1) O documento discute avaliação psicológica de condutores, incluindo inteligência, atenção e percepção. 2) A inteligência é definida como a capacidade de raciocinar, resolver problemas e compreender ideias. Testes como Matrizes de Raven podem avaliar inteligência. 3) A atenção envolve focar-se em estímulos e manter foco por tempo. Testes como Bateria de Testes de Reações avaliam atenção concentrada e distribuída e vigilante.
1) O documento discute avaliação psicológica de condutores, incluindo inteligência, atenção e percepção. 2) A inteligência é definida como a capacidade de raciocinar, resolver problemas e compreender ideias. Testes como Matrizes de Raven podem avaliar inteligência. 3) A atenção envolve focar-se em estímulos e manter foco por tempo. Testes como Bateria de Testes de Reações avaliam atenção concentrada e distribuída e vigilante.
1) O documento discute avaliação psicológica de condutores, incluindo inteligência, atenção e percepção. 2) A inteligência é definida como a capacidade de raciocinar, resolver problemas e compreender ideias. Testes como Matrizes de Raven podem avaliar inteligência. 3) A atenção envolve focar-se em estímulos e manter foco por tempo. Testes como Bateria de Testes de Reações avaliam atenção concentrada e distribuída e vigilante.
1) O documento discute avaliação psicológica de condutores, incluindo inteligência, atenção e percepção. 2) A inteligência é definida como a capacidade de raciocinar, resolver problemas e compreender ideias. Testes como Matrizes de Raven podem avaliar inteligência. 3) A atenção envolve focar-se em estímulos e manter foco por tempo. Testes como Bateria de Testes de Reações avaliam atenção concentrada e distribuída e vigilante.
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4.
INSTRUMENTOS DE AVALIAO CONDUTORES
O decreto-lei 313/2009, prev uma avaliao das seguintes reas psicolgicas: 4.1. Perceptivo-cognitiva Inclui as seguintes aptides/competncias: 1.1. Inteligncia Capacidade de compreenso e formulao de regras gerais utilizando estmulos de natureza concreta ou abstracta e sua aplicao a vrias situaes. (in DL 313/2009) Proveniente do Latim intus legere actionem = ler dentro da aco, compreender dentro, a inteligncia pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, abstrair e compreender ideias e aprender. A inteligncia uma faculdade mental superior e pode ser definida como a capacidade de pensar, conceber e compreender; podemos dizer que a inteligncia o conjunto das funes intelectuais superiores. Parecem existir dois "consensos" de definio de inteligncia. O primeiro, de "Intelligence: Knowns and Unknowns", um relatrio de uma equipe congregada pela Associao Americana de Psicologia em 1995: "Os indivduos diferem na habilidade de entender ideias complexas, de se adaptar com eficcia ao ambiente, de aprender com a experincia, de se engajar nas vrias formas de raciocnio, de superar obstculos mediante pensamento. Embora tais diferenas individuais possam ser substanciais, nunca so completamente consistentes: o desempenho intelectual de uma dada pessoa vai variar em ocasies distintas, em domnios distintos, a se julgar por critrios distintos. Os conceitos de inteligncia so tentativas de aclarar e organizar este conjunto complexo de fenmenos." Uma segunda definio de inteligncia vem de "Mainstream Science on Intelligence", que foi assinada por 52 pesquisadores em inteligncia, em 1994: "Uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstracta, compreender ideias complexas, aprender rpido e aprender com a experincia. No uma mera aprendizagem literria, uma habilidade estritamente acadmica ou um talento para sair- se bem em provas. Ao contrrio disso, o conceito refere-se a uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreenso do mundo sua volta - pegar no ar, pegar o sentido das coisas ou perceber" Do ponto de vista filosfico e psicolgico, pode-se dizer ainda: - A inteligncia a faculdade que conhece e identifica as formas essenciais e causais de qualquer coisa ou evento. - Trata-se de uma faculdade exclusivamente psquica para compreender, em evidncia, a ordem causal da aco ou do fato. - Compreenso das coisas de dentro de qualquer fenomenologia. A respeito das vrias definies para a inteligncia, a abordagem mais importante para o entendimento desse conceito (ou melhor, a que mais gerou estudos sistemticos) baseada em testes psicomtricos. O factor geral medido por cada teste de inteligncia conhecido como factor g importante deixar claro que o factor g, criado por Charles Spearman, determinado pela comparao mltipla dos itens que constituem um teste ou pela comparao dos escores em diferentes testes; portanto, trata-se de uma grandeza definida relativamente a outros testes ou em relao aos itens que constituem um mesmo teste. Isso significa que, se um teste for comparado a determinado conjunto de outros testes, pode-se mostrar mais (ou menos) saturado em g do que se fosse comparado a um conjunto diferente de outros testes. Por vezes a inteligncia pode sofrer alteraes e quando isso acontece as funes intelectuais superiores ficam comprometidas. Tendo como base a altura em que ocorrem as alteraes da inteligncia, podemos definir: a) Oligofrenias: Quando as alteraes da inteligncia ocorrem antes da maturidade. De acordo com a gravidade da situao, podemos definir quatro tipos de oligofrenias, da menor para a de maior gravidade: Ligeira, moderada, grave e profunda b) Demncias: Quando as alteraes da inteligncia ocorrem depois de o indivduo atingir a maturidade. Entre os testes possveis para avaliar a inteligncia temos: As escalas de Wechsler (WPPSI, para a idade pr-escolar, WISC, para as crianas e a WAIS, para os adultos), e as Matrizes Progressivas de Raven (SPM, standard, para a maioria dos adultos e CPM, srie colorida, para crianas ou adultos com dificuldades). Menos conhecidos, temos ainda os DM (Teste dos Domins) e o TONI2 (Teste de Inteligncia No Verbal). A Bateria de Condutores (BC), de que se falar adiante, permite de igual forma avaliar a capacidade cognitiva. No perodo transitrio, considera-se que pela sua simplicidade, caractersticas psicomtricas e saturao em inteligncia geral factor g, as Matrizes Progressivas de Raven, podero permitir um contributo til avaliao da inteligncia dos condutores. 1.2. Ateno A ateno a orientao, o focar de forma activa ou passiva da conscincia para um determinado estmulo ou experincia. Relacionada com a ateno, est a concentrao que podemos definir como sendo a capacidade de manter a ateno ao longo do tempo; no fundo a manuteno da focagem (ns estamos concentrados, quando mantemos a ateno em estmulos relevantes). Para que haja ateno so necessrios trs factores bsicos: Factor fisiolgico, onde depende de condies neurolgicas e tambm da situao contextual em que o indivduo se encontra; Factor motivacional: depende da forma como o estmulo se apresenta e provoca interesse; Concentrao: depende do grau de solicitao e actuao do estmulo, levando a uma melhor focalizao da fonte de estmulo. Quanto a fonte de estmulo podemos ter estmulo visual, auditivo e cinestsico. Entre as principais perturbaes da ateno, temos: Hipoprosexia: diminuio global da ateno; Aprosexia: total abolio da capacidade de ateno, independente dos estmulos; Hiperprosexia: ateno exagerada com certa tendncia; Distraco: sinal de superconcentrao activa da ateno sobre determinados contedos e objectos; Distractibilidade: estado patolgico que se exprime por instabilidade marcante e dificuldade ou incapacidade para se fixar ou se manter em qualquer coisa que implique esforo produtivo; Incapacidade de concentrao. 