Allan Kardec - Revista Espírita (FEB) - 1860
Allan Kardec - Revista Espírita (FEB) - 1860
Allan Kardec - Revista Espírita (FEB) - 1860
Contém:
Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
O poder da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito.
JANEIRO
O Espiritismo em 1860 15
O Magnetismo Perante a Academia 21
O Espírito de um Lado, o Corpo do Outro 29
Conselhos de Família 42
As Pedras de Java 47
Correspondência 48
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 54
FEVEREIRO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 61
Os Espíritos Glóbulos 70
Médiuns Especiais 76
Bibliografia – Condessa Mathilde de Canossa 79
História de um Danado 85
Comunicações Espontâneas:
Estelle Riquier 103
O Tempo Presente 105
Os Sinos 106
Conselhos de Família 107
MARÇO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 109
Os Pré-Adamitas 116
Um Médium Curador 121
Manifestações Físicas Espontâneas – O Padeiro de Dieppe 125
Estudo sobre o Espírito de Pessoas Vivas:
O Dr. Vignal 130
Ditado do Sr. Cauvière 141
Ditado do Sr. Vignal 142
Senhorita Indermuhle 143
Bibliografia – Siamora, a Druidesa, ou o Espiritualismo
no Século Quinze 147
Ditados Espontâneos:
O Gênio das Flores 150
Perguntas Sobre o Gênio das Flores 151
Felicidade (Stäel) 152
O Livro dos Espíritos – Segunda Edição 154
Aos Leitores da Revista – Cartas não Assinadas 155
ABRIL
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 157
Formação da Terra – Teoria da Incrustação Planetária 166
Cartas do Dr. Morhéry Sobre a Srta. Désirée Godu 175
Variedades:
O Fabricante de São Petersburgo181
Aparição Tangível 184
Ditados Espontâneos:
O Anjo das Crianças 185
Conselhos 186
A Ostentação 187
Amor e Liberdade 188
A Imortalidade 189
Parábola 189
O Espiritismo 190
Filosofia 191
Comunicações Lidas na Sociedade:
A Consciência 194
A Morada dos Eleitos 195
O Espírito e o Julgamento 196
O Incrédulo 197
O Sobrenatural 197
MAIO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 199
História do Espírito Familiar do Senhor de Corasse 207
Correspondência 214
Conversas Familiares de Além-Túmulo:
219
Jardin
Uma Convulsionária 223
Variedades:
A Biblioteca de Nova York 228
A Noiva Traída 231
Superstição 234
Pneumatografia ou Escrita Direta 236
Espiritismo e Espiritualismo 238
Ditados Espontâneos:
239
As Diferentes Ordens de Espíritos
I – Remorso e Arrependimento 240
II – Os Médiuns 241
JUNHO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 243
O Espiritismo na Inglaterra 252
Um Espírito Falador 253
O Espírito e o Cãozinho 258
O Espírito de um Idiota 260
Conversas Familiares de Além-Túmulo:
Sra. Duret 263
Medicina Intuitiva 274
Uma Semente de Loucura 276
Tradição Muçulmana 278
Erro de Linguagem de um Espírito 281
Ditados Espontâneos e Dissertações Espíritas:
A Vaidade 283
A Miséria Humana 284
A Tristeza e o Pesar 284
A Fantasia 286
A Influência do Médium Sobre o Espírito 287
Bibliografia 287
JULHO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 289
Frenologia e Fisiognomonia 297
Os Fantasmas 304
Lembrança de uma Existência Anterior 306
Os Animais 310
Exame Crítico das Dissertações de Charlet sobre os Animais 320
Bibliografia 332
AGOSTO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 333
Concordância Espírita e Cristã 343
O Trapeiro da Rua des Noyers 348
Conversas Familiares de Além-Túmulo:
359
Thilorier, o Físico
O Suicida da Rua Quincampoix 366
Variedades:
O Prisioneiro de Limoges369
Perguntas de um Espírita de Sétif ao Sr. Oscar Comettant 370
Ditados Espontâneos e Dissertações Espíritas:
373
Desenvolvimento das Idéias
Mascaradas Humanas 374
O Saber dos Espíritos 374
Origens 375
O Futuro 376
Eletricidade Espiritual 378
Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas 379
SETEMBRO
Aviso 381
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 381
O Maravilhoso e o Sobrenatural 395
História do Maravilhoso e do Sobrenatural 406
Correspondência 417
Dissertações Espíritas:
Devaneio 423
Sobre os Trabalhos da Sociedade 425
OUTUBRO
Resposta do Sr. Allan Kardec à Gazette de Lyon 427
Banquete Oferecido pelos Espíritas Lioneses ao
Sr. Allan Kardec 440
Resposta do Sr. Allan Kardec 442
Sobre o Valor das Comunicações Espíritas 452
Dissertações Espíritas:
Formação dos Espíritos 461
Os Espíritos Errantes 463
O Castigo 464
Marte 466
Júpiter 469
Os Espíritos Puros 471
Morada dos Bem-Aventurados 472
A Reencarnação 474
O Despertar do Espírito 476
Progresso dos Espíritos 477
A Caridade Material e a Caridade Moral 478
A Eletricidade do Pensamento 480
A Hipocrisia 482
NOVEMBRO
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 483
Bibliografia – Carta de um Católico Sobre o Espiritismo 490
Homero 491
Conversas Familiares de Além-Túmulo –
Baltazar, o Espírito Gastrônomo 496
Um Espírita a seu Espírito Familiar – Estâncias 500
Relações Afetuosas dos Espíritos 501
Dissertações Espíritas:
Primeiras Impressões de um Espírito504
Os Órfãos 505
Um Irmão Morto à Sua Irmã Viva 506
O Cristianismo 507
O Tempo Perdido 508
Os Sábios 509
O Homem 511
A Firmeza nos Trabalhos Espíritas 511
Os Inimigos do Progresso 512
Distinção da Natureza dos Espíritos 513
Scarron 514
O Nada da Vida 514
Aos Médiuns 515
A Honestidade Relativa 516
Proveito dos Conselhos 517
517
Pensamentos Avulsos
Maria de Agreda – Fenômeno de Bicorporeidade 518
Aviso 524
DEZEMBRO
Aos Assinantes da Revista Espírita 525
Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas 527
Arte Pagã, Arte Cristã, Arte Espírita 531
História do Maravilhoso 535
Conversas Familiares de Além-Túmulo – Baltazar,
o Espírito Gastrônomo 546
A Educação de um Espírito 548
Dissertações Espíritas Recebidas e Lidas na Sociedade por
Diversos Médiuns:
Entrada de um Culpado no Mundo dos Espíritos 554
Castigo do Egoísta 555
Alfred de Musset 558
Intuição da Vida Futura 561
A Reencarnação 563
O Dia dos Mortos 564
Alegoria de Lázaro 566
O Duende Familiar 567
Nota Explicativa 569
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III JANEIRO DE 1860 No 1
O Espiritismo em 1860
Temos o prazer de anunciar que a Revista Espírita dá
início ao seu terceiro ano de circulação, amparada pelos mais
favoráveis auspícios. É com satisfação que aproveitamos o ensejo
para testemunhar aos leitores a nossa gratidão pelas provas de
simpatia que temos recebido diariamente. Só isso já seria motivo
suficiente de encorajamento, caso não encontrássemos, na própria
natureza e no objetivo de nossos trabalhos, larga compensação
moral às fadigas que lhes são conseqüentes. Tal é a multiplicidade
desses trabalhos, aos quais nos consagramos inteiramente, que se
torna impossível responder a todas as cartas de felicitações que nos
chegam. Somos, pois, obrigados a dirigir-nos coletivamente aos
seus autores, rogando-lhes que aceitem os nossos agradecimentos.
