Sistemas de Ventilação Híbridos em Edifícios
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0
Massa volmica de referncia do ar [kg/m
3
]
CAPTULO 1 Introduo
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Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
29/291
1. Introduo
A Associao Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigerao e Ar Condicionado
(ASHRAE
1
), na sua norma 62 2004 [1], define Ventilao como o processo atravs do qual
se fornece ou remove ar de um espao com o objectivo de controlar o nvel de poluentes, a
humidade ou a temperatura do referido espao. Ou seja, a ventilao a troca de ar viciado e
poludo por ar fresco, relativamente limpo, normalmente proveniente do exterior. Esta troca
ocorre por meios muito distintos, podendo acontecer acidentalmente atravs de frinchas exis-
tentes na envolvente do edifcio ou atravs de sistemas concebidos para esse efeito e ditos de
ventilao. A renovao de ar necessrio por diversas razes: remover ou diluir os poluentes
gerados no interior do edifcio, garantir o teor de oxignio necessrio para o metabolismo
humano, e para os dispositivos de combusto, e sendo um meio de transporte de massa e, con-
sequentemente de energia, pode at ser utilizada para remoo da mesma.
Estima-se que durante cerca de 90 % do tempo as pessoas se encontrem em espaos fechados:
escolas, escritrios, veculos, residncias Torna-se, assim, imperativo que nesses espaos o
ar se encontre livre de poluentes e, ainda, que as temperaturas interiores garantam o conforto
trmico dos ocupantes.
Associadas s vantagens, evidentes, da ventilao num edifcio existe um conjunto de desvan-
tagens, nomeadamente, as perdas energticas que lhe esto associadas. Com efeito, ao promo-
ver a entrada de ar exterior num dado espao e consequente sada de ar, tratado e climatizado,
tem como consequncia um aumento do consumo energtico. Calcula-se que cerca de 33 %
das perdas energticas associadas aos edifcios residenciais e de servios sejam resultado
directo da ventilao dos mesmos. Contudo, existem casos onde este valor pode situar-se
entre os 50 e os 70 % das necessidades energticas totais.
Os caudais mnimos de ventilao que garantem Qualidade do Ar Interior (QAI) e o consumo
energtico associado a esses caudais foram, ao longo dos anos, motivo de discusso entre os
especialistas na rea, tendo-se assistido a uma grande variao dos valores estipulados e utili-
zados nos edifcios. Essas alteraes foram e so reflexos de crises petrolferas, aumento da
utilizao de sistemas de ar condicionado, know-how adquirido, entre outros parmetros.
Uma prova concreta desta demanda, em busca de uma normalizao dos caudais mnimos de
ventilao, a referida norma 62 da ASHRAE [1]. A primeira verso deste documento surge
1
American Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning Engineers
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em 1973 [2] e, ao longo dos anos, sofreu diversas alteraes e actualizaes, aumentando e
diminuindo os valores dos caudais mnimos, em funo da situao poltica, econmica e
social, mantendo, no entanto, o seu principal objectivo: especificar os caudais mnimos de
ventilao e a Qualidade do Ar Interior aceitvel para o ser humano [1].
1.1. Objectivos do trabalho
Em Portugal, nos edifcios residenciais, utilizam-se maioritariamente sistemas de ventilao
do tipo extraco mecnica, sendo a entrada do ar garantida pelas frinchas e fendas da envol-
vente do edifcio, originando infiltraes. Se no forem devidamente controlados, estes siste-
mas provocam fluxos de ar indesejveis, podendo estar associados a um consumo energtico
excessivo, maioritariamente no Inverno, para manter as condies de conforto trmico no
interior do edifcio. Com a evoluo do tipo de construo assiste-se, actualmente, a uma
reduo significativa da taxa de infiltraes, o que origina, partida, reduzidas taxas de venti-
lao natural e, por consequncia, a situaes de desenvolvimento de bolores e condensaes
nas superfcies e fraca qualidade do ar interior. Ou seja, um edifcio onde apenas existe um
sistema de ventilao deste tipo no garante as condies mnimas de conforto para os seus
ocupantes, apresentando ainda a desvantagem de ter um consumo de energia adicional asso-
ciado ao funcionamento dos ventiladores.
possvel projectar sistemas de ventilao natural em Portugal, atravs da aplicao da nor-
ma NP 1037-1, que garante que a ventilao e evacuao natural dos produtos da combusto
dos locais com aparelhos que consomem gs. Como esta norma no especfica para projec-
tos de ventilao natural, no de carcter obrigatrio, razo pela qual se assiste, por vezes, a
sistemas de ventilao natural, cujo projecto no se encontra correctamente elaborado, condu-
zindo a situaes de ventilao deficiente. No entanto, uma norma frequentemente referida
em regulamentos ligados rea da distribuio de gs canalizado e assim sendo, existe uma
obrigatoriedade indirecta de aplicao.
A ventilao natural fortemente dependente das condies exteriores e de difcil controlo,
sendo praticamente impossvel assegurar, durante todo o ano, os caudais de projecto. Durante
o Vero, por exemplo, como o gradiente de temperaturas entre o interior e o exterior peque-
no e a velocidade do vento reduzida, os caudais de ar circulados no edifcio so reduzidos.
Existem ainda situaes, em que ocorrem inverses do fluxo de ar e at mesmo perodos em
que os caudais so exageradamente elevados. A ventilao natural de difcil controlo e inca-
paz de garantir as taxas de ventilao mnimas recomendadas com a vantagem de ser gratuita.
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Pelas razes expostas, torna-se premente desenvolver sistemas de ventilao que conjuguem
as melhores caractersticas da ventilao natural e da ventilao mecnica, para proporcionar
aos ocupantes de um edifcio ambientes saudveis e confortveis e a baixo custo.
neste contexto que este trabalho se enquadra. Pretende-se propor sistemas de ventilao
hbrida inovativos que conduzam a condies de Qualidade do Ar Interior (QAI) aceitveis,
com um consumo energtico mnimo, reduzindo tambm as perdas energticas devidas ven-
tilao. Os sistemas propostos tiraro proveito das principais caractersticas de cada um dos
tipos de ventilao e, utilizando diversas estratgias de controlo, proporcionaro caudais con-
trolados e, consequentemente, um ambiente interior confortvel.
Sero objecto de estudo trs sistemas de ventilao hbrida e cinco estratgias de controlo. Os
sistemas utilizam extraco mecnica do ar, insuflao natural e extraco gratuita sempre
que as condies exteriores o permitirem. O controlo do sistema, com diferentes configura-
es, permite que os caudais de ar em circulao estejam de acordo com as necessidades em
cada instante, necessidades essas que podero ser traduzidas pela humidade relativa das zonas
hmidas, presena de ocupantes, concentraes de poluentes, entre outros.
Ao propor estes novos sistemas pretende-se fazer uma anlise energtica resultante da sua
implementao, comparando o seu desempenho com o dos sistemas de ventilao tpicos em
Portugal, ou seja, ventilao natural e extraco mecnica. Esta anlise ser efectuada utili-
zando uma ferramenta de simulao trmica de edifcios, escolhida de entre um leque alarga-
do de programas, que tenta modelar e integrar de forma realista e detalhada os fenmenos de
transferncia de calor e massa que ocorrem num edifcio.
A simulao eficaz de cada um destes sistema depende de diversos factores, nomeadamente,
do conhecimento detalhado do prprio sistema e dos edifcios residenciais, unifamiliar e mul-
tifamiliar, onde ser instalado, (caractersticas da envolvente, perfil de utilizao, taxa de
infiltraes, entre outros) e uma definio dos dados climticos para as localizaes onde as
simulaes sero efectuadas.
Com o objectivo de caracterizar os consumos energticos destes sistemas de uma forma glo-
bal, comparando-os com as solues convencionais, e, para avaliar a influncia das condies
climticas no desempenho de cada sistema de ventilao/estratgia de controlo, o estudo foi
feito para as zonas climticas existentes em Portugal, classificadas de acordo com a regula-
mentao em vigor. Numa fase posterior, e depois de definidas as vantagens/desvantagens de
cada um dos sistemas, alargou-se o estudo a diversos pases europeus, sendo deste modo pos-
svel avaliar os consumos energticos de cada sistema de ventilao hbrida nas diferentes
zonas climticas da Europa.
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1.2. Estrutura do trabalho
A dissertao desenvolve-se ao longo de oito captulos, cada um deles, com objectivos distin-
tos e versando temas diferentes.
No Captulo 2 faz-se uma descrio dos sistemas de ventilao mais frequentemente utiliza-
dos nos edifcios. Analisam-se as diferentes solues de ventilao natural, mecnica e hbri-
da, dando-se nfase s caractersticas de cada uma delas, e s diversas estratgias de controlo
existentes.
No Captulo 3 enquadra-se a problemtica da ventilao luz da legislao nacional
(NP 1037) e dos recentes regulamentos energticos dos edifcios: o Regulamento das Caracte-
rsticas Trmicas dos Edifcios (RCCTE) e o Regulamento dos Sistemas Energticos de Cli-
matizao (RSECE).
O Captulo 4 dedicado caracterizao das ferramentas de simulao dinmica existentes e
mais adequadas ao trabalho que se pretende realizar nesta dissertao, fazendo-se referncia
s principais caractersticas e especificidades de cada uma. Neste captulo apresenta-se a pro-
blemtica dos dados climticos, utilizando-se diferentes fontes de dados, e de acordo com
diferentes critrios, e referncias bibliogrficas, divide-se Portugal e a Europa em zonas cli-
mticas, e, posteriormente seleccionam-se as localizaes a serem utilizadas nas simulaes.
A descrio dos dois tipos de edifcios residenciais a simular feita no Captulo 5. Neste cap-
tulo descrevem-se as principais caractersticas da envolvente, o tipo de ocupao, ganhos
internos, tipo de climatizao, exposio ao vento, assim como todas as informaes necess-
rias simulao dinmica de um edifcio e respectivo sistema de ventilao.
No Captulo 6 so descritos, de forma mais detalhada, os sistemas de ventilao hbrida em
anlise, os dispositivos (grelhas, vlvulas de extraco,...) utilizados e as diferentes estratgias
de controlo. Estes sistemas de ventilao baseiam-se em sistemas em estudo no projecto euro-
peu RESHYVENT
2
. A caracterizao dos sistemas de ventilao actualmente utilizados em
Portugal ser aqui apresentada. Estes sistemas sero o elemento de comparao para avaliar o
desempenho dos novos sistemas propostos.
No Captulo 7 apresentam-se os principais resultados e anlises que resultam das diferentes
simulaes efectuadas, e no Captulo 8 apresentam-se as concluses retiradas do trabalho
efectuado. Este captulo ser encerrado com uma lista de trabalhos que podero ser efectuados
na continuao desta dissertao.
2
RESHYVENT - Cluster Project on Demand Controlled Hybrid Ventilation in Residential Buildings with Specific Emphasis on the Integra-
tion of Renewable.
CAPTULO 2 Ventilao
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2. Ventilao
Neste captulo descrevem-se, detalhadamente, os tipos de ventilao existentes, nomea-
damente, a ventilao mecnica e a ventilao natural. Cada uma destas estratgias de
ventilao pode assumir diferentes configuraes, sendo o objectivo deste captulo, apre-
sent-las, referindo as vantagens e desvantagens de cada uma. Na parte final, e, conju-
gando a ventilao mecnica com a ventilao natural, ainda apresentada a ventilao
hbrida e estratgias de controlo mais utilizadas.
A ventilao de um edifcio permite garantir a qualidade do ar interior (QAI) e em alguns
casos reduzir os consumos energticos do mesmo. A necessidade de garantir a QAI aceitvel
obriga a recorrer a determinada processo/sistema, para introduzir ou remover ar de um espao.
Esse processo promove a existncia de ar respirvel no interior do edifcio. Um adulto, saud-
vel, sentado inspira/expira cerca de 12 vezes/minuto sendo, o volume mdio de ar inspirado
de 10 litros/minuto, em determinadas circunstncias pode atingir as 200 inspiraes por minu-
to.
Outra das razes, no menos importante, a necessidade de controlar o nvel de poluentes do
ar interior. O corpo humano uma fonte de poluentes e ao respirar no s consome o oxignio
como ainda liberta CO
2
, vapor de gua e odores, que necessitam de ser retirados do espao de
modo a garantir a qualidade do ar interior, ou seja, um ar aceitvel. Para alm do corpo huma-
no existe outro grande promotor do aumento dos poluentes: o prprio edifcio. Com efeito, os
materiais existentes dentro dos espaos libertam para o ar uma diversidade de poluentes,
nocivos ao ser humano quando em concentraes acima dos limites legais. , portanto, neces-
sria a remoo destas substncias do interior dos espaos atravs da ventilao.
Por fim, e porque existem, dentro dos edifcios, dispositivos onde se efectuam combustes
necessrio garantir que os produtos da combusto so totalmente evacuados dos espaos.
Na Europa so utilizados diversos sistemas e estratgias de ventilao. Em alguns pases, a
nica ventilao existente consiste em infiltraes descontroladas atravs de frinchas existen-
tes na envolvente (edifcios pouco estanques), enquanto que noutros locais, os sistemas de
ventilao com dispositivos passivos so mais frequentes. Em climas muito frios, como por
exemplo a Noruega, os sistemas de ventilao mecnica so os mais comuns e com recupera-
o de calor associada. Verifica-se, no entanto, que excepo dos pases nrdicos, os siste-
mas de ventilao natural so os mais frequentes na Europa.
Existe, portanto, uma gama alargada de sistemas de ventilao, cada um com as suas vanta-
gens e desvantagens, e isto porque a aplicabilidade de cada sistema se encontra fortemente
CAPTULO 2 Ventilao
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dependente do tipo de edifcio, condies climticas, nveis de poluio exteriores e interio-
res, entre muitos outros factores no menos relevantes.
2.1. Ventilao Natural
A ventilao natural , essencialmente, baseada no fornecimento de ar fresco a um espao de
forma natural, ou seja, sem recurso a qualquer dispositivo mecnico, sempre com o objectivo
de garantir a QAI. Um ar com qualidade pode ser definido como ar livre de poluentes que
possam causar irritao, desconforto ou sensao de doena nos ocupantes. Existem normas
associadas qualidade do ar e, tipicamente, so baseadas em anlises de risco, sendo especifi-
cadas as concentraes mximas permitidas para permanncias de curta e longa durao.
Para assegurar a ventilao adequada QAI necessrio ter em ateno uma srie de parme-
tros, tais como:
a localizao do edifcio, isto : qualidade do ar exterior, temperatura, humidade, nvel
de rudo, direco e velocidade do vento, e ainda o tipo de configurao urbana;
o edifcio, ou seja: fontes de poluentes interiores, fontes de calor, posicionamento e
dimenses de aberturas, orientao do edifcio, temperatura interior, entre outros.
Uma vez que os detalhes relativos ao edifcio s sero conhecidos numa fase avanada do
projecto necessrio conhecer o potencial de ventilao natural do local, ou seja, a possibili-
dade de garantir QAI nos espaos utilizando, apenas, ventilao natural, independentemente
do edifcio. Deste modo, ser possvel conhecer o tipo de ventilao mais adequada para cada
local, bem como o tipo de edifcio que deve ser construdo ou regras para a sua remodelao.
A estratgia de ventilao natural , especialmente, adequada para edifcios de pequenas
dimenses, normalmente habitaes unifamiliares localizados em climas moderados. A venti-
lao natural surge, tambm, como um investimento de baixo custo, em termos de capital ini-
cial, manuteno e operao, quando comparado com sistemas mecnicos, tendo ainda a van-
tagem de no necessitar de grandes espaos tcnicos. Neste tipo de edifcios, os curtos pero-
dos de desconforto que surgiro no Vero, sero facilmente tolerados pelos ocupantes.
No entanto, natural significa que o desempenho do sistema de ventilao ser aleatrio, e
um controlo eficiente do edifcio apresenta-se complexo. Os sistemas de ventilao natural,
normalmente, tornam indispensveis a utilizao de condutas com dimenses superiores s
utilizadas em sistemas de ventilao mecnica, o que implica a necessidade de mais espao, e
nem sempre estas medidas so do agrado dos arquitectos. Por outro lado, necessrio garantir
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a entrada de ar no edifcio, o que obriga a elevada permeabilidade, o que pode causar conflitos
com os regulamentos de incndio e segurana, quando esta permeabilidade entre zonas do
mesmo edifcio.
Nota-se, portanto, que apesar da ventilao natural ser muito atractiva, o projecto deste tipo de
sistema exige que se tenha em considerao uma srie de fenmenos e critrios nem sempre
fceis de tratar pelo que, actualmente, difcil projectar um sistema de ventilao natural que
verifique a norma NP 1037-1.
2.1.1. Mecanismos da ventilao natural
A ventilao natural resulta do efeito da diferena de presses entre as diferentes fachadas do
edifcio que, por sua vez, so resultantes da aco do vento
3
e ainda o gradiente de temperatu-
ras existente entre o interior e o exterior
4
.
Efeito do vento na ventilao natural
De uma forma geral, um edifcio sujeito aco do vento desenvolve um campo de presso
como resultado do escoamento exterior sobre o edifcio. O gradiente de presses traduzido
pela expresso (1), na qual C
p
o coeficiente de presso, dependente da direco do vento e
da fachada do edifcio que se est a analisar, a massa volmica do ar expressa em kg/m
3
e
U
v
a velocidade do vento em m/s e medida a uma altura de referncia, que normalmente cor-
responde altura do edifcio.
[ ] Pa U C p
v p vento
2
2
1
= (1)
Na fachada do edifcio que est orientada a barlavento geram-se presses positivas (sobre-
presso), enquanto que na fachada oposta e nas laterais se criam zonas de depresso (figura
2-1) [3]. Esta distribuio de presses provoca a entrada de caudais de ar no edifcio, atravs
de aberturas existentes na fachada. Estes caudais de ar (infiltraes) ocorrem na fachada a bar-
lavento, enquanto que na fachada oposta ocorre a sada do ar (exfiltraes).
3
Wind Driving Forces
4
Stack Driving Forces
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Figura 2-1 - Aco do vento na ventilao de um edifcio
Para a correcta determinao do campo de presses, a velocidade do vento calculada em
funo dos dados meteorolgicos disponveis. O facto das estaes meteorolgicas se encon-
trarem distantes do local onde o edifcio est implantado, obriga a uma correco do parme-
tro da velocidade do vento (U
met
) que medida, na estao meteorolgica a uma altura de
referncia de 10 m acima do nvel do solo, tendo-se em conta diversos parmetros, entre eles:
orientao do edifcio, topografia, localizao e rugosidade do terreno.
Ou seja, U
met
, no pode ser utilizada directamente na expresso (1) e o ajuste da velocidade
efectua-se recorrendo lei de potncia dada pela expresso (2), onde U
loc
e U
10
so as veloci-
dades do vento medidas a uma altura z
loc
e z
10
, respectivamente, e um expoente relaciona-
do com a intensidade de turbulncia.
=
10 10
z
z
U
U
loc loc
(2)
Os coeficientes de presso (C
p
) so parmetros empricos, que traduzem as alteraes do
escoamento exterior ao edifcio provocadas pelas obstrues, que o envolvem nas presses
induzidas pelo vento. So fortemente influenciados pela: direco do vento, orientao do edi-
fcio, topografia e rugosidade do terreno. O sucesso da avaliao do potencial associado
ventilao natural est fortemente dependente deste factor.
Clculo dos coeficientes de presso
importante referir, nesta fase, que o termo dominante no diferencial de presses traduzido
pela j apresentada expresso (1), no o coeficiente de presso, C
p
, mas a velocidade do
vento medida altura do edifcio. Isto porque, o gradiente de presses varia com o quadrado
da velocidade do vento. No entanto, nenhum factor deve ser desprezado, razo pela qual se
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apresentam dois modelos de clculo dos coeficientes de presso. Existem vrias formas de
determinar os coeficientes de presso, C
p
, principalmente para edifcios de forma geomtrica
simples [4].
O primeiro modelo, que ser exposto, foi desenvolvido por Mrio Grosso [5] e tem por base
uma anlise paramtrica dos resultados obtidos em testes efectuados em dois tneis de vento.
Baseia-se na relao entre o coeficiente de presso num modelo, escala, de um edifcio rec-
tangular e vrios parmetros que influenciam o valor do C
p
, agrupados em trs categorias:
Parmetros climticos: o expoente da lei de potncia do perfil do vento () e o ngulo de
incidncia do vento (anw).
Geometria do edifcio: razo de aspecto frontal (far) e lateral do edifcio (sar), posio rela-
tiva vertical (zh) e horizontal (xl) do ponto da fachada para o qual se quer calcular o valor de
Cp.
A razo de aspecto frontal (far) e lateral
(sar) do edifcio representa o quociente
entre a largura da fachada frontal e late-
ral, respectivamente, e a altura das mes-
mas. A posio relativa do ponto da
fachada est ilustrada na figura 2-2.
Figura 2-2 - Posicionamento de um elemento na fachada
do edifcio
Zona de implantao do edifcio: Densidade da rea envolvente (PAD) e a altura relativa do
edifcio (rbh).
O primeiro destes parmetros, o PAD, cor-
responde ao quociente entre a rea do edif-
cio e a rea total de construo (figura 2-3).
A altura relativa do edifcio a razo entre a
altura do edifcio e a altura dos edifcios cir-
cundantes, assumindo que estes ltimos so
todos rectangulares e com alturas iguais.
Figura 2-3 - Clculo do PAD
As gamas de valores comuns aos testes efectuados nos tneis de vento foram utilizadas como
referncia. Estes valores correspondem ao perfil do Cp na vertical que passa no centro das
fachadas a barlavento e a sotavento, assumindo-se que o vento normal s superfcies, numa
envolvente tipicamente suburbana. Este modelo assume que a distribuio horizontal do coe-
CAPTULO 2 Ventilao
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ficiente de presso no influenciada por nenhum dos parmetros referidos anteriormente.
O perfil de referncia do coeficiente de presso (Cp), em funo da posio relativa vertical
de um elemento, zh (figura 2-2), dado pela expresso (3), onde n = 3 para a fachada a barla-
vento e n = 5 para a fachada a sotavento.
( ) ( ) ( ) ( )
n
n ref
zh a zh a zh a a zh Cp + + + + = ...
2
2 1 0
(3)
Para a determinao do valor do Cp de referncia foram admitidos os seguintes valores:
a = 0,22; PAD = 0,0; rhb = 1,0; far = 1,0; sar = 1,0; anw
barlavento
= 0; anw
sotavento
= 180
ou seja, necessrio proceder normalizao do valor de Cp
ref
em funo do valor efectivo
de cada um dos parmetros.
Os valores dos coeficientes de presso para cada fachada do edifcio so determinados por
funes polinomiais de 1 a 5 grau, no caso da fachada a sotavento e de 1 a 3 grau para
fachadas a barlavento. Os coeficientes dos polinmios encontram-se tabelados em bibliografia
apropriada [6]. O coeficiente de presso de um elemento k, com coordenadas xl e zh, na
fachada de um edifcio com uma geometria definida pelos parmetros far e sar e com condi-
es climticas e de implantao com valores de , PAD, rbh e anw calculado atravs da
expresso (4).
CF Cp Cp
ref k
=
(4)
sendo, CF o coeficiente global de correco:
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
o normalizad
PAD zh PAD zh PAD zh
PAD zh PAD zh zh zh
xl Cp sar Cp far Cp
far Cp rbh Cp PAD Cp Cp
CF
=
, , ,
, ,
(5)
A aplicao deste modelo apresenta algumas limitaes e no deve ser aplicada sempre que
exista:
elevada rugosidade do terreno ( > 0,33) e/ou elevada densidade do terreno envolvente
(PAD > 50);
edifcios vizinhos com configuraes irregulares;
PAD > 12,5, se o edifcio em estudo tiver uma altura diferente dos vizinhos ou um for-
mato diferente de um cubo;
edifcios com alturas superiores a quatro vezes ou inferiores a metade da altura dos
vizinhos;
edifcios com configuraes irregulares ou sombreadores;
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edifcios com configurao regular, mas razes de aspecto < 0,5 ou > 4.
A Technical Note 44 (TN44) da AIVC
5
[4] fornece tambm um conjunto de coeficientes de
presso, a ser aplicados a dois tipos de edifcios:
edifcios elevados, ou seja, edifcios com mais de trs pisos;
edifcios baixos, ou seja, os restantes.
Os valores dos coeficientes de presso (Cp) so aproximados e devero ser utilizados em
situaes para as quais se desconhece as caractersticas especficas da envolvente. A inteno
do referido documento fornecer a gama de valores de coeficientes de presso, que poder
ser encontrada para diferentes orientaes dos edifcios e de espaos envolventes.
Para alm de se considerar a altura do edifcio, nestes coeficientes de presso so tambm
contemplados outros factores como: o grau de exposio ao vento, o formato do edifcio e a
velocidade do vento no local de implantao do edifcio.
A converso da velocidade do vento medida na estao meteorolgica, para o local de implan-
tao, baseia-se nos coeficientes recomendados pelo BSI
6
e pela ASHRAE, enquanto que os
coeficientes que descrevem o tipo de terreno e de exposio ao vento so os propostos pelo
LBL
7
.
No caso dos edifcios elevados, os coeficientes de presso baseiam-se em testes efectuados
em tneis de vento, em modelos escala de um edifcio rodeado por outros com 1/6 da altura.
Cada fachada do edifcio foi subdivida, em rectngulos, tendo sido avaliado para cada uma
deles um coeficiente de presso contabilizando-se, deste modo, o efeito da altura do edifcio.
No caso dos edifcios com menos de trs pisos, fornecido apenas um valor de C
p
por facha-
da, e para oito direces do vento.
Gradiente trmico
O movimento do ar devido ao gradiente trmico, tambm conhecido por efeito de chamin,
ocorre quando existe um gradiente de temperaturas entre a zona e o espao envolvente, seja
ele o exterior ou outra zona. A alterao das propriedades fsicas do ar provocada pela uma
alterao da temperatura, origina o movimento do ar quente, que sair da zona pela parte
superior, e a entrada de ar mais frio pela parte inferior, como ilustrado na figura 2-4 [3].
5
Air Infiltration and Ventilation Centre
6
British Standards Institution
7
Lawrence Berkley Laboratory
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Figura 2-4 - Efeito do gradiente de temperaturas na ventilao natural de um edifcio
O efeito de chamin mais intenso, em edifcios altos, particularmente, em locais de passa-
gem e, com elevados ps direitos, como por exemplo: caixas de escadas e elevadores. O cau-
dal de ar aumenta, com o aumento do gradiente de trmico.
Se p
0
, representar a presso esttica na parte inferior da zona, a presso que se verifica a uma
altura z, p
z
, devida ao gradiente de temperaturas, ser dada pela equao de Bernoulli [7] (6).
[ ] Pa z g V p p
z
=
2
0
2
1
(6)
em que:
p
s
presso a uma altura z [Pa]
p
0
presso ao nvel do pavimento da zona [Pa]
massa volmica do ar temperatura interior [kg/m
3
]
V velocidade do escoamento [m/s]
g acelerao gravtica [m/s
2
]
Considerando apenas a aco do gradiente de temperaturas, o segundo termo do lado direito
da expresso (6) ser desprezado, uma vez que o valor da velocidade muito reduzido.
Assumindo que o ar se comporta como um gs perfeito, a massa volmica temperatura T
pode ser calculada atravs da expresso (7), sendo
0
e T
0
representam a massa volmica e a
temperatura de referncia do ar, ou seja, 1,29 kg/m
3
e 273,15 K, respectivamente.
[ ]
3 0
0
/ m kg
T
T
= (7)
No caso em que existem duas zonas adjacentes, e isotrmicas, ligadas por uma abertura, caso
de uma porta ou uma janela, a diferena de presso verificada, entre ambas, altura z ser:
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41/291
( ) z g p p p
z
+ =
2 1 0 , 2 0 , 1
(8)
onde p
1,0
e p
2,0
representam a presso ao nvel do pavimento para cada uma das zonas e
1
e
2
, a massa volmica temperatura das mesmas.
Este modelo assume que a temperatura no interior dos espaos se mantm constante com a
altura. Modelos mais complexos representam, em detalhe, a influncia da estratificao e os
efeitos da turbulncia, assumindo, para o efeito, que:
escoamento permanente de um fluido invscido e incompressvel;
estratificao linear da massa volmica em ambos os lados da abertura;
efeitos da turbulncia representados por um perfil de diferena de presso equivalente.
No caso de uma abertura de grandes dimenses, ou seja, um paraleleppedo com dimenses
superiores a 10 mm, em cada um dos lados, a massa especfica varia com a altura de acordo
com a expresso (9) [6].
( ) [ ]
3
, 0
/ m kg z b z
i i i
+ =
(9)
o mesmo acontecendo com o campo de presses que passa a ser traduzido pela expresso (10)
[6].
( ) [ ] Pa z b p p
t t t
+ =
0
(10)
Introduzindo estes dois termos na expresso (8) obtm-se uma expresso que traduz a aco
do gradiente de temperaturas numa abertura, considerada de grandes dimenses [6].
( ) z b p
z b
z
z b
z g p p p
t t z
+ +
+ + =
0
2
2
02
2
1
01 0 , 2 0 , 1
2 2
(11)
A equao de Bernoulli simplificada (6), combinada com a equao dos gases perfeitos, d
origem expresso (12), que representa a diferena de presso entre duas aberturas separadas
por uma distncia vertical h, com T
i
e T
e
sendo, respectivamente as temperaturas interior e
exterior, respectivamente.
e i
e i
i z
T T
T T
h g p
+
=
(12)
Na ausncia de vento, e sempre que T
i
> T
e
, o ar entra no edifcio pelas aberturas inferiores
saindo pelas superiores, o fluxo ser o oposto se T
i
< T
e
. No caso em que as aberturas tm a
mesma rea, A, o caudal mssico do ar,
.
m dado pela seguinte expresso:
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42/291
e i
e i
d i
T T
T T
h g C A m
+
= 2
.
(13)
sendo, C
d
o coeficiente de descarga associado a cada abertura.
Aco combinada do vento e do gradiente de temperaturas
At este momento, os mecanismos da ventilao natural foram analisados separadamente. No
entanto, na maioria dos casos, os dois efeitos, vento e temperatura, ocorrem em simultneo. A
expresso (1) e a expresso (8) do origem expresso (14) [6].
( )
2 2
2
2 2
2
1 1
2 1 0 , 2 0 , 1
U C U C
z g p p p
p p
z
+ + =
(14)
onde, U
v,1
e U
v,2
representam a velocidade do vento em cada um dos lados da abertura.
2.1.2. Mtodos de determinao das taxas de ventilao
Os processos fsicos, que esto envolvidos na ventilao natural, so complexos sendo a
interpretao da sua influncia no processo uma tarefa complexa. A mecnica dos fluidos
clssica descreve os escoamentos de ar de acordo com equaes de conservao de massa,
energia e continuidade de onde resultam as equaes de Navier-Stokes [7]. A resoluo anal-
tica do conjunto de equaes resultantes, condies fronteira, modelos de turbulncia, quando
aplicadas ao caso concreto da ventilao natural apresenta-se complexo. No entanto funda-
mental conhecer correctamente a taxa de ventilao de um espao, assim como de todo o edi-
fcio. A correcta determinao dos caudais de ar permitem conhecer a eficincia e eficcia da
ventilao e determinar o efeito da propagao de poluentes no interior do edifcio, balanos
energticos e valores de energia associados a sistemas de ventilao no s natural mas tam-
bm mecnica.
O conhecimento das caractersticas do escoamento em cada espao, bem como das taxas de
renovao de ar do edifcio importante, no s em termos de conforto trmico mas tambm
por razes energticas. Assim importante conhecer:
os caudais de ar e a distribuio da velocidade no interior do espao, para se dimensio-
nar grelhas e vlvulas;
a velocidade do ar, para calcular a transferncia de calor por conveco entre o corpo
humano e o ambiente;
os caudais de ventilao e a disperso de poluentes, para analisar a qualidade do ar.
CAPTULO 2 Ventilao
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43/291
De acordo com o tipo de informao disponvel e pretendida, existem vrios modelos de cl-
culo. Desde modelos que, recorrendo a tcnicas de dinmica dos fluidos computadorizada
(CFD), resolvem as equaes de Navier-Stokes at modelos, baseados em simples algoritmos
empricos, que permitem calcular a taxa de ventilao global.
Existe ainda a via experimental que permite determinar os caudais de ar num edifcio, mas
com o inconveniente de se aplicar a um caso especfico, sendo necessrio extrapolar os resul-
tados obtidos para situaes futuras.
De uma forma geral, com base no nvel de complexidade dos modelos, existem quatro abor-
dagens distintas que permitem descrever o escoamento do ar, em sistemas de ventilao natu-
ral em edifcios:
modelos empricos;
modelos nodais multizona;
modelos CFD
8
;
mtodos experimentais.
Apresentar-se-o, em seguida, alguns desses modelos para cada uma das abordagens referi-
das.
2.1.2.1. Modelos empricos
Os modelos empricos calculam, de forma simples, os caudais de ar ou a velocidade mdia do
ar numa zona atravs de expresses de clculo que combinam os caudais com a diferena de
temperatura, velocidade do vento e ainda, termos relativos s flutuaes dos diferentes par-
metros. So ferramentas teis que fornecem uma primeira estimativa de caudais e velocidades
envolvidas em escoamentos de ar, mas devem ser utilizadas sempre dentro dos limites da sua
aplicao.
H um conjunto de modelos empricos para avaliar as taxas de ventilao e/ou caudais de um
espao que, seguidamente, se apresentam.
Mtodo simplificado de previso de caudais de ar num processo de ventilao natural
Os modelos desenvolvidos neste mbito so, fundamentalmente, aplicados a edifcios com
uma nica zona (mono zona). Existem vrios modelos, apresentando-se, neste texto alguns
dos mais representativos.
8
Computational Fluid Dynamics (CFD)
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44/291
Mtodo ASHRAE [6]
Este mtodo exige o conhecimento da rea efectiva de frinchas do edifcio, que pode ser
determinado usando tcnicas de pressurizao/despressurizao ou utilizando valores tabela-
dos. De acordo com o mtodo o caudal de ventilao dado por:
[ ] h m U b T a A Q
met
/
3 2
+ = (15)
sendo,
A rea efectiva de frinchas do edifcio [cm
2
]
a coeficiente associado ao gradiente de temperatura [m
6
h
-2
cm
-4
K
-1
]
b coeficiente associado ao efeito do vento [m
4
s
2
h
-2
cm
-4
]
T diferena de temperatura mdia entre o interior e o exterior [K]
U
met
velocidade do vento medida na estao meteorolgica [m/s]
O coeficiente a pode assumir um de trs valores, dependendo do nmero de pisos do edifcio:
a = 0,00188 edifcios com um nico piso
a = 0,00376 edifcios com dois pisos
a = 0,00564 edifcios com trs pisos
O coeficiente b , no s dependente do nmero de pisos do edifcio mas tambm da sua
exposio ao vento, ou seja, do tipo de obstrues que o envolvem (tabela 2-1).
Tabela 2-1 - Valores do coeficiente b do mtodo ASHRAE
Nmero de Pisos
1 2 3
Sem obstrues 0,00413 0,00544 0,00640
Zona rural 0,00319 0,00421 0,00495
Zona suburbana 0,00226 0,00299 0,00351
Zona urbana 0,00135 0,00178 0,00209
Zona urbana muito densa 0,00041 0,00054 0,00063
Mtodo British Standards [6]
Este mtodo emprico prope um conjunto de expresses para o clculo da infiltrao e venti-
lao natural em edifcios com ventilao unilateral, ou seja, atravs de apenas uma fachada, e
ventilao cruzada, isto , vrias aberturas em fachadas opostas. Assume o fluxo de ar bidi-
reccional e ignora todas as parties existentes no interior do edifcio assumindo que o este
apenas uma nica zona de anlise. Nas tabelas seguintes apresentam-se as expresses propos-
tas pelo mtodo, para situaes de ventilao unilateral e cruzada, respectivamente.
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Tabela 2-2 - Expresses propostas pelo mtodo British Standards para ventilao unilateral
Ventilao provocada pelo vento
v
U A Q = 025 , 0
A rea da abertura [m
2
]
U
v
velocidade do vento [m/s]
Ventilao provocada pela diferena de temperaturas
=
T
H g T A
C Q
d
2
3
C
d
coeficiente de descarga [-]
e i
T T T = - diferena de temperatura entre o interior e o exte-
rior do espao [C]
2
_
i e
T T
T
+
= - Temperatura mdia [C]
Ventilao, numa fachada com duas aberturas, provocada pela
diferena de temperaturas
( )( )
+ +
T
H g T
A C Q
d
1
2 / 1
1 1
2
2 1
2
1
, A A A
A
A
+ = =
Tabela 2-3 - Expresses propostas pelo mtodo British Standards para ventilao cruzada
Ventilao provocada apenas pelo vento
p v w d w
C U A C Q =
( ) ( )
2
4 3
2
2 1
2
1 1 1
A A A A A
w
+
+
+
=
Ventilao provocada apenas pela diferena de temperaturas
_
1
2
T
H g T
A C Q
b d b
=
( ) ( )
2
4 2
2
3 1
2
1 1 1
A A A A A
b
+
+
+
=
Ventilao provocada pela diferena de temperaturas e pelo vento
p w
b v
b
C
H
A
A
T
U
se Q Q
<
=
1
26 , 0
p w
b v
w
C
H
A
A
T
U
se Q Q
>
=
1
26 , 0
2.1.2.2. Modelos nodais multizona
Os modelos empricos e tericos simplificados, aqui apresentados, tm como princpio bsico
uma nica zona por cada edifcio quando o que importante a anlise dos diferentes zonas
dentro do mesmo edifcio. Em situaes reais esta aproximao simplista no adequada,
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uma vez que a interaco entre as diferentes zonas, em termos de ventilao, pode ter um
impacto elevado. Nestas circunstncias dever-se- utilizar modelos de rede multizona e/ou
multinodal [6].
De acordo com este tipo de modelos, um edifcio representado por um conjunto de ns,
estando cada um deles associado a uma zona, formando deste modo uma malha. Cada n da
malha representa o valor da presso de toda a zona.
A malha constituda por ns e ligaes, que caracterizam, respectivamente, as zonas e o
ambiente exterior, assim como as aberturas existentes (portas, janelas, grelhas, frinchas) no
prprio edifcio.
Um edifcio com N zonas representado por uma
malha com N ns de presso (figura 2-5). Alguns
deles comunicam com ns exteriores, cujas pres-
ses so conhecidas enquanto que outros comuni-
cam apenas com ns interiores, com presses des-
conhecidas. O clculo destas ltimas presses
baseia-se na aplicao das equaes de balano de
massa a cada n.
Figura 2-5 - Modelo nodal de um edifcio multi-
zona
A aplicao do balano mssico a uma zona i, com j ligaes resultar na expresso (16).
=
=
i
k
ik i
Q
1
0
(16)
sendo,
.
ik
Q (17), expresso em m
3
/s e definido pela equao da potncia, que representa as
caractersticas do caudal de ar atravs de uma frincha e demais aberturas.
( )
n
ik
p K Q =
.
(17)
Nesta equao, K representa o coeficiente do escoamento, que se relaciona com a dimenso
da abertura e o expoente n caracteriza o tipo de escoamento, podendo variar ente 0,5 (escoa-
mento turbulento) e 1 (escoamento laminar).
A aplicao deste balano a todos os ns da malha origina um conjunto de equaes no
lineares, cuja resoluo conduz aos valores das presses dos ns interiores.
O sistema de equaes gerado pela aplicao da expresso (16) a cada n da malha poder ser
resolvido atravs de mtodos numricos, no entanto, existem ferramentas computacionais que
permitem o clculo do sistema, dando origem aos valores pretendidos de uma forma simples e
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rpida. Algumas das ferramentas que utilizam estes modelos para o clculo dos caudais de ar
envolvidos num processo de ventilao sero apresentados, detalhadamente, no captulo 4.
2.1.2.3. Modelos CFD
Os modelos discutidos, at ao momento, baseiam-se na hiptese de zonas homogneas. Ape-
sar de esta hiptese, em algumas situaes no corresponder realidade, na grande maioria
dos casos, de uma forma global, representam o comportamento do edifcio.
A Mecnica dos Fluidos Computacional, CFD, um modelo baseado na discretizao de um
edifcio em pequenos subvolumes, aos quais se aplicam a expresso de conservao da massa,
energia e quantidade de movimento, com o objectivo de obter os campos de velocidade e
temperatura e presses (expresses (18), (19), (20), (21) e (22)).
Equao da continuidade:
(conservao da massa)
( ) 0 = +
V
t
(18)
( )
( )
x
f
x
p
uV
t
u
= +
(19)
( )
( )
y
f
y
p
vV
t
v
= +
(20)
Equao da quantidade de
movimento:
( )
( )
z
f
z
p
wV
t
w
= +
(21)
Equao da energia:
( ) ( ) ( )
V f
z
wp
y
vup
x
up
q
V
V
e
V
e
t
+
+ +
.
2 2
2 2
(22)
As equaes anteriores [6], uma vez discretizadas, so aplicadas a cada volume finito bidi-
mensional ou tridimensional. As presses e velocidades so calculadas com base nas condi-
es de fronteira especficas para o caso em anlise, o que denota a elevada importncia deste
parmetro. As expresses discretizadas do origem a um sistema de equaes que so, nor-
malmente, resolvidas recorrendo a mtodos numricos do tipo SIMPLE, TDMA [8].
No caso do escoamento ser turbulento, os modelos de simulao recorrem a modelos de tur-
bulncia entre os quais o mais frequente o k-.
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2.1.2.4. Mtodos experimentais
Analisando um edifcio, em termos de trocas de ar, na sua globalidade, verifica-se que exis-
tem dois processos distintos:
caudais de ar entre o exterior e o interior do edifcio, usualmente designado por infil-
traes ou exfiltraes, dependendo do sentido do escoamento;
caudais de ar entre os diferentes espaos, e portanto interiores.
A determinao dos caudais de ar em movimento atravs da envolvente de um edifcio (infil-
traes) pode ser efectuada utilizando diferentes mtodos experimentais, entre eles [9].:
o mtodo do comprimento das frinchas;
o do nmero de renovaes horrias:
o dos gases traadores;
o mtodo da pressurizao.
Os dois primeiros mtodos destinam-se, essencialmente, medio de infiltraes enquanto
que os dois ltimos so apropriados para a determinao de caractersticas inerentes ao edif-
cio, nomeadamente reas de frinchas.
Quando se pretende medir os caudais de ar que circulam no interior do edifcio podero utili-
zar-se um de dois mtodos: anemometria e uma vez mais os gases traadores [9].
Qualquer dos mtodos referidos anteriormente incompleto, uma vez que a caracterizao de
um edifcio sob o ponto de vista das infiltraes e dos caudais, que circulam no seu interior,
exige a determinao de vrios parmetros e nenhum dos mtodos referidos tem a capacidade
de os medir todos. No entanto, os vrios mtodos complementam-se entre si e ser possvel
uma obteno de todos os parmetros se eles forem utilizados em conjunto.
2.1.3. Tipo de sistemas de ventilao natural
Os mecanismos de ventilao natural, como referido, so muito variveis no tempo e no espa-
o, o que dificulta o controlo das taxas de ventilao do edifcio. Deste modo, podem ocorrer
perodos em que os diferentes mecanismos (temperatura e vento) agem em simultneo,
aumentando as referidas taxas ou, agem em sentidos opostos, reduzindo drasticamente a ven-
tilao do edifcio. No sentido de minorar este efeito desenvolveram-se sistemas e estratgias
de controlo que permitem optimizar o recurso ventilao natural, embora se mantenha a sua
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dependncia da temperatura, velocidade e direco do vento. Os sistemas de ventilao natu-
ral so caracterizados de forma genrica em sistemas com ventilao controlada e no contro-
lada (infiltraes).
2.1.3.1. Ventilao natural no controlada (infiltraes)
Estratgia de ventilao mais frequente em Portugal em edifcios j construdos. A entrada do
ar nos espaos efectua-se atravs de frinchas existentes na envolvente do edifcio, por exem-
plo nas caixilharias das portas e janelas. Este processo pode ser intensificado atravs da aber-
tura de janelas e/ou portas.
Trata-se de um processo simples mas desaconselhado uma vez que no existe qualquer tipo de
controlo sobre a ventilao originando problemas quer no Inverno, quer no Vero:
Inverno ventilao deficiente; a no abertura das janelas pode provocar uma ventila-
o deficiente ou taxas de ventilao excessivas se, apesar das baixas temperaturas exte-
riores a abertura das janelas for efectuada, provocando correntes frias, desconforto nos
ocupantes e, consequentemente, no caso de existir aquecimento aumento do consumo
energtico;
Vero neste perodo, o gradiente trmico mais reduzido ocorrendo, por tal motivo,
uma diminuio das taxas de ventilao e sobreaquecimento dos espaos.
O facto de, actualmente, existir uma melhoria no isolamento da envolvente dos edifcios, que
incluem tambm a reduo da rea de frinchas, tem como consequncia directa uma maior
estanquicidade do edifcio, ou seja, adverso aos fenmenos da ventilao natural.
2.1.3.2. Infiltraes atravs de aberturas na fachada
O princpio de funcionamento deste sistema de ventilao semelhante anterior, no entanto,
os caudais de ar entram/saem do edifcio atravs de aberturas propositadamente colocadas nas
fachadas. Em consequncia do aumento da qualidade da construo, que origina edifcios
mais estanques, promove-se desta forma a entrada de ar no edifcio atravs da incluso de gre-
lhas nas suas fachadas.
As grelhas a incluir nas fachadas podem ser de dois tipos: regulveis e auto-regulveis. Em
ambos os casos, a abertura e o fecho dos dispositivos pode ser controlada manual ou automa-
ticamente. A utilizao das grelhas automticas est fortemente associada a estratgias de
ventilao com sistema de controlo automtico.
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Grelha regulvel
Este tipo de dispositivos (figura 2-6), em que a rea de passagem pode ser regulada, no per-
mite a regulao do caudal em funo das condies interiores e exteriores. Ou seja, os cau-
dais que as atravessam so totalmente dependentes da aco do vento e do gradiente de tem-
peraturas, no sendo possvel aument-los ou diminu-los, uma vez que se tratam de aberturas
estticas.
Figura 2-6 - Grelhas regulveis
Nestas aberturas possvel efectuar o controlo dos caudais de ventilao, de forma indirecta,
atravs da alterao da sua rea til. No entanto, trata-se de um controlo parcial, uma vez que,
os caudais se encontram de igual modo dependentes dos gradientes de presso e temperatura,
entre o interior e o exterior. Tal como se mostra na figura 2-7 [10], actuando na rea til de
passagem da grelha, possvel reduzir o caudal que a atravessa, podendo essa actuao ser
manual ou automtica no caso de existir um sistema de controlo.
Figura 2-7 - Grelhas regulveis: Variao do caudal com a rea til de passagem
Grelhas Auto-Regulveis (figura 2-8) [11]
Este ltimo tipo de abertura permite a obteno de um caudal de infiltraes aproximadamen-
te constante (figura 2-9) [11], dentro de uma determinada gama de gradientes de presso, e
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evita, totalmente, as exfiltraes de ar. So aberturas que funcionam em funo do gradiente
de presso entre o interior e o exterior do edifcio, fechando automaticamente sempre que o
diferencial negativo. No caso de diferenciais positivos, ajusta a rea til de passagem man-
tendo o caudal que a atravessa aproximadamente constante.
Figura 2-8 - Grelha Auto Regulvel
Figura 2-9 - Grelha auto-regulvel, dbito constante
Na figura 2-10 [11] apresenta-se a curva caracterstica de uma grelha deste tipo em compara-
o com uma abertura regulvel.
Figura 2-10 - Comparao entre o caudal debitado por uma grelha regulvel e uma grelha auto-regulvel
A localizao das grelhas nas fachadas dos edifcios importante uma vez que pode, ou no,
favorecer o mecanismo da ventilao natural. No entanto, nem sempre a configurao e geo-
metria do edifcio permitem o melhor posicionamento, existindo diferentes opes:
Ventilao Cruzada (figura 2-11) vrias grelhas em fachadas opostas
A localizao mais favorvel das grelhas aquela em que os dispositivos so colocados em
fachadas opostas, aproveitando o potencial do gradiente de presses que podem existir entre
as fachadas. Com este posicionamento possvel obter uma ventilao do tipo pisto, como se
esquematiza na figura 2-11.
log p
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Figura 2-11 - Ventilao Cruzada
Ventilao Unilateral (figura 2-12) [12] vrias grelhas numa nica fachada
Na impossibilidade de implementar a configurao anterior, porque os edifcios apenas pos-
suem uma fachada disponvel, as grelhas devero ser a colocadas.
Edifcios com aberturas numa nica fachada so de ventilao difcil, mesmo nos perodos em
que o vento incide directamente nas mesmas. Se for este o caso, desejvel a colocao de
aberturas espaadas, como forma de melhorar o escoamento, pois o vento no incide exacta-
mente na perpendicular, excepto em casos pontuais. No caso de um espao em que s se pos-
sa colocar aberturas num nico lado, prefervel colocar duas aberturas afastadas. Pode-se
ainda recorrer a elementos arquitectnicos bandeiras de ventilao de forma a induzir e
melhorar a ventilao natural no edifcio.
Figura 2-12 - Ventilao Unilateral
Ventilao por Deslocamento
9
(figura 2-13) vrias aberturas em fachadas opostas e alturas
diferentes
O conceito que serve de base a este tipo de ventilao a insuflao de ar novo e fresco a bai-
xa velocidade e a um nvel prximo do pavimento.
O calor libertado pelos equipamentos e ocupantes do espao alimentar depois a conveco
natural, fazendo com que o ar novo e fresco circule subindo junto a estas fontes de calor como
resultado das diferentes densidades do ar. Num nvel mais elevado, j fora da zona de ocupa-
o, acumula-se o ar contaminado e aquecido, que depois removido pela extraco.
9
Displacement Ventilation
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Figura 2-13 - Ventilao por deslocamento
2.1.3.3. Ventilao assistida por condutas verticais
Com o intuito de facilitar e incrementar o efeito da ventilao natural comum adicionar aos
dispositivos descritos (grelhas) condutas verticais. Esta tcnica frequente em habitaes uni-
familiares.
As condutas verticais (figura 2-14) incrementam a
extraco do ar do interior do edifcio devido ao
efeito de chamin
10
.
Estas chamins so parte integrante da constru-
o e servem, geralmente, para remover o ar das
zonas hmidas como o caso das cozinhas e das
casas de banho. Nestes casos, o ar admitido nos
compartimentos principais (quartos e salas), atra-
vs de aberturas existentes na fachada (grelhas,
frinchas, janelas, ).
Figura 2-14 - Ventilao assistida por condutas
verticais Efeito de Chamin
Apesar de no existir um controlo dos caudais de ventilao, as aberturas e as condutas so
dimensionadas de modo a garantir um caudal mdio de ventilao, o que no evita a existn-
cia de situaes extremas, tal como j foi referenciado.
2.2. Ventilao Mecnica
Num sistema de ventilao mecnica o gradiente de presses provocado pela existncia de
um, ou mais, ventiladores que, custa de um consumo energtico adicional, provoca uma
diferena de presses e que promove a ventilao.
10
Thermal Stack Effect
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Neste tipo de sistemas, o controlo dos caudais de insuflao/extraco mais eficaz do que
num sistema de ventilao natural, eliminando quase na totalidade os mecanismos de ventila-
o provocados pelo vento e diferena de temperatura.
Nos edifcios habitacionais existem basicamente trs tipos de ventilao mecnica: insuflao
mecnica, extraco mecnica e sistemas balanceados, que no so mais do que a combinao
dos dois primeiros. Em todos eles existe um sistema de condutas, associado a um ou mais
ventiladores, que, tal como j referido, promovem a circulao de ar no edifcio atravs do
gradiente de presses que provocam, e que proporcional aos caudais de ar em movimento.
2.2.1. Insuflao Mecnica
Neste sistema o ar insuflado no edifcio atravs de uma rede de condutas qual est asso-
ciado um ventilador. Desta forma o edifcio pressurizado e o ar forado a sair pelas frin-
chas, janelas ou grelhas existentes nas fachadas.
Uma das principais desvantagens deste mtodo est associada ao controlo dos poluentes nas
diferentes zonas e tambm do nvel de humidade. Este tipo de sistema de ventilao pouco
usual nos edifcios portugueses.
2.2.1.1. Extraco Mecnica
Sistema bastante difundido nas habitaes
portuguesas. Neste caso, provoca-se uma
depresso no interior do edifcio, forando-se
a sada do ar por meios mecnicos. A locali-
zao destes sistemas (figura 2-15) [13]
comum em zonas com grande produo de
humidade e/ou odores (cozinhas e casas de
banho).
Figura 2-15 - Extraco mecnica
O facto de se criar uma depresso no edifcio obriga a entrada de ar exterior atravs de frin-
chas, portas, janelas, entre outros. Neste caso, para se aumentar a eficincia do sistema intro-
duzem-se grelhas regulveis nas fachadas dos edifcios, nomeadamente nos quartos e salas
para se garantir uma melhor QAI.
CAPTULO 2 Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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55/291
2.2.1.2. Sistemas Balanceados
Neste caso, o edifcio dispe de insuflao e extrac-
o mecnica, totalmente independentes, tendo o sis-
tema de insuflao, em mdia 90 a 95 % da capaci-
dade do sistema de extraco provocando, deste
modo, uma ligeira despressurizao do edifcio.
O ar insuflado nos compartimentos principais e
extrado nos espaos de servio, onde ocorre produ-
o de vapor de gua e odores.
Nestes sistemas possvel a instalao de um recupe-
rador de calor, que garante o pr-aquecimento do ar
insuflado.
Figura 2-16 - Sistema Balanceado com recu-
perao de calor
2.3. Ventilao Hbrida
Ao longo dos anos os sistemas de ventilao natural e de ventilao mecnica evoluram sepa-
radamente. Os primeiros partindo de um estado de descontrolo total dos caudais de ventilao,
atravs de frinchas e abertura de janelas, desenvolveram-se at situao presente, em que
so utilizados no arrefecimento dos edifcios, com o mximo aproveitamento possvel dos
gradientes de temperatura e da aco do vento e com caudais proporcionais procura e s
exigncias do momento. A ventilao mecnica partiu de uma situao com caudais constan-
tes e permanentes evoluindo at sistemas, com recuperadores de calor integrados, e caudais
variveis e dependentes dos requisitos especficos dos espaos. Para ambos os tipos de venti-
lao, a evoluo deu-se sempre no sentido de minimizar o consumo energtico, mantendo
um ambiente interior saudvel e confortvel. Tendo-se atingido um ponto em que as possibi-
lidades de evoluo destas duas estratgias so reduzidas, o passo seguinte para a ventilao
dos edifcios conduzir a uma combinao das melhores caractersticas de cada um dos siste-
mas, mecnico e natural, criando um novo tipo de ventilao, a Ventilao Hbrida (figura
2-17) [11].
CAPTULO 2 Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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56/291
Figura 2-17 - Desenvolvimento dos Sistemas de Ventilao
2.3.1. Princpios da Ventilao Hbrida
A ventilao hbrida pode ento ser definida como uma estratgia de ventilao que conjuga a
ventilao natural e a mecnica de modo a que o consumo energtico seja minimizado, man-
tendo a QAI e o conforto trmico dos ocupantes. Existem, trs princpios, a partir dos quais se
desenvolve esta nova estratgia de ventilao:
Ventilao Natural e Ventilao Mecnica
[14]
Dois sistemas de ventilao, autnomos, um natu-
ral e outro mecnico. As duas estratgias funcio-
nam alternadamente de acordo com os requisitos
especficos de cada momento;
Figura 2-18 - Ventilao Natural e Mecnica
CAPTULO 2 Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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Ventilao Natural assistida por um ventilador
[14]
Este princpio baseia-se num sistema de ventilao
natural assistida por um ventilador de insuflao
ou de extraco. So sistemas a utilizar quando
existem perodos em que os gradientes de presso
e temperatura so fracos, ou que tem perodos em
que as exigncias de ventilao so muito eleva-
das.
Figura 2-19 - Ventilao Natural assistida
Ventilao Mecnica assistida pelos gradientes
de presso e de temperaturas (tiragem trmica)
[14]
Neste caso, existe um sistema de ventilao mec-
nica com baixas perdas de presso, fornecendo as
foras naturais o restante diferencial de presso.
Figura 2-20 - Ventilao Mecnica assistida
2.3.2. Estratgias de controlo
O desenvolvimento de uma estratgia de controlo apropriado a um determinado edifcio
depender de um conjunto alargado de parmetros, tais como: tipo de edifcio, sistema de
ventilao, rudo e poluio exteriores, sombreamento, cargas internas e tambm tipo de ocu-
pao e expectativas dos ocupantes. Num sistema de ventilao hbrida, a estratgia de con-
trolo to importante como o prprio sistema de ventilao, havendo uma grande interaco
entre ambos, sendo, por esta razo, fundamental que o dimensionamento dos dois sistemas
seja feito em simultneo.
A estratgia de controlo de um sistema de ventilao hbrida deve incluir, pelo menos, dois
tipos de controlo e dever ser sempre funo das necessidades especficas do espao, no que
vulgarmente designado por Ventilao Controlada pelas Necessidades
11
(VCN):
Sistema controlado pela Qualidade do Ar Interior (QAI)
Neste caso, pretende-se atingir um equilbrio entre a Qualidade do Ar Interior, o conforto
11
Demand Control Ventilation (DCV)
CAPTULO 2 Ventilao
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trmico, o consumo energtico e o impacto ambiental durante os perodos de aquecimento e
arrefecimento.
Sistema controlado pela temperatura no interior do edifcio
Esta estratgia utilizada como modo de arrefecimento do edifcio. Pretende-se, portanto,
atingir o equilbrio entre a capacidade de arrefecimento, as necessidades de arrefecimento, a
massa trmica e o conforto trmico.
O controlo pela QAI a estratgia utilizada no Inverno, uma vez que neste perodo este o
factor mais importante. O controlo pela temperatura ser utilizado no Vero, onde este o
parmetro mais relevante. Dever ainda existir uma terceira estratgia de controlo que faa a
transio entre estes dois perodos extremos.
As condies climticas so determinantes no comportamento no s do sistema de ventilao
hbrida mas tambm do controlo do mesmo. Assim, deve ter-se em ateno que, num clima
frio, a estratgia de controlo deve focar-se na QAI enquanto que, em climas quentes a estrat-
gia a privilegiar dever ser a da temperatura interior dos espaos.
