01 Codigo de Obras 2010

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PREFEITURA DE BRUMADINHO

CEP. 35.460-000 – Estado de Minas Gerais

ANEXO ÚNICO

CÓDIGO DE OBRAS DO CONDOMÍNIO RETIRO DAS PEDRAS

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º – A construção, a reforma, a ampliação ou a demolição de qualquer


edificação no Condomínio Retiro das Pedras será regulada pelas normas deste
Código de Obras, sem prejuízo da observância da Convenção de Condomínio
e da legislação federal, estadual ou municipal aplicáveis.
Art. 2º – Nenhuma obra poderá ser iniciada ou realizada sem a devida
Autorização para Execução de Obras, expedida pela Diretoria do Condomínio,
a requerimento do condômino proprietário do lote.
Art. 3º – Não serão aprovados os projetos de construção, reforma ou
ampliação de qualquer edificação que não tenha a destinação prevista nos
artigos 1 a 14 da Convenção de Condomínio, que tratam “DO OBJETO,
CONSTITUIÇÃO E DESTINAÇÃO”.

CAPÍTULO II - DAS DEFINIÇÕES


Art. 4º - Para os efeitos previstos no presente Código, são adotadas as
definições constantes nos itens I a LIII, do Anexo I.

CAPITULO III - DA AUTORIZAÇÃO DOS PROJETOS E OBRAS

SEÇÃO I – DO PROJETO DE EDIFICAÇÃO

Art. 5º - O projeto de edificação completo compreende o projeto arquitetônico e


os projetos complementares.
§ 1º - A execução de qualquer nova edificação ou alteração de elementos
construtivos das que já estão construídas deverá ser previamente consultada ä
Diretoria, para esclarecimentos e conhecimento das normas pertinentes, antes
da apresentação do respectivo projeto arquitetônico completo.
§ 2º - A critério da Diretoria, e quando o permitirem as normas técnicas, as
propostas de alteração de edificação que não impliquem mudança da área
construída ou da estrutura existente poderão ser dispensadas da apresentação
do respectivo projeto, se de outra forma a legislação em vigor não dispuser.
§ 3º - Não serão recebidos projetos que não estiverem nos formatos
padronizados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT,
devendo constar, além das informações previstas na respectiva norma técnica,
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a data e assinatura do Responsável Técnico e do proprietário do lote, que


deverá ser discriminado, bem como a respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica expedida pelo CREA.
Art. 6º - O projeto arquitetônico deverá ser elaborado em papel que permita
cópia, em dimensões padronizadas ABNT, e deverá conter:

I. Planta de situação, em escala mínima de 1:500, com a projeção


horizontal da edificação a ser construída, as dimensões de suas
divisas e respectiva indicação de seus confinantes, em seu
perímetro, além da exata representação dos lotes ou partes de
lotes que o compõem, construções existentes, localização de
postes e árvores (inclusive no trecho de passeio
correspondente), sua orientação com relação do norte
magnético / azimute, sua localização e dimensão em relação aos
logradouros e à esquina mais próxima;

II. Perfis longitudinal e transversal, médios, em escala mínima de


1:200, relacionados com os trechos de greide dos logradouros
vizinhos do lote ou terreno;

III. Planta de cada pavimento, na escala 1:50, contendo todos os


compartimentos e elementos cotados, com seus respectivos
nomes;

IV. Planta de Cobertura, na escala mínima de 1:200, indicando os


caimentos, declividade, materiais utilizados na cobertura e sua
destinação, bem como a forma de escoamento das águas
pluviais;

V. Planta planialtimétrica, referenciada ao greide da rua;

VI. Elevações de todas as fachadas (frente, laterais e fundos), na


escala mínima de 1:50, com especificações de materiais de
acabamento e cotas de níveis relacionadas com o greide das
ruas;

VII. Cortes longitudinal e transversal, na escala de 1:50,


convenientemente cotados com níveis relacionados ao greide
das ruas, com representação do perfil original do terreno;

VIII. Relação das áreas, por pavimento e total, indicando as taxas de


ocupação, coeficiente de aproveitamento e taxa de
permeabilidade;