1.2.1. Ateno Concentrada Capacidade em dirigir a ateno durante determinado tempo obtendo um desempenho estvel. (in DL 313/2009) Entre os vrios testes possveis para avaliar esta capacidade, podemos encontrar: BTR5 Bateria de Testes de Reaces e Toulouse-Piron (ambos sero abordados adiante). 1.2.2. Ateno Distribuda Capacidade em dispersar a ateno, simultaneamente, face a uma diversidade de estmulos visuais e ou acsticos de forma eficiente. (in DL 313/2009) Entre os vrios testes possveis para avaliar esta capacidade, podemos encontrar: BTR5 Bateria de Testes de Reaces e Toulouse-Piron 1.2.3. Ateno Vigilante Capacidade em manter um estado de alerta tnico (viglia) durante bastante tempo no sentido de responder prontamente a estmulos infrequentes que surgem englobados num conjunto de estmulos que tm que ser negligenciados. (in DL 313/2009) Entre os vrios testes possveis para avaliar esta capacidade, podemos encontrar: BTR5 Bateria de Testes de Reaces e Toulouse-Piron 1.3. Percepo A percepo a tomada de conhecimento do mundo atravs de estmulos sensoriais, ou seja, atravs dos rgos dos sentidos. Atravs da percepo um indivduo organiza e interpreta as suas impresses sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisio, interpretao, seleco e organizao das informaes obtidas pelos sentidos. A percepo pode ser estudada do ponto de vista estritamente biolgico ou fisiolgico, envolvendo estmulos elctricos evocados pelos estmulos nos rgos dos sentidos. Do ponto de vista psicolgico ou cognitivo, a percepo envolve tambm os processos mentais, a memria e outros aspectos que podem influenciar na interpretao dos dados percebidos. Falncias Orgnicas Existem dois tipos de falncia orgnica, ou seja, a percepo pode falhar por: a) Falncia perifrica - quando h uma leso nos rgos dos sentidos. A falncia destes rgos leva a uma falncia da percepo. b) Falncia central - quando o crebro no reconhece os estmulos. Este tipo de falncia tambm designado por Agnosias. Exemplo de uma agnosia visual o crebro no reconhecer o significado de uma imagem que est a ver. Alteraes da Percepo Existem dois tipos de alteraes da percepo: - Erros perceptivos: Existe um estmulo sensorial real. Os erros perceptivos so as deformaes com que o indivduo apreende esse estmulo real (que existe mesmo). Podemos definir dois tipos de erros perceptivos: distores (alteraes da intensidade ou da forma espacial dos estmulos) e iluses (no h alteraes na intensidade nem na forma ou tamanho mas sim uma interpretao diferente dos estmulos). - Fenmenos Alucinatrios: No existe um estmulo sensorial real. As percepes do-se na ausncia do objecto (no h um estmulo presente). Os fenmenos alucinatrios (tal como os erros preceptivos), podem ocorrer em qualquer rgo dos sentidos. Podemos definir trs tipos de fenmenos alucinatrios: alucinaes (percepes que ocorrem no espao real, objectivo e na ausncia do estmulo, em que o doente tem uma adeso total alucinao), pseudo- alucinaes (percebidas no espao subjectivo, isto , dentro da cabea da prpria pessoa: o doente ouve vozes dentro da sua cabea, vozes estas que no existem no espao exterior; podem tambm ser designadas por alucinaes endo-psquicas) e alucinoses (vividas no espao real (objectivo) mas o "eu" do doente no adere situao - h uma crtica parcial do doente situao) 1.3.1. Rapidez Perceptiva Capacidade perceptivo -cognitiva para a apreenso rpida da informao visual, que apela discriminao de estmulos visuo-perceptivos (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar estas capacidades, encontram-se: Bateria para condutores e Toulouse-Piron 1.3.2. Integrao Perceptiva Capacidade perceptivo-cognitiva para processar com exactido a informao visual, que apela selectividade de estmulos visuo -perceptivos. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar estas capacidades, encontram-se: Bateria para condutores e Toulouse-Piron 1.4. Memria Capacidade de recuperao de informao adquirida, atravs de processos de evocao e reconhecimento aps a sua codificao e armazenamento. (in DL 313/2009) A memria a capacidade de adquirir (aquisio), armazenar (consolidao) e recuperar (evocar) informaes disponveis, seja internamente, no crebro (memria biolgica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memria artificial). A memria focaliza coisas especficas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. um processo que conecta pedaos de memria e conhecimentos a fim de gerar novas idias, ajudando a tomar decises dirias. Quando algum perde a memria, perde a identidade, perde a sua vida presente e passada Perde tudo. Vejamos um breve resumo do estudo cientfico da memria: 1885-1950 Estudo dos fenmenos bsicos de aprendizagem e memria em sujeitos normais. Paradigma da Psicologia Comportamental 1960-1970 Modelos estruturais de multi-armazenamento. Estudos em sujeitos normais e amnsicos. Paradigma da Psicologia Cognitiva. 1980- Perspectiva interdisciplinar. Sistemas de memria. Estudo estrutural e funcional. Os estudos neuropsicolgicos sobre a memria iniciam-se de forma sistemtica nos finais do sculo XIX. A memria, paralelamente linguagem, actualmente uma das funes mais estudadas. - Ribot (1981), descreve os princpios gerais da organizao da memria. - Ebbinghaus (1885), organiza o primeiro estudo cientifico sobre a memria, identificando trs formas de memria: voluntria (recordaes intencionais), involuntria (recordaes espontneas) e recordaes no conscientes nem reconhecidas como prprias que afectam e se expressam pela conduta do sujeito. - Korsakoff (1887), descreve o sndroma com o seu nome, devido a uma carncia vitamnica. - James (1890), considera que a memria est organizada em dois sistemas: primrio (transitrio) e secundrio (permanente). - Ramon y Cajal (1894), descobrem que o SN composto por unidades distintas (os neurnios), que se comunicam atravs de sinapses. A comunicao e troca de informaes durante as sinapses estariam na base da memria. - Karl Lashley, foi o primeiro no estudo neurobiolgico da memria: Identificao da localizao neuronal dos hbitos aprendidos. - Donald Hebb, foi outro dos pioneiros do estudo neurobiolgico da memria. Afirma que as funes superiores tm a sua base em estruturas cerebrais. - Scoville e Milner (1955), com o caso HM, descrevem dois sistemas: memria a curto prazo e memria a longo prazo. - Neisser (1967), diferencia trs processos bsicos de memria: codificao, armazenamento e recuperao. - Atkinson e Shifrin (1968), apresentam o Modelo Multiarmazem de memria (Modelo Multimodal): - Baddeley Hitch (1977) Baddeley (1990), desenvolvem o conceito de armazm a Curto Prazo - Tulving (1985), apresenta uma definio de memria de corte estrutural: Os sistemas de memria constituem as grandes subdivises da organizao global da memria, constituindo estruturas organizadas de componentes operantes mais elementares. Um componente operante de um sistema, consistiria num elemento neuronal e seus correlatos comportamentais e cognitivos. - Sherry e Schacter (1987), descrevem a memria como uma interaco de mecanismos de aquisio, reteno e recuperao, que se caracterizam por certas regras de funcionamento. - Baddeley (1994), defende que a memria um sistema de armazenamento e recuperao da informao, que utiliza trs etapas: codificao, meio de armazenamento para conservar a informao e acesso informao armazenada (recuperao). Apesar destas trs etapas serem conceptualmente diferentes, esto intimamente