Estas cartas, bem assim as numerosas pessoas que nos dão a honra
de com elas conferenciar a respeito desses graves problemas,
convencem-nos cada vez mais do progresso do Espiritismo
verdadeiro, isto é, do Espiritismo compreendido em todas as suas
conseqüências morais. Sem nos iludirmos quanto ao alcance de
nossos trabalhos, o pensamento de haver contribuído, lançando
alguns grãos na balança, é para nós doce satisfação, porquanto
essas poucas sementes terão contribuído para despertar a reflexão.
R E V I S TA E S P Í R I TA
20
JANEIRO DE 1860
O Espírito de um Lado,
o Corpo do Outro
CONVERSA COM O ESPÍRITO DE UMA PESSOA VIVA
“Senhor Presidente,
1. Evocação.
Resp. – Estou aqui.
34
JANEIRO DE 1860
42. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui.
Resp. – O desprezo.
Conselhos de Família
Certamente nossos leitores se lembram do artigo que
publicamos no mês de setembro último, sob o título de Uma
Família Espírita. As comunicações seguintes são muito
semelhantes. Com efeito, são conselhos ditados numa reunião
íntima, por um Espírito eminentemente superior e benevolente.
Distinguem-se pelo encanto e pela doçura do estilo, a profundeza
dos pensamentos e, além disso, por matizes de extrema delicadeza,
apropriados à idade e ao caráter das pessoas a quem eram dirigidas.
O Sr. Rabache, negociante de Bordeaux, que serviu de
intermediário, houve por bem autorizar a sua publicação. Só
podemos felicitar os médiuns que obtêm coisas semelhantes. É
uma prova de que têm simpatias felizes no mundo invisível.
(Primeira sessão)
(Segunda sessão)
(Terceira sessão)
(Quarta sessão)
(Quinta sessão)
As Pedras de Java
Bruxelas, 9 de dezembro de 1859.
Senhor Diretor,
Aceitai,
Jobard
47
R E V I S TA E S P Í R I TA
Correspondência
Toulouse, 17 de dezembro de 1859.
trocista não se convenceu pelas boas razões que lhe destes, poderia
pelo menos reconhecer em vossa resposta a urbanidade do estilo,
totalmente ausente da sua prosa. As digressões insossas com que
tinha temperado as evocações me pareciam do espírito maligno; os
lamentos com que se referia aos dois francos que havia custado a
sonata, bem mereciam que a Sociedade lhe votasse um socorro de
dois francos. Pensais bem, meu caro senhor Allan Kardec, pois sou
um espírita por demais ardente para ter deixado sem resposta um
artigo em que era citado e posto em causa. Por minha vez, escrevi
também ao Sr. Oscar Comettant; no dia seguinte à recepção de seu
jornal ele recebeu a seguinte carta:
“Senhor,
Brion d’Orgeval
Primeiro baixo da ópera cômica do teatro de
Toulouse, ex-pensionista do Sr. Carvalho.”
Jobard
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 2 de dezembro de 1859 – Sessão particular
Estudos:
Estudos:
Leitura da ata.
55
R E V I S TA E S P Í R I TA
Comunicações diversas:
Estudos:
1o Evocação de Charlet.
Comunicações diversas:
59
R E V I S TA E S P Í R I TA
Estudos:
Allan Kardec
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 30 de dezembro de 1859 – Sessão particular
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
responde senão por batidas. Por esse meio chegou a dizer que era
peruano, de raça indígena, morto há cinqüenta e seis anos, com 35
anos de idade; que em vida gostava muito de aguardente e que
atualmente freqüenta os bailes públicos, onde sente muito prazer.
Apresenta a particularidade de jamais chegar antes das dez horas da
noite e em certos dias. Diz que vem para a Sra. Netz, mas só se
comunica através do concurso do Sr. D..., médium de efeitos
físicos, de sorte que necessita da presença de ambos. Assim, o Sr.
D... jamais conseguiu que ele viesse à sua casa e a Sra. Netz não
poderá recebê-lo se estiver sozinha.
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Os Espíritos Glóbulos4
A vontade de ver os Espíritos é coisa muito natural e
conhecemos poucas pessoas que não desejariam fruir dessa
faculdade. Infelizmente é uma das mais raras, sobretudo quando
permanente. As aparições espontâneas são bastante freqüentes,
mas acidentais, e quase sempre motivadas por uma circunstância
toda individual, baseada nas relações que podem ter existido
entre o vidente e o Espírito que lhe aparece. Uma coisa é ver
fortuitamente um Espírito; outra é vê-lo habitualmente e nas
condições normais ordinárias. Ora, é aí que está o que constitui, a
bem dizer, a faculdade dos médiuns videntes. Ela resulta de uma
4 N. do T.: Vide O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Capítulo VI –
item 108.
70
FEVEREIRO DE 1860
71
R E V I S TA E S P Í R I TA
Médiuns Especiais
A experiência prova diariamente quanto são numerosas
as variedades da faculdade mediúnica, mas também nos prova que
os diversos matizes dessa faculdade são devidos a aptidões
especiais ainda não definidas, abstração feita das qualidades e dos
conhecimentos do Espírito que se manifesta.
Bibliografia
Condessa Mathilde de Canossa
79
R E V I S TA E S P Í R I TA
80
FEVEREIRO DE 1860
82
FEVEREIRO DE 1860
História de um Danado 9
85
R E V I S TA E S P Í R I TA
(Terceira sessão)
40. Evocação.
Resp. – Estou junto de vós.
