeira Remo Plo Aqutico Fisioterapia Cineantropometria Ginstica de Academia Tecnologia Esportiva Regul. e Arbitragem de Voleibol Regul. e Arbitragem de Futebol de Campo Regul. e Arbitragem de Futebol de Salo Regul. e Arbitragem de Handebol Regul. e Arbitragem de Punhobol Regul. e Arbitragem de Plo Aqutico Regul. e Arbitragem de Basquetebol Regul. e Arbitragem de Gin. Esportiva Regul. e Arbitragem de Jud Regul. e Arbitragem de Tnis de Campo Regul. e Arbitragem de Tnis de Mesa Regul. e Arbitragem de Xadrez Regul. e Arbitragem de Salt. Ornamentais Regul. e Arbitragem de Natao Regul. e Arbitragem de Atletismo Ginstica de Estabilizao Crd. 03 04 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 03 H/a 54 72 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 Pr-req. DEF5140 DEF5312 DEF5325 CFS5147 -
OBS: - AO OPTAR POR UM APROFUNDAMENTO, O ALUNO PODER CURSAR AT 108 HORAS/AULA DE OUTRO APROFUNDAMENTO COMO OPTATIVAS.
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ANEXO G Terceira Grade Curricular do Curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFSC. Objetivo do Curso: O objetivo do Curso de Licenciatura em Educao Fsica formar professores qualificados para intervir, acadmica e profissionalmente, em instituies pblicas e privadas, no componente curricular de Educao Fsica da Educao Bsica (Educao Infantil, Ensino Fundamental e Mdio) e Educao Profissional. O Licenciado em Educao Fsica dever estar capacitado para o pleno exerccio profissional no componente curricular Educao Fsica na Educao Bsica e Profissional em suas exigncias gerais, tais como insero social da escola, domnio de teorias e processos pedaggicos (ensino-aprendizagem) e de teorias do desenvolvimento dos indivduos em idade escolar. Titulao: Licenciado em Educao Fsica Diplomado em: Educao Fsica Perodo de Concluso do Curso: Mnimo: 8 semestres Mximo: 14 semestres Carga Horria Obrigatria: UFSC: 3.480 horas/aula CNE: 2.800 horas = 3.360 horas/aula Nmero de aulas semanais: Mnimo: 12 Mximo: 29 Cdigos MOR5219 DEF5892 DEF5884 DEF5894 DEF5829 DEF5835 DEF5843 DEF5844 1 FASE Disciplinas Anatomia aplicada Educao Fsica Crescimento e Desenvolvimento Humano PCC 18 horas Fund. Histrico-Pedaggicos da EF Metodologia do Trabalho Acadmico PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Atletismo I PCC 18 horas Teoria e Metodologia da Ginstica PCC 18 horas T. e Met. do Futebol(*) PCC 18 horas T. e Met. do Handebol(*) PCC 18 horas (*) O estudante dever eleger uma das disciplinas: DEF5843 ou DEF5844 Crd. 04 04 03 02 04 04 04 H/a 72 72 54 36 72 72 72 Pr-req. -
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Cdigos CFS5148 DEF5893 DEF5807 DEF5870 MEN5164 DEF5886 DEF5831 DEF5845 DEF5846
2 FASE Disciplinas Fisiologia Humana PCC 18 horas Aprendizagem e Controle Motor PCC 18 horas Fund. Scio-Antropolgicos da EF PCC 18 horas Seminrio Pedaggico em EF(**) PCC 18 horas Seminrio Pedaggico em EF(**) PCC 18 horas Fundamentos Terico-Metodolgicos do Lazer PCC 18 horas Teoria e Metodologia da Natao I PCC 18 horas T. e Met. do Basquete(**) PCC 18 horas T. e Met. do Futsal(**) PCC 18 horas (**) O estudante dever eleger uma das disciplinas de cada conjunto: (DEF5870 ou MEN5164) e (DEF5845 ou DEF5846) 3 FASE Disciplinas Adaptaes Orgnicas ao Exerccio PCC 18 horas Psicologia Educacional: Desenvolvimento e Aprendizagem PCC 18 horas Planejamento e Organizao de Eventos A PCC 18 horas Teorias da Educao PCC 18 horas Biomecnica PCC 18 horas T. e Met. do Volei(***) PCC 18 horas T. e Met. do Tnis(***) PCC 18 horas (***) O estudante dever eleger uma das disciplinas: DEF5847 ou DEF5848 Disciplina Eletiva I