relacionadas, j que uma modificao que afecte uma das etapas, tender a afectar as restantes. - Ruiz Vargas (1998), afirma que a memria um complicado sistema de processamento da informao que opera atravs de processos de armazenamento, codificao, construo, reconstruo e recuperao da informao. Do ponto de vista neuropsicolgico, entendemos a memria como uma funo de integrao que engloba a ateno-concentrao, orientao e memria e depende de vrios factores como bioneurolgicos, psicolgicos, socioculturais, temporais, situao funcional das outras funes superiores e caractersticas do material a memorizar. Actualmente existe um grande debate relativo relao entre a aprendizagem e memria. O que se pode dizer que so dois processos dificilmente superveis e que frequentemente se englobam sobre o mesmo termo genrico de memria. - Squire (1987), defende que aprender est relacionado coma aquisio de nova informao e a memria se relaciona com a recuperao da aprendizagem num estado a que se pode aceder posteriormente, A tendncia actual, parece ser defender que a aprendizagem uma etapa que leva aquisio de habilidades e comportamentos novos, enquanto a memria a reteno destes conhecimentos ou habilidades adquiridas. So pois dois processos distintos mas intimamente relacionados e interdependentes. Existem vrios tipos de classificao da memria: Memria Curto Prazo (MCP) Memria Longo Prazo (MLP) Memria Explcita ou Declarativa Memria Implcita ou Procedimental Memria Imediata Memria Retardada Memria Remota Memria Antergrada Memria Retrgada A Memria a Curto Prazo (MCP), um armazm transitrio. Perde-se facilmente a menos que haja um processo activo que mantenha a informao estvel. De acordo com o tempo de armazenamento, podemos diferenciar entre: Memria Sensorial, Memria Imediata e Memria de Trabalho. Memria Sensorial: A informao entra primeiramente nos registos dos rgos sensoriais, que variam de acordo com o tipo de estmulo (armazm visual ou memria icnica, armazm auditivo, armazm hptico ou tctil). um registo pr-categorial com uma capacidade limitada e escassa durao. atravs deste sistema que a informao aferente chega ao crebro, sendo um armazm sensorial durante um tempo muito breve (entre1000 e 2000 milisegundos). Por esta razo, muitos autores no a consideram como uma memria propriamente dita, mas antes um mero registo. Memria Imediata: Mantm durante um perodo de tempo breve a informao retida no processo de registo. Depende da ateno focalizada, considerando-se que a informao se mantm em circuitos neuronais. Este sistema tem um acapacidade de 72 elementos memory spam (nmero mgico de Miller). Memria de Trabalho: Este termo foi proposto por Baddeley e Hich (1974) working memory sendo frequentemente considerada como a memria a curto prazo geral. Os limites temporais da durao da recordao da memria de trabalho no esto claramente definidos (Lezak prope uma durao entre alguns segundos e 60 minutos, enquanto outros autores situam o seu intervalo na clssica durao de cerca de 1 ou 2 minutos). A memria de trabalho tem um sistema capaz de reter e manipular temporalmente a informao, particularmente em tarefas cognitivas como a aprendizagem, a recuperao, a compreenso e o raciocnio. Requere um nvel de ateno voluntria que impea o desaparecimento dos ltimos dados informativos, constando de trs subcomponentes: a) Executivo Central: Funciona como um sistema de ateno e controlo, cuja principal funo coordenar a informao aferente desde as diversas fontes. Tem acesso a sistemas de MLP permitindo recuperar as recordaes depositadas neste segundo as necessidades de cada momento. A estrutura anatmica implicada o neocortex prfrontal. b) Agenda Visuoespacial: Utilizada no caso de informaes visuais, participando no processamento de aspectos relativos orientao no espao, bem como no reconhecimento de faces, objectos, formas, etc. Envolve o neorcortex, associativo parieto-temporal-occipital, reas 19, 7b, 39 e 40. c) Lao Fonolgico: Permite armazenar e reforar a informao baseada na linguagem. Envolve o neocortex frontal e temporal bem como as reas 44 e 22. Contem dois subsistemas: Buffer Fonolgico (que participa na maturao activa da informao lingustica e armazena a informao auditiva verbal durante um espao temporal breve) e o Processamento Subvocal (que intervm no reforo do contedo do buffer fonolgico e permite a repetio subvocal articulatrio). A memria Longo Prazo (MLP) no um nico sistema, sendo antes composta por vrios elementos. Quando se fala que o sujeito perdeu a memria a este tipo de memria que geralmente nos estamos a referir. De acordo com a neuropsicologia cognitiva, a MLP divide-se em memria explcita (ou declarativa), com um carcter voluntrio e memria implcita (ou procedimental), de carcter involuntrio. A memria explcita encontra-se acessvel recuperao consciente, incluindo datas, episdios, listas, relaes, todo um conjunto de dados que necessitam de aprendizagem. Est includa no que o senso comum chama de memria, sendo nela que surgem a maioria das perturbaes clnicas. A memria implcita, engloba habilidades e destrezas perceptivas e motoras adquiridas e s acessveis pela aco. Tulving (1972), divide a memria explcita em memria episdica, semntica e procedimental. a) Memria Episdica: Permite ao sujeito recordar os aspectos da sua vida pessoal, familiar e social, tratando-se de um sistema mnsico para informaes relativas a episdios situados temporal e espacialmente. b) Memria Semntica: Conhecimento que o sujeito tem sobre o mundo, sem referncia espacio-temporal. c) Memria Procedimental: Com as caractersticas previamente indicadas. Esquematicamente e segundo o autor, teramos ento: Alguns autores propem ainda que entre a MCP e a MLP existe uma memria intermdia, na qual a informao retida durante um nmero de horas varivel. Apesar das vrias hipteses de classificao existentes, a classificao mais utilizada em clnica divide a memria em imediata, retardada e remota. Na Memria Imediata, a informao evocada imediatamente pelo estmulo, na Memria Retardada, a informao armazenada durante um perodo de tempo varivel para evocao posterior, e na Memria Remota, a informao permanece armazenada durante toda a vida do sujeito. Outra classificao amplamente utilizada a que divide a memria em antergrada e retrgrada. A Memria Antergrada, refere-se capacidade para adquirir nova informao. Na amnsia antergrada, o sujeito sente uma forte incapacidade para aprender e reter novas informaes e falha no registo contnuo das actividades dirias. causada por leses cerebrais focais e difusas, como seja o traumatismo craneoenceflico, sndrma Korsakoff, doena de Alzheimer, etc. A Memria Retrgrada, consiste na capacidade para recordar feitos ou sucessos j aprendidos e memorizados. Esta memria fica afectada por leses no hipocampo, diencfalo e lbulo frontal. Esquematicamente poderamos ver o processo de memria da seguinte forma: Processo Funo Conceito INPUT Procedimental, Conceputal Manuteno do estimulo para favorecer o processamento Ateno Esforo/automtica MCP Memria Primria Aquisio Compreenso do estmulo e associao com conhecimentos prvios Aprendizagem Episdica/semntica, Declarativa/procedimental ARMAZENAMENTO Reteno Manuteno MLP Memria Secundria OUTPUT Evocao Rercordao Implcita/ explcita Priming Episdica/semntica Delcarativa/procedimental Existem vrios factores que influenciam a funo mnsica: a) Factores Bioneurolgicos: certas patologias neurolgicas afectam a memria: TCE, doenas degenerativas do SN, alteraes vasculares, infeces, tumores Estas alteraes variam com