A estratgia de controlo dever fazer o equilbrio dos caudais necessrios no espao. Dever
ainda, determinar os diferentes modos de controlo em funo das condies climticas exte-
riores e tem, sobretudo, de reflectir, em cada momento, as necessidades dos ocupantes conju-
gadas com as normas em vigor.
QAI durante os perodos ocupados
No Inverno, quando o edifcio est ocupado, o controlo do sistema de ventilao pode ser
efectuado manualmente pelos ocupantes, ou atravs da existncia de sensores dentro dos
espaos, como por exemplo: sensores de presena, sensores de CO
2
, de compostos orgnicos
volteis, HR, entre outros.
QAI durante os perodos no ocupados
Durante os perodos em que o edifcio se encontra desocupado, no aconselhvel que o sis-
tema de ventilao seja desligado por completo, principalmente, se o tipo de construo for
muito estanque. O sistema deve remover os poluentes gerados pelos ocupantes no perodo
ocupado que o antecedeu e contaminantes libertados pelos materiais do prprio edifcio. Desta
forma possvel garantir ar fresco e limpo quando o edifcio voltar a ser ocupado.
CAPTULO 2 Ventilao
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Temperatura interior durante os perodos ocupados
O controlo da temperatura no interior dos espaos pode ser feita automtica ou manualmente.
Devido baixa diferena de temperaturas entre o exterior e o interior do edifcio, no Vero, o
ar exterior tem um potencial de arrefecimento muito baixo, mesmo que os caudais insuflados
sejam muito elevados.
Sombreamento do edifcio
O sombreamento solar um parmetro muito importante no que diz respeito ventilao
hbrida. Deve existir no edifcio sombreamento, se possvel automtico (em funo da radia-
o solar), podendo os utilizadores actu-los, sobrepondo-se ao controlo, sempre que assim o
desejarem.
Utilizando um sombreamento adequado, pode aproveitar-se, no Inverno toda a energia solar
para aumentar a temperatura interior do espao e evitar no Vero, o sobreaquecimento do edi-
fcio.
Ventilao nocturna durante o Vero
A utilizao de sistemas de ventilao nocturna para o arrefecimento do edifcio de grande
importncia, pois permite atingir o conforto trmico sem ser necessrio recorrer a sistemas de
arrefecimento mecnicos. Idealmente, a ventilao nocturna dever ser automtica, com base
na temperatura de cada zona, e deve garantir que pela manh o edifcio no estar desconfor-
tvel (demasiado frio) para os ocupantes.
Pr aquecimento do ar insuflado
Ao efectuar o pr-aquecimento do ar insuflado podem evitar-se correntes de ar desconfort-
veis. Este pr-aquecimento pode ser efectuado com base na colocao de radiadores em frente
das grelhas de insuflao ou atravs do uso de resistncias elctricas nas condutas de insufla-
o. Sempre que o sistema de ventilao o permita dever utilizar-se recuperadores de calor.
Proteco contra condies climticas severas
Sempre que as condies climticas exteriores forem muito severas (ventos fortes, chuva, )
o sistema dever actuar de modo a que estas no se faam sentir no interior do edifcio,
fechando automaticamente janelas, aberturas muito expostas
CAPTULO 2 Ventilao
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Comando dos ventiladores
Os ventiladores, caso existam, podem ser controlados atravs da temperatura, da QAI, da
presso nas condutas ou do caudal ventilado.
Os edifcios que tm instalado um sistema hbrido de ventilao encontram-se ainda muito
longe da soluo perfeita. Existe ainda um longo caminho a percorrer, essencialmente, devido
falta de conhecimento e experincia no que diz respeito ao dimensionamento e controlo do
sistema.
2.4. Ventilao e Qualidade do Ar Interior
Os caudais de ventilao necessrios para assegurar a QAI dependem do tipo de poluentes
libertados no espao, da sua taxa de libertao e do poluente predominante. Se as caractersti-
cas das emisses forem conhecidas, possvel determinar os caudais de ventilao necess-
rios para que a concentrao desse poluente no exceda os limites recomendados por normas
e regulamentos. A figura 2-21 representa, esquematicamente, essa estratgia, onde se pode
constatar que, a concentrao do poluente diminui, exponencialmente, com o caudal de venti-
lao.
muito importante identificar o poluente dominante no espao, uma vez que, se a concentra-
o deste estiver controlada, todos os outros poluentes existentes no espao se encontraro
abaixo dos limites recomendados.
Nos edifcios ventilados naturalmente no necessria nenhuma energia suplementar para
movimentar o ar, a nica energia adicional ser a necessria para aquecer/arrefecer o ar novo.
As necessidades energticas, no Inverno, aumentaro, directamente, com as taxas de ventila-
o (figura 2-22) que, na ventilao natural, varia com a velocidade e direco do vento e com
as diferenas de temperatura entre o interior e o exterior do edifcio.
Conclui-se assim, que no s essencial garantir a qualidade do ar interior, promovendo os
caudais convenientes, como tambm fundamental evitar caudais excessivos, que conduziro
a consumos energticos elevados, no caso do Inverno. Ou seja, a optimizao do processo de
ventilao natural essencial para que se possa atingir a QAI e baixas necessidades energti-
cas, mantendo os caudais de ventilao dentro de determinados valores.
CAPTULO 2 Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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Figura 2-21 - Ventilao natural para garantir QAI
Figura 2-22 - Evoluo da concentrao de
poluentes e necessidades energticas
2.5. Ventilao e Conforto Trmico
O conforto humano um conceito complexo, uma vez que depende de um conjunto de par-
metros nem sempre fceis de controlar. De acordo com a norma ASHRAE 55 [15], o conforto
trmico aquele estado de esprito que expressa satisfao relativamente envolvente trmi-
ca. Esta definio deixa em aberto o que se entende por estado de esprito ou satisfao, mas,
fica implcito, que a avaliao do conforto trmico um processo cognitivo que envolve
diversos processos. Os parmetros que influenciam o conforto dos ocupantes podem ser agru-
pados em trs categorias:
Parmetros fsicos, que incluem a temperatura e humidade relativa do ar e as condies
trmicas do ambiente (temperatura mdia radiante, temperatura das superfcies envolven-
tes), a velocidade do ar, os odores, a intensidade lumnica e o nvel de rudo.
Parmetros fisiolgicos, ou seja, idade, sexo e caractersticas especficas de cada ocu-
pante.
Parmetros externos, como por exemplo, actividade desenvolvida, vesturio e condies
sociais.
Entre estes parmetros, o ambiente envolvente, representado pela temperatura, humidade e
velocidade do ar, tem um papel relevante e, quando combinado com outros factores, como por
exemplo: o tipo de vesturio e a actividade desenvolvida, d origem a uma infinidade de
combinaes, razo pela qual muito complicado atingir o conforto trmico em todas as cir-
cunstncias.
O conforto trmico dos ocupantes no pode ser representado, apenas, pelo simples balano
trmico do corpo humano, uma vez que existem diversos processos fisiolgicos envolvidos.
No entanto, o efeito positivo, ou negativo, de cada um dos parmetros referidos anteriormen-
CAPTULO 2 Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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62/291
te, permite desenvolver estratgias de controlo desses parmetros para que atinjam condies
de conforto trmico aceitveis. O vesturio, por exemplo, facilmente ajustado pelo prprio
indivduo. Modificar a velocidade do ar em torno do ocupante outro factor que pode contri-
buir para manter o conforto trmico. O movimento do ar define a transferncia de calor e
massa por conveco entre o corpo humano e o ambiente. No Vero, velocidades elevadas
aumentam a taxa de evaporao na pele e, consequentemente, a sensao de arrefecimento.
Apesar de um sistema de ventilao natural, devidamente dimensionado, poder ocorrer velo-
cidades do ar elevadas, mas o limite mximo recomendado no interior do espao, de
0,8 m/s, para no ocorrerem distrbios. Este um parmetro muito importante, uma vez que,
com uma velocidade do ar adequada, os ocupantes podero tolerar gradientes de temperaturas
interiores mais elevadas.
A ventilao natural tem tambm um efeito directo na remoo dos ganhos internos, limitan-
do o aumento da temperatura no interior do espao. Esta uma estratgia de arrefecimento
utilizada nos climas moderados, nos quais os edifcios tm aberturas francas para o exterior.
Neste tipo de edifcios, as taxas de renovao do ar tendem a ser muito elevadas e a tempera-
tura interior iguala a exterior. uma estratgia que deve ser acompanhada de sombreamento,
que evite elevados ganhos devidos radiao solar, sendo eficaz apenas em locais onde a
temperatura exterior est prxima da temperatura de conforto.
Uma outra estratgia baseia-se no arrefecimento da estrutura do edifcio no perodo em que
este se encontra desocupado, conhecida como arrefecimento nocturno. Neste caso, o sistema
retira partido das amplitudes elevadas dia/noite e assim utiliza a ventilao para arrefecer o
edifcio.
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
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3. A Ventilao em Portugal
Ao longo deste captulo far-se- uma incurso pela regulamentao existente em Portu-
gal que, directa ou indirectamente, aborda o tema da ventilao em edifcios. A norma
NP 1037, relativa ventilao e evacuao dos produtos da combusto dos locais com
aparelhos a gs servir de base anlise da ventilao em edifcios. Finalmente sero
focados os aspectos dos novos regulamentos dos edifcios
12
, publicados em Abril de 2006.
3.1. Normas de ventilao
Em Portugal, nunca foi publicado nenhum regulamento especfico sobre ventilao. No entan-
to, a norma NP 1037, cuja primeira verso data de 1974 [16] apresenta-se como uma norma
de ventilao associada evacuao dos produtos de combusto dos locais em que existem
aparelhos a gs. Apesar de no ser especfica da ventilao, esta norma, acaba por ser men-
cionada em diversos regulamentos ligados rea de distribuio de gs canalizado, acabando
por ter um carcter quase obrigatrio.
3.1.1. A norma NP 1037:2002
A primeira verso desta norma, a NP 1037:1974, foi revista e actualizada no decorrer do ano
de 2002, surgindo a norma NP 1037:2002, com o ttulo genrico Ventilao e evacuao dos
produtos da combusto dos locais com aparelhos a gs e que tem por objectivo definir as
regras a que devem obedecer os sistemas de ventilao natural dos edifcios de habitao, de
modo a que os mesmos cumpram a sua funo nos seus mltiplos aspectos, como seja o fun-
cionamento dos aparelhos a gs e a qualidade do ar interior [17].
Na elaborao da referida norma foram consideradas duas directivas comunitrias:
a Directiva 90/396/CEE relativa aproximao das legislaes dos Estados-membros
respeitantes aos aparelhos a gs;
a Directiva 92/42/CEE relativa s exigncias de rendimento para as novas caldeiras de
gua quente alimentadas com combustveis lquidos e gasosos.
Dada a importncia da ventilao natural, uma preocupao permanente deste trabalho, a
embora a norma NP 1037 [17] seja constituda por quatro partes, apenas a primeira delas ser
objecto de anlise neste subcaptulo. As quatro partes que a constituem so:
12
Regulamento das Caractersticas de Comportamento Trmico de Edifcios (RCCTE) e Regulamento de Sistemas Energticos de Climati-
zao de Edifcios (RSECE), foram publicados em Abril de 2006 e vieram substituir os anteriores regulamentos.
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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Parte 1: Edifcios de Habitao. Ventilao Natural
Parte 2: Edifcios de Habitao. Ventilao Mecnica
Parte 3: Volume dos locais. Posicionamento dos aparelhos de gs
Parte 4: Instalao e ventilao de cozinhas profissionais
Genericamente, a primeira parte da norma descreve o modelo para determinar as caractersti-
cas de aberturas (grelhas), dimetros e localizaes de chamins, bem como a estanquecidade
de caixilharias de janelas e portas, necessrias para garantir uma taxa de renovao de ar den-
tro de um edifcio multifamiliar de 0,6 RPH.
A experincia tem demonstrado que a aplicao dos requisitos da norma se apresentam algo
difcil. A norma no contempla a extraco assistida por ventiladores nas cozinhas e casas de
banho, sistema mais utilizado nos edifcios portugueses nos ltimos 20 anos, desta forma a
sua aplicabilidade muito reduzida, existindo, no pas, apenas alguns casos pontuais. De refe-
rir que esta intolerabilidade da norma s extraces mecnicas localizadas se deve ao facto de
se tratar de uma norma associada ventilao e evacuao de gases de combusto e esses dis-
positivos, ainda que, de funcionamento pontual podem provocar distrbios na exausto dos
gases de combusto.
3.1.1.1. Generalidades
De acordo com a norma, existem uma srie de recomendaes que se aplicam a todos os edi-
fcios de habitao onde se pretende instalar aparelhos a gs, independentemente da sua loca-
lizao, permeabilidade e consideraes especficas para o dimensionamento do sistema de
ventilao natural. Assim:
os aparelhos a gs podem ser classificados de acordo com o modo de evacuao dos produ-
tos de combusto e de admisso de ar comburente:
- Tipo A: aparelhos concebidos para no serem ligados a condutas, ou dispositivos, de eva-
cuao dos produtos de combusto para o exterior do local de instalao;
- Tipo B: aparelhos concebidos para serem ligados a condutas de evacuao dos produtos de
combusto para o exterior, sendo o ar comburente captado directamente no local de instala-
o;
- Tipo C: aparelhos concebidos de modo a que o circuito de combusto
13
seja estanque rela-
13
Circuito de combusto compreende a admisso do ar comburente, a cmara de combusto, o permutador de calor e a evacuao dos produ-
tos da combusto.
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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65/291
tivamente ao local de instalao;
a ventilao das habitaes deve ser geral e permanente, mesmo nos perodos em que a
temperatura exterior obriga a manter as portas e as janelas fechadas. Esta ventilao deve
compreender:
- entradas de ar nos compartimentos principais, atravs de aberturas directas para o exterior,
ou atravs de aberturas servidas por condutas de comunicao com o exterior;
- passagens de ar dos compartimento principais
14
para os compartimento de servio
15
;
- sadas de ar dos compartimentos de servio atravs de aberturas servidas por condutas
individuais ou colectivas;
a ventilao em situao de Inverno e de Vero deve ser considerada separadamente, uma
vez que, no Inverno ela ser resultante da diferena de temperatura entre o interior e o exte-
rior, enquanto que no Vero, para garantir os caudais previstos na norma, ser necessrio abrir
as portas e janelas que devem, preferencialmente, estar localizadas em fachadas opostas, de
maneira a permitir o aproveitamento da diferena de presses provocada pela aco do vento;
a disposio dos compartimentos e a orientao das suas aberturas para o exterior devem
estar coordenadas com a direco do vento predominante no local;
a permeabilidade ao ar da envolvente do edifcio, nomeadamente das portas e janelas, deve
obedecer s exigncias da norma, sendo admitidas alteraes desde que o desempenho do sis-
tema de ventilao no seja afectado;
existem dois tipos de ventilao das fraces autnomas
16
(FA):
- a ventilao conjunta, na qual todos os compartimentos esto englobados, sendo realizada
a admisso de ar pelos compartimentos principais e a exausto pelos compartimentos de
servio;
- a ventilao separada, na qual a FA dividida em zonas ventiladas independentes;
o esquema de ventilao separada tecnicamente recomendvel para os compartimentos
onde estejam instalados aparelhos a gs do tipo A ou B;
nos edifcios de habitao unifamiliares e nos ltimos pisos de habitaes multifamiliares
necessrio ter em ateno que, devido sua reduzida altura, os gradientes de presso gerados
por efeito trmico so menos importantes do que no caso de edifcio elevados. Isto implica
que a concepo da construo destes edifcios tem de ter em conta a direco do vento pre-
14
Compartimento principal um espao que constitui uma zona de estar ou de dormir, incluindo-se quartos, escritrios e salas de estar e de
jantar.
15
Compartimento de servio um espao no qual existem zonas de lavagem, instalaes sanitrias ou zonas de confeco de alimentos.
16
Fraco Autnoma, de acordo com o RCCTE e o RSECE, cada uma das partes do edifcio dotadas de um contador individual de consu-
mo de energia, separada do resto do edifcio por uma barreira fsica contnua, e cujo direito de propriedade ou fruio seja transmissvel
autonomamente.
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
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66/291
dominante em cada local;
em habitaes unifamiliares, a ventilao deve ser conjunta, de modo a aproveitar os gra-
dientes de presso gerados entre as vrias fachadas, por aco do vento. Exceptuam-se os
casos em que se encontram instalados aparelhos de circuito no estanque;
existem sistemas de aspirao do p centralizados que podem extrair caudais de ar significa-
tivos, no entanto, uma vez que ocorrem em perodos limitados no tempo no necessrio
entrar em conta com a existncia de tais sistemas no dimensionamento da ventilao natural
da FA;
os exaustores com ventilador incorporado so sistemas mecnicos e, como tal, so incompa-
tveis com a estratgia de ventilao natural prevista na norma. A sua integrao indevida em
sistemas de ventilao natural ocasiona graves distrbios que frequentemente se traduzem no
incumprimento dos caudais impostos.
3.1.1.2. Requisitos de ventilao
A NP 1037-1 [17] utiliza a noo de caudal-tipo, para estabelecer as exigncias da ventilao.
Os referidos caudais foram determinados com base em critrios de QAI, quando todos os
compartimentos se encontram em plena utilizao, e devem ser entendidos como elementos
de dimensionamento e no como um caudal a assegurar fisicamente, uma vez que no h con-
trolo sobre as aces que promovem a ventilao natural.
A determinao do caudal-tipo de ventilao baseada no maior valor de ventilao que se
obtm ao aplicar as trs condies que se seguem:
as exigncias mnimas de ventilao impem, 1 RPH nos compartimentos principais e
4 RPH nos compartimentos de servio;
em instalaes sanitrias, o caudal de extraco deve ser sempre superior a 30 m
3
/h e, se
existir chuveiro ou banheira, o caudal de extraco deve ser superior a 45 m
3
/h;
nas cozinhas, o caudal mnimo permitido de 60 m
3
/h.
As tabelas seguintes apresentam os caudais-tipo que devem ser respeitados para os comparti-
mentos de servio e para os compartimentos principais, respectivamente, em funo do seu
volume. De referir, que no caso em que a estratgia de ventilao adoptada conjunta, deve
ser considerado o volume total dos compartimentos principais.
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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Tabela 3-1 - Caudais-tipo a extrair nos compartimentos de servio
Volume
Compartimento
< 8 m
3
> 8 m
3
< 11 m
3
> 11 m
3
< 15 m
3
> 15 m
3
< 22 m
3
> 22 m
3
< 30 m
3
Cozinha e outros espaos com
aparelhos a gs instalados
* 60 m
3
/h 90 m
3
/h 120 m
3
/h
com banheira
ou chuveiro
45 m
3
/h 60 m
3
/h 90 m
3
/h **
Instalao
Sanitria sem banheira
ou chuveiro
30 m
3
/h 45 m
3
/h 60 m
3
/h ** **
Espaos para lavandaria 30 m
3
/h 45 m
3
/h 60 m
3
/h ** **
*Volumes para os quais no permitida a instalao de aparelhos a gs do tipo A. Esta montagem permitida
para aparelhos do tipo B desde que o local seja destinado apenas a este.
**Volumes pouco usuais em compartimentos deste tipo em relao aos quais se recomenda o dimensionamento
caso a caso.
Tabela 3-2 - Caudais-tipo a admitir nos compartimentos principais
Volume [m
3
] < 30
> 30
< 60
> 60
< 90
> 90
< 120
> 120
< 150
> 150
< 180
> 180
< 210
> 210
< 240
Caudal-tipo [m
3
/h] 30 60 90 120 150 180 210 240
3.1.1.3. Permeabilidade ao ar de portas e janelas
A permeabilidade de portas e janelas fundamental, para a concepo de sistemas de ventila-
o natural, dado que influencia directamente a permeabilidade do edifcio ao ar. Por outro
lado, quanto maior for este factor maior sero os distrbios no sistema de ventilao.
A maior ou menor permeabilidade de um edifcio deve-se, essencialmente, ao tipo de janelas
e portas instaladas, assim como ao tipo de execuo das juntas fixas entre estes elementos e a
envolvente. No mbito da norma NP 1037-1, admite-se, que as juntas fixas so bem executa-
das e, portanto de permeabilidade reduzida, atribuindo-se, s folhas mveis das aberturas,
toda a permeabilidade do edifcio. Torna-se necessrio limitar a sua permeabilidade, esco-
lhendo convenientemente o tipo de elemento que se ir instalar no edifcio, em funo da sua
exposio ao vento.
O grau de exposio ao vento definido de acordo com as classes apresentadas na tabela 3-3,
que sero necessrias para a definio das perdas de carga das aberturas para o exterior.
Tabela 3-3 - Classes de exposio ao vento das fachadas do edifcio ou da FA
Regio A Regio B
Altura acima
do solo [m]
Rugosidade
I
Rugosidade
II
Rugosidade
III
Rugosidade
I
Rugosidade
II
Rugosidade
III
< 10 EXP 1 EXP 2 EXP 3 EXP 1 EXP 2 EXP 3
> 10 e < 18 EXP 1 EXP 2 EXP 3 EXP 2 EXP 3 EXP 4
> 18 e < 28 EXP 2 EXP 3 EXP 4 EXP 2 EXP 3 EXP 4
> 28 e < 60 EXP 3 EXP 4 EXP 4 EXP 3 EXP 4 EXP 4
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Notas:
Regio A todo o territrio nacional, excepto os locais pertencentes regio B
Regio B regio autnoma da Madeira e dos Aores e as localidades situadas numa faixa de 5 km de largura
junto costa e/ou altitude superior a 600 m
Rugosidade I edifcios situados no interior de uma zona urbana
Rugosidade II edifcios situados na periferia d uma zona urbana ou numa zona rural
Rugosidade III edifcios situados em zonas muito expostas
Os limites de 10, 18 ,28 e 60 m correspondem, em geral, a edifcios com 3, 6, 9 e 20 pisos, respectivamente.
Permeabilidade ao ar de janelas e portas exteriores
No que diz respeito classe de permeabilidade ao ar das janelas e das portas de uma habita-
o, que comunicam com o exterior deve obedecer ao que se apresenta na tabela 3-4. Os valo-
res indicados destinam-se a garantir o conforto dos ocupantes atravs da reduo de correntes
de ar indesejveis. As classes foram definidas de acordo com a Directiva Comunitria
UEAtc
17
para a homologao de janelas [18], documento este utilizado em Portugal para a
certificao destes elementos da construo.
De acordo com a referida directiva, a permeabilidade ao ar de uma janela caracterizada por
uma curva indicando o caudal que a atravessa, expresso em funo da diferena de presso
entre as duas faces. Este caudal pode ser referenciado ao comprimento das juntas mveis
(m
3
/h.m) ou rea mvel da janela (m
3
/h.m
2
). As janelas, segundo estas caractersticas podem
ser classificadas em quatro categorias, A1, A2, A3 e A4. Na figura 3-1, onde as caractersticas
de cada uma das classes se encontram representadas no se encontra a categoria A4 devido ao
facto de ser uma classificao ainda recente.
1
3
5
7
9
11
13
15
17
20 70 120 170 220 270 320 370 420 470 520 570 620
Pa
m
3
/
h
.
m
A1 A2 A3
A1
A2
A3
Figura 3-1 - Permeabilidade ao ar por comprimento de junta mvel
17
UEATc Union Europenne pour lAgrment Technique dans la Construction
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Uma janela de categoria A2, por exemplo, ser aquela cuja caracterstica se encontra abaixo
da curva A2 da figura anterior, ou seja, abaixo da recta que passa pelo ponto de caudal
6 m
3
/h.m @ 100 Pa.
Tabela 3-4 - Classes de permeabilidade ao ar das janelas e portas exteriores em funo da sua exposio
Regio A Regio B
Altura acima
do solo [m]
Rugosidade
I
Rugosidade
II
Rugosidade
III
Rugosidade
I
Rugosidade
II
Rugosidade
III
< 10 A1 A2 A2 A1 A2 A2
> 10 e < 18 A1 A2 A2 A1 A2 A2
> 18 e < 28 A1 A2 A2 A2 A2 A2
> 28 e < 60 A2 A2 A2 A2 A2 A3
Permeabilidade ao ar de portas de patamar
A permeabilidade das portas de patamar no deve exceder os 12 m
3
/(h.m
2
) para um gradiente
de presso de 100 Pa. O mesmo acontece com as portas interiores que limitam sectores sepa-
rados de ventilao, sendo por isso consideradas portas de permeabilidade reduzida.
Permeabilidade ao ar de portas interiores
As portas interiores que delimitem zonas pertencentes ao mesmo sector de ventilao devem
possuir aberturas permanentes, com perdas de carga nunca superiores a 3 Pa, de modo a que
nunca se verifique qualquer restrio passagem do ar.
3.1.1.4. Aberturas de admisso de ar em paredes de fachada
Aberturas de admisso de ar nas paredes de fachada consistem em dispositivos, instalados nas
fachadas exteriores, e que estabelecem uma comunicao directa entre o interior e o exterior
do edifcio. O dimensionamento destas aberturas deve basear-se na classe de exposio ao
vento, tal como se apresenta na tabela 3-5.
Tabela 3-5 - Aberturas de admisso de ar instaladas nas fachadas dos edifcios
Classe de Exposio
ao Vento
Tipo de abertura
p para Q
admitido
> Q
ctipo
[Pa]
p para Q
admitido
< 4.Q
ctipo
[Pa]
EXP 1 No regulvel 10 60
EXP 2 Auto-regulvel 10 260
EXP 3 Auto-regulvel 10 240
EXP 4 Auto-regulvel 10 380
Q
ctipo
o caudal-tipo previsto pela norma para o compartimento em questo
As aberturas auto-regulveis so dispositivos que variam a sua rea til de passagem, automa-
ticamente e de acordo com os diferenciais de presso existentes entre o interior e o exterior do
edifcio. Com este comportamento evitam-se caudais muito elevados, que ocorrem quando o
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vento tem uma velocidade elevada e incide directamente na abertura.
3.1.1.5. Passagens de ar interiores
As aberturas que garantem a passagem do ar entre os compartimentos principais e os compar-
timentos de servio devem ter perdas de carga da ordem de 1 Pa, para caudais-tipo inferiores a
60 m
3
/h, e para caudais superiores, as perdas de carga no devem ultrapassar os 3 Pa. As reas
teis de passagem dessas aberturas apresentam-se na tabela 3-6.
Tabela 3-6 - reas teis das aberturas interiores
rea til [cm
2
] Caudal - tipo
18
[m
3
/h]
100 at 30
200 de 30 a 90
250 de 90 a 120
De referir que estas aberturas podem assumir diferentes configuraes: folga na porta, grelha
aplicada na porta ou grelha aplicada na parede interior.
3.1.1.6. Aberturas de evacuao de ar
As aberturas de evacuao de ar podem ser servidas por condutas individuais ou por condutas
colectivas. Se situados nos cinco ltimos pisos de um edifcio devem ter uma rea til supe-
rior aos valores indicados na tabela 3-7, devendo a perda de carga ser inferior a 3 Pa. Nos res-
tantes pisos, e para o caso de uma conduta colectiva a perda de carga na grelha deve ser da
ordem dos 10 Pa, com uma rea til equivalente indicada na mesma tabela.
Tabela 3-7 - reas teis das aberturas de evacuao de ar
rea til [cm
2
]
Caudal - tipo
[m
3
/h]
5 ltimos pisos
p = 3 Pa
Restantes pisos
p = 10 Pa
30 80 40
45 120 60
60 150 80
90 220 120
120 280 150
3.1.1.7. Condutas de evacuao de ar
Tal como j foi referido anteriormente, as condutas de evacuao podem ser individuais ou
colectivas, referindo-se nesta seco apenas os detalhes de dimensionamento relativos s con-
dutas individuais.
18
Este caudal-tipo corresponde, para a sada de um compartimento principal, ao caudal-tipo de entrada de ar nesse compartimento. Para um
compartimento de sada corresponde ao caudal-tipo de evacuao.
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A tabela 3-8 apresenta as seces das condutas individuais lisas em funo do caudal-tipo de
evacuao. Note-se que as entradas de ar destas condutas devem ser instaladas na parede
oposta da porta do compartimento, para garantir uma ventilao mais eficaz do espao.
Tabela 3-8 - reas de seco mnima das condutas individuais de evacuao
Caudal tipo
[m
3
/h]
Conduta circular
[cm
2
]
Conduta quadrada
[cm
2
]
Conduta rectangu-
lar [cm
2
]
30 80 100 110
45 100 130 135
60 120 155 165
90 160 205 220
120 200 255 270
3.2. Regulamentos trmicos e de sistemas em edifcios
O Regulamento das Caractersticas Trmicas dos Edifcios (RCCTE) [19], surgiu em 1991, e
foi o primeiro instrumento legal que, em Portugal, imps requisitos ao projecto de novos edi-
fcios e de grandes remodelaes por forma a salvaguardar a satisfao das condies de
conforto trmico nesses edifcios sem necessidades excessivas de energia, quer no Inverno,
quer no Vero [20]. Este regulamento tinha como objectivo orientar os projectistas para a
reduo dos consumos energticos nos edifcios, sem comprometer o conforto trmico dos
ocupantes, e fazendo o maior aproveitamento possvel das condies climticas do nosso pas.
O Regulamento dos Sistemas Energticos de Climatizao dos Edifcios (RSECE) [21], foi
posto em prtica em 1998 e procurava introduzir algumas medidas de racionalizao, fixan-
do limites potncia mxima dos sistemas a instalar num edifcio para, sobretudo, evitar o
seu sobredimensionamento, conforme a prtica do mercado mostrava ser comum, contribuin-
do para a sua eficincia energtica, evitando investimentos desnecessrios [22]. Este regula-
mento impunha ainda algumas medidas, a aplicar aos sistemas em funo da sua potncia, e
que visavam a racionalizao energtica.
Quinze anos passados, desde o aparecimento do primeiro regulamento, verificou-se que os
objectivos a que o RCCTE se propunha foram superados em muitos aspectos, nomeadamente
no que diz respeito ao isolamento trmico da envolvente dos edifcios que foi generalizado,
at mesmo em zonas de clima mais ameno. Quanto ao RSECE, no foi to bem sucedido, uma
vez que se verificou uma certa indiferena por parte das entidades licenciadoras e lanou a
aplicao do regulamento para a responsabilidade dos projectistas, instaladores e fornecedores
dos equipamentos. Para alm disso, a instalao de sistemas de climatizao, em Portugal, na
ltima dcada aumentou, significativamente, como resposta melhoria do nvel de vida das
populaes e do seu maior grau de exigncia em termos de conforto [22], o que provocou um
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aumento dos consumos energticos no sector dos edifcios de cerca de 12 % por ano.
Chegou por isso a altura de fazer uma actualizao destes regulamentos com o objectivo de os
aproximar do panorama actual da Unio Europeia respeitando, para isso, a Directiva
2002/91/CE, publicada em 16 de Dezembro, e que diz respeito ao desempenho energtico dos
edifcios impondo aos Estados Membros o estabelecimento e actualizao peridica de regu-
lamentos para reduzir os consumos energticos nos edifcios () [22].
Em Abril de 2006, os novos regulamentos RCCTE [20] e RSECE [22] foram publicados, com
as devidas alteraes e revises que cumprem as imposies da Directiva e normas europeias
mantendo-se, no entanto, a estratgia de aplicao dos dois regulamentos:
RCCTE orientado para os edifcios residenciais e os pequenos servios;
RSECE orientado para os edifcios com climatizao e consumos efectivos elevados.
As alteraes de base relativamente aos regulamentos anteriores so:
aumentar as exigncias de qualidade aproximadamente para dobro;
exigir qualificaes especficas para quem aplica os regulamentos e para quem verifica a
sua aplicao;
dar estrutura estvel aos regulamentos, com objectivos actualizados de forma peridica
pelos Ministrios que tutelam o sector.
No entanto, a estrutura actual de aplicao dos regulamentos mantm-se inalterada, para que
os hbitos adquiridos e conhecimentos j existentes sejam capitalizados.
De uma forma global, na tabela 3-9 apresenta-se o campo de aplicao destes dois regulamen-
tos consoante o tipo de edifcio e dimenso dos sistemas instalados.
Tabela 3-9 - Aplicao dos regulamentos em funo do tipo de edifcio e dimenso do sistemas de AVAC
RCCTE RSECE
RESIDENCIAL
sem sistema de AVAC SIM NO
com sistema de AVAC SIM SIM
SERVIOS
potncia do sistema de AVAC inferior a 25 kW SIM NO
potncia do sistema de AVAC superior a 25 kW NO
19
SIM
rea til de pavimento superior a 1000 m
2
(com ou sem sistema de AVAC) NO SIM
A actualizao do RCCTE procurou adequar o nvel de exigncias ao actual contexto social,
econmico e energtico, promovendo um aumento da qualidade trmica dos edifcios. A revi-
so do RSECE tem os seguintes objectivos [22]:
19
NO: no significa que, no RSECE, no se declarem aplicveis certos requisitos de qualidade mnima para a envolvente.
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definir as condies de conforto trmico e de higiene que devem ser requeridas
(requisitos exigenciais) nos diferentes espaos dos edifcios, em consonncia com as
respectivas funes;
melhorar a eficincia energtica global dos edifcios, no s nos consumos para cli-
matizao mas em todos os tipos de consumos de energia que neles tm lugar, promo-
vendo a sua limitao efectiva para padres aceitveis, quer nos edifcios existentes,
quer nos edifcios a construir ou nas grandes intervenes de reabilitao de edifcios
existentes;
impor regras de eficincia aos sistemas de climatizao que permitam melhorar o seu
desempenho energtico efectivo e garantir os meios para a manuteno de uma boa
qualidade do ar interior, quer a nvel do projecto, quer a nvel da sua instalao, quer
durante o seu funcionamento, atravs de uma manuteno adequada;
monitorizar com regularidade as prticas da manuteno dos sistemas de climatiza-
o como condio da eficincia energtica e da qualidade do ar interior dos edifcios.
No que diz respeito ventilao e Qualidade do Ar Interior, os regulamentos anteriores, no
impunham qualquer restrio s taxas de ventilao nem QAI. Existiam, apenas, valores
indicativos, 30 a 35 m
3
/h para os espaos tpicos, que os projectistas poderiam adoptar, mas
sem qualquer penalizao caso no o fizessem.
Os novos regulamentos foram drasticamente alterados, no que diz respeito a estes temas e
adicionaram ao seu objectivo impor os requisitos mnimos de ventilao e tratamento de ar
[22].
As alteraes, e inovaes, mais importantes dos novos regulamentos, no que respeita a venti-
lao e a QAI, so:
RCCTE [20]:
por razes de higiene e conforto dos ocupantes os edifcios devem ser ventilados em perma-
nncia com um caudal mnimo de ar que garanta uma taxa de renovao mnima de 0,6 RPH,
quer os sistema de ventilao existente seja natural, mecnico ou hbrido;
edifcios que apenas disponham de ventilao natural e estiverem em conformidade com a
norma NP1037-1, a taxa de renovao a adoptar deve ser 0,6 RPH;
se, num edifcio o nico dispositivo de ventilao mecnica for um exaustor na cozinha,
uma vez que este tem um funcionamento intermitente e por curtos perodos de tempo, consi-
dera-se que o edifcio ventilado naturalmente;
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neste e noutros edifcios com ventilao natural que no respeitem a norma NP1037-1, os
valores para a taxa de renovao mnima (tabela 3-10) [20] so funo da tipologia do edif-
cio, da sua exposio ao vento (tabela 3-3) e da permeabilidade ao ar da sua envolvente;
em edifcios que disponham de ventilao mecnica a taxa de renovao horria calculada
com base no maior dos dois valores de caudal insuflado ou extrado do edifcio devendo-se,
no caso de sistemas de caudal varivel calcular o valor mdio dirio;
num edifcio com ventilao mecnica, as infiltraes/exfiltraes, so funo do desequil-
brio existente entre os caudais de insuflao e extraco mecnicos. Este efeito pode ser des-
prezado se a diferena entre os caudais for superior a 0,1 RPH no caso de edifcios com EXP
1, 0,25 RPH para EXP 2 e 0,5 RPH para EXP 3 e 4;
devem somar-se ao consumo energtico global do edifcio, os consumos elctricos dos ven-
tiladores, os quais se admitem em funcionamento permanente.
Tabela 3-10 - Valores convencionais de R
ph
para edifcios de habitao [RPH]
Permeabilidade ao ar das caixilharias
(de acordo com EN 12207)
Sem classificao Classe 1 Classe 2 Classe 3
Caixa
de estore
Caixa
de estore
Caixa
de estore
Caixa
de estore
Edifcios con-
formes com NP
1037-1
Classe de
exposio
ao vento
Dispositivos
de Admisso
na fachada
sim no sim no Sim no sim no
sim 0,90 0,80 0,85 0,75 0,80 0,70 0,75 0,65
EXP 1
no 1,00 0,90 0,95 0,85 0,90 0,80 0,85 0,75
sim 0,95 0,85 0,90 0,80 0,85 0,75 0,80 0,70
EXP 2
no 1,05 0,95 1,00 0,90 0,95 0,85 0,90 0,80
sim 1,00 0,90 0,95 0,85 0,90 0,80 0,85 0,75
EXP 3
no 1,10 1,00 1,05 0,95 1,00 0,90 0,95 0,85
sim 1,05 0,95 1,00 0,90 0,95 0,85 0,90 0,80
EXP 4
no 1,15 1,05 1,10 1,00 1,05 0,95 1,00 0,90
0,60
RSECE [22]:
no projecto de novos edifcios que possuam sistemas de climatizao com ventilao mec-
nica e para as residncias que sejam abrangidas por este regulamento, o caudal mnimo de ar
novo, em quartos e salas deve ser 30 m
3
/(h.ocupante);
em espaos onde seja permitido fumar o caudal mnimo de ventilao dever ser pelo
menos, 60 m
3
/(h.ocupante) e estes espaos devem encontrar-se em depresso relativamente s
zonas contguas;
se, os materiais de construo utilizados no forem ecologicamente limpos, os sistemas de
renovao de ar devem garantir um acrscimo de 50 % aos caudais mnimos de ar novo, de
forma a que os valores de concentraes mximas de poluentes admitidas no sejam excedi-
dos (tabela 3-11) [22];
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
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Tabela 3-11 - Concentraes mximas admissveis no interior de edifcios existentes
Parmetros Concentrao mxima permitida [mg/m
3
]
Partculas suspensa no ar (PM10) 0,15
Dixido de Carbono (CO
2
) 1800
Monxido de Carbono (CO) 12,5
Ozono (O
3
) 0,2
Formaldedo (HCHO) 0,1
Compostos orgnicos volteis totais (TVOC) 0,6
o dimensionamento dos sistemas de AVAC para novos edifcios tem de ser fiscalizado por
entidades independentes e para ser certificado tem de estar de acordo com os regulamentos no
que diz respeito s taxas mnimas de ventilao. Estas taxas tm valores semelhantes s do
regulamento anterior, residindo a diferena no seu carcter obrigatrio. No caso dos limites de
concentraes de poluentes no serem excedidos, as taxas de ventilao podem ser inferiores
s regulamentadas;
a eficincia da ventilao em cada espao do edifcio tem de ser tomada em considerao na
fase de dimensionamento.
Quanto ao perodo de arrefecimento, so encorajados todos os meios que permitam a diminui-
o da temperatura interior, sem a necessidade de recorrer a sistemas de arrefecimento mec-
nico. Assim, devem aumentar-se os caudais de ventilao, sempre que a temperatura do ar
exterior for inferior interior, a abertura das janelas deve ser possvel, excepto nos casos em
que aconselhvel no o fazer, situaes em que tm de existir aberturas alternativas no edi-
fcio, como por exemplo grelhas de insuflao. O sombreamento de envidraados obrigat-
rio se estes tiverem uma rea superior a 5 % da rea de pavimento excepto no caso de se
encontrarem no quadrante Norte.
CAPTULO 3 Portugal e a ventilao Enquadramento Geral
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CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
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4. Mtodos de Previso e Dados Climticos
Neste captulo faz-se uma descrio das diversas ferramentas de simulao dinmica
actualmente disponveis, suas principais caractersticas, vantagens e desvantagens, sen-
do o objectivo dessa apresentao justificar a escolha de uma das ferramentas utilizada.
A correcta previso do desempenho trmico e energtico de um edifcio e a escolha acer-
tada de solues construtivas e sistemas exigem, entre outro factores, o conhecimento das
caractersticas climticas dos locais de implantao. Sendo, a simulao trmica um
mtodo de avaliao do desempenho de um edifcio do ponto de vista trmico e energti-
co fundamental que as informaes climticas utilizadas sejam credveis, detalhadas e
as mais prximo possveis da realidade, razo pela qual, neste captulo, se apresentaro
tambm os dados climtico que sero utilizados no decorrer das simulaes.
4.1. Mtodos de Previso
O primeiro passo para compreender a utilizao da energia num edifcio conhecer a quanti-
dade de energia que utilizada e qual a sua distribuio pelos diversos consumidores energ-
ticos. Infelizmente, esta tarefa no to simples quanto parece. Mesmo que esta informao
esteja disponvel, como por exemplo o gs natural e a electricidade consumida por uma cal-
deira e um ar condicionado, respectivamente, a avaliao continuaria a ser complexa em ter-
mos de eficincia energtica. Com o aumento do interesse em melhorar a eficincia energtica
dos edifcios, engenheiros, peritos em energia e analistas desenvolveram ferramentas baseadas
em mtodos computacionais que simulam, com detalhe, os fluxos de energia num edifcio ao
longo de perodos de tempo alargados, tipicamente, um ano.
Do ponto de vista trmico, um edifcio no mais do que um sistema, complexo, com um
conjunto mais ou menos alargado de subsistemas, como por exemplo: a ocupao, as condi-
es climticas exteriores, os equipamentos, os sistemas AVAC
20
, e muitos outros. A cada
instante, dentro do edifcio, h inmeros processos de transferncia de calor nos subsistemas,
como por exemplo a entrada de uma pessoa, pode afectar outro subsistema, que por sua vez,
influencia o seguinte resultando, em cada momento, em situaes com requisitos trmicos e
de QAI totalmente diferentes. Assim sendo, o comportamento do sistema edifcio vai
depender de todas as variveis que o constituem e o seu consumo energtico no esttico e
, dificilmente, previsvel. Trata-se de um processo dinmico.
Os mtodos numricos desenvolvidos para anlise destes sistemas resultaram em programas
de simulao trmica de edifcios que tentam modelar, e integrar, de forma cada vez mais rea-
20
Aquecimento, Ventilao e Ar Condicionado
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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78/291
lista, e detalhada, os fenmenos de transferncia de calor que ocorrem num edifcio.
Todos os programas de simulao trmica de edifcios, matematicamente, so apenas um con-
junto de sistemas de equaes de conservao da massa e energia aplicada a cada zona trmi-
ca, no entanto, estes sistemas podem atingir, facilmente, o milhar de equaes. Por zona tr-
mica deve entender-se um espao com caractersticas trmicas semelhantes e no necessaria-
mente coincidente com as zonas fsicas do edifcio.
A simulao detalhada deve a sua preciso ao seu carcter dinmico por duas razes:
permite calcular e armazenar as variveis relevantes em cada intervalo de tempo;
a influncia de parmetros de controlo, padres de ocupao e tipo de actividades podem
ser integrados na simulao.
Uma vez definidas as condies fronteira de um determinado sistema possvel avaliar o
estado de qualquer varivel, em qualquer instante de tempo e observar os perfis temporais de
evoluo de temperaturas, fraco de carga dos sistemas, entre outros. A anlise destes perfis
pode ser determinante para a deciso do tipo de sistemas a adoptar e na definio das estrat-
gias de controlo e de gesto.
A simulao detalhada tem uma outra vantagem, que a torna nica. Permite efectuar estudos
paramtricos associados ao sistema e/ou ao edifcio e desta forma, optimizar solues com o
objectivo de reduzir os consumos energticos e aumentar a Qualidade do Ar Interior.
As vantagens deste tipo de simulao so:
fcil incorporao das componentes dinmicas e preciso acrescida relativamente aos
mtodos simplificados;
possibilidade de integrao simples de estratgias de controlo;
anlise da evoluo de um grande nmero de variveis;
facilidade de comparao de solues alternativas e realizao de estudos paramtricos;
maior preciso na previso da potncia dos equipamentos de AVAC a instalar;
previso de consumo energtico anual;
possibilidade de quantificao dos efeitos de diferentes opes de projecto (arrefecimento
gratuito
21
, sombreamento, isolamento trmico, tipo de envidraados, acabamentos interio-
res, ventilao natural) nos parmetros referidos acima,;
previso do comportamento do edifcio em situaes extremas (ausncia ou limitaes do
21
free-cooling
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
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79/291
sistema de AVAC, carga trmica invulgar);
previso de temperaturas superficiais da envolvente interior e exterior;
previso do conforto trmico;
possibilidade de estudos dos efeitos da estratificao interior (ventilao por deslocamen-
to).
No entanto, deve referir-se que existem alguns obstculos implementao da simulao
detalhada na fase de projecto, quer de edifcios, quer dos sistemas em que os principais facto-
res/obstculos so:
necessidade de utilizadores especializados, quer em termos gerais sobre a rea da fsica
dos edifcios, quer em termos especficos sobre os mtodos, algoritmos e estrutura do pro-
grama especfico a utilizar;
dificuldade em reunir um conjunto de informao necessria simulao detalhada, tais
como: dados climticos completos, padres de ocupao, entre outros. Esta dificuldade
acrescida nas fases iniciais do projecto por indefinio do prprio projecto;
dificuldades na converso dos dados existentes para o formato requerido pelo software,
(por exemplo: geometria do edifcio, informao relativa a equipamento, resultados experi-
mentais, entre muitos outros);
problemas de integrao dos diferentes componentes envolvidos na simulao;
falta de documentao apropriada;
resistncia do mercado em abandonar as solues tradicionais e estabelecidas;
limitaes de tempo por parte dos projectistas para se familiarizarem com este tipo de fer-
ramentas;
falta de formao e divulgao na utilizao deste tipo de recursos.
Ao longo dos ltimos 50 anos foram desenvolvidos centenas de softwares de simulao deta-
lhada. O princpio de funcionamento de todas essas ferramentas a simulao energtica de
edifcios completos e cujo objectivo fornecer ao utilizador os indicadores da performance
dos edifcios (as necessidades energticas, a temperatura, a humidade, a QAI, etc.).
No mbito do trabalho que se deseja desenvolver e dos objectivos que se pretendem alcanar,
do leque alargado de ferramentas disponveis, existem quatro que so, pelas suas caractersti-
cas especficas, pela informao e apoio existentes, as mais indicadas. A saber: o ESP-r, o
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VisualDOE, o EnergyPlus e o TRNSYS 15 associado ao COMIS
22
:
ESP-r Environmental Systems Performance, Research version utilizado para simular o
comportamento trmico dos edifcios em condies reais com o maior rigor possvel sendo
mais direccionado para a investigao. Permite analisar, embora com algumas limitaes,
escoamentos interiores utilizando Mecnica dos Fluidos Computacional
23
(CFD) e efectuar
estudos de iluminao;
DOE uma ferramenta de simulao dinmica que utiliza o mtodo das funes de trans-
ferncia, para calcular os ganhos internos do edifcio e as cargas de aquecimento e arrefeci-
mento, assumindo uma temperatura interior constante. aplicvel a situaes onde se pre-
tenda analisar o conforto, a climatizao e a iluminao. Este software dispe de uma inter-
face grfica que permite ao utilizador trabalhar facilmente com o DOE;
EnergyPlus um programa de simulao do comportamento energtico de edifcios e
sistemas AVAC. Surge da juno do cdigo de dois outros softwares: o BLAST
24
e o DOE.
Rene assim as melhores caractersticas do DOE s capacidades de clculo do BLAST, no
que diz respeito s componentes radiativas da envolvente.
TRNSYS Transient System Simulation Program um programa que foi desenvolvido
para simular o comportamento transiente de sistemas energticos com base num conjunto de
mdulos (subrotinas em linguagem FORTRAN), onde esto descritos os modelos de cada
componente. especialmente direccionado para a simulao e anlise de sistemas permitin-
do fazer diagnsticos energticos de sistemas e edifcios.
4.1.1. ESP-r
O ESP-r um software de simulao que procura simular um edifcio em condies reais,
analisando o seu desempenho em termos de consumos energticos, conforto dos ocupantes,
qualidade do ar, controle de sistemas O seu principal objectivo simular um modelo, o
mais prximo possvel da realidade, atravs de simulao dinmica. Para esse efeito, dispe
de modelos matemticos que permitem simular a transferncia de calor e humidade, caudais
de ar, iluminao, sistemas de controlo e uma gama alargada de tecnologias energticas con-
vencionais e renovveis.
O programa utiliza o mtodo das diferenas finitas na modelao trmica, podendo por isso
22
Multizone Air Flow Model
23
Computational Fluid Dynamics
24
Building Loads Analysis and System Thermodynamics
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ser utilizado para simular componentes no lineares, como por exemplo Paredes de Trombe
25
.
Ao utilizar um algoritmo com diferenas finitas o ESP necessita, para conseguir convergir, de
intervalos de tempo
26
de integrao muito pequenos, na ordem de apenas alguns minutos, o
que resulta em computadores de elevada capacidade de clculo e de armazenamento de dados.
possvel utilizar mtodos de clculo avanados para fazer a integrao dos diversos tipos de
equaes, que representam a conservao de energia e de massa que ocorrem dentro dos edi-
fcios. Dispe de uma base de dados, que permite gerir todos os modelos de componentes dos
sistemas, existindo sempre a possibilidade de o utilizador criar e adicionar os seus prprios
modelos. No entanto, esta uma tarefa nem sempre fcil, devido s regras a que necessrio
obedecer para que o ESP reconhea os novos componentes.
Para alm desta base de dados o software disponibiliza informao relativa aos materiais que
constituem a envolvente do edifcio, controlo, sombreamento, entre outras. Deste modo, o uti-
lizador poder sempre acrescentar os seus prprios dados na simulao do edifcio. A figura
4-1 [23] representa um diagrama estrutural do software com o fluxos de informao necess-
rios simulao.
Figura 4-1 - ESP-r - A estrutura
O ESP-r dispe de um ncleo central, o Project Manager, ligado a uma srie de mdulos que
permitem simular, gerir as bases de dados, analisar e visualizar resultados. As caractersticas
principais dos diferentes mdulos apresentam-se em seguida:
Project Manager permite a definio do edifcio, a configurao do sistema e controla o
25
Paredes de Trombe: paredes com grande inrcia trmica, que so usadas para "guardar" o calor quando a parede atingida pela radiao
solar. Esta energia acumulada depois radiada directamente para o interior do edifcio a partir da outra face da parede.
26
timesteps.
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acesso do utilizador s bases de dados;
Product Model contm a descrio completa do edifcio e configurao dos sistemas;
Simulator o ncleo do programa e responsvel por todo o processo de clculo. Permi-
te obter os consumos e os fluxos energticos do edifcio e do sistema, utilizando um mtodo
rigoroso no qual o edifcio/sistema so divididos em volumes finitos. Para cada intervalo de
tempo, o balano de energia e de massa aplicado a cada um dos volumes finitos, originan-
do uma matriz diferencial cuja soluo obtida numericamente;
Database Management Modules permitem a introduo de dados climticos, ganhos
internos, propriedades de materiais de construo, sombreamentos, entre outros. Cada um
destes mdulos dar origem a um ficheiro que ser utilizado no Project Manager e no Simu-
lator;
Results Analyzer mecanismo de anlise e visualizao dos resultados gerados pelo
Simulator.
Para facilitar a introduo dos dados no programa, o cdigo do Simulator encontra-se dividido
de acordo com diferentes domnios, nomeadamente: rede de escoamento de fluidos, CFD,
AVAC, energias renovveis, controlo, entre outros;
O ESP-r permite analisar o escoamento no interior do edifcio (rede de escoamento de fluidos)
utilizando para tal dois mdulos distintos:
Mtodo Nodal modelo estacionrio de um fludo incompressvel numa rede de ns de
presso interligados por condutas, frinchas, entre outros, e sujeitos a condies fronteiras
variveis no tempo. O programa calcula os caudais mssicos em cada ligao bem como o
gradiente de presso. um modelo limitado, uma vez que no contabiliza os escoamentos
no interior dos espaos;
Modelao utilizando CFD este modelo supera as limitaes do anterior, baseando-se
na resoluo de equaes de conservao da massa, momento e energia trmica em malhas
2D ou 3D.
Os sistemas AVAC e de energias renovveis so modelados utilizando quatro tipos de siste-
mas:
climatizao, incluindo aquecimento, arrefecimento e humidificao;
sistemas solar activos, com colectores solares e armazenamento trmico;
sistema de aquecimento central, com caldeiras, bombas, radiadores e reservatrios de
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gua quente;
um sistema de converso de energia renovvel incluindo componentes fotovolticos e
aerogeradores.
O sistema de controlo do ESP um conjunto de ciclos de controlo, cada um manipulando um
determinado parmetro do modelo (temperatura, abertura de uma janela, ). Cada ciclo de
controlo permite actuar e avaliar os seguintes elementos:
um sensor, para detectar o parmetro a controlar;
um actuador, para efectuar a operao determinada pelo ciclo;
uma lei de controlo que representa as caractersticas do sensor e/ou do actuador (atraso,
histerese, desfasamento,).
O software dispe de uma interface grfica de fcil utilizao e permite a visualizao imedia-
ta dos resultados. O facto de permitir a visualizao do edifcio introduzido facilita a deteco
de erros grosseiros (figura 4-2).
Figura 4-2 - ESP Visualizao do modelo
O ESP-r foi concebido para o sistema operativo UNIX
27
, sendo suportado pelo ambiente
SOLARIS
28
ou LINUX
29
. Este um detalhe que o torna pouco atractivo da ptica do utiliza-
dor comum e que pode colocar alguns entraves sua utilizao. No entanto, sendo um pro-
grama direccionado para o ensino e investigao, o ESP-r um programa que pode ser des-
carregado da Internet sem qualquer encargo.
Trata-se de uma ferramenta poderosa que permite, numa primeira fase do estudo, a quantifi-
cao do impacto da localizao, geometria e construo de um edifcio, factores que influen-
ciam, fortemente o desempenho operacional e os custos associados. Numa segunda fase, o
27
Universal Internet Exchange
28
Sistema Operativo UNIX desenvolvido pela Sun Microsystems
29
Sistema operativo gratuito do tipo UNIX
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modelo permite uma anlise com mais detalhe de parmetros como o controlo ou a QAI.
4.1.2. Visual DOE
O VisualDOE uma mscara do DOE2.1E, programa mais utilizado para a realizao de
simulaes energticas em edifcios. Trata-se de uma ferramenta poderosa e de fcil utilizao
desenvolvida por arquitectos e engenheiros e direccionada para os projectistas que pretendam
estimar, com preciso, a eficincia energtica de um edifcio perante um leque de solues de
AVAC alternativas.
Apesar do VisualDOE estar associado ao DOE2.1E, o utilizador no necessita de contactar
com este ltimo programa, uma vez que o VisualDOE se encarrega da escrita dos ficheiros de
entrada e sada e tambm da execuo da simulao, uma vez que, para todos os efeitos, o
VisualDOE um frontend do DOE2.1E.
O programa recorre ao mtodo das funes de transferncia, assumindo uma temperatura inte-
rior constante, antes de calcular as taxas de extraco de calor dos equipamentos. Para elimi-
nar a necessidade de calcular a interaco entre todas as zonas em simultneo, o clculo da
conduo de calor entre paredes adjacentes feito utilizando a temperatura das zonas do
intervalo de tempo anterior. Ou seja, deste ponto de vista no se trata de um modelo multizo-
na, sendo, normalmente, utilizado em edifcios de grandes dimenses em que as variaes de
temperatura das zonas e entre zonas no relevante.
A interface grfica do programa muito simples de utilizar (figura 4-3). Enquanto o utilizador
cria o modelo, possvel visualizar o edifcio e o diagrama do sistema AVAC (figura 4-4).
Deste modo a verificao de formas e dimenses das zonas, janelas e outros elementos do edi-
fcio imediata. Sendo tambm possvel importar ficheiros CAD
30
, o que acelera o processo
de introduo de um edifcio no programa.
O VisualDOE permite simular a grande maioria de sistemas convencionais em edifcios,
incluindo iluminao, artificial e natural, sistemas AVAC, guas quentes sanitrias (AQS) e a
envolvente do edifcio. Esta interface cria e modifica basicamente dois ficheiros:
o ficheiro do projecto, onde armazenada toda a informao relativa a cada alternativa do
projecto;
o ficheiro da base de dados, ou seja, a base de dados do programa, que pode ser actualizada
por cada utilizador e onde se pode encontrar informaes sobre dados climticos, equipamen-
30
Computer Aided Design
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to, horrios, entre outras.
Figura 4-3 - VisualDOE Interface Grfica
Figura 4-4 - VisualDOE Introduo do sis-
tema de AVAC
A estrutura do VisualDOE e o modo de circulao da informao para o DOE est esquemati-
zada na figura 4-5 [24].
Figura 4-5 - VisualDOE A estrutura
Na maioria dos softwares de simulao, cada zona trmica introduzida separadamente, o que
pode levar a muitas horas de introduo de dados. No VisualDOE, esta tarefa simplificada,
uma vez que ele utiliza o conceito de Bloco, ou seja, permite a introduo de um grupo de
zonas trmicas contguas, localizadas no mesmo piso e com caractersticas comuns. Deste
modo, no necessrio configurar as zonas e respectiva envolvente individualmente, o pro-
grama executa essa tarefa pelo utilizador [24].
No VisualDOE existe uma gama alargada de sistemas AVAC e algumas regras que devem ser
respeitadas:
todas as zonas tm de estar associadas a um sistema;
zonas no climatizadas no podem ser a zona de controlo de um sistema;
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um sistema necessita de ter associada, pelo menos, uma zona climatizada.
Com este programa possvel associar um sistema AVAC ao edifcio, de forma quase auto-
matica, com base apenas na dimenso deste e no tipo de ocupao. Com esta opo, pretende-
se que um utilizador pouco experiente consiga obter resultados facilmente, podendo tambm
ser til quando no existe qualquer informao relativamente ao tipo de sistema existente no
edifcio. No entanto deve referir-se que este tipo de soluo poder ter riscos associados.
