O documento discute as teorias da psicologia humanista de Carl Rogers e Abraham Maslow. Rogers acreditava que cada indivíduo vive em um mundo de experiências pessoais e reage a uma percepção subjetiva da realidade. Maslow estudou pessoas altamente realizadas para entender o potencial humano e definiu a auto-realização como a plena expressão das capacidades individuais.
O documento discute as teorias da psicologia humanista de Carl Rogers e Abraham Maslow. Rogers acreditava que cada indivíduo vive em um mundo de experiências pessoais e reage a uma percepção subjetiva da realidade. Maslow estudou pessoas altamente realizadas para entender o potencial humano e definiu a auto-realização como a plena expressão das capacidades individuais.
O documento discute as teorias da psicologia humanista de Carl Rogers e Abraham Maslow. Rogers acreditava que cada indivíduo vive em um mundo de experiências pessoais e reage a uma percepção subjetiva da realidade. Maslow estudou pessoas altamente realizadas para entender o potencial humano e definiu a auto-realização como a plena expressão das capacidades individuais.
O documento discute as teorias da psicologia humanista de Carl Rogers e Abraham Maslow. Rogers acreditava que cada indivíduo vive em um mundo de experiências pessoais e reage a uma percepção subjetiva da realidade. Maslow estudou pessoas altamente realizadas para entender o potencial humano e definiu a auto-realização como a plena expressão das capacidades individuais.
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PSICOLOGIA HUMANISTA
Apontamentos sobre Psicologia Humanista
Prof. Teresa Cristina Barbo Siqueira A Psicologia Humanista fundamenta-se nos pressupostos da Fenomenologia e Filosof ia Existencial; centrada na pessoa e no no comportamento, enfatiza a condio de libe rdade contra a pretenso determinista. Visa compreenso e o bem-estar da pessoa no o controle. Segundo esta concepo, a psicologia no seria a cincia do comportamento, ser ia a cincia da pessoa. Caracteriza-se tambm, por uma contnua crena nas responsabilidades do indivduo e na s ua capacidade de prever que passos o levaro a um confronto mais decisivo com sua realidade. Segundo esta teoria, o indivduo o nico que tem potencialidade de saber a totalidade da dinmica de seu comportamento e das suas percepes da realidade e de descobrir comportamentos mais apropriados para si. Os principais constituintes deste movimento so: Carl Rogers (1902-1985) e Abraham Maslow (1908-1970). Um ponto fundamental da teoria de Rogers, que as pessoas se definem por sua expe rincia. Segundo Rogers "todo indivduo vive num mundo de experincia no qual o centro . Este mundo particular denominado de campo fenomenal ou campo experiencial que contm tudo que passa no organismo em qualquer momento, e que est potencialmente di sponvel conscincia. Esse mundo inclui eventos, percepes, sensaes e impactos dos quais a pessoa no toma conscincia, mas poderia tomar se focalizasse a ateno nesses estmulos . um mundo particular e pessoal que pode ou no corresponder realidade objetiva". Segundo esta concepo, a ateno que o indivduo focaliza em um certo evento determinada pelo modo como cada um percebe o seu mundo, no na realidade comum. Deste modo, o indivduo no reage a uma realidade absoluta, mas a uma percepo pessoal dessa realidad e. Essa percepo para cada um sua realidade. Partindo-se deste pressuposto, cada pe rcepo essencialmente uma hiptese - uma hiptese relativa necessidade do indivduo. Segundo Rogers, pelo fato de o organismo ser sempre um sistema total organizado em que, a alterao de qualquer das partes provoca uma alterao nas outras partes, reag e ao seu campo fenomenal como um todo organizado. O mesmo autor afirma que, h um aspecto bsico da natureza humana que leva um indivdu o em direo a uma maior congruncia e a um funcionamento realista. Segundo este, "o impulso evidente em toda a vida humana e orgnica, o impulso de e xpandir-se, estender-se, tornar-se autnomo, desenvolver-se, amadurecer-se, a tendn cia a expressar e ativar todas as capacidades do organismo na medida em que tal ativao valoriza o organismo ou o self". Sendo assim, cada indivduo possui este impu lso inerente em direo a ser competente e capaz quanto est apto biologicamente. O comportamento de uma pessoa ser voltado para a manuteno, a intensificao e a reproduo do eu em direo autonomia, oposto ao controle externo por foras externas. Isso se ap lica quer o estmulo venha de dentro ou de fora, quer seja o meio ambiente favorvel ou desfavorvel. A tendncia para a realizao plena das potencialidades individuais expressa nos indivd uos atravs de uma variada gama de comportamentos, em resposta a uma gama variada de necessidades. A tendncia do organismo, num momento, pode levar procura de alim ento ou gratificao sexual. No entanto, a menos que essas necessidades sejam demasi adamente fortes, sua satisfao ser procurada segundo uma forma que intensifique, e q ue, no diminua a necessidade de auto-estima, por exemplo. Outras atividades tais como, as necessidades de explorar, produzir e a necessidade brincar, por exemplo , so basicamente motivadas, segundo este pressuposto, pela tendncia realizao. A conduta segundo Rogers, seria fundamentalmente um esforo dirigido consecuo de um objetivo do organismo, para satisfazer as suas necessidades. A reao, o comportamen to, no se d em face da realidade mas, da percepo da realidade que o indivduo possui. Consequentemente, a conduta no seria ento causada por algo que aconteceu no passad o, como postulado pela psicanlise mas, causada pelas tenses e necessidades present es que o organismo se esfora por reduzir ou satisfazer. Embora a experincia passad a contribua para modificar o sentido que ser dado as experincias atuais, s h conduta para enfrentar uma necessidade presente. A conduta sempre intencional e em resp osta realidade tal como aprendida. A melhor forma ento para compreend-la, a partir do quadro de referncia interna do prprio indivduo. Para Rogers, a estrutura do eu formada como resultado da interao do indivduo com o
