Lista Dos Pontos de Fusão Dos Elementos Químicos
Lista Dos Pontos de Fusão Dos Elementos Químicos
Lista Dos Pontos de Fusão Dos Elementos Químicos
O ponto de fuso designa a temperatura qual uma substncia passa do estado slido
ao estado lquido. Eis abaixo uma breve lista de alguns elementos e seus respectivos
pontos de fuso.
Elementos qumicos em ordem crescente do ponto de fuso
Elemento Smbolo
Nmero
atmico
Ponto de fuso
(K)
Ponto de fuso
(C)
Hlio He 2 12,5 -272,2
Hidrognio H 1 13,81 -259,34
Nenio Ne 10 24,56 -248,59
Flor F 9 53,53 -219,52
Oxignio O 8 54,85 -218,3
Nitrognio N 7 63,25 -209,9
Argnio Ar 18 83,8 -189,35
Criptnio Kr 36 115,77 -157,38
Xennio Xe 54 161,36 -117,79
Cloro Cl 17 171,65 -101,5
Radnio Rn 86 202,15 -71,8
Mercrio Hg 80 234,32 -38,83
Bromo Br 35 265,95 -7,2
Frncio Fr 87 300,15 27
Csio Cs 55 301,65 28,5
Glio Ga 31 302,91 29,76
Rubdio Rb 37 312,46 39,31
Fsforo P 15 317,35 44,2
Potssio K 19 336,65 63,5
Sdio Na 11 370,95 97,8
Iodo I 53 386,85 113,7
Enxofre S 16 392,75 115,21
ngelo In 49 429,75 156,6
Ltio Li 3 453,65 180,5
Selnio Se 34 493,65 220,5
Estanho Sn 50 505,08 231,93
Polnio Po 84 527,15 254
Bismuto Bi 83 544,45 271,3
Astato At 85 575,15 302
Tlio Tl 81 577,15 304
Cdmio Cd 48 594,22 321,07
Chumbo Pb 82 600,61 327,46
Zinco Zn 30 692,73 419,58
Telrio Te 52 722,66 449,51
Antimnio Sb 51 903,78 630,63
Netnio Np 93 910,15 637
Plutnio Pu 94 912,55 639,4
Magnsio Mg 12 923,15 650
Alumnio Al 13 933,15 660
Rdio Ra 88 973,15 700
Brio Ba 56 1000,15 727
Estrncio Sr 38 1050,15 777
Crio Ce 58 1071,15 798
Arsnio As 33 1090,15 817
Eurpio Eu 53 1095,15 822
Itrbio Yb 70 1097,15 824
Mendelvio Md 101 1100,15 827
Noblio No 102 1100,15 827
Clcio Ca 20 1115,15 842
Einstnio Es 99 1133,15 860
Califrnio Cf 98 1173,15 900
Lantnio La 57 1193,15 920
Praseodmio Pr 59 1203,95 930,8
Germnio Ge 32 1211,45 938,3
Prata Ag 47 1234,93 961,78
Berqulio Bk 97 1259,15 986
Neodmio Nd 60 1294,15 1021
Actnio Ac 89 1323,15 1050
Ouro Au 79 1337,33 1064,18
Cobre Cu 29 1357,77 1084,62
Promcio Pm 61 1373,15 1100
Urnio U 92 1405,35 1132,2
Amercio Am 95 1449,15 1176
Mangans Mn 25 1519,15 1246
Berlio Be 4 1560,15 1287
Gadolnio Gd 64 1586,15 1313
Crio Cm 96 1613,15 1340
Trbio Tb 65 1629,15 1356
Disprsio Dy 66 1685,15 1412
Silcio Si 14 1687,15 1414
Nquel Ni 28 1728,15 1455
Hlmio Ho 67 1743,15 1470
Cobalto Co 27 1768,15 1495
trio Y 39 1795,15 1522
Frmio Fm 100 1800,15 1527
rbio Er 68 1802,15 1529
Ferro Fe 26 1811,15 1538
Escndio Sc 21 1814,15 1541
Tlio Tm 69 1818,15 1545
Paldio Pd 46 1827,15 1554
Protactnio Pa 91 1845,15 1572
Laurncio Lr 103 1900,15 1627
Titnio Ti 22 1941,15 1668
Samrio Sm 62 1977,15 1704
Trio Th 90 2023,15 1750
Platina Pt 58 2041,55 1768,4
Zircnio Zr 40 2128,15 1855
Crmio Cr 24 2180,15 1907
Vandio V 23 2183,15 1910
Rdio Rh 45 2237,15 1964