IX. Carimbos padronizados, de acordo com as normas municipais e


determinações específicas da Diretoria.
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Art. 7º - Os projetos complementares deverão ser elaborados por profissionais


legalmente habilitados e deverão conter todos os elementos necessários ao
seu entendimento e perfeita execução.
Art. 8º - A critério da Diretoria, poderá ser exigida cópia do projeto em meio
digital.
Art. 9º - Os projetos de ampliação ou modificação de edificações devem ser
apresentados indicando-se com linha contínua as partes da construção que
serão mantidas, com linha tracejada aquelas a demolir e com hachuras os
trechos a serem construídos.

Seção II - Da Aprovação do Projeto Arquitetônico

Art. 10 - A aprovação de projetos fica condicionada à apresentação do


Requerimento de Aprovação de Projeto, devidamente preenchido e assinado
pelo condômino, acompanhado do projeto arquitetônico e projetos
complementares, em 4 (quatro) vias, na íntegra, bem como da Certidão de
Registro Imobiliário do(s) lote(s), devidamente atualizada.
Art. 11 - O prazo máximo para manifestação da Diretoria com relação ao
projeto apresentado será de 15 (quinze) dias úteis, a contar da sua entrega à
Secretaria do Condomínio, que fornecerá ao interessado o respectivo
protocolo, desde que não haja qualquer pendência documental.
Art. 12 – Uma vez examinados pela Diretoria, os eventuais pedidos de
esclarecimentos ou de alteração do projeto serão encaminhados ao
interessado, interrompendo-se a contagem do prazo, que reiniciará depois de
atendidas as exigências.
Art. 13 – Depois de aprovado, a Diretoria devolverá três cópias ao condômino,
com o carimbo de "APROVADO", para que diligencie a sua aprovação na
Prefeitura.
Parágrafo único - Para arquivo da Diretoria, o condômino obriga-se a entregar
uma cópia do projeto devidamente aprovado pela Prefeitura, sem a qual não
será emitida a Autorização para Execução de Obras.

Seção III - Da Autorização para Execução de Obras

Art. 14 - A Autorização para Execução de Obras será fornecida por


requerimento do interessado à Diretoria, em formulário próprio, e se for o caso
acompanhado do Alvará de Construção emitido pela Prefeitura, no original e
cópia, que ficará arquivada com o cronograma físico da obra, assinado pelo
condômino.
Art. 15 - A Autorização para Execução de Obras será válida por 6 (seis)
meses, renováveis, desde que não seja constada qualquer irregularidade na
execução da obra, consoante os parâmetros definidos neste Código de Obras.
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Parágrafo único - Se a construção não for concluída dentro do prazo


inicialmente informado à Diretoria, o interessado deverá requerer a sua
renovação, que estará assegurada em caso de mudança da legislação
condominial ou municipal, desde que a obra já tenha concluído, no mínimo, as
fundações previstas em projeto, e não haja qualquer irregularidade em sua
execução.
Art. 16 - A suspensão das obras por prazo indeterminado e interesse particular
do condômino deverá ser comunicada à Diretoria, que fará a anotação devida
em seus registros.

Seção IV - Da Conclusão das Obras

Art. 17 – O Encerramento de Obra será concedido pela Diretoria após vistoria


da construção, mediante solicitação do interessado e desde que cumpridas
todas as prescrições legais e deste Código quanto à execução da obra, com a
concessão de baixa e habite-se, pela Prefeitura. Somente terá sua situação
regularizada / legalizada o imóvel que obtiver a certidão de baixa e habite-se
junto à Prefeitura Municipal de Brumadinho e do Condomínio.
Art. 18 - A emissão da Baixa de Autorização de Execução de Obras em
hipótese alguma implica o reconhecimento da regularidade do projeto e da
edificação perante a Prefeitura.
Art. 19 – O proprietário do lote deverá remover o material remanescente e
providenciar os reparos e limpeza dos logradouros afetados em até 30 (trinta)
dias após a concessão da Baixa de Autorização de Execução de Obras.

