Direito Civil Direitos Reais
Direito Civil Direitos Reais
Direito Civil Direitos Reais
PEREIRA, Caio Mrio da Silva. Instituies de direito civil: direitos reais. Rio de Janeiro: Forense,
2007. v. 4.
RODRIGUES, Silvio. Direito civil: direito das coisas. So Paulo: Saraiva, 2007. v. 3.
Outras referncias:
www.stj.gov.br
www.tj.sp.gov.br
www.stf.gov.br
DIREITO REAIS.
ia
Tr
io
ud
St
Siglas utilizadas:
CC Cdigo Civil.
CPC Cdigo de Processo Civil.
CF Constituio Federal.
Ex.: - Exemplo.
Conceito
de
sk
PD
ia
Tr
ud
io
St
O Cdigo Civil regula o Direito das Coisas no Livro III, do Cdigo Civil de
2002, em sua Parte Especial.
PD
de
sk
Ocorre que o domnio pode no ser pleno, por faltarem algumas das
prerrogativas ao proprietrio. Neste caso, da limitao surgem direitos de
terceiros, de gozo ou de garantia sobre a propriedade alheia.
ia
io
Tr
St
ud
PD
de
sk
3- Sequela.
Existe para dar eficcia ao direito. a prerrogativa concedida ao titular de
seguir a coisa nas mos de quem quer que a detenha, e apreend-la para
exercer sobre a coisa o seu direito real. Ex.: proprietrio oferta imvel em
garantia hipotecria e o aliena. O credor hipotecrio pode apreender a coisa
nas mos do adquirente, penhor-la, lev-la praa e com o produto da
arrematao receber o seu pagamento.
4- Ao real.
Chamada de ao reivindicatria, conferida ao titular do direito real,
incidindo diretamente sobre o bem corpreo. A ao pode ser endereada a
qualquer pessoa que detenha o objeto do direito real.
Afirma Roberto Senise Lisboa:
io
Tr
ia
PD
St
ud
de
sk
Trata-se portanto de rol fechado, esse do art. 1225. At porque o registro deve
ser feito, como j dito e conforme detalharemos ao longo das aulas, e no h
como registrar direito real no previsto na lei.
Para a constituio de direitos reais sobre imveis necessria a inscrio no
Registro Imobilirio art. 1227, CC, sendo que os registros pblicos esto
disciplinados por lei especial[5], que cuida dos atos suscetveis de inscrio e
da maneira como esta se faz. E se as partes criarem novo direito real, o agente
no encontrar na lei permisso para fazer tal registro problema burocrtico.
Dessa forma, levantar dvida ao juiz, quanto possibilidade de inscrio, e
a dvida ser julgada procedente, impossibilitando a inscrio, por falta de
interesse social.
ud
io
Tr
ia
St
de
sk
PD
Tr
ia
ud
io
Os direitos reais sobre coisas alheias, veremos adiante, ainda so subclassificados em direitos reais de gozo e direitos reais de garantia.
de
sk
PD
St
Tr
ia
io
ud
Obs.: posse situao de fato protegida pelo legislador, porque aparenta ser
uma situao de direito, e para evitar que prevalea a violncia.
St
JUS POSSIDENDI
de
sk
PD
POSSE E PROPRIEDADE
PROPRIEDADE
Tr
ia
St
ud
io
1- Proteo possessria
Art. 1.210, 1, Cdigo Civil desforo direto.
Ao de reintegrao de posse (em caso de esbulho)
Ao de manuteno da posse (em caso de turbao)
Interdito proibitrio (em caso de ameaa posse).
PD
Nos trs ltimos casos a proteo visa preservar a situao de fato, e evitar
violncia (visa o bem comum).
de
sk
ia
Tr
ud
io
St
PD
de
sk
Tr
ia
io
ud
St
de
sk
PD
Tr
ia
Modos de aquisio:
A aquisio da posse pode decorrer de ato de vontade ou da lei. Apenas a
pessoa, fsica ou jurdica, por ter personalidade civil, que a capacidade de ser
titular de direitos e obrigaes na ordem civil, pode adquirir a posse.
ud
io
PD
St
de
sk
Assim, a pessoa que no est na posse fsica de um imvel, por exemplo, mas
o administra, colhe seus frutos, contrata mo de obra para a sua explorao,
claramente um possuidor.
Segundo o art. 1.205 do Cdigo Civil, a posse pode ser adquirida: pela
pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato,
dependendo de ratificao.
ia
Tr
ud
io
O art. 493, III do Diploma anterior tornava inteis os incisos I e II, porque os
abrangia.
________________________________//______________________
Da classificao dos modos de aquisio da posse:
PD
St
de
sk
IIIIII-
O CC/1916 estabelecia, em seu art. 493, que a posse poderia ser adquirida:
Pela apreenso da coisa ou pelo exerccio do direito;
Pelo fato de se dispor da coisa ou do direito;
Por quaisquer dos modos de aquisio em geral.
Apreenso: pode recair sobre coisas sem dono, quer por serem
abandonadas (res derelicta), quer por no serem de ningum (res
nullius); e pode recair sobre coisas de outrem, mesmo sem a anuncia do
proprietrio (Ex: posses violentas ou clandestinas, que duram mais de ano e
dia sem violncia ou com publicidade: os vcios se sanam, ganham proteo
da ordem jurdica).
A apreenso se d:
- pela ocupao nos bens imveis;
- pela deslocao dos bens mveis, pelo possuidor, rbita de influncia.
io
Tr
ia
ud
PD
St
de
sk
ia
PD
St
ud
io
Tr
de
sk
ud
io
Tr
ia
A lei, conforme regra do art. 1.203 do Cdigo Civil, presume manter a posse o
mesmo carter com que foi adquirida. E a regra se repete no art. 1.206 do
Cdigo Civil a posse se transmite causa mortis com os mesmos caracteres,
aos herdeiros e legatrios do possuidor.
____________________//____________
3. Ainda quanto origem, a posse pode ser adquirida:
PD
St
de
sk
ia
Tr
_______________________//_________________
Quem pode adquirir a posse.
O art. 1.205 do Cdigo Civil estabelece que a posse pode ser adquirida:
ud
io
St
______________________//______________________
Perda da posse:
de
sk
PD
PD
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
[1] O direito de propriedade direito fundamental, previsto no art. 5, XXII da Constituio Federal. E
como direito fundamental a sua proteo essencial para o alcance da dignidade da pessoa humana. Clia
Rosenthal Zisman. O princpio da dignidade da pessoa humana. Ed. IOB-Thomson, p. 25.
[2] Vale lembrar a distino entre coisa e bem, j que coisa tudo o que existe objetivamente, enquanto
bem apenas espcie de coisa, que deve ter as caractersticas de utilidade e raridade. Assim, o sol, a lua, a
gua do mar, o ar que respiramos so coisas, mas no so bens. Se coisa gnero do qual bem apenas
espcie, todo bem coisa, mas a recproca no verdadeira, porque nem toda coisa bem.
[3] Parte da doutrina entende que o sujeito passivo toda a sociedade, que tem a prestao negativa de
no interferir no direito real de qualquer pessoa.
[4] Roberto Senise Lisboa. Manual elementar de Direito Civil. Editora Revista dos Tribunais.Vol. 4, p.
35.
[5] LRP Lei de Registros Pblicos, n 6.015/73.
[6] Direito Civil Direitos Reais. P. 83.
[7] O representante pode ser convencional, inclusive com procurao, que o instrumento do contrato de
mandato; e pode ser legal, como os pais, tutor ou curador.
[8] Direito Civil Direito das Coisas. P. 49.
MDULO 2
Tr
ia
A pessoa que detm coisa por ordem de outrem no pode colher efeitos
jurdicos desta mera deteno. o caso por exemplo da bibliotecria em
relao aos livros, ou do motorista em relao ao veculo automotor.
ud
io
St
Alguns autores acham que h vrios efeitos da posse; outros acham que o
nico efeito o de invocar os interditos, as aes possessrias.
proteo possessria;
percepo dos frutos;
responsabilidade pela perda ou deteriorao da coisa;
indenizao por benfeitorias e direito de reteno para garantir o seu
pagamento;
5. usucapio (s ser estudada com os modos de aquisio do domnio,
pois uma das formas de aquisio da propriedade mvel ou
imvel).
de
sk
1.
2.
3.
4.
PD
So efeitos da posse:
a) Legtima defesa, ou defesa direta, permitida pela lei art. 188, I, CC fundamento genrico e art. 1.210, 1, CC fundamento especfico para a
posse.
de
sk
PD
F
St
ud
io
Tr
ia
l
Tr
ia
io
St
ud
de
sk
PD
No juzo possessrio, basta mostrar a posse pacfica por ano e dia, para que o
possuidor tenha proteo contra quem quer que seja e o juiz pode conceder
eficazes medidas liminares. Isto no significa que o possuidor possa obter em
carter permanente proteo contra o proprietrio. Este, embora vencido no
juzo possessrio, pode reivindicar a coisa no juzo petitrio, atravs da ao
reivindicatria. Explicao: se o proprietrio sofreu esbulho e deixou
transcorrer ano e dia da cessao da violncia ou clandestinidade, perdeu a
posse, mas no perdeu o domnio se pleitear reintegrao de posse ser
vencido pelo esbulhador, mas pode reivindicar a coisa por ao ordinria.
A alegao de que proprietrio ou de que titular de outro direito sobre a
coisa (art. 1.210, 2, CC) no juzo possessrio no ajuda, em regra; e no
juzo petitrio, da mesma forma, a posse secundria.
Ao da manuteno de posse:
Ocorre quando o possuidor, mesmo sem ser privado de sua posse, sofre
turbao em seu exerccio. A ao visa obter ordem judicial para pr termo
aos atos perturbadores.
Requisitos para o sucesso da ao:
Tr
ia
II - Que prove ter menos de ano e dia, a turbao, pois se houver durado mais,
a situao de fato oriunda dos atos agressivos se consolidou, no podendo
mais ser remediada em juzo possessrio.
PD
St
ud
io
de
sk
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
PD
ud
io
Tr
ia
St
de
sk
PD
ia
Tr
ud
io
St
PD
de
sk
2.1: De boa-f: tem direito aos frutos percebidos enquanto durar a posse (art.
1.214, Cdigo Civil). H dois interesses antagnicos: o do possuidor de boaf, que explorou a coisa e aumentou a riqueza social, e do proprietrio
negligente, que permitiu a subtrao do que lhe pertencia e demorou mais de
ano e dia para reagir. E o legislador optou por amparar o interesse do
possuidor de boa-f, que mais se aproxima do interesse social.
Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-f, bem como os colhidos
por antecipao, devem ser restitudos, porque o pressuposto para a proteo
do possuidor era a boa-f. Mas tal possuidor tem direito s despesas de
custeio, nas quais se inclui uma remunerao razovel por seu trabalho, sob
pena de enriquecimento sem causa do reivindicante (1.214, nico, Cdigo
Civil novo).
Tr
ia
io
St
ud
Quando o art. 1.217, Cdigo Civil diz a que no der causa, est a dizer que
no se caracteriza a responsabilidade do possuidor, a menos que tenha agido
com dolo ou culpa grave.
de
sk
PD
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
*Art. 1.227, CC - direito real sobre bem imvel s se adquire com registro,
salvo exceo prevista em lei, como a propriedade decorrente da sucesso
hereditria, por exemplo, que existe a partir da morte do autor da herana (art.
1.784, CC).
Da Propriedade:
ia
Noo de propriedade:
Tr
Conceito:
St
ud
io
PD
de
sk
O domnio diferente dos demais direitos reais por incidir sobre a coisa
prpria, enquanto estes tm por objetivo a coisa alheia (usufruto, servido,
uso, habitao e todos os demais direitos reais, salvo a propriedade, recaem
sobre coisa de outrem).
Domnio direito real que vincula e legalmente submete ao poder absoluto de
nossa vontade a coisa corprea, na sua substncia e acessrios.