Boro B 5 2348,15 2075
Tecncio Tc 43 2430,15 2157
Hfnio Hf 72 2506,15 2233
Rutnio Ru 44 2607,15 2334
Irdio Ir 77 2719,15 2446
Nibio Nb 41 2750,15 2477
Molibdnio Mo 42 2896,15 2623
Tntalo Ta 73 3290,15 3017
smio Os 76 3306,15 3033
Rnio Re 75 3459,15 3186
Tungstnio W 74 3695,15 3422
Carbono C 6 3800,15 3527
Propriedades Peridicas e Aperidicas
De modo geral, muitas propriedades dos elementos qumicos variam
periodicamente com o aumento de seus nmeros atmicos (portanto, ao
longo dos perodos da Tabela Peridica), atingindo valores mximos e
mnimos em colunas bem definidas da Classificao Peridica, sendo
ento chamadas de PROPRIEDADES PERIDICAS. Como exemplo,
podemos citar o raio atmico, o volume atmico a densidade absoluta, as
temperaturas de fuso e de ebulio, etc. Esse fato costuma ser traduzido
pela Lei da Periodicidade de Moseley.
Evidentemente, essa periodicidade decorre da estrutura eletrnica dos
elementos, que tambm se repete de perodo em perodo. E tambm
essa periodicidade que confere uma importncia enorme Classificao
Peridica, que passa, ento, a nos servir na previso das propriedades e
do comportamento dos elementos qumicos.
H contudo, algumas propriedades cujos valores s aumentam ou s
diminuem com o nmero atmico e que so chamadas de PROPRIEDADES
APERIDICAS. Dentre elas podemos citar a massa atmica e o calor
especfico.
1. Propriedades Aperidicas
- Massa Atmica: a unidade usada para pesar tomos e molculas,
equivale a 1/12 da massa de um tomo istopo do carbono-12 (C12).
Sempre aumenta com o aumento do nmero atmico.
- Calor Especfico: a quantidade de calor necessria para elevar de 1C
a temperatura de 1g do elemento. O calor especfico do elemento no
estado slido sempre diminui com o aumento do nmero atmico.
2. Propriedades Peridicas
- Raio Atmico
difcil medir o raio de um tomo, pois a nuvem de eltrons que o
circunda no tem limites bem-definidos. Costuma-se ento medir, com
auxlio de raios X, a distncia (d) entre dois ncleos vizinhos e dizer que o
raio atmico (r) a metade dessa distncia. De modo mais completo,
dizemos que o RAIO ATMICO de um elemento a metade da distncia
internuclear mnima que dois tomos desse elemento podem apresentar,
sem estarem ligados quimicamente.
O raio atmico dos elementos uma propriedade peridica, pois seus
valores variam periodicamente com o aumento do nmero atmico.
Na Tabela Peridica as setas indicam o sentido de crescimento dos raios
atmicos.
Numa famlia, os raios aumentam de cima para baixo porque medida
que novos nveis de energia vo sendo ocupados, o tamanho do tomo
tende a aumentar. Os eltrons dos nveis mais prximos do ncleo
exercem um efeito isolante entre o ncleo e os eltrons mais perifricos.
Com isso, o poder de atrao do ncleo diminui muito, e os eltrons mais
externos tendem a ficar mais espalhados.