(Quarta sessão)
46. Evocação.
Resp. – Obrigado, Hugo (nome de batismo do Sr. F...).
atormentados pela inveja das honras que viam prestar e que não se
dirigiam a eles; homens que haviam mandado na Terra, humilhados
pelo poder invisível que os constrangia a obedecer e pela visão de
seus subordinados, que não mais se dobravam diante deles; ateus
sofrendo as angústias da incerteza e se achando num isolamento
absoluto em meio à imensidade, sem encontrar nenhum ser que os
pudesse esclarecer. Se no mundo dos Espíritos há alegrias para
todas as virtudes, há penas para todas as faltas, e as que não são
alcançadas pelas leis dos homens, sempre o são pela lei de Deus.
71. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui.
95
R E V I S TA E S P Í R I TA
75. Por que não mais terias o punhal? Que fizeste dele?
Resp. – Eu o maldigo; Deus me poupa sua vista.
(Sétima sessão)
(Oitava sessão)
(Nona sessão)
(Décima sessão)
116. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui.
Comunicações Espontâneas
ESTELLE RIQUIER
(Sociedade, 13 de janeiro de 1860)
2. Onde moráveis?
Resp. – Em Paris.
O TEMPO PRESENTE
(Sociedade, 20 de janeiro de 1860)
Chateaubriand
OS SINOS
(Obtida pelo Sr. Pécheur, 13 de janeiro de 1860)
CONSELHOS DE FAMÍLIA
Continuação. (Ver o no de janeiro – Lido na Sociedade a
20 de janeiro de 1860)
Allan Kardec
10 N. do T.: O Espírito que ditou a mensagem não declinou o nome.
108
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III MARÇO DE 1860 No 3
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Estudos:
Os Pré-Adamitas 11
116
MARÇO DE 1860
Resposta
Um Médium Curador
Senhorita Désirée Godu, de Hennebon (Morbihan)
2. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui. Juro em nome de Deus, o que não
faria se respondesse por outro.
139
R E V I S TA E S P Í R I TA
Cauvière
SENHORITA INDERMUHLE
Surda-muda de nascença, 32 anos, viva, residente em Berna
(Sessão de 10 de fevereiro de 1860)
2. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui, e o afirmo em nome de Deus.
143
R E V I S TA E S P Í R I TA
Bibliografia
SIAMORA, A DRUIDESA
13
OU O ESPIRITUALISMO NO SÉCULO QUINZE
Por Clément de la Chave
147
R E V I S TA E S P Í R I TA
......................................................................................................................
......................................................................................................................
Ditados Espontâneos
O GÊNIO DAS FLORES
FELICIDADE
(Sociedade, 10 de fevereiro de 1860 – Médium: Srta. Eugénie)
Staël
Stäel
À VENDA
INTEIRAMENTE REFUNDIDA E
CONSIDERAVELMENTE AUMENTADA
Allan Kardec
155
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III ABRIL DE 1860 No 4
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Comunicações diversas:
Estudos:
São Luís
“Senhores,
forças; entretanto, será erro pensar que para isso seja necessário
estar reunidos em sociedade e, mais falso ainda, crer que a
Sociedade seja a coluna sem a qual o Espiritismo estaria em perigo.
Estando regularmente constituída, nossa Sociedade procede com
mais ordem e método do que se marchasse ao acaso; mas,
abstração disso, ela não é mais preponderante do que os milhares
de sociedades livres ou reuniões particulares, existentes na França e
no estrangeiro. Ainda uma vez, o que ela quer, é instruir-se; eis por
que só admite em seu seio pessoas sérias e animadas do mesmo
desejo, porque o antagonismo de princípios é uma causa de
perturbação. Falo de um antagonismo sistemático sobre as bases
fundamentais, porquanto não poderia ela, sem se contradizer,
afastar a discussão sobre as questões de detalhe. Se adotou certos
princípios gerais, não o fez por espírito de estreito exclusivismo.
Ela tudo viu, tudo estudou, tudo comparou, e somente depois
disso é que firmou uma opinião, baseada na experiência e no
raciocínio. Só o futuro pode encarregar-se de lhe dar ou não razão.
Mas, enquanto espera, não procura nenhuma supremacia e
somente os que não a conhecem podem supor-lhe a ridícula
pretensão de absorver todos os partidários do Espiritismo ou de
fazer-se passar como reguladora universal. Se ela não existisse, cada
um de nós instruir-se-ia por seu lado e, em vez de uma única
reunião, talvez formássemos dez ou vinte: eis toda a diferença.
Formação da Terra
14, 15
TEORIA DA INCRUSTAÇÃO PLANETÁRIA
166
ABRIL DE 1860
das Escrituras: Noli esse incredulus sicut equus et mulus, quibus non est
intellectus.
Jobard
“Aceitai, etc.
Morhéry”
“Senhor,
“Aceitai, etc.
Morhéry”
Variedades
O FABRICANTE DE SÃO PETERSBURGO
APARIÇÃO TANGÍVEL
Ditados Espontâneos
O ANJO DAS CRIANÇAS
(Sociedade – Médium: Sra. de Boyer)
CONSELHOS
(Sociedade, 25 de novembro de 1859 – Médium: Sr. Roze)
O Espírito de Verdade
186
ABRIL DE 1860
O Espírito de Verdade
A OSTENTAÇÃO
(Sociedade, 16 de dezembro de 1860 – Médium: Srta. Huet)
AMOR E LIBERDADE
(Sociedade, 27 de janeiro de 1860 – Médium: Sr. Roze)
Abelardo
188
ABRIL DE 1860
A IMORTALIDADE
(Sociedade, 3 de fevereiro de 1860 – Médium: Srta. Huet)
Fénelon
PARÁBOLA
(Sociedade, 9 de dezembro de 1859 – Médium: Sr. Roze)
O ESPIRITISMO
Francisco de Sales
FILOSOFIA
(Sociedade, 3 de fevereiro de 1860 – Médium: Sr. Colin)
Tua filha
A CONSCIÊNCIA
Tua filha
Um amigo
Um amigo
O ESPÍRITO E O JULGAMENTO
(Pela Sra. Netz)
Um Espírito familiar
O INCRÉDULO
(Pela Sra. L...)