Deste conceito extramos duas ideias elementares:
1. A de vnculo legal todo direito subjetivo representa vnculo jurdico.
E o domnio, portanto, tambm. O vnculo entre proprietrio e coisa
vincula erga omnes (todos os homens da sociedade). Todos tm
obrigao passiva de no turbar o exerccio do direito por seu titular.
ia
ud
io
Tr
Jus fruendi poder de colher os frutos naturais e cveis da coisa, e explorla economicamente, aproveitando seus produtos. Isto porque os acessrios so
do dono do principal (salvo disposio especial em contrrio). art. 1.232, CC
frutos e produtos da coisa, ainda quando separados pertencem ao seu
proprietrio, salvo se por motivo especial couberem a outrem.
PD
St
de
sk
Obs.: Para usar, gozar ou dispor da coisa, o proprietrio precisa t-la sua
disposio. Por isso a lei confere ao proprietrio a prerrogativa de reivindicla das mos de quem injustamente a detenha (ius vindicandi). A ao de
reivindicao ao real e tem como pressuposto o domnio. conferida ao
dono para recuperar ou obter a coisa de que foi privado, ou que lhe no foi
entregue. Tal ao instrumento pelo qual o proprietrio exerce o seu direito
de sequela.
Tr
ia
io
St
ud
PD
de
sk
ia
io
Tr
PD
St
ud
de
sk
II-
Por fim, limitada a propriedade resolvel, que encontra no prprio ttulo que
a constitui uma razo de sua extino. E a propriedade perece por conta da
causa extintiva, e no por vontade do titular do domnio.
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
PD
ia
St
ud
io
Tr
de
sk
PD
io
Tr
ia
St
ud
PD
________________//________________
Da aquisio da propriedade imvel:
de
sk
O novo Cdigo Civil trata de: usucapio, aquisio pelo registro do ttulo e
acesso (na seo III, sobre acesso: trata das ilhas, aluvio, avulso, lveo
abandonado, construes e plantaes).
O novo Cdigo Civil cuida direto dos modos de aquisio sem arrol-los.
O Cdigo Civil/2002 no enumera os modos de aquisio, como fazia o
art.530 do Cdigo Civil de 1916.
Introduo:
O Cdigo Civil cuida da propriedade em geral e depois da propriedade
imvel, onde trata: da aquisio da propriedade imvel, do direito de
vizinhana e da perda da propriedade imvel.
Os imveis so mais seguros e disputados que os bens mveis. H maior
remunerao com imveis que com valores mobilirios.
PD
II-
St
ud
io
I-
Tr
ia
de
sk
IIIIV-
Pela usucapio.
Pelo direito hereditrio*.
*Tema abordado na disciplina de direito de famlia.
Da aquisio por registro do ttulo aquisitivo;
O Cdigo Civil novo usa a expresso aquisio por registro do ttulo o
Cdigo Civil novo troca transcrio por registro do ttulo. mais
correto. H autores que usam as duas palavras como sinnimas.
St
ud
io
Tr
ia
PD
de
sk
I-
io
Tr
ia
St
ud
PD
de
sk
II-
Da acesso;
Conceito: o aumento do volume ou do valor da coisa principal, em virtude
de um elemento externo (devido a fatos externos).
Ento, uma coisa se une, se incorpora a outra, aumentando-lhe o volume ou
valor (no caso de benfeitoria humana, por ex., que aumenta o valor da coisa).
Ex: saneamento de certa rea, com eliminao de seus charcos e vrzeas.
io
Tr
ia
ud
St
PD
de
sk
Art. 1.249, Cdigo Civil novo, I, II e III as ilhas situadas (ou que se
formarem) nos rios no navegveis pertencem aos proprietrios ribeirinhos
fronteiros, havendo trs hipteses:
a) Ilha formada no meio do rio: acrscimo aos terrenos ribeirinhos fronteiros
de ambas as margens. Para se delimitar o domnio da parte acrescida, traa-se
uma linha que divida pela metade o lveo que, ento, dividir a ilha em duas
partes. Aos prdios ribeirinhos acrescer o segmento que ficar do lado de sua
margem, na proporo das respectivas testadas.
b) Se as ilhas se formarem entre a linha que divide pela metade o lveo e uma
das margens, consideram-se acrscimos apenas aos terrenos ribeirinhos
fronteiros a esse mesmo lado, dividindo-se entre estes, na proporo da
respectiva testada.
c) Se as ilhas se formarem pelo desdobramento de um brao do rio, continuam a
pertencer aos proprietrios dos terrenos custa dos quais se constituram (art.
23 a 25, Cdigo de guas). Explicao: o dono do terreno transformado em
ilha por desdobro de um brao de rio, no o perde.
ia
ud
io
Tr
de
sk
II. 3 Avulso;
PD
St
Conceito: ocorre quando por fora natural violenta, uma poro de terra se
destaca de um prdio para acrescer a outro (art. 1.251, 1 parte, Cdigo Civil).
O art. 19 do Cdigo de guas traz melhor conceito ao dizer que a poro
arrancada deve ser reconhecvel (e considervel), e que tal ato se d por
fora da gua (fora sbita da corrente).
Problemas:
a) Destino da poro de terra.
b) Desequilbrio do patrimnio das partes.
Solues:
- A poro de terra pode ser reclamada pelo dono do prdio desfalcado, dentro
de um ano (prazo decadencial). Havendo tal reclamao, o dono do prdio
acrescido pode concordar com a remoo (1.252 do novo Cdigo Civil
criticado por manter a soluo do Cdigo Civil / 1916, inferior boa soluo
do Cdigo de guas) ou, se preferir, ficar com a poro de terra indenizando o
proprietrio desfalcado a alternativa do proprietrio do prdio acrescido. O
proprietrio do prdio desfalcado s pode pedir a remoo.
- Se no houver reclamao em um ano, a poro de terra se incorpora
definitivamente ao prdio acrescido, e o antigo dono perde o direito de
reivindic-la ou de ser indenizado (art. 542, Cdigo Civil/1916 e art. 1.252,
Cdigo Civil novo e art. 20 e pargrafo nico do Cdigo de guas).
II. 4 Por abandono do lveo;
Tr
ia
io
PD
St
ud
de
sk
Obs.: os donos dos terrenos por onde as guas acidentalmente abrirem novo
curso no tm direito indenizao porque houve fora maior art. 1.252,
Cdigo Civil novo e art. 26 do Cdigo de guas. E se o rio voltar
naturalmente ao seu antigo curso, o leito abandonado volta aos seus antigos
donos art. 26, pargrafo nico do Cdigo de guas.
Mas se a mudana da corrente se fez por utilidade pblica, o dono do prdio
ocupado pelo novo lveo deve ser indenizado e o lveo abandonado passa a
pertencer ao expropriante (art. 27, Cdigo de guas). E se o rio retornar ao
lveo antigo, o leito, ento abandonado, continuar sendo do expropriante.
Obs.: para Slvio Rodrigues deve haver ao de desapropriao a sentena
ttulo aquisitivo do domnio, suscetvel de transcrio. Se no, o Imvel
coisa abandonada, pois o lveo no passa a ser automaticamente do governo.
E o lveo pode ser at usucapido.
II. 5 Pela construo de obras ou plantaes;
io
Tr
ia
ud
de
sk
PD
St
As solues nos demais casos variam com a boa ou m-f das partes. Vejam
as solues legais:
a) Quem semeia, planta ou edifica em terreno prprio, com sementes, plantas ou
materiais alheios, adquire a propriedade destes o acessrio segue o principal
salvo direito de superfcie Cdigo Civil/ 02 ento aquilo que se encontra
io
Tr
ia
Da usucapio;
O tempo influi nas relaes jurdicas, na prescrio extintiva e na prescrio
aquisitiva, ou usucapio. Isto para atribuir juridicidade a situaes de fato que
se amaduream com o tempo.
Com a usucapio, situao de fato que se alonga, sem ser molestada (posse
mansa e pacfica), por certo tempo previsto em lei, se transforma em situao
de direito (o possuidor adquire o domnio, atravs de declarao judicial
levada a registro).
de
sk
III-
PD
St
ud
Obs.: o dono dos materiais, quando de boa-f, tem direito indenizao, mas
no a reteno (Nery traz julgado contra e a favor do direito de reteno). Na
jurisprudncia h divergncias daqueles que dizem que plantaes e
construes so benfeitorias e, portanto, do direito reteno. Para Slvio
Rodrigues, no so benfeitorias, por isso no do direito reteno
plantaes e construes so acesses industriais, no benfeitorias.
Tr
ia
Art. 1.239, Cdigo Civil novo (art. 191, CF/ 88): usucapio pro labore
do possuidor de rea em zona rural (50 hectares, no mximo), que a reside e
a explora por mais de cinco anos.
PD
St
Requisitos:
rea possuda deve ser de no mximo 250 m.
que a rea seja utilizada como moradia do possuidor.
que o possuidor no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural.
que no haja o possuidor desfrutado desse direito anteriormente ( 2).
Art. 1.242 (551, Cdigo Civil/ 1916, com pequenas alteraes):
usucapio
ordinria: exige do prescribente (possuidor) a prova do justo ttulo e da
boa-f.
de
sk
a)
b)
c)
d)
ud
io
Art. 1.240, Cdigo Civil/ 2002: repete regra da CF/ 88 (art. 183, CF/ 88)
usucapio de rea urbana a quem a possuir por mais de cinco anos.
ia
Pressupostos da usucapio:
io
Tr
a) res habilis ou coisa hbil: no pode ser coisa fora do comrcio ou bem
pblico.
de
sk
PD
St
ud
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
O Processo de Usucapio:
Era exigida auditoria para justificao de posse. Com a Lei n 8.951, de
13/12/1994, a justificao de posse dispensada.
So citados os proprietrios do imvel e os confinantes (art. 942, CPC), para
contestar o pedido. Se estiverem em lugar incerto so citados por edital. E o
MP intervm em todos os atos do processo. No contestada a ao e
convencido o juiz, este pode julgar procedente o pedido. No provada a posse
ou contestado o feito, o juiz o saneia e marca audincia de instruo e
julgamento, seguindo o processo curso ordinrio.
....................................................................
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
ia
ud
io
Tr
de
sk
PD
St
io
Tr
ia
St
ud
PD
de
sk
ia
Tr
Classificao:
io
St
ud
de
sk
PD
Tr
ia
Mas se o prejuzo resulta de ato praticado pelo vizinho no uso do seu direito
(proprietrio apenas acende a lareira, ou o industrial o seu forno, mas a
fumaa e o calor invadem o prdio contguo), trata-se de abuso de direito (o
proprietrio pratica ato ilcito mesmo no exerccio de seu direito se dele usar
abusivamente). No pratica ato ilcito o proprietrio que exerce o seu direito
de maneira regular ou normal. abusivo o uso do direito quando feito apenas
para causar dano a outrem (ex.: constri chamin enorme, s para fazer
sombra no imvel do vizinho). Trata-se de abuso do direito de propriedade.
ud
io
de
sk
PD
St
Tr
ia
ud
io
I.
St
II.
PD
III.
de
sk
IV.
Tr
ia
A lei de fato veda o uso abusivo, irregular, anormal do direito. Ex.: tocar
muito e alto depois das 22h o sino da igreja (julgado); emissora de rdio que
instala externamente alto-falante e provoca aglomerao em frente ao prdio,
sem dar rpido ingresso ao seu auditrio ato perturbador do sossego; no se
pode manter apirio em zona urbana; no se pode construir aude junto ao
limite com o vizinho, ameaando o seu prdio e sujeitando-o a infiltraes.
PD
St
ud
io
de
sk
Tr
ia
ud
io
St
PD
de
sk
[1] Excepcionalmente h a expropriao, retirada da coisa sem indenizao, pelo seu comprovado uso
antissocial, conforme previso legal, como por exemplo na hiptese de plantao para a produo de
entorpecentes. A proteo do direito de propriedade contra o prprio Estado resulta da sua insero no rol
dos direitos fundamentais, da CF, no art. 5, que coloca para o Poder Pblico uma barreira, um limite em
seu poder de atuao, para que se respeite a dignidade da pessoa humana a partir da no violao dos
direitos fundamentais que a embasam.