CAPÍTULO IV - DAS NORMAS GERAIS DE EXECUÇÃO DE OBRAS

Seção I - Das Normas Gerais, da Segurança e do Canteiro de Obras.

Art. 20 - O horário de trabalho permitido para a execução de obras no


Condomínio é de segunda a sexta-feira, das 07h00 (sete horas) às 17h30
(dezessete horas e trinta minutos), e aos sábados, das 8h00 (oito horas) às
13h00 (treze horas), sendo proibido o trabalho e o ingresso de materiais,
operários e prestadores de serviços das obras fora desses horários, bem como
aos domingos e feriados.
§ 1º - A Diretoria regulamentará o cadastramento e ingresso de todos os
operários das obras e prestadores de serviço, que não poderão entrar ou
circular dentro do condomínio sem a respectiva identificação, nem permanecer
fora do horário permitido ou usar qualquer instalação condominial que seja
privativa dos condôminos.
§ 2º - É responsabilidade do condômino, em caso de término da obra ou
dispensa de operários, devolver os seus crachás de identificação pessoal à
Administração do Condomínio.
§ 3º - Será retirado das dependências do Condomínio o operário ou prestador
de serviço cujo comportamento for considerado inconveniente ou contra o qual
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for apresentada reclamação de morador, fundamentada, e seu crachá de


identificação inutilizado, ficando seu acesso ao Condomínio proibido doravante.
Art. 21 – Nas construções e demolições, ou quando for tecnicamente
recomendável para manter a segurança de bens e pessoas, a critério da
Diretoria, será obrigatória a instalação de tapumes.
Art. 22 – Durante as obras, não será permitida a ocupação de nenhuma parte
de área ou via pública fora do tapume, devendo o responsável manter o espaço
do passeio, das faixas de rolamento do logradouro e das áreas de entorno em
perfeitas condições de trânsito e limpeza.
Parágrafo único - Somente poderá ser colocado material de construção e/ou
entulhos dentro de lote vizinho com a expressa concordância do seu
proprietário, que deverá comunicar formalmente o fato à Diretoria.
Art. 23 - A instalação e o funcionamento dos canteiros de obra deverão
respeitar as normas que assegurem a permanente limpeza do canteiro e do
entorno, bem como a convivência harmoniosa com os moradores e demais
trabalhadores, sendo obrigatória a existência de um local apropriado para as
refeições e uma instalação sanitária dos operários, conforme a legislação que
regula a matéria.
Art. 24 - Para fins de fiscalização, deverão ser permanentemente mantidos no
canteiro de obras, e em local facilmente acessível, protegidas da ação do
tempo e de materiais de construção, a placa com informações de
responsabilidade técnica da obra e cópias do projeto, da Autorização para
Execução de Obras, e do Alvará de Construção e/ou Demolição.
Art. 25 - Enquanto durarem os serviços, o condômino deverá adotar todas as
medidas necessárias à proteção, segurança e conforto dos trabalhadores, dos
pedestres, das propriedades vizinhas e dos logradouros, conforme a legislação
que regula a matéria.
Parágrafo único: Cabe ao responsável pela obra cumprir e fazer cumprir as
normas oficiais relativas à segurança e higiene do trabalho, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), do CREA e das posturas municipais, estabelecendo a sua
complementação, em caso de necessidade ou de interesse local, consoante as
normas do Condomínio.
Art. 26 – O acréscimo, modificação ou supressão da cobertura vegetal
existente no lote ou no seu entorno, quando indispensáveis, deverão ser
previamente autorizados pela Diretoria e pela Prefeitura, por exigência da
legislação ambiental.
Art. 27 - Em nenhuma hipótese os elementos construtivos ou instalações
poderão interferir com a posteação e a arborização de logradouros públicos.