outros factores como seja a localizao da leso, tipo e tamanho da leso, etc. b) Factores Psicolgicos: A situao motivacional e emocional do sujeito tem de ser considerada na avaliao dos rendimentos mnsicos dos sujeitos. A motivao vai afectar a vontade do sujeito para aprender o material. O estado emocional e motivacional desempenha um papel importante nos processos de consolidao da memria. c) Factores Atencionais: A memria depende da quantidade de informao recebida e da ateno do sujeito. d) Situao funcional de outras funes superiores: As alteraes de outras funes superiores (ateno, concentrao, linguagem, raciocnio) podem interferir na memria provocando alteraes mnsicas. e) Factores sociodemogrficos: A memria depende de factores como o sexo, idade, nvel educacional e sexo. No que concerne nomeadamente idade, as funes mais susceptveis de deteriorao so: evocao espontnea da informao, sequenciao temporal da informao, emprego de estratgias de codificao, recordao da fonte e origem da informao previamente adquirida. A idade afecta sobretudo a memria de trabalho, a capacidade de inibio (falar repetidamente) e memria a longo prazo explcita e semntica). f) Nvel educacional: Os rendimentos neurpsicolgicos em geral, aumentam com o nvel social, educacional e cultural dos sujeitos. g) Caractersticas do material a memorizar: Se de natureza auditiva (verbal ou no verbal), visual (imagens com e sem relao e familiaridade), gustativo, tctil (frequncia de uso, trmico), olfactivo e ainda a natureza abstracta ou concreta e a componente motiva associada ao material. A memria no um sistema unitrio, mas uma rede de sistemas interactivos, cada um capaz de registar e armazenar informaes e deixa-las disponveis para futura recuperao. Neste sistema esto implicadas diversas estruturas como o crtex cerebral, lbulo frontal, lobo parietal, lobo temporal, lobo occipital, regio subcortical, leucosubcorticalidade, diencfalo e tronco enceflico. a) Crtex Cerebral: Funciona como um armazm de memria, envolvido no processamento e anlise de experincias presentes. Na memria declarativa, permite o processamento de informao, seu armazenamento e recuperao. b) Crtex frontal: Envolvido na MCP: memria de trabalho e memria de feitos recentes. As conexes recprocas hipocampo-lbulo prefrontal, participam na consolidao. Est implicado em processos de raciocnio e funes cognitivas necessrias na realizao de tarefas mnsicas. O crtex prefrontal direito est relacionado com tarefas que implicam processos estratgicos que permitem organizar a informao em funo de um contexto espacio-temporal. O crtex temporal activa-se durante tarefas que requerem uma aprendizagem implcita ou procedimental. Leses no lbulo frontal causam dificuldade para situar o contexto espacio-temporal onde aprendeu a informao, problemas no armazenamento e ou evocao da informao que requer uma ordem temporal. Estes sujeitos no organizam o que aprenderam a menos que com a ajuda de determinadas chaves ou pistas que podem levar evocao do material este quadro est relacionado om dificuldade na organizao da informao. ainda visvel uma m utilizao de estratgias de aprendizagem, mais a susceptibilidade ou deficits na sequenciao temporo-espacial, verificando-se, no entanto, bons resultados nas tarefas de reconhecimento (uma vez que o problema est relacionado com a organizao da informao). Verifica-se um certo grau de amnsia retrgrada devido a uma alterao na organizao do material durante o processo de evocao e dificuldades na evocao da sua prpria memria (metamemria) de tal forma que o doente sobrevaloriza os seus conhecimentos e aprendizagens. c) Lobo Parietal: Tradicionalmente no se considerava o lobo parietal como importante para a memria, mas com as tcnicas de neuroimagem recentes, descobriu-se que desempenha um papel importante sobretudo na memria de trabalho, devido conexo que estabelece com o resto do crebro. Verificou-se a activao de zonas posteriores da rea parietal medial em tarefas de recordao episdica e reorganizao do material aprendido, em funo da informao previamente armazenada. Comprovou-se que o crtex parietal posterior esquerdo (rea 40), o crtex prfrontal, a rea de Broca, a rea motora suplementar e rea pr-motora, aparecem activas no armazenamento verbal. Nas tarefas de armazenamento visual, registou-se uma activao do crtex parietoccipital (reas 7 e 19) e o crtex prefrontal dorsolateral do hemisfrio direito (reas 46 e 9). d) Lobo Temporal: a estrutura classicamente envolvida na memria. Regies mediais participam na memria declarativa, activando-se quando se evoca uma recordao intencional. O plo temporal (rea 38), a regio inferotemporal (reas 20, 21, 36 e 37), esto relacionadas com a memria retrgrada. O hipocampo funciona como um armazm transitrio de informao adquirida at que se transfira para um depsito a longo prazo, fundamentalmente o neocrtex. O hipocampo apresenta repetidamente a informao adquirida no crtex cerebral com vista a permitir a integrao da nossa informao no crtex cerebral sem que se produza a eliminao de uma informao previamente registada. Leses hipocmpicas podem causar amnsia antergrada e amnsia retrgrada. Leses localizadas no crtex perinasal e entonasal (que participam na consolidao da informao durante muitos anos), causam amnsia retrgrada nos anos prvios ao momento da leso. Leses bilaterais que afectam o plo temporal, causam dificuldades para recordar acontecimentos ou feitos da vida passada; so capazes de recordar feitos isolados, mas no conseguem situar os acontecimentos no contexto autobiogrfico. e) Lbulo Occipital: Embora no seja uma rea exclusiva da memria, leses em determinadas reas (rea 17 (CV1) e 18 de Broadman, etc), podem provocar alteraes na reteno de material visual e memria. f) Regio Subcortical: Os ncleos cinzentos da base esto relacionados com a memria procedimental. Na doena de Hutington, os doentes podem apresentar deteriorao na capacidade de aquisio de novas habilidades e procedimentos. g) Leucosubcorticalidade: Para haver memria necessrio a comunicao interneuronal atravs de redes que utilizam estas fibras. Constitudo por fascculos de proteco, fibras de associao, fibras comissurais. Leses bilaterais no frnix podem provocar alteraes na memria para material verbal e no verbal, devido s amplas conexes que estabelece com o hipocampo e cospos mamilares. h) Diencfalo (crebro mdio): Constitudo pelo epitlamo, tlamo e hipotalamo (subtlamo, hipotlamo e corpos mamilares), dos quais o tlamo e os corpos mamilares, se revelam importantes na memria. Para alm de filtro sensitivo e motor, o tlamo participa tambm em muitas funes cognitivas, entre elas a memria. J se descreveram mais de 50 ncleos talmicos, alguns dos quais meramente observados pela microscopia, desconhecendo-se a funo de muitos. O ncleo anterior do tlamo participa na consolidao da informao, os ncleos intralaminares, visam a evocao da informao e o ncleo dorsomedial participa na organizao temporal da memria. As leses nos corpos mamilares podem causar alteraes na memria, mas sempre com menos gravidade do que se a leso for a nvel do hipocampo. No entanto, o deficit ser mais grave se implicar o ncleo dorsomedial do tlamo e os ncleos da linha media. i) Tronco Enceflico: Envolve a formao reticular, o cerebelo e os ncelos de origem dos pares craniais. A formao reticular muito importante, no s para o funcionamento mnsico como tambm para qualquer funcionamento cognitivo, j que sempre requerido um nvel ptimo de activao. O cerebelo est implicado na aprendizagem e na