São Bento
O SOBRENATURAL
(Pelo Sr. Rabache, de Bordeaux)
Vossa avó
Allan Kardec
198
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III MAIO DE 1860 No 5
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 30 de março de 1860 – Sessão particular
Comunicações diversas:
Estudos:
Estudos:
Correspondência:
Comunicações diversas:
Comunicações diversas:
Estudos:
mas não emitiu uma só palavra, por não querer demonstrar falta de
coragem. Assim, foi bastante astucioso para enfrentar todas as
aventuras. Essas confusões e desordens em vários locais do castelo
duraram muito tempo, cessando depois. Na manhã seguinte todos
os hóspedes se reuniram e vieram ao senhor, à hora em que ele se
levantou, e lhe perguntaram: Senhor, não ouvistes o que ouvimos
esta noite? O Senhor de Corasse disse que não. Que coisas
ouvistes? Então lhe falaram sobre a tempestade que se abateu no
castelo, derrubando e quebrando toda a louça da cozinha. Ele se
pôs a rir e disse que eles haviam sonhado e que fora apenas o vento.
Em nome de Deus – disse a senhora – eu também ouvi.
Correspondência
Carta do Dr. Morhéry sobre diversas curas obtidas pela
medicação da senhorita Désirée Godu:
Aceitai, etc.
216
MAIO DE 1860
Morhéry
1. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui.
UMA CONVULSIONÁRIA
1. Evocação.
Resp. – Há muito que desejo conversar convosco.
Variedades
A BIBLIOTECA DE NOVA YORK
A NOIVA TRAÍDA
SUPERSTIÇÃO
ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO
Ditados Espontâneos
18
AS DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS
(Comunicação particular obtida pela Sra. Desl..., membro
da Sociedade, de seu finado marido)
239
R E V I S TA E S P Í R I TA
Teu amigo
I
REMORSO E ARREPENDIMENTO
Um Anjo-da-Guarda
II
OS MÉDIUNS
tanto maiores quanto nascem dos mesmos favores que Deus lhes
concede.
242
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III JUNHO DE 1860 No 6
Aviso
A partir de 15 de julho próximo, o escritório da Revista
Espírita e o domicílio particular do Sr. Allan Kardec serão transferidos
para a Rua Sainte-Anne, no 59, passagem Sainte-Anne.
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 4 de maio de 1860 – Sessão particular
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
São Luís
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
O Espiritismo na Inglaterra
Inicialmente o Espiritismo encontrou na Inglaterra
uma oposição da qual, com razão, nos admiramos. Não que não
tivesse encontrado partidários isolados, como em toda parte, mas
ali os seus progressos foram infinitamente menos rápidos do que
na França. Será que os ingleses, como pretendem alguns, sejam
mais frios, mais positivos, menos entusiastas do que nós e se
deixem arrastar menos pela imaginação? Que sejam menos
inclinados ao maravilhoso? Se fosse assim, seria de admirar, com
mais forte razão, que o Espiritismo tenha tido seu principal foco
nos Estados Unidos, onde o positivismo dos interesses materiais
reina como soberano absoluto. Não teria sido mais racional que
houvesse surgido na Alemanha, ou na Rússia, que, a esse respeito,
parece tomar a dianteira, como a terra clássica das lendas? A
oposição encontrada pelo Espiritismo na Inglaterra nada tem a ver
com o caráter nacional, mas com a influência das idéias religiosas
de certas seitas preponderantes, rigorosamente vinculadas mais à
letra que ao espírito de seus dogmas. Elas se inquietaram com uma
252
JUNHO DE 1860
UM ESPÍRITO FALADOR
256
JUNHO DE 1860
S. C. Hall
O Espírito e o Cãozinho
(Sociedade, 4 de maio de 1860 – Médium: Sr. Didier)
Charlet
Charlet
259
R E V I S TA E S P Í R I TA
O Espírito de um Idiota
Sociedade, 25 de maio de 1860
1. Evocação.
Resp. – Eis-me aqui.
15. Mas, então, não seria melhor não ser médium, já que
essa faculdade pode arrastar a tão graves inconvenientes?
Resp. – Acreditais que os Espíritos maus só venham
atacar os médiuns? A mediunidade, ao contrário, é um meio
precioso de os reconhecer e de se resguardar contra eles. É o
265
R E V I S TA E S P Í R I TA
31. Diz ele vos ter visto duas vezes após vossa morte.
Isto é verdade?
Resp. – É bem verdade.
Medicina Intuitiva
Plessis-Boudet, 23 de maio de 1860.
Senhor,
Aceitai, etc.
Morhéry
276
JUNHO DE 1860
Tradição Muçulmana
Extraímos a passagem seguinte da sábia e notável obra
que o Sr. Géraldy Saintine publicou, sob o título de Três Anos na
Judéia.
278
JUNHO DE 1860
279
R E V I S TA E S P Í R I TA
Senhor,
Aceitai, etc.
Mathieu
Ditados Espontâneos e
Dissertações Espíritas
RECEBIDOS OU LIDOS NAS SESSÕES DA SOCIEDADE
A VAIDADE
Pela Sra. Lesc..., médium
A MISÉRIA HUMANA
A TRISTEZA E O PESAR
Pela Sra. Lesc..., médium
A FANTASIA
Médium – Sra. Lesc...
Alfred de Musset
Alfred de Musset
Bibliografia
Num artigo acima falamos de uma nova publicação
periódica sobre o Espiritismo, feita em Londres, sob o título de The
287
R E V I S TA E S P Í R I TA
Allan Kardec
288
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III JULHO DE 1860 No 7
Aviso
O escritório da Revista Espírita e o domicílio particular do
Sr. Allan Kardec foram transferidos para a Rua Sainte-Anne, no 59,
passagem Sainte-Anne.
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Resolve o seguinte:
Resolve o seguinte:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Frenologia e Fisiognomonia 22
297
R E V I S TA E S P Í R I TA
302
JULHO DE 1860
Os Fantasmas
A academia assim define essa palavra: “Diz-se dos
Espíritos que se supõe voltarem do outro mundo.” Ela não diz que
voltam; só os espíritas podem ser bastante loucos para ousarem
afirmar semelhantes coisas. Seja como for, pode dizer-se que a
crença nos fantasmas é universal. Evidentemente se funda na
intuição da existência dos Espíritos e na possibilidade de
comunicação com eles. A esse título, todo Espírito que manifesta
sua presença, seja pela escrita de um médium, ou simplesmente
batendo numa mesa, seria um fantasma. Mas esse nome quase
sepulcral geralmente é reservado para os que se tornam visíveis e
que se supõe, como diz com razão a Academia, vir em
circunstâncias mais dramáticas. São histórias de comadres? O fato
em si, não; os acessórios, sim. Sabe-se que os Espíritos podem
304
JULHO DE 1860
Os Animais
(Dissertações espontâneas feitas pelo Espírito Charlet,
em várias sessões da Sociedade)
Charlet
II
Charlet
Charlet
313
R E V I S TA E S P Í R I TA
IV
Charlet
Charlet
VI
Charlet
VII
Todo vosso,
Charlet
VIII
Charlet
Charlet
319
R E V I S TA E S P Í R I TA
EXAME CRÍTICO
das dissertações de Charlet sobre os animais
SOBRE O §I
SOBRE O § II
321
R E V I S TA E S P Í R I TA
SOBRE O § III
sofrer um ser sensível qualquer e nos diz a doutrina que por isso ele
será punido. Mas daí a colocar o animal numa posição superior a
ele, há uma grande distância. Que pensais disto?