Num perodo, os raios diminuem da esquerda para a direita, pois aumenta
o nmero de prtons e consequentemente, aumenta a atrao ncleo-
eltrons e o tomo encolhe. O efeito isolante nos perodos tambm se
manifesta, mas de dimenso bem menor do que o que existe nas
famlias, pois neles no aumenta o nmero de nveis eletrnicos.
- Raios Inicos
Os raios dos ons positivos (ctions) so sensivelmente menores que os
raios dos tomos neutros correspondentes. O fato explica-se pela perda
de eltrons, que diminui a repulso na nuvem eletrnica, determinado seu
encolhimento. Alm disso, a perda de eltrons muitas vezes significa
perda da ltima camada. Por outro lado, os ons negativos (nions) so
sensivelmente maiores que os tomos neutros correspondentes. Isso se
justifica no s pelo aumento de repulso que se verifica na nuvem
eletrnica, como tambm por um certo aumento no efeito de blindagem
(efeito isolante), que a adio de eltrons, mesmo no ltimo nvel,
determina.
- Volume Atmico
Chama-se VOLUME ATMICO de um elemento o volume ocupado por 1
mol (6,02X1023 tomos) do elemento no estado slido. O volume atmico
no o volume de um tomo mas o volume de um conjunto de tomos,
consequentemente, no volume influem no s o volume individual de
cada tomo, como tambm o espaamento existente entre os tomos.
Na Tabela Peridica as setas indicam o aumento do nmero atmico.
Numa famlia, o volume atmico aumenta de acordo com o nmero
atmico.
Num perodo, esquerda da linha pontilhada, o volume atmico
acompanha o raio atmico; j direita da linha pontilhada a variao
oposta porque, nos elementos a situados (principalmente nos no-
metais), o espaamento entre os tomos passa a ser considervel.
- Densidade Absoluta
Chama-se DENSIDADE ABSOLUTA (d) ou massa especfica de um elemento
ao quociente entre sua massa (m) e seu volume (v). Portanto: d = m/v.
Na Tabela Peridica as setas indicam o aumento da densidade absoluta.
Numa famlia, a densidade absoluta varia no mesmo sentido que o
volume, indicando que, nesse caso, a massa dos tomos cresce mais
rapidamente que seus volumes.
Num perodo, a densidade absoluta varia no sentido oposto dos volumes
atmicos; isso explicvel, pois pela frmula d = m/v, quanto menor o
volume maior dever ser a densidade.
- Pontos de Fuso e de Ebulio
Ponto de Fuso (PF) a temperatura em que uma substncia passa do
estado slido para o estado lquido; o Ponto de Ebulio (PE) a
temperatura em que uma substncia passa do estado lquido para o
estado gasoso.
As temperaturas nas quais os elementos entram em fuso ou em ebulio
so, tambm, funes peridicas de seus nmeros atmicos.
Na tabela, as setas indicam o aumento dos pontos de fuso e ebulio.
Numa famlia, exceo dos metais alcalinos e alcalinos-terrosos, os
pontos de fuso e de ebulio crescem de cima para baixo e num perodo
das extremidades para o centro.
Verifica-se, de um modo geral, que o PF e o PE tm variao paralela a
densidade. Isso indica que, quanto mais densos e compactos esto os
tomos, mais difcil ser separ-los durante o processo de fuso ou de
ebulio. Uma exceo importante e curiosa a do elemento carbono,
que apresenta um dos maiores pontos de fuso (cerca de 3700C) e
ebulio (cerca de 4800C) conhecidos.
Ao contrrio, os elementos de menores pontos de fuso e de ebulio so
aqueles que podem apresentar-se no estado lquido ou at mesmo
gasoso, em condies ambiente. Com exceo do hidrognio, esses
elementos esto situados direita e na parte superior da tabela.
- Potencial de Ionizao
O eltron, ao ser excitado, passa de nveis inferiores para nveis superiores
de energia. Quando atinge um nvel energtico em que o ncleo no
exerce mais atrao sobre o eltron, dizemos que atingiu um nvel
(distncia) infinito.