ambiente e, de modo particular, como resultado da interao valorativa com os outros
. Assim, o ego um modelo conceitual organizado, constitudo de percepes, de caracters ticas e relaes do eu, juntamente com valores ligados a esses conceitos. O eu est dentro do campo da experincia, no sendo apenas uma mera acumulao de numerosa s aprendizagens e condicionamentos. uma configurao organizada de percepes que so aces sveis conscincia, formada por elementos tais como as percepes das caractersticas e ca pacidades prprias; os contedos perceptivos e os conceitos de si em relao com os outr os e com o ambiente. Basicamente um conjunto de significaes vividas sendo suscetvel de mudar sensivelmente em consequncia das mudanas ocorridas em seu meio. Em sntese , um conjunto organizado e consistente de experincias, num processo constante de formar-se e transformar-se medida que as situaes mudam. Os esquemas de autoconceito do indivduo so estruturados medida que o indivduo comea a vivenciar alguns eventos, incluindo tudo o que experimentado por seu organismo , conscientemente ou no. Em decorrncia a tudo o que est acontecendo em seu meio, o indivduo comea gradativamente, a tornar-se atento s experincias que ele discrimina c omo sendo o eu. Pouco a pouco, forma-se um conjunto de conceitos organizados e c oerentes, chamados de valores. Para Rogers, alguns fenmenos so ignorados e tidos como isentos de significado para a pessoa. Outros fenmenos so percebidos conscientemente e organizados em sua estr utura. Alguns parecem impor-se a percepo consciente, outros fenmenos so negados ou d istorcidos porque ameaam a percepo organizada do eu. Em sntese, a teoria de Rogers afirma que, todo organismo tem uma tendncia inerente e natural a auto-realizao, sendo expressa nos seres humanos numa variada gama de comportamentos em resposta a uma variada gama de necessidades. Esta tendncia do o rganismo num momento pode levar procura de alimento e gratificao sexual, em outro procura de status. Outro expoente do pensamento humanista foi Abraham Maslow. Maslow era psiclogo e foi considerado um dos fundadores da psicologia humanista. Durante toda a sua ca rreira interessou-se profundamente pelo estudo do crescimento e desenvolvimento pessoais, e pelo uso da psicologia como um instrumento de promoo do bem estar soci al e psicolgico. O fato de ser considerado Humanista lhe desagradava, ao ponto de afirmar: "Ns no d everamos ter que dizer Psicologia Humanista. O adjetivo deveria ser desnecessrio. Eu sou autodotrinrio.... Eu sou contra qualquer coisa que feche portas e corte po ssibilidades". Maslow comeou por estudar a questo da auto-realizao mais profundamente atravs da anlis e das vidas, valores e atitudes das pessoas que considerava mais saudveis e criat ivas. Comeou por estudar aqueles que achava que eram mais auto realizados, os que haviam alcanado um nvel de funcionamento melhor, mais eficiente e saudvel do que o homem ou a mulher comuns. Assim, suas primeiras investigaes sobre auto-realizao for am inicialmente estimuladas por sua vontade de entender de uma forma mais comple ta os dois professores que mais o influenciaram, Ruth Benedickt e Max Wertheimer . Maslow no somente os considerava cientistas brilhantes e extraordinrios, mas ser es humanos profundamente realizados e criativos. Assim, iniciou seu prprio estudo para procurar tentar descobrir o que os fazia to especiais. Maslow definia a questo da auto-realizao como " o uso e a explorao pleno de talentos, capacidades, potencialidades, etc. Eu penso no homem que se auto-atualiza no com o um homem comum a que alguma coisa foi acrescentada, mas sim como um homem comu m de quem nada foi tirado. O homem comum um ser humano completo com poderes e ca pacidades amortecidos e inibidos". Em seu livro, The Farther Reaches of Humam Nature (1971), Maslow faz algumas con sideraes a respeito dos modos pelos quais os indivduos se auto-realizam: Auto-realizao significa experienciar de modo pleno, intenso e desinteressado, com plena concentrao e total absoro. Em geral estamos alheios ao que acontece dentro de ns e ao nosso redor. Se pensarmos na vida como um processo de escolhas, ento a auto-realizao significa azer de cada escolha uma opo para o crescimento. Escolher o crescimento abrir-se p ara experincias novas e desafiadoras, mas arriscar o novo e o desconhecido. Auto-realizar aprender a sintonizar-se com sua prpria natureza ntima. Isto signif ca decidir sozinho se gosta de determinadas coisas, independente das idias e opin
ies dos outros.