Resp. – Sim; entretanto, sempre estabeleceis uma escala
entre os animais. Pensais que há distância entre certas raças. O
homem é tanto mais culpado quanto mais poderoso.
SOBRE O §V
SOBRE O § VI
SOBRE O § XI25
324
JULHO DE 1860
OBSERVAÇÃO GERAL
Bibliografia
Anunciamos a continuação de O Livro dos Espíritos sob
o título de Espiritismo Experimental, e que deveria ter sido
publicado em abril último. O trabalho foi retardado por algumas
circunstâncias independentes de nossa vontade e, sobretudo, pela
maior importância que julgamos dever lhe dar. Hoje está no prelo.
Sua data de aparição será conhecida posteriormente.
Allan Kardec
332
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III AGOSTO DE 1860 No 8
Aviso
O escritório da Revista Espírita e o domicílio particular do
Sr. Allan Kardec foram transferidos para a Rua Sainte-Anne, no 59,
passagem Sainte-Anne.
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
minutos; ao despertar, percebeu que não tinha mais o anel que usa
habitualmente.”
Estudos:
São Luís
Senhor Presidente,
Aceitai, etc.
7. Podes designá-la?
Resp. – Sim. Ali, à direita daquele que fala; ele usa óculos.
352
AGOSTO DE 1860
Jeannet
354
AGOSTO DE 1860
355
R E V I S TA E S P Í R I TA
“Custas: 3 fr. 55 c.
“Assinado: Demonchy
“Custas: 9 fr. e 10 c.
“Demonchy”
358
AGOSTO DE 1860
– Mas quem?
Sam
1. Evocação.
Resp. – Eis-me alegre em vossa companhia.
27
O SUICIDA DA RUA QUINCAMPOIX
366
AGOSTO DE 1860
1. Evocação.
Resp. – Oh! obrigado! Sofro muito, mas... é justo.
Contudo, ele me perdoará.
Variedades
O PRISIONEIRO DE LIMOGES
Senhor,
Aceitai, etc.
Courtois
Ditados Espontâneos e
Dissertações Espíritas
Recebidas ou lidas nas sessões da Sociedade
DESENVOLVIMENTO DAS IDÉIAS
A propósito da evocação de Thilorier – Médium: Sra. Costel
MASCARADAS HUMANAS
Médim – Srta. Huet
Delphine de Girardin
Channing
ORIGENS
28
Médium – Sra. Costel
375
R E V I S TA E S P Í R I TA
Lázaro
O FUTURO
Médium – Sr. Coll
homens ensinarão não será mais essa ciência capciosa, que vos faz
ver, sob a máscara enganadora do bem geral, ou de um bem por vir,
no qual, muitas vezes, os próprios mestres não têm nenhuma
confiança, a mentira e a cupidez, a vontade de tudo ter, em proveito
de uma seita e, algumas vezes até, em proveito de um só. Por certo
os homens não serão perfeitos; mas, então, o falso será tão restrito,
os maus terão tão pouca influência, que serão felizes na sua
minoridade. Nesses tempos, os homens compreenderão o trabalho
e todos alcançarão a riqueza, porque não desejarão o supérfluo
senão para fazer grandes obras em proveito de todos. O amor, esta
palavra tão divina, não mais terá a acepção impura que lhe atribuís.
Todo sentimento pessoal desaparecerá, ante esse ensinamento tão
suave, contido nestas palavras do Cristo: Amai-vos uns aos outros,
como a vós mesmos.
São Luís
377
R E V I S TA E S P Í R I TA
ELETRICIDADE ESPIRITUAL
Médium – Sr. Didier Filho
Lamennais
Allan Kardec
29 N. do T.: Allan Kardec faz referência a O Livro dos Médiuns, que seria
lançado em 1861.
379
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III SETEMBRO DE 1860 No 9
Aviso
Os escritórios da Revista Espírita e o domicílio particular
do Sr. Allan Kardec foram transferidos para a Rua Sainte-Anne, no 59,
passagem Sainte-Anne.
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 27 de julho de 1860 – Sessão geral
Reunião da comissão.
Comunicações diversas:
Reunião da comissão.
Comunicações diversas:
Estudos:
Reunião do comitê.
Comunicações diversas:
Estudos:
Reunião da comissão.
Comunicações diversas:
Estudos:
1858, a fim de julgar dos progressos que ela poderia ter feito. Ele
responde: “Seríeis inspirados pela caridade se a evocásseis e se lhe
falásseis amigavelmente, ao mesmo tempo instruindo-a um pouco,
pois ainda está muito atrasada.”
Reunião do comitê.
Comunicações diversas:
Estudos:
pessoa que lhe serve de médium. Sua vida não oferece nenhuma
particularidade relevante, a não ser que sempre foi bom e
benevolente. Suas comunicações, como Espírito, trazem um selo de
tal superioridade que se desejou saber a posição por ele ocupada no
mundo dos Espíritos. São Luís responde:
Luís
O Maravilhoso e o Sobrenatural30
Se a crença nos Espíritos e nas suas manifestações
representasse uma concepção singular, fosse produto de um
sistema, poderia, com visos de razão, merecer a suspeita de ilusória.
Digam-nos, porém, por que com ela deparamos tão vivaz entre
todos os povos, antigos e modernos, e nos livros santos de todas as
religiões conhecidas? É, respondem os críticos, porque, desde
todos os tempos, o homem teve o gosto do maravilhoso. – Mas,
que entendeis por maravilhoso? – O que é sobrenatural. – Que
entendeis por sobrenatural? – O que é contrário às leis da
Natureza. – Conheceis, porventura, tão bem estas que possais
marcar limite ao poder de Deus? Pois bem! Provai então que a
existência dos Espíritos e suas manifestações são contrárias às
leis da Natureza; que não é, nem pode ser uma destas leis.