memria procedimental. Os ncleos de origem dos pares craniais, constituem as vias de entrada perceptivas, sendo fundamentais para a integrao mnsica. Avaliao da Memria: A avaliao da memria, tal como das demais funes cognitivas que veremos seguidamente, deve basear-se num processo analtico de cada um dos componentes cognitivos subjacentes respectiva funo. Deve igualmente considerar-se as caractersticas do sujeito, os factores que influenciam a memria e analisar cada um dos componentes fundamentais na actividade mnsica. No final da avaliao psicolgica, deve registar-se um perfil das capacidades e incapacidades do sujeito, prever a recuperao da funo cognitiva nas actividades da vida diria, prever as alteraes de funcionamento mnsico no tempo, e determinar o enfoque teraputico a utilizar. A memria pode ser avaliada atravs de medidas directas ou explcitas que exigem uma expresso consciente da parte do sujeito em recordar a informao e incluem testes de recordar (relacionado com a sada do material) e reconhecimento (identificar entre vrias alternativas a que est correcta relacionado com a codificao) ou medidas indirectas ou implcitas. Para avaliar a memria podemos recorrer a baterias de memria, testes especficos ou subtestes especficos de outras baterias no especficas da memria. Entre as baterias de memria, podemos citar: - Wechsler Memory-Scale Revised (WMS-R) Wechsler, 1987; - Escala de Avaliao de Memria (MAS). - Provas de Memria Imediata (PMI4) Os testes especficos de memria, elaborados para o estudo de determinados componentes ou aspectos da memria, incluem provas como a Histria de Babcock. Podem dirigir-se especificamente memria visual (TRV Benton, Figura Complexa de Rey, Cubos de Knox), memria verbal (Histria de Babcock, Teste de Aprendizagem Auditiva Verbal de Rey), memria tctil (aprendizagem de sons irregulares e reconhecimento), memria remota (eventos pblicos, TV, caras famosas), memria de trabalho (controlo mental WMS-R dgitos WAIS fluncia fontica e semntica, tempo de latncia entre tarefas go/no go), memria episdica (basicamente todos os anteriores), memria semntica (testes da neuropsicologia cognitiva), aprendizagem e memria procedimental (Torre de Henri) Alteraes da Memria: Alguns autores recomendam que se utilize o termo amnsia (ausncia completa de memria, implicando leses bilaterais) apenas para o sndrome amnsico puro devendo falar-se de dismnsias, perturbaes ou alteraes de memria nos outros casos. 2. Psicomotora a cincia que tem como objecto de estudo o homem atravs do seu corpo em movimento e em relao ao seu mundo interno e externo. Est relacionada ao processo de maturao, onde o corpo a origem das aquisies cognitivas, afectivas e orgnicas. sustentada por trs conhecimentos bsicos: o movimento, o intelecto e o afecto. Psicomotricidade, portanto, um termo empregado para uma concepo de movimento organizado e integrado, em funo das experincias vividas pelo sujeito cuja aco resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socializao. (Sociedade Brasileira de Psicomotricidade) A psicomotricidade pode tambm ser definida como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relaes e as influncias recprocas e sistmicas entre o psiquismo e a motricidade. Baseada numa viso holstica do ser humano, a psicomotricidade encara de forma integrada as funes cognitivas, scio-emocionais, simblicas, psicolingusticas e motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial. A psicomotricidade possui as linhas de actuao educativa, reeducativa, teraputica e relacional. Quanto incidncia Corporal: dispraxia, desarmonia tnico-emocional, instabilidade postural, perturbaes do esquema corporal e da lateralidade, estruturao espacial e temporal, perturbaes da imagem corporal, problemas psicossomticos. Relacional: dificuldades de comunicao e de contacto, inibio, hiperactividade, agressividade, etc. Cognitiva: no plano do processamento informacional: dfices de ateno, de memria, de organizao perceptiva, simblica e conceptual. Educativa: na propedutica das aprendizagens escolares e no afinamento das praxias coordenativas Perturbaes da Psicomotricidade - Hipercinsia: Corresponde a um aumento do ritmo dos movimentos e caracterizada por uma agitao psicomotora, inquietao e hiperactividade. - Hipocinsia: Corresponde a uma diminuio do ritmo dos movimentos e caracterizada pelo estado de esturpor. - Acinesia: Corresponde a uma perda total dos movimentos; h uma inibio das actividades, o doente pra completamente. Caracteriza-se tambm pelo estado de esturpor. - Paracinsia: Corresponde a um conjunto de movimentos que so feitos de uma forma diferente ou num contexto diferente. - Maneirismo/Bizarrias: So movimentos parasitas dos movimentos normais; so gestos estranho e bizarros. Por exemplo, os gestos efeminizados que copiam os gestos das mulheres. - Tiques: So movimentos repetitivos que ocorrem em contexto incompreensvel. Os tiques so ocasionados pelo sistema nervoso, possuindo assim uma transduo neurofisiolgica. - Rituais: Os rituais so sequncias de gestos (comportamentos) que so sempre feitas da mesma maneira. Temos , por exemplo, os rituais compulsivos - o indivduo faz um determinado conjunto de movimentos como forma de apaziguar a ansiedade. - Movimentos discinticos e distnicos: Estes movimentos caracterizam-se pela alterao da tonicidade muscular (distonia ) e pela alterao na execuo dos movimentos voluntrios e intencionais (discinsia). Assim, so movimentos e actos com interrupes, paragens, hesitaes e retrocessos (estes movimentos so provocados por alteraes neurolgicas, que podem ser causadas por determinados medicamentos). - Tremores: Os tremores so mais do foro neurolgico do que do psiquitrico. importante referir que, para alm da hipercinsia - que est relacionada com o aumento dos movimentos - da hipocinsia - que est relacionada com a diminuio de movimentos - e da acinsia - que est relacionada com a perda dos movimentos. Todas as outras perturbaes esto relacionadas com os movimentos descontextualizados. 2.1. Motricidade 2.1.1. Segurana Gestual Capacidade de executar e manter com preciso cinestesias estticas (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: BTR5 Bateria de Testes de Reaces e Estabilimetro 2.1.2. Destreza Manual Capacidade de executar com preciso e rapidez cinestesias dinmicas de pequena amplitude. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: BTR5 Bateria de Testes de Reaces, Estabilimetro e Purdue Pegboard Teste de Destreza Manual 2.2. Coordenao: a capacidade de usar de forma mais eficiente os msculos esquelticos (grandes msculos), resultando em uma aco global mais eficiente, plstica e econmica. Este tipo de coordenao permite a criana ou adulto dominar o corpo no espao, controlando os movimentos mais rudes. Ex: andar, pular, rastejar, etc. Coordenao motora geral especfica: Permite controlar movimentos especficos de uma actividade. Ex: chutar uma bola (futebol), bandeja (basquete), etc. Coordenao motora fina: a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos msculos, produzindo assim movimentos delicados e especficos. Este tipo de coordenao permite dominar o ambiente, propiciando manuseio dos objectos. Ex.: recortar, lanar em um alvo, costurar, escrever, digitar, etc. Para que haja um trabalho de coordenao necessrio que se tenha um canal de entrada de informaes (input) e um canal de sada para execuo (output) dos comandos vindos do crebro. O canal input preenchido pelo sistema receptor, ou seja, os sentidos visual, tctil, cinestsico, auditivo, e vestibular. Enquanto que o canal output composto pelo Sistema locomotor completo (membros superiores, membros inferiores e tronco ). 