A honestidade e o assumir responsabilidade de seus prprios atos so elementos essen ciais na auto-realizao. Ao invs de, dar respostas calculadas para agradar outra pessoa ou dar a impresso d e sermos bons Maslow pensa que as respostas devem ser procuradas em ns mesmos. Auto-realizao tambm um processo contnuo de desenvolvimento das prprias potenci s. Isto significa usar suas habilidades e inteligncia para trabalhar e fazer bem, aquilo que queremos fazer. Um passo para alm da auto-realizao reconhecer as prprias defesas e ento trabal a abandon-las. Precisamos nos tornar mais conscientes das maneiras pelas quais di storcemos nossa auto-imagem e a do mundo exterior atravs da represso, projeo e outro s mecanismos de defesa. Maslow acentua que o crescimento ocorre atravs do trabalho de auto-realizao. Auto-r ealizao representa um compromisso a longo prazo com o crescimento e o desenvolvime nto mximo das capacidades. O trabalho de auto-realizao envolve a escolha de problem as criativos e valiosos. Maslow afirma que, indivduos auto-realizados so atrados po r problemas mais desafiantes e intrigantes, por questes que exigem os maiores e m ais criativos esforos. Esto dispostos a enfrentar a incerteza e a ambiguidade e pr eferem o desafio solues fceis. Maslow afirma que, o crescimento psicolgico ocorre em termos de satisfao bem sucedi da de necessidades mais elevadas. As primeiras necessidades, as fisiolgicas (fome , sono..), segurana (estabilidade, ordem) geralmente so preponderantes, isto , elas devem ser satisfeitas antes que apaream aquelas relacionadas posteriormente, com o; necessidade de amor e pertinncia (famlia,amizade), necessidade de estima (autorespeito, aprovao) e necessidade de auto-atualizao (desenvolvimento de capacidades). Portanto, a busca de auto-realizao no pode comear at que o indivduo esteja livre da do minao de necessidades inferiores, tais como fisiolgicas e segurana. O desajustamento psicolgico definido como doenas de carncia, causadas pela privao de certas necessidades bsicas, assim como a falta de vitaminas causa doenas. Outras n ecessidades, segundo Maslow, tambm devem ser satisfeitas para manter a sade. Maslow afirma que, um exame acurado do comportamento animal ou humano revela out ro tipo de motivao. Quando um organismo no est com fome, dor e medo novas motivaes eme rgem, tais como curiosidade e alegria. Sob estas condies, as atividades podem ser desfrutadas como fins em si mesmas, nem sempre buscadas apenas como meio de grat ificao de necessidades. A este tipo de motivao denomina motivao do ser, pois, refere-s e principalmente ao prazer e a satisfao no presente ou ao desejo de procurar uma m eta considerada positiva. Por outro lado, a motivao de deficincia inclui uma necess idade de mudar o estado da coisa atual porque este sentido como insatisfatrio ou frustrador. Maslow define o self como essncia interior da pessoa ou sua natureza, inerente a seus prprios gostos, valores e objetivos. Compreender a prpria natureza interna e agir de acordo com ela essencial para atualizar o self. Maslow aborda a compreenso do self atravs do estudo daqueles indivduos que esto em m aior harmonia com suas prprias naturezas, daqueles que fornecem os melhores exemp los de autoexpresso ou autoatualizao. Em sntese, o trabalho de Maslow, ofereceu uma contribuio considervel tanto prtica qua nto terica para os fundamentos de uma alternativa para o Behaviorismo e a Psicanli se, correntes estas que segundo ele, tendem a ignorar e ou deixar de explicar a criatividade, o amor, o altrusmo e os outros grandes feitos culturais, sociais e individuais da natureza humana.