30 N. do T.: Este artigo foi incluído por Allan Kardec em O Livro dos
Médiuns, cuja primeira edição apareceu em 1861. Corresponde ao
capítulo II, Primeira Parte, do livro citado.
395
R E V I S TA E S P Í R I TA
402
SETEMBRO DE 1860
simples efeitos que têm sua razão de ser nas leis gerais. Outro
caráter do milagre é o ser insólito, isolado. Ora, logo que um
fenômeno se reproduz, por assim dizer, à vontade e por diversas
pessoas, não pode ser um milagre.
405
R E V I S TA E S P Í R I TA
História do Maravilhoso e do
Sobrenatural
POR LUIS FIGUIER
(Primeiro artigo)
guia senão as estrelas, que muitas vezes lhes faltavam? Que teríeis
pensado, dizemos nós, de um homem que tivesse vindo dizer:
Tenho aqui numa caixinha, não maior que a de bombons, uma
agulha pequenina, com a qual os maiores navios podem navegar
com segurança; que indica a rota com qualquer tempo, com a
precisão de um relógio? Ainda uma vez, não combatemos a varinha
mágica, e menos ainda o charlatanismo, que dela se apoderou;
apenas perguntamos o que haveria de mais sobrenatural se um
pequeno pedaço de madeira, em dadas circunstâncias, fosse agitado
por um eflúvio terrestre invisível, como a agulha imantada o é pela
corrente magnética que também não se vê? Será que essa agulha
também não serve para pesquisar as coisas do mundo físico? Não será ela
influenciada pela presença de uma mina de ferro subterrânea? O
maravilhoso é a idéia fixa do Sr. Figuier; é o seu pesadelo; ele o vê
por toda parte onde haja algo que não compreende. Mas apenas ele,
sábio, poderá dizer como germina e se reproduz o menor grão?
Qual a força que faz a flor voltar-se para a luz? Quem, na terra, atrai
as raízes para um terreno propício, mesmo através dos mais rudes
obstáculos? Estranha aberração do espírito humano, que pensa
tudo saber e nada sabe; que despreza maravilhas incontáveis e nega
um poder sobre-humano!
Correspondência
Ao Sr. Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Sr. Presidente,
Aceitai, etc.
Jobard
Dissertações Espíritas
Recebidas ou lidas na Sociedade por diversos médiuns
DEVANEIO
soberbo para o mar e, como que inspirada, cantou com voz suave
e lamentosa. Eu a ouvia, assaltado por uma tristeza mortal, e
repetia mentalmente as estrofes que deslizavam de seus lábios,
como de uma fonte viva. Então ela se voltou para mim e fui como
que envolvido pela sombra de suas alvas vestes.
Alfred de Musset
Dito isto, que Deus tome sob a sua santa guarda todos
os verdadeiros espíritas.
Allan Kardec
426
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III OUTUBRO DE 1860 No 10
Aviso
Os escritórios da Revista Espírita e o domicílio particular
do Sr. Allan Kardec foram transferidos para a Rua Sainte-Anne, no 59,
passagem Sainte-Anne.
bem que dissemos uma pena de ganso, e não uma pena metálica,
pois os Espíritos têm horror aos metais.
Resposta: Sim.
429
R E V I S TA E S P Í R I TA
Resposta: Sim.
Resposta: Sim.
C. M.
432
OUTUBRO DE 1860
Senhor,
Allan Kardec
Banquete
OFERECIDO PELOS ESPÍRITAS LIONESES AO SR. ALLAN KARDEC
19 DE SETEMBRO DE 1860
Guillaume
445
R E V I S TA E S P Í R I TA
utopia uma doutrina que faz tais prodígios? Que Deus, na sua
bondade, meus amigos, se digne vos enviar Espíritos bons para vos
assistir nas vossas comunicações, a fim de que sejais esclarecidos
sobre as verdades de que estais encarregados de espalhar. Um dia
colhereis centuplicados os frutos do bom grão que houverdes
semeado.
Allan Kardec
453
R E V I S TA E S P Í R I TA
Mas tudo isso não tem sentido. Desde que hoje se sabe
facilmente conversar com as criaturas do outro mundo, é preciso
aceitá-las como são e pelo que são. Há poetas que podem ditar
bons versos, filósofos e moralistas que podem dar boas máximas,
historiadores que podem dar esclarecimentos sobre sua época,
naturalistas que podem ensinar o que sabem, ou retificar os erros
que cometeram, astrônomos que podem revelar certos fenômenos
que ignorais, músicos, autores capazes de escrever obras póstumas
e que chegam mesmo a pedir que sejam publicadas em seu nome.
Um deles, que pensava ter inventado alguma coisa, indignou-se ao
saber que a patente não lhe seria entregue pessoalmente; outros não
fazem mais caso das coisas terrenas do que certos sábios. Há
também os que assistem com prazer infantil à inauguração de sua
estátua e outros que não se dão ao trabalho de ir vê-la e que
desprezam profundamente os imbecis que lhes prestam essa honra,
depois de os haverem desprezado e perseguido em vida. A
propósito de sua estátua, Humboldt não respondeu senão uma
palavra: Irrisão! Um outro deu a inscrição da estátua que lhe
preparam e que sabe não havê-la merecido: Ao grande ladrão, os
roubados reconhecidos.
456
OUTUBRO DE 1860
Jobard
OBSERVAÇÕES
dessa barreira? atrás dessa cortina que nos vela o futuro? Alguma
coisa ou o nada? Pois bem! Os Espíritos nos ensinam que existe
algo; que, quando morremos, nem tudo está acabado. Longe disto;
só então é que começa a verdadeira vida, a vida moral. Ainda que
só isto nos ensinassem, suas conversas não seriam inúteis. Fazem
mais: ensinam o que devemos fazer aqui para nos encontrarmos
em melhores condições no outro mundo. E como lá teremos que
ficar muito tempo é bom nos assegurarmos o melhor lugar
possível. Como diz o Sr. Jobard, em geral os Espíritos atribuem
pouca importância às coisas da Terra, por uma razão muito
simples: é que têm melhor do que isto; seu objetivo é ensinar-nos o que
devemos fazer para ali sermos felizes. Eles sabem que nos
prendemos às alegrias da Terra, como as crianças com seus
brinquedos; querem avançar o nosso raciocínio: tal a sua missão. Se
somos enganados por uns, é porque queremos tirá-los da esfera de
suas atribuições. Perguntar-lhes o que não sabem, o que não podem
ou não devem dizer, é ser mistificado pela turba de Espíritos
zombeteiros, que se divertem com a nossa credulidade. O erro de
certos médiuns é crer na infalibilidade dos Espíritos que com eles
se comunicam e os seduzem por belas frases, escorados num nome
imponente que, na maioria das vezes, não lhes pertence.