MDULO 3.
Das rvores limtrofes.
A lei prev trs hipteses de conflitos derivados de rvores limtrofes, nas
relaes de vizinhana. As solues da lei nem sempre so lgicas, mas so
convenientes para se evitar os conflitos entre vizinhos.
1. rvores nascidas na divisa entre dois prdios.
ud
io
Tr
ia
St
Ento, quando cortadas ou arrancadas tais rvores, elas devem ser repartidas
entre os donos. Obs.: do dono do solo os frutos que nele carem
naturalmente.
PD
de
sk
St
ud
io
Tr
ia
PD
Do prdio encravado:
Passagem forada.
de
sk
ia
io
Tr
de
sk
PD
St
ud
ia
io
Tr
ud
St
PD
de
sk
io
Tr
ia
St
ud
Das guas.
O regime de guas, dentro do campo da vizinhana, legalmente estabelecido
e engloba o conjunto de normas reguladoras das relaes entre vizinhos,
referentes s guas de nascentes e pluviais, que, com o escopo de harmonizar
interesses e compor conflitos, criam direitos e obrigaes recprocos.
de
sk
PD
ia
Tr
PD
St
ud
io
Para que a obrigao de receber exista, a condio que o fluxo seja natural
se o dono do prdio superior fizer obras para facilitar o escoamento, proceder
de modo a no piorar a condio antiga e natural do prdio inferior. Ex.:
propriedade do prdio da Consolao (julgado) obrigada a receber as guas
pluviais que correm naturalmente do prdio do ru, mas no as que correm
com obra de arte, como as calhas. Ao fazer as calhas, o ru devia proceder de
modo a no piorar a condio natural do prdio da autora se no o fez assim,
deve refazer a obra e pagar os danos causados.
de
sk
Tr
ia
St
ud
io
A fonte no captada.
O proprietrio do prdio inferior obrigado a receber as guas que fluem
naturalmente do prdio superior, mas tem o direito aos sobejos (sobras). Pois
o dono da fonte no captada, satisfeitas as necessidades de seu consumo, no
pode impedir o curso natural das guas pelos prdios inferiores (1.290,
CC/2.002). Trata-se da antiga servido legal de guas suprfluas o prdio
inferior tem direito a elas.
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
O aqueduto.
O CC/1916, para facilitar a explorao agrcola e industrial, permitiu ao
necessitado a canalizao das guas por prdios rsticos alheios o direito
ao aqueduto.
Condies para o exerccio de tal direito:
a) que os prdios servientes no sejam stios, chcaras ou muradas, ou quintais,
ptios, hortas ou jardins;
b) que sejam os proprietrios dos prdios servientes previamente indenizados dos
prejuzos representados pelo aqueduto, ressalvado seu direito indenizao
posterior, por danos futuros e defluentes de infiltrao ou irrupo de guas
(art. 567, CC/1916).
PD
de
sk
1.293 CC/2.002: quem quer que seja mediante indenizao prvia aos
proprietrios prejudicados pode construir canais, atravs de prdios
alheios, para receber as guas a que tenha direito, indispensveis s
primeiras necessidades da vida, e desde que no cause prejuzo
considervel agricultura e indstria, bem como para o escoamento de
guas suprfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.
____________________//_________________
Dos limites entre prdios e do direito de tapagem.
ia
ud
io
Tr
de
sk
PD
St
ia
Tr
ud
io
St
PD
Para fixar os rumos por onde passaro os limites entre dois prdios, deve o
julgador, em primeiro lugar, verificar os ttulos dominiais.
de
sk
ia
Tr
ud
io
a)
b)
c)
d)
__________//_______
Obs.: os critrios por lei devem ser adotados de forma hierrquica um em
falta do outro, nesta ordem:
demarcao de acordo com os ttulos de propriedade;
se no for possvel, deve-se recorrer posse;
se ainda no for possvel, o juiz manda dividir a parte contestada;
se ainda no for possvel resolver o litgio, sendo impossvel ou
antieconmica a diviso, o juiz ordena a adjudicao, com indenizao ao
contendor pelo possvel desfalque.
Ento a ordem : propriedade, posse, diviso e adjudicao.
de
sk
PD
St
Tr
ia
St
ud
io
O Municpio por questes urbansticas, pode fixar altura dos prdios em certas
zonas residenciais (no bairro Mata da Praia, em Vitria, ES prdios no
podiam ter mais que trs andares; em certos bairros cariocas h que se
respeitar o recuo estabelecido em lei municipal); ou vedar o comrcio. E pode
a lei para proteger o trfego areo restringir o direito de construir nas
imediaes dos aeroportos, conforme Dec.-lei n. 7.917, de 30-8-1945 (prdio
prximo ao clube Pinheiros muito alto obra embargada).
PD
de
sk
ud
io
Tr
ia
St
de
sk
PD
io
Tr
ia
PD
St
ud
de
sk
ia
vizinho.
Tr
Art. 1.302, CC aquisio de servido de luz: (conforme doutrina e jurisprudncia) - o proprietrio que abriu
janela ou terrao a menos de metro e meio do terreno do confinante, se o outro no reclamar, dentro de ano e dia,
adquire servido de luz. Constituda esta, no se pode mais erguer prdio que prejudique a iluminao do vizinho.
ud
io
Lege ferenda que as servides de luz sejam sempre tituladas, de modo que o vizinho que bondosamente deixou que
fizessem aberturas sobre o seu prdio, enquanto ainda no havia construdo, no sofra a enorme restrio de no mais
poder construir, por se haver constitudo servido sobre o seu imvel.
PD
St
Obs.: Conforme art. 1302, pargrafo nico do CC, a tolerncia sobre seteiras,
culos etc. no relevante, pois tais aberturas para luz no prescrevem contra
o vizinho, no proporcionando o surgimento de servido. Assim o vizinho
depois da construo pode, a qualquer tempo, levantar, se quiser, contramuro,
mesmo que vede a claridade.
de
sk
__________________ //___________
guas e beirais.
Art. 1300, CC/2002 abrange a regra do art. 575 do CC/1916 o
proprietrio deve edificar de modo que o beiral de seu telhado no despeje
(gua) sobre o prdio vizinho, deixando, se no houver jeito melhor, entre o
beiral e o prdio vizinho pelo menos 10 cm.
______________//____________
Direito de travejar.
a antiga servido tigni immitendi que hoje no tm mais muita importncia,
porque h muitos prdios de apartamentos, e o intervalo obrigatrio. No
passado era muito importante.
Art. 1.304 e 1.305, CC. No se pode colocar trave (trave tronco para
sustentar o teto de uma construo, conforme o Dicionrio Aurlio) em parede
alheia, salvo se pagar metade da parede ao seu dono.
Para Maria Helena Diniz (Cdigo Civil anotado, Ed. Saraiva) a partir do
momento em que se paga metade ao dono, no servido tigni
immitendi (direito real sobre coisa alheia), mas condomnio.
___________________//_____________
Parede Divisria.
Art. 1.297, CC. Vimos que pertence em comum aos confinantes qualquer
marco divisrio. Vimos no direito de construir, do art. 1.305, que a lei cria
elementos para que o domnio da parede divisria se torne comum.
ia
St
ud
io
Tr
Mas se o dono do terreno invadido meter trave na parede divisria, aquele que
a construir pode cobrar meio valor dela. Neste caso, no s o uso como a
propriedade da parede se tornam comum. Ento: enquanto no travejar a
parede divisria, o dono do terreno invadido pode, se quiser, adquirir sua
meao; aps hav-la travejado, no tem mais escolha, podendo ser obrigado
a adquirir a meao, se quem construiu o muro assim o desejar.
PD
de
sk
Parede-meia.
a que separa dois prdios e pertence em comum aos donos deles. A lei
permite aos vizinhos o direito de uso das paredes divisrias e restringe esse
uso, quer se trate de parede-meia, quer no.
A parede-meia pode ser usada pelo confinante at meia espessura. Mas essa
utilizao depende de trs condies:
1. Que no ponha em risco a segurana e a separao dos prdios.
2. Que, tratando-se de armrios ou obras semelhantes, no correspondam a
outras, da mesma natureza, j existentes do lado oposto.
3. Que seja dado aviso prvio ao vizinho. H quem defenda que o aviso prvio
s necessrio se a obra depender de autorizao do vizinho. Ou quando a
obra capaz de causar abalo no prdio vizinho. H jurisprudncia neste
sentido.
Entre as obras que no podem ser feitas sem a permisso do vizinho, seja
parede-meia ou no, esto: fornalhas, fornos de fundio, aparelhos
higinicos, fossos, canos de esgoto, depsito de sal ou de quaisquer
ia
io
Tr
St
ud
PD
de
sk
Introduo.
Art. 1.275 e 1.276.
A propriedade via de regra s se perde por vontade do titular perptua. E
com a morte passa para os sucessores.
A exceo se d quando a lei determina a extino do direito de propriedade,
atravs, por exemplo, da desapropriao, objeto da aula seguinte.
io
Tr
ia
St
ud
Alienao.
Renncia.
Abandono.
Perecimento da coisa.
Desapropriao.
de
sk
1.
2.
3.
4.
5.
PD
io
Tr
ia
St
ud
Ex.: renncia a sucesso aberta. A sucesso aberta bem imvel por definio
legal art. 80, II, CC/02. Ento a renncia se d (art. 1.806, CC/02) de modo
solene, por termo nos autos ou por escritura pblica.
PD
de
sk
O abandono.
Aqui o titular abre mo de seu direito sem qualquer formalidade derelio
da coisa pelo titular (res derelicta). Aqui no h manifestao expressa de
vontade e nem h, ento, obrigao de registro.
raro na prtica, mas ocorre. Ex.: prdio sobrecarregado de nus fiscais.
Abandonada a coisa, qualquer pessoa pode dela se apropriar. A coisa s passa
propriedade do Poder Pblico se este proceder arrecadao da coisa, como
bem vago. Art. 1.276, CC. Se houver a arrecadao, trs anos depois a
propriedade passa a ser do Municpio ou do Distrito Federal.
Slvio Rodrigues (Direito Civil Direito das Coisas, vol. 5, Ed. Saraiva, pg.
176) acha diferente imvel abandonado permanece como coisa de ningum,
mesmo declarado vago ou ocupado por terceiro, durante trs anos. Antes de
tal prazo o imvel no de ningum. A lei quis conceder ao proprietrio por
trs anos a possibilidade de arrependimento. Como no h manifestao
expressa do intuito de abandonar a coisa, pode o proprietrio ainda reivindicar
ia
Desapropriao.
Conceito.
ud
io
Tr
PD
St
de
sk
A matria estava prevista em dois artigos do CC/1916, mas por ser de Direito
Pblico ganhou amplo tratamento pelo Decreto-lei n. 3.365, de 21 de junho de
1941.
__________//___________
Desapropriao diferente de venda e compra. Esta envolve contrato
(vontade das partes). A desapropriao compulsria (obrigatria).
Desapropriao diferente do confisco. neste h apreenso ilegal e
violenta da coisa, que subtrada do domnio do particular, sem qualquer
contraprestao. Na desapropriao h indenizao prvia, justa e em
dinheiro, conforme a lei.
_______________//_________
Pressupostos para a desapropriao.
Quem pode desapropriar e em que hipteses.
Deve haver decreto que declare o bem expropriado de utilidade pblica ou de
interesse social.
Tr
ia
St
ud
io
de
sk
PD
ia
io
Tr
Ex.: desapropriao parcial para a servido. Isto para passar fios eltricos,
oleodutos, por certa rea. Desapropria-se para a construo de postes para a
passagem dos fios eltricos ou o subsolo, onde se deve construir o oleoduto.
PD
St
ud
de
sk
ia
Obs.: qualquer outra questo dever ser decidida por ao direta, em que se
discute a legitimidade da desapropriao, a existncia de utilidade pblica ou
de interesse social. No pode a lei excluir da apreciao do Judicirio
qualquer leso de direito individual. Silvio Rodrigues entende que nem por
ao direta se pode discutir a declarao de utilidade pblica ou interesse
social. O nico modo seria a ao direita de inconstitucionalidade, com
fundamento em leso ao dispositivo constitucional (art. 5, XXXVI, XXII e
XXIV) que protege a propriedade. Com a indenizao justa no h leso a
direito individual, e ainda se atende ao interesse social.
