Curso Completo Tecnica Vocal

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 27

4777

Erimilson Lopes Pereira


Curso Completo de
TCNICA
VOCAL
Brinde do site:
www.erimilson.hpg.com.br
Erimilson Lopes Pereira
Curso Completo de
TCNC! "#C!L
Erimilson Lopes Pereira
$%o Paulo & $P
' ()))(
brinde do site: www.erimilson.hpg.com.br
contato: erimilson*ibest.com.br
2
+! m,sica - t%o .orte /ue0 ainda /ue
as bocas se calem0 as ondas0 as
tempestades ou at- mesmo as
pedras cantam1.
Erimilson Lopes Pereira
I I - Introduo
Curso Completo de TCNC! "#C!L
Como 2oc3 esta2a plane4ando ler apenas este primeiro par5gra.o de introdu6%o
e pular imediatamente para o pr78imo capitulo & ningu-m l3 as introdu69es dos li2ros ::0 2ou
come6ar alertando /ue a aten6%o /ue 2oc3 de2er5 dar ao treinamento - o .ator principal e
determinante para o seu 38ito. Caso continue com essa pregui6a toda n%o chegar5 a lugar
nenhum.
"oc3 tem em m%os um trabalho e8tra;do de muito suor. Portanto0 .a6a 4us a ele
e repasse:o para outros com dedica6%o de /uem /uer e8pandir a m,sica e a cultura para
substituir toda essa ignor<ncia e 2iol3ncia /ue prospera em nossos dias.
Este curso - dirigido =/ueles /ue dese4am dei8ar de incomodar os ou2idos dos
outros. >uer aprender ou aper.ei6oar a 2o? e o canto para en.eitar o mundo l5 .ora. Esta - a
sua chance de e2oluir e at-0 /uem sabe0 impulsionar sua carreira musical ou mesmo aumentar
o n,mero do coral da sua igre4a. $e .or um da/ueles /ue s7 canta dentro do banheiro & tal2e?
temendo uma chu2a de tomates ::0 h5 dois caminhos@ le2ar a banheira para o palco ou ler e
seguir todo o conte,do deste material.
Tal2e? este4a se perguntando sobre sua condi6%o atual. +Eu tenho 2o?A Eu
posso melhorarA Eu conseguirei chegar perto de um Pa2arottiA1. ! menos /ue se4a mudo0
tenha .umado tanto /ue o cigarro tenha comido suas entranhas ou este4a muito b3bado0 -
pro252el /ue a resposta se4a +$B1 para as duas primeiras indaga69es. E /uanto = terceira0 eu
creio /ue n%o d3 a m;nima para 7pera. !h0 2oc3 - gagoA Cependendo do grau0 n%o tem
problema. nclusi2e Nelson Don6al2es Euma das 2o?es mais bonitas /ue 45 ou2iF era gago ao
.alar.
$er5 de e8trema ser2entia se 2oc3 ti2er algum conhecimento em algum
instrumento musical. Caso contr5rio0 sugiro /ue considere a possibilidade desde 45. E para sua
sorte0 dentro desde curso 2oc3 encontrar5 au8ilio para sua inicia6%o. Tomaremos por base tr3s
deles. ! saber0 teclado0 2iol%o e .lauta doce. N%o ter5 de aprender a tocar como um $i2uca ou
Germetto Paschoal Edois e8celentes instrumentistasF. Bastar5 apenas e8trair algumas notas
para medir com seu gog7. Coisa muito simples. Bas eu n%o impediria /ue /uisesse ser t%o
bom /uanto os meus colegas /ue citei.
$e 2oc3 ainda esti2er a; & e acordado :: le2e em conta estas dicas para melhor
apro2eitar este caderno:
Leia tudo com calma e aten6%o.
$e n%o ti2er captado uma instru6%o0 leia e releia at- /ue tudo .i/ue claro.
Heser2e duas horas di5rias para o treinamento.
Procure um lugar ade/uado Ecom con.orto0 silencio e pri2acidadeF.
Bantenha acess;2el um instrumento musical Esugerimos 2iol%o ou pianoF.
Caso este4a estudando em grupo :: o /ue - uma boa id-ia :: estabele6a um comando e
programa6%o homog3nea a todos.
Tenha em mente /ue cigarro0 bebida alco7lica e 5gua gelada s%o seus inimigos.
$e4a obediente ao programa deste curso. Cisciplina - uma grande 2irtude. $e n%o ler
tudo ou se abdicar dos e8erc;cios propostos nada conseguir5.
Estou con.iante /ue ter5 bom pro2eito deste curso. $er5 muito satis.at7rio pra
mim se receber seu e:mail di?endo do seu sucesso ou receber seu CC autogra.ado.
>ue Ceus te ilumine e conceda todo o /ue .or .a2or52el.
Erimilson Lopes Pereira
# autor
3
II II Voz; Corpo e Mente
Erimilson Lopes Pereira
:I # templo humano
$e algu-m lhe perguntar com /ue 2oc3 canta0 certamente 2oc3 dir5 /ue - com
a boca & e tal2e? nem responda a uma /uest%o t%o idiota. Ce .ato a indaga6%o - pertinente0
pois0 n%o cantamos apenas com a boca0 mas com o corpo e a mente.
sso /uer di?er /ue precisamos de uma boa condi6%o .;sica En%o me re.iro aos
m,sculos de $il2ester $tallone ou a cintura de Diselle BJnchenF e muita concentra6%o E/uem
sabe at- igual ao um mongeF.
# bom estado do corpo - imprescind;2el para uma per.ormance satis.at7ria.
N%o apenas da garganta0 mas todo o templo humano. ! come6ar pela postura. A coluna reta
uma exigncia elementar. Km grande n,mero de m,sculos interage /uando .alamos ou
cantamos. preciso /ue eles tenham sido preparados para um .uncionamento e8tenso. Por
esta ra?%o n7s adotaremos alguns e8erc;cios .;sicos para a/uecimento muscular. N%o
desconsidere essa pr5tica sob pena de pro2ocar tens%o muscular e limitar seu rendimento.
N%o - = toa /ue se ou2e di?er /ue +o homem canta com a alma1. !
concentra6%o - uma esp-cie de 2enera6%o0 uma e8press%o sentimental. Ci.;cil imaginar
algu-m cantar sem emo6%o ou pra?er. Com e.eito0 de2emos estar en2ol2idos com o canto
assim como o ator est5 para o personagem /ue representa. ! nossa a.ina6%o depende muito
dessa concentra6%o.
:( # canal 2ocal
"oc3 detesta aula de biologiaA Eu tamb-m0 mas...
"amos 2ia4ar um pouco na teoria cienti.ica e saber sobre o canal 2ocal. # som
produ?ido - e8teriori?ado pela boca e ainda pelo nariz & sim0 pelo nari?. # som - produ?ido e
/uali.icado por uma s-rie de elementos em nosso corpo.
# ar da nossa respirao - uma esp-cie de mat-ria prima. ele /ue ecoa
nossa 2o? atra2-s do es.or6o de alguns de nossos 7rg%os Edia.ragma0 pulm9es0 cordas
2ocais...F. Para /ue tudo isso saia per.eito0 necess5rio se .a? /ue os 7rg%os este4am com
sa,de.
recomend52el /ue se cante em p- e com a cabe6a le2emente erguida. !
e8plica6%o - /ue assim o dia.ragma trabalha melhor0 ou se4a0 acomoda mais e melhor0 o
o8ig3nio al-m do som sai reto pelo canal da garganta. "oc3 45 reparou isso nos coraisA
:L Hespira6%o correta
>uem n%o ou2iu a/uela cita6%o cl5ssica de marcha +Barriga pra dentro e peito
pra .ora1 na hora de respirarA !; est5 o mal:entendido. Na hora de inspirar (receber o ar) o
su4eito estu.a o peito e espreme as tripas .a?endo com /ue o dia.ragma se retraia impedindo
/ue o o8ig3nio entre tran/Jilamente. E depois para expirar (soltar o ar) /ue mal entrou0 ele
incha a barriga de nada & sem contar a careta /ue .a?.
! .orma correta de trabalhar a respira6%o - receber o ar Ede pre.er3ncia pelo
nari?F em boa /uantidade. Na hora de soltar o ar0 use o nari? Ee0 e2entualmente0 a boca /uando
.or cantarF.
# diafragma - um grande au8iliar para a respira6%o. Trata:se de um m,sculo
locali?ado pr78imo ao abdome /ue se estica e encolhe con.orme nossos impulsos. !o rela8ar0
ele abre a caixa torcica para guardar o ar e a .echa ao se encolher. # dia.ragma tamb-m
mo2imenta os pulmes, /ue por sua 2e? elimina o g5s carbono do corpo 4unto com o ar. Na
2erdade0 /uando inchamos ou retra;mos a barriga por pr7pria 2ontade0 - com ele com /uem
trabalhamos.