Reconhecer a fraude é um resultado do estudo e da experiência.
Nesse sentido, o artigo do Sr. Jobard só lhes pode ajudar a abrir os
olhos.
Dissertações Espíritas
RECEBIDAS OU LIDAS NA SOCIEDADE POR VÁRIOS MÉDIUNS
Georges
OS ESPÍRITOS ERRANTES
Médium – Sra. Costel
tal modo crescem em suas vidas espíritas que a paixão do mal neles
se consume; acabam por compreender que devem ceder à voz de
Deus, que não cessa de os chamar. Viram-se Espíritos rebeldes
pedir com ardor as mais terríveis expiações e suportar o martírio
com alegria. Esse retorno ao bem é uma imensa felicidade para os
puros Espíritos. A palavra do Cristo sobre as ovelhas desgarradas é
radiosa verdade.
Georges
O CASTIGO
Médium – Sra. Costel
Georges
Georges
468
OUTUBRO DE 1860
JÚPITER
Médium – Sra. Costel
pode conduzir. Mas há entre vós os que estão de tal modo ligados
à matéria, que ainda preferem as alegrias materiais da Terra às
alegrias puras, reservadas ao homem que sabe desligar-se delas.
Que gozem, pois, enquanto estão aqui! Porque um triste revés os
espera, talvez mesmo nesta vida. Os que escolhemos para nossos
intérpretes são os primeiros a receber a luz. Infelizes, sobretudo, os
que não aproveitam o favor que Deus lhes concede, porquanto sua
justiça pesará sobre eles!
Georges
OS ESPÍRITOS PUROS
Georges
cada afluente aumenta, essas forças puras não ficam mais inativas
que as forças de outras esferas. Logo investidos do dom da
ubiqüidade, abrangem ao mesmo tempo os detalhes infinitos da
vida humana, desde a sua eclosão até as últimas etapas. Irresistível
como a luz, sua vista penetra por toda parte simultaneamente e,
ativos como a força que os move, espalham a vontade do Senhor.
Como de uma urna cheia escapa a onda benfazeja, sua bondade
universal aquece os mundos e confunde o mal.
Georges
473
R E V I S TA E S P Í R I TA
A REENCARNAÇÃO
Médium – Sr. de Grand-Boulogne
Zénon
475
R E V I S TA E S P Í R I TA
O DESPERTAR DO ESPÍRITO
Médium – Sra. Costel
Georges
Georges
37
A CARIDADE MATERIAL E A CARIDADE MORAL
Médium – Sra. de B...
478
OUTUBRO DE 1860
Irmã Rosália
A ELETRICIDADE DO PENSAMENTO
Médium – Sra. Costel
Delphine de Girardin
A HIPOCRISIA
Médium – Sr. Didier Filho
Lamennais
Allan Kardec
482
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III NOVEMBRO DE 1860 No 11
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 5 de outubro de 1860 – Sessão particular
Reunião da comissão.
Comunicações diversas:
Estudos:
Reunião da comissão.
Comunicações diversas:
Estudos:
487
R E V I S TA E S P Í R I TA
Reunião da comissão.
Comunicações diversas:
Estudos:
Bibliografia
CARTA DE UM CATÓLICO SOBRE O ESPIRITISMO
39
Pelo Dr. Grand, antigo Vice-cônsul da França
490
N OV E M B R O DE 1860
Homero
Estamos há muito tempo em contato com dois
médiuns de Sens, tão distintos por suas faculdades, quanto
recomendáveis por sua modéstia, devotamento e pureza de
491
R E V I S TA E S P Í R I TA
493
R E V I S TA E S P Í R I TA
1o Evocação.
Resp. – Meus amigos, eis-me ante uma grande mesa,
mas, infelizmente, vazia!
Baltazar
499
R E V I S TA E S P Í R I TA
Mensageiro és da Providência,
Sábio interpretas sua lei,
Oh! fala; escuto com paciência:
Mestre divino, aprenderei.
Ainda há pouco eu duvidava,
Sem fé sentindo o coração,
Porém teu sopro o iluminava,
Arremessando-me um clarão!
A. G.
Dissertações Espíritas
RECEBIDAS OU LIDAS NA SOCIEDADE POR VÁRIOS MÉDIUNS
Delphine de Girardin
42
OS ÓRFÃOS
Médium – Sra. Schmidt
505
R E V I S TA E S P Í R I TA
Jules Morin
Minha boa irmã, para que serve ao rico todo esse luxo,
todo esse supérfluo? Amanhã estará despojado de todos esses vãos
ouropéis a fim de descer ao túmulo, para onde nada levará. É
verdade que fez uma bela viagem; nada lhe faltou, não sabia mais o
que desejar e esgotou as delícias da vida. Também é certo que, em
seu delírio, algumas vezes lançou, sorrindo, a esmola nas mãos de
seu irmão; mas terá, por isso, retirado algo da boca? Não,
porquanto não se privou de um só prazer, de uma única fantasia.
Contudo, esse irmão é um filho de Deus, nosso pai comum, a quem
tudo pertence. Compreendes, minha irmã, que um bom pai não
deserda um de seus filhos para tornar mais rico o outro? Daí por
que recompensará o que foi privado de sua parte nesta vida.
O CRISTIANISMO
Médium – Sr. Didier Filho
Lamennais
O TEMPO PERDIDO
Médium – Srta. Huet
Massillon
OS SÁBIOS
Médium – Srta. Huet
Delphine de Girardin
510
N OV E M B R O DE 1860
O HOMEM
Santa Teresa
Channing
OS INIMIGOS DO PROGRESSO
Médium – Sr. R...
Lamennais
Lázaro
513
R E V I S TA E S P Í R I TA
SCARRON
Médium – Srta. Huet
Paul Scarron
O NADA DA VIDA
Médium – Srta. Huet
S. Swetchine
AOS MÉDIUNS
Médium – Sr. Darcol
Francisco de Salles
A HONESTIDADE RELATIVA
Georges
516
N OV E M B R O DE 1860
PENSAMENTOS AVULSOS
Massillon
517
R E V I S TA E S P Í R I TA
Lamennais
Maria de Agreda
Fenômeno de bicorporeidade
Aviso
Lembramos aos nossos leitores que a obra intitulada:
Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas está esgotada e será
substituída por outra, bem mais completa, sob o título de
Espiritismo Experimental 43. Encontra-se no prelo e aparecerá no
mês de dezembro.