St
ud
io
Tr
de
sk
PD
Calcula-se de acordo com a estimao dos bens para efeitos fiscais (valor
venal); preo de aquisio e interesse que deles aufere o proprietrio; sua
situao, estado de conservao e segurana; valor venal dos da mesma
espcie nos ltimos cinco anos; valorizao ou depreciao da rea
remanescente, de propriedade do ru (se a rea remanescente se valoriza com
obra do Poder Pblico, o expropriado no pode lucrar e a indenizao
diminuda, para ficar equilibrado. Washington de Barros Monteiro acha que a
indenizao deve ser a mesma e que a valorizao deve ser, depois, objeto de
contribuio de melhoria isto porque a indenizao deve ser em dinheiro, e
no compensada com valorizao futura, que beneficiar toda a
coletividade). Conforme art. 27 da Lei de Desapropriaes.
Obs.: tais critrios no so absolutos. A prpria lei diz que se
atende especialmente a tais elementos, mas no s a eles.
O teto do pargrafo nico do art. 27 do Dec.-lei de 1941 caiu com a lei n.
2.786, de 21 de maio de 1956. Esta lei ainda corrigiu erro, dizendo que a
indenizao ser pelo valor da poca da avaliao, e no da poca do decreto,
como dizia a lei de 1941.
Obs.: no valor da indenizao entram as benfeitorias necessrias posteriores e
as teis, quando autorizadas pelo expropriante. Entram ainda os honorrios de
ia
ud
io
Tr
St
Ou seja: o expropriante pode usar o bem para outra coisa, desde que ainda
haja a utilidade pblica, necessidade pblica ou interesse social.
de
sk
PD
[1] Depositado o dinheiro, pode o expropriante ser imitido na posse e, 80% do valor pode ser levantado
pelo desapropriado. Depois, procede-se o arbitramento, para se obter o quantum exato da indenizao.
MDULO 4.
Da aquisio e perda da propriedade mvel.
CC/02 dentro do ttulo sobre propriedade, no Livro do Direito das Coisas,
depois de tratar da propriedade em geral, o legislador traz o cap. III sobre a
aquisio da propriedade mvel.
St
ud
io
Tr
ia
a mais importante.
a entrega da coisa do alienante ao adquirente (alienatrio), com nimo de
lhe transferir o domnio. modo de aquisio de propriedade mvel que
complementa o contrato.
O contrato s gera entre as partes direito pessoal, no transfere domnio.
necessrio que o ato de vontade externado no contrato se complete com outra
solenidade, a tradio (se for bem mvel) e o registro, se for bem imvel (art.
1.267 c.c/ 1.226 do CC/02). Com a tradio o direito pessoal do adquirente se
transforma em direito real. Com a tradio o adquirente se transforma em
proprietrio.
de
sk
PD
ia
io
Tr
Ocupao.
a tomada de posse de coisa sem dono, com a inteno de lhe adquirir o
domnio. Art. 1.263, CC/02.
PD
St
ud
A ocupao s serve para coisa mvel[1] e sem dono, por isso muito rara.
No Direito Romano tambm era possvel para bens imveis. Mas agora a
aquisio de imveis pela posse deve ser complementada pelos
requisitos tempus, fides, titulus etc. (e se aperfeioa, como vimos, pela
usucapio).
H coisas de ningum (res nullius), como animais (se a lei permitir), pedras,
conchas, vegetais; e coisas abandonadas (res derelicta) coisa abandonada ou
ainda no apropriada. A ocupao no pode ser defesa por lei (art. 1.263, CC).
de
sk
St
ud
PD
de
sk
io
Tr
ia
Tr
ia
St
ud
io
PD
Se for possvel separar as coisas sem deteriorao, quem misturou deve fazer
a separao, devolvendo-se a cada dono a matria-prima que lhe pertencia
(art. 1.272, 1, CC/02).
de
sk
ia
St
ud
io
Tr
Do condomnio geral.
PD
de
sk
Art. 1228, CC: domnio o direito de usar, gozar, dispor de um bem e reavlo de quem injustamente o detenha. Condomnio ocorre quando o sujeito desse
direito plural e no singular.
O direito de propriedade exclusivo. No condomnio cada condmino tem
uma parte ideal da coisa, e nesta parte ideal o direito de cada um exclusivo,
absoluto e perptuo. A copropriedade ocorre quando a coisa indivisvel.
Em face de terceiro cada condmino (comunheiro) atua como proprietrio
exclusivo e ordinrio. Mas em face dos demais condminos, seu direito
esbarra com igual direito dos demais. Assim, cada um s pode usar da coisa
comum sem invadir a rea de interesse dos demais.
O condomnio visto como foco de disputas, de brigas, e se houver
possibilidade a copropriedade deve acabar. por isso que a todo momento
ia
ud
io
Tr
PD
St
de
sk
o uso da coisa comum deve ser de acordo com o seu destino e conforme a sua
natureza sem anuncia dos demais condminos no pode haver
modificaes que alterem a substncia da coisa ou mudem a maneira
tradicional de explor-la. Art. 1.314, pargrafo nico, CC.
No condomnio tradicional, cada condmino responde aos outros pelos frutos
que percebeu da coisa comum, e pelo dano que lhe causou (art. 1.319, CC).
Ex.: se o prdio comum habitado por um s dos condmino, este deve
alugueres correspondentes aos demais quinhes.
O uso da coisa pelo condmino deve ser pessoal. Art. 1314, pargrafo nico,
CC/02. Nenhum condmino pode sem prvio consenso dos outros dar posse,
Tr
ia
III o condmino pode alhear sua parte indivisa (art. 1.314, CC). Mas h
restrio para tal direito no art. 504 do CC/02, que est no cap. da venda e
compra: deve dar preferncia pelo mesmo preo aos demais condminos. Se
no, o condmino a quem no se deu preferncia pode depositar o preo e
haver para si a parte vendida a estranhos (prazo para requerer de 180 dias
prazo decadencial).
St
ud
io
PD
de
sk
______________________//________
Dos deveres dos condminos:
1. concorrer na proporo de sua parte para as despesas de conservao ou
diviso da coisa e suportar em igual razo os nus a que estiver sujeita (art.
1.315, CC).
O condmino tem direito aos frutos e responde pelos nus e pelas dvidas
contradas em proveito da comunho e durante ela. Apenas, se todos os
condminos a contrarem em conjunto, cada um responde na proporo de seu
quinho, enquanto se a dvida foi contrada por um dos condminos, este o
responsvel para com o credor, ficando com ao regressiva em face dos
demais condminos.
PD
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
io
Tr
ia
de
sk
PD
St
ud
Do condomnio edilcio.
Era o antigo condomnio em edifcios. O nome novo vem do novo CC, que
no revogou completamente a Lei n. 4.591, de 16 de dez. de 1964, que cuida
do assunto. Tal lei continua valendo em tudo que no for incompatvel com o
novo CC. Conforme art. 2, 1 da LICC.
________//________
O regime de condomnio edilcio.
Caracteriza-se por ter uma propriedade singular dos apartamentos e andares,
ao lado de uma comunho necessria e inexorvel do terreno e das partes
comuns do prdio.
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
PD
ia
ud
io
Tr
St
E cuidou ainda das restries aos direitos dos condminos, ditadas pelo
interesse de harmonizao da vizinhana, proibindo a mudana da fachada, o
incmodo aos vizinhos, a leso segurana, ao sossego ou sade dos demais
proprietrios e o desvio de destinao do prdio.
PD
de
sk
ud
St
de
sk
PD
io
Tr
ia
Tr
ia
de
sk
PD
St
ud
io
ia
Tr
St
ud
io
Ento:
O ato de instituio do condomnio em edificaes sempre ato de vontade.
Deve ser registrado no Registro de Imveis da situao do imvel.
ato do incorporador ou do proprietrio.
Difere da Conveno e do Regulamento que so atos dos condminos e supe
o condomnio j instalado.
O Dec. Federal n. 55.815, de 8.3.1965, hoje revogado pelo Dec. n. 11, de
10.1.1991, tratou do registro do ato de instituio. Com a revogao do Dec.
de 65 a Lei n. 4.591 est sem regulamento.
_________//_______
2. A Conveno de Condomnio.
PD
de
sk
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
io
Tr
ia
St
ud
PD
de
sk
Tr
ia
St
ud
io
PD
Para efeitos tributrios, cada unidade autnoma tratada como prdio isolado,
contribuindo o respectivo condmino, isoladamente, diretamente, com os
impostos e taxas (art. 11 da Lei).
de
sk
___________________//____________
- DA ALIENAO E LOCAO DE VAGA DE GARAGEM:
- Venda e aluguel de vagas (exclusivas) a terceiros s podem ser feitos com autorizao expressa na
-
ia
conveno do condomnio.
A Lei n 12.607, DE 4 DE ABRIL DE 2012, ALTERA o 1o do art. 1.331 do Cdigo Civil, no
que tange ao critrio de fixao da frao ideal e s disposies sobre alienao e locao de abrigos
para veculos em condomnios edilcios.
Art. 1331, 1. As partes suscetveis de utilizao independente, tais como apartamentos, escritrios,
salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas fraes ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se
a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietrios, exceto os
abrigos para veculos, que no podero ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao
condomnio, salvo autorizao expressa na conveno de condomnio.
Tr
________//_______
Restries: Resultam da Conveno e se assemelham s servides. Decorrem
da vontade das partes, podem ou no ser recprocas e dependem de registro
para serem oponveis erga omnes.
A aprovao das restries se d por 2/3 dos condminos. Mas so nulas as
restries ilcitas. Ex.: dar preferncia para os outros condminos na venda ou
troca. Conforme art. 4 da Lei de 64. Ex.: limitar o nmero de habitantes por
unidade (art. 19 da Lei). Se no houver abuso de direito ou ilicitude as
clusulas so vlidas: no se pode proibir mudana interna de cmodos e nem
atribuir a uma ou algumas unidades pagamento maior nas despesas (art. 12,
1 da Lei salvo disposio em contrrio da conveno).
PD
St
ud
io
de
sk
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
Cada condmino ter sua parte no terreno e nas reas comuns atravs
de frao ideal, expressa sob forma decimal ou ordinria (art. 1, 2 da Lei
O clculo da frao ideal se faz com base no valor de cada unidade, mas
no h regras fixas para tal valor. Deve-se atribuir um valor certo para cada
andar, valendo mais os superiores, ou menos se no tiver elevador. Os aptos.
de frente, em cada andar, valem mais que os de fundo.
_____________//_______
Problemas de utilizao:
reas comuns trazem dois problemas: utilizao e despesas.
1. uso: (art. 19 da Lei de 64) no pode causar dano aos demais condminos, nem
atrapalhar o uso pelos outros. Quem usa os corredores com algazarra causa
danos; quem pe caixotes nos corredores impede o bom uso pelos demais.
As reas comuns pertencem a todos, no podem ser usadas com exclusividade
por ningum. Por isso Conveno ou Assembleia sem unanimidade no pode
reservar parte a qualquer condmino.
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
PD
Teto: no pode ser usado s pelo dono do ltimo andar (art. 3) e nem pode
este construir ali outro pavimento.
Piso entre andares de todos ou s das unidades que se servem dele como
piso e teto (porque neste caso se algum for proprietrio do 1 e do 2, pode
fazer uma escada). O art. 5 da Lei de 64 diz: o condomnio por meao de
paredes e tetos das unidades isoladas regular-se- pelo CC. Ento o piso e as
paredes internas no so reas comuns so s dos condminos interessados
confinantes (em condomnio tradicional). Mas h restrio contra obra que
comprometa a segurana da edificao.