2.2.1. Coordenao Bimanual Capacidade em coordenar em simultneo os movimentos de ambas as mos face a ritmos impostos e ou livres. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Reaccionmetro e RM Rapidez Motora 2.2.2. Coordenao culo-manual-pedal Capacidade em coordenar os movimentos de mos e ps em resposta a estmulos visuais ou acsticos. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Reaccionmetro 2.3. Reaces 2.3.1. Simples e de Escolha Capacidade em reagir adequadamente a estmulos visuais ou acsticos predefinidos (simples) ou aps a sua seleco a partir de um conjunto alargado de estmulos tambm composto por estmulos distractores (escolha). (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: BTR5 Bateria de Testes de Reaces e Reaccionmetro 2.3.2. Mltiplas e Discriminativas Capacidade em reagir a uma multiplicidade de estmulos visuais e ou acsticos que impliquem associaes especficas entre estmulos e respostas. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: BTR5 Bateria de Testes de Reaces e Reaccionmetro 3. Psicossocial 3.1. Factores de Personalidade Personalidade pode ser definida como um conjunto de caractersticas relativamente estveis e duradouras na conduta de um indivduo. A formao da personalidade processo gradual, complexo e nico a cada indivduo. Carver e Scheier do a seguinte definio: "Personalidade uma organizao interna e dinmica dos sistemas psicofsicos que criam os padres de comportar-se, de pensar e de sentir caractersticos de uma pessoa". Esta definio de trabalho salienta que personalidade: uma organizao e no uma aglomerado de partes soltas; dinmica e no esttica, imutvel; um conceito psicolgico, mas intimamente relacionado com o corpo e seus processos; uma fora activa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa com o mundo que a cerca; Mostra-se em padres, isto , atravs de caractersticas recorrentes e consistentes Expressa-se de diferentes maneiras - comportamento, pensamento e emoes. Asendorpf complemente essa definio. Para ele personalidade so as particularidades pessoais duradouras, no patolgicas e relevantes para o comportamento de um indivduo em uma determinada populao. Esta definio acrescenta quela de Carver e Scheier alguns pontos importantes: Os traos de personalidade so relativamente estveis no tempo; As diferenas interpessoais so variaes frequentes e normais - o estudo das variaes anormais objeto da psicologia clnica (ver tambm transtorno mental e transtorno de personalidade) A personalidade influenciada culturalmente. As observaes da psicologia da personalidade so assim ligadas apenas populao em que foram feitas; para uma generalizao de tais observaes para outras populaes necessria uma verificao emprica. Classificao da Personalidade: Thomas e Chess (anos 70), verificaram num estudo em bebs que eles eram j diferentes uns dos outros, podendo ser classificados em trs categorias: bebs de fcil relacionamento, bebs de relacionamento difcil e bebs com dificuldades num 1 contacto, mas que depois estabeleciam boas relaes. As classificaes da personalidade poderiam ser: - Classificaes do normal (feitas a partir de indivduos normais), ou com classificaes da Psicopatologia (como as de Freud) em que era a patologia do indivduo que fornecia a informao, que seria depois extrapolada para a populao em geral. - Classificaes categoriais e classificaes dimensionais: Certos psiclogos concluram que as classificaes categoriais no eram possveis, pois no se podia agrupar para determinado indivduo um nmero de caractersticas que definam totalmente o sujeito (h nuances individuais que no permitem constituir categorias). Segundo estes psiclogos, o que devemos considerar intervalos alargado onde se possa incluir as nuances. desta forma que surgem as dimenses e consequentemente as classificaes dimensionais. Surge ento a classificao Multiaxial (DSM IV), que leva em considerao outras dimenses para alm da Psicopatologia. EIXO I Psicopatologia EIXO II Personalidade e Psicopatologia da Personalidade EIXO III Patologia Somtica EIXO IV Acontecimentos vitais EIXO V Nvel de funcionamento Mtodos de avaliao da personalidade: 1. Entrevista (estruturada e semi-estruturada); 2. Escalas de avaliao: I - Escalas de avaliao de ordenao: avalia-se um indivduo em comparao com outros; o examinador ordena os indivduos de acordo com a caracterstica a avaliar. II - Escalas de avaliao de classificao: o avaliador deve escolher a categoria ou n que melhor descreve o indivduo faca caracterstica a avaliar: a) de categorias (o avaliador escolhe a categoria, fornecida pela escala que melhor descreve o indivduo face caracterstica a avaliar). b) numrica (o avaliador escolhe o n/valor que melhor descreve o indivduo no que se refere caracterstica a avaliar - so passveis de tratamento estatstico). c) grfica: apresentado ao avaliador um trao contnuo no qual dever colocar um trao vertical, sabendo que o extremo esquerdo do trao contnuo representa o polo negativo, enquanto o direito representa o polo positivo. Limitaes: a) estas escalas traduzem muito mais a imagem que o indivduo provoca nas outras pessoas do que as suas caractersticas reais. Para garantir uma maior objectividade pode utilizar-se mais de um avaliador, sendo o resultado da escala, a mdia das avaliaes feitas dos vrios juzos de uma determinada caracterstica. b) Mas a preciso intercotaes muito baixa, pelo que a medida no faz muito sentido (um avaliador pode interpretar de forma diferente no s a caracterstica em si, como tambm os itens da escala). Para solucionar este problema podem-se operacionalizar os conceitos envolvidos, os itens da escala, e definir concretamente as medidas a avaliar. c) Efeito de Halo: a avaliao de uma caracterstica condiciona a avaliao de caractersticas posteriormente apresentadas. Uma das formas de solucionar este problema consiste em avaliar todos os sujeitos em relao a uma caracterstica, e depois avaliar todos os sujeitos em relao a outra caracterstica, e assim por diante, at ltima caracterstica a avaliar. d) so pouco vlidas e precisas, pelo que no so consideradas como testes; no so objectivas e a sua avaliao no independente do avaliador - erros de tendncia central, de indulgncia e de severidade. 3. Questionrios e inventrios de personalidade: So ambos testes de auto-descrio. Nos 1s itens so colocados sob a forma de questes e nos 2s sob a forma de afirmaes. Foram construdos atravs de mtodos de anlise factorial (homogeneidade de itens) e mtodos que recorram a grupos-padro (permitindo diferenciar significativamente o grupo que se pretende estudar, de outros grupos). a) Categorias de questionrios: de interesses (utilizados na orientao escolar e profissional); de atitudes (visa o apuramento de opinio pblica em relao a um determinado objecto de atitude); clnicos (auxiliares no diagnstico clnico de perturbaes psicolgicas); de adaptao (exploram o grau de adaptao de uma personalidade ao meio). b) Limitaes: 1- Considerando que so instrumentos de auto-avaliao, esto sujeitos falsificao e a sua validade depende do conhecimento que tem de si prprio e da vontade que tem de participar no questionrio. 2- enviesamento da resposta por desejabilidade social. 3- No do uma viso global, avaliam apenas caractersticas isoladas. 