Crd. 04 04 03 02 02 04 04 04 04
H/a 72 72 54 36 36 72 72 72 72
Pr-req. MOR5219 -
Crd. 04 03 04 04 03 04 04 03
H/a 72 54 72 72 54 72 72 54
186
4 FASE Disciplinas Ed. Fsica Adaptada PCC 18 horas Organizao Escolar PCC 18 horas Didtica Geral PCC 18 horas Fundamentos Terico-Metodolgicos da Dana PCC 18 horas Jogos e Brinquedos da Cultura Popular PCC 18 horas T. e Met. do Jud(****) PCC 18 horas T. e Met. da Capoeira(****) PCC 18 horas (****) O estudante dever eleger uma das disciplinas: DEF5849 ou DEF5850 5 FASE Disciplinas Medidas e Avaliao em Educao Fsica PCC 18 horas Metodologia do Ensino de Educao Fsica (*****) PCC 18 horas Metodologia do Ensino de Educao Fsica (*****) PCC 18 horas Ed. Fsica na Infncia PCC 18 horas Educao Fsica, Sade e Qualidade de Vida PCC 18 horas Teoria e Metodologia dos Esportes Adaptados PCC 18 horas Teoria e Metodologia dos Esportes de Aventura PCC 18 horas (*****) O estudante dever eleger uma das disciplinas: DEF5871 ou MEN5186 6 FASE Disciplinas Metodologia da Pesquisa em Educao Fsica PCC 18 horas Princpios de Conduta Profissional Estgio Supervisionado em EF I(******) Estgio Supervisionado em EF I(******)
Crd. 04 04 04 04 04 04 04
H/a 72 72 72 72 72 72 72
Pr-req. -
Crd. 04 04 04 04 04 04 04
H/a 72 72 72 72 72 72 72
Crd. 04 03 14 14
Disciplina Eletiva II (******) O estudante dever eleger uma das disciplinas: DEF5872 ou MEN5321
04
72
187
7 FASE Disciplinas Seminrio de Concluso de Curso I Seminrio Temtico em Educao e Processos Inclusivos PCC 18 horas Estgio Supervisionado em EF II(*******) Estgio Supervisionado em EF II(*******) Disciplina Eletiva III (*******) O estudante dever eleger uma das disciplinas: DEF5873 ou MEN5322
Crd. 04 02 14 14 04
Cdigos DEF5875
Crd. 04
H/a 72
DEF5899
Disciplina Optativa Atividades Acadmico-CientficoCulturais (********) (*******) O estudante dever desenvolver 240 horas de Atividades AcadmicoCientfico-Culturais, durante o curso, que ser regulamentado pelo Colegiado do Curso
04
72
ROL DAS DISCIPLINAS ELETIVAS Cdigos DEF5830 DEF5843 DEF5844 DEF5845 DEF5846 DEF5847 DEF5848 DEF5849 Disciplinas Teoria e Metodologia do Atletismo II PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Futebol PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Handebol PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Basquetebol PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Futsal PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Voleibol PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Tnis PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Jud PCC 18 horas Crd. 04 04 04 04 04 04 04 04 H/a 72 72 72 72 72 72 72 72 Pr-req. DEF5829 -
188
DEF5850 DEF5832 NTR5107 DEF5898 DEF5813 DEF5851 DEF5833 DEF5834 DEF5867 DEF5816 DEF5817 DEF5822 INE5119 PSI5415 DEF5876 DEF5879 DEF5880 DEF5881 DEF5882 DEF5883 DEF5888 DEF5891 DEF5836 DEF5889
Teoria e Metodologia da Capoeira PCC 18 horas Teoria e Metodologia do Natao II PCC 18 horas Nutrio e Ex. Fsico PCC 18 horas Biomecnica PCC 18 horas Cineantropometria PCC 18 horas Tpicos Avanados em Biomecnica PCC 18 anos At. Rtmicas e Expresso PCC 18 horas Informtica aplicada EF PCC 18 horas Corporeidade PCC 18 horas Atividade Fsica para Grupos Especiais PCC 18 horas Envelhecimento, Atividade Fsica e Sade PCC 18 horas Avaliao e Prescrio de Exerccios PCC 18 horas Introd. Bioestatstica PCC 18 horas Psicologia do Esporte e Exerccio PCC 18 horas Tpicos Avanados em Atividade Motora Adaptada PCC 18 horas EF Escolar e Sade PCC 18 horas Sade e Urgncias na Escola PCC 18 horas Ed. Fsica e Mdia PCC 18 horas Ed. Fsica e Tecnologias de Informao e Comunicao PCC 18 horas Gnero na Ed. Fsica PCC 18 horas Fundamentos Pedaggicos do Esporte Escolar PCC 18 horas Vivncias Corporais PCC 18 horas Teoria e Metodologia da Ginstica Esportiva PCC 18 horas Fundamentos Filosficos da Educao Fsica PCC 18 horas