Seção II - Da Drenagem de Águas Pluviais e do Esgotamento Sanitário

Art. 28 - As edificações construídas sobre linhas divisórias não poderão ter


beirais que ultrapassem as respectivas divisas e que lancem águas no terreno
do vizinho ou logradouro público.
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Art. 29 - Em qualquer edificação, o terreno será preparado para permitir o


escoamento das águas pluviais dentro dos limites do lote, inclusive as
provenientes das coberturas.
§ 1º - O escoamento das águas pluviais será executado através de canalização
embutida no passeio e lançado em rede pluvial ou sarjeta, não sendo
permitidas aberturas em muros confinantes com terrenos vizinhos ou
logradouros, quando o desnível permitir escoamento normal para o logradouro.
§ 2º - Quando isso não for possível, pela declividade do lote, ficam os
proprietários dos lotes a jusante obrigados a permitir o escoamento de águas
pluviais nas faixas Iindeiras às divisas de seus imóveis, devendo as obras de
canalização ser suportadas pelo proprietário do imóvel que originou a
drenagem.
§ 3º - Não será permitido o escoamento de águas pluviais na rede de esgoto
residencial.
Art. 30 - O disposto no artigo anterior aplica-se ao sistema de esgotamento
sanitário condominial, sendo compulsória a autorização para a passagem da
canalização nas divisas dos lotes à jusante, em qualquer caso.
Art. 31 – O esgoto das residências, inclusive o de canil, deverá ser ligado à
rede coletiva de esgoto, sendo terminantemente proibido o uso ou construção
de qualquer tipo de fossa, conforme a legislação que regula a matéria.

Seção III - Das Edificações e do Fechamento dos Terrenos

Art. 32 - A construção dos acessos ou rampas não poderá ultrapassar o


alinhamento dos lotes, nem alterar o greide da rua.
Parágrafo único – Quando não houver alternativa técnica, o interessado
deverá submeter o problema à Diretoria, que poderá autorizar solução
específica.
Art. 33 - Os parâmetros para projeto e construção serão os estabelecidos pelo
seguinte modelo de assentamento:
Demais
Lotes de esquina
lotes
Taxa de ocupação máxima 35% 35%

Coeficiente de
0,70 0,70
aproveitamento máximo
Taxa de permeabilidade
35% 35%
minima
7,00 m na frente principal
Afastamento frontal mínimo 7,00 m
5,00 m na frente secundária

Afastamento lateral mínimo 2,50 m 2,50 m

Afastamento de fundo mínimo 2,50 m 5,00 m


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§ 1º - No caso de edificações com corpos salientes, o mais avançado é que


deverá guardar a distância mínima estabelecida para os afastamentos
definidos no modelo de assentamento.
§ 2º - O beiral poderá avançar sobre as áreas delimitadas pelos afastamentos
frontal, laterais e de fundo até o limite máximo de 0,80 m (oitenta centímetros)
de projeção horizontal.
§ 3º - Para o cálculo da taxa de ocupação máxima será considerada a área
total construída da edificação, implicando a somatória da metragem de todas
as áreas cobertas, inclusive garagem e beiral que ultrapasse a franquia de 0,80
m (oitenta centímetros), prevista no parágrafo anterior.
§ 4° - Será permitida a construção de deques, desde que com piso de madeira
e réguas espaçadas, permeável, obedecidos os seguintes parâmetros em seu
ponto mais avançado, conforme incisos abaixo:

1. Na frente e no fundo: desde que respeite um afastamento


mínimo de 5,0m (cinco metros);

2. Nas laterais: desde que respeite o afastamento mínimo de


2,50m (dois metros e meio);

§ 5° - As piscinas deverão respeitar os afastamentos previstos no modelo de


assentamento em relação aos limites do lote.
Art. 34 – Será permitida a construção de edículas, com altura máxima de
3,00m (três metros), respeitando o afastamento frontal e laterial previsto neste
Código. Nos fundos, a distância mínima da divisa será de 1,5m (hum metro e
cinquenta centimetros), exceto nos seguintes casos:

1. Em divisa de lote que confronte com área externa do


Condomínio;

2. Em lotes em aclive, confinados por muros de arrimo já existentes


na data de aprovação deste Código e com altura superior a
3,00m (três metros).