No caso de um utilizador experiente e que conhea o tipo de sistemas e caractersticas dos
seus componentes possvel utilizar o editor dos sistemas AVAC, onde se encontram dispo-
nveis alguns sistemas pr-definidos podendo o utilizador fornecer apenas a informao
necessria simulao.
Outro tipo de sistema que se encontra disponvel o da gua quente sanitria (AQS). Atravs
do editor de sistemas de aquecimento de gua, o utilizador pode definir as necessidades, os
horrios de funcionamento e o equipamento que ir fornecer a gua quente ao edifcio. Este
sistema deve ser definido para todo o edifcio.
Finalmente, o modelo pode ter apenas um sistema central para a produo de gua gelada e
gua quente para os sistemas AVAC. Disponveis na base de dados existem chillers, caldeiras
e bombas de circulao.
O controlo dos sistemas de AVAC pode ser efectuado tendo em conta trs mdulos dispon-
veis: temperatura constante, controlo pela zona mais quente e controlo pelo ar exterior.
4.1.3. EnergyPlus
O EnergyPlus um programa de simulao energtica em edifcios, vocacionado para a
modelizao de sistemas de aquecimento, arrefecimento, iluminao, ventilao e outros flu-
xos energticos. Trata-se de uma ferramenta gratuita desenvolvida pelo DOE
31
em colabora-
o com diversos investigadores de vrios pases tendo sido desenvolvido em cdigo aberto
32
.
Em relao a outras ferramentas disponveis o EnergyPlus destaca-se pelo rigor na modelao
da geometria do edifcio (incluindo edifcios adjacentes), sistemas de AVAC, e pela possibili-
dade de integrao de modelos que facilitam os estudos de optimizao energtica (ilumina-
o natural e artificial com dimmers, sistemas de ventilao natural e hbrida, superfcies
"radiantes", painis solares, etc.). No entanto, deve referir-se que a introduo de novos
mdulos no cdigo do programa uma tarefa complexa, e que exige um elevado grau de for-
31
Department of Energy (DOE)
32
open-source
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mao por parte do utilizador. Existem tambm mdulos que foram desenvolvidos para per-
mitir a interaco entre o EnergyPlus e outros programas, como por exemplo o COMIS
33
,
programa que analisa a distribuio dos caudais de ar no interior dos espaos e que ser apre-
sentado em seguida. Na figura 4-6 [25] representa-se, esquematicamente, a ligao entre os
diferentes programas e mdulos, no que forma o cdigo base do EnergyPlus.
O EnergyPlus surge da necessidade de criar um sistema de simulao integrada, ou seja, sis-
tema e necessidades energticas em simultneo para cada intervalo de tempo. Para esse efeito,
foram desenvolvidos dois mdulos, um que diz respeito ao edifcio, e o clculo das potncias
mximas dos equipamentos a instalar nos espaos, e outro para a definio dos sistemas. Esta
integrao permite a obteno das temperaturas das zonas mais precisas e prximos dos casos
reais, o que fundamental para o correcto dimensionamento de sistemas, anlise de conforto e
de QAI.
A simulao integrada tambm permite
a avaliao de sistemas de controlo,
adsoro/desadsoro de humidade pela
envolvente do edifcio, sistemas de
aquecimento e arrefecimento radiativos
e escoamentos de ar entre diferentes
zonas. A simulao decorre em interva-
los de tempo que podem ir de 1h a
10 min, utilizando os dados climticos
de um ano representativo de clima
local.
Figura 4-6 - EnergyPlus Esquema de Princpio
O programa utiliza modelos detalhados de:
transferncias radiativas e convectivas em superfcies exteriores e interiores;
sistemas de AVAC (elevada flexibilidade);
trocas de calor com o terreno de implantao;
transferncia de massa (absoro/adsoro de humidade, produo no interior);
conforto trmico dos ocupantes;
modelo de cu anisotrpico (determinao da radiao e temperatura do cu, entre
33
COMIS - Multizone Air Flow Model
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outros);
simulao de sistemas de iluminao natural e hbridos (controle automtico);
simulao de Ventilao por Deslocamento (DCV);
simulao de temperaturas e caudais de ventilao natural (COMIS).
Trata-se de um software autnomo com o inconveniente de ainda no possuir uma interface
grfica que facilite a sua utilizao. Actualmente, existem algumas interfaces a serem desen-
volvidas, mas apenas possvel utiliz-las em verses beta.
O EnergyPlus, sendo uma ferramenta flexvel, permite a importao de dados de outros soft-
wares. Entre as diferentes possibilidades destacam-se:
o DesignBuilder especificamente desenvolvida para o EnergyPlus permite, atravs da
utilizao das bases de dados de materiais, construes, envidraados, janelas e sombreado-
res construir o edifcio a 3D e export-lo, posteriormente para o EnergyPlus. Os dados de
desempenho ambiental so exibidos sem ser necessrio recorrer a mdulos externos ou
importao de dados. As aplicaes tpicas deste programa incluem: avaliao dos nveis de
iluminao, visualizao do sombreamento no edifcio, dimensionamento de equipamentos
de aquecimento e arrefecimento, entre outros.
o ECOTECT um software de simulao independente que permite exportar, para o
EnergyPlus, o ficheiro de entrada input (IDF). uma interface 3D, intuitiva e com uma
srie de funes que permitem a anlise de iluminao natural e artificial, sombreamentos,
comportamento trmico, ventilao e acstica.
O ESP-r software de simulao j referido e que permite, uma vez introduzido o edif-
cio e caractersticas trmicas, criar um ficheiro IDF, que pode ser importado directamente-
para o EnergyPlus.
4.1.4. TRNSYS
O TRNSYS Transient System Simulation Program um programa de simulao dinmica
que proporciona grande flexibilidade para as mais variadas aplicaes de engenharia [26].
Trata-se de um programa de estrutura modular adequado anlise de sistemas cujo compor-
tamento seja dependente do tempo. um programa especialmente concebido para a simulao
de sistemas solares activos e simulao trmica de edifcios. O TRNSYS um conjunto de
subrotinas, designadas por types, com um conjunto de entradas - inputs e sadas outputs -
cuja incluso na rotina principal depende do sistema a analisar. Este comportamento modular
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permite que o utilizador adicione, ao cdigo do programa, modelos matemticos e reduz a
complexidade da simulao, sendo esta uma das maiores vantagens deste software.
Todo o cdigo fonte encontra-se compilado numa livraria de ligao dinmica
34
(DLL) que
chamada quando o programa executado. Todos os novos types (mdulos) criados pelo utili-
zador tm de ser incorporados na DLL, atravs de um simples compilador FORTRAN.
No TRNSYS um sistema tratado como um grupo de componentes interligados para executar
um determinada tarefa. O comportamento desse sistema ser afectado pelos parmetros e out-
puts de cada componente que sero os inputs do componente seguinte em cada intervalo de
tempo. Na verso de instalao, existe uma gama alargada de componentes, que geralmente se
encontram nos sistemas termo-energticos. O TRNSYS disponibiliza componentes que per-
mitem a utilizao de inputs dependentes do tempo, como por exemplo, os dados climticos.
Na figura 4-7 apresenta-se um diagrama de interligao entre o TRNSYS e um conjunto de
ferramentas e aplicaes disponveis, das quais se destacam:
IISibat ou PRESIM Interfaces grficas para a construo de sistemas;
PREBID Interface grfica para introduzir a informao relativa aos edifcios;
TRNSED Ferramenta para partilhar simulaes com no utilizadores do TRNSYS;
SIMCAD Envolve CAD compatvel com AUTOCAD para edifcios, com o objectivo de
facilitar a introduo da geometria do edifcio.
Figura 4-7 - TRNSYS Ligao entre aplicaes
O ficheiro de entrada do TRNSYS em cdigo ASCII e, no incio, era escrito manualmente,
dando origem a linhas infindveis de comandos que descrevem os types e suas interligaes
(figura 4-8). As interfaces grficas, nomeadamente o IISibat (figura 4-9), so uma das vanta-
gens evidentes do TRNSYS, uma vez que evita a necessidade de escrever um ficheiro com a
descrio de cada componente do sistema.
34
Dynamic Link Library
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Figura 4-8 - TRNSYS Extracto de um ficheiro de entrada em cdigo ASCII
Figura 4-9 - TRNSYS Interface Grfica IISibat
No TRNSYS, os edifcios so tratados como se de outro componente de um sistema se tratas-
se, contrariamente aos outros componentes dos edifcios. O modelo mais complexo para a
definio de um edifcio o Type 56, um modelo multizona, que l um ficheiro com as carac-
tersticas do edifcio pr processadas (figura 4-10). Para a sua definio necessrio a utiliza-
o de uma ferramenta especfica PREBID
35
. Nesta aplicao, o utilizador caracteriza o edi-
fcio, especificando as zonas trmicas e introduz os dados relativos a cada uma: perfis de ocu-
35
PREBID Interface grfica para introduzir as caractersticas do edifcio e respectiva descrio.
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pao, ganhos internos e sistemas a existentes. Atravs do PREBID, o utilizador tem acesso
s bases de dados dos elementos da envolvente, respectivos materiais, janelas, etc.
Figura 4-10 - TRNSYS Aplicao para definio do edifcio PREBID
Os diferentes componentes (types) partilham a informao entre si de forma cclica, tal como
se apresenta na figura 4-11.
Figura 4-11 - TRNSYS - Ligao entre os diferentes types
A incluso de estratgias de controlo para os diferentes sistemas conseguida atravs da utili-
zao de controladores, sendo possvel criar dependncia entre as diferentes variveis de inte-
raco. Existem trs tipos de types de controlo previamente definidos na verso base do
TRNSYS:
i. controlador diferencial ON/OFF que permite o controlo directo de variveis como a
temperatura, caudais mssicos, entre outros;
ii. termostato de trs estgios, especialmente direccionado para o controlo de aquecimento
e arrefecimento simultneo;
iii. controlador de Microprocessador, que combina cinco comparadores diferenciais e que
permite a simulao de certos tipos de programadores/controladores existentes no mercado.
Este sistema comporta-se como um autmato que pode ser, simplesmente, pr-programado.
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A base do TRNSYS simples de compreender e tem grandes vantagens: flexibilidade, modu-
laridade, cdigo aberto e uma base de dados com uma gama alargada de componentes. Tem,
no entanto algumas desvantagens, das quais se destacam, a complexidade para os novos utili-
zadores, a identificao dos erros do modelo que pouco clara e o facto de se tratar de um
software comercial e portanto com encargos significativos.
Como j foi apresentado no Captulo 2, os fluxos de ar (ventilao) em sistemas de ventilao
natural e/ou hbrido so funo de um conjunto de factores climticos. Assim sendo, neces-
srio utilizar ferramentas de previso que consigam tratar este fenmeno de forma correcta. O
TRNSYS [26] um software fortemente direccionado para o clculo trmico e trata a ventila-
o de uma forma no exaustiva, sendo pouco apropriado para um estudo detalhado dos efei-
tos de um sistema de ventilao na eficincia energtica de um edifcio. No entanto, devido
sua estrutura modular e flexvel, tem a possibilidade de lhe incluir outras subrotinas que
podem tratar todas as questes associadas ventilao, fluxos de ar e transporte de poluentes.
O programa COMIS - Multizone Air Flow Model [27] um software de simulao que foi
desenvolvido entre 1987-1988 durante uma conferncia da Lawerence Berkley Laboratory
(LBNL). Em 1990 a Comisso Executiva da Agncia Internacional de Energia (IEA
36
) for-
mou um grupo de trabalho que se focou no estudo da modelao de escoamentos de ar em
edifcios multizona. Estes estudos dariam origem ao cdigo final do COMIS. Este software
pode ser utilizado como um modelo de simulao independente ou associado a programas de
simulao trmica, como por exemplo o TRNSYS ou o EnergyPlus, como j referido.
Toda a anlise fsica da ventilao assenta num modelo nodal que estuda a distribuio dos
caudais de ar em estruturas multizona tendo em considerao os efeitos do vento, sistemas de
ventilao e ainda a distribuio e transporte de diferentes poluentes.
Tratando-se de um modelo nodal (figura 4-12) encara o edifcio como uma rede de ns e liga-
es entre eles. Os ns representam um volume com um conjunto de especificaes e as liga-
es representam frinchas, aberturas, janelas, dispositivos de ventilao, entre outros, ou seja
resistncias passagem do ar.
O modelo de clculo utilizado pelo COMIS assume que os fluxos de ar atingem o estado esta-
cionrio em cada intervalo de tempo. O transporte dos contaminantes baseado num modelo
dinmico e tem o seu prprio intervalo de tempo de integrao, baseado na constante de tem-
36
IEA International Energy Agency
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po da zona mais crtica.
A integrao do COMIS no TRNSYS resulta de uma simples incluso de mais um type no
cdigo base do segundo programa. O type 157, designao desse novo mdulo, ligado ao
type 56 fornecendo-lhe os valores dos caudais de ar em circulao e concentraes de poluen-
tes e recebendo as temperaturas de cada zona. Na figura 4-13 apresenta-se, esquematicamente,
o processo de ligao dos dois programas.
Figura 4-12 - COMIS Modelo nodal
Figura 4-13 - COMIS Ligao entre softwares
4.1.5. Comparao entre os diferentes softwares de simulao trmica de edifcios
Uma das concluses que facilmente se retira da descrio sumria dos diferentes softwares de
simulao, que no existe uma forma expedita de descrever as capacidades de cada um deles
e especificar a sua funo. Verifica-se que, se um tem uma capacidade, o outro tem um
melhor desempenho noutra particularidade qualquer, ou ento, todos conseguem simular um
determinado aspecto, mas utilizando mtodos distintos.
Na tabela 4-1 [28] faz-se uma tentativa de clarificar as potencialidades de cada um dos soft-
wares de simulao detalhada aqui analisados. Optou-se por fazer uma classificao mais
detalhada de cada caracterstica, uma vez que existem determinadas funes que no existem
na verso de instalao, ou que exigem um maior conhecimento por parte do utilizador.
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Tabela 4-1 - Comparao entre caractersticas das ferramentas de simulao
ESP-r VisualDOE EnergyPlus TRNSYS
Caractersticas gerais do modelo
Simulao detalhada simultnea das necessidades energ-
ticas, sistemas e instalao
X X X
Passo de tempo de simulao determinado pelo utilizador X X X
Importao de geometrias em CAD X X X
Importar/Exportar a geometria para outros programas X X
Nmero de zonas, superfcies, sistemas e equipamento
ilimitado
X X X
Carga trmica da zona
Anlise da adsoro/desadsoro de humidade dos mate-
riais
X X X
Mtodo de anlise da conduo:
Funes de Transferncia X X X
Diferenas Finitas X
Mtodo de anlise da conveco:
Dependente da temperatura X X X
Dependente do escoamento de ar X P E
CFD E E
Coeficientes definidos pelo utilizador E X X X
Anlise do conforto trmico:
Fanger X X X
Temperatura Mdia Radiante (MRT) X X X
Funes de forma X
CFD E E
Envolvente do Edifcio, Iluminao e solar
Reflexo da radiao solar directa do exterior e interior
dos envidraados
X X
Contabilizao dos ganhos solares atravs dos estores em
funo da transmitncia do solo e do cu
X X
Contabilizao dos ganhos solares e iluminao natural
devidos s reflexes provenientes de edifcios e obstcu-
los circundantes
X X X
Transmitncia da superfcie do sombreador X P X
Sombreamento com horrios X P X X
Controlo dos sombreadores especificado pelo utilizador X P X X
Sombreamento entre vidros X X X X
Envidraados electrocrmicos X X E
Envidraados termocrmicos X E
Compatibilidade com o WINDOW 5
37
X X X
Modelo de Cu:
Isotrpico X X
Anisotrpico X X
Iluminao natural e controlo:
Iluminao interior proveniente de janelas e clarabias X X X
Simulao da claridade e controlo X X X
Mapas de iluminncia X X
Dispositivos de iluminao natural X X
Transferncia de calor atravs do solo:
Modelo ASHRAE X
1D X P X
2 ou 3D R X
Sistemas Fotovolticos X X E
Infiltrao, Ventilao, escoamentos interiores e multizona
Clculo automtico dos coeficientes de presso do vento P
Ventilao Natural X X C
Ventilao Mecnica e Hbrida I C
Janelas com abertura controlvel, para ventilao natural X X C
37
Software desenvolvido pelo Lawrence Berkeley National Laboratory (LBNL) que permite determinar as propriedades trmicas e pticas de
um envidraado ou janela.
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
95/291
ESP-r VisualDOE EnergyPlus TRNSYS
Escoamentos Multizona X X C
Ventilao por deslocamento X X C
CFD E
Anlise de Poluentes R C
Energias Renovveis
Colectores solares:
Placa plana envidraada X X X
Placa plana no envidraada X X
Tubo de sada X
Colectores de concentrao de elevada temperatura X
Sistemas solares configurados pelo utilizador X
Sistemas de armazenamento X
Sistemas de hidrognio X X
Energia elica X X
Sistemas AVAC
Componentes de AVAC separados X X X
Sistemas de AVAC ideais X X X
Sistemas de AVAC configurados pelo utilizador X X X
Circuitos de ar X X X
Circuitos de fluidos X X X
Sistemas de distribuio de ar X X X
Ventilao de acordo com as necessidades (DCV):
Taxa de ventilao por ocupante e rea de pavimento X X
Ventilao de acordo com horrios pr definidos X X X
Modelao de CO
2
:
Transporte de CO
2
em ventilao natural ou mecnica e
concentrao por zona
X C
DCV baseada nos nveis de CO
2
X C
Dimensionamento automtico de sistemas de AVAC X X P
Dados Climticos
Disponveis com o programa X X X
Com possibilidade de importao X X X
Ficheiros de dados lidos pelo programa:
Formato especificado pelo utilizador X X
EnergyPlus/ESP-r X X X
Ano meteorolgico tpico
38
(TMY) X X X X
Dados Climticos Internacionais para clculos energti-
cos
39
(IWEC)
X X
Ano Meteorolgico tipo 2 (TMY2) X X X X
Apresentao de resultados
Relatrios definidos pelo utilizador X X X
Formato definido pelo utilizador:
Valores separados por vrgulas X X
Texto X X X
WORD
Valores separados por tabulaes X X X
HTML P X
Grfico X X
Estatstico X X
Visualizao durante a simulao X X
Contadores:
Utilizao da energia X X X X
Carga mxima X X X X
Consumo por tipo de energia P X X X
Validao
Annex 1 IEA ECBCS X X
Annex 4 IEA ECBCS X X
Annex 10 IEA ECBCS X X
38
em ingles: Typical Meteorological Year
39
International Weather for Energy Calculations
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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96/291
ESP-r VisualDOE EnergyPlus TRNSYS
Task 8 IEA SHC X X
Task 12 IEA SHC:
BESTEST Envolvente X X X X
Emprico X X
Tarefa 22 IEA SHC:
BESTEST HVAC Volume 1 X X X X
BESTEST HVAC Volume 2 X X X X
Furnace BESTEST X X
RADTEST X X X
HERS BESTEST X
ASHRAE 1052-RP X X
BEPAC testes de conduo X X
BRE/EDF projecto de validao X
PASSYS X
CIBSE TM33 X
ISO 13791 X
Legenda:
C Disponvel atravs da integrao do COMIS no TRNSYS
E Existente no software mas exige um grande domnio da ferramenta por parte do utilizador
I Requer dados de entrada que podem ser difceis de encontrar
P Parcialmente implementado no software
R Caracterstica opcional e direccionada para a investigao
X Implementado e testado com documentao disponvel e exemplos
Atendendo ao carcter flexvel e modular do TRNSYS, s suas capacidades na simulao
trmica de edifcios, especificamente no que respeita anlise da envolvente e solar, e tam-
bm s potencialidades que apresenta na simulao de sistemas de ventilao e controlo dos
mesmos, esta a ferramenta apropriada ao estudo que se pretende efectuar neste trabalho.
Tem ainda a vantagem, evidente, de comparativamente ao EnergyPlus, software que se lhe
equipara, ser um software mais antigo e por essa razo, mais desenvolvido, com menos bugs e
com uma documentao e base de apoio mais consistente e vasta.
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
97/291
4.2. Dados Climticos
Para uma utilizao correcta dos programas de simulao detalhada fundamental o conhe-
cimento dos dados climticos da zona de implantao do edifcio. Esta uma tarefa difcil
mas que, nos ltimos anos, foi facilitada pelo aparecimento de programas de gerao de sries
de dados sintticos, que apresentam como vantagem evidente a possibilidade de aceder a
informao climtica de diversas localizaes com rapidez e baixo custo [29].
4.2.1. Caracterizao geral do clima em Portugal
H duas caractersticas importantes no clima portugus: a influncia Atlntica e a influncia
Mediterrnea. Durante o dia, no Inverno, a temperatura mdia de cerca de 16 C e o perodo
de insolao ronda as 6 horas dirias. Durante a Primavera a temperatura sobe gradualmente e
as temperaturas mdias dirias so de 22 C com, aproximadamente, 10 horas de sol. Durante
o Vero as temperaturas so em mdia de 25 C e o perodo de insolao de 12 horas. A
regio Norte de Portugal fortemente influenciada pelos ventos atlnticos enquanto que no
Sul e Este o anticiclone subtropical predominante, o que faz com que, ocasionalmente, as
temperaturas subam aos 40 C durante o Vero.
O zoneamento do territrio utilizado nesta dissertao, ser baseado nas informaes climti-
cas das diferentes regies do pas e com base na regulamentao existente. De acordo com o
RCCTE [20], Portugal est dividido em trs zonas climticas de Inverno (I
1
, I
2
e I
3
) e trs
zonas de Vero (V
1
, V
2
, V
3
). A delimitao destas zonas apresenta-se na figura 4-14 e na
figura 4-15. As zonas de Vero esto divididas em regio Norte e a regio Sul. A regio Sul
abrange toda a rea a sul do rio Tejo e ainda os seguintes concelhos dos distritos de Lisboa e
Santarm: Lisboa, Oeiras, Cascais, Amadora, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira, Azam-
buja, Cartaxo e Santarm.
A anlise ser efectuada para cada uma as zonas climticas sendo as localizaes escolhidas
as seguintes:
I
1
V
2
Lisboa
I
1
V
3
- vora
I
2
V
1
- Porto
I
2
V
3
Castelo Branco
I
3
V
1
Penhas Douradas
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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98/291
I
3
V
2
Bragana
Esta seleco baseou-se nos dados climticos disponveis, e sem os quais no seria possvel
efectuar as simulaes, razo pela qual no se consideraram, neste estudo, as zonas climticas
I1V1, I2V2 e I3V3, para as quais no foi possvel encontrar dados climticos completos e fi-
veis, apesar de se ter contactado o INETI
40
no sentido de este fornecer a informao em falta,
infelizmente, sem sucesso. A anlise detalhada dos dados climticos que sero utilizados ser
feita mais adiante.
Figura 4-14 - Zonas climticas de Inverno
Figura 4-15 - Zonas climticas de Vero
4.2.2. Diviso climtica da Europa
Ao longo dos tempos foram feitas diversas tentativas de classificar o clima do planeta em
diferentes regies climticas. Uma das mais notveis foi a classificao de Aristteles que
dividia o planeta em 3 zonas: a temperada, a trrida e a frgida. No entanto, a diviso climti-
ca que prevalece at aos nossos dias da responsabilidade do climatologista Wladimir Kop-
pen que, no incio do sculo XX criou diversas categorias climticas [30], baseadas nas
mdias anuais e mensais de precipitao e temperatura.
O zoneamento climtico inicialmente proposto por Koppen sofreu actualizaes e modifica-
es por parte do prprio e, posteriormente, por diversos gegrafos.
A actual classificao de Koppen reconhece seis zonas climticas principais, cada uma delas
designada por uma letra maiscula, existindo ainda 24 subcategorias representadas por letras
40
INETI Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovao
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99/291
minsculas e dependentes da temperatura e da precipitao [31].
Por exemplo, Faro pertence, segundo Koppen, zona Cfa. A letra C representa um clima
ameno e hmido, o f, vem da palavra alem feucht ou humidade e o a indica que a temperatu-
ra mdia do ms mais quente superior a 22 C. Ou seja, analisando a tabela 4-2 sabe-se que
Faro tem um clima ameno e hmido, sem estao seca e que no Vero tem temperaturas ele-
vadas.
Tabela 4-2 - Classificao de Koppen - Categorias
Categorias principais Subcategorias
A
Clima tropical
Precipitao abundante que excede a evaporao
Temperaturas mdias mensais superiores a 18 C
f: precipitao media mensal superior a 60 mm
m: estao seca muito curta compensada por preci-
pitao abundante no resto do tempo
w: estao seca bem definida
B
Tropical seco de baixas e mdias latitudes
Evaporao excede a precipitao
w: rido
s: semirido
h: temperatura mdia anual superior a 18C
k: temperatura mdia anual inferior a 18C
C
Clima tropical hmido das latitudes mdias
Temperatura media mensal do ms mais frio entre - 3 e
18 C
Pelo menos um ms no ano com temperatura mdia supe-
rior a 10 C
s: vero seco
w: inverno seco
f: sem estao seca
a: vero quente
b: vero ameno e longo
c: vero curto e frio
D
Clima continental hmido de latitudes mdias
Os invernos so frios, com temperaturas mdias mensais
inferiores a 3 C
A temperatura mdia do ms mais quente superior a
10 C
s: vero seco
w: inverno seco
f: sem estao seca
a: vero quente
b: vero ameno e longo
c: vero curto e frio
d: inverno extremamente frio
E
Clima polar
As temperaturas mdias mensais so inferiores a 10 C
t: tundra
f: polar
H
Clima das terras altas
A temperatura pode diminuir 2 C por cada 305 m de
aumento na altitude
A Clima tropical hmido
As zonas com este tipo de clima localizam-se numa banda de 15 a 25 de latitude a Norte e
Sul do equador. As temperaturas mdias mensais so superiores a 18 C e a precipitao anual
excede os 1500 mm.
Koppen definiu trs subcategorias em funo da precipitao:
Af tambm designado por clima tropical hmido. Chove durante todo o ano e as temperatu-
ras mdias mensais no diferem mais de 3 C.
Am o clima tropical de mono. A precipitao anual prxima da registada em Af, e no
se verifica durante todo o ano, mas apenas durante os 7 a 9 meses mais quentes.
Aw a savana, com perodos de seca durante o Inverno e precipitao inferior a 1000 mm
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100/291
durante a estao hmida.
B Clima tropical seco
possvel encontrar estas regies climticas numa banda compreendida entre 20 e 25 de
latitude a Norte e a Sul do equador e ainda em regies continentais das latitudes mdias, habi-
tualmente rodeadas de montanhas.
As subcategorias deste clima incluem:
Bw Deserto (seco e rido); cobre cerca de 12 % da superfcie do planeta; A precipitao
inexistente.
Bs Estepe (seco e semirido); presente em cerca de 14 % do planeta.
C Clima subtropical hmido
Neste clima, geralmente, os Invernos so amenos e os Veres quentes e hmidos. Estende-se
na rea compreendida entre 30 e 50 de latitude, em relao ao equador, principalmente nas
zonas laterais Este e Oeste dos continentes.
Existem trs subclasses:
Cfa subtropical hmido; os veres so quentes e hmidos com tempestades frequentes. Os
Invernos so amenos ocorrendo precipitao;
Cs - mediterrneo; a precipitao ocorre, maioritariamente durante o Inverno e o Vero pode
estender-se por perodos de 5 meses;
Cfb martimo; tm Veres curtos e secos e Invernos amenos e chuvosos.
D Clima continental hmido de latitudes mdias
Os climas continentais tm Veres frescos e Invernos frios.
A temperatura mdia do ms mais quente superior a 10 C e do ms mais frio no atinge os -
3 C. Os Invernos so severos com tempestades de neve, ventos fortes e frio intenso prove-
niente das massas de ar polares.
Existem, tal como no caso anterior, trs subcategorias:
Dw Invernos secos;
Ds Veres secos;
Df todas as estaes hmidas.
E Climas polares
Os climas polares tm temperaturas mdias mensais sempre inferiores a 10 C.
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
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101/291
As duas subcategorias existentes so:
ET Tundra polar; o solo est permanentemente gelado at centenas de metros de profundi-
dade;
EF Polar; a superfcie est permanentemente coberta de gelo e neve.
H Clima das Terras Altas
Este tipo de clima pode ser encontrado em qualquer das zonas do planeta j referidas, uma vez
que fortemente dependente da altitude, ocorrendo em locais onde a diminuio da tempera-
tura de 2 C por cada 305 m de altitude.
De acordo com a classificao Koppen [31] (figura 4-16), na Europa existe uma grande varie-
dade de climas, vindo este facto dificultar a escolha das zonas climticas que sero utilizadas
nas simulaes que se efectuaro no mbito desta dissertao. Analisando as bases de dados
climticos existentes conclui-se que existem, para a Europa, cerca de 200 localizaes dispo-
nveis, dividindo-se elas por 9 zonas climticas de Koppen, sendo a maioria delas pertencen-
tes categoria C, ou seja clima subtropical hmido.
Figura 4-16 - Mapa representativo da classificao de Koppen
Como facilmente se conclui, invivel utilizar todas estas localizaes no presente trabalho,
razo pela qual necessrio definir um critrio de escolha, que reduza o volume de localiza-
es disponveis e que permita, em tempo til, caracterizar em termos climticos, as diferen-
tes zonas da Europa. Surgiram duas opes:
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
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102/291
1. Para cada clima construir um ficheiro de dados climticos com os valores mdios de cada
parmetro para cada localizao
Esta opo revelou-se ineficiente, fundamentalmente em termos de velocidade e direco do
vento e radiao solar. Uma vez que o vento um parmetro muito aleatrio e varivel, e ain-
da porque existe uma grande variao de latitudes nas localizaes pertencentes a uma mesma
categoria de Koppen, o que implicar, necessariamente, uma grande diferena nos dados cli-
mticos para zonas extremas da categoria. Por exemplo, ao clima Cfb pertence Bragana (Por-
tugal), a uma latitude de 41,47 N, e Bergen (Noruega) situado a 60,17 N. Por anlise da
figura 4-17 figura 4-19 verifica-se a grande discrepncia que ocorre nos dados climticos
nomeadamente ao nvel da temperatura de bolbo seco e radiao solar total.
-6
-2
2
6
10
14
18
22
26
30
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
T
e
m
p
e
r
a
t
u
r
a
m
d
i
a
d
i
r
i
a
[
C
]
Bragana Bergen
Figura 4-17 - Temperatura media diria [C]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
a
l
,
m
d
i
a
[
k
J
/
h
]
Bragana Bergen
Figura 4-18 - Radiao Solar Total Horizontal Valo-
res mdios dirios
0
200
400
600
800
1000
1200
0 4 8
1
2
1
6
2
0
2
4
2
8
3
2
3
6
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura 4-19 - Nmero de horas e probabilidade de ocorrncia de temperatura exterior - Bragana
(esquerda) e Bergen (direita)
2. Utilizar uma ou duas localizaes por pas
O facto de existirem pases que tm diversas zonas climticas a escolha de localizaes espe-
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Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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103/291
cficas implica a no completa caracterizao das zonas do pas em questo, por razes de
simplificao. No entanto, a escolha das localizaes basear-se- em dois critrios:
- escolha de duas localizaes pertencentes a duas classificaes de Koppen distintas, nos
casos em que este critrio se aplica;
- nos restantes casos escolher-se-o localizaes com a maior diferena de latitudes possvel.
Das duas propostas anteriores, optou-se por utilizar a segunda, ou seja, duas localizaes em
cada pas, tendo-se escolhido 6 pases europeus. A lista dos pases seleccionados e respectivas
localizaes encontram-se na tabela 4-3, tendo a sua seleco sido baseada nos pases que
foram considerados no projecto RESHYVENT
41
[32] e utilizando a filosofia do projecto
europeu AUDITAC
42
.
Tabela 4-3 - Pases e localizaes seleccionados para as simulaes
Pas Localizao
Classificao
de Koppen
Latitude
[N]
Longitude
[W]
Altitude
[m]
Bruxelas Cfb 50,54 4,31 58
Blgica
Saint Hubert Dfb 50,1 5,24 557
Nice Cfa 43,39 7,11 10
Frana
Paris Cfb 48,43 2,24 96
Amsterdo Cfb 52,17 4,46 2
Holanda
Groningen Cfb 53,7 6,34 4
Jan_Mayen Dfc 70,56 8,4 10
Noruega
Bergen Cfb 60,17 5,13 50
Estocolmo Dfb 59,39 17,57 61
Sucia
Gotemburgo Dfb 57,4 12,18 169
Londres Cfb 51,9 0,1 62
Reino Unido
Aberdeen Cfb 57,12 2,13 65
Na figura 4-20 apresenta-se um mapa da Europa Ocidental com os pases que sero conside-
rados para as simulaes a desenvolver no mbito deste estudo.
41
RESHYVENT - Cluster Project on Demand Controlled Hybrid Ventilation in Residential Buildings with Specific Emphasis on the Inte-
gration of Renewable.
42
AUDITAC - Field benchmarking and Market development for Audit methods in Air Conditioning
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104/291
S
u
c
i
a
Portugal
Blgica
Holanda
Frana
N
o
r
u
e
g
a
Reino Unido
S
u
c
i
a
Portugal
Blgica
Holanda
Frana
N
o
r
u
e
g
a
Reino Unido
Figura 4-20 - Mapa da Europa com os pases seleccionados para as simulaes
4.2.3. Anlise dos dados climticos
Os dados climticos podem assumir formatos distintos e fontes diversas, desde medies efec-
tuadas no local ou zona prxima at dados gerados utilizando softwares apropriados e com
base em clculos estatsticos. A situao ideal ser sempre a primeira, na qual as informaes
climticas so medidas mas, trata-se de uma opo complexa, uma vez que seria necessrio
que no local de implantao do edifcio existisse uma estao meteorolgica, que medisse
todas as variveis necessrias simulao durante um perodo representativo do clima do
local, ou seja, vrios anos. A nica situao em que existem medies durante perodos de
tempo alargados corresponde s medies efectuadas pelos institutos de meteorologia, mas
esta informao no facilmente disponibilizada e as estaes meteorolgicas encontram-se
distanciadas dos centros urbanos, pelo que nem sempre correspondem realidade do local
onde se encontra o edifcio.
Face dificuldade de se obterem dados reais foi necessrio recorrer a bases de dados e pro-
gramas de gerao de dados.
Uma das bases de dados climticos que poder ser utilizada proveniente do EnergyPlus [33],
e fornece a informao, no formato EPW, sendo que, no caso portugus, os dados provm do:
IWEC
43
ficheiros de dados climticos resultantes de um projecto desenvolvido pela ASH-
43
International Weather for Energy Calculations
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105/291
RAE e que se baseou nas informaes climticas existentes no Centro Nacional de dados
Climticos dos Estados Unidos da Amrica
44
. Estes ficheiros so apropriados para a simula-
o energtica de edifcios, e baseiam-se em medies horrias efectuadas durante dezoito
anos para todos os parmetros, excepto a radiao solar que estimada em funo da geome-
tria solar de cada local.
INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovao) estes ficheiros compi-
lam as medies efectuadas pelo Instituto de Meteorologia, aproximadamente, durante trinta
anos.
Uma vez que no existem dados climticos disponveis para todas as localizaes para as
quais se pretende efectuar simulaes, poder ser utilizada uma segunda base de dados que
disponibiliza os ficheiros com a informao climtica no formato TMY2
45
. O METEONORM
v5.013 [34] um software que incorpora uma base de dados climticos, provenientes de cerca
de 7400 estaes climticas em todo o mundo, e um gerador de dados climticos sintticos.
Permitindo ainda fazer o clculo detalhado da radiao solar incidente numa superfcie, em
qualquer local do mundo.
Os dados climticos das duas bases de dados para uma mesma localizao, em consequncia
das diferentes provenincias, so diferentes e os valores horrios de cada parmetro podem
estar mais ou menos prximos da realidade. Para avaliar essa proximidade, utilizar-se- a
informao disponvel no RCCTE [20], onde feita uma caracterizao de cada localizao
com base na durao da estao de aquecimento, no nmero de Graus - Dias de aquecimento
e na amplitude trmica diria do ms mais quente.
Os Graus Dias de aquecimento (GD), para alm de outras aplicaes, so usados na estima-
tiva das necessidades de aquecimento dos edifcios e na previso dos consumos das instala-
es de aquecimento correspondentes. O Regulamento das Caractersticas de Comportamento
Trmico dos Edifcios [20] preconiza a utilizao do nmero de Graus - Dias de aquecimento
para a temperatura de base de 20 C.
Para o clculo dos Graus - Dias de aquecimento utiliza-se a expresso (23) e, por conveno,
GD zero sempre que a temperatura exterior superior temperatura de base.
=
24
1
24
j
j b
T T
GD
(23)
sendo,
44
U S National Climatic Data Center
45
TMY2: Typical Meteorological Year
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106/291
GD Graus Dias de aquecimento [C.dia]
T
b
temperatura de base [C]
T
j
temperatura de bolbo seco do ar exterior (valor horrio) [C]
Por outro lado, o clculo dos Graus Dias de aquecimento efectuado para o perodo corres-
pondente estao convencional de aquecimento, ou seja, a poca do ano com incio no pri-
meiro decndio posterior a 1 de Outubro em que a temperatura mdia diria inferior a 15 C,
e com termo no ltimo decndio anterior a 31 de Maio, em que a referida temperatura ainda
inferior a 15 C.
A amplitude trmica diria o valor mdio das diferenas registadas entre os valores mxi-
mos e mnimos das temperaturas dirias do ms mais quente.
Na tabela 4-4 e na figura 4-21 apresentam-se os valores dos parmetros apresentados, prove-
nientes do RCCTE [20] e os obtidos utilizando os ficheiros do EnergyPlus (E+) [33] e do
METEONORM (MET) [34], para cada um dos parmetros anteriores. A concluso que se
retira que os dados dos ficheiros climticos provenientes do METEONORM do origem a
valores mais prximos da realidade, apesar de apresentar alguns desvios, mais ou menos acen-
tuados, como o caso do nmero de Graus Dias de aquecimento em Castelo Branco onde
existe um acrscimo de 23 % relativamente aos dados do regulamento (RCCTE). Sero, por-
tanto os dados provenientes do METEONORM que sero utilizados nas simulaes a efec-
tuar.
Tabela 4-4 - Comparao entre valores obtidos dos ficheiros de dados climticos E+ e METEONORM e
informao proveniente do RCCTE
Durao da Estao
de Aquecimento
Nmero de Graus Dias
[C.dia]
Amplitude trmica
diria do ms mais quen-
te
[C]
Localizaes
Zona
Climtica
RCCTE E+ MET RCCTE E+ MET RCCTE E+ MET
Bragana I
3
V
2
8 7.6 7.6 2850 2679 2766 15 14,00 14,00
Castelo
Branco
I
2
V
3
6.7 - 7 1650 - 2037 15 - 13,35
vora I
1
V
3
7 6.6 6.3 1390 1684 1665 17 12,71 16,03
Lisboa I
1
V
2
5.3 6.3 6 1190 1448 1276 11 13,61 9,55
Penhas
Douradas
I
3
V
1
8 - 8 3000 - 3491 12 - 14,18
Porto I
2
V
1
6.7 7.6 7 1610 1870 1830 9 8,40 9,25
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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q
u
e
c
i
m
e
n
t
o
Bragana Castel o Branco vora Li sboa Penhas Douradas Porto
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
N
m
e
r
o
d
e
G
r
a
u
s
-
D
i
a
[
C
.
d
i
a
]
Bragana Castel o Branco vora Li sboa Penhas Douradas Porto
0
5
10
15
20
A
m
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e
T
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M
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D
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o
M
s
m
a
i
s
q
u
e
n
t
e
[
C
]
Bragana Castel o Branco vora Li sboa Penhas Douradas Porto
RCCTE EnergyPl us METEONORM
Figura 4-21 - Valores baseados nos ficheiros de dados climticos E+ e METEONORM e informao pro-
veniente do RCCTE
Uma vez que os dados climticos provenientes do METEONORM [34] se encontram mais
prximos dos existentes no RCCTE e ainda pelo facto de, nesta base de dados, existirem
ficheiros para um maior nmero de localizaes, a informao climtica a utilizar nas simula-
es ser a proveniente deste software.
Dever no entanto referir-se que no existe, no RCCTE qualquer informao relativamente
intensidade do vento e sua direco predominante para cada localizao. Sendo este um
parmetro muito importante no comportamento de um sistema de ventilao natural e/ou
hbrido, podero os valores utilizados para estes dois parmetros no ser os mais correctos
para algumas localizaes, no entanto, e de acordo com Ferreira [35], os valores fornecidos
para as direces do vento no ficheiros do IWEC encontram-se prximos dos que so indica-
dos no Atlas Europeu dos Ventos, razo pela qual se podero considerar que os dados relati-
vos direco do vento so credveis.
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
108/291
Anlise detalhada dos dados climticos
Como j se referiu anteriormente, e de acordo com o RCCTE, a estao convencional de
aquecimento corresponde ao perodo do ano com incio no primeiro decndio posterior a 1 de
Outubro em que, para cada localidade, a temperatura mdia diria inferior a 15 C e com
termo no ltimo decndio anterior a 31 de Maio em que a referida temperatura ainda infe-
rior a 15 C [20]. Este ser o mtodo de clculo aplicado nas zonas climticas portuguesas.
Para os restantes pases da Europa, a determinao do perodo de aquecimento utilizar o
mesmo mtodo de clculo, deixando, no entanto, de ser restrito ao perodo compreendido
entre 1 de Outubro e 31 de Maio, como exigido pela regulamentao portuguesa.
Na tabela 4-5 apresentam-se os perodos correspondentes estao convencional de aqueci-
mento para cada localizao e com base nos ficheiros de dados climticos provenientes do
METEONORM [34]
Tabela 4-5 - Estao convecional de aquecimento calculada com base nos dados climticos do
METEONORM
Localizao Perodo de Aquecimento
Aberdeen 1 de Janeiro a 31 de Dezembro
Amsterdo 1 de Outubro a 20 de Maio
Bergen 21 de Agosto a 20 de Julho
Bragana 1 de Outubro a 20 de Maio
Bruxelas 10 de Setembro a 10 de Junho
Castelo Branco 21 de Outubro a 20 de Maio
Estocolmo 1 de Setembro a 20 de Junho
vora 1 de Novembro a 10 de Maio
Gotemburgo 1 de Setembro a 10 de Junho
Groningen 1 de Setembro a 20 de Julho
Lisboa 1 de Novembro a 30 de Abril
Londres 1 de Setembro a 10 de Junho
Nice 1 de Novembro a 30 de Abril
Paris 1 de Outubro a 10 de Junho
Penhas Douradas 1 de Outubro a 31 de Maio
Porto 21 de Outubro a 20 de Maio
Saint Hubert 1 de Setembro a 20 de Junho
Jan-Mayen 1 de Janeiro a 31 de Dezembro
A anlise detalhada dos dados climticos para cada localizao includa no Anexo I, apre-
sentando-se nesta seco, a ttulo exemplificativo alguns dados climticos para o Porto, zona
climtica I
2
V
1
.
Na figura 4-22 e na figura 4-23 apresenta-se, respectivamente, a probabilidade de ocorrncia
da temperatura exterior, o nmero de horas, e a evoluo da temperatura mdia diria durante
o ano, apenas como exemplo.
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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400
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800
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1400
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1
6
2
0
2
4
2
8
3
2
3
6
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura 4-22 N de horas e probabilidade de
ocorrncia de temperatura exterior no Porto
0
5
10
15
20
25
30
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
T
e
m
p
e
r
a
t
u
r
a
[
C
]
Figura 4-23 - Temperatura mdia diria no Porto
Um dos factores mais importantes, em termos de dados climticos, quando se est a tratar de
ventilao natural ou hbrida, o vento e a sua aleatoriedade. portanto, da mxima impor-
tncia conhecer, no s a sua velocidade como tambm a direco predominante. Nas figuras
que se seguem, feita uma anlise de ocorrncia da velocidade do vento e respectiva direc-
o.
0%
25%
50%
75%
100%
0 5 10 15 20 25
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura 4-24 - Probabilidade e n de horas de ocor-
rncia da velocidade do vento no Porto
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
N
Figura 4-25 - N de horas de ocorrncia da direco
do vento para o Porto
(0 vento de Norte, 90 de Este, 180 de Sul e 270 de
Oeste)
Uma ltima anlise diz respeito temperatura do solo, informao inexistente nos dados cli-
mticos do METEONORM [34]. Para este parmetro, recorrer-se- aos dados provenientes do
EnergyPlus [33] que disponibiliza essa temperatura, sob a forma de um valor mdio mensal,
para uma profundidade de 0,5 m, em solo no perturbado, mas sempre com o inconveniente
de no existirem dados para todas as localizaes necessrias. No entanto, analisando os valo-
res fornecidos pelo EnergyPlus conclui-se que estes se encontram muito prximos da tempe-
ratura mdia mensal do ar, calculada com base nas mdias dirias de cada ms, facto ilustrado
na figura 4-26. Assim sendo, sero estes, os valores utilizados para a temperatura do solo nas
localizaes em que esta informao no esteja disponvel.
CAPTULO 4 Mtodos de Previso e Dados Climticos
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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J
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F
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M
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A
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M
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J
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n
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o
J
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A
g
o
s
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o
S
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t
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m
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o
O
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N
o
v
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m
b
r
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D
e
z
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m
b
r
o
T
e
m
p
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r
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o
s
o
l
o
[
C
]
EnergyPl us Mdia mensal
Figura 4-26 - Temperatura do solo, para o Porto, a uma profundidade de 0,5 m
CAPTULO 5 Caracterizao dos Edifcios
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
111/291
5. Caracterizao dos edifcios
Os sistemas de ventilao que se pretende estudar sero implementados em dois edifcios
genricos, semelhantes aos tipicamente encontrados na Europa e baseados nos edifcios
utilizados no decorrer do projecto RESHYVENT [36]. O primeiro edifcio umahabita-
o unifamiliar: uma vivenda, com a fachada principal orientada a Sul e com trs pisos.
O segundo edifcio multifamiliar: um prdio de apartamentos com quatro pisos e duas
fraces autnomas em cada um. Deste ltimo edifcio ser feita a anlise de trs apar-
tamentos, um no rs-do-cho, outro no ltimo pisos e, por fim, um apartamento de um
dos pisos intermdios do edifcio.
5.1. Habitao unifamiliar
Para o estudo foi utilizado um edifcio de referncia com tipologia unifamiliar (figura 5-1 e
figura 5-2) cuja planta se encontra representada na figura 5-3. constitudo por trs pisos e a
orientao da fachada principal (sala), Sul. O terceiro piso corresponde ao sto do edifcio
sendo a inclinao das vertentes do telhado 45. Este edifcio ser utilizado em todas as locali-
zaes, conservando as caractersticas geomtricas e havendo apenas alterao na sua envol-
vente.
A vivenda tem quatro quartos e trs casas de banho, uma delas de servio, sendo a rea total
de pavimento, aproximadamente, 120 m
2
, dos quais 75 % so climatizados na estao de
aquecimento.
Figura 5-1 - Habitao Unifamiliar, fachada Norte
Figura 5-2 - Habitao Unifamiliar, fachada Sul
CAPTULO 5 Caracterizao dos Edifcios
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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,
5
m
2
m
1
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2
m
1
,
5
m
2
m
2
,
5
m
4
,
5
m
3
,
5
m
2
m
3
,
5
m
Figura 5-3 - Habitao Unifamiliar: Planta do edifcio
A tabela 5-1 apresenta as reas e volumetrias referentes habitao unifamiliar e na figura 5-4
esquematiza-se a localizao de portas e janelas. As portas, interiores e exterior, tm reas
correspondentes a 2,1 m
2
(2 x 1 m) e as janelas, situadas a 1 m de altura, relativamente laje
de piso, tm reas variveis.
Tabela 5-1 - Habitao Unifamiliar: Dimenses das diferentes zonas da habitao e respectivas reas de
envidraados
rea til
[m
2
]
Volume
[m
3
]
rea de envidraados
[m
2
]
Sala 25,5 63,75 2,5
Cozinha 8,75 21,88 1
WC de Servio 3,75 9,38 -
Entrada 6,75 16,88 -
Quarto 1 10 25,00 1
Quarto 2 10 25,00 1
Quarto 3 10 25,00 1
Casa de Banho 7,5 18,75 1
Hall 6,5 16,25 -
Quarto 4 12,5 28,75 1
Chuveiro 5 11,00 0,5
Hall2 4 10,00 -
Sto 1 14,25 60,00 -
Sto 2 8,25 6,19 -
Sto 3 16,5 12,37 -
CAPTULO 5 Caracterizao dos Edifcios
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
113/291
Figura 5-4 - Habitao Unifamiliar: Perspectiva 3D da habitao
5.1.1. Caracterizao da envolvente
Portugal
No caso portugus, as caractersticas da envolvente do edifcio foram escolhidas de forma a
cumprir os requisitos mnimos de qualidade trmica para a envolvente dos edifcios, impostos
pelo RCCTE. No referido regulamento, so impostos os valores mximos para os coeficientes
de transmisso trmica (U), tal como se apresenta na tabela 5-2.
Tabela 5-2 - Coeficientes de transmisso trmica mximos admissveis de elementos opacos [W/m
2
.C]
I1 I2 I3
Elementos Exteriores
Opacos Verticais 1,8 1,6 1,45
Opacos Horizontais 1,25 1,0 0,9
Elementos Interiores
Opacos Verticais 2,0 2,0 1,9
Opacos Horizontais 1,65 1,3 1,2
Restantes pases da Europa
Para os restantes pases europeus, onde se aplica o estudo, utilizaram-se os elementos da
envolvente tpicos de cada pas, com base na informao recolhida nos projectos RESHY-
VENT [36]e AUDITAC [37].
Nas tabelas seguintes [38-40] [37, 41], descrevem-se as caractersticas de cada um dos ele-
mentos da envolvente para os diferentes pases em estudo. Os materiais constituintes de cada
elemento da envolvente e as respectivas propriedades trmicas so apresentados do interior
para o exterior das zonas.
CAPTULO 5 Caracterizao dos Edifcios
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
114/291
Tabela 5-3 - Portugal: Caractersticas dos materiais dos elementos da envolvente opaca
Material
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
U
[W/m
2
.C]
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Tijolo furado 0,11 0,440 1100 936
PEEP
46
0,02 0,035 32,5 1210
Tijolo furado 0,11 0,440 1100 936
Parede Exterior
Reboco 0,02 1,150 1950 837
0,780
Madeira 0,03 0,150 550 2750
LAC
47
0,13 0,931 1320 965
PEEP 0,04 0,035 32,5 1210
Laje de pavimento exterior
Terra 0,25 0,870 1362 837
0,520
Reboco 0,02 1,150 1950 837
LAC 0,13 0,931 1320 965
PEEP 0,04 0,035 32,5 1210
Cobertura Inclinada
Telha 0,02 0,440 1100 936
0,670
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Tijolo furado 0,11 0,440 1100 936 Parede Interior Tipo 1
Reboco 0,02 1,150 1950 837
2,2
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Tijolo furado 0,11 0,440 1100 936 Parede Interior Tipo 2
48
Azulejo 0,02 0,44 1100 936
2,070
Madeira 0,03 0,150 550 2750
LAC 0,13 0,931 1320 965 Laje de pavimento interior
Reboco 0,02 1,150 1950 837
1,670
Tabela 5-4 - Blgica e Frana: Caractersticas dos materiais dos elementos da envolvente opaca
Material
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
U
[W/m
2
.C]
Tijolo Interior 0,14 0,32 980 1000
PRE
49
0,05 0,045 25 1450
Ar 0,03
Parede Exterior
Tijolo Exterior 0,09 1,09 1600 1000
0,508
Pavimento 0,003 0,81 750 2500
Beto Leve 0,05 0,37 1200 1000
Poliuretano 0,06 0,035 30 1400
Laje de pavimento exterior
Beto 0,15 1,3 2200 1000
0,474
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Ar 0,02
L Mineral 0,10 0,045 25 1450
Ar 0,05
Cobertura Inclinada
Telha 0,02 0,440 1100 936
0,332
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Tijolo 0,14 0,32 980 1000 Parede Interior Tipo 1
Reboco 0,10 0,045 25 1450
1,560
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Painel Interior 0,1 1 2000 840 Parede Interior Tipo 2
Azulejo 0,02 0,44 1100 936
3,0
Pavimento 0,003 0,81 750 2500
Beto Leve 0,05 0,37 1200 1000
Laje de beto 0,13 0,95 1600 1000
Ar 0,05
Laje de pavimento interior
Tecto Falso 0,012 0,15 1300 1000
1,439
46
PEEP - Poliestireno Expandido Extrudido em Placas
47
LAC - Laje aligeirada de cermica
48
Este tipo de elemento utilizado nas casas de banho, cozinhas e WCs
49
PRE Poliestireno Rgido Extrudido
CAPTULO 5 Caracterizao dos Edifcios
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
115/291
Tabela 5-5 - Noruega e Sucia: Caractersticas dos materiais dos elementos da envolvente opaca
Material
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
U
[W/m
2
.C]
Reboco 0,013 0,21 900 1000
L Mineral 0,11 0,046 60 750
Ar 0,02
Parede Exterior
Tijolo 0,1 0,06 1500 840
0,214
Beto 0,15 1,5 2300 830 Laje de pavimento exte-
rior Poliestireno 0,05 0,04 70 1045
0,180
Madeira 0,015 0,013 500 2500
Beto 0,15 1,5 2300 830
Poliestireno 0,05 0,04 70 1045
Cobertura Inclinada
Telha 0,02 0,440 1100 936
0,150
Reboco 0,026 0,21 900 1000
Beto 0,11 1,5 2300 830 Parede Interior Tipo 1
Reboco 0,026 0,21 900 1000
1,820
Reboco 0,026 0,21 900 1000
Beto 0,11 1,5 2300 830 Parede Interior Tipo 2
Azulejo 0,02 0,44 1100 936
2,120
Madeira 0,015 0,13 2500 500 Laje de pavimento inte-
rior Beto 0,2 1,5 2300 830
0,690
Tabela 5-6 - Holanda: Caractersticas dos materiais dos elementos da envolvente opaca
Material
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
U
[W/m
2
.C]
Painel Interior 0,1 1 2000 840
Isolamento 0,09 0,035 25 1470
Ar 0,03
Parede Exterior
Painel Exterior 0,1 1,2 1900 840
0,281
Pavimento 0,05 0,5 1350 840
Beto 0,05 1,7 2400 840 Laje de pavimento exterior
Isolamento 0,12 0,045 25 1470
0,337
Isolamento 0,12 0,045 25 1470
Painis de
Madeira
0,02 0,15 600 1880
Ar 0,02
Cobertura Inclinada
Telha 0,02 0,440 1100 936
0,287
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Painel Interior 0,1 1 2000 840 Parede Interior Tipo 1
Reboco 0,02 1,150 1950 837
3,280
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Painel Interior 0,1 1 2000 840 Parede Interior Tipo 2
Azulejo 0,02 0,44 1100 936
3,0
Madeira 0,03 0,150 550 2750
Beto 0,20 1,9 2500 840 Laje de pavimento interior
Reboco 0,02 1,150 1950 837
1,980
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Tabela 5-7 - Reino Unido: Caractersticas dos materiais dos elementos da envolvente opaca
Material
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
U
[W/m
2
.C]
Reboco
0,013 0,534 1264 889
Blocos
0,1 0,513 1299 827
Isolamento
0,11 0,039 38 1072
Ar
0,05
Parede Exterior
Tijolo
0,105 0,789 1720 837
0,284
Alcatifa
0,006 0,060 183 1740
Argamassa
0,05 0,787 1481 904
Beto Leve
0,15 1,491 2179 864
Laje de pavimento exte-
rior
Terra
0,15 1,106 1878 885
1,755
Isolamento
0,259 0,039 38 1072
Cobertura Inclinada
Reboco
0,012 0,191 704 1359
0,145
Reboco
0.012 0.191 704 1359
Ar
0.05
Blocos
0.1 0.513 1299 827
Ar
0.05
Parede Interior
Reboco
0.012 0.191 704 1359
1,238
Alcatifa
0,006 0,060 183 1740
Argamassa
0,05 0,787 1481 904
Beto Pesado
0,15 1,491 2179 864
Metal ferroso
0,004 44 7870 501
Laje de pavimento inte-
rior
Alcatifa
0,006 0,060 183 1740
1,980
Portas exteriores e interiores
As portas do edifcio so de madeira e foram consideradas iguais para todas as localizaes. A
porta exterior tem 6 cm de espessura e as portas interiores 5 cm, sendo o coeficiente de trans-
misso trmica de 1,75 W/m
2
.C e 1,99 W/m
2
.C, respectivamente.
Envidraados
So utilizados dois tipos de envidraados: duplos e triplos. Em Portugal e no sul de Frana, os
envidraados so de vidro duplo e com caixilharia de alumnio, representando, esta ltima,
15 % da rea total do envidraado. Nos restantes pases, de clima mais severo, os envidraa-
dos so de vidro triplo e com a mesma rea e tipo de caixilharia. As principais caractersticas
destes dois componentes esto indicadas na tabela 5-8.
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Tabela 5-8 - Propriedades dos envidraados
Tipo de janela Triplo Duplo
Nmero de paineis 3 e = 4 mm 2 e = 4 mm
Tipo de gas ar e = 6 mm ar e = 6 mm
Material da caixilharia Alumnio Alumnio
Tipo de vidro Transparente Transparente
Conductividade do vidro [W/m.K] 1 1
Transmissividade solar do vidro 0,624 0,693
Reflectividade solar face exterior 0,168 0,135
Reflectividade solar face interior 0,168 0,135
Transmissividade visvel do vidro 0,744 0,815
Reflectividade visvel face exterior 0,202 0,145
Reflectividade visvel face interior 0,202 0,145
Transmissividade trmica de radiao infravermelha 0,0 0,0
Emissividade de radiao infravermelha face exterior 0,84 0,89
Emissividade de radiao infravermelha face interior 0,84 0,89
Factor solar do envidraado 0,70 0,751
Factor solar do vo envidraado com a proteco interior 0,63 0.63
Factor solar do vo envidraado com a proteco exterior 0,07 0,07
Factor solar do vo envidraado 0,06 0,06
U [W/m
2
.C] 1,8 4,5
Em cada janela existe uma cortina interior, transparente de cor clara e persianas exteriores de
material plstico. Os sombreadores interiores encontram-se 100 % activos durante todo o ano,
com um factor solar de 0,63. Quanto aos dispositivos exteriores de sombreamento, estes
encontram-se totalmente abertos durante a estao de aquecimento, maximizando-se deste
modo o aproveitamento dos ganhos solares. No Vero, os sombreadores encontram-se fecha-
dos, durante o perodo em que os raios solares incidem na fachada em que se encontram insta-
lados.