Para separar definitivamente um eltron de seu tomo, precisamos atingir
esse nvel infinito. A essa transposio corresponde um certo contedo de
energia, chamada energia de ionizao (estando o tomo no estado
gasoso, isolado e no estado fundamental, isto , no mais baixo contedo
de energia). Como o processo envolve uma diferena de potencial, mais
apropriado falar-se em POTENCIAL DE IONIZAO, determinado para
6,02X1023 tomos do elemento no estado gasoso (tomos isolados), pois
assim se evita a interferncia de tomos vizinhos na energia inicial do
eltron a ser arrancado. A condio referente ao mais baixo estado de
energia importante pela necessidade de se compararem valores
determinados sob critrios idnticos.
Podemos arrancar um ou mais eltrons do mesmo tomo. Teramos,
ento, o primeiro potencial de ionizao, segundo potencial de ionizao,
terceiro potencial de ionizao, etc.
Na tabela as setas mostram o crescimento dos potenciais de ionizao dos
elementos.
Nas famlias o potencial de ionizao aumenta de baixo para cima e nos
perodos da esquerda para a direita.
Entre os principais fatores que determinam essa variao observada,
podemos citar:
Carga do ncleo atmico (nmero atmico): quanto mais prtons no
ncleo, maior a atrao deste sobre os eltrons. (Este fator justifica
plenamente o aumento de potencial nos perodos quando se vai da
esquerda para a direita).
Raio atmico: quando diminui, os eltrons mais externos ficam mais
prximos do ncleo, que assim os segura mais firmemente; quando
aumenta, ocorre o contrrio. (Este fator justifica o aumento de potencial
nos perodos quando se vai da esquerda para a direita e explica o
aumento do potencial nas famlias, quando as percorremos de baixo para
cima).
Efeito de blindagem: corresponde a uma diminuio da carga efetiva do
ncleo atmico, reduzindo-lhe a capacidade de ao sobre os eltrons
perifricos, pois os eltrons dos nveis mais internos exercem como que
um efeito de blindagem em torno do ncleo. (Este fator preponderante
nos grupos e justifica a queda do potencial de ionizao com o aumento
do nmero atmico).
Repulso entre os prprios eltrons: quanto mais os eltrons, maior a
repulso entre eles e mais facilmente so retirados. (Este fator, associado
blindagem, explica a variao nos grupos).
- Afinidade Eletrnica ou Eletroafinidade
Se para afastar um eltron de um tomo necessrio fornecer-lhe
energia, para adicionar um eltron a um tomo neutro necessrio
retirar-lhe energia. Quando se adiciona um eltron a um tomo neutro,
isolado (individualizado), no estado gasoso e no mais baixo estado
energtico (estado fundamental), ocorre a liberao de uma certa
quantidade de energia. A essa energia d-se o nome de AFINIDADE
ELETRNICA.
A exemplo do potencial de ionizao, podemos falar, genericamente, em
segunda afinidade eletrnica, terceira afinidade eletrnica, etc.
Porm, a afinidade eletrnica s apresenta aplicaes prticas para os
no-metais, pois seus tomos tendem a receber eltrons. Para os metais
muito difcil medir a eletroafinidade, porque seus tomos no tendem a
receber eltrons, isto , no ficaro estveis ao receberem eltrons.
Na tabela, as setas indicam o crescimento da afinidade eletrnica dos
elementos.
Nas famlias, a afinidade eletrnica aumenta, em valor absoluto, de baixo
para cima e nos perodos, da esquerda para a direita.
Essa variao se explica pela distncia entre o eltron e o ncleo: quanto
menor o raio, mais energia dever perder. Portanto, a afinidade eletrnica
tem uma variao paralela, mas inversa ao raio.
OBS.: Os elementos com poucos eltrons no ltimo nvel apresentam um
baixo potencial de ionizao; os elementos com muitos eltrons no ltimo
nvel apresentam uma alta afinidade eletrnica.