§ 1° - Não poderão ser aproveitados os muros de arrimo ou limítrofes já


existentes, em nenhum tipo de construção, devendo ser construídas novas
paredes.
§ 2° - Quando for o caso, deverão ser entregues com o projeto, os estudos
técnicos comprovando que a nova construção não irá interferir ou comprometer
a estabilidade do muro de arrimo.
§ 3° - A edificação implantada na área delimitada pelos afastamentos mínimos
de que trata esse artigo nao poderá ter altura superior a 3,00m (três metros).

Art. 35 – Será admitida a construção de pérgula no fundo ou na frente da


edificação, sem invadir qualquer dos afastamentos previstos neste Código, com
altura máxima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e área não
superior a 25 m2 (vinte e cinco metros quadrados).
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Art. 36 - A altura máxima das edificações será de 7,00m (sete metros),


medidos de qualquer ponto do terreno natural até a laje de cobertura, podendo
a cumeeira chegar ao limite máximo de 8,50m (oito metros e cinquenta
centímetros), se houver telhado.
7,00 m

Rua

Construção

7,00 m
Rua

Art. 37 - O volume da caixa d'água externa não poderá ultrapassar 2,50m (dois
metros e cinquenta centímetros) acima da laje de cobertura da edificação, nem
possuir área superior a 6,00 m2 (seis metros quadrados).

Parágrafo único: qualquer ponto da caixa d’água acima do telhado deverá


estar afastado do beiral por distância superior a 5m (cinco metros).

Art. 38 – Independentemente do consentimento dos vizinhos, os fechamentos


dos lotes somente serão executados em tela e/ou cerca viva, obedecendo ao
seguinte:

1. Frontal: recuo mínimo de 7,00m (sete metros) em relação ao


alinhamento do lote e altura máxima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros);
2. Lateral e fundos: altura máxima de 1,80m (um metro e oitenta
centímetros), na linha da divisa;
Art. 39 - É proibida a instalação de cercas de arame farpado, consertinas e
cercas elétricas nos lotes, que serão admitidas, exclusivamente, na divisa com
as áreas externas ao Condomínio Retiro das Pedras, desde que observadas
todas as normas técnicas referentes ao assunto, com autorização da Diretoria.

CAPITULO V - DAS CONDIÇÕES GERAIS DOS COMPARTIMENTOS


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Art. 40 – A ventilação e iluminação dos compartimentos obedecerão aos


seguintes parâmetros:

1) Compartimentos da permanência prolongada, como dormitórios,


salas de estar, bibliotecas, etc., deverão ter área aberta de
iluminação e ventilação mínima de 1/6 (um sexto) da superfície
do piso;

2) Os compartimentos de permanência transitória, tais como


banheiros, cozinha, copa, depósitos, deverão ter área de
iluminação e ventilação mínima de 1/8 (um oitavo) da superfície
do piso;

3) Quando as aberturas de iluminação e ventilação abrirem para


áreas cobertas, de largura superior a 1,5m (um metro e meio) e
não houver paredes opostas, a relação de áreas de ventilação e
iluminação será de 1/5 e 1/6, respectivamente.

Art. 41 - As vergas das janelas não poderão ultrapassar a 1/7 (um sétimo) do
pé direito do compartimento.

Art. 42 - As áreas de ventilação e iluminação poderão sofrer alteração, sendo


necessária a comprovação técnica de que satisfazem as condições de higiene
e salubridade, a critério da Diretoria.

Art. 43 - O pé direito mínimo dos compartimentos de permanência prolongada


será de 2,70m (dois metros e setenta centímetros).

Parágrafo único - As garagens e os compartimentos de permanência


transitória deverão ter um pé direito de no mínimo de 2,40 (dois metros e
quarenta centímetros).

Art. 44 – Os degraus das escadas deverão ter patamar mínimo de 25 cm (vinte


e cinco centímetros) e altura do espelho máxima de 20 cm (vinte centímetros).