______________//__________
Das despesas do condomnio:
ud
St
io
Tr
ia
PD
Conforme a lei, anualmente uma assembleia geral ordinria deve aprovar por
maioria dos presentes as verbas para tais despesas, compreendendo as de
conservao da edificao, manuteno de seus servios e correlatas.
de
sk
______//______
Sndico: deve cobrar as contribuies e tem ao de execuo contra os
atrasados.
A Lei n. 7.182, de 27.3.1984 aumenta a segurana do recebimento das
prestaes condominiais (art. 4, 4: a alienao ou transferncia de direitos
de que trata este art. s pode ser feita com prova de quitao das obrigaes
do alienante com o condomnio. E a prova de quitao pode ser declarao do
alienante ou seu procurador, sob as penas da lei, expressamente consignada
nos instrumentos de alienao ou de transferncia de direitos). A respeito,
vide tambm a Lei n 7.433/85, art. 2, 2.
___________//____________
ADMINISTRAO DO CONDOMNIO.
Tr
ia
St
ud
io
PD
de
sk
Tr
ia
St
ud
io
de
sk
PD
A lei rigorosa, pois pode no haver tal quorum. Silvio Rodrigues acha que
rejeitada a reconstruo, deve ser feita a diviso do prmio do seguro, na
proporo das fraes ideais do terreno, o qual deve ser ento vendido. S
quando outra sugesto for aprovada pelo quorum qualificado que ser
seguida a deliberao da maioria.
Se aprovada a reconstruo, devem ser mantidos o destino, a forma
(disposio) interna e a forma externa. Art. 14, 2.
A minoria vencida na deliberao sobre a reconstruo no precisa pagar para
ajudar a reedificao e a maioria pode adquirir as partes dos dissidentes, pelo
justo valor apurado em juzo.
PD
St
ud
io
Tr
ia
de
sk
ia
St
PROPRIEDADE RESOLVEL:
ud
io
Tr
PD
de
sk
ia
St
ud
io
Tr
Das regras:
1. Art. 1.359, CC: Na primeira regra, o elemento que resolve a relao jurdica
est inserto no prprio ttulo constitutivo do negcio e contemporneo de
sua constituio.
Resolvida a propriedade pela condio ou termo, ficam resolvidos os direitos
reais concedidos na sua pendncia, e o proprietrio, em cujo favor se opera a
resoluo pode reivindicar a coisa do poder de quem a detenha.
de
sk
PD
io
Tr
ia
Aqui no se pode prever a resoluo antes que ocorra. Ento, para proteger os
adquirentes de boa-f, a lei d validade aos atos de constituio de direitos
reais de que eles participaram, no permitindo que os efeitos da resoluo os
alcancem.
St
ud
de
sk
PD
DA PROPRIEDADE FIDUCIRIA.
Na alienao fiduciria o que h garantia quando se d crdito ao
consumidor. a garantia do credor, como na venda com reserva de domnio e
no compromisso de venda e compra.
Na alienao fiduciria em garantia: o adquirente de um bem o transfere ao
credor (o banco) que emprestou o dinheiro para pagar-lhe o preo,
continuando a possu-lo pelo constituto possessorio, resolvendo-se o domnio
do credor quando for pago de seu crdito.
Enquanto o dbito estiver em aberto, o financiador o dono.
O financiador tem domnio resolvel extingue-se com o reembolso do preo.
Se no houver pagamento, o financiador pode vender a coisa para pagar-se de
seu crdito. Esta a propriedade fiduciria, tratada em Captulo especfico no
Tr
ia
ud
io
de
sk
PD
St
[1] O bem imvel no pode ser apropriado apenas com a ocupao, necessria a usucapio, com o
preenchimento de todos os requisitos examinados para tal fim.
[2] Embora os art. 1.273 e 1.274 do CC usem o termo comisso, o vocbulo correto comisto.
MDULO 5.
Dos direitos reais sobre coisas alheias.
Tr
ia
St
ud
io
de
sk
PD
Para o art. 1225, CC/2002 direitos reais sobre coisa alheia so: a superfcie,
as servides, o usufruto, o uso, a habitao, o direito de promitente comprador
do imvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concesso de uso especial para
fins de moradia e a concesso de direito real de uso (os dois ltimos
incorporados ao rol por fora da Lei n 11.481/2007). Ento saram do rol
enfiteuse e rendas expressamente constitudas sobre imveis.
** A Lei n 6.014/73 j tratava, incluindo no rol do CC/1916, da promessa
irretratvel de venda.
Os direitos reais sobre coisa alheia se dividem em 2 espcies: direito de
fruio (para uso, gozo, ou uso e gozo) e os de garantia (de um dbito).
St
ud
io
Tr
ia
PD
de
sk
______________________//_____________
ENFITEUSE.
Tr
ia
PD
St
ud
io
de
sk
ia
Tr
Direitos do senhorio:
ud
io
A enfiteuse se estabelecia por testamento ou por ato entre vivos. Mas para a
constituio do direito real era preciso o registro do ttulo constitutivo no
Registro de Imveis art. 676, CC/1916.
de
sk
PD
St
Com o registro surgiam dois titulares de direitos reais sobre a mesma coisa o
titular do domnio direto e o titular do domnio til. Este possua todos os
direitos elementares do domnio, e a lei dava ao senhorio apenas o direito ao
foro, ao laudmio e preferncia no caso de alienao do domnio til.
_________//____________
Foro a contraprestao. Devida pelo enfiteuta. Se no pagar por 3 anos
consecutivos, surge o comisso - extino do aprazamento com a consolidao
do domnio nas mos do senhorio.
Laudmio importncia devida ao senhorio, pelo foreiro, cada vez que
transferir o domnio til por venda ou dao em pagto. de 2,5 % sobre o
preo da alienao, se outro no foi fixado no ttulo do aforamento (art. 686,
CC/1916). O laudmio s devido nas alienaes onerosas, no sendo
reclamvel nas liberalidades.
O senhorio por lei tem preferncia quando o enfiteuta quer vender ou dar em
pagamento o domnio til. Na venda, o enfiteuta (foreiro) deve interpelar o
senhorio para que em 30 dias manifeste por escrito, datado e assinado, o seu
propsito de exercer a preferncia na aquisio, pelo mesmo preo e nas
mesmas condies por que foi oferecida ao estranho (art. 683, CC/1916). Se
no for respeitado o direito de preferncia, o senhorio pode promover a
resciso do negcio feito com terceiro, havendo o imvel do adquirente
pelo preo da aquisio.
ia
St
ud
io
Tr
PD
de
sk
____________//___________
Resgate.
a prerrogativa do foreiro de adquirir, compulsoriamente, o domnio direto,
pagando certa indenizao. A finalidade consolidar o domnio nas mos do
enfiteuta art. 693, CC/1916 (com redao pela lei de 1972).
O resgate era possvel 10 anos depois de constituda a enfiteuse, salvo acordo
das partes em sentido contrrio (acordo poderia firmar prazo menor e fixar
outro valor para a indenizao). E o resgate se dava com o pagamento do
laudmio - 2,5% sobre o valor atual da propriedade plena mais 10 penses
anuais pelo foreiro, que no poderia no contrato renunciar ao direito de
resgate, nem contrariar as disposies cogentes da lei.
ia
ud
io
Tr
St
PD
de
sk
Obs.:
O superficirio pode dar em garantia a superfcie, para o pagamento de suas
dvidas, e pode ainda reconstruir a coisa superficiria, em caso de
perecimento.
O direito de superfcie pode ser transmitido inter vivos ou causa mortis em
funo da morte do beneficirio, hiptese em que os seus herdeiros passam a
ser os superficirios[2].
Partes proprietrio e superficirio.
______//_____
Diferena entre direito de superfcie e arrendamento
ia
ud
io
Tr
PD
St
de
sk
2. por distrato;
3. pelo no uso do direito;
4. pelo exerccio do direito de preferncia ou de sucesso por qualquer das partes
em relao outra, caso em que ocorre a consolidao subjetiva;
5. pela desapropriao do bem imvel.
___________________//_________________________
Tr
ia
io
St
ud
de
sk
PD
Tr
ia
St
ud
io
PD
de
sk
Inalienvel.
ud
io
Tr
ia
St
PD
de
sk
1. Contnuas e descontnuas.
Contnua quando se exerce ou se pode exercer sem interrupo, como a
servido de aqueduto, ou de passagem de energia eltrica, ou de iluminao e
ventilao.
Descontnua quando seu exerccio intermitente, sofrendo interrupes. So
as que dependem de fato do homem, como as de passagem, de tirar gua, de
pastagem etc.
2. Aparentes e no aparentes.
ia
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
Ato jurdico.
ud
io
Tr
ia
Pode ser:
a) causa mortis, caso em que a servido decorre do testamento o proprietrio
ao testar um prdio impe ao beneficirio o encargo de uma servido, em
favor de outro prdio;
b) inter vivos (entre vivos): o mais frequente; faz-se por contrato.
Pode ser a ttulo gratuito ou oneroso, que o mais comum.
Com o contrato de constituio de servido, o dono do prdio serviente recebe
certa importncia e o dono do prdio dominante passa a ter algumas vantagens
que passam a onerar o prdio serviente.
II.
PD
St
sentena judicial;
de
sk
usucapio;
Art. 1.379, CC/02.
A posse inconteste e contnua (ento s para servido contnua, como
dissemos) de uma servido aparente por 10 anos autoriza o possuidor a
registr-la em seu nome no Registro de Imveis, usando como ttulo da
sentena que julgar consumada a usucapio ( a servido ordinria, em que o
usucapiente tem justo ttulo e boa-f).
St
ud
io
Tr
ia
IV.
de
sk
PD
ia
ud
io
Tr
St
de
sk
PD
ia
io
Tr
St
ud
Ex.: cabe manuteno de posse por parte do dono do prdio dominante contra
o do serviente desde que este se oponha ou crie obstculos s obras de limpeza
e conservao do aqueduto.
de
sk
PD
Tais obras devem ser feitas pelo dono do prdio dominante e sua custa. Mas
a regra (art. 1.381) no cogente podem as partes estipular que o dono do
prdio serviente executar as obras. Quando se ajustar assim, a obrigao
assumida pelo dono do prdio serviente propter rem acompanha a coisa,
qualquer que seja o seu dono. E, com o abandono da coisa, exonera-se da
obrigao (art. 1.382, CC).
____________//__________
Remoo da servido:
O nus da servido deve ser o mais leve possvel. A lei ento permite ao dono
do prdio serviente a remoo do encargo de um lugar para outro, custa do
serviente e sem diminuir de qualquer forma as vantagens do prdio
dominante.
Ento, so condies para a remoo da servido: o dono do prdio serviente
se encarrega das despesas de remoo; a remoo deve ser sem reduo das
vantagens do prdio dominante.
ia
Tr
St
ud
io
PD
de
sk
Tr
ia
ud
io
A servido pode ser defendida por seu titular atravs dos interditos
possessrios.
de
sk
PD
St
[1] Manual de Direito Civil Vol . IV, 3 ed., Editora Revista dos Tribunais, p. 419.
[2] Da se concluir que o direito real de superfcie no tem como hiptese de extino a morte do
superficirio.
[3] Manual de Direito Civil, Vol. 4, 3 ed., Editora Revista dos Tribunais, p. 408.
MDULO 6:
DO USUFRUTO.
CONCEITO: Usufruto direito real de gozo, conferido a uma pessoa, durante
certo tempo, que a autoriza a retirar da coisa alheia os seus frutos e utilidades.
Deve o usufruturio conservar a substncia; e extingue-se pela morte do
usufruturio necessariamente.
ia
ud
o usufruto direito real muito abrangente (ainda que menos que a enfiteuse),
porque alcana todo o valor econmico da coisa, compatvel com a
conservao da propriedade.
____________//_______
Caractersticas:
Trata-se de direito real sobre coisa alheia, de uso e gozo, temporrio e (no
sistema brasileiro) inalienvel.