4- A preciso dos questionrios e, principalmente, a preciso teste-reteste baixa, devido ao factor de que a personalidade compreende, alm de componentes estveis, componentes situacionais susceptveis de influenciar a resposta s questes colocadas. Testes objectivos de personalidade: so todos os instrumentos que, alm de apresentarem caractersticas psicomtricas (objectividade e uniformidade na cotao e interpretao dos testes, validade e preciso satisfatrias) tm um objectivo que desconhecido para o sujeito. Diminui a possibilidade de falsificao. Implicam procedimentos rigorosos de registo de resposta. Tcnicas projectivas: princpio priori: se se apresentar a um indivduo um E pouco estruturado, desorganizado e ambguo, e lhe pedirmos para dar um significado a esse E, o contedo e a natureza da resposta sero reveladores da organizao dinmica da sua personalidade. So particularmente sensveis aos aspectos inconscientes da personalidade (influncia psicanaltica). O objectivo ltimo apreender a personalidade na sua totalidade. Resposta aberta e, teoricamente, ilimitada. Crticas: 1- As tcnicas projectivas no possuem as caractersticas psicomtricas que permitiriam conferir-lhes o estatuto de teste, pelo que os resultados obtidos so questionveis, uma vez que dependem da subjectividade do examinador. Defesa: 2- A maior parte dos estudos de preciso e validade feitos sobre tcnicas projectivas foram mal conduzidos, pois no consideraram a sua especificidade. As qualidades metrolgicas das tcnicas projectivas aumentaram com o aperfeioamento do seu grau de preciso (inter-cotadores e teste-reteste) e de validade; alm de que foram estabelecidas normas e instrues de cotao e interpretao. Isto confere s tcnicas projectivas a qualidade de testes De uma forma geral, para avaliar a personalidade poderemos optar por mtodos projectivos (TAT ou Rorschach) ou por Escalas, como seja o MMPI ou Millon. 3.1.1. Maturidade Psicolgica Capacidade de adequar o seu comportamento s exigncias da realidade envolvente em conformidade com um desenvolvimento psicoafectivo adulto. (in DL 313/2009) 3.1.2. Responsabilidade Capacidade de aceitar regras formais, tarefas e deveres e comportar -se em conformidade assumindo as suas condutas. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Bateria para condutores 3.1.3. Estabilidade Emocional Capacidade em controlar, regular, moderar e exprimir reaces emocionais de forma adequada sem influenciar a eficincia dos desempenhos e ou interferir com outras pessoas. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Bateria para condutores 3.1.4. Despiste Psicopatolgico Perturbaes do foro psquico que possam implicar riscos face segurana no trfego. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Bateria para condutores, MMPI, Millon. 3.1.5. Atitudes e Comportamentos de Risco face segurana do trfego Predisposies para aces e ou condutas que possam implicar riscos face segurana no trfego. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Bateria para condutores 3.1.6. Competncias Sociais Capacidade para desenvolver, manter e valorizar contactos e relaes sociais e de cidadania, bem como tolerncia s diferenas individuais e culturais. (in DL 313/2009) Entre os instrumentos disponveis para avaliar esta capacidade, encontramos: Bateria para condutores Anlise de alguns dos testes referidos a) Bateria para Condutores (BC) Autor: J. L. Fernndez Seara Verso: Espanhola (traduo de Rui Carreteiro) Populao: Adultos Idade: + 20 anos Aplicao: Colectiva Tempo de Aplicao: +/- 60 min. Preo: +/- 60 Euros Esta bateria constituda por trs provas de aptides e uma prova de personalidade. As trs provas de aptides avaliam a capacidade intelectual, a orientao espacial e a rapidez perceptiva. O questionrio de personalidade permite identificar a presena de dois padres-tipo comportamentais dos condutores. A bateria BC constituda pelo seguinte material: * Manual Tcnico * Caderno de Aplicao * Folha de Respostas Auto-corrigvel Exemplos de itens: Subteste 1: Como ficaria o azeite e a gua depois de os juntarmos e 13 agitarmos? A. A B. B C. C D. No se sabe Subteste 2: O desenho de baixo representa a roda de um carro com vrios raios e cada raio distingue-se por uma letra. Nos exerccios vai encontrar rodas mais pequenas s com um raio em cujo centro se indica uma letra. A tarefa consiste em determinar se esta letra corresponde da roda grande. Para responder na folga, deve assinalar com uma cruz (X) no SIM ou no NO, dependendo de se a letra desse raio corresponde ou no a do raio da roda grande. Veja os dois exemplos de treino que vm em baixo: No exemplo E1 a resposta seria SIM, porque o raio desenhado na roda pequena corresponde ao que tem um E na roda grande. No exemplo E2 a reposta seria NO, porque este raio no corresponde letra M mas sim letra L. Subteste 3 Um semforo tem trs crculos de luz situados um abaixo do outro. Nesta prova, ver grupos de quatro semforos (A, B, C e D) com luzes de desenhos diferentes e a tarefa consiste em procurar e assinalar aquele que apresenta uma luz com um desenho diferente dos utilizados nos outros trs semforos. Veja a seguir alguns exemplos da tarefa. Entre os quatro semforos de mesmo quadro, um deles no utiliza os mesmos desenhos que os outros trs. Em cada quadro, a resposta a letra (A, B, C ou D) do semforo que no utiliza os mesmos desenhos que os outros trs. As solues dos exemplos so: 1.B, 2.A, 3.B, 4.D, 5.C. 6.B, 7.A e 8.D Quando se der a ordem de comear, vire a folha e comece a trabalhar. Faa-o com rapidez mas procure no cometer erros. Se lhe sobrar tempo, pode rever as suas respostas. Subteste 4 3. Fico impaciente, quando: A. Tenho de chegar depressa a algum lugar B. Vou atrs de um veculo que circula lentamente e me impede de ultrapassar C. Me deparo com engarrafamentos ou algum contratempo D. Numa zona urbana tenho de ceder passagem aos pees 4. O meu comportamento : A. Correcto apenas com condutores educados B. De superioridade perante os outros condutores C. Sempre educado e correcto D. Agressivo com os condutores que cometem infraces 5. Mostro-me intolerante perante condutores: A. Novos B. Que me pem em situaes difceis C. Que infringem as normas de trnsito D. Pouco educados b) BTR5 Bateria de Testes de Reaco Autor: Silva e S Verso: Portuguesa (descontinuado) Populao: Adultos Aplicao: Individual atravs do computador Tempo de Aplicao: +/- 20 min. Preo: +/- 300 Euros A BTR5 uma bateria para administrao integral atravs de computador (monoposto), funcionando em ambiente Windows, que possibilita uma avaliao rpida das capacidades de reaco do indivduo a diversos estmulos, utilizando apenas o rato. constituda por 5 provas (Estmulos Simples (semforo), Instrues (lateralidade), Concentrao (e Resistncia Fadiga), Ateno Distribuda e Movimentos Finos (tremuras), envolvendo aptides especficas e regista, grava e imprime os resultados em forma de quadro. O programa estar personalizado com o nome do Psiclogo(a) ou do Gabinete de Psicologia, ter um nmero de srie exclusivo e inclui um manual de ajuda permanente (F1) e um manual de instrues com indicao das normas utilizadas contido no CD. Descrio das Provas: As provas de Estmulos Simples e de Instrues permitem um perodo de treino de 30 segundos e tem um tempo limite de 3 minutos; a prova de Concentrao tem um tempo limite de 5 minutos, dividido em dois perodos iguais de 2,5 minutos; as provas de Ateno Distribuda e Movimentos Finos no tm tempo limite. Prova de estmulos simples: A prova consiste na simulao de um semforo. O sujeito dever reagir aos diferentes estmulos vermelho, amarelo e verde que so apresentados aleatoriamente. Avalia a reaco s cores e