CAPITULO VI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 45 – Nas construções, reformas ou ampliações de residências edificadas


em vários lotes contíguos, a parte edificada em cada um desses lotes deverá
obedecer aos parâmetros previstos neste Código para lotes individualizados,
não sendo possível a compensação interna, nem a cumulação de limites.
Parágrafo único - Na eventualidade de posterior cisão parcial do conjunto,
com alienação de parte dos lotes a terceiros, os proprietários de cada uma das
edificações resultantes deverão apresentar novos projetos à Diretoria, para
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aprovação condominial e municipal segundo as regras previstas neste


regulamento, adequando-as aos limites construtivos individuais aqui previstos.
Art. 46 - Os projetos aprovados antes da publicação deste Código, cujas obras
ainda não foram iniciadas, terão prazo de validade de dois anos, contados da
data de sua aprovação, não podendo ser prorrogado.
§ 1º - Entende-se como obra iniciada, para fins do disposto no caput deste
artigo, aquela cuja fundação foi concluída.
§ 2º - Uma vez extrapolado o prazo previsto no caput desse artigo, caberá ao
Condômino submeter à Diretoria nova solicitação de aprovação do projeto, de
acordo com as normas definidas neste Código.
Art. 47 - Os casos omissos e aqueles que necessitem de avaliações
especificas deverão ser submetidos à analise prévia da Diretoria, que
deliberará a respeito.
Art. 48 - A Diretoria designará os agentes de fiscalização de obras, que em
decorrência dessas atribuições terão livre acesso às construções em
andamento.
Art. 49 - A infringência das normas previstas neste Código implicará a
aplicação das penalidades previstas em Resolução da Diretoria, a ser
publicada até à data de vigência deste Código.

Art. 50 – Este Código entra em vigor em 01 de janeiro de 2010, revogadas as


disposições em contrário.
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ANEXO I

I. Acréscimo: aumento de uma edificação em relação ao projeto


aprovado, quer no sentido vertical, quer no sentido horizontal, realizado
após sua conclusão, formando novos compartimentos ou ampliando os
já existentes.
II. Afastamento frontal: menor distância entre a edificação e o
alinhamento do terreno, medida perpendicularmente a este.
III. Afastamento Lateral e de Fundo: menor distância entre qualquer
elemento construtivo da edificação e qualquer das divisas laterais e de
fundo do lote em que se situa, medidas perpendicularmente às divisas.
IV. Alinhamento (do lote): limite divisório entre o lote e o logradouro
público.
V. Alvará de Construção: Licença para edificar emitida pela Prefeitura
Municipal.
VI. Área Total Construída: somatório da área total de construção, incluindo
todos os espaços cobertos, mesmo que abertos.
VII. ART: Anotação de Responsabilidade Técnica.
VIII. ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
IX. Andar: qualquer pavimento situado acima do térreo ou de um mezanino.
X. Autorização para Execução de Obras: documento expedido pela
Diretoria, válido por seis meses, renováveis, autorizando o início da
execução de uma obra, depois de cumpridas todas as exigências
normativas condominiais e legais.
XI. Baixa de Construção: documento comprobatório de que a edificação foi
construída conforme projeto aprovado e legislação urbanística em vigor,
expedido pela Prefeitura Municipal.
XII. Balanço: prolongamento de uma estrutura de construção para além da
sua base de sustentação.
XIII. Beiral: Prolongamento em balanço da cobertura, que sobressai das
paredes externas da edificação.
XIV. Coeficiente de Aproveitamento: relação entre a área total construída e
a área do terreno.
XV. Condomínio: Condomínio Retiro das Pedras.
XVI. Condômino: proprietário do lote identificado no Registro de Imóveis
XVII. Cota: número que exprime as medidas de comprimento e/ou distâncias
verticais ou horizontais.
XVIII. Cumeeira: a parte mais alta de um telhado.
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XIX. Declividade: relação percentual entre a diferença das cotas altimétricas