- Eletronegatividade
A eletronegatividade uma propriedade que resulta da ao conjunta da
energia de ionizao e da eletroafinidade, mede a tendncia relativa que
um tomo possui de atrair eltrons e se torna mais perceptvel quando o
tomo est participando de uma ligao qumica. Coube a Linus Pauling
criar uma escala arbitrria para medir essa tendncia, que relativa, pois
estabelecida comparativamente. Na escala de Pauling, ao elemento mais
eletronegativo (o flor) foi atribuda eletronegatividade 4,0. As demais so
determinadas em funo dessa, correspondendo ao elemento menos
eletronegativo (o csio) o valor 0,7.
Na tabela, as setas indicam o aumento da eletronegatividade.
Nas famlias, a eletronegatividade aumenta de baixo para cima e nos
perodos, da esquerda para a direita.
Essa variao ocorre de maneira inversa ao raio atmico, isso se explica
pelo fato de que tomos pequenos atraem eltrons mais eficazmente que
tomos grandes. Assim, quanto menor o raio atmico, maior a
eletronegatividade.
Observaes:
Um tomo pequeno possui um ncleo mais protegido pelas suas
camadas. Da o fato de um tomo pequeno atrair eltrons mais facilmente
que um tomo grande.
Os valores numricos da eletronegatividade podero ser chamados de
potenciais eletronegativos.
Os gases nobres, em condies naturais, so estveis e no se ligam a
nenhum outro tomo. Devido a esse fato, poderemos dizer que os gases
nobres apresentam eletronegatividade e eletroafinidade nulas.
A propriedade inversa a eletronegatividade recebe o nome de
eletropositividade.
Raio atmico
O raio atmico de um elemento definido como a meia distncia entre
dois centros de tomos vizinhos. O raio atmico geralmente aumenta com
o perodo e decresce com o aumento do nmero do grupo. Quanto maior
for o perodo do elemento maior ser a distncia do ltimo eltron at o
ncleo. Desta forma este eltron encontra-se mais "solto", aumentando o
tamanho do raio. Apesar de parecer estranho o tamanho do raio diminuir
com o aumento do nmero atmico, isto o que realmente acontece. Os
eltrons vo sendo alocados nos mesmos subnveis em que j se
encontram os eltrons presentes. Com o aumento da carga do ncleo a
atrao sobre os eltrons tende a ser maior. O raio atmico cresce
conforme abaixo:
Gases nobres
Os elementos conhecidos como gases nobres hlio (He), nenio (Ne),
argnio (Ar), criptnio (Kr), xennio (Xe) e radnio (Rn) pertencem ao
Grupo 0 (zero) ou 18 da tabela peridica. apropriado incluir uma
descrio deste grupo de elementos conhecido em um captulo dedicado
aos halognios, porque o flor o nico elemento conhecido que entra
em combinao qumica direta com os dois gases nobres mais pesados, o
xennio e o criptnio, resultando em compostos estveis.
Os gases nobres ocorrem na natureza como constituintes menos
abundantes da atmosfera. A primeira indicao da existncia dos gases
nobres foi divulgada pelo qumico ingls Cavendish, em 1784. Aps ter,
repetidamente, provocado centelhas no ar com excesso de oxignio, na
presena de lcali (que absorve os xidos de nitrognio assim formados,
bem como o dixido de carbono originalmente presente), e ter removido
o excesso de oxignio que no havia reagido, ele observou que restava
sempre o mesmo volume residual de gs cerca de 1/120 do volume
inicial do ar.
Em 1894, dois outros cientistas ingleses, Ramsay Lord Rayleigh, isolaram o
primeiro gs nobre que se conheceu, que o mais abundante gs nobre
do ar, designando-o argnio. Ar (que significa o preguioso), por causa do
seu malogro nas tentativas de faz-lo reagir com as outras substncias
qumicas. O gs nobre isolado a seguir foi o hlio, obtido em 1895 pelo
aquecimento de um minrio de urnio, de modo que aquele gs, preso
nas suas cavidades, foi liberado (o gs l estava como um produto da
desintegrao, radioativa do urnio). Vinte e sete anos antes de ser
isolado na Terra, o hlio fora identificado na cromosfera do sol (da o seu
nome), por meio de anlise espectroscpica.