Aps apresentao detalhada das caractersticas da envolvente, apresenta-se, na tabela 5-9, o
coeficiente global de transferncia de calor (UA) para a habitao unifamiliar, em cada locali-
zao em estudo.
Tabela 5-9 - Habitao Unifamiliar: Valores de UA para cada localizao
Portugal Paris e Blgica Nice Sucia e Noruega Holanda Reino Unido
UA [W/C] 186 116 140 57 75 138
5.1.2. Ganhos Internos
As cargas trmicas geradas no interior do edifcio provm de trs fontes distintas: ocupao,
equipamentos elctricos e iluminao. De referir que estes ganhos so considerados teis
durante o Inverno, uma vez que reduzem o valor das necessidades de aquecimento, enquanto
que no Vero so indesejveis, contribuindo para situaes de sobreaquecimento.
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5.1.2.1. Ocupao
O edifcio habitado por uma famlia com 5 elementos (2 adultos e trs crianas). Na tabela
5-10 [42], encontram-se os perodos em que cada ocupante se encontra no edifcio. A locali-
zao de cada ocupante no interior do edifcio descrita, detalhadamente, no Anexo II.
Tabela 5-10 - Habitao Unifamiliar: Perodo de ocupao do edifcio
Habitante Segunda a Sexta Sbado e Domingo
Homem 0-7 h; 18-24 h 0-10 h; 12-24 h
Mulher 0-8 h; 17-24 h 0-13 h; 15-24 h
Criana (19 anos) 0-8 h; 18-24 h 2-17 h
Criana (16 anos) 0-8 h; 17-24 h 0-15 h; 17-20 h; 23-24 h
Criana (13 anos) 0-8 h; 17-24 h 0-12 h; 15-24 h
Na tabela 5-11e na tabela 5-12 [42] apresentam-se os perodos em que ocorre produo de
vapor de gua, ou seja, horrios e durao de banhos e confeco de refeies.
Tabela 5-11 - Habitao Unifamiliar: Horrio de banhos
Ocupante Segunda a Sexta Sbado e Domingo
Produo de H
2
O
[g/banho]
Casa de Banho
Homem 6.00 - 6.15 9.00 - 9.15
Mulher 6.30 - 6.45 9.30 - 9.45
Criana, 13 anos 7.30 - 7.45 10.00 - 10.15
Criana, 16 anos 7.15 - 7.30 11.00 - 11.15
300
Chuveiro
Criana, 19 anos 7.00 - 7.15 11.45 - 12.00 300
Tabela 5-12 - Habitao Unifamiliar: Horrio de confeco de refeies
Segunda a Sexta Sbado e Domingo
Refeio
Produo de H
2
O [g] Schedule Produo de H
2
O [g] Schedule
50 6.30 - 7.00 100 9.00 - 10.00
Pequeno-almoo
200 7.00 - 8.00 100 10.00 - 11.00
Almoo 0 - 750 11.00 - 12.00
Jantar 1500 17.00 - 18.00 1500 17.00 - 1800
A taxa de produo de CO
2
e o calor sensvel e latente libertado por cada ocupante encontra-
se descrito na tabela 5-13 [42].
Tabela 5-13 - Taxa de produo de CO
2
, H
2
O e calor libertado por ocupante
Produo de H
2
O
[g/(h*p)]
Produo de CO
2
[l/(h*p)]
Ganho Sensvel
[W]
Ganho Latente
[W]
55 18 60 40
5.1.2.2. Equipamentos e iluminao
Os ganhos trmicos incluem qualquer fonte de calor situada no espao, excepto sistemas de
aquecimento. De acordo com o RCCTE [20], os ganhos trmicos mdios por unidade de rea
til de pavimento, para um edifcio do tipo residencial, de 4 W/m
2
, numa base de 24 h/dia,
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todos os dias do ano. Foi este o valor considerado na anlise dos diferentes casos.
5.1.3. Climatizao
O edifcio tem um sistema de aquecimento que garante uma temperatura interior de 20 C em
75 % do edifcio (sala, cozinha, quartos, casa de banho e chuveiro).
No existe qualquer tipo de dispositivo para promover o arrefecimento dos espaos.
5.1.4. Infiltraes
A taxa de renovao de ar devido a infiltraes, assumida para este edifcio, de
1 RPH @ 50 Pa. Esta taxa de infiltraes resulta num caudal equivalente a 16 m
3
/h @1 Pa e,
seguindo a filosofia proposta no Anexo 27 [42], distribudo por todas as zonas, de acordo
com as reas de pavimento, considerando-se que a entrada de ar ocorre a dois nveis distintos:
0,625 m e 1,875 m do pavimento. Na tabela 5-14 [42] apresentam-se os valores dos caudais
de infiltrao por zona, por aplicao do critrio descrito anteriormente e com base na expres-
so (24) e considerando n = 0,78 [42].
n
s
p C m =
.
(24)
sendo,
.
m - caudal de infiltraes [kg/s @ p Pa]
C
s
caudal de infiltraes a 1 Pa [kg/s]
n expoente adimensional
Tabela 5-14 - Habitao Unifamiliar: Caudais de infiltrao de ar em cada zona da habitao unifamiliar
rea [m
2
] Fraco Cs [kg/s@1Pa] Q [m
3
/h@50Pa]
Sala 25,5 0,193 0,001032 21,8
Cozinha 8,75 0,066 0,000354 7,5
WC de Servio 3,75 0,028 0,000152 3,2
Entrada 6,75 0,051 0,000273 5,8
Quarto 1 10 0,076 0,000405 8,6
Quarto 2 10 0,076 0,000405 8,6
Quarto 3 10 0,076 0,000405 8,6
Casa de Banho 7,5 0,057 0,000304 6,4
Hall 6,5 0,049 0,000263 5,6
Quarto 4 12,5 0,095 0,000506 10,7
Chuveiro 5 0,038 0,000202 4,3
Hall2 4 0,030 0,000162 3,4
Sto 1 14,25 0,108 0,000577 12,2
Sto 2 8,25 0,063 0,000334 7,1
Sto 3 16,5 0,125 0,000668 14,1
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5.1.5. Coeficientes de Presso
Os coeficientes de presso (C
p
) em torno do edifcio foram retirados da TN 44 [4]. Neste caso,
assume-se que se trata de um edifcio rodeado de obstrues com aproximadamente metade
da sua altura. O nvel de referncia para a velocidade do vento a altura do edifcio e a rela-
o entre o comprimento e a largura deste de 2:1. Na tabela 5-15 apresentam-se os valores
utilizados para os C
p
s, para as diferentes direces do vento.
Tabela 5-15 - Habitao Unifamiliar: Valores dos coeficientes de presso (Cp)
0 45 90 135 180 225 270 315
Norte 0,25 0,06 -0,35 -0,6 -0,5 -0,6 -0,35 0,06
Sul -0,5 -0,6 -0,35 0,06 0,25 0,06 -0,35 -0,6
Este -0,6 0,2 0,4 0,2 -0,6 -0,5 -0,3 -0,5
Oeste -0,6 -0,5 -0,3 -0,5 -0,6 0,5 0,4 0,2
Vertente a 45 N 0,15 -0,08 -0,4 -0,75 -0,6 -0,75 -0,4 -0,08
Vertente a 45 S -0,6 -0,75 -0,4 -0,08 0,15 -0,08 -0,4 -0,75
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5.2. Habitao multifamiliar
Neste trabalho utilizou-se o edifcio de referncia com tipologia multifamiliar [36] que se
apresenta na figura 5-1 e na figura 5-2. Trata-se de um edifcio de apartamentos, com quatro
pisos e 2 fraces autnomas em cada um. Os apartamentos tm todos a mesma configurao
e cerca de 80 m
2
, sendo o p-direito de cada piso 2,5 m. So constitudos por trs quartos,
uma sala, cozinha e duas casas de banho. Tm duas frentes, encontrando-se a sala orientada a
Sul. De referir ainda a existncia de uma cobertura em desvo ventilado com as vertentes
inclinadas a 30.
Figura 5-5 - Edifcio de habitao multifamiliar,
fachada Sul
Figura 5-6 - Edifcio de habitao multifamiliar,
fachada Norte
Tal como aconteceu com a habitao multifamiliar, as caractersticas geomtricas deste edif-
cio so independentes da sua localizao, ocorrendo, apenas, alteraes na envolvente.
Na figura 5-7 encontra-se representada a planta genrica dos pisos do edifcio. Como j foi
referido. Neste edifcio sero estudados trs apartamentos, na mesma prumada: um no rs-do-
cho, outro num piso intermdio e o outro sob a cobertura.
O posicionamento das janelas e portas em cada piso do edifcio visvel na figura 5-8. As
portas, interiores e exteriores (de cada apartamento para o hall), tm uma rea de 2,1 m
2
(2,1 m x 1 m) e as janelas, com larguras de 2 m, na sala e 1 m, nos restantes compartimentos,
tm 1 m de altura encontrando-se a 1 m do pavimento de cada apartamento.
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Figura 5-7 - Habitao Multifamiliar: Planta de um piso do edifcio (2 apartamentos)
Figura 5-8 - Habitao Multifamiliar: Vista 3D de um piso
As reas e volumetrias referentes a um apartamento encontram-se na tabela 5-16 [36].
Tabela 5-16 - Habitao Multifamiliar: Dimenses das zonas de cada apartamento
rea til
[m
2
]
Volume
[m
3
]
rea de envidraados
[m
2
]
Sala 22,5 56,25 2
Cozinha 8,5 21,25 1
WC de Servio 1,5 3,75 -
Corredor 9 22,5 -
Quarto 1 12,5 31,25 1
Quarto 2 11 27,5 1
Quarto 3 10 25 1
Casa de Banho 5 12,5 -
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5.2.1. Caracterizao da envolvente
A envolvente deste edifcio semelhante utilizada na habitao unifamiliar, pelo que apenas
se relembra, na tabela 5-17 [38] [40] [41] [39], os valores dos coeficientes de transmisso
trmica de cada um dos elementos da envolvente comuns aos dois edifcios. A nica excepo
ser no que diz respeito ao piso da cobertura, no habitvel e em desvo fortemente ventilado.
Na tabela 5-18 [38, 40] [39, 41] apresentam-se os constituintes da cobertura deste edifcio,
assim como, o posicionamento dos diferentes constituintes que feito do interior para o exte-
rior das zonas.
Tabela 5-17 - Coeficiente de transmisso trmica dos elementos da envolvente
Portugal
Frana
Blgica
Sucia
Noruega
Holanda
Reino
Unido
Elemento U [W/m
2
.C]
Parede Exterior 0,78 0,508 0,214 0,281 0,284
Laje de Pavimento Exterior
50
0,52 0,474 0,18 0,337 1,755
Parede interior fraco autno-
ma Tipo 1
2,2 1,56 1,82 3,82 1,238
Parede interior fraco autno-
ma Tipo 2
2,07 3,0 2,12 3,0 1,238
Laje de pavimento interior
51
1,67 1,439 0,69 1,98 2,303
Portas interiores FA 1,99
Portas exteriores do edifcio e FA 1,75
Tabela 5-18 - Caractersticas dos materiais constituintes da cobertura
PORTUGAL
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
Reboco 0,02 1,150 1950 837
LAC 0,13 0,931 1320 965
PEEP 0,04 0,035 32,5 1210
U = 0, 61 W/m
2
.C
FRANA E BLGICA
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
Reboco 0,02 1,150 1950 837
Ar 0,02
L Mine-
ral
0,10 0,045 25 1450
U = 0,392 W/m
2
.C
SUCIA E NORUEGA
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
Madeira 0,015 0,013 500 2500
Beto 0,15 1,5 2300 830
Poliestireno 0,05 0,04 70 1045
U = 0,374 W/m
2
.C
HOLANDA
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
Isolamento 0,12 0,045 25 1470
Painis de
Madeira
0,02 0,15 600 1880
U = 0,337 W/m
2
.C
50
Apenas nos apartamentos do piso 0.
51
Entre as FA dos diferentes pisos.
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Tabela 5-18 - Caractersticas dos materiais constituintes da cobertura (cont.)
REINO UNIDO
e
[m]
[W/m.C]
[kg/m
3
]
c
p
[J/kg.C]
Isolamento
0,259 0,039 38 1072
Reboco
0,012 0,191 704 1359
U = 0,145 W/m
2
.C
No que diz respeito aos envidraados, tal como na habitao unifamiliar, so de vidro duplo
com caixilharia de alumnio que ocupa 15 % da rea de envidraado. O coeficiente de trans-
misso trmica , tal como anteriormente, 4,5 W/m
2
.C, nos envidraados duplos e
1,8 W/m
2
.C nos envidraados triplos. Para ambos os casos, as propriedades fsicas e pticas
so as descritas na tabela 5-8.
O sombreamento destes elementos baseia-se numa cortina interior, transparente de cor clara e
persianas exteriores de material plstico, seguindo a mesma filosofia apresentada na habitao
unifamiliar.
semelhana do que aconteceu para a habitao unifamiliar, na tabela 5-19, apresenta-se o
coeficiente global de transferncia de calor (UA) para a habitao unifamiliar, em cada locali-
zao em estudo.
Tabela 5-19 - Habitao Multifamiliar: Valor do UA do edifcio para cada piso [W/C]
Piso 1 Piso 2 e 3 Piso 4
Portugal 111 70 123
Paris e Blgica 76 39 65
Nice 93 55 81
Sucia e Noruega 37 23 34
Holanda 53 26 49
Reino Unido 165 26 38
5.2.2. Ganhos Internos
5.2.2.1. Ocupao
Em cada apartamento ser considerada a presena de uma famlia com quatro elementos, dois
adultos e duas crianas. Na tabela 5-20 [42], encontram-se os perodos em que cada ocupante
se encontra no edifcio. A localizao de cada ocupante no interior do edifcio descrita, deta-
lhadamente, no Anexo II.
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Tabela 5-20 - Habitao Multifamiliar: Perodo de ocupao do edifcio
Habitante Segunda a Sexta Sbado e Domingo
Homem 0-7 h; 18-24 h 0-10 h; 12-24 h
Mulher 0-8 h; 12-13 h; 17-24 h 0-13 h; 15-24 h
Criana (13 anos) 0-8 h; 17-24 h 0-12 h; 15-24 h
Criana (10 anos) 0-8 h; 17-24 h 0-10 h; 13-24 h
Nas tabelas seguintes encontram-se descritos os horrios e durao de banhos e confeco de
refeies [42].
Tabela 5-21 - Habitao Multifamiliar: Horrio de banhos
Ocupante Segunda a sexta Sbado e Domingo
Produo de H
2
O
[g/banho]
Casa de Banho
Homem 6.00 - 6.15 9.45 10.00
Mulher 6.30 - 6.45 9.30 - 9.45
Criana, 13 anos 7.15 - 7.30 10.00 - 10.15
Criana, 10 anos 7.30 - 7.45 9.00 - 9.15
300
Tabela 5-22 - Habitao Multifamiliar: Horrio de confeco de refeies
Segunda a sexta Sbado e Domingo
Refeio
Produo de H
2
O [g] Schedule Produo de H
2
O [g] Schedule
100 6.30 - 7.00 150 9.00 - 10.00
Pequeno-almoo
100 7.00 - 8.00 50 10.00 - 11.00
Almoo 150 12.00 13.00 0 -
Jantar 1200 17.00 - 18.00 1200 17.00 - 1800
A taxa de produo de CO
2
e o calor sensvel e latente libertado por cada ocupante foram
apresentados anteriormente, e encontram-se na tabela 5-13.
5.2.2.2. Equipamentos e iluminao
Os ganhos internos devidos aos equipamentos e iluminao so os recomendados pelo RCC-
TE [20] e j utilizados no caso da vivenda. Usar-se- um valor de 4 W/m
2
, numa base de
24 h/dia, todos os dias do ano.
5.2.3. Climatizao
No Inverno, cada apartamento tem um sistema de aquecimento que garante uma temperatura
interior de 20 C, sendo toda a fraco climatizada.
No Vero no existe qualquer tipo de dispositivo para promover o arrefecimento dos espaos.
5.2.4. Infiltraes
Tal como no caso da habitao unifamiliar, a taxa de infiltraes considerada de
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1 RPH @ 50 Pa equivalente, neste caso, a 10 m
3
/h @ 1 Pa. A distribuio deste caudal segue,
uma vez mais, as orientaes do Anexo 27 [42], sendo afecto a todas as zonas, de acordo com
as reas de pavimento. Considerando-se que a entrada de ar nos compartimentos ocorre a dois
nveis distintos; isto : 0,625 m e 1,875 m de altura do pavimento.
Na tabela 5-23 apresentam-se os valores dos caudais de infiltrao por zona, resultante da
aplicao do critrio atrs descrito.
Tabela 5-23 - Habitao Multifamiliar: Caudais de infiltrao de ar em cada zona do apartamento
rea [m
2
] Fraco Cs [kg/s@1Pa] Q [m
3
/h@50Pa]
Sala 22,5 0,300 0,000949 20,1
Cozinha 8,5 0,113 0,000359 7,6
WC de Servio 1,5 0,020 0,000063 1,3
Corredor 9 0,120 0,000380 8,0
Quarto 1 12,5 0,167 0,000527 11,1
Quarto 2 11 0,147 0,000464 9,8
Quarto 3 10 0,133 0,000422 8,9
Casa de Banho 0 0,000 0,000000 0,0
5.2.5. Coeficientes de Presso
Os coeficientes de presso (C
p
) em torno do edifcio foram retirados da TN 44 [4], assumin-
do-se que se trata de um edifcio rodeado de obstrues com, aproximadamente, metade da
sua altura. O nvel de referncia para a velocidade do vento a altura do edifcio e a relao
entre o comprimento e a largura deste de 2:1. Na tabela 5-24 apresentam-se os valores utili-
zados para os C
p
s, para as diferentes direces do vento.
Tabela 5-24 - Habitao Multifamiliar: Valores dos coeficientes de presso (Cp)
0 45 90 135 180 225 270 315
Norte 0,340 0,163 -0,233 -0,437 -0,287 -0,430 -0,233 0,163
Sul -0,287 -0,430 -0,233 0,110 0,340 0,163 -0,233 0,110
Este -0,423 -0,437 -0,183 0,163 -0,423 0,110 0,260 -0,430
P
I
S
O
1
Oeste -0,423 0,110 0,260 -0,287 -0,423 -0,437 -0,183 0,163
Norte 0,343 0,160 -0,397 -0,447 -0,303 -0,493 -0,397 0,160
Sul -0,303 -0,493 -0,397 0,037 0,343 0,160 -0,397 0,037
Este -0,613 -0,447 -0,187 0,160 -0,613 0,037 0,297 -0,493
P
I
S
O
2
Oeste -0,613 0,037 0,297 -0,303 -0,613 -0,447 -0,187 0,160
Norte 0,500 0,243 -0,503 -0,380 -0,360 -0,523 -0,503 0,243
Sul -0,360 -0,523 -0,503 0,107 0,500 0,243 -0,503 0,107
Este -0,660 -0,380 -0,190 0,243 -0,660 0,107 0,393 -0,523
P
I
S
O
3
Oeste -0,660 0,107 0,393 -0,360 -0,660 -0,380 -0,190 0,243
Norte 0,633 0,333 -0,563 -0,347 -0,370 -0,513 -0,563 0,333
Sul -0,370 -0,513 -0,563 0,220 0,633 0,333 -0,563 0,220
Este -0,667 -0,347 -0,187 0,333 -0,667 0,220 0,523 -0,513
P
I
S
O
4
Oeste -0,667 0,220 0,523 -0,370 -0,667 -0,347 -0,187 0,333
Vertente a 30 N -0,6 -0,6 -0,55 -0,55 -0,45 -0,55 -0,55 -0,6
Vertente a 30 S -0,45 -0,55 -0,55 -0,6 0,6 -0,6 -0,55 -0,55
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
127/291
6. Sistemas de Ventilao
O objectivo desta dissertao estudar sistemas de ventilao hbrida em edifcios. Neste
captul, descreve-se, detalhadamente, os diferentes sistemas e respectivas estratgias de
controlo. Faz-se referncia aos dispositivos utilizados por cada um dos sistemas, nomea-
damente, grelhas de insuflao, vlvulas e hottes de extraco, condutas e ventiladores.
Na sequncia do trabalho sero apresentados, como referncia, dois sistemas de ventila-
o: um de ventilao natural e outro de extraco mecnica. O primeiro ser de acordo
com a norma NP 1037-1 e o outro, um sistema, tipicamente utilizado, de extraco
mecnica do ar nos compartimentos hmidos.
6.1. Princpios gerais dos diferentes sistemas de ventilao
Na sequncia do presente trabalho sero apresentados, neste captulo, cinco sistemas de venti-
lao, dos quais trs so sistemas de ventilao hbridos e inovativos, e os outros dois siste-
mas tipicamente utilizados nos edifcios portugueses.
6.1.1. Sistemas de ventilao hbridos inovativos
O estudo recai sobre trs sistemas de ventilao hbrida, sistemas estes propostos no decorrer
do projecto europeu RESHYVENT. Os sistemas so baseados em tecnologias de extraco
mecnica e insuflao natural e, de uma forma geral, a diferena entre estes sistemas inovati-
vos reside na estratgia de controlo utilizada e no aproveitamento que cada um faz dos meios
naturais:
Sistema I (SI) [40] Extraco do ar nos compartimentos hmidos, atravs de uma rede
aerlica, com um ventilador associado e insuflao natural atravs de grelhas nas fachadas
dos compartimentos principais. O controlo do sistema baseado na produo de vapor de
gua no interior dos espaos hmidos e na presena de ocupantes no edifcio [40], sendo
comandada por uma Unidade Central de Comando (UCC).
Sistema II (SII) [41] Neste sistema, existe uma rede de condutas associada ao circuito de
extraco e um ventilador nico. Os pontos de extraco localizam-se nas zonas hmidas do
edifcio, ou seja, as zonas onde h produo de vapor de gua. A insuflao de ar exterior faz-
se pelos compartimentos principais atravs de grelhas instaladas nas fachadas do edifcio [41].
Para este sistema de ventilao estudaram-se trs estratgias de controlo de ventilao distin-
tas:
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
128/291
Sistema IIa (SIIa) [41] - O controlo deste sistema de ventilao baseia-se na pr progra-
mao da UCC. Estabelece-se um horrio de ocupao previsto para cada zona do edifcio
e o nmero de ocupantes presentes, funcionando o sistema de ventilao de acordo com
essa programao. Trata-se de um sistema de extraco mecnica e insuflao natural com
um caudal de ar novo igual a 7 l/s por ocupante.
Sistema IIb (SIIb) [41] Sistema semelhante ao anterior variando apenas a estratgia de
controlo. Neste caso, o sistema reage pelo nvel de CO
2
medido na conduta de extraco
principal, onde se encontra instalado um sensor de CO
2
. O caudal de ar insuflado por pes-
soa, varivel entre 1 e 14 l/s.
Sistema IIc (SIIc) [41] Este sistema de ventilao , tal como o SIIb, controlado pela
concentrao de CO
2
. A diferena encontra-se na localizao dos sensores que, neste caso,
so colocados em cada zona habitvel da habitao, ou seja, quartos e sala. Em funo do
valor detectado, a UCC comanda a posio de cada grelha de insuflao, variando, deste
modo, o caudal admitido. A extraco mecnica compensar as necessidades de insufla-
o.
Sistema III (SIII) [39] Este sistema de ventilao utiliza o mesmo princpio dos anterio-
res, ou seja, a extraco do ar viciado feita atravs de vlvulas de extraco instaladas nos
compartimentos hmidos. A extraco mecnica e efectuada apenas um ventilador. A insu-
flao promovida por meios naturais nos quartos e sala, atravs de grelhas colocadas nas
fachadas de cada zona. A depresso criada nos compartimentos hmidos provoca o movimen-
to do ar em todo o edifcio, uma vez que, o ar que entra nas zonas principais, atravessa as
frinchas existentes na parte inferior das portas e alcana a cozinha e casas de banho, sendo
depois exaurido para o exterior. Desta forma, o ar fresco atravessa todo o edifcio antes de
ser rejeitado. O sistema controlado atravs de diversos sensores instalados nos diferentes
compartimentos. Sero colocados sensores de humidade na cozinha, casa de banho e chuvei-
ro, sensores de presena nos quartos e casa de banho de servio e por fim, sensor de movi-
mentos na sala. Utilizando o sinal destes dispositivos, a unidade central de comando (UCC)
avalia as necessidades de insuflao e de extraco [39].
6.1.2. Sistemas de ventilao actuais
Neste estudo incluram-se dois sistemas de ventilao tipicamente utilizados, para se avaliar a
eficcia quer em termos de consumo energtico, quer em termos de QAI destes sistemas face
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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129/291
aos inovativos que so propostos neste trabalho. Assim, e tendo em ateno o que actualmente
se instala, em Portugal, apresentam-se os seguintes sistemas:
Sistema IV (SIV) [38] De acordo com a norma portuguesa NP 1037-1 [17], este sistema
utiliza apenas os recursos naturais. O ar extrado dos compartimentos hmidos atravs de
condutas verticais e insuflado nos compartimentos principais atravs de grelhas nas fachadas.
No existe qualquer tipo de controlo neste sistema, os caudais de projecto so constantes e
permanentes, e totalmente dependentes das condies exteriores.
Sistema V (SV) [38] Este o sistema que, actualmente, se encontra com mais frequncia
nos edifcios portugueses. Utiliza apenas extraco mecnica do ar na cozinha e casas de
banho sendo a entrada do ar garantida pelas aberturas regulveis instaladas nas fachadas dos
compartimentos principais do edifcio.
6.2. Sistemas Inovativos
6.2.1. Estratgias de ventilao
Os sistemas de ventilao hbrida inovativos em anlise so, no que diz respeito ao princpio
de ventilao, muito semelhantes. A extraco do ar interior do edifcio efectua-se nos com-
partimentos hmidos, ou seja, cozinha e casas de banho, de acordo com o esquematizado na
figura 6-1, no caso da habitao unifamiliar e na figura 6-2 para a habitao multifamiliar. A
entrada do ar no edifcio promovida de uma forma natural, por grelhas colocadas nas facha-
das dos compartimentos principais (quartos e sala). O escoamento do ar ocorre devido ao dife-
rencial de presso entre o interior e o exterior do edifcio.
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Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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130/291
Figura 6-1 - Habitao Unifamiliar: Esquema do sistema de extraco mecnica nos sistemas hbridos
Figura 6-2 - Habitao Multifamiliar: Esquema do sistema de extraco mecnica nos sistemas hbridos
do piso 1
52
6.2.2. Dispositivos de ventilao
As diferenas entre os sistemas de ventilao residem no s no tipo de controlo mas tambm
nos dispositivos de ventilao utilizados. Estes sistemas so constitudos por uma srie de
dispositivos que garantem a circulao do ar no interior da vivenda:
52
A configurao do sistema de condutas de extraco igual em todos os pisos da habitao multifamiliar.
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Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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131/291
ventilador;
condutas;
vlvulas de extraco;
grelhas de insuflao.
6.2.2.1. Ventilador
A extraco mecnica do ar do interior da vivenda ou de cada fraco autnoma (FA), no caso
de edifcio de habitao multifamiliar, efectua-se atravs de um nico ventilador axial instala-
do na conduta principal de extraco.
Os ventiladores utilizados nos sistemas I e II so de caudal constante e independente do dife-
rencial de presses, obtendo-se os caudais desejados atravs da alterao da velocidade de
rotao. A potncia do ventilador de 24 W.
No sistema III, utiliza-se um ventilador, proposto por um no projecto RESHYVENT [39], e
que permite obter diferentes caudais de extraco, dependendo da potncia elctrica consumi-
da pelo ventilador, cujo valor pode variar entre 0 e 16 W, de acordo com o que se apresenta na
figura 6-3.
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
m
3
/h
P
a
1 watt 4 watt 16 watt
Figura 6-3 - Sistema III: Curva caracterstica do ventilador para diferentes potncias
O comportamento do ventilador [39], para cada uma das trs potncias de funcionamento
traduzido pelas equaes (25), (26) e (27), nas quais os coeficientes A a C representam os
patamares de caudais e os aa a ss, os coeficientes das equaes e que, por razes de confiden-
cialidade do fabricante no podem ser aqui includos.
P
vent
= 0 W
No caso em que o ventilador se encontra desligado, a resistncia ao escoamento semelhante
de uma conduta circular com 192 mm de dimetro.
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P
vent
= 1 W
cc Q bb Q aa p
h m B Q h m A
vent
=
<
.
.
2
3
.
3
/ /
gg Q ff Q ee Q dd p
h m C Q h m B
vent
+ =
<
.
.
2
.
3
3
.
3
/ /
(25)
P
vent
= 4 W
.
.
2
.
3
.
4
3
.
3
/ / 0
ll Q kk Q jj Q ii Q hh p
h m C Q h m
vent
+ =
<
(26)
P
vent
= 16 W
nn Q mm p
h m B Q h m
vent
=
<
.
3
.
3
/ / 0
ss Q rr Q qq Q pp p
h m C Q h m B
vent
+ =
<
.
.
2
.
3
3
.
3
/ /
(27)
6.2.2.2. Condutas de extraco
Existe uma rede de condutas circulares de extraco, com uma rugosidade de 0,15 mm, que
garante a extraco do ar, de forma natural ou mecnica.
Na tabela 6-1 e na tabela 6-2 apresentam-se as dimenses de cada rama da rede de condutas
de extraco que se encontra representada na figura 6-4 e na figura 6-5, para a habitao uni-
familiar e multifamiliar, respectivamente. O dimensionamento das condutas foi feito admitin-
do p constante e com base na ASHRAE Fundamentals [43].
Deste modo, foi possvel garantir que a perda de carga linear se encontra dentro da gama de 1
a 5 Pa/m. Desta forma, os nveis de rudo so inferiores aos limites mximos impostos e d-se
uma reduo da perda de carga e, consequentemente, da energia associada.
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133/291
Tabela 6-1 - Habitao Unifamiliar: Dimenses das condutas de extraco
Sistema I
Q
[m
3
/h]
[mm]
L
[m]
DS1 70 100 0,4
DS2 70 100 5
DS3 28,8 80 1
DS4 96 125 2,8
DS5 80 100 1
DS6 176 125 2,8
DS7 80 100 1
DS8 256 160 0,4
DS9 256 160 1,6
Sistema II
Q
[m
3
/h]
[mm]
L
[m]
DS1 200 125 0,4
DS2 200 125 5
DS3 25 63 1
DS4 200 125 2,8
DS5 200 125 1
DS6 400 160 2,8
DS7 200 125 1
DS8 600 200 0,4
DS9 600 200 1,6
Sistema III
Q
[m
3
/h]
[mm]
L
[m]
DS1 200 160 0,4
DS2 200 160 5
DS3 200 160 1
DS4 400 192 2,8
DS5 200 160 1
DS6 400 192 2,8
DS7 200 160 1
DS8 400 192 0,4
DS9 400 192 1,6
DS 2
DS 1
DS 3
DS 5
DS 7
DS 8
DS 9
DS 6
DS 4
Cozinha
WCS
Casa de
Banho
Chuveiro
Exterior
Figura 6-4 - Habitao Unifamiliar: Rede de condutas do sistema de extraco
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Tabela 6-2 - Habitao Multifamiliar:
Dimenses das condutas de extraco
Sistema I
Q
[m
3
/h]
[mm]
L
[m]
DS1 105 100 0,4
DS2 105 100 6,0
DS3 70 100 0,8
DS4 70 100 3,5
DS5 175 125 1,0
DS6 30 80 0,4
DS7 205 160 8,7
DS8 205 160 2,1
DS9 205 160 5,9
DS10 205 160 3,1
DS11 205 160 0,3
Sistema II
Q
[m
3
/h]
[mm]
L
[m]
DS1 200 125 0,4
DS2 200 125 6,0
DS3 200 125 0,8
DS4 200 125 3,5
DS5 400 160 1,0
DS6 25 63 0,4
DS7 400 160 8,7
DS8 400 160 2,1
DS9 400 160 5,9
DS10 400 160 3,1
DS11 400 160 0,3
Sistema III
Q
[m
3
/h]
[mm]
L
[m]
DS1 200 160 0,4
DS2 200 160 6,0
DS3 200 160 0,8
DS4 200 160 3,5
DS5 400 192 1,0
DS6 200 160 0,4
DS7 400 192 8,7
DS8 400 192 2,1
DS9 400 192 5,9
DS10 400 192 3,1
DS11 400 192 0,3
DS 9
Cozinha
Exterior
DS 2
DS 1
DS 3
DS 5
DS 7
DS 8
DS 6
DS 4
WCS
Casa de
Banho
Cozinha
DS 2
DS 1
DS 3
DS 5
DS 6
DS 4
WCS
Casa de
Banho
Cozinha
DS 2
DS 1
DS 3
DS 5
DS 6
DS 4
WCS
Casa de
Banho
Cozinha
DS 2
DS 1
DS 3
DS 5
DS 6
DS 4
WCS
Casa de
Banho
DS 10
DS 11
PISO 1
PISO 2
PISO 3
PISO 4
Figura 6-5 - Habitao Mulifamiliar: Rede de condutas do
sistema de extraco da habitao multifamiliar
6.2.2.3. Vlvulas de extraco
Na Casa de Banho, Chuveiro e WC de servio
existem vlvulas de extraco (figura 6-6), atravs
das quais o ar extrado das zonas. Na Cozinha a
ligao rede de condutas feita atravs de uma
hotte de exausto.
Figura 6-6 - Vlvula de extraco das casas
de banho
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Sistema I
As vlvulas de extraco da Casa de banho, WC e Chuveiro tm uma curva caracterstica de
funcionamento que garante um caudal de 25 l/s @10 Pa, enquanto que para a hotte da Cozi-
nha este valor ser 17 l/s @ 13 Pa [40].
Sistema II
Neste segundo sistema, os dispositivos de extraco de ar tero os seguintes pontos de funcio-
namento [41]:
Cozinha 21 l/s @ 5 Pa
Casa de banho e Chuveiro 14 l/s @ 5 Pa
WC de servio 7 l/s @ 5 Pa
Sistema III
As vlvulas de extraco utilizadas no Sistema III, devido a um sistema motorizado passo a
passo, dispem de diversas posies que permitem variar a rea til de passagem do ar [39].
Utilizando a expresso (29) possvel correlacionar o caudal de extraco da vlvula,
valv
Q
.
, e
o diferencial de presso
conduta espao
p p p = .
2 / 1
.
8 , 9
=
p
S Q
i valv
(28)
Na expresso anterior, o caudal expresso em m
3
/h, o diferencial de presso em Pa e S
i
, que
representa a rea til, vem em cm
2
e pode assumir oito valores de S
0
a S
7
, no se apresentando
as reas correspondentes a cada posio por motivos de confidencialidade.
6.2.2.4. Grelhas de insuflao
As grelhas de insuflao so auto-regulveis, o que significa, que a sua abertura regulada,
automaticamente, em funo do gradiente de presso entre o interior e o exterior do edifcio.
Estes dispositivos evitam tambm as exfiltraes, fechando totalmente sempre que se verifica
um diferencial de presses negativo. Estas grelhas so ainda ajustveis, ou seja, tm a possibi-
lidade de ser comandadas pela UCC assumindo diferentes posies, equivalentes a diferentes
reas teis de passagem.
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136/291
Sistema I
Foram instaladas trs tipos de grelhas [40], que garantem um fluxo de ar unidireccional, cujo
comportamento traduzido pelas equaes (29), (30) e (31).
[ ] s l p Q
sala
/ 35 , 7
6 , 0
.
=
(29)
[ ] s l p Q
quarto
/ 20 , 2
7 , 0
1
.
=
(30)
[ ] s l p Q
quarto
/ 10 , 1
7 , 0
4 , 3 , 2
.
=
(31)
Sistema II
Estas grelhas so dimensionadas de modo a que se garanta um caudal de ar de
0,9 l/(s.m
2
) @ 1 Pa, sendo deste modo a capacidade instalada em cada um dos compartimen-
tos principais a apresentada na tabela 6-3.
Tabela 6-3 - Sistema II: Caudal nominal de insuflao
Capacidade instalada [l/s]
Habitao Unifamiliar Habitao Multifamiliar
Sala 11,5 x 2 10x 2
Quarto 1 9 11
Quarto 2 9 9,9
Quarto 3 9 9
Quarto 4 12 -
Cada uma destas grelhas tem quatro posies de funcionamento, determinadas pelo sistema de
controlo. A posio p1, corresponde a uma abertura de 35 %, a posio p2 a 50 % e a posio
p3 e p4 a 75 e 100 %, respectivamente [41]. O caudal de projecto corresponde posio p2.
Sistema III
semelhana do que aconteceu com as vlvulas de extraco, as grelhas de insuflao (figura
6-7) utilizadas neste sistema tm oito posies de funcionamento (S
g
), correspondendo a cada
uma delas uma rea til de passagem. A expresso (32) traduz a relao entre o caudal de ar
que atravessa a grelha de insuflao,
grelha
Q
.
, e o diferencial de presso entre o exterior e o
espao,
espao exterior
p p p = [39].
2 / 1
.
8 , 9
=
p
S Q
g grelha
(32)
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137/291
Figura 6-7 - Sistema III: Grelhas de insuflao auto-regulveis
Estes dispositivos permitem variar os caudais de 5,5 at 44 m
3
/h em funo da seco de pas-
sagem e para p de 3 Pa, existindo 8 posies, de S
0
a S
7
53
.
6.2.3. Transferncia de ar entre zonas
A passagem do ar entre os compartimentos garantida pelas frinchas existentes na parte infe-
rior das portas de ligao. Estima-se que, na porta da Sala, Casa de Banho e Chuveiro a rea
de frinchas seja, aproximadamente, 200 cm
2
e nas restantes portas este valor pode ser reduzi-
do para cerca de metade.
6.2.4. Estratgia de controlo dos sistemas de ventilao inovativos
De uma forma geral, um sistema hbrido combina a extraco mecnica com a insuflao
natural no mesmo edifcio, fazendo ainda uso da extraco natural em determinadas circuns-
tncias. Todo o sistema de controlo baseado no envio e deteco de sinais por uma Unidade
Central de Comando (UCC). Os referidos sinais so enviados por diferentes sensores coloca-
dos em diversos locais do edifcio (sensores de humidade, de CO
2
, de presena, de temperatu-
ra, etc).
6.2.4.1. Sistema I
Todo o sistema de controlo baseado numa Unidade Central de Comando (UCC) que, atravs
da deteco dos sinais enviados por sensores de humidade relativa localizados na Casa de
Banho e Chuveiro, de um sensor de presenas na entrada do edifcio, e de um sensor de tem-
peratura instalado no exterior, comanda a posio das grelhas de insuflao, vlvulas de
53
No se inclui, neste texto, as reas teis de passagem correspondentes a cada posiio, por razes de confidencialidade do fabricante.
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extraco e velocidade do ventilador.
Existem quatro posies de funcionamento dependentes dos sinais enviados pelos referidos
sensores. Se no detectada a presena de ocupantes, o sistema assume uma posio de fun-
cionamento que garante um caudal mnimo de ventilao. Se detectada uma presena dentro
do edifcio, o sistema de controlo faz a verificao do nvel de humidade relativa na Casa de
Banho e Chuveiro e se esta for superior a 75 %, inicia a extraco mxima nestas duas zonas,
efectuando novas leituras da humidade relativa de 15 em 15 minutos.
Existe ainda uma sonda que mede a temperatura exterior e cujo valor, ao ser comparado com
uma temperatura pr estabelecida na UCC, determinar se o ventilador pode ser desligado
passando a extraco a ser natural. Esta ordem s enviada para o ventilador nos perodos
no ocupados.
As posies de ventilao associadas ao controlo so as seguintes:
Posio Ningum em Casa (PNC)
se no existe ocupao, o nvel de ventilao reduzido para um valor mnimo de 36 m
3
/h,
atravs da reduo da velocidade do ventilador. Existe ainda uma funo, associada ao siste-
ma de controlo que garante que, na ausncia de ocupao, sempre que a temperatura exterior
inferior a uma temperatura pr-programada, o ventilador desligado e a extraco do caudal
mnimo ocorre atravs do efeito de chamin.
A temperatura a partir da qual se verifica a extraco natural (T
e
< T
efeito de chamin
), dependen-
te da localizao e ser determinada posteriormente atravs de simulao, de acordo com os
critrios impostos no RESHYVENT [40]. Ou seja, efectuou-se, para cada local, uma simula-
o na qual o sistema de ventilao SI est presente mas, com o ventilador permanentemente
desligado, tendo-se posteriormente determinado qual a temperatura exterior para a qual o cau-
dal extrado por vias naturais de 36 m
3
/h. Os resultados dessas simulaes encontram-se no
Anexo III.
Posio Forada 1 (PF1)
se na Casa de Banho detectada, pelo sensor de humidade, uma humidade relativa superior a
75 %, o ventilador altera a sua velocidade de rotao para o mximo e a extraco feita,
apenas, pela Casa de Banho e pelo Chuveiro;
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Posio Forada 2 (PF2)
54
a partir do momento em que na Casa de Banho a humidade relativa atinge valores normais, se
no Chuveiro ainda permanecerem valores elevados, a vlvula da Casa de Banho fecha e a
extraco feita, apenas, pelo Chuveiro;
Posio Normal (PN)
se detectada a presena de ocupantes no interior do edifcio e PF1 ou PF2 no esto opera-
cionais, o sistema passa para a posio normal. Dentro desta posio existem dois nveis de
ventilao, diurna (PND) (7- 23 h) e nocturna (PNN) (23 7 h), a diferena entre estas duas
posies est no s no caudal de ar que extrado do edifcio como tambm nas posies das
grelhas de insuflao. Durante o dia, a entrada de ar feita, maioritariamente, na Sala enquan-
to que durante a noite efectuada, com maior incidncia nos quartos.
Tabela 6-4 - Sistema I: Caudais de extraco, insuflao e posies dos dispositivos de ventilao
Habitao Unifamiliar Habitao Multifamiliar
PN PN
PNC PF1 PF2
PND PNN
PNC PF1
PND PNN
Cozinha 0 0 68 48 0 68 48
Casa de Banho 128 0 80 54 202 105 79
Chuveiro 128 256 80 54 - - -
Caudal
de extrac-
o
[m
3
/h]
WC de Servio
36
0 0 28 18
36
0 28 18
Sala 145 29 115 29
Quarto 1 45 58 43 58
Quarto 2 22 29 22 29
Quarto 3 22 29
36
No
imposto
22 29
Caudal
de insufla-
o
[m
3
/h]
Quarto 4
36
No
imposto
22 29 - - - -
Sala 100 100 100 100 50 100 100 100 50
Quarto 1 50 50 50 50 100 50 50 50 100
Quarto 2 50 50 50 50 100 50 50 50 100
Quarto 3 50 50 50 50 100 50 50 50 100
Grelhas
de insufla-
o
[% de aber-
tura]
Quarto 4 50 50 50 50 100 - - - -
Cozinha 53 0 0 53 53 39 39 39 39
Casa de Banho 38 100 0 38 38 40 40 40 40
Chuveiro 33 100 100 33 33 - - - -
Vlvulas
de extrac-
o
[% de aber-
tura]
WC de Servio 12 0 0 12 12 7,5 7,5 7,5 7,5
Ventilador
[% da vel.
mxima]
- 15
55
100 100 99 68 18 100 100 71
Na tabela 6-4 apresentam-se os valores dos caudais de extraco, posies das grelhas de
insuflao e vlvulas de extraco e ainda, velocidade do ventilador, para a habitao unifa-
miliar e multifamiliar, respectivamente. Estes valores resultam da informao retirada do pro-
54
No caso da habitao multifamiliar a posio PF2 no aplicvel, uma vez que a zona Chuveiro no existe.
55
Se a temperatura exterior for inferior a uma temperatura pr-programada e varivel de localizao para localizao, o ventilador desliga e a
extraco efectua-se de forma natural.
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140/291
jecto RESHYVENT [40].
Dos caudais apresentados na tabela 6-4, o sistema apenas garante os caudais de extraco,
uma vez que os de insuflao esto dependentes das condies exteriores e podem no ser
atingidos em cada compartimento apesar de, em termos globais do edifcio, existir um equil-
brio entre os caudais de insuflao e os caudais de extraco.
6.2.4.2. Sistema II
Este sistema de ventilao foi estudado utilizando trs estratgias de controlo distintas.
Baseando-se essas estratgias em horrios pr-programados na UCC, na medio de CO
2
e no
comando manual. Apesar de distintas, estas estratgias tm aspectos comuns, nomeadamente:
a UCC verifica a posio das grelhas de insuflao e vlvulas de extraco com intervalos
de tempo de 15 minutos, sendo, essas posies, funo das necessidades de insufla-
o/extraco de ar no edifcio;
dependendo da necessidade (insuflao ou extraco), o caudal ser compensado pelas
grelhas ou pelas vlvulas. As necessidades de insuflao sero sempre compensadas pelas
de extraco e vice-versa, dependendo de qual tem o maior valor;
no caso de a compensao ser feita pelas grelhas de insuflao
56
, a primeira escolha ser
alterar a abertura de todas as grelhas do edifcio que se encontram activas, e na posio p1,
para a posio p2. Caso esta medida no seja suficiente para igualar o caudal de extraco,
abrem-se as restantes grelhas, que se encontram fechadas, sucessivamente at posio p1 e
posteriormente p2. Se, ainda assim, no se atingir o caudal nominal desejado, elevam-se as
grelhas para a posio p3 e, por fim, p4, atingindo-se, nesse momento a capacidade mxima
de insuflao de ar exterior;
o caudal de extraco sempre igual ao de insuflao. Ou seja, sistema em equillibrio;
a capacidade de extraco do sistema varia entre 10 e 170 l/s;
a capacidade mnima de extraco do sistema so 10 l/s. Se este for o caudal que neces-
srio extrair no haver compensao por parte das grelhas de insuflao. As infiltraes
sero suficientes para garantir esse valor mnimo;
o sistema tentar garantir as necessidades de extraco atravs de exausto natural;
est previsto, no sistema de controlo, que os ocupantes possam sobrepor-se s ordens da
56
A compensao ser feita pelas grelhas de insuflao caso a UCC verifique que as necessidades de extraco so superiores s de insufla-
o.
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UCC. A interferncia, por parte dos ocupantes, no sistema de ventilao prioritria e deve
sempre ser respeitada, mesmo em situaes que conduzam a uma qualidade do ar deficiente.
A interveno manual sempre temporria e o perodo de durao dessa interferncia
depende do local onde se d a aco. Assim, se for efectuado o:
- ajuste da hotte de extraco da cozinha: 1 hora (56 l/s)
- ajuste de uma vlvula de extraco: hora (56 l/s) + 1 hora (42 l/s)
Com o intuito de simular o sistema, foi necessrio assumir um horrio de utilizao da hotte
de extraco da cozinha e das casas de banho para prever a aco manual sobre o sistema.
Na figura 6-8 e na figura 6-9 apresentam-se esses horrios, para os dias da semana e fins-de-
semana, respectivamente.
Co zinha
0
1
0 8 16 24
Ho ras
Cas a de Banho
0
1
0 8 16 24
Ho ras
Chuve iro
0
1
0 8 16 24
Ho ras
Figura 6-8 - Sistema II: Horrio de interveno manual dos ocupantes (Dias da Semana)
Co zinha
0
1
0 8 16 24
Ho ras
Cas a de Banho
0
1
0 8 16 24
Ho ras
Chuve iro
0
1
0 8 16 24
Ho ras
Figura 6-9 - Sistema II: Horrio de interveno manual dos ocupantes (Fim de Semana)
6.2.4.2.1 Sistema IIa
Os caudais de ventilao associados a este sistema so controlados por um horrio pr-
programado na UCC, que fornece a informao sobre o nmero de pessoas presentes em cada
zona, em cada intervalo de tempo. A UCC determina a posio que cada grelha de insuflao
que dever assumir de forma a garantir um caudal de ar novo equivalente a 7 l/s por ocupante,
mantendo esse caudal durante todo o perodo programado.
Os caudais de extraco so determinados de 15 em 15 minutos e so iguais aos caudais pro-
venientes das grelhas de insuflao. Os caudais assim calculados permanecero constantes
durante 15 minutos.
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6.2.4.2.2 Sistema IIb
O controlo deste sistema de ventilao tambm baseado na pr-programao da UCC. A
diferena, relativamente ao Sistema II, baseia-se no caudal de ar novo por ocupante, que deixa
de ser um valor constante (7 l/s) e passa a ser funo do nvel de CO
2
detectado na conduta
principal de extraco, onde est instalado um sensor para deteco deste poluente. O caudal
de ar exterior pode variar entre 4 e 14 l/s.ocupante, existindo diferentes patamares de concen-
trao de CO
2
(tabela 6-5) associados aos caudais de ar insuflado.
A ttulo de exemplo, apresenta-se a sequncia de ajuste e avaliao da UCC, sabendo que
imposto como situao de arranque o intervalo compreendido entre 600 e 800 ppm.
O procedimento do controlador inicia-se pelo clculo dos caudais de insuflao e de extrac-
o assumindo um valor de 7 l/s por ocupante, sendo o valor de CO
2
monitorizado
15 minutos depois. Nesta altura podem ocorrer 3 situaes distintas:
o valor do CO
2
encontra-se entre os dois valores limites pr-estabelecidos, permane-
cendo o caudal constante no passo de tempo seguinte;
o valor de poluente ultrapassou o limite mximo e o caudal para o passo seguinte
recalculado tendo em conta um valor de 8 l/s.ocupante, ou seja, o patamar seguinte;
o valor de CO
2
inferior a 600 ppm, o que implica uma diminuio do valor do caudal
por ocupante, diminuindo 1 l/s, ou seja, neste caso, para um valor de 6 l/s;
Este procedimento repete-se, sucessivamente, para cada patamar e em cada intervalo de
tempo.
Tabela 6-5 - Sistema IIb: Patamares de concentraes de CO
2
Valor mnimo e mximo de CO
2
[ppm] Caudal de ar insuflado por ocupante [l/s]
300 400 4
400 500 5
500 600 6
600 800 7
800 900 8
900 1000 9
1000 1100 10
1100 1200 11
1200 1300 12
1300 1400 13
1400 1500 14
6.2.4.2.3 Sistema IIc
Este sistema permite o acompanhamento das necessidades de ar novo, zona a zona, devido
existncia de sensores de CO
2
em cada compartimento principal (quartos e salas). Ao contr-
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143/291
rio do que acontecia nos dois sistemas anteriores, no existe qualquer horrio pr-programado
na UCC, sendo todo o processo controlado pelas medies de CO
2
que so efectuadas a cada
15 minutos.
O procedimento ser o seguinte:
a concentrao de CO
2
superior a 800 ppm - a grelha de insuflao da zona abre, assu-
mindo a primeira posio (p1);
15 minutos depois pode acontecer uma das seguintes situaes:
- concentrao de CO
2
inferior a 800 ppm - o caudal permanece constante;
- o nvel de poluente continua a aumentar se existir outra grelha na zona esta assumir
a posio p1, caso contrrio, a primeira grelha passa para posio p2 e assim sucessiva-
mente at que posio p4 seja alcanada, situao que se manter at ao momento em
que o limite inferior (600 ppm) seja atingido. Nessa altura, todas as grelhas da zona
fecham.
6.2.4.3. Sistema III
Este sistema de ventilao baseia a sua estratgia de controlo na utilizao de diversos senso-
res, nomeadamente:
sensores de presena;
sensores de humidade relativa;
sensores de temperatura;
sensores movimento.
Os sensores esto distribudos pelos diferentes espaos do edifcio de acordo com o tipo de
actividade a desenvolvida.
Sensores de temperatura: na conduta de extraco existem dois sensores de temperatura, um
posicionado antes do ventilador e que fornece o valor da temperatura no interior do edifcio
(T
in
) e o outro no exterior da conduta, que fornece a temperatura exterior (T
ext
) em cada ins-
tante. As duas temperaturas fazem com que a UCC determine se o ventilador deve estar liga-
do ou desligado e qual a tenso de alimentao adequada. A estratgia a seguinte:
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T
e
< -5 C P
vent
= 0 W
-5 C < T
e
< 10 C P
vent
= 1 W
-T
e
> 10 C P
vent
= 4 W
T
med,ext,24h
> 20 C
T
e
> 18 C
T
i
- T
e
> 2 C
P
vent
= 16 W
(arrefecimento gratuito)
No caso de se concluir, da anlise das condies exteriores, que possvel o modo Arrefeci-
mento Gratuito, as grelhas de admisso e as vlvulas de extraco devem assumir as posies
correspondentes s reas teis de passagem mximas.
Sensores de presena: estes sensores esto instalados nos quartos e WC de servio, sendo as
necessidades de ar novo funo do nmero de pessoas que normalmente o ocupam (tabela
6-6) [39]. O sinal de ocupado mantm-se durante 20 minutos depois da sada do ltimo ocu-
pante.
Tabela 6-6 - Sistema III: Necessidades de ar novo em funo da presena de ocupantes
Quarto 1 Quarto 2, 3 e 4 WCS
no ocupado 10 m
3
/h 10 m
3
/h 7 m
3
/h
ocupado 40 m
3
/h 20 m
3
/h 25 m
3
/h
Sensores de humidade relativa: colocados na cozinha, casa de banho e chuveiro, estes senso-
res esto programados 8 nveis de controlo, estando associado a cada um deles um caudal de
extraco, de acordo com o que apresentado na figura 6-10 [39].
%HR
0
: 0% HR < 29%
%HR
1
: 29% HR < 39%
%HR
2
: 39% HR < 48%
%HR
3
: 48% HR < 58%
%HR
4
: 58% HR < 67%
%HR
5
: 67% HR < 76%
%HR
6
: 76% HR < 85%
%HR
7
: 85% HR 100%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 20 40 60 80 100
Humi dade Relativa [%]
C
a
u
d
a
l
d
e
e
x
t
r
a
c
o
[
m
3
/
h
]
Figura 6-10 - Sistema III: Necessidades de extraco em funo
da Humidade Relativa
Sensor de movimento: na sala existe um sensor de movimento, que de acordo com o nmero
de movimentos detectados determina o nmero de pessoas presentes e por cada pessoa impe
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um caudal de ar novo de 20 m
3
/h, tal como se apresenta na figura 6-11.
O princpio de funcionamento deste sensor simples. Em cada intervalo de 5 minutos efectua
a contagem do nmero de movimentos, ajustando o caudal de acordo com a figura 6-11.
M
0
: n = 0 (ningum)
M
1
: 1 n 14 (1 pessoa)
M
2
: 15 n 29 (2 pessoas)
M
3
: 30 n 44 (3 pessoas)
M
4
: 45 n 59 (4 pessoas)
M
5
: 60 n 75 (5 pessoas)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0 15 30 45 60 75
n de movimentos [-]
C
a
u
d
a
l
d
e
a
r
n
o
v
o
[
m
3
/
h
]
Figura 6-11 - Sistema III: Necessidades de ar novo em funo do
nmero de movimentos detectados na sala
A estratgia de controlo deste sistema de ventilao muito simples (figura 6-12), apresen-
tando-se, em seguida, as etapas principais (no Anexo V apresentam-se, detalhadamente, os
diagramas de controlo deste sistema):
1. Avaliao das necessidades e dos parmetros exteriores
A UCC adquire os sinais dos diferentes sensores e determina qual a situao actual de cada
parmetro medido.
2. Comando do ventilador
De acordo com as informaes fornecidas pelos sensores de temperatura, interior e exterior, a
UCC determina se o ventilador deve ligar e, em caso afirmativo, qual deve ser a tenso de
alimentao, ou seja, o caudal;
3. Avaliao das necessidades individuais de cada espao
Utilizando o sinal dos detectores de presena posicionados nos quartos e do detector de agita-
o presente na sala, a UCC avalia as necessidades de ar novo de cada espao;
4. Equilbrio dos caudais de admisso e extraco
Em funo das necessidades de ar novo individuais determinam-se os caudais de ar exterior
que sero admitidos em cada um dos compartimentos principais, e que sero extrados nos
compartimentos de servio. Para garantir que a extraco e a insuflao esto em equilbrio, a
UCC efectua um balanceamento dos caudais, ajustando a posio das grelhas e insuflao e
das vlvulas de extraco. A UCC compara o caudal total esperado de admisso de ar atravs
das grelhas de insuflao e o caudal total esperado de extraco atravs das vlvulas. Em
alguns espaos, os caudais alvo so incrementados em relao s necessidades avaliadas de
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forma a que o caudal de admisso seja igual ao de extraco.
As grelhas de insuflao e as vlvulas de extraco so posicionadas de forma a que a rea
til anteriormente determinada seja atingida.
Figura 6-12 - Sistema III: Diagrama de sequncia do algoritmo de controlo
6.2.5. Implementao das estratgias de controlo
A implementao das estratgias de controlo no TRNSYS passa pela criao de subrotinas
que integradas no cdigo do software traduzam o comportamento de cada sistema de ventila-
o.
Desta forma, foi necessrio desenvolver, para cada sistema de ventilao aqui proposto uma
rotina (Type), em linguagem FORTRAN, que permitisse efectuar o controlo deste sistema de
ventilao, tendo essa rotina, sendo, posteriormente, incorporada no cdigo do TRNSYS, de
acordo com o que se apresenta, esquematicamente, na figura 6-13.
As subrotinas e respectivos diagramas de controlo de cada um dos sistemas inovativos encon-
tram-se nos Anexo III, IV e V.
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Figura 6-13 - Integrao das rotinas no TRNSYS
6.3. Sistemas Actuais
Os sistemas de ventilao que serviro de referncia para a anlise do desempenho, em Portu-
gal, dos sistemas inovativos so dois sistemas frequentemente utilizados neste pas: um siste-
ma de ventilao natural e outro de ventilao mecnica, do tipo extraco.
No sistema de ventilao natural (Sistema IV) a extraco de ar efectuada por meios natu-
rais enquanto que, no de ventilao mecnica (Sistema V) existem ventiladores associados s
condutas de extraco.
No que diz respeito entrada de ar no edifcio, esta efectua-se de forma natural, em ambos os
casos, atravs de grelhas colocadas nas fachadas dos compartimentos principais.