PD
St
io
Tr
de
sk
Tr
ia
io
St
ud
5. Inalienvel.
S se pode alienar o usufruto para o nu-proprietrio, para consolidar a
propriedade.
de
sk
PD
Finalidades do usufruto:
Surge no Direito Romano em poca avanada da Repblica, estando
plenamente desenvolvido ao tempo de Ccero. Desenvolve-se o usufruto para
assegurar a subsistncia de determinadas pessoas (ex.: viva), sem que os
bens sassem do patrimnio da famlia.
A finalidade , portanto, assistencial. O intuito desmembrar o domnio e
colocar nas mos do usufruturio os direitos de uso e gozo, para assegurar-lhe
os meios de prover a sua subsistncia. Da o fato de o usufruto resultar via de
regra de negcio gratuito.
Tambm comum que o usufruto advenha de testamento. O testador transfere
o domnio a um sucessor, beneficiando com o uso e gozo vitalcio da coisa
pessoa mais idosa, almejando garantir-lhe determinada renda. Ou pode surgir
de doao com reserva de usufruto, em que os doadores, querendo fazer
liberalidade, mas receando futuro aperto, guardam o direito de desfrutar a
coisa, embora transfiram o domnio dela com a doao.
__________//_________
Distino entre usufruto e fideicomisso:
O fideicomisso uma espcie de substituio em que o testador deixa bens a
uma pessoa (fiducirio), para que esta os transmita, por sua morte, a certo
tempo ou sob certa condio, a outra, o fideicomissrio. Este fideicomissrio
necessariamente prole eventual. O intuito beneficiar ambos.
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
ia
ia
Tr
ud
io
St
de
sk
PD
* Ocorre que, aquele que exerce a posse no vai adquirir apenas o usufruto,
por usucapio, e sim a propriedade inteira. Por isso raro o usufruto por
usucapio.
Se decorre de negcio jurdico, este pode ser oneroso ou gratuito, inter
vivos ou causa mortis.
io
Tr
ia
ud
Direitos do usufruturio:
St
Posse, uso, administrao e percepo dos frutos (direitos gerais), cf. art.
1.394, CC.
Posse: a posse justa e direta protegida pelos interditos. Para alcanar tal
posse, pode o usufruturio mover ao de imisso contra o proprietrio da
coisa ou em face do instituidor do usufruto, caso estes se recusem a entreg-la.
Uso: o uso pode ser pessoal e pode ser cedido a ttulo oneroso ou
gratuito. Aqui o usufruto se distingue do direito real de uso, em que o
usurio apenas pode fruir pessoalmente a utilidade da coisa, quando o
exigirem as necessidades pessoais, suas e de sua famlia.
Administrao: pode se dar sem a ingerncia do proprietrio. Sua
administrao direta e s lhe subtrada se, atravs dela e por causa dela, a
coisa se deteriora. Ainda, o usufruturio perde a administrao se no puder
ou no quiser dar cauo.
Frutos naturais: o usufruturio dono dos pendentes ao comear o usufruto,
sem encargo de pagar as despesas de produo. Mas perde os frutos pendentes
(em compensao) ao tempo em que cessar o usufruto, sem ter ento direito
ao reembolso das despesas efetuadas para produzi-los (CC, art. 1.396, CC).
Frutos civis: ao proprietrio pertencem os vencidos na data inicial do
usufruto; e ao usufruturio, os vencidos na data em que cessa o usufruto.
de
sk
PD
ia
ud
io
Tr
St
de
sk
PD
2. Usufruto de um rebanho.
Art. 1.397 do CC/02.
usufruto de universalidade. O usufruturio desfruta de tudo o que
produzido pelo rebanho (as crias dos animais so frutos naturais).
Dos frutos que ficam com o usufruturio so deduzidos apenas os que
bastem para inteirar as cabeas de gado existentes ao comear o usufruto.
3. Usufruto sobre florestas e minas.
outro caso de usufruto imprprio, porque o usufruturio percebe produtos e
no frutos.
O corte da mata ou a explorao da mina exaurem o manancial, pois a coisa
assim obtida no se reproduz periodicamente.
Art. 1.392, 2 do CC: possibilita a existncia do usufruto supra e diz que o
usufruturio e o dono devem prefixar a extenso do gozo e a maneira de
explorao.
Obs.: o problema que surge o da extenso do usufruto, quando silente o
ttulo. No se pode adotar solues extremas. Ex.: no pode o usufruturio
exaurir a mina ou a floresta abusivamente, pois assim destruiria a substncia
da coisa (isto proibido). E por outro lado no se pode impedir a retirada do
produto, uma vez que neste caso o usufruto perderia o seu sentido. O meiotermo a permisso de uma utilizao razovel da coisa, em ritmo idntico
ao que se vinha fazendo anteriormente; caso no haja elementos para tal
julgamento, a extenso do usufruto deve ser fixada pelo juiz, de acordo com a
necessidade. Ex.: usufruto constitudo por testamento sobre fazenda onde
h uma serraria, que o principal meio de explorao do imvel o
usufruturio tem o direito de cortar madeiras de lei para alimentar a
serraria (RT 55/276).
ia
St
ud
io
Tr
de
sk
PD
io
Tr
ia
b) decorrentes da lei;
No so elementares ao usufruto, so de menor importncia a lei as impe
para melhor garantir o nu-proprietrio.
Art. 1.400, CC:
1. Inventariar os bens recebidos;
St
ud
PD
2. Dar cauo.
de
sk
I.
Os pais, usufruturios dos bens dos filhos menores (porque este usufruto
inerente ao poder familiar e se justifica na ideia de que sua finalidade
compensar os gastos que o pai faz com a criao e educao do filho, e de
que ningum melhor que o pai zelar pelas coisas de sua prole). Para a
garantia desta havia a hipoteca legal do art. 827, II do CC/1916, que o
novo CC no repete.
______//______
3. cuidar da sua conservao e devoluo.
O usufruturio ainda tem obrigao importante com relao s despesas
da coisa dada em usufruto.
As despesas de conservao se dividem em ordinria e extraordinria. As
primeiras competem ao usufruturio; as outras ao nu-proprietrio.
Tr
ia
ud
io
PD
St
de
sk
II.
Da destruio e do seguro:
Regras:
Destruio sem culpa do proprietrio: o usufruto se extingue e o
proprietrio no obrigado a empreender a reconstruo. E se o
proprietrio s suas expensas o reconstruir o usufruto no se restabelece.
Destruio por culpa de terceiro: o terceiro obrigado a indenizar o
usufruto se sub-roga na importncia da indenizao. De modo que os frutos
civis, por esta produzidos, cabero ao usufruturio.
O mesmo ocorre se o prdio destrudo est no seguro, ou se desapropriado:
o direito do usufruturio fica sub-rogado no valor do seguro, ou na
indenizao recebida do expropriante.
No obrigatrio por lei assegurar a coisa tida em usufruto. Mas o seguro
bom para ambas as partes. Se a coisa estiver segura, deve ser mantida assim, e
io
Tr
ia
St
ud
I.
de
sk
PD
** problema grave o conflito desta regra com o preceito que assegura aos
herdeiros necessrios direito legtima. O caso o seguinte: o casal doa os
bens aos filhos reservando-se o usufruto e estipulando, no instrumento, que
por morte de um dos usufruturios seu direito acrescer ao do outro.
A clusula restringe a legtima do herdeiro, porque o este tem direito de
receber a legtima sem qualquer restrio (salvo as restries - nus do art.
1.848, caput do CC/02). Portanto, a clusula que determina o acrescimento do
usufruto em favor do consorte sobrevivente ineficaz quando prejudica a
reserva dos herdeiros necessrios. Cancela-se ento neste caso o usufruto na
parte relativa ao doador falecido. Obs.: se a doao no de todos os bens,
St
ud
io
Tr
ia
PD
de
sk
DO USO:
espcie de usufruto de abrangncia mais restrita no pode ser objeto de
cesso e limitado pelas necessidades do usurio e de sua famlia. S inclui
o jus utendi direito de usar coisa alheia.
Historicamente, o uso era direito que recaa sobre coisa que no rendia
frutos, sem a possibilidade de se auferir os frutos civis. Tal direito se
ia
2.
3.
4.
1.
2.
3.
4.
Tr
io
ud
de
sk
1.
PD
St
Tr
ia
O que caracteriza este direito real que o seu titular deve residir ele prprio,
com sua famlia, no prdio em causa, no o podendo ceder, a ttulo gratuito ou
oneroso.
ud
io
PD
St
de
sk
Tr
ia
ud
io
DA NATUREZA JURDICA:
direito real sobre coisa alheia, pois a coisa ainda pertence ao promitente
vendedor.
de
sk
PD
St
Os direitos reais sobre coisa alheia, como dissemos, podem ser de gozo ou de
garantia. A promessa irretratvel de venda tem o carter de direito real de
gozo, pois o legislador no quis afetar a coisa ao pagamento preferencial do
credor, mas sim conferir ao promissrio comprador prerrogativas sobre a coisa
vendida: a) a de goz-la e de fru-la; b) a de impedir sua vlida alienao a
outrem; c) a de obter sua adjudicao compulsria, em caso de recusa do
promitente em outorgar ao promissrio a escritura definitiva de venda e
compra.
Para Roberto Senise Lisboa, no entanto, o direito real do compromissrio
comprador no nem de gozo e nem de garantia, mas direito real de
aquisio, que possibilita a titularidade sobre determinada coisa no
confere direito de fruio e nem de garantia ao seu titular[2].
________________//____________
Modos de constituio e requisitos.
O novo CC no distingue imvel loteado e no loteado e deixa ser a promessa
(sem clusula de arrependimento e registrada no cartrio de Registro de
Imveis) por instrumento pblica ou particular. Assim se adquire direito real
aquisio do imvel art. 1.417, CC.
ia
St
ud
io
Tr
PD
de
sk
io
Tr
ia
St
ud
de
sk
PD
Tr
ia
ud
io
de
sk
PD
St
ia
[1] Salvo aqueles que servirem s suas necessidades pessoais e s de sua famlia.
[2] Manual de Direito Civil. Vol 4. 3 edio. Editora Revista dos Tribunais. P. 477.
Tr
MDULO 7:
io
ud
St
PD
de
sk
Conceito direito real temporrio que grava certo bem imvel, obrigando seu
proprietrio a pagar prestaes peridicas, de soma determinada.
Trata-se de instituto bem semelhante aos antigos censos.
Fonte: contrato de constituio de renda (o contrato ainda est disciplinado
pelo CC/2002, nos art. 803 e s.; apenas no pode mais conferir ao instituidor o
direito real de garantia). Com tal contrato quer-se proteger uma parte que
dona de um capital mas no est segura e quer se manter de forma estvel.
Os direitos oriundos de tal contrato so pessoais. Mas esses direitos podiam
adquirir o carter de real se gravassem certo imvel, pertencente ao devedor.
Pelo contrato de constituio de renda, o rendeiro (ou censurio) se obriga a
fazer certa prestao peridica a outra (beneficirio) em troca de um capital
ud
io
Tr
ia
PD
St
O credor ainda podia, por ser titular do direito, excutir o imvel, para obter o
pagamento das prestaes devidas. O processo de execuo dependia da prova
por escrito da realizao do contrato.
________________//_____________
Natureza Jurdica:
A renda constituda sobre imvel era direito real sobre coisa alheia, pois
recaa sobre imvel de outrem, afetado ao pagamento de uma renda.
Era direito real de garantia, pois no conferia ao seu titular a prerrogativa de
gozo.
de
sk
Por ato entre vivos (contrato) ou causa mortis (testamento); e no ato entre
vivos: a ttulo oneroso ou gratuito (ex.: doao). Consignava o instituidor um
ou mais bens imveis a certa pessoa, para que esta se obrigasse a satisfazer a
outra, ou ao prprio instituidor, uma determinada renda.
Exemplo do testamento h o legado de uma penso, por prazo determinado,
ficando certo imvel referido na disposio de ltima vontade afetado ao seu
pagamento.
Obs.: no bastava o contrato ou o testamento para surgir o direito real.
Deveria haver o registro. Ex.: no testamento a renda era devida da morte
mas o negcio s teria eficcia contra terceiro (erga omnes) aps o registro.