04 03 03 03 04 04 04 04 04 03 03 03 04 03 04 04 04 04 04 04 04 04 04 03
72 54 54 54 72 72 72 72 72 54 54 54 72 54 72 72 72 72 72 72 72 72 72 54
DEF5831 MOR5219 -
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ANEXO H Programa de Ensino da Disciplina Educao Fsica na Infncia. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE DESPORTOS DEPARTAMENTO DE EDUCAO FSICA Campus Universitrio-Trindade 88.040-900 - Florianpolis - SC - Brasil Fone: (048) 3721-9462 - Fax: (048) 3721-9368 - e-mail: [email protected] _________________________________________________________________________ Curso: Licenciatura em Educao Fsica
PROGRAMA DE ENSINO Cdigo: DEF 5885 Disciplina: Educao Fsica na Infncia Carga Horria: 04 h/a semanais - 72 h/a semestrais (54 h/a terico/prticas e 18 h/a PCC) Pr-requisitos: DEF 5892 1. EMENTA Conceitos de criana e infncia. Caractersticas, necessidades e prioridades da criana. Natureza, propsitos, significados da Educao Fsica na infncia. Abordagens tericometodolgicas da Educao Fsica na Infncia. Anlise dos espaos e da cultura ldica com nfase nas possibilidades participativas, crticas e expressivas. Planejamento, orientao, organizao, desenvolvimento e avaliao dos componentes curriculares da Educao Fsica na Infncia. 2. OBJETIVO GERAL Compreender concepes e metodologias referentes Educao Fsica na Infncia que contemplem as aes pedaggicas na escola. 3. OBJETIVOS ESPECFICOS 3.1. Conhecer conceitos, caractersticas, necessidades, refletindo sobre criana e infncia, considerando o contexto scio-histrico-cultural; 3.2. Fornecer suporte terico e pedaggico para o ensino da Educao Fsica na Infncia; 3.3. Refletir sobre os espaos ldicos e as possibilidades de desenvolvimento da criatividade, expressividade e sensibilidade;
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3.4. Observar e refletir sobre as prticas pedaggicas no ensino da Educao Fsica na Infncia (Prticas Pedaggicas como Componentes Curriculares). 4. CONTEDO PROGRAMTICO 4.1. UNIDADE I 4.1.1. Aspectos scio-culturais do desenvolvimento histrico da criana. 4.1.2. Concepes e significados de infncia. 4.1.3. Caractersticas e necessidades e prioridades da criana. 4.2. UNIDADE II 4.2.1. Propsitos da Educao Fsica na Educao Infantil. 4.2.2. Abordagens terico-metodolgicas da Educao Fsica na Infncia. 4.2.3. A brincadeira como espao ldico de formao criativa, expressiva e sensvel. 4.3. UNIDADE III 4.3.1. Planejamento e elaborao de prticas pedaggicas em ambientes educacionais. 5. BIBLIOGRAFIA BSICA EDWARDS, C. As cem linguagens da criana. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1999. KAMII, C. e DEVRIES, R. Jogos em grupo na educao infantil: implicaes da teoria de Piaget. So Paulo: Trajetria cultural, 1991. KISHIMOTO, T.M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educao. So Paulo: Cortez, 1997. LOPES, M.G. Jogos na educao: criar, fazer, jogar. So Paulo: Cortez, 2001. ROSSETTI-FERREIRA, M.C. Os fazeres na educao infantil. So Paulo: Cortez, 2003.