6.3.1. Sistema IV
No caso do sistema de ventilao natural foi aplicada a norma portuguesa NP 1037-1 [17], a
cada uma das localizaes a simular, o que levar a que, ao contrrio do que acontece nos res-
tantes sistemas estudados, o sistema possa ser diferente para cada zona climtica. Neste sub-
captulo, apresentar-se-o, os principais parmetros de seleco que conduziram ao dimensio-
namento de cada um dos sistemas de ventilao natural.
6.3.1.1. Exposio do edifcio o vento
O desempenho do edifcio relativamente permeabilidade ao ar das portas e das janelas exte-
riores depende da exposio do edifcio ao vento. Para efeitos da quantificao da aco do
vento necessrio considerar os seguintes parmetros:
zoneamento do territrio;
rugosidade aerodinmica do terreno;
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cota das janelas acima do solo.
Na tabela 6-7 e na tabela 6-8 apresentam-se a caracterizao de cada uma das localizaes em
estudo, em funo destes trs parmetros, para a habitao unifamiliar e multifamiliar, respec-
tivamente.
Tabela 6-7 - Habitao Unifamiliar: Exposio do Edifcio ao Vento
Zoneamento Rugosidade Altura da janelas Classe de Exposio ao vento
Porto B II <10 m EXP 2
Lisboa A II <10 m EXP 2
Bragana B II <10 m EXP 2
vora A II <10 m EXP 2
Castelo Branco A II <10 m EXP 2
Penhas Douradas B II <10 m EXP 2
Tabela 6-8 - Habitao Multifamiliar: Exposio do Edifcio ao Vento
Zoneamento Rugosidade
Altura da janelas
Piso 1 a 3 / Piso 4
Classe de Exposio ao vento
Piso 1 a 3 / Piso 4
Porto B II <10 m / >10 e < 18 m EXP 2 / EXP 3
Lisboa A II <10 m / >10 e < 18 m EXP 2 / EXP 2
Bragana B II <10 m / >10 e < 18 m EXP 2 / EXP 3
vora A II <10 m / >10 e < 18 m EXP 2 / EXP 2
Castelo Branco A II <10 m / >10 e < 18 m EXP 2 / EXP 2
Penhas Douradas B II <10 m / >10 e < 18 m EXP 2 / EXP 3
Permeabilidade ao ar das janelas e de portas exteriores e interiores
As classes de permeabilidade ao ar das portas e janelas exteriores de cada edifcio apresen-
tam-se na tabela 6-9, com base no exposto no Captulo 3.
Tabela 6-9 - Permeabilidade ao ar das janelas e portas exteriores
Habitao Unifamiliar Habitao Multifamiliar
Porto A2 A2
Lisboa A2 A2
Bragana A2 A2
vora A2 A2
Castelo Branco A2 A2
Penhas Douradas A2 A2
Ou seja, as janelas e portas exteriores dos edifcios devero ter uma permeabilidade ao ar tal,
que a um diferencial de presso de 100 Pa corresponda um caudal de 6 m
3
/h.m.
No que diz respeito s portas interiores, estas devem possuir aberturas permanentes com per-
das de carga nunca superiores 3 Pa e as portas de patamar (no caso dos apartamentos), deve-
ro ter uma permeabilidade que no exceda os 12 m
3
/(h.m
2
) @ 100 Pa, tal como referido no
captulo 3.1.
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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6.3.1.2. Dimensionamento da ventilao da Fraco Autnoma
Tratando-se de uma habitao unifamiliar e de apartamentos com duas frentes, sem lareiras ou
aparelhos a gs do tipo A ou B (no estanques), o sistema de ventilao natural ser dimen-
sionada de acordo com os princpios de ventilao conjunta, englobando todos os comparti-
mentos e permitindo o aproveitamento das diferenas de presso geradas entre as vrias
fachadas por aco do vento.
Tratando-se de localizaes com classe de exposio ao vento EXP2 e EXP3, a norma
NP 1037-1 impe a utilizao de aberturas de admisso de ar auto-regulveis de acordo com o
dimensionamento apresentado na tabela 6-10 e na tabela 6-11, onde so tambm apresentados
os caudais tipo de cada compartimento principal, que foram determinados com base nos crit-
rios apresentados no captulo 3.1.
Tabela 6-10 - Habitao Unifamiliar: Dimensionamento das aberturas de admisso de ar
Q
tipo
[m
3
/h]
p para Q
admitido
> Q
ctipo
[Pa]
4 . Q
tipo
[m
3
/h]
p para Q
admitido
< 4.Q
tipo
[Pa]
Sala 90 10 360 260
Quarto 1 45 10 180 260
Quarto 2 45 10 180 260
Quarto 3 45 10 180 260
Quarto 4 45 10 180 260
Tabela 6-11 - Habitao Multifamiliar: Dimensionamento das aberturas de admisso de ar
Q
tipo
[m
3
/h]
p para Q
admitido
> Q
ctipo
[Pa]
4 . Q
tipo
[m
3
/h]
p para Q
admitido
< 4.Q
tipo
Piso 1 a 3 / Piso 4
[Pa]
Sala 60 10 240 260 / 240
Quarto 1 45 10 180 260 / 240
Quarto 2 45 10 180 260 / 240
Quarto 3 45 10 180 260 / 240
De igual forma, na tabela 6-12 e na tabela 6-13 apresentam-se os caudais tipo de evacuao de
ar dos compartimentos de servio e dimensionamento das aberturas de evacuao, bem como
os dimetros das condutas, do tipo individual. Ou seja, existe uma conduta de evacuao que
liga cada um dos compartimentos de servio cobertura do edifcio onde se efectua a exaus-
to do ar viciado.
Tabela 6-12 - Habitao Unifamiliar: Dimensionamento das aberturas de evacuao de ar
Q
tipo
[m
3
/h] rea til [cm
2
] p [Pa] [mm]
Cozinha 90 120 10 160
WC de Servio 45 60 10 125
Casa de Banho 90 120 10 160
Chuveiro 45 60 10 125
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150/291
Tabela 6-13 - Habitao Unifamiliar: Dimensionamento das aberturas de evacuao de ar
Q
tipo
[m
3
/h] rea til [cm
2
] p [Pa] [mm]
Cozinha 90 120 10 160
WC de Servio 45 60 10 125
Casa de Banho 60 80 10 125
Os dispositivos de admisso e de evacuao de ar foram seleccionados a partir do catlogo de
um fabricante [10], tendo-se encontrado algumas dificuldades no que diz respeito s grelhas
auto-regulveis que se encontram, habitualmente, dimensionadas para debitar caudais cons-
tantes para diferenas de presso superiores a 20 Pa em vez dos 10 Pa referidos pela NP 1037-
1. Isto deve-se ao facto destas grelhas serem normalmente utilizadas em sistemas de ventila-
o mecnica, que com facilidade garantem este diferencial. Verificou-se, ainda, que as gre-
lhas existentes no mercado, para o p exigido pela norma (10 Pa) apenas so capazes de debi-
tar 15 ou 30 m
3
/h (figura 6-14) [38], razo pela qual foi necessrio considerar a existncia de
mais do que um dispositivo deste tipo em cada um dos compartimentos principais, tal como se
apresenta na tabela 6-14 e na tabela 6-15 [38]. Este e outros problemas foram j encontrados
por Miguel Ferreira nos estudos que efectuou no mbito da sua Tese de Mestrado [35].
As aberturas de evacuao utilizadas neste sistema de ventilao foram tambm seleccionadas
de acordo com o preconizado pela norma, apresentando-se, na figura 6-15, as suas curvas
caractersticas.
Tabela 6-14 - Habitao Unifamiliar: Grelhas
de insuflao instaladas em cada comparti-
mento
AA15 AA30
Sala - 3
Quarto 1 1 1
Quarto 2 1 1
Quarto 3 1 1
Quarto 4 1 1
0
7.5
15
22.5
30
37.5
45
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Caudal [m
3
/h]
p
[
P
a
]
AA15 AA30
Figura 6-14 - Sistema IV: Aberturas de admisso de ar
Tabela 6-15 - Habitao Multifamiliar: Gre-
lhas de insuflao instaladas em cada compar-
timento
AA15 AA30
Sala - 2
Quarto 1 1 1
Quarto 2 1 1
Quarto 3 1 1
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Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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151/291
1
10
100
1000
10 100 1000
Caudal [m
3
/h]
p
[
P
a
]
WC e Chuvei ro Cozi nha e Casa de Banho
Figura 6-15 - Habitao Unifamiliar: Vlvulas de
extraco de ar
1
10
100
1000
10 100 1000
Caudal [m
3
/h]
p
[
P
a
]
WC Cozinha Casa de Banho
Figura 6-16 - Habitao Multifamiliar: Vlvulas de
extraco de ar
6.3.2. Sistema V
Este sistema de ventilao consiste na extraco mecnica do ar do interior do edifcio, nos
compartimentos de servio (cozinhas e casas de banho). Os ventiladores de extraco so
ligados no perodo das 8 s 24 horas, em contnuo. Devido ao rudo provocado pelo sistema,
durante a noite desligado porque se tornaria incmodo para os ocupantes do edifcio. O cau-
dal de extraco de 100 m
3
/h na cozinha e de 50 m
3
/h em cada uma das instalaes sanit-
rias [38].
A entrada do ar no edifcio, como referido anteriormente, efectua-se atravs de grelhas regu-
lveis instaladas nas fachadas do edifcio e que, devido ao gradiente de presses entre o inte-
rior e o exterior, permitem a movimentao do ar entre o exterior e o interior dos espaos que
servem.
Na figura 6-17 e na figura 6-18 apresentam-se esquematicamente o sistema de extraco de ar
deste caso, numa habitao unifamiliar e numa habitao multifamiliar, respectivamente.
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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152/291
Figura 6-17 - Habitao Unifamiliar: Esquema do sistema de extraco mecnica no Sistema V
Figura 6-18 - Habitao Multifamiliar: Esquema do sistema de extraco mecnica no Sistema V
6.3.2.1. Ventilador
A extraco mecnica do ar do interior da vivenda ou de cada fraco autnoma (FA) efectua-
se por intermdio de dois ventiladores axiais instalados nas condutas de extraco das casas
de banho e cozinha, com uma potncia de 41 W. Os ventiladores utilizados so de caudal
constante, independentemente do diferencial de presses e funcionam no perodo compreen-
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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153/291
dido entre as 8 e as 24 horas.
6.3.2.2. Condutas de extraco
As condutas instaladas nos edifcios so metlicas de seco circular e com uma rugosidade
de, aproximadamente, 0,15 mm. Na tabela 6-16 apresentam-se as dimenses de cada ramal da
rede de condutas de extraco que se encontra representada na figura 6-19 e na figura 6-20,
para a habitao unifamiliar e multifamiliar, respectivamente. Tal como nos sistemas inovati-
vos, o dimensionamento das condutas foi feito com base na ASHRAE Fundamentals [43].
Tabela 6-16 - Sistema V: Dimenses das condutas de extraco
Habitao Unifamiliar
Q [m
3
/h] [mm] L [m]
DS1 100 100 8,4
DS2 100 100 2,4
DS3 50 63 1
DS4 50 63 2,8
DS5 50 63 1
DS6 100 100 2,8
DS7 50 63 1
DS8 150 125 2,4
DS9 150 125 2,4
Habitao Multifamiliar
Q [m
3
/h] [mm] L [m]
DS1 100 100 9,5
DS2 50 63 0,4
DS3 50 63 0,4
DS4 50 63 6
DS5 100 125 8,7
DS6 100 125 5,9
DS7 100 125 3,1
DS8 100 125 0,3
DS9 100 125 2,1
DS10 100 125 2,1
DS11 100 100 6,7
DS12 100 100 3,9
DS13 100 100 1,1
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154/291
Figura 6-19 - Habitao Unifamiliar: Rede de
condutas de extraco do Sistema V
Figura 6-20 - Habitao Multifamiliar: Rede de condutas de
extraco do Sistema V
6.3.2.3. Vlvulas de extraco
Na Casa de Banho, Chuveiro e WC de servio existem vlvulas de extraco, na Cozinha a
ligao conduta principal feita atravs de uma hotte de exausto.
As vlvulas de extraco da Casa de Banho, WC e Chuveiro tm uma curva caracterstica de
funcionamento que garante um caudal de 10 l/s @10 Pa, enquanto que para a hotte da cozinha
este valor ser 20 l/s @ 10 Pa. Estes dispositivos foram seleccionados a partir de um catlogo
de um fabricante [38].
6.3.2.4. Grelhas de insuflao
A insuflao de ar no edifcio efectua-se, de forma natural, nos compartimentos principais, ou
seja, na sala e nos quartos. As grelhas de insuflao so regulveis, razo pela qual ocorrem
exfiltraes sempre que se verificar um diferencial de presses negativo. Na figura 6-21 apre-
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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155/291
sentam-se as curvas caractersticas destes dispositivos.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0 2 4 6 8 10 12 14 16
p [Pa]
C
a
u
d
a
l
[
m
3
/
h
]
Figura 6-21 - Sistema V: Curva caracterstica da grelha regulvel
6.3.3. Transferncia de ar entre zonas
Tal como acontece nos sistemas inovativos, j apresentados, a passagem do ar de uma zona
para outra garantida pela existncia de frinchas na parte inferior das portas de ligao, esti-
mando-se que a rea de frinchas a mesma que se apresento anteriormente:
porta da Sala, Casa de Banho e Chuveiro, aproximadamente 200 cm
2
;
restantes portas, aproximadamente, 100 cm
2
.
CAPTULO 6 Sistemas de Ventilao
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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156/291
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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157/291
7. Apresentao e anlise de resultados
A avaliao dos sistemas de ventilao simulados basear-se-, fundamentalmente, no
consumo energtico associado s necessidades de aquecimento, no conforto e na Qua-
lidade do Ar Interior (QAI) no perodo de aquecimento. Neste captulo, apresentam-se
os resultados obtidos nas diferentes simulaes efectuadas, fazendo-se, tambm, a res-
pectiva anlise.
No mbito desta dissertao efectuou-se um conjunto de simulaes (228 simulaes), con-
jugando os dois edifcios apresentados no Captulo 5, habitao unifamiliar e multifamiliar,
com cada um dos sistemas de ventilao descritos no Captulo 6 e as diferentes zonas clim-
ticas. Na tabela 7-1 apresenta-se o conjunto dessas simulaes efectuadas para o edifcio
tipo unifamiliar e multifamiliar para os diferentes sistemas e localizaes.
Tabela 7-1 Conjunto de simulaes efectuadas
Habitao Unifamiliar
Habitao Multifamiliar
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Lisboa
P1 P7 P13 P19 P25 P31 P37 P43 P49 P55 P61 P67 P73 P79
Porto
P2 P8 P14 P20 P26 P32 P38 P44 P50 P56 P62 P68 P74 P80
Bragana
P3 P9 P15 P21 P27 P33 P39 P45 P51 P57 P63 P69 P75 P81
Penhas Douradas
P4 P10 P16 P22 P28 P34 P40 P46 P52 P58 P64 P70 P76 P82
vora
P5 P11 P17 P23 P29 P35 P41 P47 P53 P59 P65 P71 P77 P83
Castelo Branco
P6 P12 P18 P24 P30 P36 P42 P48 P54 P60 P66 P72 P78 P84
Bruxelas
B1 B3 B5 B7 B9 B11 B13 B15 B17 B19
Saint Hubert
B2 B4 B6 B8 B10 B12 B14 B16 B18 B20
Nice
FR1 FR3 FR5 FR7 FR9 FR11 FR13 FR15 FR17 FR19
Paris
FR2 FR4 FR6 FR8 FR10 FR12 FR14 FR16 FR18 FR20
Estocolmo
SE1 SE3 SE5 SE7 SE9 SE11 SE13 SE15 SE17 SE19
Gotemburgo
SE2 SE4 SE6 SE8 SE10 SE12 SE14 SE16 SE18 SE20
Amsterdo
H1 H3 H5 H7 H9 H11 H13 H15 H17 H19
Groningen
H2 H4 H6 H8 H10 H12 H14 H16 H18 H20
Jan-Mayen
N1 N3 N5 N7 N9 N11 N13 N15 N17 N19
Bergen
N2 N4 N6 N8 N10 N12 N14 N16 N18 N20
Londres
RU1 RU3 RU5 RU7 RU9 RU11 RU13 RU15 RU17 RU19
Aberdeen
RU2 RU4 RU6 RU8 RU10
RU12 RU14 RU16 RU18 RU20
No caso do edifcio multifamiliar, com quatro pisos, apenas sero apresentados os resultados
para o primeiro piso, um piso intermdio e o piso junto cobertura. Trata-se de uma simpli-
ficao no processo de anlise por vrios factores que justificam esta opo:
elevado nmero de zonas envolvidas na simulao de um edifcio de apartamentos;
a capacidade mxima de clculo foi atingida sempre que se tentou incluir todas as zonas
para a simulao completa, razo pela qual apenas se retiraram os resultados obtidos para
estes trs pisos;
os Pisos 2 e 3 tm caractersticas semelhantes, em termos de envolvente, ganhos internos
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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158/291
e posicionamento no edifcio, pelo que de esperar que os resultados obtidos nestes dois
pisos so semelhantes. Este facto foi comprovado no trabalho efectuado no decorrer do
RESHYVENT [40].
Genericamente, este captulo encontra-se dividido em trs partes distintas:
1 parmetros de anlise dos sistemas;
2 anlise dos resultados obtidos para a habitao tipo unifamiliar, comparando os sistemas
de ventilao actuais com os inovativos em Portugal e avaliando o impacto destes nas dife-
rentes localizaes europeias, nas duas tipologias;
3 anlise dos resultados obtidos para a habitao tipo multifamiliar, nos mesmos moldes do
ponto anterior.
7.1. Parmetros de anlise
Tendo em conta a poupana energtica e a Qualidade do Ar Interior (QAI), existe um con-
junto de parmetros que devem ser observados e utilizados para a anlise dos resultados:
consumo energtico associado ao aquecimento do edifcio e s perdas devidas ventila-
o;
consumo elctrico dos ventiladores;
concentrao de CO
2
nos compartimentos principais;
ventilao efectiva;
nvel de humidade relativa e absoluta nos espaos onde existe libertao de vapor de
gua;
temperaturas interiores dos espaos;
percentagem de pessoas descontentes (PPD);
taxas de ventilao.
7.1.1. Consumo energtico
A energia necessria para manter, no Inverno, um edifcio dentro das condies de conforto
previamente definidas representa a maior parcela da energia consumida neste. Por outro
lado, a ventilao representa uma fatia considervel da energia necessria para o aquecimen-
to, devido , significativa, transferncia de massa entre o interior e o exterior. Assim sendo,
a determinao das taxas de ventilao tem de ser cuidada para a correcta determinao do
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
159/291
impacto da ventilao em todo o sistema.
A avaliao dos consumos de energia basear-se-, portanto, na energia trmica necessria
para manter o edifcio nas condies de conforto durante o perodo de aquecimento, nas
perdas energticas associadas ventilao e ainda, na energia elctrica consumida pelos
ventiladores existentes em alguns dos sistemas de ventilao estudados.
7.1.2. Concentrao de CO
2
O dixido de carbono (CO
2
) um bioefluente humano importante sendo utilizado como
indicador do nvel de ventilao de um espao. O desempenho de um sistema de ventilao
pode ser avaliado com base na determinao do perodo de tempo em que a concentrao de
CO
2
ultrapassa um dado limite, associado frequncia com que esse limite excedido. Esta
avaliao feita apenas para o perodo ocupado e o limite referido ser de 1400 ppm [44]
acima da concentrao exterior do poluente a qual se admite, aproximadamente, igual a
350 ppm.
( )
lim
C C t CT
a exc
=
(33)
sendo,
CT
exc
integrao no tempo do nvel de CO
2
em excesso [kppm.h]
t nmero de horas em que C
lim
excedida
C
a
concentrao actual instantnea do espao [ppm]
C
lim
concentrao mxima permitida [ppm]
De acordo com os critrios utilizados, e normalmente aceites, a nvel Europeu (RESHY-
VENT [44]), este parmetro no deve exceder os 100 kppm.h. Este foi o valor limite utiliza-
do neste trabalho.
Sempre que se considerar pertinente sero apresentados ainda os valores mdios das concen-
traes deste poluente no perodo de ocupao do edifcio.
7.1.3. Ventilao efectiva
A ventilao efectiva (q
en
) um outro parmetro que permite avaliar o nvel de ventilao
no interior dos espaos e , tambm, baseado na concentrao de CO
2
. Se este parmetro for
inferior unidade (q
en
< 1), ento, a ventilao no espao insuficiente. Tal como aconteceu
no caso do parmetro anterior, a anlise efectuada apenas durante os perodos de ocupa-
o.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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160/291
( )
exterior a conc en
C C D q = /
(34)
sendo,
q
en
ventilao efectiva instantnea [-]
D
conc
valor limite acima da concentrao exterior de CO
2
(700 ppm)
C
exterior
concentrao exterior de CO
2
(350 ppm)
7.1.4. Humidade Relativa e Humidade Absoluta
Para analisar a humidade dentro dos espaos, e seguindo as especificaes aceites a nvel
Europeu (RESHYVENT [44]), determina-se a percentagem de tempo do perodo com ocu-
pao em que se verificam duas situaes:
Sensao de Secura (SS) em que Humidade Absoluta (H
abs
) < 5 g/kg, e o limite dever
ser de 800 horas;
Elevada Humidade Relativa (EHR), ou seja, HR > 75 %.
A anlise destes parmetros apenas permite avaliar o conforto termo-higromtrico e no os
efeitos da humidade na envolvente do edifcio. No entanto, estudos mais detalhados podem
avaliar este efeito, contudo, no este o objecto de anlise deste trabalho.
7.1.5. Conforto trmico
A anlise do conforto trmico ser foi feita para as zonas principais do edifcio, ou seja,
quartos e salas, onde foram considerados dois parmetros:
Temperatura Interior dos Espaos (TIE) a frequncia com que ocorrem as diferentes
temperaturas, no perodo ocupado;
Percentagem de Pessoas Descontentes (PPD) no perodo ocupado.
O clculo do PPD efectuado directamente pelo TRNSYS com base na norma EN ISO
7730 [45]. A norma ISO 7730:2005 apresenta um mtodo de previso da sensao trmica e
do grau de desconforto de pessoas expostas a ambientes trmicos moderados, atravs da
determinao analtica de dois parmetros criados por Fanger [45]: a Previso Mdia de
Voto (PMV) e a Percentagem de Pessoas Descontentes (PPD). O primeiro, o PMV, atribui o
valor zero sensao de conforto trmico, valores positivos e negativos a sensaes de calor
e frio, respectivamente. O PPD representa a percentagem de um grande nmero de pessoas
que, em mdia, estaria desconfortvel nas condies ambiente especificadas.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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161/291
Seguindo as especificaes de Doreer [44] apenas o PPD ser utilizado como parmetro de
avaliao do conforto trmico, sendo apresentadas trs classes distintas para o efeito,
PPD > 6%, PPD > 10% PPD e PPD > 15%. Como elemento de anlise avalia-se a frequn-
cia com que cada uma destas classes ocorre durante o perodo de ocupao do edifcio.
7.1.6. Taxas de Ventilao
Atravs dos parmetros apresentados anteriormente possvel determinar a eficcia da ven-
tilao no interior dos espaos. No entanto, sempre que se considere oportuno sero apresen-
tados os caudais de extraco e admisso, sob a forma de valores mximos e mdios, bem
como as taxas de renovao de ar do edifcio durante o perodo de aquecimento.
Analisar-se- ainda a percentagem de tempo em que ocorre ventilao natural.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
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162/291
7.2. Habitao Unifamiliar
Neste subcaptulo sero apresentados, e analisados, os resultados obtidos nas simulaes dos
sistemas de ventilao inovativos e actuais para os edifcios unifamiliares localizados em
Portugal. A anlise ser baseada nos parmetros j indicados, sendo inicialmente apresenta-
da a comparao entre os resultados obtidos para os sistemas inovativos e os actuais. No
final, avalia-se o impacto de cada um dos sistemas inovativos para as diferentes localizaes
europeias, previamente definidas.
Uma vez analisado o impacto dos sistemas de ventilao inovativos em Portugal, e efectua-
da a comparao destes com os sistemas tradicionalmente utilizados no pas, segue-se uma
avaliao do impacto dos sistemas inovativos na Europa. Para efectuar esta anlise foram
utilizados dois locais para definir cada um dos seis pases Europeus, Portugal inclusive. No
caso portugus as duas localidades seleccionadas foram Lisboa e Penhas Douradas, que cor-
respondem s duas situaes mais extremas.
7.2.1. Sistemas Inovativos versus Sistemas Actuais
Esta anlise apenas se aplica a Portugal tal como foi referido anteriormente. Isto porque, a
sua extenso a outras localizaes europeias obrigaria a uma anlise exaustiva dos sistemas
de ventilao utilizados localmente, o que ultrapassa o teor da Tese aqui apresentada.
7.2.1.1. Consumo energtico
Na figura 7-1 apresentam-se os consumos energticos associados ao aquecimento do edif-
cio unifamiliar, para cada zona climtica de Portugal, para cada sistema de ventilao e res-
pectiva estratgia de controlo. importante referir, nesta parte introdutria, os seguintes
aspectos:
as caractersticas da envolvente so iguais para todas as localizaes (UA = 186 W/K),
tal como apresentado no Captulo 5;
o valor dos ganhos solares semelhante e prximo de 2 MWh/ano, razo pela qual o seu
efeito no ter impacto nos resultados obtidos.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
163/291
Bragana
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
SI SIIa SIIb SIIc SIII
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Castel o Branco
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
SI SIIa SIIb SIIc SIII
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
vora
3.2
3.6
4.0
4.4
4.8
5.2
SI SIIa SIIb SIIc SIII
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Lisboa
2.0
2.2
2.4
2.6
2.8
3.0
3.2
3.4
SI SIIa SIIb SIIc SIII
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Penhas Douradas
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
15.0
15.5
SI SIIa SIIb SIIc SIII
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
SIV
SV
Si stemas Inovati vos
Porto
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
SI SIIa SIIb SIIc SIII
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
SIV
SV
Sistemas Inovativos
Nota:
SIV Ventilao Natural
SV Ventilao Mecnica
Figura 7-1 - Edifcio Multifamiliar: Necessidades energticas associadas ao aquecimento
Para as diferentes localidades possvel comparar os resultados obtidos, a nvel energtico,
para cada sistema inovativo, relativamente aos sistemas actuais de ventilao.
Genericamente, os sistemas propostos apresentam redues significativas nos consumos de
energia para o perodo de aquecimento do edifcio. Os valores mais elevados das necessida-
des energticas para aquecimento registam-se nas localizaes que apresentam climas mais
severos, como o caso das Penhas Douradas e Bragana, tal como seria de esperar. A figura
7-2, apresenta a relao entre o nmero de Graus-Dias e as necessidades trmicas de aque-
cimento para os diferentes sistemas e localidades.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
164/291
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
GD [C.di a]
E
n
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g
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a
p
a
r
a
a
q
u
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c
i
m
e
n
t
o
[
M
W
h
/
a
n
o
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-2 - Relao entre os Graus-Dias e as necessidades energticas de aquecimento para as diferen-
tes localidades portuguesas
Fazendo uma anlise separada das perdas de energia associadas ventilao dos espaos
(tabela 7-2), para o perodo de aquecimento, mantm-se a relao entre a localizao e os
resultados obtidos, como seria de prever. No entanto, h pequenas variaes que pode ser
interessante analisar com mais detalhe, podendo ser elementos de deciso na escolha do tipo
de sistema.
Tabela 7-2 - Perdas energticas associadas ventilao [MWh/ano]
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Lisboa 2,02 1,17 1,20 1,85 1,84 2,68 2,38
vora 2,51 1,48 1,52 2,37 2,26 3,29 3,04
Porto 2,84 1,67 1,70 2,57 2,62 3,66 3,56
Castelo Branco 2,96 1,64 1,72 2,74 2,75 3,99 3,42
Penhas Douradas 5,09 3,04 3,12 4,95 4,67 6,52 6,79
Bragana 3,76 2,08 2,18 3,53 3,69 5,10 4,53
Os consumos energticos associados ventilao so mais elevadas nos sistemas actuais,
devido ao difcil controlo das taxas de ventilao, principalmente, sistema de ventilao
natural (SIV). A ttulo de exemplo, na figura 7-3 pode verificar-se, para Bragana, que as
maiores perdas de energia por transferncia de massa entre o interior e o exterior do edifcio,
ocorrem para os sistemas actuais, atingindo-se diferenas da ordem dos 55 % relativamente
a alguns sistemas inovativos propostos.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
165/291
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
SI SIIa SIIb SIIc SIII
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[
M
W
h
/
a
n
o
]
SIV SV Sistemas Inovativos
50 %
Figura 7-3 Bragana: Valor da energia trmica associada ventilao do edifcio
Tendo em conta que alguns sistemas utilizam energia elctrica para o accionamento dos
ventiladores, identificam-se, na figura 7-4, o consumo de energia para cada um dos sistemas.
Os valores mais elevados do consumo elctrico so os registados para o sistema de extrac-
o mecnica (SV), no entanto, necessrio relembrar que, os ventiladores so diferentes e
que o seu consumo elctrico dependente de dois factores:
a. caudal de extraco, que, nos sistemas inovativos, varia de acordo com as condies no
interior do edifcio;
b. durao dos perodos em que a extraco natural.
0
10
20
30
40
50
60
70
Li sboa vora Porto C.Branco P.
Douradas
Bragana
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c
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c
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[
k
W
h
/
a
n
o
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII SV
Figura 7-4 - Consumos anuais de energia elctrica dos ventiladores [kWh/ano]
7.2.1.2. Qualidade do Ar Interior e Renovao de Ar
A avaliao da QAI basear-se- na anlise de trs parmetros base: o nvel de dixido de
carbono (CO
2
) nos compartimentos principais e a humidade relativa nos compartimentos
hmidos (EHR) e a humidade absoluta nos mesmos (SS). Atravs destes parmetros pos-
svel avaliar a taxa de renovao de ar no edifcio.
O nvel de CO
2
determinado com base no nmero de horas em que a concentrao do
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
166/291
poluente superior a um dado valor (CT
exc
). Este efeito est tambm associado ao parmetro
que traduz a ventilao efectiva dos espaos (q
en
).
Os valores obtidos para CT
exc
(figura 7-5), tm por base apenas os perodos em que o edif-
cio se encontra ocupado.
S
a
l
a
Q
u
a
r
t
o
1
Q
u
a
r
t
o
2
Q
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o
3
Q
u
a
r
t
o
4
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
T
e
x
c
[
k
p
p
m
.
h
]
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
T
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x
c
[
k
p
p
m
.
h
]
0
100
200
300
400
500
600
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
T
e
x
c
[
k
p
p
m
.
h
]
0
20
40
60
80
100
120
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
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x
c
[
k
p
p
m
.
h
]
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
T
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c
[
k
p
p
m
.
h
]
Braganca C. Branco vora Lisboa
P. Douradas Porto Li mite
Figura 7-5 - Portugal: Valores de CTexc no perodo ocupado da habitao unifamiliar
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
167/291
Da anlise da figura 7-5 observa-se que, independentemente da localizao, a maior concen-
trao de CO
2
ocorre para o Quarto 1 e que o Quarto 3 no atinge o limite imposto. A con-
centrao limite de CO
2
no Quarto 4 ultrapassada na maioria dos casos para as localiza-
es de Penhas Douradas e Bragana.
O posicionamento relativamente a um dos pontos de
extraco (Casa de Banho) do Quarto 3 justifica os
reduzidos valores de CT
exc
.
Note-se que, a porta da Casa de Banho comunica direc-
tamente com o Quarto 3 (figura 7-6), razo pela qual a
renovao do ar deste ltimo est sempre assegurada.
Aspectos semelhantes esto na base dos resultados
obtidos no Quarto 1, entre outros.
Figura 7-6 - Localizao do Quarto 3
O excesso de CO
2
, em alguns espaos, um resultado directo de uma ventilao insuficien-
te, tal como se demonstra na tabela 7-3, na qual se apresenta a percentagem do perodo de
aquecimento em que q
en
inferior unidade. Tal como aconteceu com o CT
exc
, o Quarto 1 e
o Quarto 4 apresentam ventilao insuficiente com mais frequncia para alguns dos sistemas
analisados.
Tabela 7-3 - % do perodo ocupado em que a ventilao insuficiente nos compartimentos principais
Sistema I Sistema IIa Sistema IIb Sistema IIc Sistema III Sistema IV Sistema V
Sala
Bragana
1,0 77,7 76,8 2,3 6,7 0,4 11,7
Castelo Branco
0,7 79,7 78,8 2,6 6,0 0,2 12,0
vora
3,4 75,1 74,8 2,4 14,4 2,1 14,7
Lisboa
1,9 77,4 77,0 1,9 14,3 1,0 13,1
Penhas Douradas
5,7 70,0 69,4 1,5 19,3 4,2 16,6
Porto
3,3 70,2 69,8 1,8 15,0 1,7 10,3
Quarto 1
Bragana 38,1 60,3
60,5
36,1 37,5 4,2 46,5
Castelo Branco 39,2 66,7
67,1
35,5 37,4 1,7 46,6
vora 34,0 47,1
46,8
5,9 36,9 7,2 39,1
Lisboa 33,1 56,2
56,0
28,4 35,1 5,0 40,6
Penhas Douradas 35,1 47,9
47,8
10,5 40,0 23,2 35,3
Porto 30,5 46,4
46,1
13,3 35,8 6,2 34,0
Quarto 2
Bragana 35,4 57,4
52,4
0,0 30,8 0,0 43,5
Castelo Branco 30,1 56,4
52,1
0,0 25,8 0,0 45,2
vora 25,7 54,2
51,1
0,2 37,3 0,3 28,0
Lisboa 19,2 53,8
50,5
0,1 39,9 0,0 30,5
Penhas Douradas 37,8 54,0
50,1
0,7 42,6 1,7 24,9
Porto 20,3 48,8
46,3
0,4 36,1 0,6 21,9
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
168/291
Tabela 7-3 - % do perodo ocupado em que a ventilao insuficiente nos compartimentos principais
(cont.)
Sistema I Sistema IIa Sistema IIb Sistema IIc Sistema III Sistema IV Sistema V
Quarto 3
Bragana 0,2 12,0
10,6
0,0 21,7 0,0 4,9
Castelo Branco 0,1 11,7
10,4
0,0 23,2 0,0 3,4
vora 1,9 14,8
13,5
0,2 21,2 0,0 7,0
Lisboa 0,8 16,0
14,2
0,3 21,3 0,0 7,8
Penhas Douradas 4,3 16,5
14,7
0,2 27,8 0,1 7,6
Porto 1,8 17,1
15,7
0,2 16,8 0,0 5,5
Quarto 4
Bragana 53,9 55,1
45,2
0,1 58,8 0,0 52,2
Castelo Branco 47,4 51,7
39,5
0,1 57,3 0,0 54,1
vora 43,9 40,2
33,1
0,1 52,8 0,1 33,7
Lisboa 37,8 34,5
25,3
0,0 50,7 0,1 37,7
Penhas Douradas 54,3 50,0
45,7
1,6 55,6 1,7 26,5
Porto 37,1 34,5
28,5
0,2 47,2 0,4 25,3
De uma forma geral, os nveis de CO
2
so mais elevados para os Sistemas IIa e IIb em opo-
sio ao Sistema IV onde os valores limites nunca so ultrapassados. A taxa de renovao
do ar (figura 7-7) refora os resultados obtidos anteriormente. De facto, os Sistemas IIa e IIb
apresentam valores muito reduzidos de taxas de renovao do ar, o que se traduz, directa-
mente, numa reduo da QAI. Note-se ainda que, o sistema de ventilao natural (SIV)
apresenta um valor muito superior de taxa de renovao (RPH), quando comparado com os
restantes sistemas, o que explica as reduzidas concentraes de CO
2
.
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
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SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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n
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v
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a
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R
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Braganca C. Branco Evora Li sboa P. Douradas Porto
Figura 7-7 - Portugal: Taxa de renovao mdia do ar no edifcio de habitao unifamiliar
O sistema de ventilao natural apresenta uma renovao de ar elevada que tambm justi-
ficada pelos elevados caudais mdios de infiltraes de ar, registados em todos os compar-
timentos do edifcio em anlise. Na figura 7-8 e na figura 7-9 apresentam-se, a ttulo de
exemplo, os resultados obtidos para os caudais de infiltraes de ar nos compartimentos
principais no perodo de ocupao do edifcio para Penhas Douradas e Lisboa, respectiva-
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
169/291
mente. Note-se que estes caudais de ar, com valores mais elevados, esto associados ao fac-
to de no existir qualquer tipo de controlo do sistema SIV, estando apenas dependentes das
condies exteriores.
O facto de no existir controlo da ventilao no sinnimo de taxas de ventilao elevadas,
veja-se o caso do Sistema V. Neste caso, a baixa taxa de ventilao deve-se ao facto do sis-
tema de extraco mecnica se encontrar desligado durante a noite (perodo ocupado).
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Sala Quarto1 Quarto2 Quarto3 Quarto4
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h
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SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-8 - Penhas Douradas: Caudais mdios de
infiltraes no perodo ocupado
0
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Sal a Quarto1 Quarto2 Quarto3 Quarto4
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SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-9 - Lisboa: Caudais mdios de infiltraes
no perodo ocupado
Um outro parmetro importante na anlise dos sistemas de ventilao a humidade relativa
(HR) do ar, registada em determinados compartimentos, que no deve ser superior a 75 %.
Com base neste critrio possvel determinar a percentagem de tempo em que HR > 75%
durante os perodos de ocupao do edifcio (figura 7-10 figura 7-12). Esta percentagem
de tempo, assim determinada, representa os perodos com elevada humidade relativa (EHR).
Os compartimentos mais susceptveis de ter EHR, ou seja, cozinhas e casas de banho, apre-
sentam comportamentos distintos, consoante o sistema de ventilao e a localizao.
No caso da Cozinha (figura 7-10),
para os Sistemas IIa e IIb, a humi-
dade relativa , globalmente, mais
elevada do que para os restantes
sistemas. Genericamente, a Casa de
Banho apresenta uma percentagem
de tempo com EHR relativamente
baixa quando comparada com os
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
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c
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>
7
5
%
Braganca C. Branco vora Li sboa P. Douradas Porto
Figura 7-10 - Cozinha: % do perodo ocupado com
HR>75%
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
170/291
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
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H
R
>
7
5
%
Braganca C. Branco vora Lisboa P. Douradas Porto
Figura 7-11 - Casa de Banho: % do perodo ocupado com
HR>75%
restantes compartimentos hmidos
(figura 7-11). Para este caso,
observa-se, em mdia, valores de
HR > 75 % inferiores a 12 % do
perodo de ocupao.
No que diz respeito ao Chuveiro
(figura 7-12), este apresenta valores
diferenciados consoante o tipo de
sistema. De notar que os valores
observados de HR para o Sistema
IV esto condicionados aplicao
directa da norma NP 1037. Neste
caso concreto, a extraco deste
compartimento reduzida e as
implicaes so bvias. Global-
mente, os sistemas inovativos apre-
sentam um bom desempenho face
aos convencionais.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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H
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>
7
5
%
Braganca C. Branco vora Li sboa P. Douradas Porto
Figura 7-12 - Chuveiro: % do perodo ocupado com
HR>75%
No sentido de avaliar o impacto da ventilao nos resultados apresentados, determinou-se os
valores mdios dos caudais de extraco de ar, para o perodo de ocupao (figura 7-13
figura 7-15). Globalmente demonstra-se que sempre que os caudais so reduzidos, o ndice
EHR elevado, como por exemplo, no caso SIV. Os sistemas inovativos so, em geral, mais
eficientes porque o caudal aumenta medida que produzido vapor de gua na Cozinha,
removendo-o de imediato.
Apenas existem variaes significativas nos caudais de extraco para os sistemas SI e SIV.
O primeiro porque a sua estratgia de controlo dependente do nvel de humidade relativa
na Casa de Banho e Chuveiro e o segundo porque depende das condies climticas exterio-
res.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
171/291
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]
Bragana C. Branco vora Lisboa P. Douradas Porto
Figura 7-13 - Cozinha: Caudais mdios de extraco no perodo ocupado
0
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30
40
50
60
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Bragana C. Branco vora Li sboa P. Douradas Porto
Figura 7-14 - Casa de Banho: Caudais mdios de extraco no perodo ocupado
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30
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50
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Bragana C. Branco vora Lisboa P. Douradas Porto
Figura 7-15 - Chuveiro: Caudais mdios de extraco no perodo ocupado
O facto de se obter taxas de ventilao elevadas no sinnimo de eficincia. O Sistema V
apresenta caudais mdios de extraco elevados, e, em alguns compartimentos, apresenta
valores de EHR elevados, uma vez que o sistema funciona em horrios que diferem das
necessidades efectivas e com caudais de projecto reduzidos.
No Sistema IV, para a Cozinha, verifica-se uma humidade relativa superior a 75 % durante
uma grande percentagem do perodo ocupado, apesar de, em termos mdios, os caudais de
extraco serem dos mais elevados. Note-se, no entanto, que a extraco no sistema de ven-
tilao natural praticamente constante, enquanto que nos sistemas inovativos, como referi-
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
172/291
do, o caudal aumenta quando produzido vapor de gua.
Por fim, consultando a figura 7-13, observa-se que para os Sistemas IIa e IIb, os elevados
valores de humidade relativa, registados na Cozinha, so justificados pelos caudais mdios
de extraco de ar deste compartimento que so inferiores aos dos restantes sistemas, o que
justifica os valores observados.
Da mesma forma como se efectuou a anlise da humidade relativa, procedeu-se avaliao
da humidade absoluta (Habs), tentando avaliar a percentagem de tempo em que
Habs < 5 g/kg (figura 7-16 figura 7-18).
De uma forma geral, a sensao de secura (SS) dever apresentar resultados opostos aos que
se detectaram com a anlise da EHR. Este facto demonstrado pelo comportamento de
todos os sistemas para as Penhas Douradas e Lisboa, por exemplo.
O valor limite de 800 horas com Habs inferior a 5 g/kg foi ultrapassado, essencialmente, em
duas localizaes: Bragana e Penhas Douradas.
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Braganca C. Branco vora Lisboa P. Douradas Porto Limite mdio
Figura 7-16 - Cozinha: % do perodo ocupado em que Habs<5g/kg
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5
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k
g
Braganca C. Branco vora Li sboa P. Douradas Porto Li mite mdio
Figura 7-17 - Casa de Banho: % do perodo ocupado em que Habs<5g/kg
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
173/291
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g
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k
g
Braganca C. Branco vora Lisboa P. Douradas Porto Limite mdio
Figura 7-18 - Chuveiro: % do perodo ocupado em que Habs<5g/kg
7.2.1.3. Conforto Trmico
A avaliao do conforto trmico dos ocupantes no interior dos espaos foi efectuada com
base nas temperaturas de bolbo seco do ar interior e no PPD.
Na figura 7-19 apresenta-se a frequncia de ocorrncia das temperaturas registadas na esta-
o de aquecimento na Sala, a ttulo de exemplo. Optou-se por esta zona, por ser aquela
onde os ocupantes permanecem durante mais tempo e em maior nmero.
No que diz respeito s temperaturas no interior do edifcio verifica-se que:
nas Penhas Douradas, em comparao com as restantes localizaes, os valores da tem-
peratura interior mantm-se prximas do setpoint imposto, independentemente do sistema
de ventilao (figura 7-19). As temperaturas, para esta localizao, so inferiores s regis-
tadas nos restantes locais, o que est de acordo com as temperaturas exteriores que so,
para esta localizao muito inferiores, face s restantes, o que significa que h uma maior
perda de energia pela envolvente do edifcio neste caso do que nas restantes localizaes;
as temperaturas interiores mais elevadas registam-se em Lisboa, verificando-se u afas-
tamento, com maior frequncia, do setpoint imposto.
O facto de as temperaturas no interior do edifcio atingirem valores superiores ao setpoint
imposto (20 C) resulta em perodos de sobreaquecimento do edifcio, o que poder conduzir
a maiores perodos de desconforto nos ocupantes. Estes perodos so mais frequentes nos
climas com temperaturas exteriores mais elevadas. Podem tambm ocorrer, nas localizaes
com climas mais frios, perodos em que os ocupantes sentem frio.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
174/291
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Temperatura Interi or [C]
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Temperatura Interi or [C]
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Temperatura Interior [C]
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[18-20[ [20-22[ [22-24[ [24-26[ [26-28[
Temperatura Interi or [C]
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[18-20[ [20-22[ [22-24[ [24-26[ [26-28[
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[18-20[ [20-22[ [22-24[ [24-26[ [26-28[
Temperatura Interior [C]
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[18-20[ [20-22[ [22-24[ [24-26[ [26-28[
Temperatura Interi or [C]
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Bragana C.Branco vora
Li sboa P.Douradas Porto
Figura 7-19 - Sala: Frequncia de ocorrncia das temperaturas interiores nos perodos com ocupao
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
175/291
Atravs da anlise do PPD, possvel avaliar o conforto dos ocupantes, estando este par-
metro relacionado com a temperatura interior e com o nvel de humidade. Na figura 7-20
encontra-se a percentagem de tempo do perodo ocupado em que, na Sala, a percentagem de
pessoas descontentes superior a 6, 10 e 15 %.
Verifica-se que os maiores perodos de desconforto ocorrem em duas situaes extremas:
nas Penhas Douradas, localizao que apresenta uma temperatura interior sempre pr-
xima dos 20 C;
em Lisboa, onde se verificam os maiores perodos de sobreaquecimento.
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SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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Bragana C. Branco vora Li sboa P. Douradas Porto
Figura 7-20 - Sala: % do perodo ocupado em que PPD>6, 10 e 15%
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
176/291
7.2.2. Avaliao do impacto dos sistemas inovativos a nvel Europeu
No subcaptulo que se segue sero apresentados os resultados considerados mais relevantes
e representativos de catorze localizaes europeias.
7.2.2.1. Consumos Energticos
As necessidades de aquecimento da habitao unifamiliar, para cada um dos sistemas de
ventilao inovativos propostos, encontram-se representadas na figura 7-21. Nas mesmas
figuras apresentam-se as necessidades mdias de aquecimento obtidas para cada sistema, e o
valor do coeficiente global de transferncia de calor (UA), para cada localizao.
Si stema I
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Si stema IIa
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K
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Si stema IIb
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Sistema IIc
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Sistema III
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Aqueci mento Aqueci mento - Mdi a UA
Legenda:
1 Penhas Douradas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Saint Hubert
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Groningen
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-21 - Necessidades energticas de aquecimento do edifcio unifamiliar nas diferentes localizaes
europeias
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
177/291
Na tabela 7-4 inclui-se o valor associado s necessidades energticas de ventilao (valores
relativos ao perodo de aquecimento).
Tabela 7-4 - Perdas energticas associadas ventilao [MWh/ano]
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII
Penhas Douradas 5,09 3,04 3,12 4,95 4,67
Portugal
Lisboa 2,02 1,17 1,20 1,85 1,84
Bruxelas 4,89 2,94 2,97 4,32 4,87
Blgica
Saint Hubert 6,47 3,38 3,43 5,13 6,50
Nice 2,14 1,21 1,24 1,92 1,91
Frana
Paris 4,57 2,74 2,78 4,08 4,40
Amsterdo 5,02 3,15 3,17 4,38 5,25
Holanda
Groningen 6,38 3,82 3,85 5,37 6,57
Bergen 5,91 3,39 3,46 5,15 5,78
Noruega
Jan - Mayen 11,66 7,48 7,44 9,88 12,22
Aberdeen 6,63 4,03 4,07 5,86 6,80
Reino Unido
Londres 5,26 3,13 3,18 4,74 5,14
Estocolmo 7,49 4,62 4,46 6,53 7,85
Sucia
Gotemburgo 6,61 3,81 3,82 5,76 6,60
As principais concluses a retirar so:
como se verificou na anlise efectuada para Portugal, os consumos energticos associa-
dos ao aquecimento do edifcio so mais elevados nas zonas que apresentam um clima mais
severo, ou seja, neste caso, Jan-Mayen. A severidade do clima pode ser traduzida no s
pela durao da estao de aquecimento que, neste caso, engloba todo o ano (12 meses), mas
tambm pelo nmero de Graus-Dias de aquecimento, que tem um valor de 7789 C.dia
(tabela 7-5);
Tabela 7-5 - Durao da estao de aquecimento e Graus-Dias de aquecimento para as diferentes loca-
lizaes
Durao da Estao de Aquecimento
[meses]
Nmero de Graus Dias
[C.dia]
Lisboa 6,0 1276
Nice 6,0 1914
Amsterdo 7,7 3286
Paris 8,3 3359
Penhas Douradas 8,0 3491
Bruxelas 8,7 3796
Londres 9,3 3836
Groningen 10,7 4197
Aberdeen 12,0 4442
Bergen 11,0 4476
Saint Hubert 9,7 4629
Gotemburgo 9,3 4721
Estocolmo 9,7 5388
Jan-Mayen 12,0 7789
nas Penhas Douradas, apesar de a severidade do clima no ser extrema, obtm-se, tam-
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
178/291
bm um valor elevado das necessidades energticas. Associado a este facto, encontra-se o
valor do coeficiente global de perdas (UA), que mais elevado para Portugal do que nos
restantes pases europeus;
no outro extremo dos valores das necessidades energticas de aquecimento encontram-
se, como seria de esperar, Lisboa e Nice, zonas que apresentam um nmero de Graus-Dias
muito baixo relativamente s restantes, apesar de apresentarem um coeficiente UA mais ele-
vado;
no entanto, existem outras zonas que apesar do seu clima ser mais extremo do que nas
Penhas Douradas, apresentam valores para as necessidades de aquecimento inferiores mas,
perdas por ventilao mais elevadas. Este facto deve-se, apenas, a uma envolvente com um
UA reduzido. Exemplos disso so as cidades de Estocolmo e Gotemburgo.
Na tabela 7-6 apresentam-se os consumos energticos associados ventilao mecnica,
referindo-se, uma vez mais, que as potncias dos ventiladores utilizados so diferentes entre
os sistemas de ventilao.
Tabela 7-6 - Consumos anuais de energia elctrica dos ventiladores [kWh/ano]
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII
P. Douradas
38,22 3,95 7,33 15,36 20,58
Portugal
Lisboa
38,18 8,30 8,52 14,29 37,70
Bruxelas
37,99 7,00 7,26 13,55 22,17
Blgica
Saint Hubert
37,60 6,68 7,00 13,97 18,15
Nice
38,05 8,10 8,33 14,20 48,69
Frana
Paris
37,96 7,26 7,42 13,65 26,94
Amsterdo
37,89 6,74 6,90 13,06 21,81
Holanda
Groningen
37,92 6,61 6,81 12,87 20,84
Bergen
37,79 7,33 7,52 13,84 18,44
Noruega
Jan - Mayen
37,70 5,54 5,61 11,60 6,68
Aberdeen
37,96 6,55 6,71 12,84 18,05
Reino Unido
Londres
37,96 7,13 7,39 13,71 21,43
Estocolmo
37,70 6,42 7,65 13,16 16,95
Sucia
Gotemburgo
37,83 6,68 6,87 13,26 18,83
7.2.2.2. Qualidade do Ar Interior e Renovao do Ar
Tal como anteriormente, para se avaliar a QAI analisa-se o nvel de dixido de carbono
(CO
2
) no interior dos compartimentos principais e a renovao do ar no edifcio, avaliando-
se se a ventilao a suficiente para os espaos.
Na figura 7-22 encontram-se os valores de CT
exc
, obtidos no perodo ocupado, para cada um
dos compartimentos principais. Os resultados obtidos so semelhantes aos do caso portu-
gus, como j expectvel.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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SI SIIa SIIb SIIc SIII Li mi te
Legenda:
1 Penhas Dou-
radas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Groningen
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Saint Hubert
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-22 - Valores de CT
exc
no perodo ocupado da estao de aquecimento
Pela figura 7-23 possvel avaliar se a ventilao insuficiente no interior de cada compar-
timento principal e qual a percentagem do perodo ocupado em que o fenmeno ocorre. Tal
como aconteceu com o nvel de CO
2
, e demonstrando que no so parmetros independen-
tes, no Quarto 1 e no Quarto 4, que a ventilao insuficiente durante perodos mais pro-
longados de tempo e para o Sistema IIa e IIb que os resultados obtidos demonstram a
maior ineficcia do sistema de ventilao.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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1 Penhas Doura-
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3 Bruxelas
4 Groningen
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Saint Hubert
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-23 - % do perodo ocupado em que a ventilao nos compartimentos principais insuficiente
A taxa de renovao do ar mdia da habitao unifamiliar para cada localizao encontra-se
representada na figura 7-24, onde se observa que os sistemas que conduzem a valores
mdios mais elevados so os SI e SIII.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Douradas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Saint Hubert
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Groningen
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-24 - Europa: RPH mdia do ar no edifcio na estao de aquecimento
A avaliao do nvel de humidade no interior dos espaos ser efectuada com base na per-
centagem do perodo ocupado, durante o qual a humidade relativa atinge valores superiores
a 75 % (figura 7-25).
C
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SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Dou-
radas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Groningen
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Saint Hubert
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-25 - Europa: % do perodo ocupado com HR>75%
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
182/291
No perodo ocupado, os valores de humidade relativa superiores a 75 % so mais prolonga-
dos na Cozinha e para os sistemas de ventilao SIIa e SIIb, apesar de nestes sistemas existir
interveno manual dos ocupantes na extraco de ar dos espaos hmidos, quando estes
esto a ser utilizados. Na Casa de Banho e Chuveiro os valores obtidos so reduzidos, o que
leva a concluir que essa interveno suficiente para garantir que a humidade e desta forma
no atinge valores elevados.
Na figura 7-26 apresentam-se os caudais mdios de extraco de ar da Cozinha, Casa de
Banho e Chuveiro.
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SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Dou-
radas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Groningen
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Saint Hubert
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-26 - Europa: Caudal mdio de extraco de ar dos compartimentos hmidos
Os caudais mdios mais elevados, na Cozinha, ocorrem para SIIc, sendo a HR, neste espao
e para este sistema de ventilao, a que apresenta menor frequncia acima dos 75 %. Na
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
183/291
Casa de Banho e Chuveiro, o SI que apresenta maiores caudais mdios, apesar de nem
sempre a HR ser a mais baixa, indicando que o sistema de controlo no 100 % eficiente.
No entanto, as frequncias de ocorrncia de HR >75% para este sistema so baixas.
No que diz respeito frequncia com que a humidade absoluta inferior a 5 g/kg, o valor
limite de 800 horas ultrapassado em algumas localizaes e para alguns sistemas (figura
7-27). Note-se, no entanto, que a durao dos perodos de aquecimento diferente, mas o
nmero limite de horas se mantm constante.
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SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo;
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 - Gotemburgo
Figura 7-27 - Europa: % do perodo ocupado com Habs<5 g/kg
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
184/291
7.2.2.3. Conforto Trmico
Tal como no caso anterior, para avaliar o conforto trmico dos ocupantes no interior dos
espaos analisaram-se as temperaturas e o PPD.
A frequncia de ocorrncia das temperaturas registadas durante a estao de aquecimento na
Sala, encontram-se representadas na figura 7-28, para os diferentes sistemas e localizaes.
As temperaturas no interior dos espaos depende, principalmente, de quatro factores:
temperatura de setpoint;
temperatura exterior;
caractersticas da envolvente (UA);
trocas de ar com o exterior.
Com efeito verifica-se que:
as temperaturas mximas ocorrem para Bergen, Estocolmo e Gotemburgo, localizaes
que possuem o coeficiente global de transferncia de calor (UA) mais baixo, apesar das
reduzidas temperaturas exteriores;
os sistemas que do origem a temperaturas mximas mais elevadas so o Sistema IIa e
IIb, devido reduzida taxa de renovao de ar do edifcio (figura 7-24).
Para algumas localizaes, como por exemplo, Bergen, Estocolmo e Gotemburgo, as tempe-
raturas no interior do edifcio atingem valores muito superiores ao setpoint imposto poden-
do a diferena atingir os 6 C. Ou seja, podem ocorrer perodos de sobreaquecimento. Por
outro lado, nas Penhas Douradas, e Jan-Mayen, por exemplo, as temperaturas mximas, tm
valores mais baixos prximos do setpoint, razo pela qual podero ocorrer perodos em que
os ocupantes tm sensao de frio.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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Temperatura Interi or [C]
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Temperatura Interi or [C]
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Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo;
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 Gotemburgo
Figura 7-28 - Sala: Frequncia de ocorrncia das temperaturas interiores nos perodos com ocupao
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
186/291
SIII
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Temperatura Interi or [C]
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo;
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 Gotemburgo
Figura 7-28 - Sala: Frequncia de ocorrncia das temperaturas interiores nos perodos com ocupao
(cont.)
Para avaliar este desconforto apresenta-se, na figura 7-29, a percentagem do perodo ocupa-
do em que PPD superior a 10 %. As localizaes para as quais ocorre maior desconforto
so aquelas nas quais ocorrem as temperaturas mximas, ou seja, Bergen, Estocolmo e
Gotemburgo, tal como expectvel.
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Si stemaI Si stemaIIa Si stemaIIb Si stemaIIc Si stemaIII
Figura 7-29 - Sala: % do perodo ocupado em que PPD>10%
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo;
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 Gotemburgo
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
187/291
7.2.3. Anlise global da habitao unifamiliar
No que diz respeito aos consumos energticos de aquecimento constatou-se que os sistemas
actuais apresentam os valores mais elevados, assistindo-se a diferenas de cerca de 30 %
entre os sistemas SIIa e SIV. A ocorrncia destas diferenas era expectvel, uma vez que,
so os sistemas actuais que tm associadas as maiores perdas devidas s elevadas taxas de
ventilao que a caracterizam. No caso mais extremo, para SIV, a energia que se perde pela
ventilao representa 83 % de toda a energia envolvida no processo de aquecimento dos
espaos. Por outro lado, so os sistemas SIIa e SIIb que do origem s menores necessidades
de aquecimento e, tambm, menores perdas associadas ventilao.