Num perodo de seis anos aps a descoberta do hlio por Ramsay e Lord
Rayleigh, todos os outros gases nobres foram isolados e caracterizados.
Nos sessenta anos seguintes, os qumicos, de modo geral, acreditavam
que os gases nobres seriam incapazes de formar compostos qumicos
normais; nesse perodo, falharam todas as tentativas de preparao de
compostos dos gases nobres. S em 1962, o qumico ingls Neil Bartlett
teve sucesso na preparao do primeiro verdadeiro composto de um gs
nobre, o sal slido, cristalino, Xe
+
[PtF
6
]
-
; isso foi conseguido pela reao do
gs xennio, com vapor de hexafluoreto de platina, PtF
6
. Aps a
descoberta desse primeiro composto, vrios trabalhos foram efetuados
para investigar tcnicas experimentais adequadas preparao de
compostos dos gases nobres e para, com fundamento em consideraes
tericas, explicar a sua estabilidade e tipo de ligao. Esses estudos tm
demonstrado que, estabelecidas as condies experimentais adequadas,
podem-se isolar diversos compostos dos gases nobres e eles so estveis
em condies ordinrias, caso seja negativa a energia da sua reao de
formao, G
form
< 0.
Caractersticas Gerais
Os tomos dos gases nobres tm camadas de valncia completamente
preenchidas; o hlio tem uma configurao eletrnica 1s2, e cada um dos
outros gases nobres tem uma configurao eletrnica mais externa s2p6
(octeto). Os gases nobres existem como molculas monoatmicas; estes
apresentam pontos de ebulio ( o hlio tem o mais baixo ponto de
ebulio, entre todas as substncias) e calores de vaporizao baixos;
mostra ainda que tanto os pontos de ebulio como os calores de
vaporizao aumentam regularmente medida que aumentam os seus
nmeros atmicos. Essas propriedades, bem como o carter
monoatmico das molculas, podem ser explicadas base da existncia,
unicamente, de foras de Van der Waals fracas entre os tomos dos gases
nobres. O aumento regular do ponto de ebulio, do calor de vaporizao
e da solubilidade em gua quando se desce, na famlia, desde o hlio at o
xennio, pode ser relacionado com o aumento das dimenses das suas
molculas (tomos). De fato, quanto maior a nuvem eletrnica mais
polarizvel se torna uma molcula, donde se tornam mais fortes as
atraes de van der Waals entre essas molculas, entre si e com outras
por exemplo, com molculas polares.
Propriedades qumicas
As propriedades qumicas dos gases nobres como, em geral, de todos os
elementos, podem ser explicadas com fundamento nas suas configuraes
eletrnicas, seus potenciais de ionizao e as suas energias de promoo
aos estados de valncia mais baixos. Conforme de se esperar, os
potenciais de ionizao dos gases nobres decrescem regularmente com o
nmero atmico, do mesmo modo que as suas energias de promoo.
base dos seus potenciais de ionizao, poderamos predizer que, se
qualquer gs nobre reagir para formar um composto em que ele esteja
presente como um on monopositivo, quanto maior for o tomo mais
provvel ser que ele reaja. Analogamente, base das energias de
promoo, podemos esperar que a tendncia de um gs nobre a formar
compostos por compartilhamento de pares de eltrons com outros
tomos aumente medida que aumente o nmero atmico. Com efeito,
s dos trs membros mais pesados da famlia Kr, Xe e Rn so
conhecidas reaes qumicas.
ELETROPOSITIVIDADE
Gases nobres so excludos, pois no tm tendncia em perder
eltrons.
ELETROAFINIDADE
Como gases nobres no tm a tendncia em roubar eltrons, essa
propriedade no definida para eles.
ELETRONEGATIVIDADE
No definida para os gases nobres.
POTNCIAL DE IONIZAO
Gases nobres so chamados nesta situao de mximos, e os
alcalinos so denominados mnimos, tambm, possvel dizer que
o gs hlio o elemento que possui maior potencial de ionizao.