Allan Kardec
524
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO III DEZEMBRO DE 1860 No 12
tal ou qual casa fazem as mesas girar mais ou menos bem. Para nós,
os fatos têm outro caráter: não são histórias, mas temas de estudo;
e os mais simples em aparência muitas vezes podem dar lugar às
mais interessantes observações. É a mesma coisa que ocorre na
ciência comum, em que um pezinho de erva encerra, para o
observador, tantos mistérios quanto uma árvore gigante. Eis por
que, nos fatos, consideramos muito mais o lado instrutivo que o
divertido e nos prendemos aos que nos podem ensinar alguma
coisa, independente de sua maior ou menor estranheza.
Boletim
DA SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Sexta-feira, 26 de outubro de 1860 – Sessão geral
Comunicações diversas:
Estudos:
Comunicações diversas:
Estudos:
528
DEZEMBRO DE 1860
São Luís
Comunicações diversas:
Estudos:
História do Maravilhoso
PELO SR. LOUIS FIGUIER
Segundo artigo; vide a Revista de setembro de 1860
em três quartas partes está cheio de histórias que não lhes guardam
nenhuma relação, de maneira que o principal ali se torna o
acessório. Cagliostro, o caso do colar, que ali figuram, não se sabe
por quê, a moça elétrica, os caracóis simpáticos, ocupam treze
capítulos em dezoito. É verdade que essas histórias são tratadas
com verdadeiro luxo de detalhes e de erudição, que as fará lidas
com interesse, pondo-se de lado qualquer opinião espírita. Sendo
seu objetivo provar o amor do homem pelo maravilhoso, busca ele
todos os contos que o bom-senso, em todos os tempos, já havia
dado o seu justo valor, e se esforça por provar que são absurdos, o
que ninguém contesta. E exclama: “Eis o Espiritismo fulminado!”
A dar-lhe ouvidos, poder-se-ia crer que as proezas de Cagliostro e
os contos de Hoffmann são artigos de fé para todos os espíritas, e
que os caracóis simpáticos têm toda a sua simpatia.
que a cada passo é contraditada por fatos que não pode explicar e
que o autor silencia por uma razão muito simples: é que não os
conhece. Ele nada viu ou pouco viu por si mesmo; numa palavra,
nada aprofundou de visu, com a sagacidade, a paciência e a
independência das idéias do observador consciencioso; contentou-
se com relatos mais ou menos fantásticos, encontrados em certas
obras que não primam pela imparcialidade. Não leva em
consideração os progressos que a ciência fez desde alguns anos; ele
a toma em seu começo, quando marchava tateante e cada um trazia
uma opinião incerta e prematura, estando longe de conhecer todos
os fatos; absolutamente como se quisesses julgar a química de hoje
pelo que era ao tempo de Nicolas Flamel. Em nossa opinião, e por
mais sábio seja o Sr. Figuier falta-lhe a primeira qualidade que se
exige de um crítico: a de conhecer a fundo aquilo de que fala,
condição ainda mais necessária quando se quer explicá-lo.
540
DEZEMBRO DE 1860
primeiro, não pode ser obtido em todos os grupos. Para que a mesa
responda às perguntas feitas, levantando um de seus pés e dando
pancadas, é necessário que os indivíduos que operam tenham
praticado seguidamente o fenômeno da mesa girante, e que
entre eles se encontre um sensitivo particularmente apto a cair
naquele estado, o que se dá mais depressa pelo hábito e pela
perseverança por mais tempo: numa palavra, é preciso um médium
experimentado.
1o Evocação.
Resp. – Ah! eis-me aqui; mas nunca tendes algo a me
oferecer. Decididamente não sois amáveis.
A Educação de um Espírito
Um de nossos assinantes, cuja esposa é excelente
médium escrevente, não pode, apesar disso, comunicar-se com seus
parentes e amigos, porque um Espírito mau se impõe a ela e
intercepta, por assim dizer, todas as comunicações, o que lhe causa
viva contrariedade. Notemos que há simples obsessão, e não
subjugação, porquanto a médium absolutamente não é enganada
por esse Espírito, que, aliás, é francamente mau e não procura
esconder o seu jogo. Tendo pedido nossa opinião a respeito,
dissemos-lhe que não se livraria dele nem pela cólera, nem pelas
ameaças, mas pela paciência; que era preciso dominá-lo pelo
ascendente moral e buscar torná-lo melhor pelos bons conselhos;
que é um encargo de alma que lhe é confiado, e cuja dificuldade lhe
será meritória.
Dissertações Espíritas
Recebidas ou lidas na Sociedade por diversos médiuns
ENTRADA DE UM CULPADO NO MUNDO DOS ESPÍRITOS
Médium – Sra. Costel
Novel
CASTIGO DO EGOÍSTA
Médium – Sra. Costel
Claire
II
Claire
III
Claire
IV
ALFRED DE MUSSET
Alfred de Musset
de coração duro, que sofreis a vossa aridez, aqui está a água que
amolece a rocha e estanca a sede; vinde, mulheres amantes, que em
toda a vossa vida aspirais à felicidade, que medis a profundidade de
vosso coração e desesperais de preenchê-la; vinde, mulher de
inteligência ávida, vinde: aqui a ciência corre clara e pura; vinde
beber nesta fonte que rejuvenesce. E vós, velhos, que vos curvais,
vinde e rireis na face de toda essa juventude que vos desdenha,
porque, para vós, se abrem as portas do santuário, para vós o
nascimento vai recomeçar e trazer a felicidade de vossos primeiros
anos; vinde, e nós vos faremos ver os irmãos que vos estendem os
braços e vos esperam; vinde, pois, todos, porque para todos há
consolações.
Delphine de Girardin
A REENCARNAÇÃO
Médium – Srta. Eugénie
é preciso que sejais perfeitos. Vejamos! pensais que vos resta tão
pouco a fazer, para crer que depois de vossa morte uns três ou
quatro meses nas esferas vos bastarão46? Não. Não acredito em
tanta pretensão. Para adquirir é necessário trabalhar, e a fortuna
moral não se lega como a fortuna material. Para vos depurardes,
é preciso passar por vários corpos que com eles levam, em cada
despojamento, uma parte das vossas impurezas.
Delphine de Girardin
564
DEZEMBRO DE 1860
Charles Nodier
ALEGORIA DE LÁZARO
Médium – Sr. Alfred Didier
Lamennais
O DUENDE FAMILIAR
Médium – Sra. Costel
Charles Nodier
Allan Kardec
567
Nota Explicativa 47
Revista Espírita (de janeiro de 1858 a abril de 1869). Após sua morte,
foi editado o livro Obras Póstumas (1890).
A EDITORA
575