Ao efectuar a anlise dos sistemas inovativos nas localizaes europeias, as concluses so
semelhantes, no que diz respeito s necessidades de aquecimento. Os sistemas SIIa e SIIb
apresentam os menores valores e sistema SI os valores mximos. As perdas energticas
associadas ventilao ocorrem, tambm nas localizaes em que as temperaturas exteriores
so mais baixas. No entanto deve notar-se que, ao contrrio do que aconteceu quando se
analisou apenas Portugal, estas perdas no so proporcionais s necessidades de aquecimen-
to, como ilustrado, a ttulo exemplificativo, na figura 7-30 para o Sistema III. Nesta figura
apresenta-se tambm o valor o coeficiente global de transferncia de calor (UA), onde se
verifica que, por exemplo, nas Penhas Douradas, o desfasamento entre as necessidades de
aquecimento e as perdas associadas ventilao so de cerca de 65 %. O que significa que a
qualidade da envolvente, aqui representada pelo parmetro UA, preponderante para esta
localizao.
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K
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Aqueci mento Perdas associ adas venti l ao UA
Figura 7-30 - Sistema III: Valores de energia trmica de aquecimento e perdas associadas ventilao
Um outro consumo energtico que foi analisado diz respeito aos ventiladores que promovem
a extraco mecnica do ar interior. Como se verificou na figura 7-30, apresentada ante-
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
188/291
riormente, os maiores consumos ocorrem nos sistemas SIV e SV, no qual o ventilador fun-
ciona durante 16 horas, em contnuo, com caudais constantes e com uma potncia elctrica
superior.
Nos restantes sistemas, e como se referiu anteriormente, importante conhecer o perodo da
estao de aquecimento em que o ventilador se encontra desligado, ocorrendo apenas venti-
lao natural. Cada sistema tem associado um algoritmo de controlo, e permite a ventilao
natural de acordo com condies distintas. Na figura 7-31 apresenta-se a percentagem do
perodo de aquecimento, em que, para cada um dos sistemas inovativos, a extraco natu-
ral.
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SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 - Bragana
2 C. Branco
3 vora
4 - Porto
5 Lisboa
6 Nice
7 Amsterdo
8 Paris
9 P. Douradas
10 Bruxelas
11 Londres
12 Groningen
13 Aberdeen
14 Bergen
15 St. Hubert
16 Gotemburgo
17 Estocolmo
18 Jan-Mayen
Figura 7-31 - % do perodo de aquecimento com ventilao natural
As capacidades de extraco do ar do interior do edifcio, sem recorrer a meios mecnicos,
diferente para os diversos sistemas de ventilao:
Sistema I: a extraco natural apenas ocorre nos perodos no ocupados e quando a tem-
peratura exterior inferior a uma temperatura pr programada e varivel com a localiza-
o. O tempo durante o qual ocorre a extraco por meios naturais prxima dos 15 %,
para todas as localizaes;
Sistema IIa e IIb: estes dois sistemas tm um elevado potencial de extraco natural,
atingindo o seu mximo para Jan-Mayen (~60 % do tempo), localizao para a qual o gra-
diente de temperaturas entre o interior e o exterior mximo. Para estes sistemas, as loca-
lizaes que menos proveito retiram desta particularidade do sistema so Lisboa e Nice,
uma vez que possuem os climas mais amenos (T
ext-int
mais baixo).
Sistema IIc: tambm neste caso, os melhores resultados so obtidos para Jan-Mayen,
pelos motivos anteriormente apresentados;
Sistema III: este sistema apenas apresenta resultados significativos nos climas mais
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
189/291
severos (Gotemburgo, Estocolmo e Jan-Mayen), nos restantes a extraco por meios natu-
rais , praticamente, inexistente.
Ou seja, os sistemas actuais (SIV e SV) conduzem a consumos energticos superiores aos
obtidos nos sistemas inovativos. So superiores as necessidades de aquecimento, as perdas
associadas ventilao do edifcio e, SV, apresenta valores de energia elctrica utilizada
pelos ventiladores muito superiores s dos restantes sistemas. As diferenas entre as neces-
sidades de aquecimento dos sistemas actuais e inovativos acentuam-se para os climas mais
extremos.
Em relao aos sistemas inovativos, aquele para o qual se obtm maiores necessidades de
aquecimento o sistema SI, ao qual est associada uma taxa de renovao de ar mdia mais
elevada, ou seja, em que as perdas energtica associadas ventilao so maiores. Em
seguida, encontram-se os sistemas SIIc e SIII, com consumos prximos e por fim, os casos
SIIa e SIIb, que apresentam valores muito reduzidos de taxas de renovao de ar mdias,
prximas das 0,15 RPH, o que se traduz em baixas perdas por ventilao e reduzidas neces-
sidades de aquecimento. Para alm disso, como so os dois sistemas que fazem melhor
aproveitamento da ventilao natural, apresentam, comparativamente, os menores consumos
energticos associados ao ventilador.
A QAI foi avaliada analisando o nvel de CO
2
e de humidade relativa e absoluta. No caso do
sistema de ventilao natural (SIV) o limite imposto para a concentrao de CO
2
nunca
excedido, devendo-se estes resultados aos caudais mdios de infiltraes que registam os
valores mais elevados para este sistema. O sistema SV d origem a valores de CT
exc
que
ultrapassam os limites impostos, nos Quartos 1 e 2, para algumas localizaes, o que acon-
tece devido ao facto do ventilador estar desligado no perodo nocturno, durante o qual estes
espaos se encontram ocupados, dando origem aos resultados obtidos.
A relao entre os caudais de infiltrao e os valores de CT
exc
est representado na figura
7-32 para o Quarto 1, compartimento que apresenta a situao mais extrema, e para os dife-
rentes sistemas de ventilao. Verifica-se que, para os sistemas de ventilao que apresen-
tam caudais mdios de infiltrao menores ocorrem as concentraes de CO
2
mais elevadas,
tal como normal acontecer. As concentraes mais elevadas ocorrem para os Sistemas IIa
e IIb, para os quais as infiltraes mdias so muito reduzidas.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
190/291
0
500
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3500
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0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 45.0
Caudal de i nfiltraes [m
3
/h]
C
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c
(
Q
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t
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1
)
[
k
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p
m
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h
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-32 - Quarto 1: Relao entre CT
exc
mdia e o caudal mdio de infiltraes
Um outro parmetro que avalia o nvel de CO
2
nos espaos a ventilao efectiva (qen),
sendo os resultados obtidos coincidentes com os resultados obtidos para o CT
exc
. Deste
modo os sistemas para os quais a ventilao insuficiente, durante um perodo mais alarga-
do, so os Sistemas IIa e IIb. Deve tambm notar-se que, excepto para os Sistemas IIc e IV,
o Quarto 4, tem em geral uma ventilao insuficiente, sugerindo, este facto uma m distri-
buio dos caudais no interior do edifcio.
Quanto aos nveis da humidade relativa estes atingem os valores mais elevados na Cozinha
de uma forma geral. nesta zona que a produo de vapor de gua superior e mais fre-
quente durante o dia. A frequncia com que a humidade relativa superior a 75 % maior
para os sistemas SIIa, SIIb e SIV. Analisando estes resultados, com detalhe, observa-se que,
os caudais de extraco para os dois primeiros sistemas so muito reduzidos, quando compa-
rados aos dos restantes sistemas (figura 7-13). Apesar dos reduzidos caudais mdios obtidos
nestes sistemas permitido aos ocupantes intervir manualmente na extraco de ar dos
espaos hmidos quando estes esto a ser utilizados. Na Casa de Banho e Chuveiro os valo-
res de HR obtidos so reduzidos, o que leva a concluir que essa interveno suficiente para
garantir que a humidade no atinja valores elevados.
No se deve, no entanto esquecer que, como referido, na Cozinha que ocorre a maior pro-
duo de vapor de gua, durante perodos mais prolongados e numerosos, podendo a inter-
veno manual pode no ser a suficiente em todas as situaes, uma vez que HR depende
tambm da humidade exterior, tal como se ilustra na figura 7-33, para o caso das Penhas
Douradas.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
191/291
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75
100
0 2 4 4 8 72 9 6 12 0 14 4 16 8
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[
%
]
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150
200
250
C
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x
t
r
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c
o
[
m
3
/
h
]
HR exteri or HR cozi nha Extraco - cozi nha
Segunda Sbado Domi ngo Tera Quarta Sexta Qui nta
Figura 7-33 - Sistema IIa: Evoluo da HR e dos caudais de extraco na Cozinha (Penhas Douradas)
Quanto ao sistema SIV, para a Cozinha, verifica-se uma humidade relativa superior a 75 %
durante uma grande percentagem do perodo ocupado, apesar de, em termos mdios, os cau-
dais de extraco serem dos mais elevados. Note-se, no entanto, que a extraco no sistema
de ventilao natural constante (figura 7-34), enquanto que, nos sistemas inovativos o cau-
dal aumenta quando produzido vapor de gua na Cozinha.
25
50
75
100
0 2 4 4 8 72 9 6 12 0 14 4 16 8
H
u
m
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d
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i
v
a
[
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160
C
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c
o
[
m
3
/
h
]
HR exteri or HR cozinha Extraco - cozinha
Segunda Sbado Domingo Tera Quarta Sexta Qui nta
Figura 7-34 - Sistema IV: Evoluo da HR e dos caudais de extraco na Cozinha (Penhas Douradas)
O sistema inovativo que tem os caudais mdios de extraco mais elevados na Cozinha o
SIIc, sendo, tambm para este sistema que se atinge, com menor frequncia, EHR.
Para SI, seria de esperar que, na Casa de Banho e Chuveiro a humidade relativa nunca exce-
desse os 75 %, no entanto, note-se que nos resultados apresentados contabilizam-se os
perodos em que o vapor de gua est a ser produzido e que, quando a UCC assume a posi-
o Ningum em Casa (PNC), o caudal de extraco reduzido para 36 m
3
/h (caudal total
do edifcio), caudal insuficiente para remover a humidade que possa ter ficado nas casas de
banho e cozinha e que s ser totalmente removida quando o sistema assumir a posio
Normal (PN), ou seja, quando os ocupantes voltarem ao edifcio. Este comportamento do
Sistema I est representado na figura 7-35.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
192/291
0
20
40
60
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100
120
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hora
H
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C
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x
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c
o
[
m
3
/
h
]
HR (Exteri or) HR (Casa de Banho) Extraco (Casa de Banho)
Figura 7-35 - Sistema I: Evoluo da HR e dos caudais de extraco na Cozinha (Penhas Douradas)
No caso portugus, a sensao de secura (SS) ocorre para um perodo superior a 800 horas,
nas Penhas Douradas e em Bragana, facto que est associado aos valores da humidade
absoluta exterior que so mais reduzidos para estas localidades, como se ilustra na figura
7-36.
Na Europa, a humidade absoluta inferior a 5 g/kg, em localizaes para as quais a humida-
de exterior frequentemente baixa. Um exemplo disso Jan-Mayen.
A SS dependente da localizao e funo dos caudais de infiltrao envolvidos.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
B
r
a
g
a
n
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C
.
B
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n
c
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v
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L
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b
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P
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D
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P
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H
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N
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B
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J
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-
M
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q
u
e
H
a
b
s
<
5
g
/
k
g
Figura 7-36 - Humidade Absoluta Exterior: N. de horas em que este parmetro inferior a 5g/kg
A ltima anlise efectuada recai no conforto trmico dos ocupantes que , baseado na tem-
peratura interior e no PPD. Analisando a figura 7-19 e a figura 7-28 conclui-se que a tempe-
ratura no interior dos espaos se encontra relacionada com a localizao do edifcio, uma
vez que, para os diferentes sistemas as frequncias de ocorrncia deste parmetro so seme-
lhantes, verificando-se que para os climas mais quentes que as temperaturas interiores se
afastam com maior frequncia do setpoint imposto.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
193/291
Atravs da avaliao do ndice PPD, verifica-se que, na Sala, ocorre um maior perodo de
desconforto nas zonas climticas mais frias do que nas restantes. Desta forma possvel
verificar que as temperaturas mais baixas registadas so mais determinantes do que o
sobreaquecimento temporrio.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
194/291
7.3. Habitao Multifamiliar
Depois de analisado o comportamento dos diferentes sistemas de ventilao, inovativos e
actuais, na habitao unifamiliar, ser avaliado o desempenho destes sistemas, quando apli-
cados num edifcio multifamiliar. A anlise foi efectuada para os Pisos 1, 3 e 4.
7.3.1. Sistemas Inovativos versus Sistemas Actuais
Em semelhana ao que se efectuou no caso anterior, inicia-se a anlise para as diferentes
localidades Portuguesas, seguindo-se uma anlise a nvel Europeu.
7.3.1.1. Consumo energtico
Genericamente, verifica-se que no Piso 4 que ocorrem as maiores necessidades energticas
de aquecimento, independentemente da localizao (figura 7-37). As diferenas verificadas
neste parmetro devem-se a dois factores fundamentais:
perdas de energia pela envolvente, que so diferentes entre pisos;
perdas associadas ventilao do edifcio que variam com as localizaes e sistemas.
Bragana
3.5
4.5
5.5
6.5
7.5
8.5
9.5
10.5
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
E
n
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g
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a
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c
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[
M
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h
/
a
n
o
]
PISO 1 PISO 3 PISO 4
vora
1.2
1.7
2.2
2.7
3.2
3.7
4.2
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5.2
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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[
M
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h
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a
n
o
]
PISO 1 PISO 3 PISO 4
Figura 7-37 - Edifcio Multifamiliar: Necessidades energticas para o aquecimento dos apartamentos
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
195/291
Porto
1.2
1.7
2.2
2.7
3.2
3.7
4.2
4.7
5.2
5.7
6.2
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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[
M
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n
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]
Castel o Branco
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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[
M
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a
n
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]
Penhas Douradas
6.2
7.2
8.2
9.2
10.2
11.2
12.2
13.2
14.2
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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[
M
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a
n
o
]
PISO 1 PISO 3 PISO 4
Lisboa
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
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[
M
W
h
/
a
n
o
]
PISO 1 PISO 3 PISO 4
Figura 7-37 - Edifcio Multifamiliar: Necessidades energticas para o aquecimento dos apartamentos
(cont.)
Com efeito, o apartamento do Piso 4 possui uma
envolvente mais permevel s trocas de calor, uma
vez que o seu coeficiente global de transferncia de
calor (UA) superior dos restantes pisos. Neste
aspecto o apartamento do Piso 3 aquele que deve-
r apresentar um melhor desempenho, por se encon-
trar limitada superior e inferiormente, por dois apar-
tamentos, tendo como consequncia valores de UA
inferiores.
60
70
80
90
100
110
120
130
Pi so 1 Pi so 3 Pi so 4
U
A
[
W
/
C
]
10 %
43 %
Figura 7-38 - Portugal: UA dos aparta-
mentos da habitao multifamiliar
De referir que a diferena entre o coeficiente global de transferncia de calor (UA) do Piso 1
(111 W/C) e do Piso 4 (123 W/C) no muito significativa e que a rea de perdas para o
exterior muito semelhante. No entanto, note-se que, enquanto que a cobertura do Piso 4
em desvo ventilado, sendo a temperatura nesse desvo igual exterior, o pavimento do
Piso 1, encontra-se em contacto com o solo, sendo a temperatura assumida para este a mdia
mensal das mdias dirias, ou seja, no ocorrem temperaturas extremas. Neste piso, as per-
das devidas ventilao so superiores s do Piso 4, mas, globalmente, as necessidades de
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
196/291
aquecimento so inferiores s do Piso 4 por causa da reduzida perda pelo solo.
Na tabela 7-7 apresenta-se a energia trmica que se perde nas trocas de ar que ocorrem entre
o interior e o exterior do edifcio. As maiores perdas ocorrem no Piso 1 seguidas pelo Piso 3
e pelo Piso 4, no entanto as diferenas que se verificam entre pisos so muito reduzidas, o
que indica que os caudais de ventilao. No interior do edifcio devero ter valores seme-
lhantes.
Tabela 7-7 - Habitao Multifamiliar: Perdas energticas associadas ventilao do edifcio
[MWh/ano]
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Lisboa 1,54 1,22 1,27 1,59 1,54 2,11 1,92
vora 1,95 1,54 1,61 2,04 2,07 2,65 2,46
Porto 2,20 1,70 1,74 2,20 2,37 2,94 2,90
Castelo Branco 2,31 1,82 1,90 2,44 2,37 3,19 2,78
Penhas Douradas 3,93 3,13 3,22 4,27 4,95 5,48 5,46
P
i
s
o
1
Bragana 2,96 2,36 2,45 3,17 3,19 4,13 4,13
Lisboa 1,46 1,14 1,18 1,49 1,41 1,91 1,78
vora 1,84 1,42 1,48 1,90 1,86 2,39 2,23
Porto 2,09 1,59 1,63 2,07 2,14 2,66 2,68
Castelo Branco 2,17 1,67 1,75 2,26 2,13 2,87 2,54
Penhas Douradas 3,67 2,81 2,95 3,95 4,33 4,89 4,97
P
i
s
o
3
Bragana 2,78 2,13 2,26 2,93 2,87 3,71 3,32
Lisboa 1,38 1,06 1,10 1,41 1,21 1,80 1,74
vora 1,79 1,35 1,41 1,83 1,62 2,28 2,22
Porto 2,06 1,53 1,58 2,01 1,93 2,55 2,73
Castelo Branco 2,09 1,58 1,67 2,19 1,74 2,75 2,45
Penhas Douradas 3,63 2,71 2,87 3,87 3,67 4,70 5,13
P
i
s
o
4
Bragana 2,71 2,03 2,18 2,86 2,27 3,58 3,24
Apesar destes resultados, as maiores necessidades trmicas de aquecimento ocorrem no
apartamento do ltimo piso, pelo que se conclui que as perdas de calor pela envolvente neste
piso so determinantes, comparativamente s restantes.
Tal como se referiu anteriormente, os ventiladores utilizados em cada um dos sistemas para
extrair o ar mecanicamente so diferentes, originando as alteraes que se verificam no con-
sumo energtico em cada piso e localizao (tabela 7-8).
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
197/291
Tabela 7-8 - Habitao Multifamiliar: Consumos anuais de energia elctrica para ventilao mecnica
[kWh/ano]
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Lisboa
39,97 27,67 31,50 32,63 37,27
vora
39,86 27,72 31,20 32,52 38,32
Porto
40,28 27,59 31,86 32,55 33,32
Castelo Branco
40,36 28,25 31,28 32,66 37,08
Penhas Douradas
39,81 27,48 31,92 32,86 20,44
P
i
s
o
1
Bragana
40,11 28,50 31,61 32,86 28,36
0 45,19
Lisboa
39,92 27,70 31,64 32,72 37,30
vora
39,81 27,75 31,45 32,63 38,37
Porto
40,17 27,61 31,97 32,66 33,35
Castelo Branco
40,36 28,25 31,23 32,72 37,16
Penhas Douradas
39,78 27,50 31,37 32,94 20,47
P
i
s
o
3
Bragana
40,17 28,47 31,06 32,94 28,41
0 45,19
Lisboa
39,83 27,70 31,53 32,74 37,27
vora
39,78 27,75 31,26 32,66 38,29
Porto
40,22 27,61 31,72 32,69 33,32
Castelo Branco
40,14 28,25 30,95 32,74 37,05
Penhas Douradas
39,83 27,50 31,14 32,97 20,44
P
i
s
o
4
Bragana
40,03 28,47 30,70 32,94 28,36
0 45,19
Como se referiu anteriormente, o consumo dos ventiladores est directamente associado
sua potncia e ao tempo durante o qual est ligado, ou seja, dependente da capacidade do
sistema em efectuar extraco do ar interior de forma natural.
7.3.1.2. Qualidade do Ar Interior e Renovao de Ar
A Qualidade do Ar no Interior do Edifcio avaliada atravs de dois parmetros: a concen-
trao de CO
2
nos compartimentos principais e o nvel de humidade no interior dos compar-
timentos hmidos, em tudo semelante ao que foi apresentado para os edifcios unifamiliares.
Analisando os resultados para os diferentes pisos constata-se que os valores no apresentam
diferenas significativas entre os diferentes pisos, como ilustrado na figura 7-39 para as
Salas e Quartos 2, espaos localizados em fachadas opostas, do edifcio localizado no Porto,
Penhas Douradas e Lisboa.
Esta proximidade dos resultados obtidos era expectvel, uma vez que os sistemas so con-
trolados atravs do mesmo princpio de controlo em todos os pisos e, as condies no inte-
rior do edifcio, no que diz respeito presena dos ocupantes, exactamente igual. Assim
sendo, ser de esperar que, os caudais de ventilao envolvidos em cada piso no apresen-
tem diferenas relevantes entre si.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
198/291
0
10
20
30
40
50
60
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
T
e
x
c
[
k
p
p
m
.
h
]
Porto P. Douradas Li sboa
Figura 7-39 - Sala: Valores de CT
exc
para os dife-
rentes pisos do Porto, Penhas Douradas e Lisboa
0
10
20
30
40
50
60
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
T
e
x
c
[
k
p
p
m
.
h
]
Porto P. Douradas Li sboa
Figura 7-40 - Quarto 2: Valores de CT
exc
para os dife-
rentes pisos do Porto, Penhas Douradas e Lisboa
Na figura 7-41 apresentam-se os caudais mdios de infiltraes dos trs pisos para o Porto,
Penhas Douradas e Lisboa.
30
40
50
60
70
80
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
a
u
d
a
l
d
e
i
n
f
i
l
t
r
a
e
s
[
m
3
/
h
]
Porto Val or Mdi o
30
40
50
60
70
80
90
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
a
u
d
a
l
d
e
i
n
f
i
l
t
r
a
e
s
[
m
3
/
h
]
P. Douradas Val or Mdi o
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
a
u
d
a
l
d
e
i
n
f
i
l
t
r
a
e
s
[
m
3
/
h
]
Li sboa Val or Mdi o
Figura 7-41 - Sala: Caudais mdios de infiltraes para os diferentes pisos do Porto, Penhas Douradas e
Lisboa
Uma vez que no existem diferenas significativas entre os resultados obtidos para cada piso
apresentam-se, em seguida, os valores mdios obtidos para todo o edifcio.
No caso do edifcio multifamiliar, o parmetro CT
exc
no ultrapassa o valor limite de
100 kppm.h, contrariamente ao que aconteceu para o edifcio unifamiliar (figura 7-42). De
forma semelhante ao que se observou na vivenda, o Quarto 1 apresenta o mesmo andamen-
to, a nvel de CT
exc
, uma vez que neste compartimento que existe maior ocupao noctur-
na.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
199/291
Sal a
0
20
40
60
80
100
120
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
t
e
x
c
,
m
d
i
a
[
k
p
p
m
.
h
]
Quarto 1
0
20
40
60
80
100
120
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
t
e
x
c
,
m
d
i
a
[
k
p
p
m
.
h
]
Quarto 2
0
20
40
60
80
100
120
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
t
e
x
c
,
m
d
i
a
[
k
p
p
m
.
h
]
Quarto 3
0
20
40
60
80
100
120
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
C
t
e
x
c
,
m
d
i
a
[
k
p
p
m
.
h
]
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Lisboa Li mite
Figura 7-42 - Portugal: Valores mdios de CT
exc
no perodo ocupado da habitao multifamiliar
Os valores obtidos para a concentrao de CO
2
esto relacionados com os caudais de ar que
circulam do exterior para o interior do edifcio (infiltraes), sendo os valores mdios das
infiltraes no edifcio apresentados na tabela 7-9.
Tabela 7-9 - Edifcio Multifamiliar: Mdia dos caudais mdios de infiltraes no perodo ocupado
Sala
Bragana
Castelo
Branco
vora Lisboa
Penhas
Douradas
Porto
SI 67,5 67,7 70,3 68,8 69,6 75,6
SIIa 34,6 34,5 36,7 35,8 37,5 39,5
SIIb 36,4 36,0 37,9 36,8 39,3 40,5
SIIc 58,6 57,7 59,3 57,8 63,5 60,1
SIII 64,2 61,8 68,6 60,9 78,4 73,8
SIV 56,3 56,1 58,9 57,8 60,1 61,6
SV 59,5 57,9 64,1 66,1 58,0 77,2
Quarto 1
Bragana
Castelo
Branco
vora Lisboa
Penhas
Douradas
Porto
SI 37,0 37,1 39,2 38,1 38,8 42,6
SIIa 24,8 24,5 27,1 26,2 27,2 29,4
SIIb 26,6 26,4 28,2 27,4 28,5 30,2
SIIc 34,1 34,1 35,2 34,7 35,6 36,4
SIII 27,6 26,0 28,1 26,7 34,8 31,6
SIV 44,0 43,9 45,3 44,8 45,9 47,1
SV 35,7 34,8 37,2 38,3 41,6 43,8
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
200/291
Tabela 7-9 - Edifcio Multifamiliar: Mdia dos caudais mdios de infiltraes no perodo ocupado (cont.)
Quarto 2
Bragana
Castelo
Branco
vora Lisboa
Penhas
Douradas
Porto
SI 23,6 20,2 23,7 24,8 22,5 21,7
SIIa 23,7 24,0 23,2 24,1 22,7 21,7
SIIb 26,8 26,5 25,1 25,8 25,4 23,2
SIIc 30,5 30,4 30,0 30,2 32,3 28,6
SIII 17,2 18,0 17,7 18,8 17,4 17,9
SIV 42,5 43,0 41,5 42,7 42,1 40,3
SV 33,6 34,7 40,7 36,8 44,7 39,4
Quarto 3
Bragana
Castelo
Branco
vora Lisboa
Penhas
Douradas
Porto
SI 23,3 23,9 23,5 24,5 23,2 21,5
SIIa 24,3 24,6 23,8 24,8 23,7 22,3
SIIb 25,6 25,7 24,5 25,4 24,5 22,9
SIIc 32,3 32,1 30,4 30,2 31,0 28,5
SIII 17,1 18,1 17,6 18,9 17,5 17,9
SIV 42,9 43,4 41,9 43,1 42,5 40,6
SV 33,9 34,9 41,0 37,1 45,1 39,7
Os sistemas SIIa e SIIb apresentam caudais de infiltraes mdios inferiores aos dos restan-
tes sistemas e, como tal registam os valores mais elevados de CO
2
, principalmente na Sala.
Os Quartos 2 e 3 tm infiltraes com valores inferiores aos dos espaos orientados a Sul, o
que se justifica pela sua orientao a Norte, ou seja, contrria direco do vento na maioria
do tempo, como se pode verificar no Anexo II. Estes compartimentos encontram-se numa
posio desfavorvel ocorrncia de infiltraes, situao que conduz aos resultados apre-
sentados no Anexo VI.
Analisando, em detalhe a tabela 7-9, seria de esperar que no Quarto 2 os maiores valores de
CT
exc
ocorressem para SIII e no para SI, como se apresenta na figura 7-42, uma vez que
para este sistema que ocorrem os menores caudais de infiltraes. No entanto, comparando
os valores mdios de CO
2
nos perodos de ocupao do edifcio com os caudais mdios de
infiltraes no mesmo espao de tempo, constata-se que, efectivamente, em termos mdios,
neste compartimento o nvel de CO
2
atinge valores mximos para caudais de infiltraes
mnimos.
450
550
650
750
850
950
1050
15 20 25 30 35 40 45 50
Caudal de i nfi ltraes [m3/h]
C
o
n
c
e
n
t
r
a
o
m
d
i
a
d
e
C
O
2
[
p
p
m
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV Si stema V
Figura 7-43 - Quarto 2: Relao entre a concentrao mdia de CO
2
e os caudais de infiltraes
Na figura 7-44 apresenta-se a concentrao mdia de CO
2
para a Sala, em funo dos cau-
dais mdios de infiltraes. Aos sistemas que do origem a menores caudais mdios (SIIa e
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
201/291
SIIb) esto associadas as mais elevadas concentraes de poluente, tal como se esperava.
450
550
650
750
850
950
1050
30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
Caudal de i nfi ltraes [m3/h]
C
o
n
c
e
n
t
r
a
o
m
d
i
a
d
e
C
O
2
[
p
p
m
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-44 - Sala: Relao entre a concentrao mdia de CO
2
e os caudais de infiltraes
Este facto tambm evidenciado no parmetro de ventilao efectiva, apresentado na figura
7-45 para o Quarto 2, em que o Sistema para o qual a ventilao insuficiente com maior
frequncia o Sistema III.
Quarto 2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
d
e
t
e
m
p
o
c
o
m
q
e
n
<
1
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Li sboa
Figura 7-45 - Quarto 2: % do perodo ocupado em que a ventilao insuficiente
O parmetro CT
exc
superior para SI porque,
apesar de, em mdia, os valores de CO
2
serem
superiores para SIII, as concentraes de CO
2
,
para o primeiro sistema atingem valores mais
elevados (figura 7-46), para o caso do Porto.
Na determinao deste parmetro num dado
instante, quanto maior for a concentrao de
CO
2
maior ser o seu peso no valor final.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
N
d
e
h
o
r
a
s
c
o
m
C
O
2
>
2
0
0
0
p
p
m
Figura 7-46 - Porto: N. de horas com concen-
trao de CO
2
> 2000 ppm no Quarto 2
Assim, ao contrrio do que aconteceu com a habitao unifamiliar, o parmetro CT
exc
, neste
caso, apenas indica que so atingidas concentraes de CO
2
mais elevadas, no sendo indi-
cativos da mdia da concentrao do poluente.
A humidade relativa (figura 7-47) superior a 75 %, essencialmente em Castelo Branco e
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Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
202/291
Lisboa. O pior caso, para o Sistema III, ocorre na Cozinha e, no Sistema IIa e IIb, na Casa
de Banho. Neste ltimo espao, e devido estratgia de controlo do sistema, para SI que
se obtm os melhores resultados. Estes valores esto directamente relacionados com os cau-
dais de ar extrados dos espaos que se apresentam na tabela 7-10.
Cozinha
0%
5%
10%
15%
20%
25%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
d
o
p
e
r
o
d
o
o
c
u
p
a
d
o
c
o
m
H
R
>
7
5
%
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Li sboa
Casa de Banho
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
d
o
p
e
r
o
d
o
o
c
u
p
a
d
o
c
o
m
H
R
>
7
5
%
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Li sboa
Figura 7-47 - Habitao Multifamiliar: Mdia da % do perodo ocupado com HR>75%
Os caudais mdios da Cozinha so muito inferiores para o sistema SIII, enquanto que na
Casa de Banho so os sistemas SIIa e SIIb que tm menores valores de extraco de ar.
Tabela 7-10 Habitao Multifamiliar: Mdia dos caudais mdios de extraco no perodo ocupado
Bragana
Castelo
Branco
vora Lisboa
Penhas
Douradas
Porto
Cozinha
Sistema I 59,9 57,6 60,0 57,7 52,1 43,5
Sistema IIa 77,9 77,4 78,0 78,3 77,8 77,4
Sistema IIb 80,4 81,5 80,6 80,5 82,1 80,5
Sistema IIc 106,9 105,8 106,8 103,4 112,1 102,7
Sistema III 44,3 46,2 47,6 46,4 47,5 49,3
Sistema IV 90,0 89,4 90,1 90,5 93,2 91,8
Sistema V 87,1 86,9 89,0 87,4 89,2 87,9
Casa de Banho
Sistema I 91,7 96,5 92,1 96,0 102,1 118,2
Sistema IIa 29,6 30,1 30,3 31,2 30,0 30,5
Sistema IIb 31,3 32,3 31,7 31,8 32,0 32,1
Sistema IIc 44,7 44,1 45,1 43,6 46,8 43,3
Sistema III 47,9 51,8 51,8 52,7 53,1 57,5
Sistema IV 61,1 60,8 61,2 61,4 62,8 62,2
Sistema V 40,5 40,6 41,3 40,9 40,9 41,1
O perodo ocupado durante o qual a humidade absoluta inferior a 5 g/kg est representado
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Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
203/291
na figura 7-48, para a Cozinha e para a Casa de Banho. Os valores apresentados so as
mdias dos resultados obtidos para os trs pisos, uma vez que no se observam discrepn-
cias significativas. Verifica-se que, tal como aconteceu no caso da habitao unifamiliar, as
localizaes mais afectadas so Bragana e Penhas Douradas, devendo-se este facto humi-
dade absoluta exterior, como j foi explicado anteriormente (figura 7-36).
Cozinha
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
d
o
p
e
r
o
d
o
o
c
u
p
a
d
o
c
o
m
H
a
b
s
<
5
g
/
k
g
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Li sboa
Casa de Banho
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
%
d
o
p
e
r
o
d
o
o
c
u
p
a
d
o
c
o
m
H
a
b
s
<
5
g
/
k
g
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Li sboa
Figura 7-48 - Habitao Multifamiliar: Mdia da % do perodo ocupado com Habs<5g/kg
Neste parmetro, que se traduz numa sensao de secura (SS) por parte dos ocupantes, so
os sistemas actuais que apresentam piores resultados, seguidos pelo sistema SIIc. Estes trs
sistemas so os que apresentam maiores caudais mdios de extraco, ou seja, uma quanti-
dade superior de ar exterior a entrar no edifcio.
7.3.1.3. Conforto Trmico
As temperaturas nos interiores dos espaos atingem valores mais elevados e com maior fre-
quncia para o Piso 1 e para a Sala (tabela 7-11) onde a temperatura interior superior a
22 C com alguma frequncia. Como era de esperar, Lisboa apresenta as temperaturas inte-
riores mais elevadas.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
204/291
Tabela 7-11 Sala: Frequncia de ocorrncia de temperatura interior superior a 22 C nos perodos
com ocupao
Bragana Castelo Branco vora Lisboa Penhas Douradas Porto
SI
Piso 1 7% 7% 13% 18% 1% 6%
Piso 3 4% 3% 6% 8% 0% 2%
Piso 4 4% 4% 6% 11% 0% 3%
SIIa
Piso 1 10% 14% 22% 29% 2% 12%
Piso 3 7% 5% 9% 13% 0% 4%
Piso 4 6% 5% 9% 15% 1% 4%
SIIb
Piso 1 10% 14% 21% 29% 2% 12%
Piso 3 7% 5% 9% 13% 0% 4%
Piso 4 6% 5% 8% 15% 1% 4%
SIIc
Piso 1 8% 10% 17% 22% 1% 9%
Piso 3 5% 3% 7% 10% 0% 2%
Piso 4 5% 4% 7% 12% 1% 3%
SIII
Piso 1 8% 9% 14% 19% 1% 7%
Piso 3 5% 3% 6% 9% 0% 2%
Piso 4 5% 4% 6% 12% 1% 3%
SIV
Piso 1 8% 8% 13% 17% 1% 7%
Piso 3 4% 3% 6% 8% 0% 2%
Piso 4 4% 4% 6% 11% 1% 3%
SV
Piso 1 7% 7% 12% 16% 1% 6%
Piso 3 4% 3% 6% 8% 0% 2%
Piso 4 4% 4% 5% 10% 1% 2%
Avaliando a percentagem de pessoas descontentes (PPD) nos compartimentos principais
verifica-se que os perodos de tempo em que ocorre desconforto so reduzidos, verificando-
se uma maior incidncia nas Penhas Douradas e em Bragana, ou seja, climas mais severos.
Esta constatao reforada pela figura 7-49, onde se avalia o PPD para valores superiores a
10 % de descontentes.
Sal a
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
Bragana vora Porto C. Branco P. Douradas Li sboa
%
d
e
t
e
m
p
o
c
o
m
P
P
D
>
1
0
%
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-49 - Habitao Multifamiliar: Mdia da % do perodo ocupado em que PPD > 10%
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
205/291
7.3.2. Avaliao do impacto dos sistemas inovativos a nvel europeu
Apresenta-se neste subcaptulo os resultados considerados mais relevantes e representativos
das catorze localizaes seleccionadas para a Europa no caso da habitao multifamiliar.
7.3.2.1. Consumos Energticos
Na figura 7-50 apresentam-se os resultados obtidos para as necessidades energticas de
aquecimento do Piso 1, Piso 3 e Piso 4 do edifcio multifamiliar nas diferentes localizaes
Europeias.
Sistema I
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Si stema IIa
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Si stema IIb
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Si stema IIc
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
Sistema III
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
E
n
e
r
g
i
a
T
r
m
i
c
a
[
M
W
h
/
a
n
o
]
PISO 1 PISO 3 PISO 4
Legenda:
1 Penhas Douradas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Saint Hubert
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Groningen
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-50 - Habitao Multifamiliar: Necessidades de aquecimento das diferentes localizaes euro-
peias
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
206/291
Evidencia-se, nestes resultados, uma forte dependncia entre o valor do coeficiente global de
transferncia de calor (UA) e as necessidades energticas de aquecimento. Analisando a
figura 7-51, observa-se que, por exemplo, para as localizaes do Reino Unido, devido ao
valor reduzido da resistncia trmica do pavimento, o UA do Piso 1 do edifcio muito ele-
vado, traduzindo-se em necessidades energticas mais elevadas para este piso.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
U
A
[
W
/
K
]
PISO 1 PISO 3 PISO 4
Legenda:
1 Penhas Douradas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Groningen
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Saint Hubert
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-51 - Habitao Multifamiliar: Valor de UA em cada piso
O outro factor, na anlise dos restantes casos, que est directamente relacionado com as
variaes das necessidades energticas, so as perdas associadas ventilao dos espaos,
(tabela 7-12). O seu valor aproximadamente constante entre pisos, e mais elevado nas
localizaes que apresentam maiores GD.
Tabela 7-12 - Habitao Multifamiliar: Perdas energticas associadas ventilao do edifcio
[MWh/ano]
Piso 1
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII
Penhas Douradas
3,93 3,13 3,22 4,27 4,95
Lisboa
1,54 1,22 1,27 1,59 1,54
Bruxelas
3,65 2,87 2,94 3,69 4,35
Saint Hubert
4,84 3,80 3,94 5,08 5,80
Nice
1,63 1,27 1,31 1,64 1,78
Paris
3,42 2,64 2,69 3,43 4,04
Amsterdo
4,23 3,33 3,39 4,22 5,11
Groningen
4,67 3,67 3,73 4,66 5,57
Bergen
4,79 3,82 3,93 4,81 5,55
Jan-Mayen
8,79 6,57 6,58 8,19 11,19
Aberdeen
4,87 3,68 3,74 4,83 5,52
Londres
3,81 2,95 3,03 3,88 4,40
Estocolmo
5,89 4,69 4,76 5,90 7,17
Gotemburgo
5,19 4,12 4,18 5,18 6,27
Piso 3
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII
Penhas Douradas
3,67 2,81 2,95 3,95 4,33
Lisboa
1,46 1,14 1,18 1,49 1,41
Bruxelas
3,44 2,64 2,71 3,45 3,86
Saint Hubert
4,57 3,50 3,64 4,73 5,22
Nice
1,53 1,17 1,21 1,54 1,59
Paris
3,24 2,45 2,50 3,21 3,67
Amsterdo
4,00 3,08 3,13 3,92 4,51
Groningen
4,43 3,40 3,46 4,35 4,94
Bergen
4,50 3,56 3,60 4,49 4,95
Jan-Mayen
8,36 6,13 6,15 7,70 9,71
Aberdeen
4,78 3,53 3,59 4,64 5,12
Londres
3,69 2,80 2,88 3,70 4,06
Estocolmo
5,54 4,31 4,42 5,50 6,31
Gotemburgo
4,90 3,80 3,87 4,84 5,54
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
207/291
Tabela 7-12 - Habitao Multifamiliar: Perdas energticas associadas ventilao do edifcio
[MWh/ano] (cont.)
Piso 4
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII
Penhas Douradas
3,63 2,71 2,87 3,87 3,67
Lisboa
1,38 1,06 1,10 1,41 1,21
Bruxelas
3,36 2,51 2,60 3,36 3,13
Saint Hubert
4,46 3,32 3,50 4,61 4,12
Nice
1,53 1,15 1,19 1,52 1,41
Paris
3,25 2,39 2,46 3,17 3,13
Amsterdo
3,92 2,95 3,01 3,80 3,84
Groningen
4,37 3,24 3,32 4,24 4,21
Bergen
4,38 3,35 3,44 4,36 4,04
Jan-Mayen
8,48 6,01 6,06 7,60 9,00
Aberdeen
4,88 3,53 3,59 4,63 4,69
Londres
3,71 2,77 2,87 3,70 3,50
Estocolmo
5,41 4,07 4,18 5,33 5,09
Gotemburgo
4,80 3,61 3,70 4,70 4,59
No entanto, devido s diferenas existentes nas envolventes entre pisos e localizaes, a
relao entre estas perdas e as necessidades de aquecimento no directa. Note-se o caso de
Estocolmo, que apesar de apresentar das maiores perdas por ventilao, devido elevada
qualidade da sua envolvente, representa dos consumidores de energia para aquecimento
mais modestos, quando comparados com as restantes localizaes.
Na tabela 7-13 encontram-se os valores mdios de energia primria consumida no acciona-
mento dos ventiladores que promovem a ventilao mecnica.
Tabela 7-13 - Habitao Multifamiliar: Consumos anuais mdios de energia elctrica para accionamen-
to dos ventiladores [kWh/ano]
Piso 1
Localizao SI SIIa SIIb SIIc SIII
Penhas Douradas
39,81 27,50 31,48 32,91 20,47
Lisboa
39,92 27,70 31,56 32,69 37,27
Bruxelas
39,97 27,48 32,06 32,97 22,29
Saint Hubert
39,83 28,14 31,72 33,10 18,26
Nice
39,86 27,39 31,61 32,72 47,09
Paris
39,94 27,23 31,97 32,69 26,81
Amsterdo
39,83 27,50 32,28 32,88 21,85
Groningen
39,72 27,61 32,22 32,86 20,88
Bergen
39,75 27,42 32,28 33,02 18,46
Jan-Mayen
39,48 27,53 32,03 32,17 6,68
Aberdeen
39,72 27,89 32,19 32,74 18,07
Londres
39,94 27,31 31,97 32,97 21,54
Estocolmo
39,61 27,45 32,25 32,99 16,94
Gotemburgo
39,67 27,50 32,30 32,88 18,81
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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7.3.2.2. Qualidade do Ar Interior e Renovao de Ar
Os resultados obtidos para o parmetro CT
exc
, confirmam o que se verificou quando se ana-
lisou o caso portugus: os valores obtidos encontram-se, na grande generalidade dos casos
abaixo do valor limite imposto. No esquecer que este parmetro, devido aos baixos valores
de concentrao de CO
2
, indica apenas os sistemas para os quais se registaram valores mais
elevados do poluente, no estando, em todos os casos, relacionado com os caudais de infil-
traes.
Sal a
0
20
40
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
C
t
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x
c
,
m
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i
a
[
k
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p
m
.
h
]
Quarto 1
0
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80
100
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
C
t
e
x
c
,
m
d
i
a
[
k
p
p
m
.
h
]
Quarto 2
0
50
100
150
200
250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
C
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,
m
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a
[
k
p
p
m
.
h
]
Quarto 3
0
50
100
150
200
250
300
350
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
C
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,
m
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[
k
p
p
m
.
h
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII Limite
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 - Gotemburgo
Figura 7-52 - Europa: Valores mdios de CT
exc
no perodo ocupado da habitao multifamiliar
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
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Para avaliar a influncia do caudal de infiltraes nas concentraes mdias de CO
2
apresen-
ta-se, na figura 7-53 e na figura 7-54, a relao entre os dois parmetros para Amsterdo e
Aberdeen, respectivamente, e para o Quarto 2.
550
600
650
700
750
800
850
900
950
14 16 18 20 22 24 26 28
Caudal de i nfi l traes [m3/h]
C
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m
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C
O
2
[
p
p
m
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Figura 7-53 - Amsterdo: Relao entre o caudal de
infiltraes mdio e a concentrao mdia de CO
2
no
Quarto 2
550
600
650
700
750
800
850
900
950
14 16 18 20 22 24 26 28
Caudal de i nfi l traes [m3/h]
C
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m
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i
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d
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C
O
2
[
p
p
m
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Figura 7-54 - Aberdeen: Relao entre o caudal de
infiltraes mdio e a concentrao mdia de CO
2
no Quarto 2
O sistema que conduz a valores
mais elevados de CO
2
, no Quar-
to 2 e Quarto 3, sistema SI.
(figura 7-55). para SI que se
regista um maior nmero de
horas com concentraes de
CO
2
superiores a 2000 ppm.
0
20
40
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SI SIIa SIIb SIIc SIII
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2
>
2
0
0
0
p
p
m
Figura 7-55 - Amsterdo: N. de horas com CO
2
> 2000 ppm no
Quarto 2
Os sistemas que conduzem a valores mdios da taxa de ventilao mais elevados, confir-
mando os valores obtidos em Portugal, so os Sistemas I e III (figura 7-56).
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
T
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i
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[
R
P
H
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Douradas
2 Lisboa
3 Bruxelas
4 Saint Hubert
5 Nice
6 Paris
7 Amsterdo
8 Groningen
9 Bergen
10 Jan-Mayen
11 Aberdeen
12 Londres
13 Estocolmo
14 - Gotemburgo
Figura 7-56 - Europa: Taxa de renovao mdia do ar no Piso 1 do edifcio
Confirmando a tendncia dos resultados obtidos em Portugal, a humidade relativa superior
a 75%, na Cozinha e Casa de Banho, embora, neste ltimo compartimento, com pouca fre-
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
210/291
quncia. No entanto, a frequncia aumenta para os sistemas SIII e SIIa e SIIb.
Cozinha
0%
5%
10%
15%
20%
25%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
%
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>
7
5
%
Casa de Banho
0%
2%
4%
6%
8%
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12%
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
%
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p
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R
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7
5
%
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 - Gotemburgo
Figura 7-57 - Habitao Multifamiliar: Mdia da % do perodo ocupado com HR>75%
Associando estes resultados aos caudais de extraco destas zonas constata-se que os siste-
mas para os quais a extraco menor tm HR superior (figura 7-58), como era expectvel
face taxa de ventilao.
Cozinha
20
40
60
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
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h
]
Casa de Banho
20
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60
80
100
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
C
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[
m
3
/
h
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Figura 7-58 - Habitao Multifamiliar: Mdia dos caudais mdios de extraco no perodo ocupado
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
211/291
No que diz respeito frequncia com que a humidade absoluta inferior a 5 g/kg, o valor
limite de 800 horas ultrapassado, em algumas localidades (figura 7-59).
Cozinha
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
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k
g
Casa de Banho
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20%
30%
40%
50%
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
%
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H
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b
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<
5
g
/
k
g
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV Limite
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 - Gotemburgo
Figura 7-59 - Habitao Multifamiliar: Mdia da % do perodo ocupado com Habs<5 g/kg
7.3.2.3. Conforto Trmico
Na tabela 7-14 apresenta-se a percentagem do perodo de ocupao em que a temperatura
interior da Sala superior a 22 C. Na mesma tabela incluem-se os trs pisos em estudo,
todos os sistemas inovativos e as diferentes localizaes.
Tabela 7-14 Sala: Frequncia de ocorrncia de temperatura interior superior a 22 C nos perodos
com ocupao
SI SIIa SIIb
Piso 1 Piso 3 Piso 4 Piso 1 Piso 3 Piso 4 Piso 1 Piso 3 Piso 4
Penhas Douradas 1% 0% 0% 2% 0% 1% 2% 0% 1%
Lisboa 18% 8% 11% 29% 13% 15% 29% 13% 15%
Bruxelas 6% 3% 7% 12% 8% 12% 12% 8% 11%
Groningen 19% 10% 17% 31% 20% 27% 30% 19% 26%
Nice 7% 1% 7% 12% 2% 12% 12% 2% 12%
Paris 6% 3% 7% 11% 6% 11% 11% 6% 11%
Amsterdo 1% 0% 3% 6% 0% 6% 6% 0% 6%
Saint Hubert 11% 6% 11% 19% 13% 18% 19% 12% 18%
Bergen 22% 13% 19% 34% 29% 33% 33% 28% 33%
Jan-Mayen 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Aberdeen 22% 0% 1% 34% 0% 4% 33% 0% 3%
Londres 0% 1% 12% 1% 6% 25% 1% 5% 25%
Estocolmo 21% 17% 23% 33% 29% 34% 33% 28% 34%
Gotemburgo 12% 7% 14% 29% 19% 26% 28% 18% 25%
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
212/291
Tabela 7-14 Sala: Frequncia de ocorrncia de temperatura interior superior a 22 C nos perodos
com ocupao (cont.)
SIIc SIII
Piso 1 Piso 3 Piso 4 Piso 1 Piso 3 Piso 4
P enhas Douradas 1% 0% 1% 1% 0% 1%
Lisboa 22% 10% 12% 19% 9% 12%
Bruxelas 9% 5% 9% 7% 4% 8%
Groningen 24% 13% 21% 20% 11% 18%
Nice 10% 2% 10% 6% 1% 8%
Paris 8% 4% 8% 7% 3% 7%
Amsterdo 3% 0% 5% 1% 0% 3%
Saint Hubert 14% 8% 14% 12% 8% 13%
Bergen 28% 20% 28% 23% 16% 24%
Jan-Mayen 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Aberdeen 28% 0% 2% 23% 0% 2%
Londres 1% 2% 17% 1% 2% 14%
Estocolmo 28% 22% 28% 22% 18% 25%
Gotemburgo 21% 12% 20% 12% 9% 15%
Verificam-se, na referida tabela, alteraes nas temperaturas interiores entre os diferentes
pisos, essencialmente em localizaes cujo UA difere bastante entre apartamentos. No se
verificam diferenas de temperatura significativas entre os sistemas de ventilao utilizados,
o que leva a concluir que este no um factor preponderante no conforto trmico no interior
de um edifcio climatizado.
Com efeito, analisando a frequncia com que o PPD superior a 10 % (figura 7-60), obser-
va-se que esta superior nas localizaes em que se verifica um maior sobreaquecimento
(Estocolmo e Bergen).
Sal a
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
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1
0
%
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 Penhas Douradas; 2 Lisboa; 3 Bruxelas; 4 Groningen; 5 Nice; 6 Paris; 7 Amsterdo;
8 Saint Hubert; 9 Bergen; 10 Jan-Mayen; 11 Aberdeen; 12 Londres; 13 Estocolmo; 14 Gotemburgo
Figura 7-60 - Sala: % do perodo ocupado em que PPD>10%
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
213/291
7.3.3. Anlise global do edifcio multifamiliar
Analisando os resultados obtidos para os parmetros relativos ao QAI verificou-se que estes
no apresentam diferenas significativas entre pisos, razo pela qual se optou por apresentar,
para estes parmetros, os valores mdios. Estes resultados no so de estranhar, uma vez que
os sistemas so controlados com a mesma estratgia de controlo, ocupao e utilizao do
edifcio, tendo como resultado taxas de ventilao semelhantes.
Verifica-se que as condies exteriores do vento (direco e velocidade), que poderiam
influenciar os caudais de ventilao do sistema de ventilao natural, so muito semelhantes.
De acordo com a NP 1037-1, o projecto do sistema SIV o mesmo em todas as localiza-
es, embora este sistema seja o mais dependente das condies exteriores, em mdia no
apresenta diferenas relevantes.
Avaliando os consumos energticos para a estao de aquecimento do edifcio verifica-se
que os sistemas de ventilao que apresentam os valores mnimos so SIIa e SIIb, tal como
ocorreu quando se analisou a habitao unifamiliar. As diferenas entre as necessidades
energticas destes sistemas e o sistema de ventilao natural SIV atingem, para as Penhas
Douradas diferenas de 34 %.
Estes valores correspondem ao esperado, uma vez que, exactamente nestes dois sistemas
(SIIa e SIIb) que se verificam as menores perdas associadas ventilao quando aplicado
aos apartamentos, em oposio a SIV, onde estas perdas atingem os valores mximos.
Nesta anlise, o consumo dos ventiladores foi tambm avaliado. O Sistema V, sistema
actual, d origem a consumos superiores de energia, o que expectvel, uma vez que a sua
potncia elctrica superior dos restantes ventiladores utilizados nos outros sistemas e tem
um funcionamento contnuo durante 16 horas a caudal constante. No entanto, note-se que,
para SIIa, SIIb e SIIc os consumos energticos obtidos neste caso so muito superiores aos
que se obtiveram na habitao unifamiliar. Este facto deve-se a uma menor frequncia de
ocorrncia de extraco natural na habitao multifamiliar relativamente registada no caso
unifamiliar (figura 7-61).
As consideraes apresentadas no caso da habitao unifamiliar, relativamente ao compor-
tamento dos sistemas no que diz respeito ventilao natural, aplicam-se tambm neste
caso, razo pela qual no sero aqui repetidas.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
214/291
0
5
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Legenda:
1 - Bragana
2 Castelo Branco
3 vora
4 - Porto
5 Lisboa
6 Nice
7 Amsterdo
8 Paris
9 P. Douradas
10 Bruxelas
11 Londres
12 Groningen
13 Aberdeen
14 Bergen
15 St. Hubert
16 Gotemburgo
17 Estocolmo
18 Jan-Mayen
Figura 7-61 - % do perodo de aquecimento com ventilao natural (valores mdios do edifcio)
Em termos da QAI a avaliao, tal como anteriormente, baseou-se no nvel de CO
2
nos
compartimentos principais e nos nveis de humidade nos espaos onde existe produo de
vapor de gua.
Na concentrao de CO
2
os resultados obtidos so satisfatrios, no sendo o limite imposto
(100 kppm.h) ultrapassado em nenhum dos casos. Foram analisados os compartimentos
principais do edifcio dando-se nfase a dois compartimentos situados em fachadas opostas:
a Sala e o Quarto 2.
Na Sala, so os sistemas SIIa e SIIb que do origem a concentraes mdias mais elevadas
(figura 7-44) e, a valores mximos mais altos (figura 7-42). No Quarto 2, a concentrao de
CO
2
, em mdia, mais elevada para sistema SIII (figura 7-43), sendo no entanto, para SI
que os valores mximos so atingidos (figura 7-46).
Avaliando os caudais de infiltraes mdios verificados no edifcio verifica-se que estes
esto directamente relacionados com as concentraes mdias de CO
2
dos espaos:
SI e SIII tm, na Sala, valores de infiltraes mais elevados que nos restantes sistemas;
SIIa e SIIb, os caudais mdios na Sala so reduzidos, o que justifica a maior incidncia
de CO
2
( figura 7-42);
nos quartos, so os sistemas actuais que do origem a valores superiores de infiltraes,
o que se traduz em reduzidas concentraes de poluente.
Ao contrrio do que aconteceu na habitao unifamiliar, no h uma relao directa entre o
parmetro CT
exc
e o caudal mdio de infiltraes, devido s baixas concentraes globais de
CO
2
. Este parmetro apenas capaz de fornecer quais as situaes em que as concentraes
mximas registadas so elevadas.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
215/291
No que diz respeito humidade relativa, os seus valores na Cozinha, no so to elevados
como os que ocorreram na habitao unifamiliar, o que se justifica devido menor produo
de vapor de gua num mesmo volume, uma vez que as dimenses das cozinhas dos dois edi-
fcios so semelhantes.
na Cozinha e para o caso do Sistema III que se verifica a maior frequncia de ocorrncia
de HR > 75%, porque apresenta os caudais mdios de extraco mais reduzidos para este
espao (tabela 7-10).
Na Casa de Banho os melhores resultados so obtidos para o sistema SI, devido sua estra-
tgia de controlo que se baseia no nvel de HR neste compartimento. A extraco do ar na
Casa de Banho apresenta os menores valores para os sistemas SIIa e SIIb, que, consequen-
temente, tm nveis de HR superiores.
Para os sistemas actuais, a frequncia de ocorrncia de HR > 75% relativamente baixa,
quando comparado com os restantes sistemas, devido aos caudais de extraco mdios
serem mais elevados.
Verifica-se, deste modo, uma forte dependncia entre os nveis de humidade relativa e os
caudais de extraco dos espaos.
Tal como se apresentou no subcaptulo 7.2.3, existe uma relao entre a humidade absoluta
exterior e os valores que se registam para este parmetro nos espaos hmidos, uma vez que
a sensao de secura (Habs < 5 g/kg) ocorre nas localizaes onde valores desta ordem de
grandeza se verificam com mais frequncia no exterior (figura 7-36).
No entanto, verifica-se que o limite ultrapassado em menos localizaes para a habitao
multifamiliar do que na tipologia unifamiliar. Este facto deve-se s menores taxas de reno-
vao do ar que se verificam na primeira tipologia.
Note-se que, neste edifcio no se verifica a discrepncia de valores obtidos entre os Siste-
mas IIa e IIb e os restantes sistemas, como aconteceu no caso da habitao unifamiliar. O
nmero de renovaes de ar do espao, para estes dois sistemas, (figura 7-62) mantm-se
prximo dos obtidos para o caso da habitao unifamiliar, enquanto que o dos restantes sis-
temas foi drasticamente reduzido, sendo os maiores valores atingidos para o Sistema I
seguido pelo Sistema IIc e IV.
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
216/291
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
Braganca C. Branco vora Porto P. Douradas Li sboa
T
a
x
a
d
e
r
e
n
o
v
a
o
m
d
i
a
[
R
P
H
]
SI SIIa SIIb SIIc SIII SIV SV
Figura 7-62 - Taxa de renovao mdia de ar no apartamento do Piso 1
Por fim, avaliando o conforto trmico atravs dos parmetros temperatura interior e PPD,
conclui-se que, em Portugal, as temperaturas no interior dos pisos diferente, mas as dife-
renas so na ordem de 1 C. Ocorrem perodos de sobreaquecimento mas, o desconforto
(PPD >10 %) existe para as localizaes com climas mais extremos e nos sistemas que tm
associadas maiores necessidades de aquecimento. Tal observao leva a concluir que este
desconforto corresponde a situaes em que existe, nos ocupantes sensao de frio (figura
7-63).
Quando a anlise feita a nvel Europeu (figura 7-64), ou seja, localizaes cujos climas
tm caractersticas mais extremas e em que as envolventes utilizadas so de elevada impor-
tncia constata-se que, existem localizaes (Bergen e Estocolmo) com situaes de elevado
sobreaquecimento, que conduz a situaes de desconforto.
No entanto, em qualquer dos casos, no se evidencia elevada dependncia entre o tipo de
sistema de ventilao utilizado e as temperaturas registadas no interior dos apartamentos.
Para este parmetro, o factor mais importante so as temperaturas exteriores e o tipo de
envolvente.
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
20.0 20.5 21.0 21.5 22.0 22.5 23.0 23.5
Temperatura Interior [C]
%
d
o
p
e
r
o
d
o
o
c
u
p
a
d
o
P
P
D
>
1
0
%
P. Douradas vora C. Branco
Lisboa Bragana Porto
Figura 7-63 - Portugal: Relao entre o PPD e a temperatura mxima registada
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
217/291
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Temperatura Interior [C]
%
d
o
p
e
r
o
d
o
o
c
u
p
a
d
o
c
o
m
P
P
D
>
1
0
%
SI SIIa SIIb SIIc SIII
Figura 7-64 - Europa: Relao entre o PPD e a temperatura mxima registada na Sala do Piso 1
CAPTULO 7 Apresentao e anlise de resultados
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
218/291
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
219/291
8. Concluses
O trabalho efectuado nesta dissertao pretende ser um contributo para a reduo dos consu-
mos energticos dos edifcios residenciais (unifamiliares e multifamiliares) que esto directa-
mente associados aos sistemas de ventilao dos mesmos.