interpretao do correspondente cdigo. Exige grande capacidade de ateno a estmulos simples. Prova de instrues: A prova consiste na reaco a um estmulo com instrues direccionais, mostradas aleatoriamente. O sujeito dever reagir o mais rapidamente possvel a cada estmulo. Avalia a reaco a estmulos, implicando sentido da orientao e da posio relativa dos objectos. Prova de concentrao: A prova consiste na reaco a um estmulo visual complexo. O sujeito dever reagir correcta e rapidamente ao estmulo apresentado. Avalia a reaco a estmulos figurativos, implicando elevada concentrao em tarefas repetidas, bem como uma correcta percepo de diferenas. D, ainda, excelentes indicaes sobre a capacidade de adaptao e de aprendizagem em novas situaes. Exige grande capacidade de concentrao e de resistncia fadiga em tarefas repetidas, por perodos prolongados de tempo. Nota: No registo dos resultados relativos prova de CONCENTRAO existe, ainda, um indicador de resistncia fadiga. possvel, assim, avaliar a evoluo do desempenho do sujeito ao longo da prova, nomeadamente: perda ou ganho de velocidade, perda ou ganho de perfeio, relacionamento entre as perdas e os ganhos, capacidade de aprendizagem, resistncia fadiga, capacidade de concentrao por perodos prolongados. feita, ainda, uma breve anlise qualitativa deste parmetro. Prova de ateno distribuda: A prova consiste na busca e deteco de uma srie de 36 nmeros, que devero ser assinalados em sequncia no menor espao de tempo possvel. A nota bruta reflectir o tempo gasto na execuo integral da prova. Avalia a capacidade de discriminao de nmeros colocados aleatoriamente numa tabela, implicando grande capacidade de dispersar a ateno por uma rea vasta e, ainda, capacidade de auto-controlo. Prova de movimentos finos (tremuras): Esta prova consiste em executar, com o rato, um percurso estreito em linha recta sem ultrapassar as margens. Pode ser executado com a mo dominante ou com ambas as mos sucessivamente, ao critrio do psiclogo. A tarefa dever ser executada no mais curto espao de tempo possvel e sem erros. O desempenho calculado atravs de uma frmula ponderada que combina o tempo gasto com o nmero de erros cometidos (ultrapassagem de qualquer das linhas situadas esquerda e direita do percurso. Relatrio: O relatrio apresenta o nome do examinando, data da prova e mostra um quadro com os resultados registados em cada uma das provas, de acordo com os seguintes indicadores: Acertos, Erros, Perfeio (%),Velocidade ( / e ), Tempos, Nota T, Classe (7 classes). Os resultados podem tambm ser visualizados na forma de grfico de barras, a cores. Os relatrios so automaticamente gravados em disco, para consulta ou impresso posterior. c) Estabilmetro Preo: +/- 750 Euros Mede a estabilidade dinmica. O sujeito deve mover uma agulha metlica ao longo de um canal, sem tocar nos lados. A largura do canal pode ajustar-se. Inclui um mdulo de resposta sonora que indica quando os bordos so tocados e um contador que indica o nmero de vezes que tocam. d) Reaccionmetro Preo: +/- 2 500 Euros Objectivo: Avaliar os tempos de reaco a diversos estmulos de tipo visual e auditivo e avaliar diferentes tipos de coordenao motora Principais caractersticas: A sua principal utilizao est dirigida para a avaliao psicolgica de condutores e para o sector industrial. Constituio das Provas - Teste 1: Reaces Simples e de Escolha - Teste 2: Reaces Mltiplas e Discriminativas / Coordenao culo-Manual-Pedal - Teste 3: Velocidade de Antecipao; Impulsividade - Teste 4: Coordenao Bimanual - Teste 5: Tomada de Decises; Tendncia Transgresso de Normas - Teste 6: Factores de Personalidade / Despiste Psicopatolgico - Teste 7: Segurana Gestual (opcional) - Teste 8: Destreza Manual (opcional) Equipamento - Monitor a cores TFT (opcional) - Consola com 3 botes de comando e 2 manpulos - 2 pedais em ao - Controlo remoto para o examinador - Manual de instrues (portugus) - Software portugus para tratamento de resultados e) BAPCON - Bateria de Avaliao Psicolgica de Condutores Autor: Silva e S Verso: Portuguesa Populao: Adultos Aplicao: Individual atravs do computador Preo: +/- 6 500 Euros BAPCON um sistema integrado desenvolvido especificamente para utilizao pelos CAMP (Centro de Avaliao Mdico-Psicolgica) na avaliao psicolgica de condutores. Permite efectuar a aplicao integral das provas previstas no novo Regulamento da Habilitao Legal para Conduzir anexo ao Decreto-Lei n. 313/2009. Esta soluo contempla: Software integrando Provas das reas Perceptivo-Cognitivas, Psicomotora e Psicossocial Base de Dados do CAMP com gesto da ficha tcnica e administrativa do CAMP, das fichas dos candidatos/condutores, grficos, quadros de resultados Registo do Histrico de cada candidato/condutor Legislao adequada Computador ASUS c/ monitor tctil (sistema tudo-em-um) de 20; sistema operativo Windows 7 genuno. Dispositivo USB Hasp Drive, com 2 Gb de capacidade de armazenamento Reaccimetro (equipado com 3 botes de resposta, 2 manpulos e 2 pedais) Estabilmetro (com circuitos de ranhuras e orifcios para avaliao das Provas de Segurana Gestual e Destreza Manual) Manual tcnico em portugus com condies de administrao, metodologia e normas para cada prova (aferio portuguesa) Utilizao ilimitada O BAPCON Sistema Integrado de Avaliao Psicolgica de Condutores composto por: BAPCON - Bateria para a Avaliao Psicolgica de Condutores (para aplicao de 8 provas); Reaccimetro LND100 (para aplicao de 5 provas) e ESTABIL - Estabilmetro (para aplicao de 2 provas) BAPCON Bateria para a Avaliao Psicolgica de Condutores (verso 1.5 * 2010): Dispositivo USB, com 2 Gb de capacidade de armazenamento, a partir do qual executada a aplicao com todas as provas necessrias Avaliao Psicolgica de Condutores, previstas no novo Regulamento da Habilitao Legal para Conduzir anexo ao Decreto-Lei n. 313/2009. De momento e segundo a indicao disponvel junto do prprio fornecedor, o nico instrumento homologado para avaliao psicolgica de condutores ao abrigo do Dec-lei 313/2009 a BAPCON Sistema Integrado de Avaliao Psicolgica de Condutores. Considerando o investimento avultado que estes instrumentos envolvem, sugere-se a sua aquisio aps publicao em Dirio da Repblica dos instrumentos legalmente homologados bem como licenciamento do CAMP para o exerccio das suas funes. Ate l, sugere-se a utilizao de instrumentos j existentes ou na posse do examinador, com as devidas adaptaes legislao. Aconselha-se igualmente o examinador a realizar sempre uma boa entrevista que permita o levantamento de aspectos relevantes sobre a histria do sujeito. No final deste tpico, dever ser capaz de: - Identificar as principais reas, aptides e competncias psicolgicas a avaliar, definindo-as conceptualmente. - Identificar a metodologia com vista sua avaliao, atravs de instrumentos gerais e homologados pelo IMTT. Bibliografia recomendada: - Carreteiro, Rui (2006). Manual de Neuropsicologia Clnica. Lisboa: Psiclnica. - Carreteiro, Rui (2007). Introduo Psicopatologia. Lisboa: Psiclnica. - Carreteiro, Rui (2010). Questionrio Clnico para a Avaliao Psicolgica de Condutores. Lisboa: Psiclnica. - Seara, J. Fernndez (2005). Bateria para Condutores. Madrid: TEA Ediciones (traduo portuguesa por Rui Carreteiro, 2009) - Silva e S, J. M. (2005). BTR5 - Bateria de Testes e Reaces. Porto: Edipsico. - Silva e S, J. M. (2009). BAPCON Sistema Integrado de Avaliao Psicolgica de Condutores. Porto: Edipsico. - Manual do Reaccionmetro LND-100-M1. Madrid: LN Deater. - Manual Estabilmetro LA-32010 e LA-32011. Madrid: Psymtec.