de dois pontos e a sua distância horizontal.
XX. Diretoria: Diretoria do Condomínio Retiro das Pedras.
XXI. Divisa: linha Iimítrofe entre lotes ou terreno que os separa da
propriedade confinante.
XXII. Edícula: Toda e qualquer construção separada da edificação principal.
XXIII. Edificação Residencial Unifamiliar: aquela destinada à habitação
permanente ou temporária, correspondente a uma unidade residencial
por lote ou conjunto de lotes.
XXIV. Encerramento de Obras: documento comprobatório de que a
edificação foi construída conforme projeto aprovado pela Diretoria e pela
Prefeitura, expedido pela Diretoria do Condomínio.
XXV. Especificação: descrição das características de materiais e serviços
empregados na construção.
XXVI. Fachada: qualquer elevação externa da edificação. Vista externa da
edificação em relação à frente, fundos e laterais.
XXVII. Fundação: parte da estrutura localizada abaixo do nível do solo que
tem por função distribuir as cargas ou esforços da edificação pelo
terreno.
XXVIII. Garagem Individual: espaço destinado a estacionamento de veículo de
uso privado de uma unidade autônoma.
XXIX. Greide de Rua: perfil altimétrico do logradouro público, tomado sobre
seu eixo longitudinal.
XXX. Habite-se: documento expedido pela Prefeitura Municipal que autoriza a
ocupação de uma edificação.
XXXI. Jusante: diz-se do terreno ou lote em declive imediatamente abaixo.
XXXII. Logradouro Público: área de terreno destinado ao uso e trânsito
públicos.
XXXIII. Lote: parcela de terreno com frente para logradouro público, com divisas
e alinhamento definidos em planta cadastral aprovada pela Prefeitura
Municipal.
XXXIV. Lindeiro: limítrofe, que se limita com.
XXXV. Meio-Fio: elemento de definição entre o passeio e pista de rolamento de
um logradouro.
XXXVI. Modelo de Assentamento: conjunto de parâmetros e medidas,
determinando, em cada caso, as exigências e limitações para construir
em um lote ou terreno.
XXXVII. NBR: Normas Brasileiras.
XXXVIII. Passeio: parte destacada do logradouro público destinado ao trânsito de
pedestres.
XXXIX. Patamar: piso intermediário entre 2 (dois) lanços de escada.
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XL. Pé Direito: distância vertical entre o piso acabado e o teto ou forro de


um pavimento.

XLI. Pérgula: o espaço cuja cobertura permeável sirva de suporte a


vegetação, apoiando em colunas, sem fechamento de paredes laterais,
que apresente vãos entre as pérgulas de no mínimo 25 cm, não sendo
permitido em hipótese alguma o seu fechamento.
XLII. Pista de Rolamento: parte destacada do logradouro público destinado
preferencialmente ao trânsito de veículos.
XLIII. Planta planialtimétrica: representação gráfica da conformação, das
distâncias, ângulos e altitudes do terreno.
XLIV. Prefeitura Municipal: Prefeitura Municipal de Brumadinho (MG).
XLV. Projeto: Projeto da edificação completo, compreendendo o projeto
arquitetônico e os projetos complementares.
XLVI. Projetos Complementares: conjunto de projetos de uma obra que
visam complementar e dar suporte ao projeto arquitetônico e estrutural,
tais como o projeto elétrico, projeto de telefonia, projeto hidrossanitário,
projeto de prevenção de incêndio, projeto SPDA sistema de proteção
descarga atmosférica, projetos de climatização, entre outros.
XLVII. Requerimento de Aprovação de Projeto: formulário preenchido pelo
condomínio encaminhando um projeto à aprovação da Diretoria.
XLVIII. Tapume: vedação provisória dos canteiros de obras visando o seu
fechamento e proteção dos transeuntes.
XLIX. Taxa de Ocupação: relação entre a área total de projeção horizontal
das edificações e a área do terreno, excluída a projeção do beiral que
apresente largura máxima de 0,80m (oitenta centímetros).
L. Taxa de Permeabilidade: Percentual mínimo da área do lote ou terreno
a ser mantido com cobertura vegetal, sem pavimentação, para reduzir e
retardar o escoamento de águas pluviais para logradouros públicos.
LI. Testada: divisa do lote que faz alinhamento com o logradouro público.
LII. Terreno Natural: superfície de terreno na situação em que se apresenta
ou se apresentava na natureza ou na conformação dada por ocasião da
execução do loteamento.
LIII. Vistoria: diligência efetuada pela Diretoria do Condomínio ou pela
Prefeitura Municipal para verificar as condições de execução de uma
obra ou o uso de um imóvel.

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