Tr
ia
Obs.: como direito real, a renda constituda sobre imvel ensejava seqela,
preferncia, ao real etc.
___________//_________
O resgate:
St
ud
io
Direito do rendeiro de remir[2] o imvel sobre que incide nus real, com o
pagamento de um capital em dinheiro, cujo rendimento, taxa legal de juros,
assegurava ao credor renda equivalente que tinha direito (art. 751,
CC/1916).
de
sk
PD
Tr
io
real quando o devedor separa de seu patrimnio (ou terceiro oferece de seu
patrimnio) um bem e o destina primordialmente ao resgate de uma
obrigao.
H trs espcies de garantia real na lei: penhor, hipoteca e anticrese.
ud
ia
PD
St
de
sk
_______//___________
CONCEITO DO DIR. REAL DE GARANTIA.
ia
de
sk
PD
St
ud
io
Tr
Obs.: h quem negue o carter real dos direitos de garantia porque eles no
limitam a propriedade, e sim so acessrios da obrigao. E porque sustentam
alguns que o penhor e a hipoteca so institutos de direito processual e no de
direito substantivo.
** Tais posies no vingaram hipoteca e penhor so direitos reais, como
dito. E do direito civil porque existem antes de qualquer litgio
caracterizam-se antes de qualquer relao processual.
St
ud
io
Tr
ia
Este direito se liga ao bem e o persegue nas mos de quem quer que a detenha.
Ento se o credor no tiver a posse do bem, como na hipoteca, pode reclamlo, para exercer sobre o bem o seu direito real. No dependem de colaborao
do credor para se exercitarem; e s se aperfeioam com a tradio ou aps o
registro.
PD
de
sk
Tr
ia
ud
io
de
sk
PD
St
ia
io
Tr
Art. 1.420, 2, CC/02 dir. real de garantia sobre coisa comum (dois ou mais
proprietrios).
St
ud
Regras:
1. A coisa condominial s pode, em seu todo, ser dada em garantia real, se todos
os condminos assentirem;
No se pode garantir dbito prprio com coisa alheia, sem anuncia do
proprietrio. E no caso de coisa comum o consorte s dono de uma parte
ideal, pois os outros quinhes so alheios.
de
sk
PD
___________//_______
Obs.: No pode constituir o ascendente nus real em favor do descendente,
sem anuncia dos demais descendentes, pois como na venda preciso a
anuncia dos demais descendentes. Hipoteca comeo de alienao. (art. 496,
CC, por analogia). ** H divergncia doutrinria e jurisprudencial. Muitos
entendem que se pode dar garantia real em favor de um dos descendentes
sem anuncia dos demais porque a regra do art. 496 do CC deve ser
interpretada restritivamente, j que regra que cerceia o direito de
propriedade.
_________//________
Trata-se de lei especfica para a regra geral do art. 333, CC/02. Sempre que a
espera do vencimento diminuir a probabilidade do recebimento do crdito, por
problemas com a solvncia do devedor, por exemplo, o vencimento se
antecipa.
io
Tr
ia
St
ud
HIPTESES:
1. A coisa dada em garantia se deteriora ou se deprecia (desfalcando a garantia) e
o devedor, intimado, no a refora ou substitui.
A prova cabe ao credor.
de
sk
PD
Tr
ia
PD
St
ud
io
de
sk
Penhor direito real de garantia que submete uma coisa mvel ou mobilizvel
ao pagamento de uma dvida. A coisa entregue pelo devedor ou por terceiro,
no lugar do devedor, ao credor (ou seu representante), para aumentar a
probabilidade de resgate da obrigao.
Se a obrigao no paga no vencimento, o credor pode executar,
penhorando a coisa dada em garantia com a praa, o credor no produto
alcanado tem preferncia para pagamento total de seu crdito, e com a
excluso dos demais credores, que ficam com as sobras, se houver.
Ento o objeto da garantia fica preso por vnculo real, ao credor, e se destina
ao resgate de seu crdito.
_________//_______________
io
Tr
ia
St
ud
de
sk
PD
2. Acessrio;
Isto porque direito real de garantia deve haver uma obrigao que se quer
garantir (nula a obrigao principal, nulo o penhor). Paga a dvida, o credor
deve devolver a coisa empenhada.
Art. 1.433, II, 1.434 e 1.433, III do CC/02 paga a dvida o credor s pode
reter a coisa at ser indenizado das despesas comprovadas com a coisa; ou at
ser indenizado do prejuzo sofrido por vcio da coisa.
3. Aperfeioa-se pela tradio do objeto dado em garantia;
No basta o acordo de vontades das partes (como as arras, o comodato, o
depsito etc.). Conf. Art. 1.431, caput e pargrafo nico do CC.
ud
io
Tr
ia
III.
IV.
V.
PD
II.
de
sk
I.
St
O credor pignoratcio que recebe o bem deve, cf. art. 1.435, CC:
Obs.: Tem o credor direito de reteno, como depositrio, para se cobrar das
despesas com a coisa e dos prejuzos decorrentes dos defeitos da coisa.
4. Recai sobre coisas mveis.
Isto diferencia penhor e hipoteca.
E tal caractere do penhor tradicional.
- A lei cria penhores especiais recaintes sobre imveis por acesso fsica e
intelectual. Ex.: penhor rural e industrial. E h hipoteca sobre bem mvel
quando se trata de navios e avies.
________//_______
FORMA:
PENHOR CONTRATO SOLENE. No precisa de instrumento pblico, mas
deve ser feito por instrumento particular.
Se no for feito no cartrio, o instrumento particular deve ser feito em duas
vias fica um exemplar para cada contratante e qualquer dos dois pode levlo a registro (art. 1.432, CC).
Cada uma das partes guarda uma via do contrato: o credor para exigir o
pagamento do crdito; e o devedor para poder exigir a devoluo da coisa o
devedor prova com o documento que o objeto retido pelo credor foi-lhe
entregue apenas a ttulo de garantia.
Tr
ia
Obs.: A norma que fala em 2 vias no cogente vale o penhor ainda que
lavrado em uma nica via (jurisprud.).
St
ud
io
de
sk
PD
Quanto fonte:
1. convencional; (deriva da vontade das partes)
2. legal (decorre da lei para proteger os credores em certas situaes veremos).
Quanto ao bem envolvido:
1. penhor comum ou tradicional;
Decorre da vontade das partes e tem por objeto coisa mvel corprea, que
deve ser entregue espontaneamente pelo devedor ao credor, quando da
constituio do negcio.
2. penhores especiais.
Exs.:
Penhor legal (no deriva da vontade dos contratantes parece mais instituto
processual do que material).
Penhor rural seu objeto coisa imvel por destinao fsica ou intelectual, e
se aperfeioa independentemente da tradio efetiva do objeto dado em
garantia (parece mais com hipoteca que com penhor).
- CAUO DE TTULOS DE CRDITO AQUI O BEM DADO EM
GARANTIA, NESTE PENHOR ESPECIAL, NO COISA CORPREA,
MAS UM DIREITO OBRIGACIONAL, UMA RELAO CREDITRIA,
ESTABELECIDA ENTRE UM SUJEITO ATIVO (CREDOR) E UM
SUJEITO PASSIVO (DEVEDOR).
- Penhor de veculos, em que no se tradita o bem.
-
__________//__________
ud
io
Tr
ia
Da extino do penhor:
Art. 1.436, CC.
1. Extinguindo-se a obrigao (porque o penhor apenas garantia, acessrio).
Neste caso a coisa devolvida pelo credor ao devedor (como na renncia
garantia), com os respectivos frutos e acessrios.
Obs.: A extino da obrigao deve ser total, porque se a obrigao foi s
parcialmente paga, o penhor persiste na sua integralidade, pelo princpio da
indivisibilidade da garantia art. 1.421 do CC.
St
2. Perecendo a coisa.
Perece o direito perecendo a coisa. Se o direito real de garantia recai sobre
certo bem, no pode o primeiro subsistir aps o desaparecimento do segundo.
PD
de
sk
ud
io
Tr
ia
St
de
sk
PD
A lei estabelece este penhor para garantir certas pessoas em certas situaes,
assegurando o resgate das dvidas (o pagamento). O interesse direto do
credor, mas indiretamente h um interesse social a ser preservado.
PD
de
sk
St
ud
io
Tr
ia
2.
PD
St
ud
io
Tr
ia
Para obter a homologao do penhor legal conferido aos hospedeiros, por ex.,
o credor dirige petio ao juiz, instruindo-a com a conta pormenorizada das
despesas do devedor, a tabela de preos e a relao dos objetos retidos para
garantia da dvida (art. 874, CPC).
Se o juiz no puder homologar de plano o pedido, mandar citar o devedor,
que pode alegar (entre outras coisas) que a tabela de preos (art. 1.468, CC)
no estava prvia e ostensivamente exposta no estabelecimento.
Homologado o penhor os autos so entregues ao requerente e tal processo
constituir o seu ttulo (art. 876, CPC).
No homologado o penhor, os objetos apreendidos sero entregues ao
devedor, ressalvado ao autor, como quirografrio, o direito de recorrer aos
meios ordinrios para cobrar seu crdito (art. 876, in fine, CPC).
Quando o penhor legal tiver por escopo garantir o aluguel de prdio rstico
ou urbano, igual ser o processo, devendo apenas o locador apresentar, em vez
de conta de despesas, a prova de sua propriedade. O juiz deve sempre ouvir o
locatrio, pois este pode alegar inexistncia de locao e ainda o pagamento
da dvida, fatos que excluem a ao.
** A hiptese (de penhor por parte do locador) rara, porque nem sempre tem
o senhorio elementos para sem violncia lanar mo de pertences do inquilino
que guarnecem o prdio locado. E a apreenso violenta no defere penhor
legal, porque o direito no admite a violncia.
___________//_________
Do penhor industrial ou mercantil.
CC/02, art. 1.447 penhor de mquinas, aparelhos, materiais, instrumentos,
instalados e em funcionamento (com ou sem os acessrios); animais utilizados
na indstria; sal e bens destinados explorao das salinas; produtos de
suinocultura, animais destinados industrializao de carnes e derivados
(semoventes); matrias-primas e produtos industrializados.
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ANTICRESE:
Art. 1225, X do CC.
Art. 1.506 a 1.510 do CC.
Conceito: Direito real sobre coisa alheia decorrente de contrato e registro, em
que o devedor repassa a posse direta de um imvel frutfero ao credor, que
fica autorizado a ret-lo e a ficar com os frutos, imputando na dvida, e at o
seu resgate, as importncias que for recebendo[8].
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Na anticrese a dvida deve ser paga com os frutos do imvel dado em garantia,
mas nada impede que o devedor pague antes (por ex. com dinheiro
emprestado) para extinguir o dbito e a anticrese.
________//________
A anticrese no usada na prtica porque tem muita desvantagem:
1. Desloca bem dado em garantia do devedor para o credor. Como o devedor no
tem a posse do imvel de sua propriedade e quem tem o credor, com
interesse menor em sua produtividade, a anticrese pode representar ameaa de
prejuzo, no s para o devedor, como para a sociedade o credor no se
esfora para os frutos do imvel abundarem, porque assim continua retendo o
imvel.
2. O fato de a anticrese envolver a transferncia da posse do bem (onerado)
dificulta a sua alienao, por parte do devedor. Ningum quer adquirir imvel
cujo uso e gozo pertence por certo prazo ao credor do alienante ento a
anticrese prejudica a circulao do bem (o que no bom para a sociedade).
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MDULO 8.
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[1] Roberto Senise Lisboa, Manual de Direito Civil, volume 4, 3 ed., Editora Revista dos Tribunais. P.
403.
[2] REMIR - RESGATAR DE NUS; PAGAR.
[3] REMIR - RESGATAR DE NUS; PAGAR.
[4] REMIR = RESGATAR DE NUS; PAGAR.
[5] O penhor mercantil se relaciona s obrigaes comerciais ou empresariais.
[6] remio, mas na publ. oficial est remisso.