4
Curso Completo de TCNC! "#C!L
Portanto, na ora de inspirar, relaxe o diafragma para receber bem o
oxignio e o encola para expirar o ar !elo"
:4 Cad3 o gog7A
E tem gente /ue acha /ue n%o tem gog7. # /ue ocorre - /ue a garganta - um
dos mais sens;2eis lugares do corpo humano. sso por/ue - por /ue respiramos e ingerimos
comida e bebida & nem sempre com a /ualidade dese4ada. Cesta .eita0 a /ualidade do som
depender5 bastante da condi6%o .;sica do seu gog7.
#ordas !ocais s%o membranas Etecidos /ue en2ol2em os 7rg%osF sustentadas
pela laringe0 /ue 2ibram e produ?em e /uali.icam os sons no ato da e8pira6%o. $%o elas /ue
determinam o seu timbre 2ocal e a 2aria6%o dos tons entre gra!e (grosso) e agudo (fino).
Tamb-m os mo2imentos da .aringe0 l;ngua e da boca d%o caracter;sticas aos
sons. preciso0 portanto0 ter um certo dom;nio sobre elas.
Cuide bem do seu gog7:
E2ite 5lcool para n%o ressecar os 7rg%os.
Mu4a de comidas ou bebidas muito /uentes ou estupidamente geladas. G5 um limite de
temperatura aceit52el.
Cigarro - inadmiss;2el.
!cide? dos alimentos pode pre4udicar a parte bucal.
N%o grite 4amais. ! 2ibra6%o desordenada das cordas 2ocais dani.ica seu potencial.
Bantenha sua boca sempre hidratada. ! sede .a? estragos.
! ingest%o de bons alimentos Eespecialmente .rutasF a4uda a conser2a6%o bucal.
Km gargare4o de 5gua e sal Euma pitadinha de nadaF regularmente .unciona como
soro. !ten6%o@ nada de sal em e8cesso0 conha/ue ou 2inagre. Caninha NI tamb-m
nem pensar.
:N $e liga nessa
# grande maestro do nosso corpo - o crebro e dele parte todos os impulsos
EordensF a serem obedecidos pelos 7rg%os. Conclus%o0 o estado de esp$rito - .ator
determinante na hora de soltar a 2o?. Ent%o0 2oc3 ter5 di.iculdades em entrar no palco sabendo
/ue seu cunhado bateu com seu carro. Co mesmo modo0 n%o .aria melhor se soubesse /ue
acertou o grande pr3mio da mega:sena Ee /uem iria ao palco depois de um pr3mio dessesAF.
Como 45 dissemos0 a concentrao de.ine a afinao. sso por/ue a distra6%o
.a? o c-rebro perder o controle da 2ibra6%o das cordas 2ocais & /ue - coisa muito sens;2el.
!l-m do mais0 se as cordas n%o .orem bem adestradas n%o produ?em o som esperado. Por
isso /ue tem gente /ue n%o tem a.ina6%o@ n%o tem controle sobre os 7rg%os.
$e 2oc3 - um deles e /uando /uer cantar um +!1 sai um +O10 es/ue6a seu
passado e se prepare para sua no2a carreira.
5
Aula Aula
Erimilson Lopes Pereira
Aquecimento fsico
"oc3 45 conhece o 2alor do seu corpo para a 2o?. Por esta ra?%o0 iniciemos a
aula pr5tica com e8erc;cios de alongamento e rela8amento. %se roupas le!es e folgadas
para no dificultar os mo!imentos"
1. Alongamento& de p-0 le2ante os dois bra6os e 25 se esticando sua2emente para cima
como se /uisesse alcan6ar uma corda /ue est5 um pouco acima de sua cabe6a. Bantenha
os p-s bem .i8os no ch%o. Ce I a L minutos Esugest%o: pendure um cacho de u2a no tetoF.
2. 'elaxamento& mo2imente os bra6os e as pernas li2re e sua2emente para ati2ar melhor a
circula6%o sangJ;nea e a/uecer a muscula6%o Ed3 chutes curtos no 2ento e simule
nata6%o0 por e8emploF. Ce L a N minutos.
3. 'espirao& con.orme os padr9es te7ricos aplicados anteriormente0 trabalhe sua
respira6%o e apro2eite para entrar em estado de concentra6%o m58ima. Procure sentir o ar
entrando e se espalhando em seu corpo atra2-s do sangue. Trabalhe os impulsos
cerebrais para as partes do seu corpo Ecomo le2es mo2imentos dos dedos das m%os e
p-sF. Ce ( a L minutos.
4. Acorde o diafragma& se 2oc3 leu todo o capitulo anterior Edu2idoF sabe da rele2<ncia
deste m,sculo. Portanto0 2amos desen2ol2er ainda mais suas ati2idades@ inspire e e8pire
rapidamente dando sopapos no dia.ragma como se esti2-ssemos bombardeando o
abdome. Ce I a ( minutos.
5. A(uecimento muscular do pescoo& abai8e completamente a cabe6a Ecoluna reta0 por
gentile?aF e comece a ergu3:la 2agarosamente at- onde puder0 en/uanto inspira. $egure o
ar por /uanto tempo puder e des6a a cabe6a e 25 soltando o ar de2agar. $incroni?e o
tempo do mo2imento com a respira6%o. #u se4a0 o tempo do mo2imento de2e ser igual ao
da respira6%o. "5 retardando o tempo do mo2imento e da respira6%o aos poucos at-
alcan6ar a m-dia de L) segundos para le2antar a cabe6a Ee inspirarF0 I) para prender o ar
e L) para abai8ar a cabe6a Ee e8pirar o arF. !TENPQ#: obser2e sua capacidade. $e der
para prolongar mais ainda o tempo0 .a6a:o. Co contr5rio0 diminua o limite. E8ecute de N a
I) 2e?es nesse sentido e depois in2erta a ordem do mo2imento e a respira6%o.
6. A(uecimento muscular do pescoo ))& semelhante ao e8erc;cio acima0 sincroni?e a
respira6%o de acordo com os mo2imentos do pesco6o. Entretanto0 tro/ue o mo2imento
2ertical pelo hori?ontal Eda direita para a es/uerda e 2ice:2erseF@ ponha a cabe6a no limite
/ue ela se mo2e para um lado e 25 2irando para o outro trabalhando a respira6%o.
7. Acionamento bucal& .a6a mo2imentos com a boca Ecaretas mesmoF para acionar a
musculatura da boca@ abrindo e .echando0 esticando para os lados0 etc.
Esses e8erc;cios de2em ser e8ecutados a cada aula pr5tica ou de ( a L 2e?es por semana.
Cad3 as aulas pr5ticas de cantoA Prometa na pr78ima.
6
III III Propriedades da Voz
Curso Completo de TCNC! "#C!L
:I $om e tonalidade
*om - tudo /uanto podemos escutar & inclusi2e o estralo do cabo de 2assoura
da mulher /uando o cara chega tarde em casa. ! 2o? humana /uando .alada0 o barulho de um
motor ou um tro2%o s%o sons simples e puros. Bas e8istem alguns sons com uma
particularidade especial@ tonalidade. $ons com uma 2aria6%o de tom tornam poss;2el a
e8ist3ncia da B,sica. $em a di.eren6a de tons n%o h5 melodia.
>uando .alamos n%o emitimos tonalidade e0 no entanto0 cantamos ao produ?ir
sons com a 2aria6%o de tons.
:( Timbre
a identidade sonora. Ningu-m - capa? de con.undir o piano de um placa de
?inco sendo arrastada. Portanto0 cada som teu seu timbre e ele - /uem caracteri?a cada som.
# timbre - /uem di.ere o som de uma guitarra de um 2iolino0 mesmo /ue eles
to/uem o mesmo tom. Tamb-m ser2e para distinguir a 2o? de uma pessoa. Considere ainda
/ue0 por parecidas /ue se4am duas 2o?es0 h5 discrimina6%o t-cnicas entre elas. N%o - = toa
/ue e8istem muitos e/uipamentos de seguran6a por reconhecimento da 2o?.
:L Clare?a
En/uanto tem tanta gente /uerendo aprender a cantar h5 outras /ue0 se /uer0
sabem .alar. Kma propriedade .undamental da 2o? - a clari2id3ncia. $e 2oc3 .ala e por tr3s
2e?es a outra pessoa n%o entende e pede para repetir n%o /uer di?er necessariamente /ue ela
se4a surda. "oc3 pode n%o estar pronunciando bem o /ue .ala. "e4a essa:
Cois su4eitos /ue n%o se entendiam se cru?aram:
:: #i Mulano0 tu 2ais pescarA
:: N%o Cicrano0 eu 2ou pescar.
:: !h bom. Eu pensei /ue .osse pescar.
$e bem /ue nesse caso0 os dois eram surdos mesmo.
:4 !prenda a .alar
Ci?em /ue carioca - t%o pregui6oso /ue nem .ala a pala2ra toda. Ciscordo
disso por/ue n%o s%o apenas os cariocas.
# .ato - /ue de2emos ter mais /ualidade ao pronunciar os 2erbetes. C3
aten6%o especial a todas as silabas para /ue .i/ue claro o /uer di?er. Enrolar a .ala - pr5tica de
/uem es/ueceu a letra da m,sica na hora do show. No entanto0 a clare?a - um dos /uesitos
a2aliados nos calouros.