O estudo foi efectuado incidindo nas zonas climticas existentes em Portugal, de acordo com
o RCCTE, tendo-se posteriormente estendido a sua anlise a alguns pases Europeus, seguin-
do a filosofia utilizada nos projectos Europeus RESHYVENT e AUDITAC.
Foram propostos trs sistemas de ventilao com cinco estratgias de controlo diferentes e
todos os sistemas de ventilao, so hbridos, procurando utilizar as melhores caractersticas
da ventilao natural e da ventilao mecnica.
As diferenas entre os trs sistemas baseiam-se nas caractersticas dos seus componentes,
nomeadamente, ventiladores, grelhas de admisso e vlvulas de extraco. As estratgias de
controlo so distintas entre si e baseiam-se na utilizao de sensores de temperatura, humida-
de e presena, detectores de CO
2
e uma unidade central de comando onde so implementados
os diferentes algoritmos de controlo.
Optou-se, como meio de validar os resultados obtidos, por estudar dois sistemas de ventilao
tipicamente utilizados em Portugal: um sistema de ventilao natural, de acordo com a norma
NP 1037-1, e um outro sistema que utiliza extraco mecnica do ar nas zonas hmidas do
edifcio.
O estudo dos diferentes sistemas de ventilao e estratgias de controlo combinados com os
edifcios e em cada localizao foi efectuado recorrendo a mtodos de simulao dinmica
atravs do software TRNSYS associado ao COMIS.
8.1. Concluses Gerais
8.1.1. Necessidades trmicas de aquecimento
As necessidades energticas de aquecimento so fortemente dependentes de trs factores:
nmero de Graus-Dias de aquecimento (GD), que representam o efeito do clima e, conse-
quentemente, a temperatura exterior em cada localizao;
valor do coeficiente global de transferncia de calor (UA), que traduz as trocas de energia
que ocorrem, por conduo, atravs da envolvente do edifcio;
perdas de calor devidas ventilao do edifcio.
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
220/291
Habitao Unifamiliar
Em Portugal, e considerando que o UA praticamente constante em todas as zonas climticas
do pas, as maiores necessidades de aquecimento ocorrem nas Penhas Douradas, zona climti-
ca I3V1, qual correspondem 3491 C.dia de GD. tambm nesta localizao que se verifica
um maior valor de perdas associadas ventilao.
No extremo oposto encontra-se Lisboa, zona climtica I1V2, que tendo apenas 1276 C.dia de
GD, apresenta, para qualquer um dos sistemas em causa, o menor valor de necessidades ener-
gticas de aquecimento.
Sendo as caractersticas da envolvente comuns a todas as localizaes, as perdas de energia
associadas ventilao so proporcionais s necessidades de aquecimento, obtendo-se o valor
mais elevado nas Penhas Douradas, cerca de 60 % superior ao valor obtido em Lisboa.
Os sistemas de ventilao que conduzem a valores mais elevados de necessidades energticas
de aquecimento so os sistemas actuais, mais especificamente o sistema de ventilao natural
(Sistema IV), pelo facto da taxa de renovao de ar mdia do edifcio ser muito elevada
(~0,95 RPH), quando comparada com a dos restantes sistemas. O sistema que conduz a meno-
res consumos energticos para aquecimento o Sistema IIa sendo a diferena mdia para os
sistemas actuais cerca de 28 %. A diferena entre o Sistema IIa e o Sistema IV chega a atingir
valores de 33% para o caso de Lisboa.
Quando a anlise se estende para aos diferentes pases da Europa, sendo utilizada, para cada
um deles, as envolventes tpicas, ou seja, o valor de UA varivel entre localizaes, verifica-
se que:
as Penhas Douradas (UA = 186 W/K), apesar de no ser das localizaes com clima mais
severo, apresenta um dos valores mais elevados para as necessidades energticas de aque-
cimento, comparveis s de Aberdeen (UA = 138 W/K) ou Jan-Mayen (UA = 57 W/K),
localizaes com as condies climticas mais rigorosas, o que leva facilmente a concluir
que, as caractersticas da envolvente so determinantes no consumo energtico de um edif-
cio;
Estocolmo e Gotemburgo, localizaes com valores de GD muito elevados, apresentam,
no entanto, necessidades energticas de aquecimento inferiores mdia europeia. Estes
resultados devem-se caracterstica da envolvente que possui um coeficiente global de
transferncia de calor de 57 W/K, ou seja, extremamente baixo quando comparado com os
restantes edifcios;
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
221/291
as perdas energticas associadas ventilao ocorrem, tambm nas localizaes em que as
temperaturas exteriores so mais baixas, no entanto, ao contrrio do que aconteceu quando
se analisou apenas Portugal, estas perdas no so proporcionais s necessidades de aqueci-
mento, dando uma vez mais nfase importncia da envolvente;
Habitao Multifamiliar
semelhana do que acontece para a habitao unifamiliar, os sistemas de ventilao que
apresentam os valores mnimos de consumos energticos para aquecimento so os Siste-
mas IIa e IIb. As diferenas entre as necessidades energticas destes sistemas e o sistema de
ventilao natural (SIV) (o maior consumidor de energia) atingem, para as Penhas Douradas
valores da ordem dos 34 %. Estes valores correspondem ao que era esperado, uma vez que,
exactamente nestes dois sistemas (SIIa e SIIb) que se verificam as menores perdas associadas
ventilao para os apartamentos, em oposio ao sistema SIV, onde estas atingem os valores
mximos.
As consideraes feitas, anteriormente, relativas importncia das caractersticas da envol-
vente nas necessidades energticas de aquecimento so vlidas para este caso.
8.1.2. Consumo dos ventiladores associados aos sistemas de ventilao
O consumo dos ventiladores utilizados nos sistemas de ventilao funo de:
da potncia do ventilador, que varia em funo dos sistemas de ventilao;
do caudal de extraco de ar do interior do edifcio, que, nos sistemas inovativos propos-
tos varivel em cada intervalo de tempo e dependente das condies interiores;
do perodo de tempo em que o ventilador se encontra ligado. Uma vez que os sistemas
inovativos, aqui propostos, esto dotados da capacidade de efectuarem extraco por meios
naturais. Para cada sistema de ventilao esta situao ocorre de acordo com diferentes
situaes. No Sistema V, sistema actualmente utilizado em Portugal, que utiliza dois venti-
ladores para efectuar a extraco de caudais constantes de ar dos compartimentos hmidos,
os ventiladores esto ligados, sem interrupes, das 8 s 24 horas;
Para a situao em que apenas se analisam o caso portugus, verificou-se que:
no Sistema I a extraco natural mais frequente em Lisboa e no Porto. No entanto, no
esquecer que, neste sistema apenas permitido desligar o ventilador nos perodos no ocu-
pados e quando a temperatura exterior inferior a uma temperatura pr-programada na
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
222/291
UCC. O facto da temperatura ser superior para estas duas localizaes justifica a maior uti-
lizao da extraco natural;
os sistemas que apresentam perodos de tempo mais alargados com extraco a ser efec-
tuada por meios naturais so os Sistemas IIa, IIb e IIc;
o Sistema III, apenas efectua extraco natural para as Penhas Douradas, ou seja, no clima
que apresenta temperaturas exteriores mais baixas, o que seria de esperar devido estratgia
de controlo deste sistema.
Os resultados obtidos para as localizaes europeias esto de acordo com os apresentados
anteriormente, concluindo-se que, os Sistemas IIa, IIb e IIc apresentam o maior potencial de
extraco natural, essencialmente os dois primeiros sistemas. O Sistema I permite utilizar a
extraco natural durante uma grande percentagem do perodo no ocupado, evitando deste
modo a utilizao de energia, quando o edifcio no est ocupado e garantido uma renovao
de ar mnima considerada higinica. No caso do Sistema III, devido sua estratgia de contro-
lo, apenas ocorre extraco natural, quando a temperatura exterior inferior a -5 C, razo
pela qual indicado para climas mais severos, onde estas temperaturas ocorram com mais
frequncia.
Neste aspecto de aproveitamento do potencial de ventilao natural o Sistema II, com as
suas diferentes estratgias, que apresenta melhor desempenho por no existir qualquer impo-
sio de temperatura exterior, ao contrrio do que acontece nos outros sistemas. o prprio
sistema de controlo que avalia se o caudal de extraco natural suficiente para suprir as
necessidades em cada intervalo de tempo.
Os resultados obtidos na habitao unifamiliar e multifamiliar so similares, verificando-se
apenas que o potencial de extraco natural na primeira tipologia superior, razo pela qual
os consumos energticos dos ventiladores so superiores nos apartamentos.
8.1.3. Qualidade do Ar Interior
A Qualidade do Ar no Interior do Edifcio avaliada utilizando dois indicadores: a concentra-
o de CO
2
nos compartimentos principais (quartos e sala) e o nvel de humidade nos compar-
timentos hmidos (cozinha e casas de banho).
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
223/291
Habitao Unifamiliar
Os sistemas de ventilao para os quais se verificam valores mais elevados de CO
2
so os Sis-
temas IIa e IIb, atingindo-se valores muito superiores aos limites impostos. Os restantes sis-
temas apresentam concentraes de CO
2
muito inferiores s destes sistemas, o que se deve s
taxas de renovao de ar do edifcio, que, para os dois primeiros sistemas muito reduzida
(em mdia cerca de 0,15 RPH), verificando-se que a ventilao insuficiente durante eleva-
dos perodos de tempo. No entanto, ainda que os valores nos Sistemas I, IIc e III sejam infe-
riores ultrapassam, em alguns casos, os limites, essencialmente, no Quarto 1, onde se regista
uma ocupao superior s dos restantes quartos, para caudais de insuflao semelhantes.
O sistema de ventilao para o qual as concentraes de CO
2
so inferiores aos limites impos-
tos o sistema de ventilao natural (SIV), em todas as localizaes e compartimentos. Este
sistema apresenta uma renovao de ar mdia de, aproximadamente, 0,95 RPH, o que justifica
o facto de se verificarem baixas concentraes de CO
2
.
O Quarto 3, devido sua localizao no edifcio, tem a renovao de ar sempre garantida,
uma vez que o meio de ligao entre o ponto de extraco situado na Casa de Banho e o res-
to do edifcio. Esta a razo pela qual, este o espao que apresenta a ventilao insuficiente
com menor frequncia.
Genericamente, falar-se em concentrao de CO
2
sinnimo de taxa de ventilao efectiva.
A humidade nos compartimentos hmidos est associada produo de vapor de gua no seu
interior e eficcia do sistema de ventilao em remov-lo o mais rapidamente possvel da
zona onde foi produzido.
O Sistema I, est concebido para aumentar o seu caudal de extraco na Casa de Banho e
Chuveiro sempre que a humidade relativa for superior a 75 %, no entanto, apresenta valores
superiores a este, nestas zonas, durante um reduzido perodo de tempo. De uma forma geral,
seria de esperar que, a humidade relativa nunca excedesse os 75 %, mas, note-se que, nos
resultados apresentados se contabilizam os perodos em que o vapor de gua est a ser produ-
zido e que, quando a UCC assume a posio Ningum em Casa (PNC), o caudal de extraco
reduzido para 36 m
3
/h (caudal total do edifcio), caudal insuficiente para remover a humida-
de que possa ter ficado nas casas de banho e que s ser totalmente removida quando o siste-
ma assumir a posio Normal (PN). Este , sem dvida, um ponto desfavorvel neste sistema
inovativo, podendo ser corrigido ao permitir-se o funcionamento das posies foradas mes-
mo que no exista ocupao.
Os Sistemas IIa, IIb e IIc do aos ocupantes a possibilidade de actuar sobre o sistema sempre
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
224/291
que estiverem a utilizar os espaos, aumentando desta forma os caudais de extraco. O que
se verifica que o perodo de tempo em que esses caudais permanecem mais elevados nem
sempre suficiente para remover todo o vapor de gua produzido e, nos Sistemas IIa e IIb,
quando o sistema est em funcionamento normal, os caudais mdios de extraco so baixos e
incapazes de remover a humidade remanescente. Verifica-se portanto, que para estes dois
sistemas que ocorrem os piores resultados em termos de humidade relativa, com maior inci-
dncia na Cozinha.
O Sistema III, tendo sensores de humidade nas casas de banho e cozinha, apresenta valores
aceitveis para este parmetro.
No Sistema IV e para a Cozinha, verifica-se uma humidade relativa superior a 75 % durante
uma grande percentagem do perodo ocupado, apesar de os caudais mdios de extraco
serem dos mais elevados. Note-se, no entanto, que a extraco no sistema de ventilao natu-
ral constante, enquanto que, nos sistemas inovativos o caudal aumenta quando produzido
vapor de gua na Cozinha, removendo-o de forma mais eficaz. Por fim, de notar, que no Chu-
veiro, o Sistemas IV apresenta valores de humidade relativa muito elevados, por razes de
projecto, uma vez que, aplicando a norma NP 1037-1, os caudais de extraco projectados
para este espao so muito reduzidos devido s suas dimenses.
O Sistema V, d origem a valores de humidade relativa elevados nas casas de banho, o que
acontece devido ao seu baixo caudal de extraco nestes compartimentos, valores impostos
pelo projecto. Este sistema tem ainda a desvantagem de apenas ligar a ventilao s 8 horas da
manh, altura na qual j pode ter ocorrido produo de vapor de gua nas casas de banho.
Habitao Multifamiliar
Analisando os resultados obtidos para os parmetros relativos QAI verificou-se que estes no
apresentam diferenas significativas entre pisos, razo pela qual se optou por apresentar, para
estes parmetros, os valores mdios dos edifcios. Estes resultados no so de estranhar, uma
vez que os sistemas so controlados com a mesma estratgia de controlo e a ocupao e utili-
zao do edifcio, que impor as necessidades de ventilao so semelhantes.
Na concentrao de CO
2
os resultados obtidos so satisfatrios, no sendo o limite imposto
(100 kppm.h) ultrapassado. Ao contrrio do que aconteceu na habitao unifamiliar, no h
uma relao directa entre o parmetro CT
exc
e o caudal mdio de infiltraes. Porque devido
s baixas concentraes globais de CO
2
, este parmetro apenas capaz de fornecer quais as
situaes em que as concentraes mximas registadas so superiores.
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
225/291
Neste caso, optou-se por introduzir um novo parmetro de anlise, a concentrao mdia de
CO
2
durante o perodo de ocupao do edifcio.
A Sala apresenta valores mdios do poluente mais elevados e as concentraes mximas supe-
riores para os sistemas de ventilao SIIa e SIIb. So tambm estes os sistemas que dispe de
menor caudal exterior para renovao do ar da Sala.
Nos Quartos orientados a Norte, os caudais de infiltraes so mais baixos para o Sistema III,
razo pela qual, em termos mdios as concentraes de CO
2
so mais elevadas. No entanto,
assiste-se, nestes quartos a valores mximos mais elevados tambm para o Sistema I.
A humidade relativa registada nas cozinhas do edifcio multifamiliar no atinge valores to
elevados como na habitao unifamiliar. Porque existe uma menor produo de vapor de gua
para o mesmo volume, uma vez que as dimenses das cozinhas dos dois edifcios so seme-
lhantes.
O Sistema I aquele que apresenta os melhores resultados na Casa de Banho, devido sua
estratgia de controlo que se baseia no nvel de HR neste compartimento. Neste caso no
grave, o facto do sistema no admitir a posio forada do ventilador quando no existe ocu-
pao.
Os Sistemas IIa e IIb, tendo os menores caudais de extraco mdios na Casa de Banho, apre-
sentam a maior frequncia de ocorrncia de EHR.
O Sistema III, por ser aquele em que os caudais de extraco da Cozinha so menores, apre-
senta a maior frequncia de ocorrncia de HR > 75%.
Para os sistemas actuais (SIV e SV), a frequncia de ocorrncia de HR > 75% baixa, relati-
vamente aos restantes sistemas, devido aos caudais de extraco mdios serem mais elevados.
A sensao de secura (Habs < 5 g/kg) ocorre, fundamentalmente, em localizaes com humi-
dades absolutas exteriores baixas, como o caso de Bragana e Penhas Douradas, verifican-
do-se este facto em ambas as tipologias estudadas.
8.1.4. Conforto trmico
O Conforto Trmico dos ocupantes avaliado em funo da temperatura interior dos quartos
e sala e com o ndice PPD nos mesmos espaos.
Ao avaliar as temperaturas de bolbo seco no interior dos espaos verificou-se que, no se evi-
dencia uma elevada dependncia entre o tipo de sistema de ventilao utilizado e as tempera-
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
226/291
turas registadas no interior dos apartamentos. Para este parmetro, os factores mais importante
so as temperaturas exteriores e o tipo de envolvente (UA), ou seja, este um parmetro for-
temente dependente do local de implantao do edifcio, assistindo-se a situaes de sobrea-
quecimento dos espaos, em localizaes com valores de UA muito baixos, e que se tradu-
zem, no desconforto dos ocupantes.
8.2. Concluses gerais relativas aos sistemas de ventilao
Os sistemas de ventilao actuais conduzem aos maiores valores de consumos energticos
para manter as condies de conforto no edifcio. Estes valores superiores verificam-se inde-
pendentemente da tipologia em estudo sendo justificados devido s maiores perdas de energia
associadas ventilao do edifcio. No entanto, e focando, em primeiro lugar, o Sistema IV,
nas fraces autnomas que utilizam esta forma de ventilao que os nveis de CO
2
apresen-
tam valores mais reduzidos, no se atingindo elevadas concentraes. J no Sistema V, devido
ao horrio de funcionamento da ventilao mecnica, ocorrem, fundamentalmente nos espa-
os com ocupao nocturna significativa, concentraes elevadas do referido poluente.
Nas cozinhas da habitao unifamiliar, em geral, a frequncia com que se verificam elevados
valores de humidade relativa (EHR) elevada, o que acontece devido incapacidade de
remoo instantnea do vapor de gua quando este produzido. Este facto deve-se no exis-
tncia de um aumento do caudal de extraco quando a cozinha est a ser utilizada.
Como resultado dos baixos caudais de projecto para as casas de banho, quer no Sistema IV,
quer no Sistema V, assistem-se a frequncias de EHR elevadas.
Ou seja, associado aos elevados consumos energticos para o aquecimento do edifcio, verifi-
cam-se valores de humidade relativa elevados em alguns compartimentos das fraces aut-
nomas que podem causar desconforto nos ocupantes. No entanto, o sistema de ventilao
natural (SIV) obtm resultados excelentes no que diz respeito QAI dos espaos habitveis,
ou seja, quartos e salas. Este sistema evidencia a relao entre elevados consumos assciados
ventilao e excelente QAI.
Os sistemas de ventilao hbridos inovativos tm, sem excepo, consumos inferiores de
energia para o aquecimento dos edifcios. As diferenas nos resultados obtidos chegam a atin-
gir em alguns casos os 34 %. Tambm quando se analisa o consumo dos ventiladores utiliza-
dos na extraco mecnica, as diferenas, relativamente a SV so significativas. Este facto
resulta de menores potncias de accionamento, ou seja ventiladores mais sofisticados, meno-
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
227/291
res caudais mdios debitados, devido variao que ocorre nas necessidades de ar novo
durante o dia, e tempos de funcionamento mais reduzidos. Uma vez que uma das potenciali-
dades dos sistemas inovativos a de permitir a ocorrncia de extraco natural.
Dos sistemas hbridos estudados h dois que conduzem a consumos energticos (aquecimen-
to) reduzidos so: os Sistema IIa e o Sistema IIb. A reduo dos consumos energticos relati-
vamente aos restantes sistemas resultado directo das reduzidas taxas de renovao de ar que
lhe esto associadas e que se justificam por dois motivos:
no sistema SIIa, o caudal de ar novo por ocupante constante (7 l/s) e dependente de um
horrio pr-programado, esta situao d origem a caudais mdios reduzidos e no permite
um controlo do nvel de poluentes nos espaos;
no sistema SIIb, existe o mesmo horrio de ocupao pr-programado, sendo os caudais
de insuflao funo do nvel de CO
2
detectados na conduta principal de extraco. Este
mtodo revelou-se pouco eficaz, porque o valor lido na conduta no reflecte os valores que
localmente so observados, uma vez que a leitur resulta de uma mdia dos valores observa-
dos em todo o edifcio, ocorrendo portanto uma diluio do CO
2
.
Esta situao, que ocorre no Sistema IIb, conduz a concentraes elevadas de CO
2
nos com-
partimentos habitveis, porque no s ocorre a diluio do poluente como, se verifica um
atraso no tempo de resposta do sistema. O que leva a que o caudal de insuflao no seja
incrementado. O posicionamento deste sensor de CO
2
no portanto o mais adequado quando
se pretende controlar a QAI nos diferentes compartimentos principais da habitao.
Estes dois sistemas apresentam tambm, maior frequncia de EHR nas cozinhas, apesar da
estratgia de controlo do Sistema II contemplar o aumento do caudal de extraco nos espaos
hmidos quando estes esto a ser utilizados. Verifica-se no entanto, que o perodo de tempo
em que esses caudais permanecem elevados nem sempre so suficientes para remover todo o
vapor de gua produzido e tornam-se ineficazes, na remoo da humidade remanescente. Nes-
te caso, seria aconselhvel aumentar o perodo de tempo em que os caudais permanecem mais
elevados, independentemente, de no existir ocupao no edifcio.
A grande vantagem destes dois sistemas est relacionada com a capacidade de utilizar ventila-
o natural. Uma vez que as suas necessidades de ar novo so inferiores s dos restantes sis-
temas, atinge mais facilmente os caudais de extraco por meios naturais, reduzindo deste
modo, substancialmente, os consumos energticos associados ao ventilador.
O Sistema I, ao ser controlado em funo do nvel de humidade relativa nas casas de banho,
permite que nestes espaos as frequncias de EHR no sejam elevadas. No entanto, uma vez
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
228/291
que a sua estratgia de controlo impe que, sempre que no h ocupao o caudal de extrac-
o seja reduzido para um valor mnimo de 10 l/s. H casos em que, durante este perodo no
ocupado, a humidade permanece dentro dos espaos s sendo removida na totalidade quando
os ocupantes retornam a casa. Este um detalhe da estratgia de controlo facilmente altervel
e que poder permitir a obteno de melhores resultados.
Devido sua elevada taxa de renovao de ar, os caudais mdios de insuflao nos quartos e
salas so elevados o que garante uma QAI aceitvel, nestes espaos.
No entanto, associada a esta RPH mais elevada esto as maiores perdas de energia por venti-
lao e, em consequncia um consumo superior no perodo de aquecimento. Este o sistema
inovativo que conduz a maiores valores de necessidades energticas de aquecimento e, tam-
bm de ventilao mecnica. O aumento da ventilao deve-se estratgia de controlo asso-
ciada ventilao natural, que:
em primeiro lugar, s permitida nos perodos no ocupados do edifcio, ou seja, nos
perodos em que a temperatura exterior mais elevada e em que no interior do edifcio no
imposto qualquer setpoint de temperatura, afectando, negativamente, desta forma, o efeito
de chamin.
em segundo lugar, s ocorre ventilao natural se a temperatura exterior for inferior a uma
valor pr-programado na UCC, sendo esse valor diferente para cada localizao e calculado
de acordo com o definido no RESHYVENT. Note-se que, este critrio, para a determinao
das condies em que possvel efectuar extraco natural, pode por vezes conduzir a
situaes em que se mostra pouco eficaz e pouco coerente, uma vez que:
- a extraco natural apenas permitida nas alturas em que o edifcio se encontra desocu-
pado e, coincidindo estas com o perodo em que as temperaturas no exterior so mais ele-
vadas, ser mais difcil atingir a condio T
e
< T
efeito de chamin
. Ou seja, ser de prever que a
extraco natural se verifique com maior frequncia nas localizaes para as quais as tem-
peraturas pr-programadas so mais elevadas;
- no contabilizado apenas o efeito do gradiente de temperaturas entre o interior e o
exterior do edifcio, mas tambm o efeito do gradiente de presses provocado pela aco
do vento, podendo surgir situaes em que, a extraco natural seria suficiente para garan-
tir as necessidades de ar novo apesar de a temperatura exterior no ser inferior pr-
programada;
- podem ocorrer situaes em que, numa dada localizao, para uma dada diferena de
temperatura entre o interior e o exterior do edifcio, permitida a extraco natural e para
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
229/291
outra localizao, para um T superior no .
No caso do Sistema III tambm no feito um aproveitamento das potencialidades de extrac-
o natural, uma vez que esta, apenas permitida se a temperatura exterior for inferior a
5 C. Esta imposio conduz a que, este sistema seja utilizado em climas frios, nos quais se
verificou, efectivamente, uma maior incidncia da ventilao natural. Apesar disto, devido s
particularidades do ventilador utilizado neste sistema, os consumos energticos que lhe esto
associados so inferiores ao do Sistema I.
Este sistema de ventilao origina taxas de renovao de ar elevadas e, consequentemente
elevados consumos energticos para aquecimento. Os resultados obtidos neste sistema de ven-
tilao, quando se analisa a QAI dos quartos e salas, so satisfatrios, sendo funo dos cau-
dais de insuflao que sendo controlados por sensores de presena, so ajustados rapidamente
em funo da ocupao. A frequncia de EHR nas cozinhas e casas de banho so tambm
aceitveis uma vez mais em consequncia de caudais de extraco mdios elevados, uma vez
que o controlo destes funo do nvel de humidade relativa existente nestes espaos.
Por fim, o Sistema IIc, que utiliza a mesma estratgia de controlo, no que diz respeito venti-
lao natural, e o mesmo ventilador dos sistemas de ventilao SIIa e SIIb. O que se verifica
que para este sistema o consumo energtico para a ventilao mecnica superior, uma vez
que as necessidades de ar novo so tambm mais elevadas.
Este ltimo sistema, ao efectuar o controlo do CO
2
directamente nos espaos em que este
produzido, permite actuar de imediato na zona afectada, quando se detecta que as concentra-
es do poluente esto a aumentar. Este sistema conduz a QAI excelentes e a insuflaes de ar
apenas nos locais onde so efectivamente necessrias. Ou seja, tem consumos energticos
para aquecimento superiores aos dos dois sistemas anteriores, mas, como no apresenta ele-
vadas taxas de renovao de ar, encontra-se, no que diz respeito aos consumos de aquecimen-
to e ventilao mecnica, melhor posicionado que os restantes sistemas. A sua nica desvan-
tagem relativamente a estes dois sistemas est associada s elevadas humidades relativas que
se atingem, uma vez que os caudais mdios so inferiores aos destes casos. No entanto, os
valores obtidos para SIIa e SIIb, nunca so atingidos, pelo que, se houver um incremento dos
caudais de extraco nos perodos de utilizao dos espaos hmidos o problema possa desa-
parecer.
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
230/291
8.2.1. Sistema com melhor relao Consumo Energtico/ QAI
A relao entre as necessidades trmicas de aquecimento e a qualidade do ar interior apresen-
ta-se genericamente difcil, uma vez que, na maioria dos casos, tm efeitos contrrios. Neste
trabalho foi frequente verificar-se, sistematicamente, redues dos consumos com degradao
da QAI. O sistema de ventilao ideal ser aquele que consegue uma melor optimizao des-
tes dois parmetros.
De todos os sistemas analisados, o que conduz a uma situao, globalmente, mais favorvel
o Sistema IIc. Com este sistema obtm-se uma QAI excelente, uma vez que os caudais de
ventilao envolvidos so controlados em funo das necessidades efectivas de cada espao e
a UCC responde de forma quase imediata libertao de poluentes nos compartimentos prin-
cipais, ou seja, Quartos e Salas. Este controlo estreito dos caudais conduz a consumos energ-
ticos de aquecimento inferiores aos dos sistemas SI e SIII, excluindo-se desta comparao os
sistemas SIIa e SIIb, porque os baixos consumos energticos para aquecimento so obtidos
custa do sacrifcio da QAI.
Com este trabalho demonstrou-se que possvel utilizar, em edifcios residenciais, sistemas
hbridos, conjugando as vantagens dos sistemas de ventilao mecnica e dos sistemas de
ventilao natural, com sucesso significativo.
Estes sistemas permitem obter ndices de QAI bastante aceitveis com redues significativas
dos consumos energticos, tanto a nvel do aquecimento como da ventilao do edifcio.
Dependendo do tipo de estratgia de controlo destes sistemas hbridos possvel optimizar as
taxas de ventilao e a qualidade do ar interior.
8.3. Sugestes para Trabalhos Futuros
Na sequncia do trabalho efectuado no decorrer desta dissertao foi possvel traar algumas
linhas condutoras de trabalhos futuros. Entre elas, ressaltam:
o estudo dos sistemas tipicamente utilizados em cada um dos pases europeus estudados,
semelhana do que se fez para Portugal. Deste modo, seria possvel avaliar at que ponto os
sistemas inovativos aqui propostos so vantajosos quando aplicados nestes pases, uma vez
que, sobretudo nos pases do Norte da Europa existe j alguma sofisticao nos sistemas de
ventilao que se instalam nos edifcios;
analisar o perodo relativo ao Vero, avaliando a eficcia dos sistemas propostos, podendo
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
231/291
a anlise ser feita em duas situaes: uma em que o edifcio no possui qualquer tipo de sis-
tema de climatizao que promova o arrefecimento e a outra com o edifcio climatizado;
anlise prtica das propostas mais eficientes para validao dos modelos apresentados;
elaborao de mtodos expeditos que permitam dimensionar sistemas de ventilao que
utilizam sistemas hbridos;
verificar a optimizao do Sistema I, incluindo a sua estratgia de controlo que permita
reduzir os teores de humidade relativa que se atingem em algumas situaes. Trata-se de um
sistema a explorar nas suas vertentes de controlo.
CAPTULO 8 Concluses
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
232/291
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
233/291
Anexo I Dados Climticos
Localizao: Aberdeen
Latitude: 57,12 N
Longitude: 2,13 W
Altitude: 65 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 4442 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 12 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 7,42 C
0
200
400
600
800
1000
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1400
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1
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1
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1
4
1
8
2
2
2
6
Temperatura [C]
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0%
25%
50%
75%
100%
o
c
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c
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[
%
]
Figura AI - 1 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de temperatura exterior em Aber-
deen
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
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d
i
a
o
T
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t
a
l
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n
t
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l
,
M
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i
a
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r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 2 Radiao Solar Total Horizontal Valo-
res mdios dirios para Aberdeen
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
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]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
o
c
o
r
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n
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[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 3 - Probabilidade de ocorrncia e nmero de
horas da velocidade do vento em Aberdeen
0
150
300
450
600
750
900
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 4 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Aberdeen
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
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1
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9
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1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
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r
r
n
c
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[
h
o
r
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 5 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade relativa em Aberdeen
0
500
1000
1500
2000
2500
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
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.0
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8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 6 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Aberdeen
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
234/291
Localizao: Amsterdo
Latitude: 52,17 N
Longitude: 4,47 E
Altitude: 2 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 3286 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 7,7 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 8,90 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
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1
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Temperatura [C]
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0%
25%
50%
75%
100%
o
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%
]
Figura AI - 7 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em Amsterdo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
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M
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[
k
J
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]
Figura AI - 8 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Amsterdo
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
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100
200
300
400
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600
700
800
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r
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n
c
i
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[
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a
s
]
Figura AI - 9 - Probabilidade de ocorrncia e nme-
ro de horas da velocidade do vento em Amsterdo
0
150
300
450
600
750
900
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0
15
30
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120
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150
165
180
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210
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240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 10 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Amsterdo
0
200
400
600
800
1000
1200
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1600
1800
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1
0
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Humi dade Rel ati va [%]
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25%
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100%
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c
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n
c
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%
]
Figura AI - 11 - Nmero de horas e probabili-
dade de ocorrncia de humidade relativa em
Amsterdo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
.0
0
0
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.0
0
3
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5
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1
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0
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1
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Humi dade Absol uta [kg/kg]
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100%
o
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r
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c
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[
%
]
Figura AI - 12 - Nmero de horas e probabilidade de ocor-
rncia de humidade absoluta em Amsterdo
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
235/291
Localizao: Bergen
Latitude: 60,17 N
Longitude: 5,13 E
Altitude: 50 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 4476 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 11 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 7,58 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
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2
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2
3
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Temperatura [C]
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25%
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o
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%
]
Figura AI - 13 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de temperatura exterior em
Bergen
0
200
400
600
800
1000
1200
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0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
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l
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M
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[
k
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h
]
Figura AI - 14 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Bergen
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
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]
0
200
400
600
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1200
o
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[
h
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]
Figura AI - 15 - Probabilidade de ocorrncia e nmero
de horas da velocidade do vento em Bergen
0
150
300
450
600
750
900
0
15
30
45
60
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105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 16 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Bergen
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
1
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4
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5
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6
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1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
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n
c
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[
h
o
r
a
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 17 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade relativa em Bergen
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
0
.0
0
0
0
.0
0
3
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.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 18 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Bergen
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
236/291
Localizao: Bragana
Latitude: 41,49 N
Longitude: 6,45 W
Altitude: 691 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 2766 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 7,6 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 13,94 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
-
6 0 6
1
2
1
8
2
4
3
0
3
6
4
2
4
8
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
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s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 19 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em Bragana
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
a
l
,
M
d
i
a
D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 20 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Bragana
0%
25%
50%
75%
100%
0 2 4 6 8 10 12 14
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 21 - Probabilidade de ocorrncia e
nmero de horas da velocidade do vento em Bra-
gana
0
150
300
450
600
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0
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180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 22 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para Bragana
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
0
1
0
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4
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5
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6
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9
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1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
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[
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o
r
a
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 23 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de humidade relativa
em Bragana
0
200
400
600
800
1000
1200
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0
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0
.0
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0
.0
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.0
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.0
1
8
Humidade Absoluta [kg/kg]
o
c
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c
i
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[
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o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 24 - Nmero de horas e probabilidade de ocorrn-
cia de humidade absoluta em Bragana
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
237/291
Localizao: Bruxelas
Latitude: 50,54 N
Longitude: 4,32 E
Altitude: 58 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 3796 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 8,7 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 9,65 C
0
200
400
600
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1200
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4
Temperatura [C]
o
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r
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[
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
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c
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a
[
%
]
Figura AI - 25 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de temperatura exterior em
Bruxelas
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
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o
n
t
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l
,
M
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D
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r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 26 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Bruxelas
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 27 - Probabilidade de ocorrncia e nmero
de horas da velocidade do vento em Bruxelas
0
150
300
450
600
750
900
1050
1200
1350
1500
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 28 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Bruxelas
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
1
0
2
0
3
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4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
o
r
r
n
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[
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o
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 29 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade relativa em Bruxelas
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
.0
0
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0
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5
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8
0
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0
0
.0
1
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0
.0
1
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0
.0
1
8
Humidade Absol uta [kg/kg]
o
c
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i
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[
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r
a
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
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n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 30 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Bruxelas
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
238/291
Localizao: Castelo Branco
Latitude: 39,50 N
Longitude: 7,29 W
Altitude: 348 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 2037 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 7 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 13,3 C
0
200
400
600
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0 4 8
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6
Temperatura [C]
o
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[
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 31 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de temperatura exterior em
Castelo Branco
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Dias
R
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i
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T
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n
t
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l
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M
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a
[
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J
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h
]
Figura AI - 32 Radiao Solar Total Horizontal Valo-
res mdios dirios para Castelo Branco
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
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]
0
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400
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2000
o
c
o
r
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n
c
i
a
[
h
o
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a
s
]
Figura AI - 33 - Probabilidade de ocorrncia e nmero
de horas da velocidade do vento em Castelo Branco
0
150
300
450
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0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 34 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Castelo Branco
0
200
400
600
800
1000
1200
0
1
0
2
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1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
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r
n
c
i
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[
h
o
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 35 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade relativa em Castelo
Branco
0
500
1000
1500
2000
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0
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0
0
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0
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0
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Humi dade Absoluta [kg/kg]
o
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[
h
o
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s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 36 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Castelo Branco
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
239/291
Localizao: Estocolmo
Latitude: 59,39 N
Longitude: 17,57 E
Altitude: 61 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 5388 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 9,7 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 10,02 C
0
200
400
600
800
1000
1200
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Temperatura [C]
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0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
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a
[
%
]
Figura AI - 37 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em Estocolmo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
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d
i
a
o
T
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a
l
H
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o
n
t
a
l
,
M
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D
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r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 38 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Estocolmo
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 39 - Probabilidade de ocorrncia e
nmero de horas da velocidade do vento em Esto-
colmo
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 40 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Estocolmo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
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7
0
8
0
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0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
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n
c
i
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]
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25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 41 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de humidade relativa em Esto-
colmo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
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0
0
0
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0
3
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.0
0
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0
.0
1
0
0
.0
1
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0
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5
0
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8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
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o
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c
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[
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s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 42 - Nmero de horas e probabilidade de ocor-
rncia de humidade absoluta em Estocolmo
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
240/291
Localizao: vora
Latitude: 38,34 N
Longitude: 7,54 W
Altitude: 321 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 1665 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 6,3 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 16,03 C
0
200
400
600
800
1000
1200
0 4 8
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2
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0
2
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Temperatura [C]
o
c
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c
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[
h
o
r
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s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 43 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em vora
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
a
l
,
M
d
i
a
D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 44 Radiao Solar Total Horizontal Valo-
res mdios dirios para vora
0%
25%
50%
75%
100%
0 2 4 6 8 10 12 14
Vvento [m/s]
o
c
o
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n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 45 - Probabilidade de ocorrncia
e nmero de horas da velocidade do vento
em vora
0
150
300
450
600
750
900
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 46 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em vora
0
200
400
600
800
1000
1200
0
1
0
2
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3
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4
0
5
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6
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8
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1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
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r
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n
c
i
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[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 47 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de humidade relativa em
vora
0
500
1000
1500
2000
2500
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 48 - Nmero de horas e probabilidade de ocorrn-
cia de humidade absoluta em vora
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
241/291
Localizao: Gotemburgo
Latitude: 57,40 N
Longitude: 12,18 E
Altitude: 169 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 4721 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 9,3 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 8,99 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
-
2
0
-
1
4
-
8
-
2 4
1
0
1
6
2
2
2
8
3
4
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 49 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em Gotemburgo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
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d
i
a
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T
o
t
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l
H
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r
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z
o
n
t
a
l
,
M
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D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 50 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Gotemburgo
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
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[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 51 - Probabilidade de ocorrncia e
nmero de horas da velocidade do vento em Gotem-
burgo
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 52 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Gotemburgo
0
500
1000
1500
2000
2500
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
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[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 53 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de humidade relativa em
Gotemburgo
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
.0
0
0
0
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0
3
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.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
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r
n
c
i
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[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 54 - Nmero de horas e probabilidade de ocor-
rncia de humidade absoluta em Gotemburgo
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
242/291
Localizao: Jan-Mayen
Latitude: 70,56N
Longitude: 8,4 E
Altitude: 10 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 7789 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 12 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 5,40 C
0
500
1000
1500
2000
2500
-
2
0
-
1
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6
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2
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4
Temperatura [C]
o
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[
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 55 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em Jan-Mayen
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
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d
i
a
o
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n
t
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l
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M
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a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 56 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Jan-Mayen
0%
25%
50%
75%
100%
0 5 10 15 20 25 30
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
200
400
600
800
1000
1200
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 57 - Probabilidade de ocorrncia e
nmero de horas da velocidade do vento em Jan-
Mayen
0
150
300
450
600
750
900
1050
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 58 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Jan-Mayen
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
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r
n
c
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[
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 59 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de humidade relativa em Jan-
Mayen
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0
.0
0
0
0
.0
0
1
0
.0
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2
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.0
0
3
0
.0
0
4
0
.0
0
5
0
.0
0
6
0
.0
0
7
0
.0
0
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.0
0
9
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
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n
c
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[
h
o
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 60 - Nmero de horas e probabilidade de ocor-
rncia de humidade absoluta em Jan-Mayen
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
243/291
Localizao: Lisboa
Latitude: 38,43 N
Longitude: 9,09 W
Altitude: 77 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 1276 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 6 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 9,55 C
0
200
400
600
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048
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2
3
6
Temperatura [C]
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[
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 61 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
em Lisboa
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
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t
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l
H
o
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z
o
n
t
a
l
,
M
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i
a
D
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r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 62 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Lisboa
0%
25%
50%
75%
100%
0 2 4 6 8 10 12 14
Vvento [m/s]
o
c
o
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n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 63 - Probabilidade de ocorrn-
cia e nmero de horas da velocidade do ven-
to em Lisboa
0
150
300
450
600
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 64 - Nmero de horas de ocorrncia da direc-
o do vento para em Lisboa
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humidade Rel ativa [%]
o
c
o
r
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n
c
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a
[
h
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 65 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de humidade relativa em
Lisboa
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
.0
0
0
0
.0
0
3
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5
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.0
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.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
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a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 66 - Nmero de horas e probabilidade de ocorrn-
cia de humidade absoluta em Lisboa
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
244/291
Localizao: Londres
Latitude: 51,90 N
Longitude: 0
Altitude: 62 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 3836 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 9,3 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 9,53 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
-
1
0
-
4 2 8
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0
2
6
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3
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Temperatura [C]
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
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n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 67 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de temperatura exterior em
Londres
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Dias
R
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[
k
J
/
h
]
Figura AI - 68 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Londres
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 69 - Probabilidade de ocorrncia e nmero
de horas da velocidade do vento em Londres
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 70 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Londres
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
1
0
2
0
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4
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5
0
6
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1
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0
Humi dade Rel ati va [%]
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c
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0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 71 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade relativa em Londres
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
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0
5
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.0
0
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.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
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0
.0
1
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Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
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[
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]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 72 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Londres
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
245/291
Localizao: Nice
Latitude: 43,67 N
Longitude: 7,2 E
Altitude: 5 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 1914 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 6 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 7,14 C
0
200
400
600
800
1000
1200
0 4 8
1
2
1
6
2
0
2
4
2
8
3
2
3
6
Temperatura [C]
o
c
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[
h
o
r
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s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 73 - Nmero de horas e probabilida-
de de ocorrncia de temperatura exterior em
Nice
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
a
l
,
M
d
i
a
D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 74 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Nice
0%
25%
50%
75%
100%
0 4 8 12 16 20
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 75 - Probabilidade de ocorrncia e nmero
de horas da velocidade do vento em Nice
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 76 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Nice
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 77 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade relativa em Nice
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 78 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Nice
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
246/291
Localizao: Paris
Latitude: 48,43 N
Longitude: 2,24 E
Altitude: 96 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 3359 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 8,3 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 10,60 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
-
1
0
-
4 2 8
1
4
2
0
2
6
3
2
3
8
4
4
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 79 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de temperatura exterior em Paris
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
T
e
m
p
e
r
a
t
u
r
a
[
C
]
Figura AI - 80 Radiao Solar Total Horizontal
Valores mdios dirios para Paris
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 81 - Probabilidade de ocorrncia e nmero de
horas da velocidade do vento em Paris
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 82 - Nmero de horas de ocorrncia
da direco do vento para em Paris
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 83 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade relativa em Paris
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 84 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade absoluta em Paris
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
247/291
Localizao: Penhas Douradas
Latitude: 40,25 N
Longitude: 7,33 W
Altitude: 1380 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 3491 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 8 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 13,40 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
-
1
0
-
4 2 8
1
4
2
0
2
6
3
2
3
8
4
4
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 85 - Nmero de horas e probabi-
lidade de ocorrncia de temperatura exterior
nas Penhas Douradas
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
a
l
,
M
d
i
a
D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 86 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para as Penhas Douradas
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 87 - Probabilidade de ocor-
rncia e nmero de horas da velocidade
do vento nas Penhas Douradas
0
150
300
450
600
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 88 - Nmero de horas de ocorrncia da direco
do vento nas Penhas Douradas
0
200
400
600
800
1000
1200
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Relativa [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 89 - Nmero de horas e probabili-
dade de ocorrncia de humidade relativa nas
Penhas Douradas
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 90 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta nas Penhas Doura-
das
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
248/291
Localizao: Porto
Latitude: 41,13 N
Longitude: 8,60 W
Altitude: 100 m
Nmero de graus dias (base de 20 C): 1830 C.dia
Durao da estao de aquecimento: 7 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 8,88 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 4 8
1
2
1
6
2
0
2
4
2
8
3
2
3
6
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 91 - Nmero de horas e probabili-
dade de ocorrncia de temperatura exterior no
Porto
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
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l
,
M
d
i
a
D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 92 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para o Porto
0%
25%
50%
75%
100%
0 5 10 15 20 25
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 93 - Probabilidade de ocorrncia e
nmero de horas da velocidade do vento no
Porto
0
150
300
450
600
750
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
N
Figura AI - 94 - Nmero de horas de ocorrncia da direco
do vento para o Porto
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0
1
5
3
0
4
5
6
0
7
5
9
0
Humi dade Relati va [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 95 - Nmero de horas e probabili-
dade de ocorrncia de humidade relativa no
Porto
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 96 - Nmero de horas e probabilidade de ocor-
rncia de humidade absoluta no Porto
Localizao: Saint-Hubert Nmero de graus dias (base de 20 C): 4629 C.dia
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
249/291
Latitude: 50,1 N
Longitude: 5,24 E
Altitude: 557 m
Durao da estao de aquecimento: 9,7 meses
Amplitude Trmica Diria do ms mais quente: 8,05 C
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
-
1
0
-
4 2 8
1
4
2
0
2
6
3
2
3
8
4
4
Temperatura [C]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 97 - Nmero de horas e probabili-
dade de ocorrncia de temperatura exterior em
Saint-Hubert
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Di as
R
a
d
i
a
o
T
o
t
a
l
H
o
r
i
z
o
n
t
a
l
,
M
d
i
a
D
i
r
i
a
[
k
J
/
h
]
Figura AI - 98 Radiao Solar Total Horizontal Valores
mdios dirios para Saint-Hubert
0%
25%
50%
75%
100%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
Vvento [m/s]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
Figura AI - 99 - Probabilidade de ocorrncia e nmero
de horas da velocidade do vento em Saint-Hubert
0
150
300
450
600
750
900
1050
1200
1350
1500
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
165
180
195
210
225
240
255
270
285
300
315
330
345
Figura AI - 100 - Nmero de horas de ocorrncia da
direco do vento para em Saint-Hubert
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
0
1
0
0
Humi dade Rel ati va [%]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 101 - Nmero de horas e probabilidade
de ocorrncia de humidade relativa em Saint-
Hubert
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
0
.0
0
0
0
.0
0
3
0
.0
0
5
0
.0
0
8
0
.0
1
0
0
.0
1
3
0
.0
1
5
0
.0
1
8
Humi dade Absol uta [kg/kg]
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
h
o
r
a
s
]
0%
25%
50%
75%
100%
o
c
o
r
r
n
c
i
a
[
%
]
Figura AI - 102 - Nmero de horas e probabilidade de
ocorrncia de humidade absoluta em Saint-Hubert
ANEXO I
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
250/291
ANEXO II
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
251/291
Anexo II Distribuio dos ocupantes
Habitao Unifamiliar
Cozinha Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3 Quarto 4
Homem 6-7;18-23 23-6
Mulher 7-8;17-18 6-7;18-23 23-6
Criana,
19 anos
7-8;18-19 19-7
Criana,
16 anos
7-8;18-20 17-18;20-7
S
e
g
u
n
d
a
a
S
e
x
t
a
Criana,
13 anos
7-8;18-21 17-18;21-7
Homem
8-10;13-24 24-8
Mulher 9-12;17-18
8-9;12-13
15-17;18-24
24-8
Criana,
19 anos
12-13 2-12;13-17
Criana,
16 anos
11-12;17-19
23-24
12-15;19-20
24-11
S
b
a
d
o
e
D
o
m
i
n
g
o
Criana,
13 anos
10-12;15-16
18-24
16-18;24-10
Habitao Multifamiliar
Cozinha Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3
Homem 6-7;18-23 23-6
Mulher
7-8;12-13
17-18
6-7;18-23 23-6
Criana,
13 anos
7-8;18-21 17-18;21-7
S
e
g
u
n
d
a
a
S
e
x
t
a
Criana,
10 anos
7-8
18-20
17-18;20-7
Homem
8-10;13-24 24-8
Mulher 9-11;17-18
8-9;11-12
15-17;18-24
24-8
Criana,
13 anos
10-12;18-24 15-18;24-10
S
b
a
d
o
e
D
o
m
i
n
g
o
Criana,
10 anos
8-10;13-14
17-21
14-17;21-8
ANEXO II
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
252/291
ANEXO III
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
253/291
Anexo III Sistema I
Determinao da temperatura T
efeito de chamin
De acordo com o critrio definido no projecto RESHYVENT [40], necessrio conhecer a
temperatura mxima exterior a partir da qual o caudal de extraco natural inferior a
36 m
3
/h. Para conhecer este valor, que deve ser avaliado para cada localizao efectua-se uma
simulao do sistema de ventilao SI, na qual, o ventilador est permanentemente desligado.
Posteriormente, relacionando a temperatura exterior com o caudal de extraco total do edif-
cio determina-se qual a temperatura que se procura.
De referir que, este caudal de extraco ser no s funo do gradiente de temperaturas entre
o interior e o exterior do edifcio mas tambm do gradiente de presses provocado pelo efeito
do vento.
T
efeito de chamin
[C]: Temperatura exterior, para cada localizao, a partir da qual a extraco natural (no
caso da habitao multifamiliar apresenta-se o valor mdio das temperaturas obtidas para cada piso)
Localizao Habitao Unifamiliar Habitao Multifamiliar
Bragana 9,2 7,00
Castelo Branco 9,4 9,18
vora 11,8 13,93
Lisboa 16,0 15,39
Penhas Douradas 5,6 7,65
Porto 14,3 13,45
Aberdeen 7,5 7,19
Amsterdo 9,4 8,74
Bergen 7,2 6,28
Bruxelas 9,5 8,55
Estocolmo 5,6 4,38
Gotemburgo 6,5 6,16
Groningen 8,4 7,76
Jan-Mayen -1,1 -1,36
Londres 9,0 8,30
Nice 14,5 14,31
Paris 10,5 9,94
Saint Hubert 9,3 6,23
ANEXO III
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
254/291
Type 200 Subrotina de controlo do Sistema I
C**********************************************************
*************
SUBROUTINE
TYPE200(TIME,XIN,OUT,T,DTDT,PAR,INFO,ICNTRL,*)
C Algoritmo de controlo para o Sistema I
C Vivenda com extraco mecnica e insuflao natural
C Desenvolvido por: Petra Vaquero (Dezembro de 2005)
C**********************************************************
*************
C Ctime: Tempo parcial para o controlo da operao
C Counter: Varivel auxiliar para iniciar o controlador
C OCC: Ocupao total
C GQ1: Parmetro para a posio da grelha de insuflao do
Quarto 1
C GQ2: Parmetro para a posio da grelha de insuflao do
Quarto 2
C GQ3: Parmetro para a posio da grelha de insuflao do
Quarto 3
C GQ4: Parmetro para a posio da grelha de insuflao do
Quarto 4
C GSL: Parmetro para a posio da grelha de insuflao da
Sala
C HDAY: Hora do dia
C NPEOP:Numero de pessoas
C TEXT: Temperatura exterior
C TIMESTEP: Timestep
C TNVENT:Temperatura a partir da qual o ventilador desliga
C RHB: Humidade relativa na casa de banho
C RHC: Humidade relativa no chuveiro
C VK: Vlvula de extraco da Cozinha
C VB: Vlvula de extraco da Casa de Banho
C VC: Vlvula de extraco do Chuveiro
C VW: Vlvula de extraco do WCS
C FAN: Fan mode
C
C INPUTS
C | 1 OCC
C | 2 TEXT
C | 3 RHB
C | 4 RHC
C OUTPUTS
C | 1 GSL
C | 2 GQ1
C | 3 GQ2
C | 4 GQ3
C | 5 GQ4
C | 6 VK
C | 7 VB
C | 8 VC
C | 9 VW
C | 10 FAN
C | 11 Ctime
C | 12 HDAY
COMMON /LUNITS/ LUR,LUW,IFORM,LUK
DIMENSION XIN(5),Par(3),Out(12),INFO(15)
DOUBLEPRECISION Xin,Out
REAL T,DTDT,Par
INTEGER Info,Icntrl
INFO(6)=10
INFO(9)=2
CALL TYPECK(1,INFO,4,3,0)
counter=counter+1
TIMESTEP=PAR(1)
TNVENT=PAR(2)
NPEOP=PAR(3)
SELECTCASE (NPEOP)
CASE(2)
NPEOP1=1
CASE(4)
NPEOP1=2
ENDSELECT
IF (counter.eq.3) THEN
ctime=-TIMESTEP
ENDIF
IF (ctime.eq.0.25) THEN
ctime=0
ENDIF
Ctime=Ctime+TIMESTEP
OCC=XIN(1)
TEXT=XIN(2)
RHB=XIN(3)
RHC=XIN(4)
HDAY=(TIME/24-INT(TIME/24))*24
IF (Ctime.EQ.0.25.or.Ctime.EQ.0) THEN
IF (OCC.LT.1) THEN
!Funo: Ningum em Casa
GSL=1
GQ1=0.5
GQ2=0.5
GQ3=0.5
GQ4=0.5
VK=0.53
VB=0.38
VC=0.33
VW=0.12
FAN=0.15
ELSE
IF (RHB.GT.75) THEN
!Funo: Posio Forada 1
IF (HDAY.GT.7..AND.HDAY.LT.23) THEN
!DAY
GSL=1
GQ1=0.5
GQ2=0.5
GQ3=0.5
GQ4=0.5
VK=0
VB=1
VC=1
VW=0
FAN=1
ELSE
!NIGTH
GSL=0.5
GQ1=1
GQ2=1
GQ3=1
GQ4=1
VK=0
VB=1
VC=1
VW=0
FAN=1
ENDIF
ELSEIF (RHC.GT.75) THEN
!Funo: Posio Forada 2
IF (HDAY.GT.7..AND.HDAY.LT.23) THEN
!DIA
GSL=1
GQ1=0.5
GQ2=0.5
GQ3=0.5
GQ4=0.5
VK=0
VB=0
VC=1
VW=0
FAN=1
ELSE
!NOITE
GSL=0.5
GQ1=1
GQ2=1
GQ3=1
GQ4=1
VK=0
VB=0
VC=1
VW=0
FAN=1
ENDIF
ELSE
!Funo: Posio Normal
IF (HDAY.GT.7..AND.HDAY.LT.23) THEN
!DIA
GSL=1
GQ1=0.5
GQ2=0.5
GQ3=0.5
ANEXO III
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
255/291
GQ4=0.5
VK=0.53
VB=0.38
VC=0.33
VW=0.12
FAN=1.0
ELSE
!NOITE
GSL=0.5
GQ1=1
GQ2=1
GQ3=1
GQ4=1
VK=0.53
VB=0.38
VC=0.33
VW=0.12
FAN=0.67
ENDIF
ENDIF
ENDIF
IF (TEXT.LT.TNVENT.AND.OCC.LT.1) THEN
FAN=0
ENDIF
ENDIF
1000 OUT(1)=GSL
OUT(2)=GQ1
OUT(3)=GQ2
OUT(4)=GQ3
OUT(5)=GQ4
OUT(6)=VK
OUT(7)=VB
OUT(8)=VC
OUT(9)=VW
OUT(10)=FAN
OUT(11)=Ctime
OUT(12)=HDAY
RETURN 1
END
ANEXO III
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
256/291
ANEXO III
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
257/291
ANEXO III
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
258/291
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
259/291
Anexo IV Sistema II
Type 201 Subrotina de controlo do Sistema II
C**********************************************************
*************
SUBROUTINE
TYPE201(TIME,XIN,OUT,T,DTDT,PAR,INFO,ICNTRL,*)
C Algoritmo de controlo para Sistema II (estratgia a, b e c)
C Vivenda com extraco mecnica e insuflao natural
C Este algoritmo diz respeito a trs estratgias de controlo
distintas, baseadas com a presena de ocupantes e concentrao de CO2
C Desenvolvido por: Fevereiro 2005 - Petra Vaquero
C**********************************************************
*************
c Variveis (unidades: Caudal - l/s; Tempo - s)
c acexhf: Caudal de ar devido s condies naturais
c BAT,KIT,CHV: Parmetro de inicializao ou trmino da
funo manual
c CO2: Concentrao de CO2 na conduta principal de extrac-
o
c CO2i: Concentrao de CO2 nas diferentes zonas
c COat: Concentrao de CO2 nas diferentes zonas em cada
passo de tempo
c Ctime: Tempo parcial(para o controlo automtico)
c CtmeM?: Tempo parcial (para o controlo manual)
(K:cozinha; B:casa de banho; C:chuveiro)
c Cvent: Parmetro do ventilador
c In: ocupao das zonas, soma total do n de pessoas presentes
em cada 1/4 hora
c Fan: Estado do ventilador (ON: Fan=1; OFF: Fan=0)
c flwrte: Caudal total a resultar da posio das grelhas de
insuflao
c frate: Capacidade instalada de insuflao
c Exhflw: Capacidade instalada de extraco
c Exhoff: Caudal de ar ao qual o ventilador desliga
c Exv???:Posio das vlvulas de extraco
c Hour: N de 1/4 de hora de uma hora em que as grelhas vo
estar abertas
c Manual: Modo de funcionamento do sistema (Manual mode:
Manual=1; Automatic mode:Manual=0 )
c Mfair: Caudal mnimo de ar novo por pessoa
c MinPst: Parmetro para a determinao da ordem de abertura
das grelhas
c Tstep: Passo de Tempo (timestep)
c Psti: Posio das grelhas
c Typctr: 0: Estratgia a
c 1: Estratgia b
c 2: Estratgia c
c Parameters
c 1 Typctr
c 2 frat(1) Living
c 3 frat(2) - Bed1
c 4 frat(3) - Bed2
c 5 frat(4) - Bed3
c 6 frat(5) - Bed4
c 7 Exhflw
c Xin
c 1 Bat
c 2 Kit
c 3 acexhf
c 4 IN(1)
c 5 IN(2)
c 6 IN(3)
c 7 IN(4)
c 8 IN(5)
c 9 CO2
c 10 CO2i(1)
c 11 CO2i(2)
c 12 CO2i(3)
c 13 CO2i(4)
c 14 CO2i(5)
c 15 Chv
c Out
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
260/291
c 1 Cvent 19 flwrte
c 2 Exvkit 20 Hour
c 3 Exvbat 21 Nqi(1)
c 4 Exvwc 22 Nqi(2)
c 5 Psti(1) 23 Nqi(3)
c 6 Psti(2) 24 Nqi(4)
c 7 Psti(3) 25 Nqi(5)
c 8 Psti(4) 26 CO2
c 9 Psti(5) 27 CO2at(1)
c 10 Psti(6) 28 CO2at(2)
c 11 Ctime 29 CO2at(3)
c 12 Bat 30 CO2at(4)
c 13 Kit 31 CO2at(5)
c 14 acexhf 32 IN(1)
c 15 manual 33 IN(2)
c 16 CtmeMK 34 IN(3)
c 17 CtmeMB 35 IN(4)
c 18 fan 36 IN(5)
c 37 Counter
c 38 Exvchv
c 39 CtmeMC
c 40 Mfair
Common /Inputs/BAT,KIT,CHV,IN
Common /Grilles/Mfair,Prm(6),Psti(6),frat(5),NQi,IntP
Common /Par/ fan,manual,Ctime,cvent,hour,flwrte,tstep
common /CCO2/CO2,CO2i(5),CO2at(5)
Dimension Xin(50), Par(7), Out(40),INFO(15)
Doubleprecision Xin,Out
Real
IntP(5),BAT1,BAT2,CHV1,CHV2,Mfair,NQi(5),IN(5),T,DTDT,Par,hour
Integer manual,kit,bat,chv,Typctr,Info,Icntrl
c-----------------------------------------------------------------------
INFO(6)=40
INFO(9)=2
CALL TYPECK(1,INFO,15,7,0)
c Definir o tipo de controlo
Typctr=Par(1)
c-----------------------------------------------------------------------
c Capacidade instalada de insuflao: 0.9 (l/s/m2) at 1 Pa
frat(1)=Par(2) !Sala
frat(2)=Par(3) !Quarto 1
frat(3)=Par(4) !Quarto 2
frat(4)=Par(5) !Quarto 3
frat(5)=Par(6) !Quarto 4
c Capacidade instalada de extraco
Exhflw=Par(7)
c Vlvula de extraco da Cozinha
BAT=Xin(1)
KIT=Xin(2)
acexhf=Xin(3)
IN(1)=Xin(4)
IN(2)=Xin(5)
IN(3)=Xin(6)
IN(4)=Xin(7)
IN(5)=Xin(8)
CO2=Xin(9)
CO2i(1)=Xin(10)
CO2i(2)=Xin(11)
CO2i(3)=Xin(12)
CO2i(4)=Xin(13)
CO2i(5)=Xin(14)
CHV=Xin(15)
tstep=0.0625
c-----------------------------------------------------------------------
*A1---------------------------------------------------------------------o
If (((BAT+KIT+CHV).GT.0).and.manual.eq.0) then
manual=1
Exvwc=0.