[7] FRUTOS PENDENTES, RVORES, MQUINAS, ANIMAIS EMPREGADOS NO SERVIO DE
UM ESTABELECIMENTO AGRCOLA (BENS IMVEIS POR ACESSO FSICA OU
INTELECTUAL). Obs.: outros objetos, como os frutos armazenados e a lenha cortada, so mveis.
[8] Os frutos da coisa ofertada em garantia anticrtica no podem ser penhorados por outros credores do
devedor.
[9] E art. 167, I, n. 11 da lei 6.015, de 31.12.1973.
[10] Carlos Roberto Gonalves, Direito Civil Brasileiro, Vol. V, Direito das Coisas. 3 ed. 2008, Editora
Saraiva. P. 608.
DA HIPOTECA:
Introduo:
direito real de garantia em que o devedor ou outrem oferece bem de sua
propriedade para assegurar cumprimento de obrigao.
No penhor a coisa mvel dada em garantia atravs da tradio.
Na anticrese a coisa dada em garanta imvel e a posse transmitida ao
credor para que este a explore e se pague com a renda produzida pelo prdio.
A hipoteca instituto do Direito Civil, ainda que se destine garantia de um
contrato empresarial.
________//_______
CONCEITO: Trata-se de direito real de garantia em que a coisa (geralmente)
um imvel, na sua totalidade, o qual continua na posse do proprietrio,
embora responda precipuamente pelo resgate do dbito.
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A pluralidade de hipotecas.
permitida por lei: o dono do imvel hipotecado pode constituir sobre ele
mediante novo ttulo uma ou mais hipotecas sucessivas. Art. 1.476, CC.
Ocorre quando o imvel dado em garantia excede em valor o montante da
dvida, e seu proprietrio, sem prejuzo do primitivo credor hipotecrio, o
oferece em sub-hipoteca.
Aqui, o interesse em jogo o do novo credor: ele verifica a dvida original e o
valor do prdio, e caso se convena que este supera a dvida a ponto de o
saldo bastar para resgate de novos dbitos, fica com a garantia subsidiria.
O direito do credor primitivo no fica em nada prejudicado o subhipotecrio quirografrio em face dos anteriores.
A preferncia entre os vrios credores hipotecrios se fixa na ordem de
registro dos ttulos no Registro de Imveis.
Ento o sub-hipotecrio s exerce o seu direito aps a satisfao do credor
primitivo mesmo que se vena a segunda hipoteca, no pode o credor
excuti-la antes de vencida a anterior. Vencidas ambas e praceado o bem dado
em garantia, paga-se integralmente o primeiro credor hipotecrio, e s depois
de satisfeito este que se passam a pagar, na ordem do registro, os credores
das hipotecas sucessivas.
Para a defesa do sub-hipotecrio h a prerrogativa de remir a hipoteca
anterior. Remio: pagamento da importncia da dvida, com a conseqente
sub-rogao legal nos direitos do credor satisfeito.
Com a remio, o credor da segunda hipoteca evita que a execuo ruinosa
e inoportuna, promovida pelo credor preferencial, conduza a se obter, em
praa, apenas o bastante para resgatar a primeira dvida, sem sobrar nada para
pagar as demais.
__________//_____
O objeto da hipoteca:
Art. 1.473, CC.
Imveis e seus acessrios; domnio direto e til do imvel; as estradas de
ferro; as minas e pedreiras independentemente do solo onde se acham; os
navios e os avies[2].
A regra geral que recaia sobre imvel. Pode-se hipotecar avio e navio
(excees) porque so suscetveis de identificao e individuao e, tendo
registro peculiar, podem ser especializados e registrados.
Obs.: A hipoteca abrange todas as acesses do imvel (art. 1.474, CC), pois as
coisas acessrias seguem o destino da principal.
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Efeitos da hipoteca:
1. Em relao ao devedor;
Antes do vencimento do dbito (antes da propositura da ao executiva) o
devedor conserva todos os direitos sobre a coisa.
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Conceito:
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gratuidade;
posse at 27/4/2006;
imvel pblico (federal, estadual ou municipal) de at 250 m2;
rea urbana;
posse para moradia (tem cunho exclusivamente habitacional).
o concessionrio no pode ser proprietrio de outro imvel e nem
concessionrio de outro imvel urbano ou rural.
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Caractersticas:
cada possuidor ficar com at 250 m2, salvo acordo por escrito em sentido
contrrio.
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DIREITO DE USO EM REA DIVERSA DA OCUPADA:
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DA CONSTITUIO DO DIREITO:
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O ttulo de concesso de uso especial para fins de moradia obtido por via
administrativa perante rgo competente da Administrao Pblica. Ou,
havendo recusa ou omisso, por meio do Judicirio o ttulo levado a
registro no Registro Imobilirio.
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Concesso de direito real de uso de imvel pblico dominial:
Finalidade atender a programa habitacional ou para regularizao fundiria
de interesse social, para atender famlias com renda mensal de at cinco
salrios mnimos. Trata-se de programa de interesse social, promovido pela
Administrao Pblica, em rea urbana ou rural.
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Modo de constituio:
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1. conservar a coisa;
2. restituir o bem na data prevista, j que sua posse direta e temporria;
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Do conceito:
Registro pblico a inscrio formal, feita por instrumento pblico, no
cartrio de registro do foro onde se situa o imvel, de algum dado sobre o
imvel que tenha relevncia jurdica, ou seja, cujo conhecimento seja de
interesse pblico.
Das finalidades:
A principal finalidade do registro conferir publicidade a certa informao de
interesse social, para que se proporcione segurana jurdica nas relaes
negociais.
O registro ainda tem a finalidade de transferir a propriedade imvel, atribuir
oponibilidade erga omnes aos direitos reais sobre os imveis, dar
continuidade para que a documentao relativa ao imvel seja fiel aos fatos,
alm de por vezes ter o escopo de retificao e especialidade (caracterizao
do imvel).
Da terminologia:
Obs.: O CC/2002 e o art. 168 da lei 6.015/73 falam em registro, e no
em transcrio ou inscrio[5].
Todas as modificaes que possam repercutir em sua estabilidade devem ser
registradas (averbadas[6]).
Ento o Registro de Imveis repositrio de informaes sobre a propriedade
imobiliria o Registro de Imveis acompanha a vida dos direitos reais sobre
bens imveis.
No direito francs, o registro visa apenas a publicidade, porque os direitos
reais sobre imveis decorrem meramente dos contratos, por fora de clusula
de estilo. O registro no induz prova de domnio.
No Brasil deve haver tradio ou registro, para a transmisso da propriedade
mvel ou imvel, respectivamente.
Obs.: O registro tem f pblica e deve ser feito na circunscrio imobiliria
em que se situa o prdio.
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DA MATRCULA:
A matrcula ato que caracteriza o imvel e estabelece as suas confrontaes.
Por causa da matrcula que se tem o princpio da unidade do imvel cada
imvel tem a sua matrcula especfica, tem uma folha, ou ficha, com todas as
caractersticas do prdio e de seu proprietrio. E nessa folha ou ficha de
matrcula se procede ao registro e averbao dos atos mencionados na lei.
___________//_______
Atos sujeitos a registro:
Art. 167, I da Lei de Registros Pblicos.
So registrados os direitos reais sobre imveis e o que mais a lei determinar.
necessrio registrar ttulo aquisitivo da propriedade imvel, ttulos
constitutivos de outros direitos reais (instituio de condomnio; incorporao
imobiliria; direito real sobre coisa alheia; atos judiciais como penhora,
arresto e adjudicao compulsria), sentena que reconhece usucapio etc.
Deve-se registrar ainda ato em que a aquisio se faz no por negcio
jurdico, mas por meio autnomo, como no caso da sucesso causa mortis.
Obs.: Na sucesso hereditria, meio autnomo de aquisio do domnio, o
domnio passa ao herdeiro independentemente de registro. Mas este
necessrio para a histria da titularidade do domnio aqui o registro no
para a aquisio do domnio, mas para a continuidade do registro e para a
publicidade (art. 1.784 do CC).
O objetivo a continuidade do registro.
_______//_______
Presume-se que o direito real pertena pessoa em nome de quem foi feito o
registro. Ainda que o contrato levado a registro seja nulo. Porque assim se
protege terceiro de boa-f que diligentemente confere o registro (e confia no
registro inexato). E a nulidade excepcional. Presume-se a exatido do
registro.
Obs.: Ocorre que a presuno juris tantum (relativa), admite prova em
sentido contrrio. No pode o registro oferecer segurana absoluta[7]. A
presuno juris tantum, e no irrefragvel, como no sistema alemo. Se o
registro no exprimir a verdade, poder o prejudicado reclamar que se
retifique.
** Ento o registro prova o domnio, mas tal prova pode ser contornada
aceita-se prova em sentido contrrio para derrub-la.
______//______
Da propriedade literria, cientfica e artstica:
O CC/2002 no traz este captulo porque de fato no se trata exatamente de
direito de propriedade sobre coisas, que tambm direito fundamental, mas de
direito de natureza jurdica hbrida, com aspecto de direito da personalidade,
que se refere integridade intelectual, e aspecto de direito de propriedade
imaterial, com cunho patrimonial.
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2.
correspondente na Lei de 1998, mas que continua vigendo com base no art. 33
da Lei nova 9.610/98).
6. Na sua impenhorabilidade.
A impenhorabilidade do direito moral do autor consequncia de sua
inalienabilidade, pois a penhora venda compulsria. Se o direito moral do
autor inalienvel, obviamente impenhorvel tambm.
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[1] O princpio da especializao impede a hipoteca geral, ilimitada, recainte sobre qualquer coisa do
devedor. Cf. Roberto Senise Lisboa, Manual de Direito civil, Vol. 4, Ed. Revista dos Tribunais. P. 446.
[2] conf., pela 1 vez, Cd. Bras. do Ar (Dec.-lei n.483, de 8.6.1938); e conf. Cd. Bras. de Aeronutica,
lei n. 7.565, de 19.12.1986, q. manteve a regra.
[3] Dec. n. 22.866, de 28.6.1933, art. 1.
[4] Art. 74, I, Cd. Penal: efeito da sentena tornar certa a obrigao de indenizar o dano resultante do
crime.
[5] Transcrio era a passagem palavra por palavra, do documento (de aquisio e transmisso da
propriedade, por exemplo), para o livro pblico (transcrever). Inscrio era a passagem apenas do extrato,
do sumrio do negcio jurdico, para o livro pblico. Mas depois a transcrio tambm comeou a ser
feita por extrato, de acordo com permisso de lei de 1939, o que fez com que transcrio e inscrio
passassem a ser sinnimos.
A doutrina tambm se refere inscrio como o registro de ato que onera ou limita algum direito
real, como a inscrio da hipoteca.
[6] AVERBAO UM ATO DECORRENTE DE SENTENA JUDICIAL, PELO QUAL SE ADITA,
A UMA TRANSCRIO, NOTCIA DE UMA CIRCUNSTNCIA ADVINDA POSTERIORMENTE
E NECESSRIA PARA RESSALVA DE DIREITOS. Para Roberto Senise Lisboa, averbasemodificaes do direito real de propriedade que decorrem de sentena judicial. Por exemplo: averba-se
a constituio de hipoteca por ordem judicial, ou a extino de usufruto, ou a mudana de nome de rua
(factum principiis), tombamento, desapropriao etc.
[7] Observa Silvio Rodrigues que, por ser o Brasil muito extenso, nem existe o cadastro de todas as
propriedades, sendo impossvel que o registro confira segurana absoluta aos negcios jurdicos.
[8] Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil Direitos Reais, 8 ed., 2008, Editora Atlas, p. 591.
[9] A quebra de patentes para a produo dos remdios genricos espcie de desapropriao, com a
indenizao sendo devida pelo Poder Pblico. Trata-se da natural e necessria relativizao do direito de
propriedade intelectual, para que no se suprima o ncleo essencial do direito vida, integridade fsica,
sade.
[10] 70 anos a partir de 1 de janeiro do ano seguinte ao do falecimento do autor.
[11] Art. 67 da lei de 1973: O editor no pode fazer abreviaes, adies ou modificaes na obra, sem
permisso do autor.