Cuidado para n%o .a?er a 4un6%o de duas ou mais pala2ras na hora de .alar.
sso pode deturpar o signi.icado da mensagem. Espie essa cl5ssica cantada Ee .uncionaF:
, meu bem; meu corao por ti gela!.
Pronuncie as ultimas pala2ras 4untas e con.ira o resultado Eum belo .oraF.
!ten6%o especial com pala2ras iniciadas com 2ogal. No caso de +!m-rica10 por
e8emplo0 separe bem o +!1 de +me1. R5 em +!mbr7sio1 - di.erente@ separe +!m1 de +br71.
Pala2ras terminadas em +te1 n%o s%o iguais /ue as terminadas com +t1. No
primeiro caso o +e1 de2e soar bem0 en/uanto /ue no outro o som - r5pido e /uase
7
Erimilson Lopes Pereira
impercept;2el. E8emplos@ +carinhosamente e +pierrot. !li5s0 letras consoantes como d0 .0 p0 t0
e 2 isoladas no .im da s;laba n%o de2em ser pronunciadas como s%o .aladas no al.abeto. No
!BC lemos 2 como +231. Por-m0 na pala2ra TchaiSo2sST seu som - um +21 r5pido. !
onomatop-ia Erepresenta6%o escrita dos sonsF +??????1 n%o de2e ser lida como +?3?3?3...1.
!penas como o som seco de ? prolongadamente.
Em geral0 respeitando a di2is%o sil5bica0 procure .alar mais ou menos
articuladamente. #u melhor0 ar:ti:cu:la:da:men:te. sso 2ale para /uando .or cantar tamb-m.
Pala2r9es Epala2ras enormesF de2em ser ligeiramente di2ididos em duas ou
tr3s silabas na hora de serem pronunciadas. E8. +Tessalonicenses1 pode lido com uma di2is%o
bem r5pida em +Tessa:lloni:censes1.
:N "olume
>uando di?emos +Male mais alto1 En%o es/ue6a do +por .a2or1F0 estamos
pedindo para /ue o outro aumente o !olume do som. Contudo0 na m,sica Ecom sons 2ari52eis
de tonalidadeF alto e bai8o di? respeito a gra!e e agudo E2eremos isso mais tardeF. Nesse
caso de2emos especi.icar +mais 2olume1 ou +menos 2olume1.
# 2olume da 2o? esta atrelada diretamente = .or6a com /ue 4orramos o ar boca
a .ora. Ca; a necessidade de uma boa respira6%o e conser2a6%o dos 7rg%os internos.
Cada um tem seu limite para o 2olume. +o force ,amais o !olume da sua
!oz" +em ao cantar, nem ao falar" Bas - poss;2el dar mais consist3ncia a ela com o decorrer
do treinamento ade/uado0 buscando o /ue 2oc3 tem e n%o desen2ol2eu.
:U "aria6%o do tom
Em torno do som gra!e EgrossoF e agudo E.inoF constru;mos a melodia0 ou
se4a0 a m,sica em si. E8iste0 portanto0 uma escala de tonalidades representadas por notas
musicais com padr%o internacional a serem e8ecutadas por instrumentos ou pela 2o? humana.
#antar consiste em representar fielmente (no es(uea disso) as notas musicais
estabelecidas na melodia. Para tanto0 - mister dominar a 2o?.
Para saber a import<ncia dessa 2aria6%o0 pegue uma m,sica Epode ser
+Parab-ns pra 2oc31F e cante numa nota s7 e 2e4a se agrada & 2eri.i/ue se n%o tem ningu-m
estranho por perto.
Aquecimento fsico
Ma2or reali?ar os e8erc;cios de a/uecimento .;sico passados na aula pr5tica
anterior. $7 ap7s prossiga. N%o se4a teimosoV
8
Aula Aula
Curso Completo de TCNC! "#C!L
Aquecimento vocal
Esses e8erc;cios ser2em para desen2ol2er o controle 2ocal dos sons.
important;ssimo para o desenrolar da 2o?. +o ignore a boa postura e tambm este,a bem
idratado (com gua natural)"
1. -o$do& .eche a boca e comece soando som +hummmmm1 igual a uma 2aca pregui6osa.
Note /ue o som Egra2eF .ica arma?enado na .aringe Eca2idade no come6o da gargantaF.
nicie com um tempo de I) segundos para o som0 pare0 respire .undi e recomece
aumentando o tempo de e8ecu6%o do som. I) 2e?es.
2. .onfom& o mesmo e8erc;cio acima0 desta 2e?0 tra?endo o som para o nari?.
3. *taccato& 2amos repetir o e8erc;cio I e ( em staccato E2oc3 n%o sabe o /ue - staccatoAF.
>uer di?er0 som cortado em se/J3ncias r5pidas e .ortes. +Gum... hum... hum... hum1. Kse o
dia.ragma para impulsionar o som.
4. Pianino& - semelhante ao staccato0 mas com uma di.eren6a@ soe bai8inho.
5. /xerc$cio )& agora de boca aberta0 trabalhe nos moldes acima um +psiu1 com o som de
+ssssssss1. I) 2e?es normal e I) staccato.
6. /xerc$cio ))& ainda seguindo o modelo anterior0 e8ecute +W??????????1. I) 2e?es normal e
I) em staccato.
7. /xerc$cio )))& 2amos trabalhar o 2olume calculando o tempo de e8ecu6%o e di2idindo em
dois@ do ?ero para o mais alto poss;2el e da; para o ?ero no2amente. #u se4a0 25
aumentando o som e depois o diminuindo. Ma6a duas 2e?es com cada som 45 treinado.
8. /xerc$cio )0& agora para rela8ar0 produ?a o som +M.......1 semelhante a um pneu 2a?ando
ar. Em seguida0 uma chu2a@ +X888888881 e .inalmente0 uma metralhadora@ +Hrrrrrrr1. Para
este ,ltimo0 colo/ue e tremule a l;ngua no c-u da boca. N 2e?es cada.
Eerccio !e fonolo"ia
Procure pronunciar bem os te8tos a seguir:
12 sapo sabia (ue a sapa soube (ue se sabi soubesse saber (ue
ser seria sabido se ser sbio3"
1Apapiru ,adad irab ramt" / coso mular terbi, 4calab,iad4 rifar
teer" -o,eri5itu ra,a caluber ati ,i!, e pot unire (al deliatib3"
OBS: Perdoe se algum vocbulo do ultimo te!to "or algum palavro em algum idioma #ue voc$ co%&ea.
'eve em co%ta mi%&a ig%or(%cia. )rar*se ape%as de um +ogo de silabas criadas para tri%ar a
articulao.
":I Escala das notas
+otas musicais representam a tonalidade E2aria6%o gra2e:agudoF dos sons.
Para um 2ocalista pro.issional & ainda /ue tenha medo de instrumentos & conhece:las -
/uest%o de .isiologismo. #u aprende ou n%o - cantor /ue se pre?e.
# padr%o internacional estabelece sete notas chamadas de tom inteiro e mais
N semitons chamados de sustenidos e bem6is"
#
IV IV Notas Musicais
Erimilson Lopes Pereira
Para sua compreens%o0 comecemos com o /ue toda crian6a de dois anos na
Para;ba sabe: as notas inteiras. #bser2e ainda a ordem da 2aria6%o gra!e7agudo:
C7 H- Bi M5 $ol L5 $i
DH!"E !DKC#
Comparando as tonalidades0 2emos /ue ' - mais agudo /ue 86 e mais gra2e
/ue -i. #u se4a0 na medida em /ue escala cresce cada nota seguida se torna mais .ina.
$7 /ue ao in2-s de escre2er o nome das notas0 con2encionou:se usar letras
para representa6%o gr5.ica. Escre2emos as letras e lemos o nome original delas. "e4a abai8o0 a
tabela das letras0 agora come6ando por L5:
L5 $i C7 H- Bi M5 $ol
! B C C E M D
!contece /ue entre esses tons EnotasF e8istem outros semitons. Eles poderiam
receber outros nomes Epor e8emplo0 +T510 +N71 ou /uem sabe0 meu nomeF. Por-m0 os doutores
da m,sica pre.eriram associa:los =s notas inteiras. Hesultado@ surgiu o sustenido (9) Esemitom
relati2o meio:tom = .rente da nota inteiraF@ e o bemol (b) Esemitom relati2o meio:tom atr5s da
nota inteiraF.
Portanto0 encontrando semitons entre as notas # e 80 2amos cham5:los de:
C CY Cb C
>uer di?er /ue depois da nota # EC7F 2em o semitom #9 EC7 sustenidoF. Em
seguida0 8b EH- bemolF /ue - o semitom antecessor de 8 EH-F.
Besmo entre uma nota inteira e um semitom e8iste outra 2aria6%o sonora0 mas
.oram ignoradas. Na 2erdade0 os dois semitons Esustenido e bemolF .oram agrupados numa s7
nota. E8istente entre dois tons inteiros. Elas recebem os dois nomes relati2os aos seus
2i?inhos. No caso anterior0 #9 e 8b .ormam uma mesma nota Eentre # e 8F. R5 n%o s%o mais
dois semitons0 mas uma nota tanto sustenida Eem rela6%o = nota anteriorF e ao mesmo tempo
bemol Eem rela6%o = nota seguinteF.