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Campus Universitrio-Trindade 88.040-900 - Florianpolis - SC - Brasil Fone: (048) 3721-9462 - Fax: (048) 3721-9368 - e-mail: [email protected] _________________________________________________________________________
Curso: Licenciatura em Educao Fsica
PLANO DE ENSINO Cdigo: DEF 5885 Disciplina: Educao Fsica na Infncia Carga Horria: 04 h/a semanais - 72 h/a semestrais (54 h/a terico/prticas e 18 h/a PCC) OBJETIVO GERAL
Compreender concepes e metodologias referentes Educao Fsica na Infncia que contemplem as
aes pedaggicas na escola. OBJETIVOS ESPECFICOS - Conhecer conceitos, caractersticas, necessidades, refletindo sobre criana e infncia, considerando o
contexto scio-histrico-cultural; - Fornecer suporte terico e pedaggico para o ensino da Educao Fsica na Infncia; - Refletir sobre os espaos ldicos e as possibilidades de desenvolvimento da criatividade, expressividade e sensibilidade; - Observar e refletir sobre as prticas pedaggicas no ensino da Educao Fsica na Infncia (Prticas Pedaggicas como Componentes Curriculares).
CONTEDO PROGRAMTICO
UNIDADE I
- Aspectos scio-culturais do desenvolvimento histrico da criana. - Concepes e significados de infncia. - Caractersticas e necessidades e prioridades da criana.
UNIDADE II
- Propsitos da Educao Fsica na Educao Infantil. - Abordagens terico-metodolgicas da Educao Fsica na Infncia. - A brincadeira como espao ldico de formao criativa, expressiva e sensvel.
UNIDADE III
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Aulas expositivas Aulas prticas Seminrios Elaborao de trabalhos de pesquisa Atividades de observao dirigida e experincias de ensino
AVALIAO: - Relatrio de observao dirigida - Trabalho de Pesquisa: produo do conhecimento - Participao nas aulas - Resenha - Prova escrita RECUPERAO: Ser paralela ao perodo letivo no caso de pesquisas e resenhas. Provas e testes tero recuperao realizada na ltima semana do semestre letivo. BIBLIOGRAFIA BSICA EDWARDS, C. As cem linguagens da criana. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1999. KAMII, C. e DEVRIES, R. Jogos em grupo na educao infantil: implicaes da teoria de Piaget. So Paulo: Trajetria cultural, 1991. KISHIMOTO, T.M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educao. So Paulo: Cortez, 1997. LOPES, M.G. Jogos na educao: criar, fazer, jogar. So Paulo: Cortez, 2001. ROSSETTI-FERREIRA, M.C. Os fazeres na educao infantil. So Paulo: Cortez, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ARIS, P. Histria social da criana e da famlia. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. BASTIANI, M. L. Escola alternativa: pedagogia da participao. Florianpolis: Cidade Futura, 2000. SAYO, D.T. Infncia, prtica de ensino de Educao Fsica infantil. In: Vaz, A. F.; SAYO, D.T.; PINTO, F.M. (Orgs.) Educao do corpo e formao de professores: reflexes sobre a prtica de ensino de Educao Fsica. Florianpolis: Editora da UFSC, 2002. SAYO, D.T. A construo de identidades e papis de gnero na infncia: articulando temas para pensar o trabalho pedaggico da Educao Fsica na Educao Infantil. Pensar a prtica. Vol. 5, Jul/jun - 2001/2002, p. 1-14. SILVA, M. R. Recortando e colando as imagens da vida cotidiana do trabalho e da cultura ldica das meninas-mulheres e das mulheres-meninas da zona da mata canavieira pernambucana. Caderno CEDES 56 Infncia e educao: as meninas. Campinas: UNICAMP, 2002. GRUPO DE ESTUDOS AMPLIADO DE EDUCAO FSICA. A Educao Fsica na educao infantil. Diretrizes curriculares para a Educao Fsica no ensino fundamental
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e na educao infantil da rede municipal de Florianpolis/SC. Florianpolis: NEPEF/UFSC-SME, 1996. STEINBERG, Shirley. Kindercultura: a construo da infncia pelas grandes corporaes. In: SILVS, L. H. et al (org.) Identidade social e a construo do conhecimento. Porto Alegre: PMPA, p. 98-145. KISHIMOTO, T.M. Jogo, brincadeira e a Educao Fsica na pr-escola. Motrivincia. Florianpolis, Ano VIII, n. 09, 1996, p. 66-77. BROUGRE, G. Brinquedo e Companhia. 2.ed. So Paulo: Cortez, 2004.