Elseif ((BAT+KIT+CHV).eq.0.and.manual.eq.1) then
manual=0
CtmeMK=0.
CtmeMB=0.
CtmeMC=0.
Exvkit=1.
Exvbat=1.
Exvwc=1.
Exvchv=1.
fan=0.
*A1.1-------------------------------------------------------------------o
c Redefine a posio das grelhas quando no existe interveno
manual
Select case (Typctr)
Case (0,1)
Call AutPst !Posio automtica
das relhas (estratgias a e b)
Case(2)
Do q=1,5
Psti(q)=0.
CO2at(q)=0.
If (q.eq.1) then
Psti(6)=0.
Endif
Enddo
End select
*A1.1-------------------------------------------------------------------
flwrte=(Psti(1)+Psti(6))*frat(1)+Psti(2)*frat(2)+Psti(3)*frat(
3)+Psti(4)*frat(4)+Psti(5)*frat(5)
Endif
*A1--------------------------------------------------------------------
counter=counter+1 !Inicializao
if (counter.eq.3) then
ctime=-0.0625
endif
if (counter.eq.1) then
Exvkit=1.
Exvbat=1.
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
261/291
Exvwc=1.
Exvchv=1.
endif
Ctime=Ctime+tstep
ICO2=int(CO2)
*B1--------------------------------------------------------------------
If(Time.Gt.0.95.and.Time.Lt.1.1.or.Ctime.GE.0.25) then
**B1.1-----------------------------------------------------------------
Define_type_of_control: Selectcase (Typctr)
Case(0,1)
***B1.1.1--------------------------------------------------------------
De-
fine_time_or_1sensor_control:Selectcase(Typctr)
Case (0)
Mfair=7.
Case (1)
Define_freshair_level: Select case
(ICO2)
Case (:400)
Mfair=4.
Case (401:500)
Mfair=5.
Case (501:600)
Mfair=6.
Case (601:800)
Mfair=7.
Case (801:900)
Mfair=8.
Case (901:1000)
Mfair=9.
Case (1001:1100)
Mfair=10.
Case (1101:1200)
Mfair=11.
Case (1201:1300)
Mfair=12.
Case (1301:1400)
Mfair=13.
Case (1401:)
Mfair=14.
End select Define_freshair_level
End select Define_time_or_1sensor_control
***B1.1.1--------------------------------------------------------------
***B1.1.2--------------------------------------------------------------
If (manual.eq.0) then
Do k=1,5
If (NQi(k).eq.0.) then
Psti(k)=0.
If (k.eq.1) then
Psti(6)=0.
Endif
Endif
Enddo
Endif
***B1.1.2--------------------------------------------------------------
***B1.1.3--------------------------------------------------------------
If (Ctime.eq.0.25+tstep.or.Time.Gt.1.and.Time.Lt.1.1) then
If (acexhf.LT.flwrte)
then
fan=1.
Ex-
hoff=acexhf
Endif
Ctime=0.0625
Do m=1,5
If (NQi(m).gt.0.) then
NQi(m)=NQi(m)-1.
Endif
Enddo
If (Hour.GT.0.) then
Hour=Hour-1.
endif
Goto 125
Endif
***B1.1.3--------------------------------------------------------------
***B1.1.4--------------------------------------------------------------
If (hour.eq.0.) then
c Define a posio das grelhas de
insuflao
Call AutPst
****B1.1.4.1-----------------------------------------------------------
c Define o nmero de quartos de hora em que as grelhas esto abertas
Do n=1,5
If
(Psti(n).eq.0.) then
IntP(n)=0.
Goto 100
Endif
If (n.eq.1)
then
If (IN(1)/4*Mfair.LT.18.) then
IntP(n)=IN(1)*Mfair/(Psti(1)*frat(1))
else
IntP(n)=(IN(1)/2)*Mfair/(Psti(1)*frat(1))
Endif
Endif
IntP(n)=IN(n)*Mfair/(Psti(n)*frat(n))
100
NQi(n)=Numqrt (IntP(n))
Enddo
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
262/291
****B1.1.4.1-----------------------------------------------------------
Hour=4.
Endif
***B1.1.4--------------------------------------------------------------
**B1.1---------------------------------------------------------------cont.
Case(2)
***B1.1.5--------------------------------------------------------------
If (Ctime.eq.0.25+tstep .or.Time.Gt.1.and.Time.Lt.1.1) then
If (acexhf.LT.flwrte) then
fan=1.
Exhoff=acexhf
Endif
Ctime=0.0625
Goto 122
Endif
***B1.1.5--------------------------------------------------------------
***B1.1.6--------------------------------------------------------------
Do p=1,5
If (CO2i(p).GT.800.and.CO2i(p).GT.CO2at(p))
then
Psti(p)=Pinman(Psti(p))
If (p.eq.1) then
MinPst=min(Psti(1),Psti(6))
If (Psti(1).eq.MinPst)
then
Psti(1)=Pinman(Psti(1))
Else
Psti(6)=Pinman(Psti(6))
Endif
Endif
Endif
If (CO2i(p).LT.600.) then
Psti(p)=0.
If (p.eq.1) then
Psti(6)=0.
Endif
Endif
CO2at(p)=CO2i(p)
Enddo
***B1.1.6--------------------------------------------------------------
122 Endselect Define_type_of_control
**B1.1-----------------------------------------------------------------
flwrte=(Psti(1)+Psti(6))*frat(1)+Psti(2)*frat(2)+Psti(3)*frat(
3)+Psti(4)*frat(4)+Psti(5)*frat(5)
Endif
*B1--------------------------------------------------------------------
125 If (flwrte.LT.10.) then
flwrte=10.
Endif
If (flwrte.LT.Exhoff .and. fan.eq.1.) then
fan=0.
Exhoff=0.
Endif
If (fan.eq.1.) then
Cvent= flwrte/Exhflw
else
Cvent=0.
Endif
If (manual.eq.1) then
Call Mcontrol
(BAT1,BAT2,CHV1,CHV2,Exhflw,Exvkit,Exvbat,
.Exvchv,CtmeMK,CtmeMB,CtmeMC,Typctr)
Endif
c-----------------------------------------------------------------------
c Definio dos outputs
200 Out(1)=cvent
Out(2)=Exvkit
Out(3)=Exvbat
Out(4)=Exvwc
Out(5)=Psti(1)
Out(6)=Psti(2)
Out(7)=Psti(3)
Out(8)=Psti(4)
Out(9)=Psti(5)
Out(10)=Psti(6)
Out(11)=Ctime
Out(12)=BAT
Out(13)=KIT
Out(14)=acexhf
Out(15)=manual
Out(16)=CtmeMK
Out(17)=CtmeMB
Out(18)=fan
Out(19)=flwrte
Out(20)=Hour
Out(21)=Nqi(1)
Out(22)=Nqi(2)
Out(23)=Nqi(3)
Out(24)=Nqi(4)
Out(25)=Nqi(5)
Out(26)=CO2
Out(27)=CO2at(1)
Out(28)=CO2at(2)
Out(29)=CO2at(3)
Out(30)=CO2at(4)
Out(31)=CO2at(5)
Out(32)=IN(1)
Out(33)=IN(2)
Out(34)=IN(3)
Out(35)=IN(4)
Out(36)=IN(5)
Out(37)=counter
Out(38)=Exvchv
Out(39)=CtmeMC
Out(40)=Mfair
Return 1
End
***********************************************************
*************
C Funo que define a posio das grelhas em modo automtico
Function Position (Parameter_P)
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
263/291
Position=2.
If (parameter_P.eq.0.) then
Position=0.
elseif (parameter_P.LE.0.7) then
Position=0.7
elseIf (parameter_P.LE.1.) then
Position=1.
elseif (parameter_P.LT.1.5) then
Position=1.5
Endif
End
***********************************************************
************
C Subroutine que define a posio das grelhas em modo auto-
mtico
Subroutine AutPst
Common /Inputs/ BAT,KIT,In
Common /Grilles/ Mfair,Prm(6),Psti(6),frat(5),NQi,IntP
Real Mfair,In(5),NQi(5),IntP(5)
Do I=1,5
Prm(i)=In(i)*Mfair/(4*frat(i))
Psti(i)=Position(Prm(i))
If (I.eq.1) then
If (IN(1)/4*Mfair.LT.18.) then
Prm(1)=IN(1)*Mfair/(4.*frat(1))
Prm(6)=0.
else
Prm(1)=(IN(1)/2)*Mfair/(4.*frat(1))
Prm(6)=Prm(1)
endif
Psti(1)=Position(Prm(1))
Psti(6)=Position(Prm(6))
Endif
Enddo
End
***********************************************************
*************
C Subroutina para o controlo Manual
Subroutine Mcontrol
(BAT1,BAT2,CHV1,CHV2,Exhflw,Exvkit,Exvbat,
.Exvchv,CtmeMK,CtmeMB,CtmeMC,Typctr)
Common /Inputs/ BAT,KIT,CHV,IN
Common /Grilles/Mfair,Prm(6),Psti(6),frat(5),NQi,IntP
Common /Par/ fan,manual,Ctime,cvent,hour,flwrte,tstep
Real BAT1,BAT2,CHV1,CHV2,IN(5),NQi(5),IntP(5)
Integer manual,kit,bat,chv,Typctr
Exvbat=1.
Exvkit=1.
Exvchv=1.
If (Bat.GT.0) then
CtmeMB=CtmeMB+tstep
Endif
If (Kit.GT.0) then
CtmeMK=CtmeMK+tstep
Endif
If (Chv.GT.0) then
CtmeMC=CtmeMC+tstep
Endif
If (Bat.GT.0.and.CtmeMB.LT.0.5.and.Chv.EQ.0) then
BAT1=1.
BAT2=0.
CHV1=0.
CHV2=0.
Exvkit=0.35
Exvchv=0.
Exvbat=0.46
elseif
(Bat.GT.0.and.CtmeMB.LT.0.5.and.Chv.GT.0.and.CtmeMC.LT.0.5) then
BAT1=1.
BAT2=0.
CHV1=1.
CHV2=0.
Exvkit=0.225
Exvchv=0.30
Exvbat=0.32
elseif
(Bat.eq.0.and.Chv.GT.0.and.CtmeMC.LT.0.5) then
BAT1=0.
BAT2=0.
CHV1=1.
CHV2=0.
Exvkit=0.43
Exvchv=0.5
Exvbat=0.
elseif (Bat.eq.0.and.Chv.GT.0.and.CtmeMC.GE.0.5) then
BAT1=0.
BAT2=0.
CHV1=0.
CHV2=1.
Exvkit=0.64
Exvchv=0.47
Exvbat=0.
elseif
(Bat.GT.0.and.CtmeMB.GE.0.5.and.Chv.GT.0.and.CtmeMC.GE.0.5) then
BAT1=0.
BAT2=1.
CHV1=0.
CHV2=1.
Exvkit=0.26
Exvchv=0.25
Exvbat=0.26
elseif
(Bat.GT.0.and.CtmeMB.GE.0.5.and.Chv.EQ.0) then
BAT1=0.
BAT2=1.
CHV1=0.
CHV2=0.
Exvkit=0.27
Exvchv=0.
Exvbat=0.27
elseif
(Bat.GT.0.and.CtmeMB.GE.0.5.and.Chv.GT.0.and.CtmeMC.LT.0.5) then
BAT1=0.
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
264/291
BAT2=1.
CHV1=1.
CHV2=0.
Exvkit=0.175
Exvchv=0.24
Exvbat=0.183
elseif
(Bat.GT.0.and.CtmeMB.LT.0.5.and.Chv.GT.0.and.CtmeMC.GE.0.5) then
BAT1=1.
BAT2=0.
CHV1=0.
CHV2=1.
Exvkit=0.26
Exvchv=0.24
Exvbat=0.35
elseif (Bat.eq.0) then
BAT1=0.
BAT2=0.
Exvbat=0.
CtmeMB=0.
elseif (Chv.eq.0) then
CHV1=0.
CHV2=0.
Exvchv=0.
CtmeMC=0.
endif
If (Kit.eq.0) then
Exvkit=0.
CtmeMK=0.
Endif
If (Chv.eq.0) then
CHV1=0.
CHV2=0.
Exvchv=0.
CtmeMC=0.
Endif
flwrte=56.*(KIT+BAT1+CHV1)+42.*(BAT2+CHV2)
cvent=flwrte/Exhflw
Select case (Typctr)
Case (0,1)
Call AutPst
Case (2)
End select
Call adjman(flwrte) !Ajuste das grelhas em
modo Manual
If (CtmeMK.eq.1.0625) then
CtmeMK=0.
Endif
If (CtmeMB.eq.1.0625) then
CtmeMB=0.
Endif
If (CtmeMC.eq.1.0625) then
CtmeMC=0.
Endif
End
***********************************************************
*************
C Subroutina para o ajuste das grelhas em modo Manual
Subroutine adjman(flwrte)
Common /Grilles/Mfair,Prm(6),Psti(6),frat(5),NQi,IntP
real Nflwrt,MinPst,minturn,Mfair,NQi(5),IntP(5)
Dimension Turni(6),TurniM(6)
Turn=1.
Do j=1,6
Turni(j)=0.
Enddo
Nflwrt=0.
Nflwrt=(Psti(1)+Psti(6))*frat(1)+Psti(2)*frat(2)+Psti(3)*frat(
3)+Psti(4)*frat(4)+Psti(5)*frat(5)
Do while (Nflwrt.LT.flwrte)
Do i=1,6
If (Psti(i).eq.0.7.and.Turni(i).eq.0) then
Psti(i)=Pinman(Psti(i))
Turni(i)=Turn
Turn=turn+1.
goto 600
Endif
Enddo
MinPst=Min(Psti(1),Psti(2),Psti(3),Psti(4),Psti(5),Psti(6))
Do m=1,6
TurniM(m)=1000.
Enddo
Do n=1,6
If (Psti(n).eq.MinPst) then
TurniM(n)=Turni(n)
Endif
Enddo
Min-
turn=Min(TurniM(1),TurniM(2),TurniM(3),TurniM(4),TurniM(5),Turni
M(6))
Do l=1,6
If (Psti(l).eq.MinPst.and.Turni(l).eq.minturn)
then
Psti(l)=Pinman(Psti(l))
Turni(l)=Turn
Turn=turn+1.
goto 600
Endif
Enddo
600
Nflwrt=(Psti(1)+Psti(6))*frat(1)+Psti(2)*frat(2)+Psti(3)*frat(
3)+Psti(4)*frat(4)+Psti(5)*frat(5)
Enddo
End
***********************************************************
*************
Function Pinman(Position)
If (position.eq.0) then
Pinman=0.7
elseif (position.eq.0.7) then
Pinman=1.
elseif (position.GE.1. .and. position .NE. 2.) then
Pinman=Position+0.5
else
Pinman=2.
endif
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
265/291
end function
***********************************************************
*************
c Funo que define o n de 1/4 horas em que as grelhas esto abertas
Function Numqrt (parameter_H)
Numqrt=4
If (parameter_H.eq.0.) then
Numqrt=0
elseif (parameter_H.LE.1.) then
Numqrt=1
elseIf (parameter_H.LE.2.) then
Numqrt=2
elseif (parameter_H.LT.3.) then
Numqrt=3
Endif
End
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
266/291
Estratgia de controlo a:
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
267/291
Estratgia de controlo b:
ANEXO IV
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
268/291
Estratgia de controlo c:
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
269/291
Anexo V Sistema III
Type 202 Subrotina de controlo do Sistema III
C**********************************************************
**
SUBROUTINE
TYPE202(TIME,XIN,OUT,T,DTDT,PAR,INFO,ICNTRL,*)
C Algoritmo de controlo para o sistema de ventilao III
C Vivenda com extraco mecnica e insuflao natural
C Desenvolvido por: Petra Vaquero
C Maio 2006
C**********************************************************
**
C Ctime: Parcial time (automatic only operates every 10 min)
C Ctimepr: parcial time for presence parameters
C CtimeM: parcial time for griles manual control
C Cvnt0, Cvnt1, Cvnt4, Cvnt16: Parameter for fan control
C DeltaP: Calculated potential extracting depression
C DeltaPin: Potential indoor depression
C Ductloss: Estimated pressure loss in ducts
C Manual: input signal for griles manual override (0:automatic
mode; 1:Minimum; 2:Maximum)
C Pmov: Number of movements
C Powfan: Fan power
C PR(i): Presence detectors in bedrooms and toilet
C Qmax(i): Maximum airflow
C Qmin: Minimum airflow (10 m3/h)
C Qmin1: Minimum airflow (7 m3/h)
C QQmax: Maximum airflow when fan can't extract target
airflow
C Qtarg(i): Targeted airflow
C Qtargl(i): Targeted airflow for Living griles
C QtargT: Max from total airflows
C QTinlet: Total calculated inlet airflow
C QTexh: Total calculated exhaust airflow
C RHB,RHS,RHK: Relative Humidity in Bathroom, shower
and kitchen
C S (i): Parameters for griles control
C Sl (i): Parameters for Living griles control
C Tavout:outside temperature average
C Tin: Temperature before fan
C Tout: Temperature after fan
C INPUTS
C 1 PR(1) Bed 1
C 2 PR(2) Bed 2
C 3 PR(3) Bed 3
C 4 PR(4) Bed 4
C 5 PR(5) Toilet
C 6 PMOV Living
C 7 RHS Shower
C 8 RHB Bath
C 9 RHK Kitchen
C 10 Manual(1) Bed 1
C 11 Manual(2) Bed 2
C 12 Manual(3) Bed 3
C 13 Manual(4) Bed 4
C 14 Manual(5) Toilet
C 15 Not used
C 16 Manual(7) Shower
C 17 Manual(8) Bath
C 18 Manual(9) Kitchen
C 19 Manual(10) Liv 1
C 20 Manual(11) Liv 2
C 21 Manual(12) Liv 3
C 22 Tavout Average out
C 23 Tin Interior
C 24 Tout Out
C OUTPUTS
C 1 Powfan
C 2 S(1)
C 3 S(2)
C 4 S(3)
C 5 S(4)
C 6 S(5)
C 7 S(7)
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
270/291
C 8 S(8)
C 9 S(9)
C 10 SL(1)
C 11 SL(2)
C 12 SL(3)
C 13 Cvnt0
C 14 Cvnt1
C 15 Cvnt4
C 16 Cvnt16
C
COMMON /LUNITS/ LUR,LUW,IFORM,LUK
COMMON /SIM/TIME0,TFINAL,DELT,IWARN
DIMENSION
XIN(25),Par(0),Out(30),Qmax(9),PR(5),Qtarg(9),
.Qtargl(3),S(9),Sl(3),Ctimepr(5),Manual(12),CtimeM(12),INFO(15)
DOUBLEPRECISION Xin,Out,ductloss
REAL T,DTDT,Par,VAR1
INTEGER Info,Icntrl,pmov,Powfan
INFO(6)=30
INFO(9)=2
CALL TYPECK(1,INFO,24,0,0)
C Caudais alvo de cada zona
Qmax(1)=40. !Quarto 1
Qmax(2)=20. !Quarto 2
Qmax(3)=20. !Quarto 3
Qmax(4)=20. !Quarto 4
Qmax(5)=25. !WCS
Qmax(6)=100. !Sala
Qmax(7)=70. !Chuveiro
Qmax(8)=70. !CBAnho
Qmax(9)=70. !Cozinha
QQmax=1000
Qmin=10.
Qmin1=7.
IF (INFO(8).LT.2) THEN
Cvnt0=1.
Cvnt1=0.
Cvnt4=0.
Cvnt16=0.
S(7)=1.
ENDIF
IF (INFO(8).EQ.3) THEN
ctimepr=-DELT
DO w=1,12
CtimeM(w)=-DELT !
ENDDO
ENDIF
C Fecha as grelhas se o caudal de insuflao for superior a X
m3/h e for detectada presena no espao
DO r=2,4
IF (Xin(r+9).GT.30 .AND. Xin(r).GT.0) THEN
Manual(r)=1.
ENDIF
ENDDO
IF (Xin(10).GT.50 .AND. Xin(1).GT.0) THEN
Manual(1)=1.
ENDIF
DO rr=10,12
IF (Xin(rr+9).GT.110.AND. Xin(6).GT.0)
THEN
Manual(rr)=1.
ENDIF
ENDDO
DO ss=1,12
IF (Manual(ss).NE.0) THEN
CtimeM(ss)=CtimeM(ss)+DELT
ENDIF
IF (CtimeM(ss).GE.4) THEN
Manual(ss)=0
CtimeM(ss)=-DELT
ENDIF
ENDDO
C Mantm o sinal de presena durante 20 minutos
DO t=1,5
IF (PR(t).GE.1) THEN
Ctimepr(t)=Ctimepr(t)+DELT
ELSE
PR(t)=XIN(t)
ENDIF
IF (Ctimepr(t).GE.0.375) THEN
PR(t)=XIN(t)
Ctimepr(t)=-DELT
ENDIF
ENDDO
C-----------------------------------------------------------------------
Pmov=XIN(6)
RHS=XIN(7)
RHB=XIN(8)
RHK=XIN(9)
Tavout=XIN(22)
Tin=XIN(23)
Tout=XIN(24)
Ctime=Ctime+DELT
*A1--------------------------------------------------------------------OO
IF (Ctime.GE.0.1875) THEN
Ctime=0.
Cvnt0=0.
Cvnt1=0.
Cvnt4=0.
Cvnt16=0.
C Condies exteriores
IF (Tavout.GE.20.) THEN
IF (Tout.GE.18.) THEN
IF ((Tin-
Tout.GE.2..AND.Powfan.LT.16).OR.(Tin-Tout.GE.1.
. .AND.Powfan.EQ.16)) THEN
!Free cooling
Powfan=16
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
271/291
Cvnt16=1.
DO ll=1,9
Qtarg(ll)=QQmax
ENDDO
Qtargl(1)=10*NINT(0.5+Qtarg(6)/30)
Qtargl(2)=10*INT(0.5+(Qtarg(6)-Qtargl(1))/20)
Qtargl(3)=Qtarg(6)-
Qtargl(1)-Qtargl(2)
GOTO 150
ENDIF
ENDIF
ENDIF
IF (Tout.LT.-5.) THEN
Powfan=0
Cvnt0=1.
ELSEIF (Tout.LT.10.) THEN
Powfan=1
Cvnt1=1.
ELSE
Powfan=4
Cvnt4=1.
ENDIF
C AVALIA AS NECESSIDADES
C Quartos e WCS
DO I=1,5
IF (PR(I).GE.1.) THEN
Qtarg(I)=Qmax(I)
ELSE
Qtarg(I)=Qmin
ENDIF
ENDDO
c Sala
c Necessidades de insuflao na sala - at 5 ocupantes
IF (pmov.GE.0 .and. pmov.LT.1) THEN
Qtarg(6)=10.
ELSEIF (pmov.GE.1 .and.
pmov.LT.15) THEN
Qtarg(6)=20.
ELSEIF (pmov.GE.15 .and.
pmov.LT.30) THEN
Qtarg(6)=40.
ELSEIF (pmov.GE.30 .and.
pmov.LT.45) THEN
Qtarg(6)=60.
ELSEIF (pmov.GE.45.and.
pmov.LT.60) THEN
Qtarg(6)=80.
ELSEIF (pmov.GE.60) THEN
Qtarg(6)=100.
ENDIF
C Chuveiro, casa de banho e cozinha
C Caudal de extraco no chuveiro
IF (RHS.GE.0. .and. RHS.LT.29.) THEN
Qtarg(7)=7.
ELSEIF (RHS.GE.29. .and.
RHS.LT.39.) THEN
Qtarg(7)=10.
ELSEIF (RHS.GE.39. .and.
RHS.LT.48.) THEN
Qtarg(7)=20.
ELSEIF (RHS.GE.48. .and.
RHS.LT.58.) THEN
Qtarg(7)=30.
ELSEIF (RHS.GE.58. .and.
RHS.LT.67.) THEN
Qtarg(7)=40.
ELSEIF (RHS.GE.67. .and.
RHS.LT.76.) THEN
Qtarg(7)=50.
ELSEIF (RHS.GE.76. .and.
RHS.LT.85.) THEN
Qtarg(7)=60.
ELSEIF (RHS.GE.85. .and.
RHS<=100.) THEN
Qtarg(7)=70.
ENDIF
C Caudal de extraco na casa de banho
IF (RHB.GE.0..and. RHB.LT.29.) THEN
Qtarg(8)=7.
ELSEIF (RHB.GE.29. .and.
RHB.LT.39.) THEN
Qtarg(8)=10.
ELSEIF (RHB.GE.39. .and.
RHB.LT.48.) THEN
Qtarg(8)=20.
ELSEIF (RHB.GE.48. .and.
RHB.LT.58.) THEN
Qtarg(8)=30.
ELSEIF (RHB.GE.58. .and.
RHB.LT.67.) THEN
Qtarg(8)=40.
ELSEIF (RHB.GE.67. .and.
RHB.LT.76.) THEN
Qtarg(8)=50.
ELSEIF (RHB.GE.76. .and.
RHB.LT.85.) THEN
Qtarg(8)=60.
ELSEIF (RHB.GE.85. .and.
RHB<=100.) THEN
Qtarg(8)=70.
ENDIF
C Caudal de extraco na cozinha
IF (RHK.GE.0. .and. RHK.LT.29.) THEN
Qtarg(9)=7.
ELSEIF (RHK.GE.29. .and.
RHK.LT.39.) THEN
Qtarg(9)=10.
ELSEIF (RHK.GE.39. .and.
RHK.LT.48.) THEN
Qtarg(9)=20.
ELSEIF (RHK.GE.48. .and.
RHK.LT.58.) THEN
Qtarg(9)=30.
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
272/291
ELSEIF (RHK.GE.58. .and.
RHK.LT.67.) THEN
Qtarg(9)=40.
ELSEIF (RHK.GE.67. .and.
RHK.LT.76.) THEN
Qtarg(9)=50.
ELSEIF (RHK.GE.76. .and.
RHK.LT.85.) THEN
Qtarg(9)=60.
ELSEIF (RHK.GE.85. .and.
RHK<=100.) THEN
Qtarg(9)=70.
ENDIF
QTinlet=Qtarg(1)+Qtarg(2)+Qtarg(3)+Qtarg(4)+Qtarg(6)
QTexh=Qtarg(5)+Qtarg(7)+Qtarg(8)+Qtarg(9)
QtargT=MAX(QTinlet,QTexh)
**A1.1----------------------------------------------------------------OO
C Potencial de depresso para extraco
SELECTCASE (Powfan)
CASE (0)
DeltaP=6*9.8*1.21*(273./(273+Tout)-
273./(273+Tin))
CASE (1)
IF (QtargT.Lt.100.) THEN
DeltaP=8.52e-5*QtargT**2-2.6e-
4*QtargT-3.3
ELSE
DeltaP=3.816667e-8*QtargT**3-
5.03e-5*QtargT**2+2.204833e-2
. *QtargT-4.214
ENDIF
CASE (4)
DeltaP=5.85199e-10*QtargT**4-5.62504e-
7*QtargT**3+1.76772e-4*QtargT**2-5.18626e-3*QtargT-7.9103
ENDSELECT
**A1.1----------------------------------------------------------------XX
Ductloss=-9.8*QtargT**(2)*((3*(100.**(-2)+120.**(-
2))**(-0.5))**(-2)+(5.*80.)**(-2))
**A1.2----------------------------------------------------------------OO
IF (ABS(DeltaP).GE.ABS(Ductloss)) THEN
***A1.2.1-------------------------------------------------------------OO
c Potencial de depresso interior
IF ((DeltaP+9.8*(QtargT*4.34e-3)**2).GT.-3)
THEN
DeltaPin=DeltaP+9.8*(QtargT*4.34e-3)**2
Qtarg(9)=76.8*(ABS(DeltaP-
DeltaPin)*0.10204082)**(0.5)
Qtarg(8)=Qtarg(9)
Qtarg(5)=Qtarg(9)
Qtarg(7)=Qtarg(9)
ELSE
DeltaPin=-3
ENDIF
***A1.2.1-------------------------------------------------------------XX
1111
QTinlet=Qtarg(1)+Qtarg(2)+Qtarg(3)+Qtarg(4)+Qtarg(6)
QTexh=Qtarg(5)+Qtarg(7)+Qtarg(8)+Qtarg(9)
***A1.2.2-------------------------------------------------------------OO
C A diferena entre as nec. de extraco e de insuflao
superior a 5 m3/h?
IF (ABS(QTinlet-QTexh).GT.5) THEN
****A1.2.2.1----------------------------------------------------------OO
C Balano de caudais
IF (QTinlet.GT.QTexh) THEN
C Ajuste das vlvulas de extraco
jj=0
Qexit=(100.**(-2)+120.**(-2))**(-
0.5)*(ABS(DeltaP-DeltaPin)*0.10204082)**(0.5)
Qexit1=(93.75**(-2)+120.**(-
2))**(-0.5)*(ABS(DeltaP-DeltaPin)*0.10204082)**(0.5)
*****A1.2.2.1.1-------------------------------------------------------OO
DO
jj=jj+1
IF (jj.GT.100) THEN
GOTO
500
ENDIF
******A1.2.2.1.1.1----------------------------------------------------OO
DO j=9,5,-1
IF (j.EQ.6)THEN
GOTO 50
ENDIF
IF(Qtarg(j).LT.Qexit1)
THEN
Qtarg(j)=Qtarg(j)+(12.5**(-2)+120.**(-2))**(-
0.5)*(ABS(DeltaP-DeltaPin)*0.10204082)**(0.5)
ELSE
Qtarg(j)=Qexit
50 ENDIF
QTexh=Qtarg(5)+Qtarg(7)+Qtarg(8)+Qtarg(9)
IF((QTinlet-
QTexh).LT.5.) THEN
EXIT
ENDIF
ENDDO
******A1.2.2.1.1.1----------------------------------------------------XX
IF((QTinlet-QTexh).LT.5.) THEN
EXIT
ENDIF
IF
(Qtarg(5).EQ.Qtarg(7).EQ.Qtarg(8).EQ.Qtarg(9).EQ.Qexit) THEN
EXIT
ENDIF
ENDDO
*****A1.2.2.1.1-------------------------------------------------------XX
ELSE
C Ajuste das grelhas de insuflao
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
273/291
Qtargl(1)=10*NINT(0.5+Qtarg(6)/30)
Qtargl(2)=10*INT(0.5+(Qtarg(6)-
Qtargl(1))/20)
Qtargl(3)=Qtarg(6)-Qtargl(1)-
Qtargl(2)
i=0
Qexit=80*(ABS(DeltaPin)*0.10204082)**(0.5)
Qexit1=75*(ABS(DeltaPin)*0.10204082)**(0.5)
jjj=0
*****A1.2.2.1.2-------------------------------------------------------OO
DO
jjj=jjj+1
IF (jjj.GT.100) THEN
GOTO
510
ENDIF
IF (i.LT.3) THEN
i=i+1
ELSE
i=1
ENDIF
IF
(Qtargl(i).LT.Qexit1)THEN
Qtargl(i)=Qtargl(i)+10.*(ABS(DeltaPin)*0.10204082)
**(0.5)
ELSE
Qtargl(i)=Qexit
ENDIF
Qtarg(6)=Qtargl(1)+Qtargl(2)+Qtargl(3)
QTinlet=Qtarg(1)+Qtarg(2)+Qtarg(3)+Qtarg(4)+Qtarg(6)
IF ((QTexh-
QTinlet).LT.5.) THEN
EXIT
ENDIF
******A1.2.2.1.2.1----------------------------------------------------OO
DO H=1,4
IF
(Qtarg(H).LT.Qexit1)THEN
Qtarg(H)=Qtarg(H)+10*(ABS(DeltaPin)*0.10204082)
**(0.5)
ELSE
Qtarg(H)=Qexit
ENDIF
QTin-
let=Qtarg(1)+Qtarg(2)+Qtarg(3)+Qtarg(4)+Qtarg(6)
IF ((QTexh-
QTinlet).LT.5.) THEN
EXIT
ENDIF
ENDDO
******A1.2.2.1.2.1----------------------------------------------------XX
IF ((QTexh-
QTinlet).LT.5.) THEN
EXIT
ENDIF
IF
(Qtarg(1).EQ.Qtarg(2).EQ.Qtarg(3).EQ.Qtarg(4).EQ.
.
Qtargl(1).EQ.Qtargl(2).EQ.Qtargl(3).EQ.Qexit) THEN
EXIT
ENDIF
ENDDO
*****A1.2.2.1.2-------------------------------------------------------XX
ENDIF
***A1.2.2.1----------------------------------------------------------XX
ENDIF
***A1.2.2-------------------------------------------------------------XX
ELSE
DO l=1,9
Qtarg(l)=QQmax
ENDDO
Qtargl(1)=10*NINT(0.5+Qtarg(6)/30)
Qtargl(2)=10*INT(0.5+(Qtarg(6)-Qtargl(1))/20)
Qtargl(3)=Qtarg(6)-Qtargl(1)-Qtargl(2)
ENDIF
**A1.2----------------------------------------------------------------XX
C Algoritmo de abertura das vlvulas de extraco
150 DO k=9,5,-1
IF (k.EQ.6) THEN
GOTO 200
ENDIF
IF (Qtarg(k).EQ.QQmax)THEN
S(k)=8.
ELSE
Part1=ABS(DeltaP-
DeltaPin)/(9.8*Qtarg(k)**2)-120.**(-2)
IF (Part1.LE.0) THEN
S(k)=8.
ELSE
S(k)=MIN(8.,1+AINT((ABS(DeltaP-
DeltaPin)/(9.8*Qtarg(k)**2)-120.**(-2))**(-0.5)/12.5))
ENDIF
200 ENDIF
ENDDO
C Algoritmo de abertura das vlvulas de insuflao
C Quartos
DO m=1,4
IF (Qtarg(m).EQ.QQmax)THEN
S(m)=8.
ELSE
S(m)=MIN(8.,1+(AINT((Qtarg(m)/(ABS(DeltaPin)*0.10204
082)**(0.5))/10)))
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
274/291
ENDIF
ENDDO
C Sala
DO o=1,3
IF (Qtargl(o).GE.100.)THEN
Sl(o)=8.
ELSE
Sl(o)=MIN(8.,1+(AINT((Qtargl(o)/(ABS(DeltaPin)*0.10204
082)**(0.5))/10)))
ENDIF
ENDDO
ENDIF
*A1--------------------------------------------------------------------XX
C Ler o sinal manual e reagir
C Grelhas de extraco
DO kk=9,5,-1
IF (kk.EQ.6) THEN
GOTO 300
ENDIF
IF (Manual(kk).EQ.2)THEN
S(kk)=8.
ELSEIF (Manual(kk).EQ.1)THEN
S(kk)=1.
300 ENDIF
ENDDO
*B1--------------------------------------------------------------------XX
C Grelhas de insuflao
DO mm=1,4
IF (Manual(mm).EQ.2)THEN
S(mm)=8.
ELSEIF (Manual(mm).EQ.1) THEN
S(mm)=1.
ENDIF
ENDDO
DO oo=1,3
IF (Manual(oo+9).EQ.2)THEN
Sl(oo)=8.
ELSEIF (Manual(oo+9).EQ.1) THEN
Sl(oo)=1.
ENDIF
ENDDO
*C1--------------------------------------------------------------------XX
OUT(1)=Powfan
OUT(2)=S(1)
OUT(3)=S(2)
OUT(4)=S(3)
OUT(5)=S(4)
OUT(6)=S(5)
OUT(7)=S(7)
OUT(8)=S(8)
OUT(9)=S(9)
OUT(10)=Sl(1)
OUT(11)=Sl(2)
OUT(12)=Sl(3)
OUT(13)=Cvnt0
OUT(14)=Cvnt1
OUT(15)=Cvnt4
OUT(16)=Cvnt16
OUT(17)=Manual(1)
OUT(18)=Manual(2)
OUT(19)=Manual(3)
OUT(20)=Manual(4)
OUT(21)=Manual(5)
OUT(22)=Manual(7)
OUT(23)=Manual(8)
OUT(24)=Manual(9)
OUT(25)=Manual(10)
OUT(26)=Manual(11)
OUT(27)=Manual(12)
RETURN 1
500 WRITE(LUW,501) INFO(1),INFO(2)
501 FORMAT(//,1X,'***** ERROR *****',8X,'TRNSYS ERROR #
',/1X,
.'UNIT ',I3,' TYPE ',I3,/1X,
.'Exhaust balancing did not converged')
CALL MYSTOP(1)
RETURN 1
510 WRITE(LUW,511) INFO(1),INFO(2)
511 FORMAT(//,1X,'***** ERROR *****',8X,'TRNSYS ERROR #
',/1X,
.'UNIT ',I3,' TYPE ',I3,/1X,
.'Inlet balancing did not converged')
CALL MYSTOP(1)
RETURN 1
END
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
275/291
Algoritmo Geral:
Valores Iniciais:
20 C => Tin 15 C => Text
%RH0 => RHB %RH0 => RHK
%RH0 => RHC 4 W => P0W
fan
0 => PrQ1 0 => PrQ2
0 => PrQ3 0 => PrQ4
0 => PrWC A0 => AgS
Avaliao das necessidades
e dos parmetros exteriores
A temperatura mdia
exterior das ltimas 24 h
superior a 20 C?
A temperatura
exterior actual
superior a 18 C?
1 C 2 C Tin - Text
Arrefecimento
Normal
Se: Text < -5C ento: 0W => P0W
fan
seno: se: Text < 10C ento: 1W => P0W
fan
seno: 4W => P0W
fan
Q
max
=> Q
targ
K Q
max
=> Q
targ
S1 Q
max
=> Q
targ
Q2
Q
max
=> Q
targ
B Q
max
=> Q
targ
S2 Q
max
=> Q
targ
Q3
Q
max
=> Q
targ
C Q
max
=> Q
targ
S3 Q
max
=> Q
targ
Q4
Q
max
=> Q
targ
WC Q
max
=> Q
targ
Q1 16 W => P0W
fan
Ventilador a
P0W
fan
Ventilador a
P0W
fan
Avaliao das necessidades
individuais de cada espao
Avaliao das necessidades
individuais de cada espao
Balanceamento dos caudais
de admisso e de extraco
Ajuste das vlvulas de
extraco e algoritmo de
posicionamento
Ajuste das grelhas de
admisso e algoritmo de
posicionamento
Aguardar 10
minutos
Sim
No
Normal Arrefecimento
Sim
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
276/291
Avaliao das necessidades e dos parmetros exteriores:
Valor do sensor de
temperatura
exterior Tsext
O valor vlido?
Tsext => Text
Text permanece
igual do instante
anterior
Sim No
Valor do sensor de
temperatura
interior Tsin
O valor vlido?
Tsin => Tin
Tin permanece
igual do instante
anterior
Sim No
Valor dos sensores de
presenas
PrsQ1 PrsQ2 PrsQ3 PrsQ4
PrsWC
Os valores so
vlidos?
PrsQ1 => PrQ1
PrsQ2 => PrQ2
PrsQ3 => PrQ3
PrsQ4 => PrQ4
PrsWC => PrWC
Permanecem
iguais s do
instante anterior
Sim No
Valor do sensor de
movimentos Ags
O valor vlido?
Se o nmero de movimentos nm :
0 < nm < 1 ento Ag0 => Ags
1 < nm < 15 ento Ag1 => Ags
15 < nm < 30 ento Ag2 => Ags
30 < nm < 45 ento Ag3 => Ags
45 < nm < 60 ento Ag4 => Ags
60 < nm < 75 ento Ag5 => Ags
Ag permanece
igual do instante
anterior
Sim No
Valor dos
sensores de
humidade relativa
RHK RHB RHC
Os valores so
vlidos?
Se a humidade relativa na cozinha :
0% < HR < 29% ento %RH0 => RHK
29% < HR < 39% ento %RH1 => RHK
39% < HR < 48% ento %RH2 => RHK
48% < HR < 58% ento %RH3 => RHK
58% < HR < 67% ento %RH4 => RHK
67% < HR < 76% ento %RH5 => RHK
76% < HR < 85% ento %RH6 => RHK
85% < HR 100% ento %RH7 => RHK
Sim No
RHK RHB RHC
Permanecem
iguais s do
instante anterior
Se a humidade relativa na casa de banho :
0% < HR < 29% ento %RH0 => RHB
29% < HR < 39% ento %RH1 => RHB
39% < HR < 48% ento %RH2 => RHB
48% < HR < 58% ento %RH3 => RHB
58% < HR < 67% ento %RH4 => RHB
67% < HR < 76% ento %RH5 => RHB
76% < HR < 85% ento %RH6 => RHB
85% < HR 100% ento %RH7 => RHB
Se a humidade relativa no chuveiro :
0% < HR < 29% ento %RH0 => RHC
29% < HR < 39% ento %RH1 => RHC
39% < HR < 48% ento %RH2 => RHC
48% < HR < 58% ento %RH3 => RHC
58% < HR < 67% ento %RH4 => RHC
67% < HR < 76% ento %RH5 => RHC
76% < HR < 85% ento %RH6 => RHC
85% < HR 100% ento %RH7 => RHC
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
277/291
Avaliao das necessidades individuais de cada espao:
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
278/291
Balanceamento dos caudais de admisso e de extraco:
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
279/291
Ajuste das grelhas de admisso e algoritmo de posicionamento:
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
280/291
Se: Q
targ
Q1 = Q
max
ento 80 cm
2
=> SQ1
seno: se Q
targ
Q1 = Q
min
ento 10 cm
2
=> SQ1
seno: Max[10; Min(80;10 x Int {[Q
targ
Q1 / (| Pin |/9,8)
=> Q
targ
K
Q
targ
entra Q
targ
K Q
targ
B Q
targ
C Q
targ
WC > 5 m
3
/h ?
Sim
Sim
Q
targ
K =Q
targ
B = Q
targ
C = Q
targ
WC = (100
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
?
(100
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
K
No
Q
targ
B < (93,75
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
?
Q
targ
B + (12,5
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
B
Q
targ
entra Q
targ
K Q
targ
B Q
targ
C Q
targ
WC > 5 m
3
/h ?
Sim
Sim
(100
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
B
No
Q
targ
C < (93,75
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
?
Q
targ
C + (12,5
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
C
Q
targ
entra Q
targ
K Q
targ
B Q
targ
C Q
targ
WC > 5 m
3
/h ?
Sim
Sim
(100
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
C
No
Q
targ
C < (93,75
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
?
Q
targ
C + (12,5
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
C
Q
targ
entra Q
targ
K Q
targ
B Q
targ
C Q
targ
WC > 5 m
3
/h ?
Sim
Sim
(100
-2
+ 120
-2
)
-1/2
x (| Pfan - Pin|/9,8)
=> Q
targ
C
No
No
No
No
Sim No
ANEXO V
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
282/291
Se: Q
targ
K = Q
max
ento 100 cm
2
=> SK
seno: se Q
targ
K = Q
min
ento 12,5 cm
2
=> SK
seno: Max[12,5; Min(100;12,5 x Int {[| p
fan
- Pin |/(9,8 x Q
targ
K
2
)- 120
-2
+ 6,25]/12,5})] => SK
Se: Q
targ
B = Q
max
ento 100 cm
2
=> SB
seno: se Q
targ
B = Q
min
ento 12,5 cm
2
=> SB
seno: Max[12,5; Min(100;12,5 x Int {[| p
fan
- Pin |/(9,8 x Q
targ
B
2
)- 120
-2
+ 6,25]/12,5})] => SB
Se: Q
targ
C = Q
max
ento 100 cm
2
=> SC
seno: se Q
targ
C = Q
min
ento 12,5 cm
2
=> SC
seno: Max[12,5; Min(100;12,5 x Int {[| p
fan
- Pin |/(9,8 x Q
targ
C
2
)- 120
-2
+ 6,25]/12,5})] => SC
Se: Q
targ
WC = Q
max
ento 100 cm
2
=> SWC
seno: se Q
targ
WC = Q
min
ento 12,5 cm
2
=> SWC
seno: Max[12,5; Min(100;12,5 x Int {[| p
fan
- Pin |/(9,8 x Q
targ
WC
2
)- 120
-2
+ 6,25]/12,5})] => SWC
0 => i
i+1 => i
Vlvula da cozinha
na posio SK
i = 3?
0 => i
i+1 => i
Vlvula da casa de
banho na posio SB
i = 3?
0 => i
i+1 => i
Vlvula do chuveiro
na posio SC
i = 3?
0 => i
i+1 => i
Vlvula do WC na
posio SWC
i = 3?
No
Sim
No
Sim
No
Sim
Sim
No
ANEXO VI
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
283/291
Anexo VI Ventilao na simulao
Neste anexo apresentam-se, para a habitao unifamiliar estudada, os caudais de ventilao
obtidos ao longo de uma semana simulada. Esta anlise feita para Bragana utilizando um
dos sistemas inovativos (SI) e o sistema de ventilao natural (SIV). Pretende-se comprovar a
existncia de uma relao entre o comportamento de um sistema de ventilao e as condies
climticas exteriores e disposio dos diferentes compartimentos no edifcio.
As infiltraes num edifcio so dependentes
do diferencial de presses provocado pela
aco do ventilador e, tal como referido no
Captulo 2, so, tambm, dependentes da velo-
cidade e direco do vento.
Na figura, direita, encontra-se um esquema
com a localizao dos Quartos 1 e 3, que pos-
suem orientaes Sul e Norte, respectivamen-
te. Na mesma figura apresentam-se as direc-
es do vento que provocaro infiltraes de
ar em cada um dos espaos, de acordo com os
coeficientes de presso (Cp) apresentados em
5.1.5.
Sul
Norte
Quarto 1
Quarto 3
180 N
135 N 225 N
0 N
45 N 315 N
Figura A VI - 1 - Localizao dos Quartos 1 e 3 e
direces do vento que conduzem a infiltraes
em cada um dos espaos
Nas figuras seguintes apresenta-se a evoluo da direco do vento e dos caudais de infiltra-
es, para o perodo de uma semana, nos Quartos 1 e 3, respectivamente. Esta anlise foi feita
para Bragana, considerando o sistema inovativo SI, e o sistema de ventilao natural SIV.
Como se pode verificar, quando o vento tem uma direco coincidente com o quadrante favo-
rvel ocorrem infiltraes num determinado espao, tendo como resultante um aumento do
caudal nesse espao. Como consequncia d-se, em simultneo, uma diminuio do caudal de
ventilao na fachada oposta.
ANEXO VI
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
284/291
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
360
960 1056 1152 1248 1344 1440 1536 1632
D
i
r
e
c
o
d
o
v
e
n
t
o
[
]
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
C
a
u
d
a
l
d
e
I
n
f
i
l
t
r
a
e
s
[
m
3
/
h
]
Direccao do vento [] Q1 (Sul) Q3 (Norte)
Domingo Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado
Figura A VI - 2 - Bragana: Caudal de Infiltraes nas diferentes fachadas do edifcio (SI)
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
360
960 1056 1152 1248 1344 1440 1536 1632
D
i
r
e
c
o
d
o
v
e
n
t
o
[
]
0
10
20
30
40
50
60
70
80
C
a
u
d
a
l
d
e
I
n
f
i
l
t
r
a
e
s
[
m
3
/
h
]
Direccao do vento [] Q1 (Sul) Q3 (Norte)
Domingo Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado
Figura A VI - 3 - Bragana: Caudal de Infiltraes nas diferentes fachadas do edifcio (SIV)
Se, aos efeitos j apresentados, se adicionar o efeito do p provocado pela velocidade do ven-
to, reforam-se as diferenas observadas nos caudais de infiltraes.
ANEXO VI
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
285/291
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
360
960 1056 1152 1248 1344 1440 1536 1632
D
i
r
e
c
o
d
o
v
e
n
t
o
[
]
0
2
4
6
8
10
12
14
16
C
a
u
d
a
l
d
e
I
n
f
i
l
t
r
a
e
s
[
m
3
/
h
]
Direccao do vento [] Velocidade do vento [m/s]
Domingo Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado
Figura A VI - 4 - Bragana: Velocidade e Direco do Vento durante uma semana
ANEXO VI
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
286/291
Bibliografia
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
287/291
Bibliografia
1. ASHRAE Standard 62.1-2004: Ventilation for Acceptable Indoor Quality. 2004, American
Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning Engineers (ASHRAE).
2. ASHRAE Standard 62.1-1973: Ventilation for Acceptable Indoor Quality. 1973, American
Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning Engineers (ASHRAE).
3. Concannon, P., Technical Note 57 - Residential Ventilation. 2002, Air Infiltration and
Ventilation Center (AIVC): Belgium, Brussels.
4. Orme, M., Technical Note 44 - Numerical Data for Air Infiltration and Natural Ventila-
tion Calculations. 1998, Air Infiltration and Ventilation Center (AIVC): Brussels, Bel-
gium.
5. Grosso, M., Pressure Distribution Around Buildings: A Parametrical Model. 1992, En-
ergy and Buildings - Volume 18.
6. Santamouris, M., Natural Ventilation in Buildings - A Design Handbook, F. Allard, Edi-
tor. 1998, James & James: London, United Kingdom.
7. White, F.M., Mecnica dos Fludos. 2004, McGrawHill: London, United Kingdom.
8. Patankar, S.V., Numerical Heat Transfer and Heat Flow, 1 Edio. 1980, McGraw-Hill:
New York, United States of America (USA).
9. Afonso, C., Uma metodologia para a caracterizao de fluxos de ar multizona em edif-
cios. 1989, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP): Porto, Portugal.
10. FranceAir, Guia de Solues de Aerlica de Climatizao Edio 2003/2004. 2003.
11. Schild, P.G., RESHYVENT: State of the art of low-energy residential ventilation. 2002,
Norwegian Building Research Institute (NBI): Norway.
12. Gonalves, H., Conceitos Bioclimticos para os Edifcios em Portugal, J.M. Graa, Edi-
tor. 2004, Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovao (INETI): Lisboa, por-
tugal.
13. AERECO, Ventilation Principles. 2005.
14. Heiselberg, P., HYBVENT: Principles of Hybrid Ventilation. 2002, Hybrid Ventilation
Center - Aalborg University: Aalborg, Denmark.
15. ASHRAE Fundamentals: Chapter 8 - Thermal Comfort. 2005, American Society of Heat-
ing, Refrigeration and Air Conditioning Engineers (ASHRAE).
16. NP 1037: Aparelhos Termodomsticos a gs - Instalao, evacuao dos produtos de
combusto e ventilao. 1974, Instituto Portugus da Qualidade (IPQ): Lisboa, Portugal.
Bibliografia
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
288/291
17. NP 1037-1: Ventilao e evacuao dos produtos da combusto dos locais com aparelhos
a gs - Parte 1: Edifcios de Habitao. Ventilao Natural. 2002, Instituto Portugus da
Qualidade (IPQ): Lisboa, Portugal.
18. Directivas Comuns UEATc para a Homologao de Janelas (Traduo 641), M.d.O.P.-
L.N.d.E.C. (LNEC), Editor. 1976: Lisboa, Portugal.
19. Regulamento das Caractersticas do Comportamento Trmico dos Edifcios (RCCTE) -
Decreto Lei n 40/90 de 6 de Fevereiro. 1990, Ministrio das Obras Pblicas Transportes
e Comunicaes (MOPTC): Portugal.
20. Regulamento das Caractersticas do Comportamento Trmico dos Edifcios (RCCTE) -
Decreto Lei n 80/2006 de 4 de Abril. 2006, Ministrio das Obras Pblicas Transportes e
Comunicaes (MOPTC): Portugal.
21. Regulamento dos Sistemas Energticos de Climatizao dos Edifcios (RSECE) - Decreto-
Lei n 118/98 de 7 de Maio. 1998, Ministrio das Obras Pblicas Transportes e Comuni-
caes (MOPTC): Portugal.
22. Regulamento dos Sistemas Energticos de Climatizao dos Edifcios (RSECE) - Decreto-
Lei n 79/2006 de 4 de Abril. 2006, Ministrio das Obras Pblicas Transportes e Comuni-
caes (MOPTC): Portugal.
23. Hensen, J.L.M., On the Thermal Interaction of Building Structure and Heating and Venti-
lating System. 1991, Technische Universiteit Eindhoven: Eindhoven, Netherlands.
24. VisuaDOE 3.0 Program Documentation. 2001, ELEY Associates: United States of Amer-
ica (USA).
25. User Guide: Getting Started with EnergyPlus. 2005, Department of Energy (DOE):
United State of America (USA).
26. TRNSYS - A Transient System Simulation Program. 2000, Solar Energy Laboratory: Wis-
consin - Madison, United States of America (USA).
27. Feustel, H., Technical Note 29 - Fundamentals of the Multizone Airflow Model, A.
Raynor-Hoosen, Editor. 1990, Air Infiltration and Ventilation Center (AIVC): Bruxelas,
Blgica.
28. Crawley, D., Contrasting the Capabilities of Building Energy Performance Simulation
Programs, J.W. Han, Editor. 2005, University of Strathclyde, University of Wisconsin
and Department of Energy (DOE): United States of America (USA).
29. Leal, V., Qualidade de Dados Climticos Sintticos para Simulao de Comportamento
Trmico de Edifcios, E. Maldonado, Editor. 2000, Proceedings of IX Congresso Ibrico
de Energia Solar, III Jornadas Tcnicas sobre Biomassa: Crdoba, Espanha.
Bibliografia
Sistemas de Ventilao Hbridos em Edifcios
Anlise Energtica Resultante da Implementao de Sistemas de Ventilao Inovativos
289/291
30. Areas, A.C., The Classification of Climates. Monthly Weather Review, 1942. Volume 70.
31. Making the modern world - The Koppen Classification. 2005.
32. Doreer, V., Technical Note 59 - Parameters for the design of demand controlled hybrid
ventilation systems for residential buildings, A. Weber, Editor. 2005, Air Infiltration and
Ventilation Center (AIVC): Bruxelas, Blgica.
33. EnergyPlus. 2005.
34. MeteoNorm. 2005, METEOTEST: Bern, Switzerland.
35. Ferreira, M., Caudais de ventilao recomendados para Edifcios Residenciais - Impacto
ao Nvel do conforto trmico e do consumo de energia para aquecimento. 2004, Faculda-
de de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP): Porto, Portugal.
36. Doreer, V., RESHYVENT: Description of reference buildings and ventilation systems, A.
Weber, Editor. 2004, EMPA - Swiss Federation Laboratories for Materials Testing and
Research: Dubendorf, Switzerland.
37. Alexandre, J.L., EIE-AUDITAC: Successful case study in Audit, Archway House - Cardiff,
P. Vaquero, Editor. 2006, Instituto de Engenharia Mecnica e Gesto Industrial (INEGI):
Porto, Portugal.
38. Alexandre, J.L., RESHYVENT: IC5 ventilation system, P. Vaquero, Editor. 2005, Instituto
de Engenharia Mecnica (IDMEC): Porto, Portugal.
39. Alexandre, J.L., RESHYVENT: IC3 ventilation system, P. Vaquero, Editor. 2005, Instituto
de Engenharia Mecnica (IDMEC): Porto, Portugal.
40. Alexandre, J.L., RESHYVENT: IC1 ventilation system, P. Vaquero, Editor. 2005, Instituto
de Engenharia Mecnica (IDMEC): Porto, Portugal.
41. Alexandre, J.L., RESHYVENT: IC2 ventilation system, P. Vaquero, Editor. 2005, Instituto
de Engenharia Mecnica (IDMEC): Porto, Portugal.
42. Manson, L.-G., IEA ECBCS Annex 27 Handbook - Evaluation and demonstration of do-
mestic ventilation systems. 2002.
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