Es/ue6a os outros semitons. "oc3 s7 ter5 /ue aprender a escala completa das
notas. #bser2e abai8o:
Note /ue a se/J3ncia /ue termina em : E$olF recome6a em A EL5F. sso
por/ue a escala cont$nua.
E8iste uma tonalidade padr%o para as notas. Cesta .orma0 a altura de # em um
piano - a mesma em um 2iol%o ou na 2o? humana. Essa medida som padr%o de recebe o
; < = > ? @ A B C ;D ;; ;<
A
A9
E #
#9
8
89
/ .
.9
:
:9
Eb 8b /b :b Ab
1$
Curso Completo de TCNC! "#C!L
nome de diapaso. Tamb-m - chamado de diapas%o um instrumento /ue emite uma ou mais
notas da altura padr%o /ue ser2e como base para a.inar um outro instrumento E2iol%o0 por
e8emploF.
Ci?:se /ue uma pessoa dotada de diapaso /uando ela tem em mente e
canta a tonalidade original da nota. E8plicando melhor@ ela canta . no som padr%o de ..
!prenderemos a guardar o diapas%o de cabe6a bre2e. No entanto0 - necess5rio ter de onde
e8trair o som /ue ser2ir5 como base. Para isso n7s estudaremos a estrutura das notas em
alguns instrumentos.
":( Teclado Eou pianoF
nstrumentos de teclas emitem sons correspondentes a uma nota para cada
tecla. # teclado - composto por 25rias oita!as. #ita2a - um con4unto de oito notas inteiras Ede
7um C7 a outro C7F representas pelas teclas inferiores EbrancasF. Hepare:
!s teclas superiores EpretasF s%o os sustenidos e bem7is. !ssim0 entre as
teclas de 8 e / tem a tecla do semitom 89 e /b. #bser2e a gra2ura:
Espie na .igura abai8o a representa6%o de um teclado de 4 oita2as:
Cada tecla tem ent%o a sua identidade /uanto a sua nota e /uanto = oita2a.
Ent%o0 o 8 depois do #< - o H- da (
a
oita2a0 ou se4a0 o segundo 8<. !gora 2oc3 45 sabe e8trair
as notas de um teclado.
Tocando nas teclas - poss;2el identi.icar a di.eren6a entre o som de cada uma.
Pela 2aria6%o de tonalidade0 o som 2ai .icando cada 2e? mais .ino na ordem crescente das
notas. Ent%o0 cada tecla = direita - mais aguda /ue a anterior. # mesmo acontece com as
notas iguais@ o #; - mais gra2e /ue o #<.
":L "iol%o
!l-m de ser o mais popular0 o 2iol%o - de uma bele?a ac,stica inigual52el. #
som - e8ecutado a partir da 2ibra6%o das cordas /ue selecionam as notas /uando
pressionadas con.orme a ordem das casas no bra6o do instrumento.
11
Erimilson Lopes Pereira
#lhando a .igura ao lado0 2emos a distribui6%o das cordas e das casas
do bra6o do 2iol%o.
!s cordas s%o enumeradas de I a U come6ando de bai8o pra cima &
das cordas mais .inas para as mais grossas.
!s casas s%o separadas pelos trastes e enumeradas na ordem da do
cabe6alho = boca do 2iol%o. !s cordas tocadas soltas correspondem a
casa ?ero. !pertando:as depois do primeiro traste passam a ser da
primeira casa e assim sucessi2amente. ! tonalidade tamb-m segue essa
ordem. >uanto mais alta .or a casa mais .ino ser5 o som.
!TENPQ#: aperte as cordas com a cabe6a do dedo e dentro casa e
n%o sobre o traste.
! distribui6%o das notas no 2iol%o come6a das cordas soltas Ecasa ?eroF e
cresce com a numera6%o das casas. E8emplo@ a primeira corda solta - /. Na casa I ser5 .0 na
outra casa .9F:b0 depois :0 :9FAb0 A e etc.
"e4a a escala at- a oita2a casa ilustrada abai8o:
Hepare /ue a ordem das notas - in2ersa. Ela cresce no agudo 2oltando para a
boca do 2iol%o. Note tamb-m /ue .icaram algumas casas sem notas. Pois .i/ue sabendo /ue
elas t3m notas sim e s%o os sustenidos e bem7is. Por e8emplo0 a nota da corda I na casa ( -
.9 e :b.
Para simplificar a descrio de cada nota, !amos usar a letra da nota e
mais um nGmeroH o primeiro para a corda e o seguinte para a casa" #ombinado assim, a
nota #=? ser # na corda = e casa ?" A nota 8 da (uarta corda solta (casa zero) ser 8>D"
$e 2oc3 ainda n%o dormiu com a leitura0 de2e ter notado a grande /uantidade
de notas /ue o 2iol%o tem. $7 at- a oita2a casa & con.orme a .igura acima ::0 encontramos N
notas /. Bas isso n%o /uer di?er /ue s%o tantas oita2as /uanto - o n,mero de notas0 pois0 h5
notas iguais de uma mesma oita2a em di.erentes cordas.
Pra ser e8ato0 come6ando da nota mais gra2e /@D0 seguimos at- a /uinta casa e
descemos para a corda abai8o. !s notas0 a partir desta casa0 ser%o semelhantes =s casas da
corda abai8o. E8emplo0 A@? e A?D, A9@@ e A9?;. $eguindo nesta corda0 alcan6amos a nota
8?? e descemos para 8>D e assim por diante.
!gora 2oc3 tamb-m 45 sabe onde est%o as notas no 2iol%o.
12
/I%)0AJ/+#)A 8/ +2KA* /+K'/ )+*K'%-/+K2*

Keclado Z /< .< :< A< E< #= 8= /= .= := A= E= #> 8> /> .> :> A>
0iolo L /@D .@; :@= A@? E?< #?= 8?? />< .>= :>? A=< E=> #<; 8<= /<? .;; :;= A;?
2u L 77 77 77 A?D E@A #@B 8>D /?A .?B :=D A>A E<D #=? 8=A /;D .<@ :<B A=D
Curso Completo de TCNC! "#C!L
":4 Mlauta Coce
Nem teclado nem 2iol%oA Tudo bem. "amos de .lauta doce. M5cil de tocar0
transportar e - encontrada at- nas lo4inhas de H[ I0\\. "e4a como - a estrutura das notas em
.lauta doce:
"e4a o modelo da .lauta na gra2ura acima e0 ao lado0 a
simbologia de como se comportam os buracos na
representa6%o das notas.
] es/uerda0 olhe como usar as m%os
para apertar os ori.;cios do canudo
musical. Perceba tamb-m /ue o .uro
traseiro da .lauta - apertado E/uando
ordenadoF pelo polegar direito.
!gora conhe6a algumas notas na .lauta.
":N Belodia e acompanhamento
! melodia - a parte e8pressa da m,sica. ! parte cantada E2o? principalF - a
e8press%o da pr7pria musica0 portanto0 a melodia. Por sua 2e?0 o acompanamento - o som
de .undo .eito com acordes. !corde - uma uni%o de 25rias notas predeterminadas /ue .ormam
uma posi6%o. # acompanhamento pode ser recheado de introduo, solo e arran,os.
Podemos citar um e8emplo dessa separa6%o na can6%o +C#B# DH!NCE #
BEK !B#H P#H "#C^1 de Hoberto Carlos. Ela tem um acompanhamento completo Ebateria0
contra:bai8o0 guitarra0 etc.F e se inicia com uma introdu6%o em .lauta. Em seguida entra a
melodia com a letra cantada sobre a se/J3ncia de acordes do acompanhamento. Curante a
melodia0 a .lauta 2olta a aparecer com pe/uenos arran4os. No .im da letra0 2em o solo0 tamb-m
em .lauta0 isolado com o acompanhamento. Cepois do solo0 a melodia - repetida no 2erso
+Nem mesmo o c-u...1.
Pois essa melodia uma se(Mncia de notas (ue de!e ser executada
,unto com as pala!ras" -elor dizendo, cantada"
Normalmente0 cada silaba recebe uma nota. "e4a:
+EK TE & NG# T!N & T# PH! LGE M! : L!H...1
E E 8 8 # A # A # ENotas musicaisF

Bas pode acontecer de duas ou mais silabas serem ane8adas numa s7 nota. Hepare:
13
Erimilson Lopes Pereira
+C# & -2 N DH!N : CE # BEK ! : B#H...1
: / : / / : / 89
#u ainda0 /ue uma ,nica silaba se4a .le8ionada em duas ou mais notas. Tire a pro2a
cantando esse 2erso do cl5ssico +!$! BH!NC!1 de Lui? Don?aga:
+EK PEH & DKN & K/ 7 /) ! CEK$ C# CK K!...1
: : A E 8 8 E A : #
":U Potencia 2ocal
Entre o homem e a mulher h5 mais di.eren6as do /ue o peito cabeludo e o
bigode. ! 2o? natural do masculino - um ou duas oita2as mais bai8a Egra2eF /ue a delas.
