PROBLEMA DE GEOMETRIA OLIMPICA II (Conjugados Harmonicos) PDF

PROBLEMA DE GEOMETRIA OLIMPICA
Considere em um plano, uma circunferncia e um ponto P externo ela.

Sejam A,B, C e D pontos distintos , dois a dois, de , tais que os segmentos PA e PB so tangentes em A e B
respectivamente, enquanto os pontos P,C e D , nesta ordem, so colineares. Prove que:
Se a reta BE paralela a reta PD, com E sobre e M a interseco das retas EA e PD, ento M ponto mdio
da corda CD de .

DEMONSTRAO [ Usando conceitos de Geometria Projetiva]
Sejam F , I as interseces: da reta PE com e das retas EC e FD, respectivamente.
Como as retas DE e CF podem ser concorrentes ou no, dividiremos a nossa demonstrao em 2 partes.

Parte I: As retas DE e CF so concorrentes em Q.

Neste caso, os pontos Q,B,I e A so pontos da polar de P (propriedade bem conhecida da geometria projetiva),
sendo I e Q conjugados harmonicos da corda AB.
Dai, a quadrupla de pontos [ABIQ] harmnica e, consequentemente, o conjunto constitudo das 4 retas
concorrentes em E; EA,EI,EB,EQ , um feixe harmnico.
Por outro lado, como a reta PD uma transversal deste feixe, cortando, as retas EQ,EA,EI
respectivamente nos pontos D, M, C e, tambm , paralela reta EA deste feixe, por hiptese,
conclui-se, das propriedades de um feixe harmnico, que a reta do feixe EA divide a corda CD de ,
ao meio, o que implica dizer que DM= MC, ou seja, que M ponto mdio da corda CD de .

Parte II- As retas DE e CF so paralelas.
Neste caso, as retas DE e CF determinam um ponto Q, improprio, isto , est no infinito. mas a
demonstrao segue os mesmos passos da que fizemos para o caso destas retas serem concorrentes,
chegando a mesma concluso, pois as propriedades do feixe harmnicos, mantm se inalteradas.

Portanto, com a demonstrao da parte I e II, feitas acima, finalizamos a demonstrao pedida.

DEMONSTRAO [ Usando apenas conceitos da Geometria Euclideana]

Inicialmente, construmos a partir do enunciado as figuras 1 e 2, abaixo, que serviro apenas para auxiliar a
compreenso da demonstrao.

figura 1

figura 2

Notemos,[ figura 1], que :
ABP = AEB = , ( ngulos de vrtice em determinando o mesmo arco ACB ),
AMQ = AEB = ( ngulos correspondentes, determinados pelas retas paralelas BE e PD)
e PQB = MQA = ( ngulos opostos pelo vrtice Q).
Dai, QBP = ABP = AMQ = e PQB = MQA = .

Nestas condies, QBP QMA ( AA) e, portanto,
AQ
PQ
QM
QB
, o que implica AQ . QB = PQ . QM.
Por outro lado, do Teorema Reciproco da Potncia de um ponto Q, em relao a uma circunferncia, conclui-se
da igualdade : AQ . QB = PQ . QM , que o quadriltero convexo APBM cclico.

Ainda mais, sendo O , centro de e PBO = PAO = 90
0
; pois os segmentos PA e PB so tangentes , o
quadriltero APBO tambm cclico e o segmento OP um dos dimetros de seu circuncrculo [ figura 2].

Deste modo, como o circuncrculo de 3 pontos no colineares (A,B,P ) nico, ento necessariamente o
circuncrculo do quadriltero APBO, de dimetro OP, passa por M. Logo, PMO = PAO = 90
0
e, em
consequncia, a reta OM perpendicular corda CD [ figura 2].

Entretanto, OD = OC = R (medida do raio de ). Consequentemente, a reta OM tambm mediatriz da corda
CD e, portanto, M ponto mdio da corda CD de ; o que finaliza a demonstrao pedida.

AUTOR: LUIZ ANTONIO PONCE ALONSO [20/08/2014].
Nota: Veja definio e propriedades de polo e polar no Link http://paulscottinfo.ipage.com/PLC/8/8.html.

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