Podemos di?er /ue o eles cantam na .ai8a da primeira para a /uarta oita2a e elas dentro da
segunda para a /uinta oita2a0 con.orme a potencia de cada um.
>uando o homem tem a 2o? super gra2e0 ele .atalmente se en/uadra dentro da
categoria baixo. Para cantar0 ele alcan6a em torno da primeira at- a segunda oita2a. !
categoria m-dia - chamada de bar$tono. #s sopranos alcan6am entre a segunda = /uarta
oita2a. ! terceira classi.ica6%o - o tenor. Neste caso0 os dotados dessa classe s%o mais
agudos e cantam no tom semelhante aos das damas0 al-m de alcan6arem tamb-m as oita2as
dos bar;tonos.
! classi.ica6%o das 2o?es .emininas come6a com contralto para a/uelas /ue
tem 2o? de macho e .ala grosso. Na hora de cantar0 elas utili?am:se da segunda para a terceira
oita2a. ! categoria intermedi5ria - conhecida como semi7soprano. Nestas condi69es0 as
medianas cantam na .ai8a da terceira para /uarta oita2a. !s poderosas da terceira classe
seguem a ordem do grau soprano. !s cantoras desse n;2el cantam da terceira para al-m da
/uinta oita2a.
Cada categoria canta em torno de de?oito notas inteiras0 o /ue - /uase tr3s
oita2as. Como uma melodia normalmente - escrita com notas /ue 2ariam entre duas oita2as0
isso /uer di?er /ue0 ade/uadamente0 uma pessoa pode cantar /ual/uer m,sica. >uando digo
+ade/uadamente1 me re.iro a usar as notas apropriadas para cada 2o?. !ssim0 se numa
m,sica0 a mulher usar as notas C0 C0 E0 M e D da /uinta oita2a0 a 2o? masculina .atalmente n%o
conseguir5 cantar essa melodia com este tom t%o agudo. Bas se ele pegar essas mesmas
notas e transportar para uma oita2a menor ele certamente cantar5 a mesma m,sica certinho.
"amos tentar .a?er isso@ 2e4a alguns 2ersos da m,sica +!$! BH!NC!1 com as
notas ade/uadas para cada se8o. To/ue no instrumento e depois cante na oita2a apropriada:
+>K!N:C# #:LGE ! TEH:H! !H:CEN:C# _ >KQ# M#:DKE:H! CE $Q# R#Q#1
C C E D D E M M C C E D D M E
Portanto0 na pr5tica0 n%o importa ser bar;tono0 tenor ou soprano. Em /ual/uer
situa6%o 2oc3 pode cantar corretamente as suas can69es pre.eridas.
Tamb-m - 2erdade /ue e8iste tenha uma potencia e8traordin5ria capa? de se
en/uadrar em duas categorias ao mesmo tempo0 trocando em mi,dos0 /ue canta notas
superiores a tr3s oita2as. Com isso0 ele tem condi69es de imitar 2o?es masculinas e .emininas
per.eitamente. Bas n%o .i/ue com in2e4a n%o por/ue isso n%o - muita 2antagem0 se o /uer -
apenas cantar.
14
Curso Completo de TCNC! "#C!L
Aquecimento fsico
Comece com o e8erc;cio de a/uecimento .;sico descrito anteriormente.
Aquecimento vocal
Ma6a o a/uecimento 2ocal /ue 45 aprendeu.
%ual & a sua potencia'
>ual - a capacidade da sua 2o?A $er5 /ue 2oc3 - um Pa2arotti ou um Louis
!rmstrongA $ua 2o? - .ina ou grossaA >ue notas e /ue oita2as 2oc3 alcan6aA Ma6amos o teste
com o au8;lio de um instrumento Eteclado ou 2iol%oF.
PA'A O2-/-
15
Aula Aula
Erimilson Lopes Pereira
To/ue e ou6a bem a nota E E/= teclado e />< 2iol%oF e tente cant5:la. $oa
con.ort52elA `timo. !gora 2amos medir a sua capacidade at- o limite mais gra2e. To/ue e
cante diminuindo uma nota inteira0 ou se4a0 engrossando uma nota. Be6a e anote at- /ue nota
gra2e 2oc3 alcan6a :: sem forar.
Teclado Z /= 8= #= E< A< :< .< /< 8< #< E;
"iol%o Z />< 8?? #?= E?< A@? :@= .@; /@D
!gora 2amos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.
Teclado Z /= .= := A= E= #> 8> /> .> :> A> E> #? 8@
"iol%o Z />< .>= :>? A=< E=> #<; 8<= /<? .;; :;= A;? E;A #;B 8<D
PA'A -%JO/'
To/ue e ou6a bem a nota B EE= teclado e E=> 2iol%oF e tente cant5:la. $oa
con.ort52elA `timo. !gora 2amos medir a sua capacidade at- o limite mais gra2e. To/ue e
cante diminuindo uma nota inteira0 ou se4a0 engrossando uma nota. Be6a e anote at- /ue nota
gra2e 2oc3 alcan6a :: sem forar.
Teclado Z E= A= := .= /= 8= #= E<
"iol%o Z E=> A=< :>? .>= />< 8?? #?= E?<
!gora 2amos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.
Teclado Z E= #> 8> /> .> :> A> E> #? 8? /? .? :?
"iol%o Z E=> #<; 8<= /<? .;; :;= A;? E;A #;B 8<D /<< .<=
(oan!o notas
"amos soar uma se/J3ncia de notas para come6ar a treinar a 2o?. Kse a
oita2a ade/uada para sua 2o?0 come6ando pela mais gra2e. Por e8emplo0 o bar$tono come6a
por #= P #?= e a soprano por #> P #<;. To/ue as notas0 escute:as bem e cante.
;
a
*e(Mncia&
aF To/ue as notas@ # 8 / . / 8 # Eapro8imadamente ( segundos para cada notaF.
bF Pegue o som 13 e cante a se/J3ncia de notas acima Ecom o mesmo tempoF.
cF !gora repita a se/J3ncia uma 2e? para cada estilo@ normal0 mo$do, fonfom, staccato e
pianino.
16
'/*%JKA82
Eaixo alcan6a abai8o de .< 7 .@; como limite gra2e e 2ai at- os agudos
#> P #<;.
Ear$tono canta naturalmente entre os gra2es perto de E< P E?< e topa no
limite agudo pr78imo de A> P A;?.
Kenor come6a perto da nota gra2e #= 7 #?= e tem limite agudo superior =
#? P #;B.
'/*%JKA82&
#ontralto alcan6a abai8o de /= P />< como limite gra2e e 2ai at- os
agudos :> P :;=.
*emi7soprano canta naturalmente entre os gra2es perto de := P :>? e
topa no limite agudo pr78imo de #? P #;B.
*oprano come6a perto da nota gra2e A= P A=< e tem limite agudo
superior = .? P .<=.
Curso Completo de TCNC! "#C!L
DostouA Ent%o repita o e8erc;cio trocando o som de 13 por 1a3, 1Q3, 163, 1i3 e 1u3.
<
a
*e(Mncia&
Hepita o e8erc;cio anterior0 dessa 2e? trocando a se/J3ncia descrita acima por esta
no2a@ 8 / .9 : .9 / 8.
=
a
*e(Mncia&
Co mesmo 4eito0 agora com a se/J3ncia@ / .9 :9 A :9 .9 /.
>
a
*e(Mncia&
dem com essa se/J3ncia@ . : A Eb A : ..
?
a
*e(Mncia&
No2amente uma outra se/J3ncia@ : A E # E A :.
@
a
*e(Mncia&
Est5 acabando@ A E #9 8 #9 E A.
A
a
*e(Mncia&
E a saidera@ A E #9 8 #9 E A.
":I "oc3 - espertoA
$e 2oc3 - uma pessoa atenciosa & e cumpre a recomenda6%o de .a?er
direitinho os e8erc;cios ::0 de2e ter percebido uma coisa interessante no ,ltimo e8erc;cio@ as
notas .oram alteradas de uma se/J3ncia a outra0 mas o som con4unto da se/J3ncia Ea melodia
da se/J3nciaF era muito parecido & ou melhor0 igual. !penas ha2ia uma pe/uena 2aria6%o de
tonalidade.
Por acaso se troc5ssemos o som das letras por um 2erso0 ter;amos uma
melodia de pala2ras cantadas. "amos supor /ue a composi6%o .osse:
1/% 02% P'A JR / P'A #R3
C C E M E C C
$e substituirmos a se/J3ncia acima por todas as outras dadas na derradeira
aula pr5tica0 n7s cantar;amos essa original letra com se/J3ncias di.erentes & /uer di?er0 em
25rias tonalidades & e a melodia n%o seria alterada. Por /u3A
Conclus%o em bre2e.
":( "alor das notas
17
V V Acordes
Erimilson Lopes Pereira
Para tocar uma nota num 2iol%o basta seguir a tabela das cordas e casas0
apertar e bater. No teclado0 - s7 locali?ar a tecla e empurrar o dedo nela.
Bas tem mais. Cada nota0 inclusi2e os semitons Esustenidos e bem7isF0 tem um
segredo a contar@ elas s%o soadas a partir de um som de ondas repartidas em pe/uenos
peda6os /ue ningu-m percebe de ou2ido0 como se .ossem seminotas in.eriores. Ce .ato0 so
trs pedaos de ondas sonoras (ue formam uma nota. Como n%o d5 pra di.erenciar essas
ondas a ou2ido nu & e nem nos interessa ::0 os music7logos resol2erem ele2ar a potencia
dessas seminotas in.eriores a uma nota e a uni%o das notas correspondentes a um acorde.
EntendeuA N%oA Bais uma 2e?@ um .an5tico por m,sica com olhar e cabelos
de cientista louco n%o tinha o /ue .a?er e .oi .u6ar0 .u6ar e .u6ar at- /ue0 descobriu /ue a nota
# era .ormada por tr3s ondas sonora in.eriores0 respecti2amente semelhantes =s notas #0 / e
:. Ent%o0 se a 4un6%o dessas ondas .orma2a uma nota0 conse/Jentemente a uni%o de notas
iguais .ormaria alguma coisa & /ue ele deu o nome de acorde. Portanto0 as notas #0 / e :
.ormam o acorde de #. Por isso0 e8istem as posi69es EcifrasF para 2iol%o e teclado /ue tocam
25rias notas ao mesmo tempo.
$e esti2er estudando em grupo0 selecione tr3s pessoas e determine para cada
uma 2o? as notas /ue .ormam o acorde de # para con.erir a teoria.
":L !corde para os acordes
Cepois de descobrir as notas de #0 n%o hou2e obst5culo para achar as demais.
Na 2erdade0 essa tabela de !alores das notas .oi t%o le2ado a s-rio /ue dela0 surgiram no2as
propriedades da m,sica. !s descobertas mais rele2antes .oram uma grande sa.ra de acordes
para cada nota@ maiores0 menores0 com s-tima0 com s-tima menor0 etc.
! seguir0 a tabela de 2alores das notas para cada acorde0 sendo /ue0 cada
nota tem uma 2ers%o de acorde maior e acorde menor.
KAE/JA 8/ +2KA* PA'A A#2'8/*
Acorde +ota ; < = > ? @ A B
! ! B CY C E MY DY !
MYm MY DY ! B CY C E MY
B B CY CY E MY DY !Y N
DYm DY !Y B CY CY E MY DY
C C C E M D ! B C
!m ! B C C E M D C
C C E MY D ! B CY C
Bm B CY C E MY D ! B
E E MY DY ! B CY CY E
CYm CY CY E MY DY ! B CY
M M D ! Bb C C E M
Cm C E M D ! Bb C C
D D ! B C C E MY D
Em E MY D ! B C C E
!Y !Y C C CY M D ! !Y
Dm D[ ! !Y C C CY M DY
CY CY CY M MY DY !Y C CY
!Ym !Y C CY CY M MY DY !
CY CY M D DY !Y C C CY
Cm C C CY M D DY !Y C
MY MY DY !Y B CY CY M MY
CYm CY M MY DY ![ B CY CY
DY DY !Y C CY CY M D DY
Mm M D DY !Y C CY CY M
"amos estudar algumas propriedades usando a tabela acima.
18
Curso Completo de TCNC! "#C!L
aF Cada se/J3ncia de notas - di.erente entre os acordes.
bF # primeiro 2alor Enota IF - sempre igual ao oita2o.
cF Ksamos apenas a descri6%o dos sustenidos para os semitons. Entretanto0 subtende:se
tamb-m /ue s%o bem7is. Por e8emplo0 - :9 igual a Ab.
dF ! tabela n%o acaba no oita2o 2alor0 ela continua do nono a partir do segundo. !ssim0 a
nona nota - igual = nota ( e o d-cimo 2alor - o mesmo /ue o terceiro0 etc.
eF !s notas da tabela criam uma e/ui2al3ncia de 2alor das notas para cada acorde. sso
signi.ica /ue a nota . est5 para # assim como 89 est5 para A90 pois representam o /uarto
2alor na tabela para os respecti2os acordes.
.F $e as notas #0 / e : .ormam o acorde de # EC7 maiorF0 podemos concluir /ue esse acorde
maior - .ormado pelos 2alores I0 L e N. Com isso0 podemos determinar /ue0 2alendo:se da
rela6%o de 2alores0 eu posso .ormar todos os demais acordes apenas selecionando as
notas e/ui2alentes. Por e8emplo0 o acorde 8 ser5 .ormado pela I
a
0 L
a
e N
a
nota de sua
se/J3ncia. Consultando a tabela0 2eri.icamos ent%o /ue esse acorde ser5 composto pelas
notas 80 .9 e A.
gF N%o precisamos apro.undar muito0 mas 2ale adiantar /ue os acordes menores tamb-m s%o
.ormados pelas notas I0 L e N de suas escalas menores. Logo0 o acorde de #m e8istir5
com a soma das notas #0 89 e :.
":4 !companhando a melodia
Lembra:se /uando .alamos sobre melodia e acompanamentoA E2er ":NF
pois n%o est52amos brincando. Por tr5s da melodia Ecantada ou em .orma de arran4o
instrumentalF e8iste uma se/J3ncia de acordes.
Como o /ue 2oc3 /uer - cantar e n%o aprender acompanhamento instrumental0
2ale di?er /ue os acordes de2em estar de acordo com a melodia. ! regra - clara@ a nota da
melodia de2e coincidir com uma das notas do acorde e n%o necessariamente com o pr7prio
acorde. Com isso0 o instrumento .a? um ,nico acorde e dentro dele0 poder%o ser e8ecutadas
25rias notas para a melodia. >uando precisar de notas di.erentes para compor a melodia0
altera:se o acorde.
":N "alor pr5tico das notas
# interessante nisso tudo para /uem /uer cantar - ter em mente o 2alor das
notas de uma se/J3ncia. "oc3 toca a primeira nota e sabe soar as demais na ordem e .ora
dela. Por e8emplo0 2oc3 canta as notas I0 (0 L e 4 e reconhece o 2alor de cada uma delas
nessa ordem e0 com um pouco de pr5tica0 pode pular da nota I para a 4 sem ter /ue .a?er a
escadinha Etocar as notas entre elasF. !; 2oc3 saber5 o 2alor /ue - a I
a
e a 4
a
nota.
>uando ti2er esses 2alores in.iltrados na sua cuca0 automaticamente 2oc3
saber5 distinguir as notas de uma melodia assim /ue escutar pela primeira 2e?. Tamb-m
saber5 transportar as notas de uma tonalidade para outra. Con.ira a seguir.
":U Transporte de tonalidades
Hecorde o 2erso da m,sica +!$! BH!NC!1 /ue cantamos em ":N. $ua
se/J3ncia de notas pertence = escala de :.
+C# & -2 N DH!N : CE # BEK ! & B#H P#H "# : C^1
: / : / / : / .9 8 E :
Podemos di?er /ue as notas usadas G0 E0 F# e na se/J3ncia de G
corresponde respecti2amente0 aos 2alores I0 U0 7 e L.
$abendo disso0 podemos usar esses 2alores para transportar essa melodia da
escala de para /ual/uer outra. "amos mostrar isso mudando a tonalidade : de para E:
1#
Erimilson Lopes Pereira
+C# & -2 N DH!N : CE # BEK ! & B#H P#H "# : C^1
E :9 E :9 :9 E :9 A9 .9 A9 E
Ce maneira similar0 podemos .a?er transposi6%o de tonalidades .acilmente para
um ob4eti2o con2incente@ ade/uar a melodia = sua 2o?. Cante o 2erso acima nas duas
tonalidades E: e EF e repare em /ual delas sua 2o? se adapta melhor. $e nenhuma ser2ir0
procure outra.
Eerccios )*sicos
$abe a/ueles e8erc;cios chatos da aula pr5tica passadaA Trate de gostar deles
e comece esta & e todas as outras & por a;.
+econ,ecimento !e valores !as notas
Esta aula 2isa treinar sua habilidade de reconhecimento de notas. Bais
precisamente0 dos 2alores das notas em uma se/J3ncia.
"amos tomar por base a escala de # EC7 maiorF. Para tanto0 procure a nota #
da oita2a mais ade/uada = sua 2o? e cante a seguinte se/J3ncia0 procurando compreender o
2alor de cada nota em rela6%o a esta tonalidade.
;
a
se(Mncia Z escala completa com todos os 2alores:
# 8 / . : A E #
<
a
se(Mncia Z 2alores originais do acorde maior EI0 L e NF:
# / :
=
a
se(Mncia Z I Ea nota originalF e 4:
# . #
>
a
se(Mncia Z escala completa com todos os 2alores:
# 8 / . : A E #
?
a
se(Mncia Z I Enota originalF e (:
# 8 #
2$
Aula Aula
Curso Completo de TCNC! "#C!L
@
a
se(Mncia Z I Enota originalF e 7:
# E #
A
a
se(Mncia Z escala completa com todos os 2alores:
# 8 / . : A E #
B
a
se(Mncia Z I Enota originalF e N:
# : #
C
a
se(Mncia Z I Enota originalF e U:
# A #
;D
a
se(Mncia Z escala completa com todos os 2alores:
# 8 / . : A E #
-a!. o ouvi!o' /
Ceu pra pegarA Teste seu ou2ido tocando notas sortidas sem olhar para o
instrumento0 e procure descobrir /ue nota -.
-a!. o ouvi!o' //
"amos pegar a m,sica mais tocada no mundo como e8emplo@ +P!H!BN$
PH! "#C^1 e cant5:la no acorde de # Eprocure a oita2a de acordo com sua 2o?F. Para
come6ar0 2amos tocar no instrumento o primeiro 2erso e depois cantar.
+P! & H! : BN$ PH! "# & C^ _ NE$ & !$ C! & T! >KE & H : C!1
:= := A= := #> E= := := A= := 8> #> #>

Bole?a0 n%oA !gora escre2a o restante da letra da m,sica com as respecti2as
notas se 2alendo da sua 2o? e seu ou2ido. Cante o 2erso e procure as notas atra2-s da t-cnica
dos 2alores das tonalidades.
-a!. o ouvi!o' ///
!gora 2ai um tru/ue in.al;2el para 2oc3 aprender a guardar na sua cabe6a0 de
uma 2e? por todas0 o som original e padr%o de cada nota. como se 2oc3 instalasse um
diapas%o no seu ou2ido.
Pegue uma m,sica /ue 2oc3 conhece e canta com .re/J3ncia. Cante:a na
tonalidade mais .iel = gra2a6%o original e procure descobrir no instrumento /ual a nota da
primeira silaba cantada. !gora con.ira se 2oc3 cantou a nota na mesma tonalidade da gra2a6%o
comparando as notas Ea /ue escre2eu depois /ue cantou e = nota original no discoF.
$e 2oc3 cantou a nota corretamente - por/ue tem a tonalidade desta m,sica de
cabe6a. Logo0 sabendo /ue nota - essa0 2oc3 poder5 chegar a toda a escala comparando os
2alores das notas.
Eu0 por e8emplo0 /uando /uero cantar as notas no tom original0 procuro me
lembrar da m,sica +KNCG!NEC BEL#Ca1 Etema do Milme +Ghost Do Outro lado da Vida1F
/ue - da tonalidade de # maior e come6a tamb-m com uma nota #. ! partir dela eu calculo a
altura das demais.
21
Erimilson Lopes Pereira
":I Cad3 a segunda 2o?A
! segunda 2o? se populari?ou na m,sica sertane4a e in2adiu os espa6os de
outros ritmos. Bas0 e8iste mesmo segunda 2o?A $e - /ue sim0 como isso .uncionaA
E8istem sim0 e n%o s7 a segunda como outras 2o?es /ue 2oc3 poder5
enumerar de terceira0 /uarta0 /uinta0 s5bado ou raios /ue o partam.
!contece /ue /uando 2oc3 tem um acompanhamento sobre a melodia0 2oc3
conta com uma s-rie de notas /ue .ormam o acorde tocado. ! melodia original & a primeira
2o? :: ter5 /ue escolher uma das notas para cada tempo. Micar5 ent%o uma brecha das outras
notas /ue poder%o ser cantadas por outras 2o?es.
Pegue este abai8o 2erso com sua melodia original e depois tro/ue as notas:
+P! & H! : BN$ PH! "# & C^ _ NE$ & !$ C! & T! >KE & H : C!1
2riginal L := := A= := #> E= := := A= := 8> #> #>
<
a
0oz L /> /> /> #> /> 8> 8> 8> 8> E= E= 8> />
=
a
0oz L #> 8> /> /> 8> :> :> :> E> E> A> :> :>
Com essa modi.ica6%o radical0 criou:se duas no2as melodias para uma mesma
letra e acompanhamento.
! maneira mais pr5tica de procurar uma no2a 2o? para um acompanhamento -
obser2ar as demais notas de um acorde. $e esti2er cantando sobre o acorde de #0 ent%o 2oc3
tem tr3s notas originais /ue .ormam o acorde E#0 / e :F e mais as mesmas notas em oita2as
di.erentes.
Pegue tr3s 2o?es Ecaso este4a em grupoF e sobre o acompanhamento de #0
cantem as tr3s notas do acorde a letra abai8o0 cada um na mesma nota:
+EK ! & B# "# & C^1
;
a
0oz L #
<
a
0oz L /
=
a
0oz L :
$endo assim0 2oc3 pode alterar /ual/uer melodia ou criar outras a partir da
original colocando outras notas correspondentes ao acompanhamento.
22
0isite re"ularmente o site1
www.erimilson.hpg.com.br
2em uma por34o !e novi!a!es a ca!a atuali5a34o.
Aproveite tam6&m para man!ar sua mensa"em com
critica7 su"est4o ou !8vi!a.
-ontato1 erimilson9i6est.com.6r
VI VI Vozes das notas
Curso Completo de TCNC! "#C!L
+eescreven!o vo5es
Heescre2a no2as 2o?es para musicas de apenas uma melodia0 /ue 2oc3
conhece e tamb-m procure as notas das 2o?es de m,sicas como +a#L!NC!1 de Chico
Buar/ue e $imone0 +P#BHE BENN!1 de Leno e Lilia0 +NQ# !PHENC CWEH !CEK$1 de
Leandro e Leonardo /ue tem duas 2o?es bem de.inidas.
":I !grado musical
,ueria ama%& "osse, co%tudo amvel. -pro!imadame%te ve%to vale co%+u%to.
! armonia implica em agradar aos ou2idos com uma melodia bem composta0
sons congruentes e num compasso alinhado. Noutras pala2ras@ a m,sica de2e ter um sentido0
suas notas de2em ser harmbnicas e combinar uma com as outras.
Lendo a primeira linha deste t7pico0 diga:me@ o /ue ele /uer di?erA Nada0
nadinha mesmoV Em mat-ria liter5ria di?:se de te8tos sem ne8o0 sem harmonia0 sem sentido.
Embora 4unte pala2ras corretas0 no geral0 elas n%o d%o um sentido a nenhuma id-ia.
preciso0 portanto0 dar sentido = melodia e8ecutando:a .ielmente de acordo
com os crit-rios t-cnicos /ue estudaremos a seguir.
":( !.ina6%o
Como 45 2imos0 a escala padroni?ada apresenta sete notas inteiras e mais
cinco semitons /ue representam os sons em uma melodia. Por-m0 e8iste ainda uma 2aria6%o
de tom entre uma nota e outra /ue produ? uma dissonSncia0 /uer di?er0 um som desafinado.
# 2ocalista de2e reprodu?ir o mais .iel poss;2el0 as notas dentro de uma
a.ina6%o /ue obede6a ao padr%o internacional da m,sica & o som original das notas.
! dica - imitar o instrumento. To/ue uma nota ou uma se/J3ncia delas e
procure reprodu?ir com a 2o?.
":L $ua2idade
N%o h5 nada mais irritante aos ou2idos /ue choro de beb3 e 2o? estridente.
sso - t;pico de /uem est5 .or6ando a garganta tentando dar o /ue n%o tem0 o /ue pre4udica
sensi2elmente os 7rg%os .onol7gicos.
# som0 ao contr5rio0 de2e sair sua2e0 ainda /ue se4a alto EagudoF0 sem .or6ar o
gog7. !l-m disso0 a 2o? de2e soar0 de pre.er3ncia0 a partir de uma ligeira ele2a6%o do 2olume.
Tamb-m no .inal0 de2e:se tomar cuidado para n%o cortar a 2o?. Na maioria das 2e?es0 o som -
encerrado com um decli2e no 2olume0 como se .osse sendo .echando o bot%o do 2olume.
Entretanto0 h5 casos em /ue o som - .inali?ado com um corte brusco0 semelhante ao staccato.
N%o se pode - dei8ar a impress%o /ue parou por .alta de 2o?.
23
Aula Aula
VII VII !ar"onia e estilo
Erimilson Lopes Pereira
Para isso0 - .undamental uma boa respira6%o. Encha bem os pulm9es e 25
soltando o ar de acordo com o canto e sincroni?ando a resist3ncia. !ntes de pu8ar o no2o
o8ig3nio0 e8pulse o anterior para caber mais.
":4 Entre no compasso
!posto /ue 45 2iu essa cena antes@ algu-m 2ai cantar acompanhando o
instrumento tocado por outro e .ica na/uele 4ogo de olho como /ue perguntando + agora /ue
eu entroA1 Cepois0 ele come6a a cantar t%o apressado /ue en/uanto o m,sico toca a estro.e
ele 45 est5 cantando o re.r%o. !p7s uma bronca & e /uem sabe0 2aias & o 2ocalista d5 uma
maneirada e8agerada e acaba demorando tanto /ue o cara do instrumento sai pra tomar uma
5gua at- ele sair do primeiro 2erso.
/ue esse elemento simplesmente n%o sabe o /ue - compasso. N%o tem
no6%o do tempo certo de cantar.
Ce .ato0 isto n%o - raro e tal2e? 2oc3 a; se4a protagonista de epis7dios id3nticos
& ou melhor0 era. Com um bom treinamento - poss;2el li/uidar esse problema. ! cha2e do
sucesso - aten6%o e um tru/ue@ usar sua bateria 2irtual.
Para aprender a acompanhar o ritmo certinho0 inicialmente o melhor - bater o
p-0 bater palmas ou estralar os dedos simulando a bateria. ! batida do pedal da bateria -
geralmente o som mais .orte0 seguida de to/ues nas cai8as e tambores. Ce maneira igual se
segue a/ui. muito di.;cil sair do ritmo assim0 s7 /ue nem sempre - poss;2el & e apresent52el
& .a?er esses mo2imentos. Com o tempo0 eles podem ser substitu;dos apenas por batidas
imagin5rias dentro da sua cabe6a. Tamb-m conhe6o /uem imite a bateria com a boca.
":N nterprete cantando
"oc3 /uer ser um cantor EcantoraF ou um ator Eatri?FA >ue tal os doisA Pois
saiba /ue uma das coisas mais 2istosas num espet5culo ao 2i2o - a expresso0 a .orma de o
cantor interpretar a letra .isicamente.
Combina cantar +MEU BEM QUERER1 de C4a2an dando saltos no palcoA #u
tal2e? dar risadas en/uanto canta +GAROM1 de Heginaldo HossiA C5 pra imaginar uma cara
triste do cantor durante a e8ecu6%o de um enredo de escola de sambaA Claro /ue n%o. !
.ei6%o de2e combinar com o momento0 a m,sica em /uest%o.
Cuidado com o e8cesso nos gestos para n%o pegar mania. Por e8emplo0 Rulio
glesias canta apertando o estomago com a m%o es/uerda0 Ros- Hico0 /ue .a? dupla com
Bilion5rio0 s7 emite agudos se imprensar o ou2ido.
":N "olume uni.orme
ndependente da 2aria6%o de tonalidade Egra2e ou agudoF o som de2e0 em
geral0 se submeter a uma regularidade no !olume.
Pegue a can6%o +!A"TE#RO$1 de Magner e mande /ual/uer p-:rapado cantar
o primeiro 2erso e ele 2ai cantar +>uando penso em 2oc30 .echo os olhos de...1 num certo
2olume e em +... saudaaaaaaades1 ele 2ai se rasgar todo.
um erro alterar o 2olume em propor69es acentuadas. sto acontece
4ustamente no momento mais desnecess5rio@ nas notas mais altas. $e a tonalidade - aguda0
menos .or6a ser5 re/uisitada. Em contrapartida0 no tom mais gra2e0 onde o som -
naturalmente mais bai8o0 re/uer:se mais es.or6o da 2o? para e/uilibrar o 2olume.
":N Bicro.one & o terror
!inda tem gente nesse mundo /ue odeia micro.ones. >ue estupide?V
Healmente h5 di.eren6a entre cantar ao ar li2re e cantar ao micro.one. No primeiro caso0 2oc3
24
Curso Completo de TCNC! "#C!L
se li2ra de acidentalmente engolir o ob4eto e no segundo0 2oc3 pode cantar ou .alar
sua2emente e ser escutado por milhares de pessoas.
!o cantar ao micro.one0 mantenha a 2o? nos mesmos moldes como se
esti2esse sem ele. N%o precisa alterar o 2olume. >uem tem o trabalho de ampli.icar sua 2o? -
ele. Tamb-m0 n%o ponha o micro.one dentro da sua boca. Bantenha uma distancia ra?o52el
Emeio palmo apro8imadamenteF e regular. Este4a certo ainda /ue a /ualidade da sua 2o? ao
micro.one depender5 tanto do e/uipamento e seus a4ustes /uanto de 2oc3. Ca;0 a necessidade
de um agente e8terno. indispens52el ter som de retorno para /ue tamb-m escute sua 2o?.
Cuidado tamb-m com ru;dos e sons indese452eis. # som da respira6%o ou um
mastigado da boca podem ser captados pelo micro.one. Tamb-m podem ser .lagrantes alguns
sopapos pro2ocados no ato de .alar ou cantar silabas com +p1 ou +t1. #u ainda0 chiados
prolongados com o uso de +s1 ou +ce1.
-onclus4o
!gora - hora de soltar a 2o? pondo em pr5tica toda a t-cnica estudada a/ui.
N%o es/ue6a as recomenda69es principais:
Postura
!/uecimento corporal
!/uecimento 2ocal
Hespira6%o ade/uada
!.ina6%o
$ua2idade na 2o?
Compasso
"olume uni.orme
E8press%o
$e ti2er aprendido tudo isso e conseguir por em pr5tica0 certamente estar5
pronto para encarar o palco. Co contr5rio0 2olte para o seu banheiro e .i/ue por l5.
25
Aula Aula
Erimilson Lopes Pereira
9 Z $;mbolo de sustenido.
A Z Letra /ue representa a nota de L5 e o
acorde de L5 Baior.
Acompanamento Z Mundo musical /ue
preenche a melodia. "er@ E.eitos de
acompanhamento.
Acorde Z Kni%o de notas musicais para
acompanhar a melodia. Cada tonalidade
tem uma s-rie de acordes /ue podem ser
maiores0 menores ou relati2os.
Afinao Z Garmonia entre os sons.
Agudo Z "ari52el da tonalidade do som
para .ino e alto. #posto de gra2e.
Arran,o Z E.eito /ue se aplica sobre o
acompanhamento da m,sica.
E Z Letra /ue representa a nota de $i e o
acorde de $i Baior.
b Z $;mbolo de bemol.
Eaixo Z "o? masculina mais gra2e. Cantor
dotado dessa 2o?.
Ear$tono Z "o? masculina intermedi5ria
entre Bai8o e Tenor. Cantor dotado dessa
2o?.
# Z Letra /ue representa a nota de C7 e o
acorde de C7 Baior.
#ifra Z Hepresenta6%o gr5.ica de nota e
acorde.
#ompasso Z #rgani?a6%o do ritmo.
Tempo de e8ecu6%o da melodia.
#ontralto Z ! 2o? .eminina mais gra2e.
Cantora dotada dessa 2o?.
8 Z Letra /ue representa a nota de H- e o
acorde de H- Baior.
8esafinado Z $em harmonia entre os
sons. Cissonante.
8issonSncia Z Malta de harmonia e
a.ina6%o entre os sons. Cesa.ina6%o.
86 Z Primeira nota musical.
representada pela letra C.
/ Z Letra /ue representa a nota de Bi e o
acorde de Bi Baior.
/feitos de acompanamento Z "er@
!rran4o0 ntrodu6%o0 $olo.
/scala Z Hela6%o de notas ou acordes
com determinada ordem e 2alores.
/xpresso Z nterpreta6%o .;sica.
. Z Letra /ue representa a nota de M5 e o
acorde de M5 Baior.
. Z >uarta nota musical. representada
pela letra M.
: Z Letra /ue representa a nota de $ol e o
acorde de $ol Baior.
:ra!e Z "ari52el da tonalidade do som
para grosso e bai8o. #posto de agudo.
Oarmonia Z !.ina6%o entre os sons.
)ntroduo Z E.eito de acompanhamento
/ue precede a melodia.
J Z $e8ta nota musical. representada
pela letra !.
-elodia Z $e/J3ncia de notas /ue de.ine
a m,sica e - cantada ou tocada em
desta/ue nas m,sicas instrumentais.
-i Z Terceira nota musical. representada
pela letra E.
+ota musical Z Hepresenta6%o dos sons
preestabelecidos num escala com ordem e
2alores. !s notas inteiras s%o sete@ d70 r-0
mi0 .50 sol0 l5 e si. Completam a escala das
notas os semitons sustenidos e bem7is.
2ita!a Z Con4unto de notas inteiras entre o
inter2alo de duas notas iguais. Por
e8emplo0 de um CI a C(.
Pianino Z Estilo de cantar soando as
notas bai8inho.
'Z $egunda nota musical. representada
pela letra C.
*eminotas Z #riginalmente0 eram sons
intermedi5rios entre as notas musicais.
Posteriormente0 tornaram:se notas
representadas pelos sustenidos e bem7is.
*i Z $-tima nota musical. representada
pela letra B.
26
VIII VIII Voca#ul$rio "usical
Curso Completo de TCNC! "#C!L
*ol Z >uinta nota musical. representada
pela letra D.
*olo Z E.eito instrumental e8ecutado no
decorrer do acompanhamento.
*oprano Z ! mais aguda 2o? humana.
Cantor ou cantora dotados dessa 2o?.
*taccato Z Estilo de cantar soando as
notas rapidamente e .orte.
Kenor Z "o? masculina mais aguda. Cantor
dotado dessa 2o?.
Kimbre Z dentidade natural de cada som
/ue permite sua distin6%o.
Kom Z "er@ Tonalidade.
Konalidade Z "aria6%o do som entre gra2e
e agudo /ue estabelece as notas e
acordes.
0olume Z ntensidade do som.
0oz Z $e/J3ncia de notas /ue comp9em
uma melodia.
27

Você também pode gostar